MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE PLANO DE CURSO DADOS GERAIS: 1. NOME DO PROGRAMA: Residência em Medicina de Família e Comunidade 2. DURAÇÃO: 2 (dois) anos 3. PRÉ-REQUISITOS: graduação em medicina 4. CARGA HORÁRIA: 60 horas semanais 5. SUPERVISOR(A) DO PROGRAMA: Dr Giuliano Dimarzio. 6. COORDENADOR(A) DO PROGRAMA: Dra. Zeliete L. L. Zambon 7. ESTÁGIOS CONVENIADOS Rede Mario Gatti Prefeitura Campinas Santa Casa Valinhos Prefeitura Valinhos Prefeitura Vinhedo 8. OBJETIVOS: Tendo em vista a RESOLUÇÃO Nº 1, DE 25 DE MAIO DE 2015, que regulamenta os requisitos mínimos dos programas de residência médica em Medicina Geral de Família e Comunidade - R1 e R2 e dá outras providências temos os seguintes objetivos de formação: Art. 7º São os objetivos gerais do programa de residência em Medicina Geral de Família e Comunidade: I - Formar Médicos de Família e Comunidade, tendo as pessoas e suas famílias como centro do cuidado; II - Atuar de forma qualificada, focada no cuidado integral de pessoas, famílias e coletividades em que estão inseridos; III - Solucionar o maior número de problemas possíveis, com qualidade, por meio de uma prática integrada, continuada, em equipe multidisciplinar, inserida preferencialmente nas comunidades; e IV - Integrar-se aos processos de educação permanente em saúde do seu território. Art. 8º Os Programas de Residência em Medicina Geral de Família e Comunidade deverão contemplar especificidades do Sistema Único de Saúde - SUS, como as atuações na área de: I Atenção Básica; II - Urgência e Emergência; Página 1 de 8
III- Atenção Domiciliar; IV - Saúde Mental; V - Educação Popular em Saúde e Participação Social; VI - Saúde Coletiva; e VII - Clínica Geral Integral em todos os ciclos de vida. Parágrafo único. Os programas de residência em Medicina Geral de Família e Comunidade deverão garantir a diversidade de espaços de formação, tais como: ambulatoriais, comunitários, domiciliares, hospitalares, de pronto-atendimento, de gestão em saúde, de atenção psicossocial e de acesso a meios diagnósticos para a garantia do aprendizado e treinamento em serviço dos médicos residentes. (RESOLUÇÃO 1, 2015) O programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade deve ter, segundo a SBMFC, o desenvolvimento das seguintes competências e fundamentos (SBMFC, 2015): 8.1. Competências a Serem Desenvolvidas na Residência de MFC Primero Ano: Competências não clínicas: Princípios da Medicina de Família e Comunidade. Método clínico centrado na pessoa. Abordagem familiar. Abordagem comunitária. Registro médico baseado em problemas. Assistência domiciliar. Trabalho em equipe. Ética médica e Bioética. Medicina baseada em evidências e epidemiologia clínica. Competências Clínicas Problemas frequentes e indiferenciados na prática em APS. Urgências e emergências. Pequenas cirurgias. Segundo ano Competências não clínicas Método clínico centrado na pessoa. Abordagem familiar. Abordagem comunitária. Habilidades de comunicação. Metodologias de ensino e gerenciamento. Metodologia científica aplicada à pesquisa em APS. Competências clínicas Problemas frequentes na prática em APS de maior complexidade do que no R1. Urgências e emergências. Página 2 de 8
Pequenas cirurgias. Problemas hospitalares de adultos e crianças. Cuidados paliativos. 8.2. Habilidades a Serem Desenvolvidas na Residência de MFC 1. Prática Médica. 2. Ensino e Pesquisa. 3. Gerenciamento. 4. Relativas ao Sistema de Saúde. 9. ATIVIDADES PRÁTICAS DA RESIDÊNCIA EM MFC 9.1. Atividades no Pronto Socorro Atendimento do paciente azul (consultórios). Atendimento do paciente verde em consultório e nas observações (evolução / prescrição). Atendimento do paciente amarelo na sala amarela e acompanhar sua evolução até a alta ou até a sua estabilização no setor verde (evolução / prescrição). Atendimento dos pacientes na sala de urgência até sua estabilização e encaminhamento às salas amarela e verdes (evolução / prescrição). O atendimento compreende: anamnese e exame físico do paciente, preenchimento completo das fichas-atendimento, pedidos de exames, receituários e notificações, prescrição médica, realização de procedimentos (citados) de seus pacientes, sob supervisão dos preceptores. Discussão dos casos com os preceptores. Passagem de plantão para o chefe de plantão ou para o preceptor após o término do seu horário. 9.2. Atividades em Ambulatório de Especialidades: Atendimento com ou sem a presença do preceptor, de acordo com a disponibilidade de consultórios (anamnese e exame físico). Anotações nos prontuários. Preenchimento de solicitações de exames, receitas de alto custo e receitas simples. Orientação dos pacientes quanto ao seu agravo e do seu projeto terapêutico. Discussão do caso com outros especialistas durante as interconsultas. Acompanhar os especialistas em atividades de capacitação, matricialmente ou telessaúde desenvolvidas por eles. Aprender a fazer uma referência qualificada e coordenação do cuidado. 9.3. Atividades na Atenção Primária à Saúde: Conhecer o território e a estrutura das Unidades de Saúde, juntamente com as equipes. Atendimento individual em todas as áreas básicas: saúde do adulto, saúde da criança e saúde da mulher. Fazer acolhimento, classificação de risco, consultas programadas e não programadas. Participar nos grupos preventivos e terapêuticos da saúde do adulto. Página 3 de 8
Realizar visita domiciliar. Participar nas ações de vigilância epidemiológica: busca ativa, Cadastro de acidente de trabalho, notificações compulsórias, investigação de comunicantes, bloqueios. Atender em conjunto com a equipe de saúde mental. Participar nas construções de projetos terapêuticos singulares pelas equipes de referência. Participar das reuniões de referência. Participar em projetos distritais e municipais (rede da criança, saúde do adulto, gestão da clínica e linha do cuidado). 9.4. Atividades nas Enfermarias de Pediatria e Clínica Médica Acompanhar o paciente de seu território que por ventura venha a ser internado fazendo uma linha de atendimento desde os primeiros sintomas até a internação para ter um olhar crítico sobre a resolubilidade da Aps que está sendo realizada em seu território e motivos da internação. Técnica caso sentinela. Discutir com o médico assistente hospitalar as ações realizadas no paciente quando internado e acompanhar estas ações com medico assistente da enfermaria/preceptor. Realizar um projeto terapêutico par o paciente garantindo seguimento deste pela UBS. 10. TEMAS DE CONTEÚDO TEÓRICO 10.1. Clínico-Cirúrgico Saúde da Criança e do Adolescente Semiologia Pediátrica. Crescimento e desenvolvimento. Recém-nascido normal. Alimentação e desnutrição. Doenças do aparelho respiratório. Imunização. Doenças gastrintestinais. Doenças do aparelho urinário. Doenças infectocontagiosas. Patologias do recém-nascidos. Doenças Endócrinas. Outras patologias. Urgências. Saúde da Mulher, Pré-Natal e Puerpério Ciclo menstrual normal/distúrbio. Climatério. Contracepção hormonal. Puberdade normal/ precoce e tardia. Anticoncepção na adolescência. Fluxo genital (criança e adulto). Página 4 de 8
DSTs. Incontinência uretral. Neoplasias. Propedêutica da gravidez. Assistência Pré-Natal. Planejamento Familiar. Drogas na gravidez. Assistência ao parto. Puerpério. Aleitamento materno. Hemorragia durante a gravidez. Hiperêmese gravídica. Saúde do Adulto Hipertensão arterial. Diabetes. Cefaleias. Tonturas. Dor articular. Afecções da coluna. Zumbidos. Doenças Pulmonares. Avaliação e seguimento cardiovascular na Atenção Básica. Síndrome Metabólica. Obesidade. Doenças da tireoide. Outras doenças endócrinas de interesse na Atenção Básica. Internações sensíveis à Atenção Básica. Doenças neurológicas. Doenças gástricas. Tabagismo e drogadição. Política de redução de danos. Hanseníase. Tuberculose. Screening para Câncer. Interação medicamentosa. Saúde do Idoso Demências. Tremores de Extremidades. Quedas. Insônia. Interação Medicamentosa. Depressão. Orientação ao Cuidador. Saúde Mental Psicoses/Neuroses. Página 5 de 8
Distúrbios de ansiedade. Depressão. Saúde do Trabalhador Doenças causadas ou agravadas pelo trabalho. Acidente de trabalho. 10.2. Específicos da Medicina de Família Cuidados Paliativos e Internação Domiciliar. Registro Médico Baseado em Problemas SOAP. Registro de sinais e sintomas ICPC. POEM (patient oriented evidence that maters) x DOE (disease oriented evidence). Prevenção quaternária. Competência Cultural. Comunidade e Família Visitas Domiciliares. Organização da visita domiciliar. Finalidade da visita domiciliar. Abordagem Comunitária. Conhecendo Território. Trabalhando com Grupos. Abordagem Familiar Genograma. Ciclo de Vida. PRATICE. FIRO. Tipos de Família. Histórico Familiar. Ecomapa. APGAR. Gestão Trabalho em Equipe. Gestão do Cuidado. Gestão de Redes Assistenciais. Gestão de Trabalho em Saúde. Vigilância em Saúde. Página 6 de 8
11. DIVISÃO DOS ESTÁGIOS 11.1 Semana Padrão: 11.2 Rodizio: 2019 UBS VINHEDO UBS VALINHOS UBS CAMPINAS REDE MARIO GATTI MARÇO (UBS) (UBS) ABRIL (UBS) (UBS) MAIO (UBS) (URGÊNCIA) JUNHO (URGÊNCIA) JULHO (UBS) (FÉRIAS) AGOSTO (PEDIATRIA) SETEMBRO (PEDIATRIA) (EPIDEMIOLOGIA) OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO (2020) FEVEREIRO (2020) (SAÚDE OCUPACIONAL) (SAÚDE OCUPACIONAL) (GERIATRIA) (GERIATRIA) (EPIDEMIOLOGIA) (FÉRIAS) (MOLÉTIAS INF.) (MOLÉTIAS INF.) SANTA CASA DE VALINHOS (CARDIOLOGIA.) (CARDIOLOGIA) (PENUMOLOGIA) (PENUMOLOGIA) 12. AVALIAÇÃO: 12.1. Avaliação de residentes 1. Avaliação por acompanhamento (das atividades práticas e do desenvolvimento de habilidades motoras) e cognitivo-afetivo-afetiva (para Página 7 de 8
avaliar os ganhos cognitivos e o desenvolvimento de atitudes e valores). Será aplicada pelos preceptores ao final de cada estágio ou trimestralmente (nota de 0 a 10 com peso 2). 2. Avaliação das competências a cada 3 meses. (nota de 0 a 10 com peso 2) 3. Prova cognitiva, que poderá ser discursiva, múltipla escolha ou oral, aplicada no mínimo a cada semestre. (nota de 0 a 10 com peso 4). 4. Trabalho de final de curso. Ao final do segundo ano, o residente também deverá apresentar um trabalho científico, sobre tema de sua escolha e pertinente aos conteúdos desenvolvidos no programa, sob formato compatível à publicação de artigo. Esse trabalho será acompanhado por um orientador e sua análise final realizada por uma banca formada por três docentes. (nota de 0 a 10 com peso 2). 5. Certificação. A certificação fica vinculada à obtenção de conceitos satisfatórios em todas as modalidades de avaliação com nota final de no mínimo 7. 13. ORIENTAÇÕES PARA GESTORES, EQUIPE E PRECEPTORES DAS UBS 13.1. Agenda do residente na UBS 5 períodos : Consultas no máximo 2 por/hora Demanda espontânea fazendo parte destas 2 consultas/hora Agenda dividida em 1/3 de pediatria/go e 2/3 saúde do adulto, idoso e saúde do trabalhador 3 períodos: Reunião de equipe Visita domiciliar Grupos Núcleo de saúde coletiva/vigilância e gestão/estimativa rápida do território/projeto de intervenção. 13.2. Atuação do preceptor Estar na unidade no mesmo horário que o residente acompanhando-o. Atendimento de 2 pessoas por hora. Deverá participar de atividades teóricas em revezamento com todo o grupo da residência. Fazer curso de preceptoria. Estímulo a desenvolver trabalhos científicos e ir nos mesmos Congressos que o residente avaliando demanda da unidade e revezamento com outros preceptores. Página 8 de 8