RECOMENDAÇÃO nº 001/2010-PJIJ-STN



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RECOMENDAÇÃO nº 001/2010-PJIJ-STN O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ, neste ato representado pelo titular da PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE da Comarca de Santana, no uso de suas atribuições legais, com fulcro nos artigos 127 e 129, inciso II, da Constituição Federal de 1988, CONSIDERANDO que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205 da Constituição Federal); CONSIDERANDO que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: VII atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (art. 208, da Constituição Federal);

CONSIDERANDO que o não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente (art. 208, 2º da Constituição Federal); CONSIDERANDO que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais (art. 5º, da Lei 8.069/90); CONSIDERANDO que alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população (art. 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e Lei n. 11.346/2006); CONSIDERANDO as inspeções realizadas pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, no ano de 2009, na rede de ensino municipal e estadual, as quais constataram várias irregularidades, como: falta de espaços adequados para alunos e professores (salas de aula pequenas, sem ventilação, sem higiene), falta de profissionais da educação (professores, orientadores, supervisores, nutricionistas), sujeira no entorno das escolas, segurança comprometida (patrimonial, física, elétrica e hidráulica); CONSIDERANDO que humanização da educação pública pressupõe a garantia no ambiente de trabalho de instalações adequadas e ter a seu alcance informações educacionais, bibliotecas atualizadas, material didático, técnico-pedagógico e outros instrumentos em quantidade suficiente e apropriada,

bem como contar com assessoria pedagógica que auxilie e estimule a melhoria do seu desempenho profissional e ampliação dos seus conhecimentos. CONSIDERANDO que a oferta de transporte escolar diário e gratuito aos alunos que vivem em áreas rurais é um importante instrumento de acesso à educação e de inclusão social; CONSIDERANDO o movimento mundial pela inclusão de crianças e adolescentes com Deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação no sistema regular de ensino; CONSIDERANDO, por fim, que cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, podendo, para tanto, expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública afetos à criança e ao adolescente (art. 201, VIII, 5º, alínea c da Lei nº 8.069/90), RECOMENDA, às Secretárias Estadual e Municipal de Educação, dentre de suas áreas de jurisdição e competência, no Município de Santana, a observância e cumprimentos das seguintes ações: I ACESSO À EDUCAÇÃO: 1.1 - Matrícula no 1º ano do Ensino Fundamental de nove anos, independente da faixa etária, para os alunos concluintes do 2º período da

Educação Infantil (Liminar em Ação Civil Pública nº 10.704/08, do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Macapá). 1.2 Estabelecimento do número máximo de alunos por turma, de modo a evitar a superlotação das salas de aula (respeitando, de preferência, o máximo de 20 alunos nas classes de Educação Infantil, 25 nas classes de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental, 30 nas classes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental e 35 nas classes do Ensino Médio e educação profissional), garantindo-se vagas para todas as crianças e adolescentes que delas necessitarem, resguardado o art. 53, inciso V, do ECA - acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência. 1.3 Adaptação da carga horária da Educação Infantil, bem como, da Educação de Jovens e Adultos, conforme já é ofertada no sistema de educação no Estado do Amapá; levando-se em conta: a insuficiência de estrutura para atender a atual carga horária; as especificidades que as faixas etárias atendidas neste seguimento exigem, no sentido de prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. 1.4 Adaptação didática das Escolas que passarão a atender a faixa etária referente ao 1º ano do Ensino Fundamental (seis anos completos, ou, a completar).

II ASPECTOS FÍSICOS-ESTRUTURAIS DAS ESCOLAS: 2.1 - Melhoramento dos espaços físicos dos Educandários, através de ampliações, reformas, construções ou alugueis de prédios para atenderem adequadamente toda a demanda escolar, bem como, o número máximo de alunos por turma (Recomendação II, item 1.2). 2.2 - Aquisição de materiais de apoio permanentes e de expedientes necessários a execução do processo ensino-aprendizagem com qualidade. 2.3 Manutenção constante da limpeza do entorno das escolas, evitando-se a proliferação de vetores e o comprometimento da saúde dos docentes e discentes. 2.4 Avaliação e revisão geral da parte estrutural dos educandários (elétrica, hidráulica, sanitária). 2.5 Que seja garantido a segurança pessoal dos membros da escola, bem como a patrimonial, através de serviço de vigilância continua. III PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: 3.1 Composição e/ou recomposição do quadro de professores e técnicos da área da educação (orientadores, supervisores, nutricionistas), com a chamada do pessoal concursado, para o exercício de suas atividades (de acordo com suas classificações).

3.2 Realização de novos concursos públicos, nos termos da lei, para preenchimentos dos cargos vagos e necessários à educação. 3.3 Eleição direta dos dirigentes dos educandários, com garantia do processo democrático e participativo da comunidade escolar. 3.4 Formação continuada para todos os profissionais que atuam na área da Educação, conforme Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação do Estado e Município de Santana; 3.5 Amplie, nos limites permitidos pela Lei, a Equipe Técnica que atende educandos em situação de risco, com problemas de saúde e com quadro de deficiência que necessitam de avaliação multiprofissional (Assistente Social, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Psicopedagogo, Interprete em língua brasileira de sinais e Braille), bem como a Equipe de assessoramento junto à Rede Municipal de Ensino. IV MERENDA ESCOLAR: 4.1 - A coordenação das ações de alimentação escolar, sob a responsabilidade do Estado e do Município, deverá ser realizada por nutricionistas habilitados, que, na elaboração dos cardápios, deverão utilizar gêneros alimentícios básicos, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade, pautando-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e adequada.

4.2 Observância das condições de armazenamento e conservação dos alimentos destinados a merenda escolar, com local próprio e adequado, resguardando-se as singularidades de cada alimento. V EDUCAÇÃO ESPECIAL: 5.1 - Garanta a efetivação de matrícula de crianças e adolescentes com Deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação no sistema regular de ensino. 5.2 - Promova a acessibilidade dos educandos com deficiência física ou mobilidade reduzida, mediante supressão de barreiras e obstáculos de caráter arquitetônico, com a viabilização de rampas, barras laterais, alargamento de portas e adaptação de banheiros. 5.3 - Assegure aos alunos que apresentem alterações a nível sensorial, cognitivo e funcional: currículo, métodos, recursos técnico-pedagógicos e organização administrativa que possam atender às necessidades observadas por meio de avaliação multiprofissional e escolar, inclusive com atenção diferenciada para àqueles que por ventura, sejam inseridos no IAB - Programa de aceleração da aprendizagem, tendo em vista, a condição de aprendizagem e possíveis limitações que estes apresentem no decorrer das atividades pedagógicas.

VI TRANSPORTE ESCOLAR: 6.1 - Que os veículos escolares de propriedade dos governos tenham Certificados de Registros de Veículos ou da Embarcação em nome do Estado ou do Município e, quando se tratar de veículos contratados de terceiros, esse registro deve estar em nome do titular do contrato. 6.2 os veículos escolares deverão, dentre outras coisas: a) Ser registrados como veículos de passageiros e ser inspecionados pelo DETRAN a cada início de semestre para verificação dos equipamentos obrigatórios de segurança; b) Devem ter uma autorização especial expedida pela Divisão de Fiscalização de Veículos e Condutores do DETRAN e da Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN); c) São proibidos de transportar número de estudantes acima da capacidade estabelecida pelo fabricante; d) Os veículos devem possuir seguro; e) Devem ter um registrador de velocidade (tacógrafo); f) Devem observar e respeitar os limites de velocidade estabelecidos para rodovias ou estradas (asfaltadas ou não). 6.3 - As embarcações escolares deverão, dentre outras coisas: a) Seguir as normas da autoridade marítima para navegação;

de transporte de passageiros; b) Devem ter registro na Capitania dos Portos como embarcação c) É obrigatório o uso de coletes salva-vidas por todos os alunos; d) Devem possuir cobertura para proteção contra o sol e a chuva e grades laterais de proteção para evitar quedas; e) Não podem ser transportados mais passageiros do que o número autorizado pela autoridade marítima para a embarcação; f) É obrigatório terem, em local visível aos passageiros, uma placa com o número de inscrição da embarcação, peso máximo de carga e o número máximo de passageiros que estão autorizadas a transportar; g) O condutor da embarcação deve ter habilitação na Capitania dos Portos para operar embarcações em caráter profissional, bem como manter o transporte em condições de navegação e com todos os equipamentos de segurança exigidos. INFORMA ainda que o descumprimento ou inobservância desta Recomendação poderá acarretar a instauração de Inquérito Civil Público, bem como de Ação Civil Pública ou de outras ações de cunho administrativo e judicial, visando garantir o perfeito cumprimentos dos direitos afetos as Crianças e aos Adolescentes. Santana-AP, 10 de fevereiro de 2010.

PAULO CELSO RAMOS DOS SANTOS Promotor de Justiça = Coordenador da PJIJS =