Avaliação da Metodologia e dos testes da emenda à implosão.
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- Nina de Sintra das Neves
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1 ESTUDO DE ENGENHARIA Projeto CELT Avaliação da Metodologia e dos testes da emenda à implosão. 1) Introdução: Nos dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2003, foi executada pela equipe de linhas DO/UL, sob o comando do Sr João Batista Couto Rosa e supervisão do Coronel Prola responsável técnico pela IMPLO, a instalação de 48 emendas à implosão na LT2 Avatinguara Uberlândia 1. A LT2 - Avatinguara - Uberlândia1 tem as seguintes características: Tensão nominal de 138 kv; Cabo condutor 336,4 MCM Linnet; Cabo pára-raio HS 5/16; 80 Km de comprimento; Grampos de suspensão com pré-formado de proteção com terminal anticorona do tipo corujinha ; Início de operação: ) Metodologia de instalação: A solução apresentada foi à substituição dos cabos condutores danificados por vibração e fretting. Foi utilizada a metodologia padrão da troca de 30 metros de cabo por fase nas três fases, de forma a permitir a sua permanência quando da reforma da LT para a sua recapacitação. A inovação na solução apresentada foi a aplicação das emendas por implosão, para permitir que o serviço fosse executado diretamente pela equipe de linhas da regional, devido à rapidez e facilidade de sua execução. Foto 1 a equipe desce os 3 condutores simultaneamente Foto 2 são instaladas emendas nas 3 fases
2 Registre-se que, uma vez detonadas as emendas, o cabo está liberado para ser reinstalado na torre. A equipe, no dia 4/12, conseguiu executar 24 emendas, num desligamento de 8 horas. Foto 3 o total de 6 emendas instaladas na torre Foto 4 as emendas são detonadas simultaneamente 3) Comparação entre a Metodologia de instalação convencional e a implosão: Na metodologia de emenda a compressão tradicional, a execução das emendas tem que ser feita uma a uma e, portanto gastando um tempo de aplicação muito maior do que a emenda à implosão para um serviço como o do exemplo acima. Foto 5 aplicação de 1 emenda a compressão convencional Foto 6 a emenda pronta ainda precisa de acabamento Na tradicional, são realizadas duas compressões diferentes: uma para alma de aço e uma segunda para a emenda condutiva, nessa operação são trocada as matrizes. A emenda sofre sucessivas compressões ao longo do corpo da luva condutiva e depende da perícia do operador para não produzir o defeito conhecido como engaiolamento. Uma vez terminada a compressão a luva ainda precisa de acabamento, devendo ser lixada para evitar o surgimento do efeito corona. O tempo estimado para uma compressão convencional, supondo o cabo previamente preparado é de cerca de 30 minutos, contra 3 minutos para as mesmas condições de uma emenda à implosão. Mas o diferencial mais significativo em termos de método está no peso do equipamento: O conjunto para compressão da Cemig, compressor, prensa e matrizes pesa 160 Kg, Uma emenda à implosão pesa 2 Kg, ou seja, 80 vezes menos.
3 4) Teste térmico de laboratório entre a convencional e a implosão: Para garantir a qualidade das emendas instaladas, realizamos um acompanhamento através de inspeção termográfica terrestre na LT2 - Avatinguara - Uberlândia1. A inspeção apresentou um resultado curioso e por esse motivo realizamos um teste comprobatório no laboratório. Testamos dois corpos de prova, um com emenda convencional e outro com emenda a implosão. Realizamos as medições de temperatura usando o termômetro digital e o termovisor prisma ds. A tabela abaixo mostra os resultados obtidos para o corpo de prova com emenda a implosão Sistema desligado Sistema ligado 100ºC Sistema ligado 600ºC Termômetro Prisma ds Termômetro Prisma ds Termômetro Prisma ds Cabo- 21,5º Cabo- 28,4º Cabo- 23,4º Cabo- 30,4º Cabo- 78,0º Cabo- 88,1º Emenda 24,0º Emenda 28,3º Emenda 24,2º Emenda 29,0º Emenda 54,4º Emenda 54,5º Tabela comparativa entre os resultados obtidos entre a emenda convencional e a implosão Sistema ligado 600ºC Emenda a implosão medição Termômetro Emenda convencional medição Termômetro Emenda 54,4ºC Emenda 61,6ºC Resultado: a emenda à implosão apresentou melhor desempenho no teste térmico do que a emenda convencional. Foto 7 montagem do arranjo Foto 8 arranjo da medição emenda Implo 70,2 C Foto 9 - arranjo da medição emenda convencional 67,6 C 60 PQ1: 37,3 C PQ2: *74,3 C PQ1: 63,5 C Ref.: 35,0 C Foto 10 imagem térmica do teste 13,7 C Foto 11 quanto mais claro, mais quente. 14,5 C
4 5) Teste tração em laboratório entre a convencional e a implosão: Realizamos os dois ensaios de tração conforme a norma NBR 7270 e os resultados foram os seguintes: Amostra 01 Luva de emenda para cabo LINNET 336,4 MCM onde o processo de conexão foi realizado por implosão. - Carga mínima de ruptura do cabo conforme NBR kgf; - Carga mínima de ruptura do cabo após conexão 5988 kgf. Amostra rompeu no interior da luva com 6410 kgf. Resultado satisfatório. Amostra 02 Luva de emenda para cabo LINNET 336,4 MCM onde o processo de conexão foi realizado por compressão. - Carga mínima de ruptura do cabo conforme NBR kgf; - Carga mínima de ruptura do cabo após conexão 5988 kgf. Amostra escorregou a alma de aço no interior da luva de aço e rompeu a coroa de alumínio com 5600 kgf. Resultado insatisfatório. Foto 12 montagem do arranjo Foto 13 emenda convencional rompida Foto 14 detalhe do rompimento Foto 15 emenda Implo rompida Foto 16 tensão de rompimento Foto 17 corte das emendas
5 6) Considerações: Os testes comparativos realizados entre as emendas a compressão convencional e a emenda à compressão por implosão indicaram a melhor qualidade da emenda à implosão. No corte das duas amostras ficou evidente que ambas foram corretamente comprimidas. É preocupante o fato da emenda convencional não ter passado no teste de tração segundo exigência da norma. Apesar do valor ser pequeno, o pessoal da recapacitação de linhas deve ter em mente esse fato. O melhor desempenho da emenda à implosão pela sua facilidade e rapidez de instalação, indica que sua utilização, principalmente nas emergências, devem ser estudadas com mais determinação por nosso corpo Gerencial.
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