Dicas para elaborar um relatório científico



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Transcrição:

Dicas para elaborar um relatório científico Prof. Dr. Jean Jacques Bonvent Laboratório de Física Geral Universidade de Mogi das Cruzes A elaboração de um relatório científico é um exercício bastante importante na formação de um estudante universitário. Provavelmente, durante a graduação o aluno terá que realizar um estágio ou um trabalho de Iniciação Científica (IC). A Universidade de Mogi das Cruzes conta com alguns laboratórios de pesquisa, onde um número limitado de alunos, pode desenvolver um projeto de IC como bolsistas (FAPESP ou PIBIC- UMC/CNPq) ou como voluntários (PIVIC/UMC). No final do estágio e da iniciação científica, o aluno deve apresentar um relatório sobre as atividades realizadas e os resultados decorrentes. Enfatizamos também que em sua vida profissional, provavelmente, ele terá que prestar contas sob forma de relatórios sobre os projetos desenvolvidos. De uma maneira geral, a divulgação dos resultados obtidos durante o desenvolvimento de um trabalho científico é uma etapa bastante importante na carreira de qualquer profissional. Esta divulgação pode ser interna à empresa (industria, universidade, etc...) ou mais abrangente quando feita em revistas especializadas de circulação nacional ou internacional, dependendo da relevância científica do trabalho para a comunidade, ou em outras palavras, da sua importância para o patrimônio científico. A aprendizagem da elaboração de um relatório científico é feita nas disciplinas de laboratório (de Física geral, química, etc..). De fato, os experimentos realizados nos laboratórios não consistem somente em dar uma visão concreta das noções científicas abordadas nas aulas teóricas, mas também representam uma grande oportunidade para os alunos aprenderem a redigir e apresentar um trabalho científico. De fato, será sempre exigida a redação de um relatório para todas as experiências feitas no laboratório. 1

Em conseqüência, é fundamental que o estudante fique atento especialmente no exercício da redação de um relatório. A redação do relatório deve permitir a qualquer pessoa, mesmo não sendo da área, entender com facilidade a finalidade, o objetivo do trabalho, o que foi feito e como foi executado de maneira a entender os resultados obtidos e as conclusões decorrentes. O leitor deve poder reproduzir a experiência para verificação destas conclusões. O relatório deve, em conseqüência, seguir algumas regras básicas que permitem a elaboração da mesma com clareza e eficácia. Mostramos a seguir as partes mais importantes que um relatório científico deve apresentar com os respectivos conteúdos. I. TÍTULO Nome do trabalho realizado - No caso de relatórios elaborados no âmbito dos experimentos de laboratório de Física Geral, o título é o mesmo que consta na apostila. II. RESUMO O resumo é como uma vitrina do trabalho realizado. O resumo deve conter em modo conciso e claro o objetivo do tema estudado, a metodologia utilizada e os principais resultados obtidos. O leitor, após a leitura de resumo, deve ter uma idéia geral do trabalho realizado. Em modo geral, o resumo é sempre a última parte que o estudante se preocupa de escrever, mesmo que tem que ser colocado antes da introdução. É importante salientar que para os relatórios de laboratório de Física Geral, esta parte é facultativa. No caso de relatórios para IC e estágios esta parte é fundamental. III. INTRODUÇÃO A introdução mostra a relevância e a utilidade do trabalho realizado. Uma sucinta descrição do tema deve ser feita, enfatizando os aspetos científicos e sociais relacionados. É importante situar o problema abordado num contexto histórico (conciso esboço histórico). 2

IV. OBJETIVO Precisa ressaltar com clareza os objetivos do trabalho. V. TEORIA Em alguns casos, um experimento é realizado para verificar ou testar, como também para aplicar um modelo teórico existente. É interessante, nestes casos, fazer uma breve descrição dos aspectos teóricos (relações entre grandezas) inerentes ao problema estudado. VI. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Nesta parte, apresenta-se com clareza o que foi medido e como foi feita a medida. Devese fazer uma descrição dos materiais (componentes, substâncias, as quantidades ou proporções etc) e dos equipamentos usados (instrumentos, dispositivos, etc), como também a metodologia adotada para realizar as medidas. Desenhos e esquemas dos arranjos (montagens experimentais) são recomendados para ilustrar as experiências executadas. As figuras devem ser numeradas e acompanhadas de uma legenda; elas precisam ser também referidas no texto. Enfatizamos que os resultados não devem ser colocados nesta parte mas na próxima parte Resultados Experimentais. VII. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Nesta parte trata-se de expor todos os resultados obtidos durante a experiência. Esses dados experimentais coletados devem ser apresentados de maneira organizada sob forma de tabelas, gráficos, etc. com título e legenda apropriados em modo que o leitor seja capaz de entender, interpretar ou comparar esses resultados com outros eventuais resultados experimentais ou teóricos disponíveis. Uma apresentação confusa dos dados experimentais pode prejudicar bastante uma experiência bem sucedida. Enfatizamos também que é melhor evitar comentar ou discutir os resultados nesta parte; deve-se então contentar simplesmente de apresentá-los. Lembramos que um dado experimental contém um número, com um certo erro associado, e uma unidade. Em geral, uma análise (ou tratamento) dos dados experimentais pode ser feita. 3

Nesta parte, costuma-se apresentar os cálculos necessários para ter uma estimativa dos erros nos valores das grandezas medidas (erro de incerteza dos equipamentos usados, erros percentuais, propagação de erros, etc.). Salientamos também que, as vezes, esta análise pode envolver cálculos para verificar ou aplicar um modelo teórico existente (que foi apresentado na Seção V). VIII. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Esta parte está dedicada aos comentários e às conclusões sobre os resultados obtidos. Deve-se avaliar a relevância e a confiabilidade desses resultados comparando-os com os valores esperados (valores teóricos ou experimentais eventualmente disponíveis). Se existem diferenças, deve-se tentar explicar a discrepância ressaltando eventuais falhas nos arranjos experimentais ou falta de atenção do operador (erro grosseiro) durante a experiência. Esses comentários são importantes, pois podem ajudar o leitor a evitar os mesmos erros na eventual execução da mesma experiência. As conclusões devem decorrer exclusivamente dos resultados obtidos e ser escritas com clareza. Evite tirar conclusões não decorrentes da experiência realizada. Finalmente, é importante avaliar se os objetivos foram alcançados; senão precisa-se mencionar o que tem que ser feito ou melhorado para realizar o mesmo trabalho com sucesso. IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Em geral, uma pesquisa bibliográfica é feita para elaborar o relatório, principalmente para escrever a Introdução, a Teoria e Discussão e conclusão. Precisa-se reconhecer a autoria (ou propriedade intelectual) dos cientistas ou educadores que contribuirão para o patrimônio científico da humanidade que temos felizmente a disposição para entender a ciência e tentar contribuir de uma certa maneira a este patrimônio. É então importante colocar as referências bibliográficas utilizadas. Existem algumas normas para escrever as referências. Quando se trata de livros costuma-se escrever as referências da seguinte maneira: - Autores, titulo do livro, editora, onde foi impresso, número de edição (ano). 4

Exemplo: P. G. de Gennes and J. Prost, Physics of liquid crystals, Clarendon Press, Oxford (1991). No caso de artigos de revistas, as referências podem ser escritas com segue: - Nome(s) do(s) autor(es), título do trabalho (optativo), nome da revista, volume (número), página (ano). Exemplo: J. J. Bonvent, I. Bechtold, M. L. Veja, E. A. Oliveira, "Alignment and phase transition induced by surface action in lyotropic nematic". Phys. Rev. E, 62 (3), 3775 (2000). 5