PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA PLACA DE SOM SINTEVOX



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Transcrição:

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA PLACA DE SOM SINTEVOX DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Princípio de funcionamento da placa de som Sintevox é uma obra do Engenheiro Newton Pessoa de Almeida Junior de propriedade da pá gina SuperPinball. Embora esta obra tenha sido escrita de boa fé e, com o tal, acreditamos na sua veracidade, utilidade e confiabilidade, não nos responsabilizamos por eventuais erros e incorreçõ es nem por danos, perdas ou prejuízos que porventura possam surgir em decorrência do uso deste manual e das informaçõ es nele contida. VISITE O SUPERPINBALL! http://planeta.terra.com.br/lazer/superpinball - 1 -

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA PLACA DE SOM SINTEVOX NEWTON PESSOA DE ALMEIDA JUNIOR Resumo Este artigo procura explicar o princípio de funcionamento da placa Sintevox na sua versã o mais simples, sem síntese de voz, usadas nas má quinas Cosmic, Vortex e outras. A aná lise é direcionada para té cnicos em eletrônica, entretanto acredito que qualquer pessoa com um nível mé dio de conhecimentos de eletrônica, lógica digital e microprocessadores de 8 bits estará em condiçõ es de entender sem maiores dificuldades. Nota: Para o melhor aproveitamento da leitura, tenha em mãos o esquema da Sintevox - 2 -

ÍNDICE 1. Introdução 4 2. Diversas versõ es da placa de som 4 3. Circuitos auxiliares: Reposição ao ligar e reló gio 4 4. Uma configuração quase clássica 6 5. Circuito de entrada 8 Reconhecimento do comando 00h 10 Circuitos auxiliares do SC-01 11 6. Defeitos mais comuns 11 Defeito: sem nenhum som. 12 Defeito: sem voz, mas com som. 13 Defeito: volume baixo: 13 Defeito: gerando sempre um som estranho 13-3 -

1. Introdução Manual Té cnico SuperPinball A Sintevox é uma placa microprocessada, dupla face, fabricada em fibra de vidro. Sua funçã o é gerar sons para tornar o jogo mais interessante e agradá vel. Os sons e as músicas são executados a partir de um programa previamente gravado numa memória ROM e executada por um microprocessador comum de 8 bits. Sendo uma placa de som gené rica, a Sintevox pode ser aplicada em vários modelos de má quinas diferentes apenas substituindo o programa residente ( a memória ROM). 2. Diversas versõ es da placa de som A Taito usou diversas placas de som nos seus quase 10 anos de existência. É natural em qualquer fá brica a busca constante pela atualizaçã o tecnológica e a melhoria dos seus produtos. Existem basicamente 4 placas de som na Taito. A primeira não era microprocessada e apenas gerava sons elementares. Foi usada nas primeiras má quinas eletrônicas. A segunda foi uma versã o anterior a Sintevox e aparecem nas má quinas Oba-Oba e Drakor entre outras. A terceira foi a Sintevox simples, que poderia contar ou não com sintetizador de voz, de acordo com o modelo de má quina. A quarta e última é uma versã o aperfeiçoada da Sintevox que conta com uma placa auxiliar para melhorar a qualidade e as possibilidades de geraçã o de sons. 3. Circuitos auxiliares: Reposiç ão ao ligar e reló gio Todo circuito microprocessado e microcontrolado precisa de um relógio ( clock ) para funcionar. Alguns modelos de microprocessadores e microcontroladores possuem circuitos de relógio embutido, entretanto este não é o caso do microprocessador usado na Sintevox, o 6802. O circuito de clock na Sintevox é gerado por um CI da família T.T.L. duplo monoestá vel código 74123. Os dois monoestá veis estã o agrupados de tal forma que um aciona o outro, formando um circuito oscilante que gera pulsos para o funcionamento do 6802 (microprocessador). Estes pulsos saem do pino 5 do 74123 e sã o aplicados no pino 39 do 6802 (figura 1). - 4 -

Figura 1: O circuito de reló gio da Sintevox O outro circuito auxiliar é o de reposiçã o ( reset ) ao ligar. Quando a placa é ligada, um pulso é gerado por um circuito especial para resetar o microprocessador 6802 e a interface paralela programá vel PPI - 6821. Com isso garantimos que todos os registros internos estejam limpos quanto a placa é ligada e també m asseguramos o correto funciomanento da Sintevox. A outra vantagem é que ao ligarmos a placa, ela nã o produzirá nenhum som. O CI 555 (LM555, NE555 ou equivalentes) é o responsá vel pela reposiçã o ao ligar. O pulso RESET sai do pino 3 deste CI, passa pelo transistor BC337 e chega simultaneamente ao pino 34 da 6821 e aos pinos 36 e 40 do 6802. Caso seja - 5 -

necessá rio a reposiçã o manual da placa, uma pequena chave cumpre esta funçã o, colocando a linha RESET em terra (nível lógico zero). Figura 2: Reset Inicialmente o capacitor de 10 uf ligado ao pino 2 do 555 está descarregado. Ao ligarmos a placa ele começará a se carregar por meio do resistor de 47k també m ligado ao pino 2 do referido CI. Enquanto o capacitor estiver se carregando o CI manterá o sinal RESET ativado (nível lógico zero). Quando o capacitor atingir uma determinada carga o CI mudará de estado e desativará o sinal RESET por tempo indeterminado. O CI está, deste modo, numa configuraçã o monoestá vel. O diodo 1N4001 do circuito faz um caminho para a descarga rá pida do capacitor em caso de falta de alimentaçã o. Isto garante que mesmo desligando e ligando rapidamente a alimentaçã o o CI gerará o sinal RESET. 4. Uma configuração quase clássica Todo circuito computacional bá sico e a Sintevox é um bom exemplo disso é formado por um microprocessador, uma unidade onde está armazenado o programa, a memória ROM, e uma outra unidade de memória de trabalho, chamada memória - 6 -

RAM. Na Sintevox nã o há memória RAM externa, pois o 6802 já possui 128 bytes de memória RAM interna, o que é suficiente para atender às necessidades da placa. A memória de programa é formada por duas ROMs do tipo EPROM 2716. Cada 2716 comporta 2kbytes. Assim, a placa possui 4kbytes de programa que pode ou nã o ser usada na sua totalidade. Um CI 7442 decodificador opera como seletor de dispositivo, executando a escolha de acordo com os sinais A11, A12 e VMA gerados pelo microprocessador. O 7242 pode selecionar, num determinado momento, a primeira EPROM, a segunda EPROM ou a PPI 6821. Figura 3: As EPROMs e o decodificador 7442 A tabela abaixo informa a combinaçã o necessá ria para o correto acionamento de um dispositivo: Dispositivo acionado A11 A12 VMA EPROM 1 1 1 1 EPROM 2 0 1 1 PPI 6821 0 0 1-7 -

Obviamente, a comunicaçã o entre estes dispositivos se realizará por meio dos barramentos de dados e endereços. A PPI é um administrador de perifé ricos, isto é ele proporciona a comunicaçã o de dados entre o microprocessador e o mundo exterior. Mas quem é este mundo exterior? São as informaçõ es que entram e saem do sistema. Entrando temos os comandos vindos do rack, solicitando a execuçã o de algum som. Saindo temos o sinal digital que ainda na placa Sintevox se tornará som. A 6821 apresenta 2 canais de dados de 8 bits que podem ser configurados como entrada ou saída, de acordo com a programaçã o. Estes canais são chamados de portas e na Sintevox, foi escolhida a porta A como saída de dados e a porta B como entrada e saída de dados. O sinal digital é enviado pelo microprocessador para a PPI e esta repassa para um conversor digital-aná logo (CI 1408). Na saída do conversor D/A teremos um sinal analógico pronto para ser amplificado. O circuito amplificador é formado por transistores de sinal e um circuito integrado amplificador de potência. O sinal sai do 1408 pelo pino 4 e é amplificado por um transistor BC549 na configuraçã o base comum o sinal entra pelo emissor e sai no coletor. Após este transistor o sinal é reforçado por mais dois transistores BC337 na configuraçã o Darlington e finalmente encontra a entrada do amplificador de potência TDA2002 pino 1 por meio do controle de volume de 47k. Observe que antes de chegar aos BC337 o sinal é combinado com um outro. Este outro sinal é a voz sintetizada no CI SC-01 e o trimpot de 10k é um controle de volume exclusivo da voz sintetizada. 5. Circuito de entrada A Taito dispõ e de uma linha de 8 bits para o comando dos sons. Este sinal sai do Rack (mais precisamente, da Interface) e apresenta níveis lógicos TTL padrã o. De acordo com o sinal presente nesta entrada, a Sintevox executará um som. Como temos 8 bits podendo apresentar 2 níveis lógicos teremos. 28 = 256 comandos diferentes. Na prá tica, a combinaçã o 00000000 está reservada, restando 255 comandos. Entretanto, uma máquina não possui mais de 30 sons ou vozes diferentes. - 8 -

Quanto existe uma comunicaçã o paralela entre dois equipamentos digitais, alé m das vias de dados é necessá rio dispor de vias de controle. A Taito nã o possui esta via na comunicaçã o entre a Sintevox e o Rack. A soluçã o encontrada foi usar a própria via de dados como via de controle. Ficou estabelecido que em caso de 00000000 (00h) na entrada teremos o comando parar. Este é o estado natural das linhas, isto é, o comando de dados estará normalmente em 00h. Figura 4: O circuito de entrada O sinal de entrada é reforçado por portas lógicas Nã o E e chegam à porta B da 6821. Por outro lado, o microprocessador usa a porta PB tanto para recepçã o quanto para transmissã o de dados. Quando a PB for usada como transmissã o, a entrada de dados precisa ser temporariamente desligada. Neste caso ele gera um nível zero no pino 39 do 6821. Este nível apaga o diodo Led que é acionado por um transistor BC338 e chega ao reforçador ("buffer") 7407, que gera o sinal BLK (blanking, apagamento). O sinal BLK desliga todos os 7403, bloqueando a entrada. A porta PB é usada como saída de dados apenas quando deseja enviar algum comando para o sintetizador de voz SC-01. Deste modo, nas placas que não possuem voz este circuito de blanking nunca será usado e o Led permanecerá constantemente aceso. - 9 -

Figura 5: Blanking Reconhecimento do comando 00h O sinal de saída, após o controle do 7403 chega à porta PB. Este sinal també m é enviado para um CI CMOS 4068, porta Nã o E de 8 entradas. O comando 00h após a inversã o dos 7403 virará FFh, isto é, todos os bits iguais a nível 1. Neste caso, e somente neste caso, a saída do 4068 irá a nível lógico zero, acionando o pino 18 da PPI, formando o comando parar. Figura 6: O circuito que reconhece o comando 00h - 10 -

Circuitos auxiliares do SC-01 Quando a porta B está enviando informaçõ es para o SC-01, este sinal é reforçado por meio de C.I.s 7407. Repare que estes C.I.s, do tipo coletor aberto, tem a saída alimentada pelo 12V nã o regulado que recebe uma regulaçã o via Zener 1N752. Figura 7: Estes Buffers são exclusivos do SC-01 Alé m da porta B o SC-01 se comunica com a interface 6821 por meio dos pinos 19 e 40. 6. Defeitos mais comuns Para a pesquisa de defeitos desta placa você precisará basicamente de um multímetro digital e um pinball Taito em bom estado. O osciloscópio é uma ferramenta poderosa e útil, mas nã o é fundamental para esta placa. - 11 -

O primeiro passo é a inspeçã o visual. Observe se há indícios de sobreaquecimento nos componentes ou algum capacitor eletrolítico perdendo eletrólito. Soldas frias nã o sã o comuns, exceto nos pinos do TDA2002. O segundo passo é instalar corretamente a placa. Os conectores Taito seguem o padrã o de o chanfro ficar sempre para dentro da placa. Verifique a tensã o de alimentaçã o da Sintevox. Esta placa opera com +5V, -5V e +12V nã o regulados. A ausência de qualquer uma destas tensõ es comprometerá o funcionamento correto da placa. A tecnologia que as EPROMs foram fabricadas na é poca (primeira metade dos anos 80) garantia a retençã o de dados por 15 ou 20 anos. Desta forma, é possível que os dados contidos nas duas EPROMs estejam corrompidos e necessitando e apagamento e uma regravaçã o. Partindo do suposto que as EPROMs estã o em perfeitas condiçõ es, e que você seguiu os dois primeiros passos, segue entã o o procedimento de manutençã o. Defeito: sem nenhum som. Procedimento A: verificando o estado do TDA2002: Com a má quina ligada, e o trimpot de controle geral de volume no meio do curso, toque no metal da chave de fenda e a sua ponta no terminal central do trimpot de volume. Deve se ouvir um ronco no alto-falante. Caso negativo, desligue a má quina, retire o conector do altofalante e, com o multímetro verifique a impedâ ncia da carga. Se a impedâ ncia for superior a 8 ohms, pode ser alto-falante danificado, fiaçã o ou conector. Se a impedâ ncia for inferior a 8 ohms, o defeito provavelmente é o TDA2002 ou o resistor de 0,47 ohm próximo ou ainda o trimpot de volume. Procedimento B: verificando o sinal RESET: Com o multímetro, verifique a tensã o do pino 34 do CI 6821. Tem que estar com cerca de 5V. Se estiver muito baixo (menos que 1V), verifique o circuito de RESET, principalmente o 555, o BC337 a chave de RESET manual e o capacitor de 10uF. - 12 -

Procedimento C: verificando o clock: Com o multímetro monitorando NIVEL LÓ GICO, verifique sinal de clock no pino 39 do 6802. O display deve indicar os dois níveis, demonstrando oscilaçã o. Nota: Este teste não é 100% exato. O ideal seria verificar a forma de onda com o osciloscópio. Procedimento D: caso a placa tenha sido aprovada nos testes anteriores, substituía os 3 transistores amplificadores BC549 e BC337. Existem 2 circuitos integrados difíceis de encontrar nesta placa: o 1408 e o SC-01. o caminho agora é trocar os componentes perifé ricos evitando ao má ximo condenar estes dois integrados raros. Substitua entã o os transistores que faltam e o C.I.s nesta ordem: 7403, 4068, 7442, 7407. Caso o defeito permaneça, tente trocar os C.I.s 6802 e 6821. Existe ainda uma última tentativa: testar todos os resistores da placa (nã o precisa testar os resistores do circuito oscilador e de RESET, que já foram testados). Defeito: sem voz, mas com som. Verifique todos os componentes associados do SC-01, inclusive o circuito regulador a Zener. Troque os C.I.s 7407. Caso nã o resolva, condene o SC-01. Defeito: volume baixo: Verifique o trimpot de volume. Substitua os transistores amplificadores. Caso não resolva, substitua o TDA2002. Defeito: volume alto Verifique o trimpot de volume. Defeito: gerando sempre um som estranho Normalmente isto é causado por EPROM com dados corrompidos. Grave novamente os dados nas EPROMs. Boa Sorte! - 13 -