CLIPPING DO PEDROSA. Seleção das principais noticias de trânsito e transporte flnpedrosa@yahoo.com.br. 03 e 04/09/11



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CLIPPING DO PEDROSA 03 e 04/09/11 S Seleção das principais noticias de trânsito e transporte flnpedrosa@yahoo.com.br G1 - ES - 03/09/2011 10h44 Milésima multa por embriaguez em 2011, na Grande Vitória, é aplicada A abordagem ocorreu durante a 'Operação Madrugada Viva'. De janeiro a agosto foram 10 mil abordagens e 2,2 mil testes do bafômetro Depois de quase 10 mil abordagens e 2,2 mil testes do bafômetro, o Batalhão de Polícia de Trânsito flagrou o milésimo motorista dirigindo sob influência de álcool até agosto em 2011. Segundo a polícia, a abordagem ocorreu durante a 'Operação Madrugada Viva' do dia 27 de agosto em Campo Grande, Cariacica. Uma motorista conduzia seu automóvel, às 2h30min e, quando foi abordada pela equipe da PM, recusou-se a se submeter ao teste. De acordo com a PM, a condutora teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida, o veículo que conduzia foi removido ao depósito e foi notificada por dirigir sob influência de álcool, pois mesmo se negando a fazer o teste, os policiais perceberam que a condutora apresentava indícios característicos da embriaguez, tais como olhos vermelhos, odor de álcool no hálito, dificuldade no equilíbrio e estava muito exaltada. Em geral, nos flagrantes de condutores embriagados, é possível observar que a maioria acontece em operações de fiscalização 61,92% (626) e os outros quando os condutores se envolvem em acidentes (385). DIÁRIO DE S.PAULO - SP - 03/09/2011 Desembargador tira filho do bafômetro O parente do juiz Ricardo Tucunduva provocou acidente após atravessar cruzamento da Zona Sul com farol vermelho e saiu do local da ocorrência Um acidente de trânsito neste sábado de madrugada, na Vila Mariana, Zona Sul, movimentou o plantão do 27º Distrito (Ibirapuera) e deixou vítimas e testemunhas indignadas. A ocorrência seria mais um caso nas estatísticas se não fosse um detalhe: o pai do motorista envolvido, um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, tirou o filho do local do acidente sob a alegação de que ia levá-lo ao pronto-socorro. Além disso, não permitiu que fizesse teste do bafômetro nem exames clínicos de dosagem alcoólica ou de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) para comprovar suposta lesão. O acidente aconteceu às 3h09 de ontem. O motorista, de 42 anos, atravessou com farol vermelho o cruzamento das ruas Carlos Petit e Vergueiro - um dos mais movimentados da região - e atingiu outros veículos. Segundo testemunhas, ele estaria em alta velocidade. FERIDO No momento em que policiais militares examinavam a documentação do Focus e ouviam donos dos outros carros atingidos e testemunhas, o desembargador Ricardo Cardoso de Mello Tucunduva - o mesmo que proibiu a marcha da maconha - apareceu. Ao tomar conhecimento das circunstâncias do acidente, impediu que o filho fizesse o teste do bafômetro e o tirou de lá. Porém, os documentos e o carro ficaram apreendidos.

Mais tarde, o desembargador Tucunduva apareceu no 27DP para pegar a documentação e explicou aos plantonistas que o filho havia se machucado e, por isso, precisou tirá-lo rapidamente do local do acidente para levá-lo a um hospital. Segundo testemunhas, o desembargador teria tentado abafar a ocorrência. A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança confirmou o acidente, depois de perguntar à reportagem o que sabia sobre ela, mas alegou não poder informar detalhes do caso. A assessoria de imprensa do TJ foi procurada, mas não conseguiu localizar Tucunduva. Contudo, informou que, independentemente de ser ou não desembargador, tem de se submeter ao trâmite da ocorrência como qualquer cidadão. Casos mais graves envolvem excesso de álcool no sangue Os casos mais graves constatados durante as blitzes da Lei Seca são os de violação ao artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (dirigir embriagado). É quando se constata pelo bafômetro que o motorista tem 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido no organismo ou 6 decigramas por litro de sangue. Nesse caso, além de pagar multa e sofrer restrições para dirigir, o motorista responderá a processo criminal. Outro tipo de infração constatada com frequência durante as operações é a violação do artigo 165 do código de trânsito, que é dirigir com níveis de álcool por ar expelido acima de zero, mas inferior à taxa de 3,4 mg que configura a embriaguez. Um copo de chope, que contém 0,29 ml de álcool, já é suficiente para um motorista ser autuado. O organismo leva entre 6 e 8 horas para eliminar o álcool. CORREIO BRAZILIENSE - 03/09/2011 Jovens motoristas, que tiveram aulas teóricas na escola, chegam às ruas Jackeline e Gabriel, aluno do Centro Educacional Católica, tiveram aulas de legislação, direção defensiva, noções de convívio social, mecânica básica e primeiros socorros Eles fazem parte de uma turma de 45 adolescentes que tiveram a oportunidade de participar de aulas teóricas do processo de habilitação ainda no Centro Educacional Católica de Brasília (CECB), com o apoio do Departamento de Trânsito (Detran). A iniciativa obedece à Resolução nº 265, do Conselho Nacional de Trânsito que dá às instituições de ensino o poder de iniciar a educação dos futuros motoristas. Esses alunos completaram, em junho último, um ano de estudos dedicados às leis do trânsito, durante o qual tiveram 90 horas de aula sobre o tema. A carga horária, estipulada pelo Conatran, corresponde ao dobro da oferecida nas autoescolas. Atualmente, apenas o CECB oferece o serviço em Brasília. Três estudantes completaram 18 anos e iniciaram o processo de obtenção da Carteira Nacional de Trânsito (CNH). Esses jovens não precisarão frequentar as aulas teóricas novamente. Embora Jackeline Siqueira Sampaio, 17 anos, só faça aniversário no próximo ano, ela está um passo à frente das garotas de sua idade na busca pela carteira de motorista. Não só estou preparada para a prova, como também vou entrar no trânsito mais consciente. Eu me sinto mais segura, pois hoje presto mais atenção nas placas e até alerto minha mãe sobre o cinto de segurança, disse a adolescente. A turma de Jackeline passou o último ano tendo aulas de legislação do trânsito, direção defensiva, noções de convívio social nas vias, mecânica básica e primeiros socorros. Podemos até salvar vidas. Outro dia, num restaurante, uma menina passou mal e eu fiz o procedimento que aprendi nas aulas, contou. Assim como Jackeline, centenas de adolescentes contam os dias para colocar as mãos na habilitação de trânsito ou até mesmo no primeiro carro. No Distrito Federal, 10,39% dos condutores têm 24 anos ou menos, contabilizando 19,6 mil jovens motoristas. Infelizmente, eles também são as maiores vítimas do trânsito: apenas neste ano, foram 74 mortos entre 18 e 29 anos nas ruas de Brasília, entre condutores, passageiros e pedestres (veja quadro). O Detran afirma que a iniciativa de antecipar a educação teórica não tem o objetivo de formar motoristas mais jovens o projeto busca formar condutores mais conscientes. É ideal que o jovem tenha a percepção de risco e as noções das regras do trânsito desde cedo. Essa é a fase de expectativa, o que torna os jovens mais receptivos ao instrutor, avaliou o diretor de educação de trânsito do Detran, Marcelo

Granja. Segundo ele, outros colégios particulares já procuraram o órgão com o interesse de oferecer aulas de trânsito para seus alunos. Também estamos conversando com a Secretaria de Educação para colocar um projeto piloto em uma das escolas públicas de ensino médio, adiantou o diretor. Ansiedade No único colégio de Brasília onde o sistema foi implantado, o projeto é considerado um sucesso. A turma deste ano conta com 100 alunos interessados em fazer as aulas semanais. Alguns deles, como Gabriel do Nascimento, 16 anos, escolhem o modelo de carro que querem na maioridade. Quero tirar a carteira o mais rápido possível, e consegui adiantar dois meses do processo. Eu pensei que seriam aulas chatas como as da autoescola, mas são muito dinâmicas. É tudo muito empolgante, animou-se Gabriel. O pai dele, Valdir Ribeiro, 48, aprovou a iniciativa. É normal todo adolescente sonhar ter o carro dele com 18 anos. Mas acho que com as aulas, ele terá mais atenção e respeito no trânsito, afirmou. Com o auxílio de bonecos de simulação, vídeos e até mesmo um carro de verdade, os adolescentes desfrutam do tempo prolongado do curso para dedicar mais atenção às lições de segurança. Eles até participaram de uma blitz do Detran, e abordaram veículos para dividir noções de segurança. Hoje, o processo é muito rápido, e às vezes o candidato sai da autoescola sem condições de enfrentar o trânsito. Os adolescentes vão amadurecendo e compreendendo o processo sem pressa. Com eles, conseguimos inverter o quadro e investir mais em educação do que em fiscalização, explicou o instrutor e coordenador do Grupo de Educação para o Trânsito (Getran), Ricardo Corrêa. Segundo ele, enquanto não podem colocar as mãos no volante, eles colocam em prática os conhecimentos como passageiros, pedestres e ciclistas. SEM TEORIA NA AUTOESCOLA A Resolução nº 265/Contran, de 14 de dezembro de 2007, instituiu a formação teórico-técnica do processo de habilitação de condutores, como atividade extracurricular em escolas de ensino médio. O aluno precisa cumprir 90 horas/aula, que podem ser distribuídas pelos três anos ou divididas entre o 2º e o 3º ano do ensino médio. O curso deve ser fiscalizado pelo Detran, mas será implementado pela escola e ministrado por instrutores certificados. O adolescente que cumprir as aulas será dispensado do curso teórico oferecido nas autoescolas, mas ainda precisa submeter-se ao exame escrito de legislação de trânsito. A resolução não permite ao aluno iniciar o processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) antes de completar a maioridade. Ele ainda precisa ter 18 anos para se inscrever nos exames e fazer as aulas práticas. Portal R7 04/09/11 Multas de trânsito triplicam no Rio na década com aumento da frota e radares Em apenas uma década, o número de multas no Rio aumentou mais de três vezes. Segundo a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro), o número saltou de 814.134 em 2000 para 2.734.158 em 2010. De acordo com Ricardo Lemos, diretor de desenvolvimento da CET-Rio, as infrações de trânsito cresceram devido ao aumento da frota de veículo, da fiscalização e da imprudência dos motoristas. Lemos explica ainda que há seis anos somente os guardas municipais eram responsáveis por monitorar as ruas da cidade, o que dificultava a fiscalização. - Esse aumento tem uma razão clara, a prefeitura começou a fiscalizar o trânsito, o que não era feito antes. A partir de 2004 e 2005, os motoristas que cometiam irregularidades passaram a ser flagrados com a implantação da fiscalização eletrônica por radares. Paulo Cesar Ribeiro, professor de engenharia de tráfego da Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa), centro de estudo de referência da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), aponta esse e outros fatores que influenciaram no aumento das multas. - Primeiro é a automatização de uma quantidade expressiva de infrações como excesso de velocidade e avanço de sinal. Além disso, houve uma intensificação de outros tipos de penalidade, como falar no celular e estacionamento irregular. Fora isso, teve o aumento da frota, que cresceu 28% em dez anos.

Os dados do Detran-RJ mostram que no município do Rio, a frota por ano de fabricação era de 68.332 em 2000. Já o ano de 2010 fechou com 165.969 veículos. Para o administrador Eduardo Pavonato, cada dia está mais fácil comprar veículo. Na residência dele, por exemplo, têm dois carros e uma moto. - Há dez anos era difícil comprar um carro, tinha que juntar as economias. Hoje em dia estão facilitando tudo, financiando até não poder mais e colocando preços cada vez mais populares. Lá em casa eu e minha mulher temos carro e meu filho tem uma moto. Na "ficha de trânsito" da família Pavonato constam três multas. Mas Ruth Pavonato, mulher do administrador, diz que as penalidades foram injustas. - Fomos multados duas vezes por excesso de velocidade de madrugada. Minha sogra mora na Barra e as duas multas foram na avenida Ayrton Senna. Ali a velocidade é 60 km/h. Estávamos a 80 km/h. A gente apresentava algum risco para a população a essa velocidade? Acho que não. Os números da CET-Rio mostram que o volume diário de veículos nesta avenida é de 168.485. Segundo Lemos, uma das principais consequências do reforço na fiscalização é a redução de acidentes. - Nos trabalhamos com um indicador de acidentes com vítimas. E de 2008 para 2010, o número desses acidentes reduziu 16,8%. No entanto, o engenheiro de trânsito Fernando Mac Dowell tem dados mais recentes que mostram que os radares não inibem as estatísticas de acidentes no geral. - Mesmo com todos os pardais no Rio, o número de acidentes tem aumentado. De 2009 para 2010, o crescimento foi de 5,4%. UOL NOTÍCIAS - 03/09/2011 Para deputado, fiscalização deve passar o quanto antes para os Estados Um projeto que tramita na Câmara dos Deputados quer tirar dos municípios e repassar aos Estados a responsabilidade de fiscalizar as motonetas Segundo o deputado Rui Palmeira (PSDB-AL), autor do projeto, as cinquentinhas se tornaram um problema de saúde pública para o país, e sua fiscalização deve passar o quanto antes para os Estados. A maioria dos municípios ainda não regulamentou a questão da fiscalização das 'cinquentinhas'. Os Estados já possuem essa estrutura, uma vez que fiscalizam o tráfego dos demais veículos. Muitas vezes as 'cinquentinhas' são guiadas por menores de idade ou por pessoas sem habilitação, ou seja, pessoas que não têm maturidade ou desconhecem as leis de trânsito, ignoram a direção defensiva e cometem todas as barbaridades sob duas rodas, afirmou. Baratos e livres de fiscalização, ciclomotores são novo problema para trânsito das cidades O preço baixo, a facilidade de crédito e a completa ausência de fiscalização formaram uma combinação capaz de impulsionar a venda dos ciclomotores (motos com menos de 50 cc, conhecidas como cinquentinhas ) no Brasil nos últimos anos, que se tornaram um problema a mais para o trânsito das grandes cidades. Ao contrário das motos convencionais, classificadas de forma diferente por terem maior potência, as cinquentinhas fogem ao controle do poder do Estado porque são regulamentadas e fiscalizadas pelos municípios, que não emplacam veículos. Sem placas, os ciclomotores não frequentam as estatísticas oficiais do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Porém, os registros dos fabricantes não deixam dúvida de que elas estão ganhando as ruas como nunca. Com ausência de uma legislação específica e sem emplacamento, os condutores ficam livres de habilitação, circulam sem capacete e descumprem regulamentações de trânsito, como semáforos e locais de estacionamento proibido sem risco de multa. O crescimento dos ciclomotres tem no preço uma das explicações. Eles custam entre pouco mais de R$ 2.000 e R$ 4.000 e podem ser adquiridos com facilidade em vários tipos de estabelecimentos, até mesmo em supermercados.

Em muitos casos, o valor de venda chega a ser divido em até 15 vezes. O custo de manutenção é bem menor que o das motos convencionais, já que esses veículos rodam até 40 km com um litro de gasolina. De acordo com a Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), em 2010 as empresas associadas produziram 35.084 ciclomotores, média de 2.923 novas cinquentinhas por mês. O número foi recorde, mas a tendência é de que seja batido este ano. Números parciais de 2011, computados de janeiro a julho, mostram que já foram produzidas 27.111 unidades média mensal de 3.873. O crescimento fica claro quando são analisados os dados de 2001, ano em que foram vendidas 7.145 motos com até 50 cc pelas fabricantes da Abraciclo. Dez anos depois, esse número saltou 391%. No mesmo período, ainda segundo a Abraciclo, a venda de motos no mercado cresceu menos da metade: 162%. "Os números oficiais de frota em circulação são desconhecidos porque a responsabilidade de regulamentar os ciclomotores é repassada aos municípios, e em muitos casos o município não delegou ao Estado essa tarefa, disse o diretor-executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes. ESTADO DE MINAS - MG - 04/09/2011 BH na contramão de bons exemplos BH não consegue acompanhar exemplos como o de Brasília na prioridade para o pedestre, é tímida ao punir motoristas infratores e rica no repertório de desculpas para o desrespeito Todo mundo nasce pedestre, mas muitos parecem se esquecer disso quando se tornam motoristas, pelo menos no trânsito de Belo Horizonte. Andar a pé na cidade que tem um veículo a cada 1,7 habitante é como percorrer uma corrida de obstáculos. Acelerar o passo para atravessar a rua, andar em meio aos carros parados sobre a faixa, desviar do veículo que furou o sinal vermelho são alguns dos desafios flagrados durante a semana pelo Estado de Minas. Apesar de tantos problemas, a capital ainda aborda a questão timidamente, ao contrário de cidades como Brasília e São Paulo, que já fizeram a opção de tratar o pedestre como prioridade, conforme determinam o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o bom senso. Na capital federal, quem deseja atravessar as ruas nas faixas onde não há semáforo precisa apenas levantar o braço para pedir a parada dos veículos, num ato batizado como sinal de vida. Em Belo Horizonte, é melhor não testar a estratégia, sob sério risco de atropelamento a recomendação vem com conhecimento de causa. São Paulo cansou de conviver com a estatística de dois pedestres mortos por dia, ao atravessar a rua ou na calçada, e, desde o mês passado, fiscaliza com rigor motoristas que cometem esse tipo de infração. Em BH, a punição a motoristas que não respeitam os pedestres é acanhada e representa somente 10,7% das multas aplicadas pelos fiscais de trânsito no primeiro semestre. Enquanto no período as notificações relacionadas a estacionamento rotativo geraram 14.167 multas, 16% do total de 88.682, as relacionadas a pedestres, desde estacionamento sobre a faixa a avanço de sinal, somaram 9.554 punições. Por outro lado, de janeiro a julho deste ano, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII registrou 1.616 vítimas de atropelamento, número 13% maior em relação ao mesmo período de 2010.

Enquanto as multas surgem em ritmo tímido, as desculpas dos infratores para justificar erros que ameaçam os pedestres se apresentam em escala industrial e em criatividade incomparável. Ao serem questionados sobre o motivo de estarem parados sobre a faixa, a maioria culpa o trânsito congestionado. Mas há também, acredite, quem aponte até mesmo a prova malsucedida da filha como razão para avançar sobre a área destinada àqueles que andam a pé. Os especialistas em avançar o sinal vermelho são os motociclistas, de acordo com quem vive o drama de atravessar a rua. Sempre levo susto. O pior são os motoqueiros, que não esperam a gente completar a travessia, diz a cantora Eda Costa, de 50 anos, ao se irritar com um motorista que, antes de o sinal abrir, arrancou com o carro, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul. Os percalços na capital mineira são um choque cultural para quem tem como referência uma realidade em que o motorista respeita quem está a pé. Depois de morar por 14 anos em Brasília, a administradora Bárbara Castro, de 22, voltou há quatro para BH e se impressionou com a diferença. Estava acostumada a pisar na faixa e o motorista parar. Aqui, isso não acontece, é um choque. Acho que é uma questão de civilidade, diz, manifestando uma opinião bem compreendida por quem se arrisca a pé sobre o asfalto de BH. Jornal O Popular Online GO 03/09/11 Década da morte no trânsito *luiz flávio gomes Uma professora de História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria Angélica Victoria Soler, de 74 anos, foi atropelada recentemente enquanto atravessava uma rua no bairro de Higienópolis, na capital paulista. Não resistiu aos ferimentos e morreu. O fato foi amplamente divulgado pelos principais meios de comunicação da cidade. E Maria Angélica foi mais uma das 107 pessoas mortas diariamente no trânsito brasileiro. Os moradores da região afirmaram que os acidentes no local são corriqueiros, ainda que se atravesse na faixa de pedestres, porque não há semáforo entre as quatro vias de cruzamento no local. Há falta de educação no trânsito e ausência de engenharia, problemas recorrentes não apenas em São Paulo, mas em todas as outras capitais do País. No ano de 2008, o Brasil superou os Estados Unidos (EUA) em número de mortes no trânsito, atingindo 38.273 óbitos, contra 37.261 dos norte-americanos. A questão é que a frota dos EUA era de 250 milhões de veículos, enquanto a do Brasil não passava de 65 milhões. A cada 100 mil veículos conduzidos no Brasil, morrem 70,2 pessoas, contra 14,5 nos EUA. A maior potência mundial, com uma frota de veículos quatro vezes maior que a brasileira, contabiliza quase cinco vezes menos mortes no trânsito que o nosso País. Educação no trânsito, engenharia, fiscalização, primeiros socorros e punição: são esses os fatores que contribuem para a posição de vantagem dos EUA. Em 2010, o Brasil atingiu o número de 38.912 mortes no trânsito, superando, inclusive, o ano de 2008. Chegamos ao 3º lugar entre os países que mais matam no trânsito no planeta. Estamos atrás apenas da Índia e da China. O período de 2000-2010 foi a Década da Morte no trânsito do Brasil. Mesmo após a aprovação da chamada lei seca (2008) os óbitos continuaram aumentando. Isso nos mostra que é preciso repensar urgentemente o sistema de segurança viária do País, que, infelizmente, revela-se um dos maiores atrasos do (muitas vezes selvagem) Brasil. *Jurista e cientista criminal, ex-promotor de Justiça e ex-juiz