AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS SISTÊMICOS APLICADOS À SEMENTE DE TRIGO PARA CONTROLE DO PULGÃO Schizaphis graminum. Resumo

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS SISTÊMICOS APLICADOS À SEMENTE DE TRIGO PARA CONTROLE DO PULGÃO Schizaphis graminum Salvadori, J.R. 1 Resumo Foram conduzidos dois experimentos, em laboratório, para avaliar a eficiência dos seguintes inseticidas e doses, em g i.a./ kg de sementes de trigo, no controle do pulgão Schizaphis graminum: Exp, 1 - benfuracarb-500, carbofuran-700, carbosulfan- 750, furathiocarb-1665, imidacloprid-70, isofenphos-800 e thiodicarb- 700; Exp. 2 - carbosulfan-250, 500 e 700 e imidacloprid-35, 49 e 70. A unidade experimental constou de dez plantas infestadas artificialmente, aos 7 dias após a emergência. Foram avaliados os danos e a mortalidade de insetos. Os inseticidas carbosulfan, furathiocarb, imidacloprid e isofenphós foram eficientes, aos 8 dias após a infestação. Aos 14 dias, as três doses de imidacloprid e as duas maiores doses de carbosulfan foram eficientes; imidacloprid, nas três doses, proporcionou proteção total até os 21 dias e manteve-se eficiente até os 49 dias, nas doses maiores. Palavras-chave: controle -chizaphis graminum - trigo Introdução O pulgão-verde-dos-cereais, Schizaphis graminum (Rondani, 1852) (Hem., Aphididae), uma das pragas de trigo maior expressão econômica no Brasil. Tem ampla distribuição geográfica -ª-- 1 Pesquisador da Embrapa Trigo, Caixa Postal 451, 99001-970 Passo Fundo, RS. E-mail: jrsalva@cnpt.embrapa.br XVIII Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo 553

elevado potencial de ano. Freqüentemente, atinge níveis_ populacionais que causam danos logo após a emergência da cultura, determinando a necessidade do controle químico. Além de causar danos diretos pela sucção de seiva e injeção de toxinas, também pode atuar como vetor do vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC). O uso de inseticidas na parte aérea das plantas, considerando a maioria dos produtos existentes, não é seletivo para insetos não alvos, como é desejável no manejo integrado de pragas. Nesse sentido, o uso de inseticidas de ação sistêmica, via tratamento de sementes, pode ser uma opção de controle. O objetivo deste trabalho foi selecionar inseticidas para o controle de Schizaphis graminum via tratamento de semente e avaliar o período de proteção oferecido à cultura de trigo pelos inseticidas selecionados. Material e Métodos Experimento 1. Seleção de inseticidas para controle de Schizaphis graminum, via tratamento de semente, em trigo: foram avaliados sete inseticidas (Tabela 1) aplicados na semente de trigo, cultivar BR 23, em laboratório, na Embrapa Trigo. O experimento constou de oito tratamentos (sete inseticidas + testemunha), em delineamento completamente ao acaso, com quatro repetições. A unidade experimental foi um vaso de plástico (capacidade de,2 litros) cheio de solo, com dez plantas. Sete dias após a emergência, as unidades experimentais foram infestadas com dez pulgões/planta, perfazendo pulgões/repetição. Sobre as plantas, foi colocada uma gaiola cilíndrica, de acrílico transparente (40 cm de altura e 10 cm de diâmetro), com respiros laterais de tecido tipo náilon. A cada dois dias, foi contado o número de pulgões vivos/repetição. O -experímento foi encerrado no oitavo dia após a infestação, quando as plantas da testemunha estavam quase que completamente amarelas, avaliando-se a porcentagem de área foliar amarelada por meio de notas visuais. 554 XVIII Reuniãó Nacional de Pesquisa de Trigo

Experimento 2: Avaliação do período de proteção de imidacloprid e carbosulfan aplicados nas sementes de trigo para controle de Schizaphis graminum: dois inseticidas, em três doses (Tabela 2), foram avaliados em tratamento de semente de trigo, cultivar BR 23, em laboratório, na Embrapa Trigo. O experimento constou de sete tratamentos (seis inseticidas + testemunha), em delineamento completamente casualizado, com 5 repetições. A unidade experimental constou de um vaso de plástico (capacidade de 8 litros) cheio de solo, com dez plantas protegidas por uma gaiola, semelhante à usada no Exp. 1. Sete dias após a emergência, infestou-se cada unidade experimental com 2 pulgões/planta. Semanalmente, foram feitas contagens, eliminação manual dos pulgões existentes e novas infestações. A última contagem foi realizada aos 49 dias após a emergência das plantas. Em ambos os experimentos, os dados de número de pulgões e de porcentagem de área amarelada, transformados por raiz quadrada de x + 0,5 e arco seno raiz quadrada de x /, respectivamente, foram submetidos à análise da variância e ao teste de Tukey (5 %). A eficiência relativa dos inseticidas foi calculada pela fórmula de Abbott. Resultados e Discussão Os resultados do Experimento 1 evidenciaram que todos os inseticidas diferiram da testemunha em termos de número de pulgões vivos, oito dias após a infestação (Tabela 1). Os melhores resultados, com eficiência entre 97 % e %, foram proporcionados pelos inseticidas imidacloprid, furathiocarb, isofenphos e carbosulfan. Esses resultados foram confirmados quanto ao dano (amarelecimento das folhas) em função do ataque de pulgões. Carbofuran igualou-se a esses produtos em termos de amarelecimento de folhas, embora tivesse se mostrado inferior quanto à eficiência (nº de pulgões vivos). O pior desempenho foi apresentado por thiodicarb. XVIII Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo 555

No Experimento 2 (Tabela 2), verificou-se que o imidacloprid, nas doses de 49 e 70 g/ kg de semente, foi eficiente no controle de pulgões até os 49 dias após a emergência. O inseticida carbosulfan foi eficiente, nas três doses testadas, até 14 dias após a emergência, porém somente nas duas doses maiores igualou-se ao imidacloprid. Ressalta-se que esses resultados, obtidos em condições de ambiente parcialmente controladas, necessitam ser confirmados em condições de campo. Tabela 1. Efeito de inseticidas aplicados em sementes de trigo para controle de Schizaphis graminum sobre o número de pulgões e amarelamento de folhas, aos 8 dias após a infestação. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 1990 Tratamento Dose (g i.a./ Número Eficiência kg semente) pulgões % (Abbott) Àrea foliar amarela (%) Imidacloprid Furathiocarb Isofenphos Carbosulfan Benfuracarb Carbofuran Thiodicarb Testemunha 70 1665 800 750 500 700 700 6 ab 8ab 21 bc 55 c 156 d 302 e 98 97 92 76 40 1b 4 ab 12 b 8 ab 54 c C.v.% 29,8 42,0 Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si (Tukey, 5 %). 64c 556 XVIII Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo

>< S ::::: iiii o l() [!li -g ir cq' o Tabela 2. Tratamento Efeito de diferentes doses de dois inseticidas aplicados em sementes de trigo para controle de Schizaphis graminum aos 14, 21, 28 e 49 dias após a aplicação. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS,1991 Dose (g La.l kg semente) 14 dias 21 dias 28 dias 49 dias Nº 1 Nº 1 Nº 1 Nº 1 pulgões Ef. % pulgões Ef. % pulgões Ef. % pulgões Ef. % Imidacloprid 35 Oa Oa 55 a 96 Imidacloprid 49 O a O a 3 a Imidacloprid 70 O a O a Carbosulfan 250 62 b 93 377 c 50 621 b 55 Carbosulfan 500 36 ab 96 405 c 47 586 b 57 Carbosulfan 750 27 ab 97 132 b 83 537 b 61 Testemunha - 909 c - 757 d - 1.376 c 63ab 2a 775 cd 799 de 370 bc 1.322 e C.V. % 63,1 23,3 27,4 46,7 1 Eficiência relativa (fórmula de Abbott). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si (Tukey, 5 %). 95 41 39 72 C.11 C.11...