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SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GLT - 09 16 a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná GRUPO III GRUPO DE ESTUDO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO - EMPREGO DE NOVAS TECNOLOGIAS DE MATERIAIS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREA COM A SUBSTITUIÇÃO DE CONDUTORES ACSR POR CONDUTORES TERMORRESISTENTES TACSR E TACIR (INVARIÁVEL) Ivo T. Domingues; Julio C. R. Lopes; Lígia M. Rodrigues Mendes; Sérgio Cabral; Roberto Roquelane; Sidnei Ueda; Sergio Anauate AES ELETROPAULO AES ELETROPAULO AES ELETROPAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO HOT LINE NEXANS TACTA RESUMO Neste artigo, a AES Eletropaulo apresentará as considerações efetivadas na recapacitação da linha aérea de transmissão conhecida como Sul- Bandeirantes. Esta linha teria uma adição considerável de carga de 200 MVA para 300 MVA e não havia possibilidades concretas, sob aspecto técnico e econômico de instalar uma nova linha paralela ou efetuar uma recapacitação convencional utilizando condutores de maior secção transversal. A solução para a recapacitação indicou a utilização de condutores termorresistentes de mesma secção. Entretanto, em alguns vãos a distância de segurança foi rompida e nesta situação, foi utilizado o condutor termorresistente com aço Invar, com baixo coeficiente de dilatação linear. PALAVRAS CHAVES: Termorresistente, Cabo Invar, Recapacitação 1.0 INTRODUÇÃO Os condutores com o alumínio tipo Al 1350 ou EC, largamente utilizados nos tradicionais condutores tipo CAA Cabo de Alumínio com Alma de Aço, a temperatura máxima em regime normal de trabalho é de 90 o C. Acima desta temperatura inicia-se o processo de recozimento e conseqüentemente, há a deterioração das suas características mecânicas. Os condutores com a liga de Al Termorresistente podem ser utilizados em regime normal de trabalho em temperaturas de até 150 o C, sem que haja deterioração das suas características mecânicas como tração, alongamento e dureza. Esta liga começou a ter ampla utilização a partir dos anos 80 no Japão, no período áureo do seu crescimento econômico, onde muitas linhas de transmissão tiveram que ser recapacitadas. Além do Japão, esta liga já é utilizada em todo o sudeste asiático (Coréia, Malásia, Cingapura e China), bem como na Europa (Espanha, Inglaterra e Itália). As linhas aéreas urbanas de transmissão da Eletropaulo caracterizam-se por estarem situadas em regiões densamente ocupadas, com restrições de acesso, com travessias sobre vias públicas e pela proximidade das construções próximas da faixa de servidão. Rua 25 de janeiro,320 Engenharia CEP 01103-000 Luz - São Paulo SP BRASIL Tel.: (xx11) 2195-2776 FAX : (xx11) 2195-2871 e-mail: Ivo.domingues@aes.com

2 O Desenvolvimento de alternativas técnicas e econômicas para aumentar a capacidade de transporte de corrente dessas linhas, constitui-se o principal objetivo e desafio desse projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tendo como premissa básica as seguintes diretrizes: Necessidade de um aumento de aproximadamente 50% na capacidade de transmissão, de 200 MVA para 300 MVA em 88/138kV; Aproveitamento da infraestrutura existente (faixas de passagem, estruturas e fundações), o máximo possível; Manutenção das condições de segurança operacional e confiabilidade das LT s; Execução dos serviços de melhoria com o mínimo tempo de desligamento; Necessidade de atender às demandas da população no que se refere aos riscos decorrentes dos efeitos dos campos eletromagnéticos (compatibilidade eletromagnética), devido à proximidade das LT s com edificações urbanas. Obtenção de soluções com redução de custos de implantação em relação às soluções convencionais. ----------------------------------------------------------- Este trabalho foi desenvolvido pela AES Eletropaulo. - S. Ueda, trabalha na Nexans do Brasil (e-mail: sidnei.ueda@nexans.com.br)- S. L. S. Cabral, trabalha na Matrix Engenharia em Energia Ltda (e-mail: Matrix.consultores@matrix.com.br)- I. T. Domingues, L. M. R. Mendes, J. C. R. Lopes trabalham na AES Eletropaulo (e-mail: ivo.domingues@aes.com, ligia.mendes@aes.com, julio.lopes@aes.com) - R. Roquelane trabalha na Hot Line Construções Elétricas Ltda (e-mail: roquelane@uol.com.br)- S. Anauate trabalha na Tacta Engenharia (e-mail: sergio@tacta.com.br) 2. APLICAÇÕES Recondutoramento e Recapacitação de Linhas de Transmissão Aérea Linhas de Transmissão sobrecarregadas são recondutoradas e recapacitadas normalmente utilizando-se bitolas maiores o que trás como consequência a necessidade de reforços e/ou aumento das estruturas, troca de isoladores entre outros serviços. A utilização de condutores Termorresistentes de mesma bitola que as do tipo Al 1350 (EC) torna-se uma alternativa atraente evitando, na maioria dos projetos, a alteração das estruturas e acessórios permitindo uma boa economia na obra. O aumento da capacidade de transmissão de energia elétrica pode atingir limites de até 50% da Potência Nominal pela substituição dos condutores do tipo Al 1350 (EC) por condutores Al Termorresistente. TABELA 1 Ex. comparativo: Recapacitação com mesma bitola CABO Φ EXTER. (mm) ÁREA (mm 2 ) PESO (kgf/km) RESIST. EL. CC a 20 o C (Ω/km) I max. (A) Termor.Grosbeak 25,16 374,8 1.302,8 0,0899 1.190 Grosbeak 25,16 374,8 1.302,8 0,0896 790 Δ % 0 0 0 0,3 50 3.0 CONSIDERAÇÕES SOBRE CONDUTORES TERMORRESISTENTES São condutores que podem trazer muitas vantagens em vários projetos, tanto pela viabilidade técnica como econômica. É necessário que se tenha os cuidados específicos que são inerentes em projetos de Linhas de Transmissão, adicionada à condição de operação em altas temperaturas (até 150 o C) dos condutores. 4.0 PROPRIEDADES DA LIGA DE Al TERMORRESISTENTE Apresentamos na tabela 2 as principais propriedades da liga de Al Termorresistente, TAl, comparando-as com as do tipo Al 1350.

3 TABELA 2 Propriedades: PROPRIEDADES UNIDADE TAl Al 1350 Ponto de fusão o C 660 660 Calor específico a 20 o Cal/g20 o C 0,22 0,22 Peso específico g/cm 3 2,7 2,7 Condutividade térmica Cal/cm.s o C 0,5 0,5 Coeficiente de expansão linear 1/ o C 23X10-6 23X10-6 Condutividade elétrica a 20 o C % IACS 60,5 61 Resistividade elétrica a 20 o C Ohm.mm 2 /m 0,028736 0,028264 Coeficiente de variação da Resistência elétrica 1/ o C 0,0040 0,0040 Resistência à tração kgf/mm 2 16 a 20 16 a 20 Alongamento em 250mm % 1,5 a 2,3 1,5 a 2,3 Módulo de elasticidade kgf/mm 2 6300 6300 Temperatura operação Temperatura sobrecarga Temperatura curto-circuito (tempo máx. 2s) o C 150 90 o C 180 100 o C 260 180 5.0 FERRAGENS PARA CONDUTORES COM ALUMÍNIO TERMORRESISTENTE 5.1 - Grampo de Ancoragem à Compressão Peça constituída de luva externa em tubo de alumínio extrudado de alta condutividade elétrica e elo de aço forjado zincado a quente. O dimensional é diferenciado de forma a ter uma área de dissipação maior quando o condutor atinge as altas temperaturas. O comprimento da peça bem como a sua espessura devem estar devidamente adequadas. Para o condutor tipo T-Grosbeak, o dimensional é apresentado abaixo. 5.2 - Luva de Emenda à Compressão APLICAÇÃO DIMENSÕES CÓDIGO MCM FORMAÇÃO L1 (mm) F1 (mm) T- GROSBEAK 636 26/7 555 165 FIGURA 1 GRAMPO DE ANCORAGEM À COMPRESSÃO Peça constituída de luva externa em tubo de alumínio extrudado de alta condutividade elétrica e luva interna de aço zincado a quente. Da mesma forma, o dimensional é diferenciado se comparado com o mesmo acessório de um cabo convencional.

4 APLICAÇÃO DIMENSÕES CÓDIGO MCM FORMAÇÃO L E Ls T- Grosbeak 636 26/7 640 85 200 FIGURA 2 Luva de Emenda 5.3 - Luva de Reparo Peça fabricada em liga de alumínio de alta condutividade elétrica. É utilizada na reparação de cabos condutores de alumínio ou aço/alumínio (CA ou CAA) com um ou mais fios da camada externa danificados, restabelecendo, assim, a condutividade elétrica total do condutor. O Dimensional é igualmente diferenciado, possuindo um comprimento maior quando comparado a uma luva de reparo para um cabo convencional CAA. 6.0 UTILIZAÇÃO DO AÇO ESPECIAL, INVARIÁVEL FIGURA 3 Luva de Reparo Nas recapacitações de Linhas de Transmissão Aérea com a liga de Alumínio Termorresistente, que possibilita um aumento na capacidade de transmissão de energia elétrica na ordem de 50%, umas das observações e cuidados a serem tomados é a avaliação das distâncias cabo-solo, a qual poderá acarretar no aumento da flecha. Existem soluções praticadas como p.ex. aumentar o tracionamento nos cabos, devendo-se tomar o cuidado de verificar à resistência das estruturas e da vibração eólica dos condutores, outras soluções utilizadas são alterar as torres de suspensão para semi-ancoragem e/ou colocar uma estrutura intermediária num vão crítico. Entretanto, poderá haver situações em que nenhuma das soluções citada acima atenda o projeto quanto às distâncias cabo-solo.

5 Para estes casos existe o cabo de Aço Invariável cujo coeficiente de expansão linear é cerca de 1/3 do Aço convencional utilizados nos cabos CAA. Desta forma, obtém-se uma flecha bem reduzida, solucionando o problema de flecha excessiva. O Aço Invariável é uma liga de aço com Níquel. Abaixo, as principais características. AÇO IVARIÁVEL LIGA AÇO-NÍQUEL CARACTERÍSTICAS VALORES 1. Resistência a tração (Mpa) 1.070 2. Alongamento mínimo em 250mm (%) 1,5 3. Resistividade a 20 o C (Ω mm 2 /m) 0,1227 4. Módulo de elasticidade final (GPa) 158 5. Coeficiente de dilatação linear (x 10-6 / o C) 3,6 7.0 Ensaios de Laboratório Realizados e Resultados Obtidos São apresentados abaixo os ensaios realizados por tipo de material e um resumo dos principais resultados obtidos no emprego destes materiais, sendo. - Cabo Termorresistente: a) Testes Físicos Foram avaliadas características como diâmetro (mm), peso (g/m), resistência (ohm/0,6 m), resistividade a 20 oc (ohm g/m2), condutividade (% IACS), tensão de ruptura (kgf e kgf/mm2), alongamento (%), ductilidade, tensão de ruptura após retenção (kgf e kgf/mm2), cálculo de retenção (%). Todos os resultados obtidos foram satisfatórios. b) Termorresistência Foram avaliadas as características mecânicas em ensaio de longa duração com temperatura constante, no qual o Al Termorresistente foi submetido a 150 oc e o Al 1350 a 100 oc por 10.000 horas; e em outro ensaio de curta duração, no qual tanto o Al Termorresistente como o Al 1350 foram submetidos à temperaturas de 50 a 450 oc, de 50 em 50 oc, por 1 hora em cada temperatura. Os resultados obtidos mostraram que a tensão de ruptura em nenhum momento ficou abaixo de 90% do valor original. Nestas condições o condutor não se deteriorará mecanicamente mesmo em operação em regime contínuo a 150 oc. c) Determinação das Curvas de Corrente AC versus Temperatura e Resistência AC versus Temperatura em Cabo de Alumínio Termorresistente Foram levantadas as curvas de corrente AC versus temperatura e da curva de resistência AC versus temperatura. d) Ensaio de Ruptura Os resultados obtidos para a amostra do cabo apontaram carga de ruptura acima do valor de referência para o cabo, a variação do diâmetro do cabo verificada foi menor que 2% e as ondulações ou flechas não ultrapassaram 0,7 mm. A amostra de cabo ensaiado foi considerada aprovada. e) Ensaio de Fluência 1 A amostra do cabo é tracionada a uma força constante de 21,29 kn que é 19% da carga de ruptura do cabo (112,06 kn), durante um determinado período de tempo acima de 100 horas, no caso 138 horas, com temperatura ambiente controlada. Os resultados obtidos geraram a curva de fluência com a temperatura. f) Ensaio de Fluência 2 A amostra do cabo é tracionada a uma força constante de 24,65 kn que é 22% da carga de ruptura do cabo (112,06 kn), durante um determinado período de tempo acima de 100 horas, no caso 123 horas, com temperatura ambiente controlada. Os resultados obtidos geraram a curva de fluência com a temperatura. g) Ensaio de Tensão-Deformação Os resultados da curva Tensão-deformação do cabo apresentam as curvas virtuais do alumínio em 59,41 Gpa compatível e menor que o valor do material alumínio termorresistente de aproximadamente 71 Gpa. As temperaturas do cabo composto e da alma de aço permaneceram dentro dos intervalos de variação previstos em norma. Os resultados obtidos geraram as curvas de Tensão-deformação. h) Ensaio de Amortecimento Próprio do Condutor Foram obtidas as curvas após a realização de ensaios de amortecimento próprio em vão experimental de 52 m de comprimento em duas amostras do cabo de aproximadamente 75 m. - Ferragens e Acessórios de Sustentação

6 Foram realizados os seguintes ensaios de laboratório para as ferragens e acessórios para sustentação do cabo TACSR 636,0 MCM 26/7 Grosbeak Termoresistente: a) Ensaios Mecânicos para Grampos de Ancoragem à Compressão e Luvas de Emenda à Compressão As amostras foram submetidas a esforço de tração de 107,35 kn correspondente a 95% da carga de ruptura do cabo (112,06 kn), durante 1minuto, e verificado se houve escorregamento, e em seguida elevou-se a tração até a ruptura do cabo. Todas as amostras testadas apresentaram resultados satisfatórios superando o valor mínimo para carga (107,35 kn) sem apresentar escorregamento e valores da carga de ruptura acima da carga de ruptura do cabo (112,06 kn). b) Ensaio de Ciclo Térmico e Resistência Elétrica para Grampos de Ancoragem à Compressão e Luvas de Emenda à Compressão Para o ensaio foi montado um conjunto composto pelo cabo, grampo de ancoragem à compressão e luva de emenda à compressão formando um laço, disposto de acordo com a norma CC3. O ensaio durou 11 dias com 125 ciclos de 1 hora de aquecimento contínuo em CA até atingir a temperatura de 150 oc e efetuada medições da temperatura das ferragens. Após isso o conjunto foi submetido à 1 hora de arrefecimento até a temperatura ambiente e efetuada a medição da resistência elétrica. Um segundo corpo de prova (laço), porém sem nenhuma ferragem aplicada, foi submetido a 250 ciclos ininterruptos de aquecimento com temperatura constante de 150 oc. Após o término do ensaio elétrico o conjunto foi submetido ao ensaio mecânico de ruptura, no qual ao cabo foram aplicados 2 grampos de ancoragem à compressão. Os componentes do conjunto (laço) comportaram-se satisfatoriamente, sendo que as temperaturas nos pontos mais aquecidos das ferragens não superaram a temperatura do condutor de referência e nem os valores de resistência elétrica dos trechos compreendendo o grampo de ancoragem à compressão ou a luva de emenda à compressão superaram a do trecho do condutor de referência. O segundo corpo de prova (laço), submetido ao ensaio mecânico de ruptura também apresentou resultado satisfatório, superando o valor mínimo para carga (107,35 kn) sem apresentar escorregamento e valor da carga de ruptura (136,07 kn) acima da carga de ruptura do cabo (112,06 kn). c) Ensaio de Aquecimento para Grampos de Suspensão Monoarticulados e Triarticulados Para o ensaio, o cabo foi montado sem nenhuma ferragem à compressão. Apenas 2 terminais foram comprimidos nas extremidades do cabo para fixação na máquina de ensaio além da armadura heliformada. E os grampos de suspensão foram fixados ao cabo. No ensaio de aquecimento eleva-se a temperatura do cabo até 150 oc e efetuada medições da temperatura das ferragens. As ferragens comportaram-se satisfatoriamente, sendo que as temperaturas nos pontos mais aquecidos das ferragens ficaram muito abaixo da temperatura do condutor (150 oc). d) Ensaios Mecânicos para Grampos de Suspensão Para o ensaio de ruptura é utilizado um gabarito confeccionado especialmente para o grampo de suspensão com a sua superfície acomodando a parte internado grampo de forma a se ter apoio total na tração. A carga aplicada é de 67,8 kn correspondente a 60% da carga de ruptura do cabo (112,06 kn). As amostras testadas apresentaram resultados satisfatórios superando o valor mínimo para carga (28,25 kn) sem apresentar escorregamento e valores da carga de ruptura acima de 60% da carga de ruptura do cabo (67,80 kn). - Cabo Invar Ensaios físicos As amostras testadas apresentaram uma espessura média da camada de alumínio 147 μm, carga de ruptura de 944 kgf, alongamento de 1,5 % e resistividade de 0,12717 Ωmm2/m. 8.0 CÁLCULO MECÂNICO DOS CABOS: TRAÇÕES E FLECHAS O estudo mecânico dos cabos, com o correspondente cálculo de trações e flechas, é baseado nas características físicas e mecânicas de cada cabo e nas condições meteorológicas da região onde a linha foi construída. As condições utilizadas no projeto foram: a) CONDUTOR TACSR GROSBEAK Temperatura Média (EDS), sem vento: limite de 18% da carga de ruptura. Temperatura Coincidente, com vento máximo: limite de 50% da carga de ruptura. Temperatura Coincidente, com vento reduzido: limite de 33% da carga de ruptura. Temperatura Mínima, sem vento: limite de 33% da carga de ruptura. Temperatura próxima e abaixo à de Transição (85 C), sem vento. Temperatura de Transição (90 C), sem vento. Temperatura próxima e acima à de Transição (100 C), sem vento. Temperatura Máxima de Trabalho (125 C), sem vento.

7 b) CONDUTOR TACIR GROSBEAK Temperatura Média (EDS), sem vento: limite de 18% da carga de ruptura. Temperatura Coincidente, com vento máximo: limite de 50% da carga de ruptura. Temperatura Coincidente, com vento reduzido: limite de 33% da carga de ruptura. Temperatura Mínima, sem vento: limite de 33% da carga de ruptura. Temperatura próxima e abaixo à de Transição (75 C), sem vento. Temperatura de Transição (80 C), sem vento. Temperatura próxima e acima à de Transição (100 C), sem vento. Temperatura Máxima de Trabalho (125 C), sem vento. OBS: O cálculo das trações e flechas foi efetuado para a condição final. O efeito do creep foi levado em consideração na elaboração da tabela de esticamento, condição inicial de instalação, através do equivalente térmico de 15 C. ELETROPAULO - LT 138 kv LTA Sul-Bandeirantes 3-4 Cabo Condutor TACSR Grosbeak Tração x Vão 3400 2900 TRAÇÃO ( kgf ) 2400 1900 1400 EDS Vmáx Temp.mín Temp.máx 900 400 60 70 80 90 100 110 120 130 140 VÃO ( m ) VÃO TABELA DE TRAÇÕES ( kgf ) ( m ) Vmáx. Temp. Min. EDS Temp. Máx. 60 1994 2631 3019 436 65 1994 2641 3002 469 70 1994 2652 2983 502 75 1994 2662 2964 533 80 1994 2672 2943 565 85 1994 2683 2922 595 90 1994 2693 2900 625 95 1994 2704 2878 654 100 1994 2714 2855 683 105 1994 2724 2832 710 110 1994 2734 2809 738 115 1994 2744 2785 764 120 1994 2753 2761 790 125 1994 2763 2738 816 130 1994 2772 2714 841 135 1994 2781 2691 865 140 1994 2789 2668 889 145 1994 2798 2645 912 150 1994 2806 2623 935 155 1994 2814 2601 957 160 1994 2822 2580 979 ELETROPAULO - LT 138 kv LTA Sul-Bandeirantes 3-4 Cabo Condutor TACIR Grosbeak Tração x Vão 3400 2900 TRAÇÃO ( kgf ) 2400 1900 1400 EDS Vmáx Tem p.m ín Temp.máx 900 400 60 70 80 90 100 110 120 130 140 VÃO ( m ) VÃO TABELA DE TRAÇÕES ( kgf ) ( m ) Vm áx. Tem p. Min. EDS Tem p. Máx. 60 1994 2567 2881 602 65 1994 2578 2866 642 70 1994 2590 2849 680 75 1994 2602 2832 717 80 1994 2613 2814 752 85 1994 2625 2796 786 90 1994 2637 2777 819 95 1994 2649 2757 851 100 1994 2660 2737 882 105 1994 2672 2717 912 110 1994 2683 2697 941 115 1994 2694 2676 968 120 1994 2705 2656 995 125 1994 2716 2635 1021 130 1994 2726 2615 1048 135 1994 2736 2595 1072 140 1994 2746 2575 1096 145 1994 2755 2556 1118 150 1994 2765 2537 1140 155 1994 2773 2518 1163 160 1994 2782 2500 1183 9.0 EMPREGO DAS TECNOLOGIAS

8 O emprego destas tecnologias em uma linha de transmissão é apresentada na figura abaixo. FIGURA 4 Emprego dos Cabo Invar e Termorresistente 10.0 CONCLUSÕES Todas as soluções resultantes dos estudos e projeto para a linha piloto, foram realizadas com sucesso, tendo-se obtido os seguintes resultados: aumento efetivo de 50% na capacidade de transmissão da linha, passando de 200MVA para 300MVA na tensão de 88kV. a infraestrutura existente (faixas de passagem, estruturas e fundações) foi aproveitada totalmente, com pequenos ajustes em algumas fixações dos cabos, sem nenhum tipo de impacto significativo na instalação. as condições de segurança operacional da linha foram melhoradas; os serviços de melhoria foram executados com desligamento parcial de apenas um dos circuitos, não ocasionando problemas no fornecimento de energia. foram efetuados ensaios que comprovaram o atendimento da segurança ambiental quanto aos riscos decorrentes dos efeitos de campos eletromagnéticos (compatibilidade eletromagnética), devido à proximidade da LT com edificações urbanas. os custos resultantes das melhorias mostraram-se mais favoráveis do que as soluções convencionais. 11.0 BIBLIOGRÁFIA (1) "ELECTRIC POWER TRANSMISSION AND THE ENVIRONMENT: FIELDS, NOISE AND INTERFERENCE" -CIGRE - CE-36 - WG-01-1993 (2) "COMPACTING OVERHEAD TRANSMISSION LINES" - CIGRÉ - SC22/33/36-1991 (3) "ELECTROMEGNETIC FIELDS AND HEALTH" - M.Souques, J.Lambrozo E M.Plante - ELECTRA CIGRÉ - OUT/2000. (4) "MAXIMIZING THE RATINGS OF NATIONAL GRID S EXISTING TRANSMISSION LINES USING HIGH TEMPERATURE, LOW SAG CONDUCTOR - M.J.Tunstall, S.P.Hoffmann, N.S.Derlyshire And M.J.Pyke - CIGRÉ Conference 2000. (5) Nascimento, C.A. M. do,giudice, E.B.,Mourão, M.A., Brito, J.M.C., Assunção, J.M.,Fonseca, B.Q.A.,Ferreira, V.O.A.H., Bracarense, A.Q. e Ueda Sidnei - Aumento da capacidade de transmissão de linhas aéreas, utilizando cabo CAA de liga de alumínio termorresistente (TAL) - XV SNPTEE, Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, Foz do Iguaçu, PR, 1999 (6) "COMPACTING OVERHEAD TRANSMISSION LINES" - CIGRÉ - SC22/33/36-1991 (7) "ELECTROMEGNETIC FIELDS AND HEALTH" - M.Souques, J.Lambrozo E M.Plante - ELECTRA CIGRÉ - OUT/2000. (8) "MAXIMIZING THE RATINGS OF NATIONAL GRID S EXISTING TRANSMISSION LINES USING HIGH TEMPERATURE, LOW SAG CONDUCTOR - M.J.Tunstall, S.P.Hoffmann, N.S.Derlyshire And M.J.Pyke - CIGRÉ Conference 2000. (9) CORONA AND FIELD EFFECTS OF AC OVERHED TRANSMISSION LINES - INFORMATION FOR DECISION MAKERS - IEEE Power Engineering Society - July 1985 (10) "CAMPO ELETROSTÁTICO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES - MEDIÇÕES" - Armando Isaac Nigri, Luiz Antonio Rosa Assunção, Renato Leal Crusius - VIII SNPTEE - SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - 1986 (11) "GUIDELINES AND STANDARDS FOR EXPOSURE TO ELECTRIC AND MAGNETIC FIELDS AT POWER FREQUENCIES" - B. J. Maddock - Paper Prepared For The International Commission On Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP). Panel Session On Electric And Magnetic Fields - 31 August 1992 - National Grid Technology And Science Laboratories (12) LLNL'S HEALTH & SAFETY MANUAL - Vol. II - Section 8 - Ionizing Radiation/Nonionizing Radiation - Suplement 26.12 Nonionizing Radiation And Fields - May 21, 1998