Redução ao Valor Recuperável. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

Documentos relacionados
CPC 01 - VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS. Prof. Mauricio Pocopetz

Seção 27 Redução ao Valor Recuperável de Ativos

CPC 01 - VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS (R1) Prof. Mauricio Pocopetz

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 01. Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Teste de Recuperabilidade (Impairment)

IMPAIRMENT OF ASSETS NBC T REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS PRONUNCIAMENTO CPC 01

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Imobilizado e Perda de Recuperabilidade Impairment

2 o Simulado de Contabilidade com Questões Comentadas

Contabilidade Avançada. Prof. Me. Geovane Camilo dos Santos Mestre em Ciências Contábeis

Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução no Valor Recuperável de Ativos

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos

22/03/2017 CPC 01 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

Tema São Paulo Rio de Janeiro

Comentários da prova SEFAZ-PI Disciplina: Contabilidade Avançada Professor: Feliphe Araújo

Oficina Técnica. Setembro Imobilizado e Perda de Recuperabilidade - Impairment. Elaborado por: Elias da Silveira Cerqueira

Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente. Ata CFC n.º 940 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG 01 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 12. Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares

Contabilidade Societária

A seguir a correção da prova de contabilidade geral, aplicada pela FCC, neste final de semana passado.

CPC 32 TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

O CPC 31 não se aplica:

AFRFB 2014 Contabilidade Resolução da Prova

Ativo Não Circulante Mantido para Venda (CPC 31 / IFRS 5). Por Ivandro Oliveira [1]

PROVA CONTABILIDADE FCC 2018 TRT SP

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Teste de Recuperabilidade (Impairment) Prof. Cláudio Alves

Material Extra Prova da CLDF/ Comentada

Caderno de Prova A01, Tipo 005

CPC 27 - IMOBILIZADO A Lei nº 6.404/76, mediante seu art. 179, inciso IV,conceitua como contas a serem classificadas no Ativo Imobilizado:

Aula 02 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

Comentários da prova p/ Analista Judiciário Contabilidade TST Disciplina: Contabilidade Geral Professor: Feliphe Araújo

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01(R1) REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

CPC 31 ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA. Prof. Mauricio Pocopetz

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 42 CONTABILIDADE EM ECONOMIA HIPERINFLACIONÁRIA

(a) subsidiárias, tal como definido na IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separada ;

IBRACON NPC nº 25 - CONTABILIZAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS APLICÁVEIS

expert PDF Trial Oficina Técnica PMEs: Ativo Imobilizado (Contabilização com ajuste do impairment)

Caderno de Prova A01, Tipo 005

SÉRGIO ADRIANO CONTABILIDADE GERAL. Básica Intermediária Avançada Análise de Balanços. 4.ª edição. revista, atualizada e TOTALMENTE reformulada

Exercícios Lista 4.2 Balanço Patrimonial

CONTABILIDADE PÚBLICA

Quais são os objetivos do tópico... DETALHAMENTO DOS REGISTROS CONTÁBEIS 6. Imobilizado, Intangível e Impairment.

NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Estabelecer o tratamento contábil de receitas provenientes de certos tipos de transações e eventos.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - PUC GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Questão 27 Durante um trabalho de auditoria foram detectadas as seguintes informações sobre a concessão de uma linha de ônibus:

10.5 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS DA CONTROLADORA E SUAS CONTROLADAS

Auditor Fiscal da Receita Estadual SEFAZ SC Disciplina: Contabilidade Geral Professor: Feliphe Araújo

Ativos Intangíveis Reconhecimento e Mensuração

FUCAPE Business School Exercícios de múltipla escolha CPCs

Painel. Alterações na Legislação das Sociedades por Ações e no Mercado de Valores Mobiliários Lei Federal nº /2007 TAX

TCU - Aula 03 C. Geral III

1 RESOLUÇÃO DA PROVA - SABESP

Método de Equivalência Patrimonial Egbert Buarque

Contabilidade ESTRUTURA PATRIMONIAL SITUAÇÃO LÍQUIDA (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) FLUXO DE RECURSOS. Fluxo dos recursos SÍNTESE DO FUNCIONAMENTO DAS CONTAS

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32. Tributos sobre o Lucro. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 12

O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques.

Questões Resolvidas Questões Resolvidas... 10

CPC - 01 E CPC P&ME - SEÇÃO 27

A Geradora Aluguel de Máquinas S.A.

NBC TG 32 (R4) IAS 12 CPC 32 NBC TG 32 (R4)

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32. Tributos sobre o Lucro. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 12

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 2. Prof. Cláudio Alves

SUMÁRIO. 3 PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO, 37 1 Introdução, 37

CPC 27 - IMOBILIZADO. Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz

SUMÁRIO. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos...

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC. CPC 27 Ativo Imobilizado e Depreciação. Principais Considerações no Pronunciamento Técnico CPC 27

CURSO SIMULADOS PARA ISS MANAUS 2019 Simulado I Os 10 assuntos mais cobrados pela FCC 04/05/2019

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas

Alienação e Baixa de Bens do Ativo. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

1 SIMULADO DE CONTABILIDADE POLÍCIA FEDERAL

Caderno de Prova 04, Tipo 001

PROVA COMENTADA CONTABILIDADE TRE PR

CPC 02 EFEITO DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DAS DF S. Prof. Mauricio Pocopetz

OBJETIVOS. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas

ATIVO NÃO CIRCULANTE - IMOBILIZADO -

ESTUDO DE CASO. Os Novos Ajustes da Lei

Aprova a NBC TSP 09 - Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32. Tributos sobre o Lucro. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 12

FCC:

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 16 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

ATIVO NÃO CIRCULANTE - IMOBILIZADO -

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 31. Ativo Não-circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 14. Valter Ferreira

1 - QUESTÕES COMENTADAS

FCC CONTABILIDADE GERAL AULA Nº 1. Instrumentos Financeiros e CPC 16. Professor Igor Cintra PDF PDF VÍDEO.

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial Parte 1. Prof. Cláudio Alves

Sumário. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos...

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas

Nome: Prontuáro. Curso: PÓS EM IFRS- NORMAS INTERNACIONAIS DA CONTABILIDADE

CPC 28. Propriedade para Investimento. Balanço Patrimonial - Grupos. Definição de PI. Investimentos Participações Permanentes em outras sociedades

ATIVO IMOBILIZADO. Prof. Me. Reiner Botinha. Doutorando em Contabilidade Financeira PPGCC-FACIC/UFU

CONTABILIDADE PÚBLICA

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS N.º 10/2016

Transcrição:

Redução ao Valor Recuperável Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

1. Introdução e Base Legal

Impairment é uma palavra eminglês que significa, emsua tradução literal, deterioração. É uma regra segunda a qual a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível. Tecnicamente trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo. Na prática, quer dizer que as companhias terão que avaliar, periodicamente, os ativos que geram resultados antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor não recuperável no futuro, ou seja, toda vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá que fazer a baixa contábil da diferença.

2. Na Lei n 6.404/76

De acordo a Lei nº 6404/76, art. 183, 3 : a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

Observe que a Lei n 6.404/76, art. 183, 3, determina que há necessidade de se analisar a capacidade de recuperação de valores registrados no Ativo Imobilizado e Intangível. Portanto, é requisito para reconhecimento de um ativo que ele traga benefícios econômicos futuros para a entidade. Quando esses benefícios econômicos futuros, que esse ativo vai trazer, for menor do que o seu valor contábil, a entidade, deve, então, fazer a redução desse valor. Recuperação valores registrados Imobilizado e Intangível Registra Quando Adicionalmente Perda do valor aplicado Houver interrupção do empreendimento Os ativos não puderem mais produzir resultados suficientes para recuperarem o valor Revisa a vida útil Ajusta depreciação, amortização e exaustão

3. No CPC 01 R1

3.1. Objetivo e Alcance

Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos tem por objetivo principal assegurar que os ativos das entidades estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. A Lei das S/A determina que apenas os bens e direitos do AÑC - Imobilizado e Intangível estão sujeitos aoteste de recuperabilidade.

No entanto, o CPC 01 (R1) determina que todos os ativos estão sujeitos à redução ao valor recuperável, exceto: (a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) Estoques); (b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico CPC 17 Contratos de Construção); (c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre o Lucro); (d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento Técnico CPC 33 Benefícios a Empregados); (e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;

(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver Pronunciamento Técnico CPC 28 Propriedade para Investimento); (g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquidode despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola); (h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 Contratos de Seguro; e (i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada.

A finalidade principal do teste de recuperação é apresentar o valor real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto por sua utilização nas atividades da entidade. Assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seu valor de recuperação A recuperação dos valores de um ativo pode se dar através da venda do mesmo ou sua da utilização na produção de mercadorias, que serão vendidas. Fazemos a comparação do valor contábil com o maior desses dois valores (valor de venda e valor emuso), o qual será denominado de valor recuperável.

Perda por Recuperabilidade Valor Contábil Valor de Venda Valor em Uso VALOR RECUPERAVEL

3.2. Definições

Os seguintes termos são utilizados neste Pronunciamento Técnico com os significados específicos que se seguem: Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas. Exemplo: A Cia XYZ possui em seu imobilizado um automóvel registrado por R$ 80.000,00 e como depreciação acumulada o valor de R$ 20.000,00. Nessa situação o valor contábil do bemé de R$ 60.000,00

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual. Exemplo: A Cia XYZ possui em seu imobilizado um automóvel caminhão registrado por R$ 200.000,00 e com valor residual de R$ 50.000,00. Nessa situação a base de cálculo da depreciação é R$ 150.000,00.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de umativo ou de unidade geradora de caixa. Exemplo: A Cia XYZ possui uma máquina de balões capaz de gerar receitas pelo período de sua vida útil de R$ 1.000.000,00, com custos esperados de R$ 600.000,00. O seu valor em uso, nessa situação hipotética, será de R$ 400.000,00 (R$ 1.000.000,00 R$ 600.000,00)

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. É o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

TESTE de RECUPERABILIDADE VALOR CONTÁBIL Maior que o VALOR RECUPERÁVEL Menor que o VALOR RECUPERÁVEL Registra PERDA NÃO Registra PERDA Ativo Imobilizado ( - ) Depreciação ( - ) Ajuste ao valor recuperável Valor Contábil

Valor Contábil Valor Recuperável Valor da Perda Veículo A 50.000,00 48.000,00 2.000,00 Veículo B 70.000,00 72.000,00 0,00 Terreno A 500.000,00 485.000,00 15.000,00 Terreno b 650.000,00 658.000,00 0,00

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos. Exemplo: Em uma empresa de prestação de serviços de transporte de cargas que tenha uma frota de caminhões, cada caminhão é uma unidade geradora de caixa. Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeirase de impostos sobre o resultado gerado. Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil. Vidaútil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou (b) o númerode unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter doativo.

O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre o seu valor justo líquido das despesas de venda e o seu valor em uso e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária nenhuma contabilização. Caso contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor recuperável, devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.

Abaixo os passos para verificação do teste de recuperabilidade: 1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor líquido de venda e o seu valor em uso. 1.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor pelo qual o ativo poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas de venda. 1.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de produtos oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará uma taxa de desconto). Somamos a isso o valor pelo qual podemos vender o ativo no final do período.

!! SE LIGA!! Dissemos que o valor pelo qual o ativo pode ser vendido no final de sua vida útil deve ser incluído no cálculo do valor em uso. Contudo, se a questão disser o seguinte: - Valor de venda do ativo ao final da vida útil (31.12.X1): R$ 20.000,00 - Valor em uso em 31.12.X1 R$ 100.000,00 Neste caso, o valor de venda do ativo já está incluído no valor em uso e não precisamos incluir novamente. Você utilizará diretamente o dado do valor em uso, que é de R$ 100.000,00.

2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC): VC = Custo de Aquisição - Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada - Perdas Estimadas 3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil a)se Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas. Contabilização das perdas: D - Despesa - perda com desvalorização de ativos (outras despesas) C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos b)se Valor Contábil < Valor Recuperável, nenhumajuste será feito.

(TRF 4/Analista Contabilidade/FCC/2010) - A Cia. Delfim Verde, em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$): Valor emuso da máquina 620.000,00 Valor líquidode venda 610.000,00 Custo de aquisição710.000,00 Depreciação Acumulada 70.000,00 A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$ (A) 100.000,00. (B) 90.000,00. (C) 10.000,00. (D) 30.000,00. (E) 20.000,00. Gabarito: Letra E

(TRT 6/Analista Contabilidade/FCC / 2012) - De acordo com a regulamentação vigente, Valor Recuperável de umativo ou de uma unidade geradora de caixa é a) a diferença entre o seu custo histórico e o seu valor de mercado. b) o menor montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor contábil. c) o maior montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor em uso. d) a diferença entre o seu valor em uso e o seu custo histórico. e) o maior montante entre o seu valor de mercado e o seu custo histórico. Gabarito = C

(SEFAZ SP/AFTE/FCC/ 2009) Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características: Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00 Valor em Uso R$ 5.000.000,00 Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00 Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00 Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00 1. O valor recuperável desse ativo é, em R$, a) 5.000.000,00 b) 5.100.000,00 c) 5.400.000,00 d) 5.600.000,00 e) 6.000.000,00

2. O valor líquido contábil é, em R$, a) 6.000.000,00 b) 5.600.000,00 c) 5.400.000,00 d) 5.100.000,00 e) 5.000.000,00 3. A perda por redução ao valor recuperável é, emr$, a) 3.000.000,00 b) 2.600.000,00 c) 1.000.000,00 d) 600.000,00 e) 300.000,00

Resolução: Vamos seguir os passos da nossa aula para verificação do teste de recuperabilidade. 1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor líquido de venda e o seu valor em uso. - Valor em uso = R$ 5.000.000,00. - Valor justo líquido de despesas de venda = R$ 5.100.000,00. Portanto, o valor recuperável é o valor líquido de venda, porque é o maior valor. - Valor Recuperável = R$ 5.100.000,00 Gabarito = B

2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC) VC = Custo de Aquisição - Depreciação Acumulada - Perdas Estimadas Valor Contábil= 8.000.000 2.000.000-600.000 = 5.400.000,00 Nessa questão, o valor contábil é o valor contábil líquido e o custo de aquisição é o valor contábil bruto. Gabarito: Letra C 3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil líquido Como Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas Perdas estimadas = Valor Contábil - Valor Recuperável Perdas estimadas = 5.400.000,00 5.100.000,00 = 300.000,00 Gabarito: E

Valor Contábil apresentado no balanço patrimonial: Valor Contábil Bruto 8.000.000,00 (-) Depreciações Acumuladas (2.000.000,00) (-) Provisões para Perdas Registradas (900.000,00) = Valor Contábil 5.100.000,00

3.3. Periodicidade

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve: (a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado emperíodos diferentes.

Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e (b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios.

Final do Exercício (período de reporte) Há indícios de DESVALORIZAÇÃO Independente de haver indícios de DESVALORIZAÇÃO deve sempre testar anualmente: SIM NÃO Executa Teste de Recuperabilidade Teste de Recuperabilidade Dispensado 1) Goodwill (combinação ne negócios); 2) Intangível com vida útil indefinida; e 3) Intangível não disponível para uso.

3.4. Formas de Identificação de que um Ativo pode estar Desvalorizado

Fontes Externas de Informação (a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente durante o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; (b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado; (c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo; (d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado

Fontes internas de informação (e) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de umativo; (f) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de ativo como finita ao invés de indefinida; (g) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;

Dividendo de controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada (h) para um investimento em controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada, a investidora reconhece dividendo advindo desse investimento e existe evidência disponível de que: (i) o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis separadas excede os valores contábeis dos ativos líquidos da investida reconhecidos nas demonstrações consolidadas, incluindo eventual ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill); ou (ii) o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada no período em que o dividendo é declarado.

O CPC 01 Técnico requer que um ativo intangível, com vida útil indefinida, ou ainda não disponível para uso, e o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) sejam testados com relação à redução ao valor recuperável, pelo menos uma vez ao ano. Após ter sido realizada a estimativa formal para um ativo intangível se cálculos prévios indicam que o valor recuperável de um ativo é significativamente maior do que seu valor contábil, a entidade não necessita estimar novamente o valor recuperável do ativo, desde que não tenham ocorrido eventos que eliminariam essa diferença. Se houver indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação, amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser revisados e ajustados, mesmo que os cálculos posteriores indiquemnão ser necessário reconhecer uma desvalorização para esse ativo.

3.5. Reconhecimento e Mensuração da Perda por Desvalorização

Se, e somente, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo. Essa perda deve ser reconhecida no resultado do exercício, exceto se o ativo tiver (anteriormente) sido reavaliado; situação em que a perda deve ser reconhecida como reversão da reserva de reavaliação (e dos respectivos tributos diferidos).

Depois do reconhecimento dessa perda, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão o ativo deve ser ajustada em períodos futuros para apropriar o valor contábil revisado do ativo, menos, se houver, seu valor residual, emuma base sistemática sobre sua vidaútil remanescente. Quando o montante estimado da perda por desvalorização for maior do que o valor contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e somente se, isso for exigido por outro Pronunciamento Técnico.

Exemplo 1 Ativo não reavaliado: Registro da perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida nademonstração do resultado do exercício. Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: Valor contábil bruto de uma máquina R$ 100.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 15.000,00 Contabilização das perdas estimadas D Despesa - perda com desvalorização de ativos outras despesas 15.000,00 C Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 15.000,00

Exemplo 2 Ativo Reavaliado: Perda inferior e até o limite da reserva de reavaliação de ativos reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: Valor contábil bruto de uma máquina R$ 100.000,00 Reavaliação da máquina R$ 30.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 15.000,00 Contabilização das perdas estimadas D Reserva de reavaliação 15.000,00 Baixa da perda contra a Reserva de Reavaliação C Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 15.000,00

Exemplo 3 Ativo Reavaliado: Perda superior a reserva de reavaliação de ativos reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: Valor contábil bruto de uma máquina R$ 100.000,00 Reavaliação da máquina R$ 30.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 45.000,00 Contabilização das perdas estimadas D Reserva de reavaliação 30.000,00 Baixa a perda até a R. de Reavaliação D Outras despesas 15.000,00 Restante da perda, baixa no resultado C Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 45.000,00

Exemplo4: perda por desvalorização maior do que o valor contábil do ativo. Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: Valor contábil bruto de uma máquina R$ 100.000,00 Depreciação Acumulada R$ 65.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 45.000,00 O teste de recuperabilidade resultou emperdas no valor de R$ 45.000, superior ao valor contábil líquido da máquina que era de R$ 35.000 (100.000 65.000). Contabilização das perdas estimadas D Outras Despesas 45.000,00 C Perdas estimadas com desvalorização 35.000,00 C Provisão do Passivo (valor excedente ao valor contábil do ativo) 10.000,00

ATIVO PERDA HIPÓTESE LANÇAMENTO Não Reavaliado Reavaliado Perda vai para o resultado Contabiliza a perda contra a reserva de reavaliação O que exceder a reserva de reavaliação deve ser reconhecido como perda no resultado Perda menor doqueo valor contábil doativo Perda maior doqueo valor contábil doativo Perda menor doquea reserva de reavaliação Perda maior doquea reserva de reavaliação D - Outras despesas C - Perdas Estimadas D - Outras despesas C - Perdas Estimadas C - Provisão do Passivo D - Reserva de reavaliação C - Perdas Estimadas D - Reserva de reavaliação D - Outras despesas C - Perdas

(TRE - CE/Analista/FCC/2012) - Considere os dados abaixo. Valor histórico da máquina R$ 1.300.000,00 Reavaliação da máquina R$ 200.000,00 Perda de valor recuperável do ativo contabilizada R$ 130.000,00 Novo valor da perda de valor recuperável calculada R$ 230.000,00 O registro contábil complementar que deverá ser efetuado com relação a perda do valor recuperável é: a) Débito: Despesa Perda de valor recuperável R$ 30.000,00, Débito: Patrimônio Líquido Reserva de Reavaliação Perda de Valor Recuperável R$ 70.000,00 e Crédito: Ativo Perda de valor recuperável R$ 100.000,00.

b) Débito: Despesa Perda de valor recuperável R$ 230.000,00 e Crédito: Ativo Perda de valor recuperável R$ 230.000,00. c) Débito: Ativo Perda de valor recuperável R$ 100.000,00 e Crédito: Despesa Perda de valor recuperável R$ 100.000,00. d) Débito: Despesa Perda de valor recuperável R$ 100.000,00 e Crédito: Ativo Perda de valor recuperável R$ 100.000,00. e) Débito: Despesa Perda de valor recuperável R$ 70.000,00, Débito: Patrimônio Líquido Reserva de Reavaliação Perda de Valor Recuperável R$ 30.000,00 e Crédito: Ativo Perda de valor recuperável R$ 100.000,00. Gabarito = A

3.6. Reversão da Perda por Desvalorização

A entidade deve avaliar em cada data de reporte se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro, não possa mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimaro valor recuperável desse ativo. Ao avaliar se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização, reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio, possa ter diminuído ou possa não mais existir, a entidade deve considerar:

Fontes externas de informação (a) há indicação observáveis de que o valor de mercado do ativo tenha aumentado significativamente durante o período; (b) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham ocorrido durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal no qual ela opera ou no mercado para o qual o ativo é destinado; (c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos tenham diminuído durante o período, e essas diminuições possivelmente tenham afetado a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso do ativo e aumentadoseu valor recuperável materialmente;

Fontes internas de informação (d) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham ocorrido durante o período, ou se espera que ocorram em futuro próximo, na extensão ou na maneira por meio da qual o ativo é utilizado ou se espera que seja utilizado. Essas mudanças incluem custos incorridos durante o período para melhorar ou aprimorar o desempenho do ativo ou para reestruturar a operação à qual o ativo pertence; (e) há evidência disponível advinda dos relatórios internos que indica que o desempenho econômico do ativo é ou será melhor do que o esperado.

Assim, se a entidade verificar que uma perda por desvalorização de ativo reconhecida em anos anteriores não mais existe ou diminuiu, ela pode reverter essa perda. Lançamento de reversão é o seguinte: D - Perdas estimadas com desvalorização (retificadora do ativo) C - Reversão de Perda por desvalorização (receita)

Indicação de que uma desvalorização reconhecida para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de resultado futuro, pode vir a não mais existir ou tenha diminuído, pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação, amortização ou exaustão ou o valor residual podem requerer revisão e ajustes, mesmo se não houver reversão da perda por desvalorização para o ativo. A perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura, somente deve ser revertida se houve uma mudança nas estimativas usadas para determinar o seu valor recuperável após a data em que a última desvalorização foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado. Esse aumento ocorrerá pela reversão da perda por desvalorização.

O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores. Essa reversão deve ser reconhecida noresultado (Receita) ou como reserva de reavaliação (no caso do ativo ter sido anteriormente reavaliado). Qualquer aumento no valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), acima do seu valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso a perda por desvalorização para o ativo não tivesse sido reconhecida em anos anteriores é considerado uma reavaliação.

A reversão de perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado de acordo com outro Pronunciamento. Qualquer reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação conforme tal Pronunciamento. A reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes sob o título de reserva de reavaliação. Entretanto, na extensão em que a perda por desvalorização para o mesmo ativo reavaliado tenha sido anteriormente reconhecida no resultado do período, a reversão dessa desvalorização deve ser também reconhecida no resultado do período.

Lançamentode reversão de perdas de ativo reavaliado: D - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos C - Reserva de reavaliação Depois que a reversão da perda com desvalorização é reconhecida, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em períodos futuros, para apropriar o valor contábil revisado do ativo menos, se aplicável, seu valor residual, embase sistemática sobre sua vida útil remanescente.

!! SE LIGA!! O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores. Não deve ser realizada a reversão de perdas estimadas para o goodwill. O valor de reversão não pode ultrapassar o valor que já tinha sido reconhecido como perdas por desvalorização. A reversão da perda por desvalorização deve ser reconhecida no resultado (Receita). A reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes sob o título de reserva de reavaliação.

(TCE - CE/Auditor/FCC/2015) - Em10/10/2009, uma empresa adquiriu uma marca pelo valor de R$ 14.000.000,00. Em 31/12/2011, registrou para esta marca uma perda por desvalorização ( impairment ) no valor de R$ 4.000.000,00. Em 31//12/2014, a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade ( impairment ) para a mesma marca e obteve asseguintes informações: Valor emuso da marca: R$ 10.800.000,00. Valor justo líquido das despesas de venda da marca: R$ 9.400.000,00. Como a marca apresenta naturalmente uma vida útil indefinida, a empresa, nas Demonstrações Contábeis doanode 2014, deveria

A) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 800.000,00 decorrente da reversão da perda por desvalorização. B) manter o valor contábil de R$ 10.000.000,00 no balanço patrimonial de 31/12/2014. C) reconhecer uma perda por desvalorização no valor de R$ 600.000,00 no resultado do ano de 2014. D) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 4.000.000,00 decorrente da reversão da perda por desvalorização. E) reconhecer, no resultado do ano de 2014, uma perda por desvalorização no valor de R$ 3.200.000,00.

O ativo intangível de vida útil indefinida não é amortizado. O valor contábil da marca em 31/12/2014 era $ 14.000.000 perda de R$ 4.000.000 = R$ 10.000.000 O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido das despesas de venda: Valor emuso da marca: R$ 10.800.000,00. Valor justo líquido das despesas de venda: R$ 9.400.000,00.

Assim, o valor recuperável é R$ 10.800.000. Como é maior que o valor contábil e a empresa reconheceu uma perda por impairment de R$ 4.000.000, a empresa deve reverter parcialmente a perda reconhecida, no valor de R$ 800.000. A reversão da perda anterior é contabilizada como uma receita na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Com isso, a marca fica avaliada pelo valor recuperável, de R$10.800.000. Gabarito = A

3.8. Divulgação

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos: (a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas; (c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e (d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido emoutros resultados abrangentes durante o período. Uma classe de ativos é um agrupamento de ativos de natureza e uso similares nas operações daentidade.

RECONHECIMENTO Na DRE Em outros Resultados Abrangentes Perdas por Desvalorização DESPESA Reversões de Perdas por Desvalorização RECEITA Perdas por desvalorização de ativos reavaliados Reversões de Perdas por desvalorização de ativos reavaliados