RECURSOS E TRATAMENTOS FISIOTERÁPICOS UTILIZADOS EM LINFEDEMA PÓS- MASTECTOMIA RADICAL E LINFADENECTOMIA: REVISÃO DE LITERATURA

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Transcrição:

ARTIGO DE REVISÃO RECURSOS E TRATAMENTOS FISIOTERÁPICOS UTILIZADOS EM LINFEDEMA PÓS- MASTECTOMIA RADICAL E LINFADENECTOMIA: REVISÃO DE LITERATURA PHYSIOTHERAPY RESOURCES AND TREATMENTS USED IN LYMPHEDEMA POST- MASTECTOMY RADICAL AND LYMPHADENECTOMY: LITERATURE REVIEW Márcia Regina G.Gugelmin 1 RESUMO O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e vem aumentando cada vez mais, e com a descoberta tardia o procedimento cirúrgico torna-se inevitável. Este estudo teve como objetivo pesquisar, através de revisão bibliográfica ( bases de dados: Google Acadêmico, Scielo, LILACS, MEDLINE, BIREME, PubMed e PEDro), quais tratamentos fisioterapêuticos são mais utilizados no linfedema pós-mastectomia radical, já que o mesmo é uma das principais complicações pós-cirúrgica. Foram encontrados 78 artigos dos quais apenas 42 contemplaram os critérios de inclusão para estudo, os demais não continham informações ou eram abaixo do ano pré-estabelecido. O edema é o acúmulo de líquido e proteínas nos espaços intersticiais em decorrência do déficit do sistema linfático, trazendo muito desconforto, e este acumulo do fluido nos tecidos causa uma tumefação de algum órgão, ocorrendo então o linfedema frequente em braços e pernas, pela obstrução na circulação linfática. O tratamento fisioterápico se faz necessário, devido ás complicações geradas no pós-operatório. As técnicas fisioterápicas são muito variadas, entre elas: terapia complexa descongestiva, drenagem linfática manual, vestuário de compressão, bandagens, automassagem, hidroterapia, eletroterapia, cinesioterapia e facilitação neuromuscular proprioceptiva. Quando usada terapia combinada de duas ou mais técnicas o resultado é melhor e mais eficaz na redução do linfedema. Conclui-se que a fisioterapia com suas variadas técnicas, é o principal tratamento para linfedema pós-mastectomia radical onde a maioria dos autores concordam que quando envolvem várias técnicas, resultam em uma eficácia mais significativa na redução de linfedema. Descritores: Câncer de Mama. Mastectomia. Linfedema. Fisioterapia. ABSTRACT Breast cancer is the most common among women and is increasing more and more, and with the late discovery the surgical procedure becomes inevitable. The objective of this study was to investigate, through bibliographic review (databases: Google Scholar, SciELO, LILACS, MEDLINE, BIREME, PubMed and PEDro), which physiotherapeutic treatments are most used in lymphedema after radical mastectomy, since it is one of the main post-surgical complications. We found 78 articles of which only 42 included the inclusion criteria for study, the others did not contain information or were below the pre-established year. Edema is the accumulation of fluid and proteins in the interstitial spaces due to the deficit of the lymphatic system, causing a lot of discomfort, and this accumulation of the fluid in the tissues causes a swelling of some organ, occurring then the frequent lymphedema in the arms and 1 Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Guilherme Guimbala. 174

legs, by the obstruction in the lymphatic circulation. The physical therapy treatment is necessary, due to the complications generated in the postoperative period. The physiotherapeutic techniques are very varied, among them: complex decongestant therapy, manual lymphatic drainage, compression garments, bandages, self-massage, hydrotherapy, electrotherapy, kinesiotherapy and proprioceptive neuromuscular facilitation. When combined therapy of two or more techniques is used the result is better and more effective in reducing lymphedema. It is concluded that physiotherapy with its various techniques is the main treatment for radical mastectomy lymphedema where most authors agree that when they involve several techniques, they result in a more effective efficacy in the reduction of lymphedema. Keywords: Breast Cancer. Mastectomy. Lymphedema. Physiotherapy. INTRODUÇÃO No Brasil e no mundo, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, liderando as causas de morte no sexo feminino, pois diversos fatores podem estar relacionados com as mutações genéticas ocorrendo o crescimento anormal das células mamárias e as alterações podem ser hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos, levando ao surgimento do tumor (1,14,15,17,24,26). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, ocorram mais de 1.050.000 novos casos no mundo todo (2). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2016), prevê que há um aumento de 28,1% a cada ano ( 57.960 casos ), indicando um aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento (3). No Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas devido ao diagnóstico feito em estágios avançados, uma vez que a doença é diagnosticada tardiamente, a abordagem cirúrgica radical se torna inevitável para o tratamento (4,5). A escolha da intervenção cirúrgica inclui abordagem conservadora e radical que vai depender do tipo, estágio, tamanho e local do tumor, juntamente com as terapias adjuvantes, caso seja necessário; quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia que podem ser combinadas ou isoladas (6,7). A cirurgia poderá acarretar em complicações como linfedema, alteração postural, perda ou diminuição da função, dor no membro homolateral, infecção, necrose de pele, seroma, aderência, deiscências cicatriciais, limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro, cordão axilar, alteração sensorial, lesão de nervos motor e/ou sensitivo, fraqueza muscular e disfunção miofacial (8-10). A mastectomia radical pode ser dividida em várias técnicas, sendo as mais utilizadas a de Hasteld e do tipo Patey e Madden (2,10,18). É um tratamento invasivo resultando em um impacto tanto físico quanto psicológico e tem como objetivo o estadiamento do tumor, evitar a metástase e aumentar a sobrevida das pacientes. Essa cirurgia (bem como as demais que envolvam linfadenectomia) gera trauma no sistema linfático que é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos, tecidos, capilares e vasos que produzem e transportam o fluido (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (6,7,11). Quando esse sistema fica 175

sobrecarregado, por algum motivo, surge o linfedema que é uma das principais complicações no pósoperatório, sendo uma manifestação clínica e patológica. Depois de instalado, se torna crônico e é caracterizado pelo acúmulo de líquido com grande conteúdo proteico no interstício, resultante da insuficiência do sistema em transportar pelos capilares e coletores o volume linfático trazendo várias alterações (12-13). No mundo, vinte milhões de mulheres são portadoras de linfedema em membro superior após realizar a cirurgia. No Brasil, um estudo realizado pelo INCA com 384 mulheres no pós-operatório de mastectomia radical e demais procedimentos que envolvam linfadenectomia, a prevalência do linfedema foi de 20,8% (9). Algumas técnicas fisioterapêuticas, principalmente a Drenagem Linfática Manual (DLM), é usada no tratamento de linfedema pós-mastectomia e pós -linfadenectomia e tem como objetivo atuar nos trajetos dos vasos linfáticos, promovendo a reabsorção e a condução de líquido da área operada para as áreas normais, e incentivando o desenvolvimento das vias colaterais de drenagem, a fim de controlar a expansão ou prevenindo futuras complicações a curto e longo prazo. A fisioterapia desempenha um papel imprescindível na abordagem das pacientes mastectomizadas, com linfadenectomia restabelecendo os movimentos, diminuindo a dor e as funções sistêmicas afetadas com o objetivo de preservar, manter e restaurar a integridade cinético-funcional dos órgãos (13). O objetivo deste estudo foi evidenciar os principais recursos de tratamento fisioterápico e os mais utilizados para linfedema pós-mastectomia radical, através de uma revisão. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão descritiva da literatura, para a qual foram selecionados artigos no banco de dados: Google Acadêmico, Scielo, LILACS, MEDLINE, BIREME, PubMed e PEDro. As palavras-chave utilizadas para busca foram: câncer de mama, mastectomia, linfedema e fisioterapia. Os artigos e livros selecionados foram aqueles descritos sobre câncer de mama, mastectomia e os tratamentos fisioterápicos para linfedema pós-mastectomia radical no período de 2010 a 2017 em idiomas português e inglês. Foram encontrados 78 artigos dos quais apenas 42 contemplaram os critérios de inclusão para estudo, os demais não continham informações ou eram abaixo do ano pré-estabelecido. Destes somente 9 artigos apresentavam estudos de caso clinico para discussão. RESULTADOS Quadro 1-Resumo dos resultados dos principais estudos de casos selecionados: Autor/Ano Recursos terapêuticos utilizados Principais resultados 176

Do et al. 2017 Melam et al. 2016 Korzon et al. 2016 Oliveira et al. 2016 Uzkeser et al. 2013 Ceconello et al.2013 Barros et al. 2012 Leal et al. 2011 Bandagem com uma almofada, MLD, exercícios e cuidado com a pele. Grupo 1 terapia convencional: MDL, vestuário de compressão, mobilização e exercícios respiratórios. Grupo 2 CDT: com realização dos mesmos exercícios do grupo 1 exceto mobilização, acrescentando automassagem 1vez ao dia. Uso de um corset compressivo 1 mês após a cirurgia durante 7 meses 24 horas por dia. Técnica de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP). Grupo 1: terapia de Compressão Pneumática Intermitente (IPC), associada MLD, cuidados com a pele, bandagens compressiva e exercícios. Grupo 2: realizaram o mesmo programa, mas sem IPC Drenagem linfática manual; Mobilização escapular; Exercícios de ADM e fortalecimento de membro superior associado com exercícios de respiração diafragmática. Corrente de alta voltagem, exercícios de incremento de amplitude articular, alongamento, relaxamento, orientações de automassagem e autocuidado. Comparação de duas técnicas: Grupo A: estimulação elétrica de alta voltagem (EAV) associada à cinesioterapia e ao uso de braçadeira; Grupo B: Fisioterapia complexa descongestiva FCD composta por cinesioterapia, DLM e uso de braçadeira. Redução de edema de 79,5% Grupo 1: redução de edema Grupo 2: redução de edema e dor. Redução da dor e do linfedema. Não houve melhora significativa na força, amplitude de movimento e linfedema. Não houve diferença significativa. A IPC não promove maiores ganhos, quando comparada com a fisioterapia complexa descongestiva. Leve aumento de força muscular e melhora de resistência em membros superiores. Houve redução significativa do linfedema. Não houve redução do linfedema em nenhum dos grupos. 177

Lacomba et al. 2010 Tratamento preventivo Grupo 1 MLD, alongamentos, exercícios ativo-assistido, proprioceptivos sem resistência e orientação educativa Grupo 2 apenas orientação educativa. Grupo 1 a incidência de linfedema secundário foi menor. Do et al. (2017), no seu estudo de caso evidenciou um percentual significativo na redução do edema, aplicando um protocolo de tratamento com duração de 2 semanas, 5 vezes na semana, totalizando 10 sessões (31). Comparado com o estudo de caso de Ceconello et al. (2013), que usou um protocolo similar, com 8 sessões de 50 minutos, 2 vezes na semana. Não evidenciou um resultado significativo, segundo o autor a limitação do número de sessões pode ter interferido no resultado (22). No estudo de Barros et al. (2012), com 17 mulheres submetidas a 14 sessões 2 vezes na semana, observou um resultado positivo. Tornando evidente a necessidade de um número maior de sessões de tratamento (7). Melan et al. (2016), realizaram uma pesquisa envolvendo 60 pacientes, divididos em 2 grupos: o grupo 1 e o grupo 2 realizaram várias técnicas. O tratamento foi executado 5 vezes, durante 6 semanas, obtendo como resultado final mais significativo no grupo 2 (39). Em outro estudo de Uzkeser e colaboradores (2013), com 25 pacientes que apresentavam linfedema há aproximadamente 3 meses sem tratamento fisioterápico anterior, foi realizado um protocolo para tratamento em 2 grupos, que receberam 15 sessões, 5 vezes, por 3 semanas. Tanto grupo 1 quanto o grupo 2 realizaram o mesmo protocolo porém o 2 com 13 pacientes sem a IPC. Na análise final, o estudo não demonstrou diferença (34). Já na pesquisa de Leal et al. (2011), que também fez um comparativo de duas técnicas com 9 pacientes dividido em 2 grupos, não houve redução do linfedema nos dois grupos, porém manteve-se estabilizado (19). Korzon et al. (2016), realizou uma pesquisa com o objetivo de prevenir e tratar o linfedema no tronco superior e dor, em 2 grupos, sendo um grupo experimental e outro controle, fazendo uso do corset e outro não. O resultado não só apresentou redução do linfedema bem como reduziu a dor no grupo experimental (36). Oliveira et al. (2016), utilizou um protocolo de tratamento, com 4 mulheres durante 10 sessões, 2 vezes na semana por 35 minutos, também não evidenciou redução significativa no linfedema, nem ganho de força e Amplitude de Movimento (ADM), corroborando com Leal et al. mesmo com protocolos de tratamentos diferentes (42). 178

Lacomba e colaboradores. (2010), demonstraram com seu estudo de tratamento preventivo e orientação educacional, em uma amostra de 116 pacientes que dividiu em dois grupos, A e B, observaram que o tratamento fisioterápico se torna mais eficaz para redução de linfedema quando aplicado técnicas específicas (41). CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que a fisioterapia com suas variadas técnicas, é o principal tratamento para linfedema pós-mastectomia radical onde a maioria dos autores concordam que quando envolvem várias técnicas como drenagem linfática manual, exercícios cinesioterápico ou linfocinético, enfaixamento compressivo e cuidados com a pele resultam em uma eficácia mais significativa na redução de linfedema. Quando utilizada uma técnica isoladamente os efeitos não tem o mesmo resultado. Porém nesse estudo, fica comprovado que a intervenção da combinação de mais de uma técnica é a melhor opção, como também a importância da fisioterapia no acompanhamento dessas pacientes a curto e longo prazo. Diante da pesquisa levantada, pode-se perceber a existência de literaturas, elucidando os benefícios fisioterapêuticos, contudo, ainda se faz necessário a continuidade nas pesquisas para uma melhor evidência na redução do linfedema. REFERÊNCIAS 1. Roma MAM, Pinheiro BDM, Souza DCB, Fonseca EP, Gomes Neto M, Reis HFC. Terapia física complexa no linfedema em pacientes após cirurgia de câncer de mama. Pesq Fisioterapia. 2016 Fev;6(1):35-44. 2. Morais Netto C, Zanon DMT, Colodete RO. Terapia manual em mastectomizadas: uma revisão bibliográfica. Perspectivas online; 2010;4(15):123-135. 3. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2016>.acesso em: 12 jun 2017. 4. Colombo GS, Matiello M. A dança do ventre no resgate da imagem corporal em mulheres com câncer de mama.in: Anais da I Mostra de Iniciação Científica Curso de Psicologia da FSG, 2014. 5. Moraes DC, Almeida AM, Figueiredo EN, Loyola EAC, Panobianco MS. Rastreamento oportunístico do câncer de mama desenvolvido por enfermeiros da atenção primária à saúde. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):14-21. 6. Mistura C, Carvalho MFAA, Santos VEP. Mulheres mastectomizadas: vivências frente ao câncer de mama. Rev Enferm. UFSM. 2011 set/dez;1(3):351-359. 7. Barros VM, Panobianco MS, Almeida AM, Guirro ECO. Linfedema pós-mastectomia: um protocolo de tratamento. Fisioter Pesq. 2013Apr/Jun;20(2):178-183. 179

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