Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Minas Gerais. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas



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Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 06/2014 Minas Gerais Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao meses de Janeiro e Fevereiro/2014. // Federal IPI Crédito fiscal.... 01 // Estadual ICMS Cadastro de contribuintes.... 06 // IOB Setorial Estadual Joalheiro - Tributação de joias em Minas Gerais.... 13 // IOB Comenta Federal Exportação - Códigos de enquadramento que geram direito ao Reintegra - Especificação.... 15 // IOB Perguntas e Respostas IPI Cigarros - Exportação.... 16 Retaero - Pessoas jurídicas beneficiárias.... 16 ICMS Sped - CC-e - Layout... 17 ICMS/MG Fiscalização - Apreensão.... 17 Penalidade - ECF - Extravio de equipamento.... 17 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Crédito presumido a ICMS - Diferimento a ICMS - Crédito fiscal

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : crédito fiscal : IOB comenta... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2067-1 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-00585 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA MINAS GERAIS Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Estadual para Janeiro e Fevereiro/2014 CALENDÁRIO MENSAL DE OBRIGAÇÕES E TABELAS PRÁTICAS PARA OS MESES DE JANEIRO E FEVEREIRO/2014 - ALTERAÇÃO Com a edição da Lei nº 10.692/2013, DOM Belo Horizonte de 31.12.2013, que alterou algumas alíquotas de ISS no Município de Belo Horizonte, solicitamos considerar, no quadro constante no Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário Estadual de Minas Gerais para os meses de janeiro e fevereiro/2014, o seguinte: Itens e subitens da Lista de Serviços com a respectiva alíquota* Itens ou subitens da Lista de Serviços Até 31.12.2013 Alíquota A partir de 1º.01.2014 A partir de 1º.05.2014 1 - Serviços de informática e congêneres. 1.01 - Análise e desenvolvimento de sistemas. 2% 2% 2,5% 1.02 - Programação. 2% 2% 2,5% 1.03 - Processamento de dados e congêneres. 2% 2% 2,5% 1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. 2% 2% 2,5% 1.05 - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação. 2% 2% 2,5% 1.06 - Assessoria e consultoria em informática. 2% 2% 2,5% 1.07 - Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados. 2% 2% 2,5% 1.08 - Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. 2% 2% 2,5% 7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres. 2% 2% 2,5% 7.01 - Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres. 7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e 2% 2% 2,5% equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.03 - Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para 2% 2% 2,5% trabalhos de engenharia. 7.04 - Demolição. 2% 2% 5% 7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, que 2% 2% 5% fica sujeito ao ICMS). 7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço. 2% 2% 5% 7.07 - Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres. 2% 2% 5% 7.08 - Calafetação. 2% 2% 5% 7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. 2% 2% 5% 7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. 2% 2% 5% 7.11 - Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores. 2% 2% 5% 7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. 2% 2% 5% 7.13 - Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização e congêneres. 2% 2% 5% 7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. 2% 2% 5% 7.17 - Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 2% 2% 5% 7.18 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres. 2% 2% 5% 7.19 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. 2% 2% 3% 7.20 - Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres. 2% 2% 2,5% 7.21 - Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros 2% 2% 3% recursos minerais. 7.22 - Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres. 2% 2% 5% Anexo à Edição nº 06/2014 MG 1

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Itens ou subitens da Lista de Serviços Até 31.12.2013 Alíquota A partir de 1º.01.2014 A partir de 1º.05.2014 8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza. 2% 2% 3% 8.01 - Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior. 8.02 - Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza. 2% 2% 3% 10 - Serviços de intermediação e congêneres. 10.01 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos 2% 2% 2,5% de saúde e de planos de previdência privada. 10.02 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer. 2% 2% 3% 10.03 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária. 2% 2% 2,5% 10.04 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring). 2% 2% 3% 10.05 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios. 2% 2% 3% 10.06 - Agenciamento marítimo. 2% 2% 3% 10.07 - Agenciamento de notícias. 2% 2% 3% 10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios. 2% 2% 3% 10.09 - Representação de qualquer natureza, inclusive comercial. 2% 2% 2,5% 10.10 - Distribuição de bens de terceiros. 2% 2% 2,5% 35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 2% 2% 3% 3.02 - Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. 2% 2% 3% 4.02 - Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres. 2% 2% 3% 4.20 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie. 2% 2% 3% 9.02 - Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres. 2% 2% 3% 9.03 - Guias de turismo. 11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 2% 2% 3% 11.03 - Escolta, inclusive de veículos e cargas. 2% 2% 2% 12.01 - Espetáculos teatrais. 2% 2% 3% 12.03 - Espetáculos circenses. 2% 2% 3% 12.07 - Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 2% 2% 3% 12.08 - Feiras, exposições, congressos e congêneres. 2% 2% 5% 12.11 - Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador. 2% 2% 3% 12.12 - Execução de música. 2% 2% 3% 13.05 - Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia. 2% 2% 3% 15.01 - Serviço de administração de cartão de crédito ou débito (incluído pela Lei nº 10.082/2011). 2% 2% 3% 15.09 - Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento 2% 2% 3% mercantil (leasing). 17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão de obra. 2% 2% 5% 17.05 - Fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. 2% 2% 5% 17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários. 2% 2% 3% 17.08 - Franquia (franchising). 2% 2% 3% 17.24 - Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres. 2% 2% 3% 21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais, inclusive relativos a situações jurídicas com ou sem conteúdo financeiro. 2% 2% 5% 4.01 - Medicina e biomedicina. 3% 3% 3% 4.03 - Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres. 3% 3% 3% 4.04 - Instrumentação cirúrgica. 3% 3% 3% 4.05 - Acupuntura. 3% 3% 3% 4.06 - Enfermagem, inclusive serviços auxiliares. 3% 3% 3% 4.07 - Serviços farmacêuticos. 3% 3% 3% 4.08 - Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. 3% 3% 3% 4.09 - Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental. 3% 3% 3% 4.10 - Nutrição. 3% 3% 3% 4.11 - Obstetrícia. 3% 3% 3% 4.12 - Odontologia. 3% 3% 3% 4.13 - Ortóptica. 3% 3% 3% 4.14 - Próteses sob encomenda. 3% 3% 3% 4.15 - Psicanálise. 3% 3% 3% 4.16 - Psicologia. 3% 3% 3% 4.17 - Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres. 3% 3% 3% 4.18 - Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres. 3% 3% 3% 4.19 - Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres. 3% 3% 3% 4.21 - Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres. 3% 3% 3% 2 MG Anexo à Edição nº 06/2014

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Itens ou subitens da Lista de Serviços Até 31.12.2013 Alíquota A partir de 1º.01.2014 A partir de 1º.05.2014 4.22 - Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres. 3% 3% 3% 4.23 - Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário. 3% 3% 3% 12.02 - Exibições cinematográficas. 3% 3% 3% 12.06 - Boates, taxi-dancing e congêneres. 3% 3% 3% 12.16 - Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres. 3% 3% 3% 19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 3% 3% 3% 17.01 - Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens da lista de serviços anexa à LC nº 116/20013; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de 5% 2,5% 2,5% qualquer natureza, inclusive cadastro e similares. 17.02 - Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpelação, revisão, tradução, apoio e infraestrutura administrativa e congêneres. 5% 2,5% 2,5% 17.12 - Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros. 5% 3% 3% 17.22 - Cobrança amigável de dívidas e outros direitos vencidos, por conta e ordem de terceiros, prestado exclusivamente mediante teleatendimento por centrais de atendimento telefônico (call center) regularmente constituídas 5% 2,5% 2,5% Para os demais serviços inseridos nos demais itens e subitens da Lista de Serviços que integra o Anexo Único da Lei, não relacionados nos quadros acima. 5% 5% 5% *A Lei nº 10.692/2013 criou a alíquota de 3% para os serviços prestados por sociedade constituída como cooperativa de trabalho, na forma da legislação específica e estabeleceu os seguintes critérios a serem observados pelos contribuintes do Município de Belo Horizonte: a) inexistência de vínculo empregatício entre a cooperativa e seus associados; b) impossibilidade de ingresso, em seu quadro social, de empresa que atue no mesmo ramo de prestação de serviço da cooperativa, bem como de pessoa natural ou jurídica dela associada; c) posse dos seguintes livros: Matrícula, Atas das Assembleias Gerais, Atas dos Órgãos de Administração, Presença dos Associados nas Assembleias Gerais e Atas do Conselho Fiscal; d) realização de Assembleia Geral Ordinária, anualmente, com deliberação acerca da prestação de contas e respectivo parecer do Conselho Fiscal, destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas, e eleição dos componentes dos órgãos de administração e do Conselho Fiscal; e) administração a cargo de uma Diretoria ou do Conselho de Administração, composto exclusivamente por associados eleitos em Assembleia Geral, com mandato de até 4 (quatro) anos e renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do Conselho de Administração a cada mandato. Cumpre-nos ressaltar a Lei federal nº 12.690/2012 regulamentou a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho, determinando que este tipo de cooperativa é regulado por ela e, no que com ela não coincidir, pela Lei federal nº 5.764/1971 e pela Lei nº 10.406/2002, arts. 1.093 a 1.096 (Código Civil brasileiro). Os cooperados são pessoas físicas (embora possa haver cooperado pessoa jurídica) que exercem a mesma atividade e que se unem com o propósito de buscar, através da cooperação e da ajuda mútua, melhores condições de trabalho e de desenvolvimento da atividade. A cooperativa de trabalho pode ser: a) de produção, quando constituída por sócios que contribuem com o trabalho para a produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção; e b) de serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego. Assim, cumpre ao contribuinte do Município de Belo Horizonte verificar se sua atividade pode se enquadrar como sociedade constituída como cooperativa de trabalho para fins de utilização da alíquota de ISSQN de 3% instituída pela Lei nº10.692/2013 observando-se os efeitos a partir de: a) 1º.05.2014 caso a alíquota aplicável para a atividade desenvolvida pelo contribuinte em 31.12.2013 era inferior a 3%; b) Imediato, ou seja, desde 1º.01.2014 para as situações em que a alíquota de ISSQN prevista na legislação do Município de Belo Horizonte em vigor em 31.12.2013 fosse superior a 3%. Anexo à Edição nº 06/2014 MG 3

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Crédito fiscal IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Não cumulatividade 3. Créditos básicos 4. Momento do lançamento do crédito 5. Penalidades 6. EFD 1. Introdução O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tem como uma das características fundamentais o princípio da não cumulatividade, mediante o qual é permitida a compensação do valor devido em cada operação com o montante do tributo cobrado nas operações anteriores. Neste texto, examinaremos as hipóteses em que os estabelecimentos de contribuintes podem se apropriar do valor do imposto nas entradas de insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem) - os denominados créditos básicos. (Constituição Federal/1988, art. 153, IV, 3º, II; RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 2. Não cumulatividade A não cumulatividade do IPI é efetivada pelo sistema de crédito, atribuído ao contribuinte, do imposto correspondente a produtos entrados em seu estabelecimento, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, em um mesmo período de apuração. (RIPI/2010, art. 225, caput) 3. Créditos básicos Os estabelecimentos industriais e os a ele equiparados poderão se creditar do imposto relativo aos produtos tributados que forem devolvidos ou tenham retornado aos seus estabelecimentos, total ou parcialmente Os contribuintes do IPI (industriais ou a eles equiparados) poderão se creditar do imposto: a) relativo a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados, incluindo-se entre as matérias- -primas e os produtos intermediários aqueles que, embora não se integrando ao novo produto, sejam consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do Ativo Permanente; b) relativo a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, quando remetidos a terceiros para industrialização sob encomenda, sem transitar pelo estabelecimento do adquirente; c) relativo a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem recebidos de terceiros para industrialização de produtos por encomenda, quando estiver destacado ou indicado na nota fiscal; d) destacado em nota fiscal relativa a produtos industrializados por encomenda recebidos do estabelecimento que os industrializou, em operação que proporcione direito ao crédito; e) pago no desembaraço aduaneiro; f) mencionado na nota fiscal que acompanhar produtos de procedência estrangeira, diretamente da repartição que os liberou para estabelecimento, mesmo que exclusivamente varejista, do próprio importador; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-01

g) relativo a bens de produção recebidos por comerciantes equiparados a industrial (veja nota 1 a seguir); h) relativo a produtos recebidos por estabelecimentos equiparados a industrial que, na saída destes, estejam sujeitos ao IPI, nos demais casos não compreendidos nas letras e a g ; i) pago na aquisição de produtos beneficiados com imunidade ou isenção ou com suspensão do tributo, quando descumprida a condição, em operação que proporcione direito ao crédito; e j) destacado nas notas fiscais relativas a entregas ou transferências simbólicas do produto, permitidas pelo Regulamento do IPI. Notas (1) Consideram-se bens de produção (art. 610 do RIPI): a) as matérias-primas; b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial; c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento; d) as ferramentas, exceto as manuais, empregadas no processo industrial; e e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partes e outros componentes, que se destinem a emprego no processo industrial. (2) Nas remessas de produtos para armazém-geral e depósito fechado, o direito ao crédito do IPI, quando admitido, é do estabelecimento depositante (RIPI/2010, art. 226, parágrafo único). (RIPI/2010, arts. 226 e 610) 3.1 Devolução ou retorno de produtos Os estabelecimentos industriais e os a ele equiparados poderão se creditar do imposto relativo aos produtos tributados que forem devolvidos ou tenham retornado aos seus estabelecimentos, total ou parcialmente. (RIPI/2010, art. 229) 3.2 Comerciante atacadista não contribuinte do IPI Os estabelecimentos industriais e os a eles equiparados poderão se apropriar do imposto relativo a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos de comerciante atacadista não contribuinte do IPI. O valor do imposto a ser creditado será calculado pelo adquirente mediante aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto na Tabela de Incidência do IPI (TIPI) sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota fiscal de aquisição. Saliente-se que o direito ao crédito está condicionado a que os produtos adquiridos estejam dentro do campo de incidência do IPI, não se aplicando aos com notação NT (não tributados) na TIPI. (RIPI/2010, art. 227; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Parecer Normativo CST nº 125/1971) 3.3 Simples Nacional As aquisições de produtos de estabelecimentos fornecedores optantes pelo Simples Nacional não ensejam aos adquirentes o direito ao crédito do IPI nas entradas de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 23, caput; RIPI/2010, arts. 177, 178, I, e 228) 3.4 Insumos empregados na industrialização de produtos isentos, tributados à alíquota de 0%, NT ou imunes A legislação prevê, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779/1999, a possibilidade de utilização do saldo credor do IPI, acumulado em cada trimestre-calendário, decorrente de aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem aplicados em industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota de 0%, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos, na forma de restituição, ressarcimento ou compensação. A Instrução Normativa SRF nº 33/1999, que disciplinou o mencionado dispositivo legal, dispõe sobre o aproveitamento do crédito nas saídas de produtos isentos, sujeitos à alíquota de 0% e imunes, sendo essa última hipótese não prevista na citada Lei nº 9.779/1999. A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio do Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 5/2006, trouxe a seguinte interpretação sobre o assunto: a) o direito ao aproveitamento do crédito do IPI nas aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, entrados nos estabelecimentos industriais desde 1º.01.1999, somente se aplica aos produtos aos quais a legislação do IPI garante o direito à manutenção e utilização dos créditos fiscais; e 06-02 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

b) não se aplica o direito ao crédito do IPI nas aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem utilizados na industrialização de produtos com a notação NT na TIPI, amparados por imunidade, exceto as decorrentes de exportação para o exterior, e nas saídas de produtos excluídos do conceito de industrialização pelo art. 5º do RIPI. Portanto, no caso de saídas imunes ao IPI, somente há previsão expressa da manutenção e da utilização dos créditos, na entrada de insumos, na hipótese de o produto final destinar-se à exportação (Decreto-lei nº 491/1969). (Lei nº 9.779/1999, art. 11; Decreto-lei nº 491/1969; Instrução Normativa SRF nº 33/1999; Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 5/2006) 3.4.1 Solução de consulta da RFB Transcrevemos, a seguir, texto de solução de consulta da RFB sobre o assunto: MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 151 de 12 de Junho de 2012 ------------------------------------------------------------------------------- ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: PRODUTOS NT. PRODUTOS IMUNES. SALDO CREDOR. Produtos com notação NT na Tipi, ainda que amparados pela imunidade, não podem compor o saldo credor do IPI apurado pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial a cada período. Apenas os créditos do imposto relativos às aquisições de matéria-prima, produto intermediário, e material de embalagem que se destinem a emprego na industrialização de produtos tributados e ao abrigo da imunidade em decorrência da exportação para o exterior (art. 18, inciso II, do Ripi/2010) podem compor o saldo credor do IPI apurado em cada período pelo estabelecimento industrial ou pelo equiparado a industrial e, por conseguinte, compor o saldo credor acumulado a cada trimestre-calendário destes estabelecimentos. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. CRÉDITO. O estabelecimento equiparado a industrial nos termos do art. 9º, inciso IV, do Ripi/2010, nas operações de industrialização que encomendar a terceiros, não deve escriturar os créditos de IPI relativos às aquisições de matérias-primas e materiais de embalagem que, sabidamente, se destinarão ao emprego na industrialização de produtos não-tributados (com notação NT na Tipi), ainda que estejam amparados pela imunidade do art. 18, inciso IV, do Ripi/2010 (tal como os produtos derivados de petróleo). Tais créditos não podem compor o saldo credor do IPI apurado em cada período e, por conseguinte, o acumulado a cada trimestre- -calendário. (Solução de Consulta RFB nº 151/2012) 3.5 Jurisprudência O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar os Recursos Extraordinários nºs 353.657 e 370.682 (em sessão de 25.06.2007), entendeu ilegítimo o direito ao crédito do IPI nas aquisições de insumos em que não tenha havido pagamento do imposto na operação anterior (saída do estabelecimento fornecedor). A seguir, transcrevemos ementa de recente decisão do STF nesse mesmo sentido: RE 592917 AgR/RJ - Rio de Janeiro AG. REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min. LUIZ FUX Julgamento: 31.05.2011 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação DJe-116 DIVULG 16-06-2011 PUBLIC 17-06-2011 EMENT VOL-02546-01 PP-00191 Parte(s) AGTE.(S):... ADV.(A/S)... AGDO.(A/S): União PROC.(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. INSUMOS ISENTOS, SUJEITOS À ALÍQUOTA ZERO OU NÃO TRIBUTADOS. PRODUTO FINAL TRIBUTADO. PRIN- CÍPIO DA NÃO- CUMULATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS. AGRAVO REGI- MENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O artigo 153, 3º, II, da Constituição dispõe que o IPI será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. 2. O princípio da não-cumulatividade é alicerçado especialmente sobre o direito à compensação, o que significa que o valor a ser pago na operação posterior sofre a diminuição do que pago anteriormente, pressupondo, portanto, dupla incidência tributária. Assim, se nada foi pago na entrada do produto, nada há a ser compensado. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-03

3. O aproveitamento dos créditos do IPI não se caracteriza quando a matéria-prima utilizada na fabricação de produtos tributados reste desonerada, sejam os insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis. Isso porque a compensação com o montante devido na operação subsequente pressupõe, necessariamente, a existência de crédito gerado na operação anterior, o que não ocorre nas hipóteses exoneratórias. 3.6 Empresa comercial que passa à condição de contribuinte O estabelecimento comercial, equiparado a industrial, deverá recolher o IPI quando promover saídas de produtos tributados, uma vez que nessas operações ocorre o fato gerador do imposto. 4. A jurisprudência do egrégio STF, à luz de entendimento hodierno retratado por recentes julgados, inclui os insumos isentos no rol de hipóteses exoneratórias que não geram créditos a serem compensados, verbis: Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2. Não há direito a crédito presumido de IPI em relação a insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis. 3. Ausência de contradição, obscuridade ou omissão da decisão recorrida. 4. Tese que objetiva a concessão de efeitos infringentes para simples rediscussão da matéria. Inviabilidade. Precedentes. 5. Embargos de declaração rejeitados. [...] Frise-se que, como bem esclareceu o voto condutor, a não- -exigência do IPI se dá sempre que essa é adquirida sob os regimes, indistintamente, de isenção (exclusão do imposto incidente), alíquota zero (redução da alíquota ao fator zero) ou de não incidência (produto não compreendido na esfera material de incidência do tributo) (RE 370.682 - ED, relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 17.11.10). TRIBUTÁRIO. IPI. INSUMOS ISENTOS, NÃO-TRIBUTA- DOS OU SUJEITOS À ALÍQUOTA ZERO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO AOS CRÉDITOS. DECISÃO COM FUNDA- MENTO EM PRECEDENTES DO PLENÁRIO. 1. A decisão recorrida está em consonância com a jurisprudência do Plenário desta Corte (RE 370.682/SC e RE 353.657/RS), no sentido de que não há direito à utilização dos créditos do IPI no que tange às aquisições insumos isentos, não- -tributados ou sujeitos à alíquota zero. 2. Agravo regimental improvido. (RE 566.551 - AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.04.10). 5. Agravo regimental a que se nega provimento. Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unâmine. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 31.5.2011. Dessa forma, é vedado o crédito do imposto na aquisição de insumos beneficiados com a isenção, NT, sujeitos à alíquota de 0% ou imunes ao IPI, exceto em relação à situação, já apontada, de exportação de produtos industrializados para o exterior. Pelo princípio da não cumulatividade, o estabelecimento que passar à condição de equiparado a industrial terá direito ao crédito do IPI relativo ao estoque de produtos existentes no final do dia imediatamente anterior àquele em que se iniciar a vigência da legislação que o tenha equiparado a industrial, observados os procedimentos previstos na Instrução Normativa SRF nº 259/2002. Nota É vedado o aproveitamento do crédito quando não houver o destaque do IPI na nota fiscal de aquisição, salvo no caso de aquisição de insumos de comerciante atacadista não contribuinte, conforme descrito no subitem 3.2 (Instrução Normativa SRF nº 259/2002, art. 1º, 3º). (RIPI/2010, arts. 24, III, 35, II, e 225; Instrução Normativa SRF nº 259/2002) 4. Momento do lançamento do crédito O estabelecimento industrial ou equiparado a industrial poderá se creditar do valor do IPI por meio da escrituração da nota fiscal de aquisição no livro Registro de Entradas, modelo 1, por ocasião da efetiva entrada dos produtos no estabelecimento, não podendo a escrituração fiscal se atrasar por mais de 5 dias contados da data do documento a ser escriturado. (RIPI/2010, arts. 251, I, e 446, caput) 4.1 Crédito extemporâneo Apesar de a legislação fixar o prazo de 5 dias para a escrituração do documento fiscal pelo adquirente dos insumos, pode ocorrer de a escrituração se atrasar e não ser efetuada em tal período. Nessa hipótese, a escrituração do documento fiscal e do respectivo crédito do imposto poderá ser feita extemporaneamente, desde que o contribuinte possa provar a legitimidade do crédito, independentemente de comunicação ao órgão da RFB. Contudo, entendemos oportuno que o contribuinte que realizar a escrituração do documento fiscal de 06-04 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

aquisição de insumos fora do prazo anote o fato na coluna Observações do livro Registro de Entradas e no próprio documento fiscal que está dando origem ao lançamento extemporâneo. (RIPI/2010, arts. 446, caput, 456 e 457) 4.2 Prescrição Prescreve em 5 anos o direito ao crédito do IPI relativo à entrada de produtos no estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, contados a partir da data da entrada. (Parecer Normativo CST nº 515/1971) 5. Penalidades As infrações praticadas pelo sujeito passivo da obrigação tributária implicam penalidades, que estão previstas na legislação, conforme a natureza, a gravidade e as circunstâncias do ato, dentre as quais destacamos: a) simulação, vício ou falsificação de documentos ou da escrituração de livros fiscais ou comerciais ou utilização de documentos falsos para iludir a fiscalização ou fugir ao pagamento do imposto: multa equivalente a 5 vezes o valor de R$ 21,90 (multa básica), se não couber outra multa maior por falta de lançamento ou de pagamento do imposto (veja letra d ); b) não cumprimento à intimação da RFB para o cumprimento de obrigação acessória ou para prestação de esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 por mês-calendário; c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas: c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00 do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00 do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; d) infrações para as quais não se estabeleçam penas proporcionais ao valor do imposto ou do produto, pena de perdimento da mercadoria ou outra específica: multa básica de R$ 21,90. (RIPI/2010, arts. 272, 589, 592 e 597; Medida Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57, caput, II e III; Lei nº 12.873/2013, art. 57) 6. EFD O Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital (EFD), que é composta da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apuração dos impostos relativos às operações e prestações praticadas pelos contribuintes do IPI e do ICMS, bem como de outras de interesse das administrações tributárias das Unidades da Federação e da RFB. O Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 estabelece as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, constando de seu Anexo Único o Manual de Orientação do leiaute da EFD. A EFD é composta de blocos, registros e campos, com as respectivas especificações, constantes do Guia Prático da EFD, que traz instruções para o seu preenchimento. O bloco C do Guia Prático da EFD trata dos documentos fiscais I - Mercadorias (ICMS/IPI), com instruções de preenchimento dos diversos registros e respectivos campos, entre eles o registro C-100. Esse registro deve ser gerado para cada documento fiscal (Nota Fiscal - código 01), entre outros, com lançamento de entrada ou de saída de produtos ou outras situações que envolvam a emissão de documentos fiscais. É importante ressaltar que, em relação aos documentos de entrada, os campos de valor de imposto/ contribuição, base de cálculo e alíquota só devem ser informados se o adquirente tiver direito à apropriação do crédito fiscal (enfoque do declarante). Para cada registro C100, deve ser apresentado, pelo menos um registro C170 e um C190, observadas as exceções especificadas nos itens 1 a 9 do registro C100, constante do Guia Prático da EFD. (Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Guia Prático da EFD) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-05

Caso o contribuinte tenha interesse em manter-se nos novos enquadramentos, este deverá confirmá-lo por ocasião da alteração do seu cadastro, isto é, pelo Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física (letra a ), e para os contribuintes inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS (letra b ), após a sua inscria Estadual ICMS Cadastro de contribuintes SUMÁRIO 1. Introdução 2. Finalidade 3. Conceito de estabelecimento 4. Inscrição 5. Siare 6. Inscrição única 7. Mudança de endereço 8. Encerramento das atividades 9. Penalidades 1. Introdução Todas as pessoas que realizam operações de circulação de mercadorias e/ou prestação de serviços de transporte ou de comunicação estão obrigadas a promover sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS ou no Cadastro de Produtor Rural, conforme o caso. Para efeito de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, deverão ser obedecidos os requisitos estabelecidos na legislação, os quais abordaremos neste procedimento. 2. Finalidade O Cadastro de Contribuintes estadual tem por objetivo reunir todas as informações necessárias relativas às pessoas, físicas ou jurídicas, que realizem operações sujeitas ao ICMS. O Estado de Minas Gerais integra o Cadastro Sincronizado Nacional, que tem por objetivo a simplificação da burocracia nos procedimentos de abertura, alteração e baixa de empresas. Dessa forma, utiliza-se o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como única inscrição cadastral em todas as esferas de Governo - federal, estadual e municipal. Atualmente, o Cadastro Sincronizado Nacional já está implantado nos Estados de Alagoas, da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais, do Pará, do Rio Grande do Norte e de São Paulo e nos Municípios de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Salvador, São Luís e Vitória e será gradativamente expandido para as demais Secretarias de Fazenda e Finanças estaduais e municipais e demais órgãos intervenientes no processo de registro e legalização de empresas em todo o País. O Cadastro Sincronizado Nacional é a integração dos procedimentos cadastrais de pessoas jurídicas e demais entidades entre as Administrações Tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e demais órgãos e entidades que fazem parte do processo (convenentes). Dessa forma, com a integração das esferas estaduais ao Cadastro Sincronizado Nacional, constatam-se: a) a simplificação e a racionalização dos processos de inscrição, a alteração e a baixa das pessoas jurídicas e demais entidades (entes econômicos), com a consequente redução de custos e prazos, além da garantia de maior transparência a todo o processo; b) a harmonização das informações cadastrais das pessoas jurídicas e demais entidades entre os convenentes, permitindo que estes atuem com maior eficiência e eficácia. (Portaria SRE nº 55/2008; www.fazenda.mg.gov.br) 2.1 Produtores de leite Especificamente quanto aos produtores rurais de leite no Estado de Minas Gerais, foi publicada a Resolução SEF nº 4.077/2009, que regulamenta a opção pelos contribuintes mineiros em relação ao novo tratamento tributário concedido às operações com leite instituídas pelo Decreto nº 45.030/2009. Assim, os produtores rurais inscritos no Cadastro de Produtor Rural, optantes ou não pelo tratamento tributário concedido para o micro e o pequeno produtor rural de leite, ora previsto no RICMS-MG/2002, Anexo XI, arts. 16 a 39, estão automaticamente cadastrados em um dos seguintes regimes previstos no RICMS-MG/2002, com efeitos retroativos a 1º.01.2009: a) Anexo IX, art. 461, para os produtores rurais pessoa física não inscritos no Registro Público de Empresas Mercantis; b) Anexo IX, art. 207-A, para os produtores rurais pessoa jurídica ou pessoa física inscritos no Registro Público de Empresas Mercantis. 06-06 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

ção, com a anotação no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6. Os não interessados em manter-se no novo regime deveriam comunicar sua opção à Administração Fazendária (AF) de sua circunscrição até 25.02.2009. Nesse caso, os efeitos também seriam retroativos a 1º.01.2008, ou à data de inscrição, em caso de produtor inscrito após esta data. Nas situações de abertura de inscrição no Cadastro de Produtor Rural após 13.02.2009, em função de início de atividade, o produtor realizará sua opção no ato de sua inscrição e a confirmará quando da inscrição no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física, nos prazos estabelecidos no art. 3º, II, do Decreto nº 45.030/2009, conforme o número final de sua inscrição (prazos descritos no tópico 2). (Resolução SEF nº 4.077/2009) 3. Conceito de estabelecimento Para efeito de inscrição e cumprimento das obrigações tributárias pertinentes, considera-se estabelecimento o local, privado ou público, com ou sem edificação, onde pessoas físicas ou jurídicas exercem suas atividades em caráter temporário ou permanente. Consideram-se, ainda, como estabelecimento: a) o local, ainda que de terceiro, onde a mercadoria objeto da atividade do contribuinte é armazenada ou depositada; b) o local, ainda que de terceiro, que receber mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação (UF) destinada ao uso, consumo ou Ativo Permanente do adquirente; c) o depósito fechado, considerado este como o local onde o contribuinte promove, com exclusividade, o armazenamento de suas mercadorias; d) o local onde se realize o fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por contribuinte que explore essa atividade; e) o local onde tiver sido ajustado o serviço de transporte que será prestado em outro local, inclusive o próprio veículo transportador. Na impossibilidade de determinação do estabelecimento, este será considerado como o local em que tenha sido efetuada a operação ou encontrada a mercadoria, ou o local onde tiver sido prestado o serviço de transporte ou constatada a sua prestação. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 58, I, II, III, IV, V, 1º) 3.1 Autonomia dos estabelecimentos Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, considera-se autônomo cada estabelecimento do mesmo titular situado em área diversa, bem como: a) o veículo utilizado pelo contribuinte no comércio ambulante ou na captura de pescado; b) a área, no Estado de Minas Gerais, de imóvel rural que se estenda a outra UF. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 59, I, II, III) 3.2 Comércio ambulante Quando o comércio ambulante for exercido em conexão com o estabelecimento fixo do contribuinte, o veículo transportador será considerado dependência desse estabelecimento. Nesse caso, as obrigações tributárias atribuídas pela legislação ao veículo transportador serão de responsabilidade do estabelecimento fixo. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 59, parágrafo único) 3.3 Garantia de débitos tributários Todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto para efeito de garantia do débito tributário e dos acréscimos legais. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 60) 3.4 Domicílio recusado O domicílio indicado pelo contribuinte poderá ser recusado pelo Fisco quando impossibilitar ou dificultar a arrecadação ou a fiscalização do ICMS. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 58, 2º) 4. Inscrição As pessoas que objetivam inscrição estadual no Estado de Minas Gerais devem observar as normas previstas na Portaria SRE nº 55/2008, a qual estabelece que o Estado de Minas Gerais integra o Cadastro Sincronizado Nacional, de responsabilidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil, com efeitos desde 02.07.2008. Assim, os atos cadastrais relativos a inscrição, alteração de dados cadastrais, baixa de inscrição, paralisação temporária de atividades, reativação da inscrição e reinício de atividade interrompidas temporariamente devem ser efetuados através do Cadastro Sincronizado Nacional, na Internet, no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www. receita.fazenda.gov.br). Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-07

Os demais atos (término de escrituração, habilitação de contabilista ou de empresa contábil e alteração de endereço de contabilista ou de empresa contábil) devem ser realizados por meio do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare), no site da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), www.fazenda.mg.gov.br. Notas (1) Os produtores rurais pessoa física não inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis deverão inscrever-se no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física por meio do Siare (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 98, I, na redação dada pelo Decreto nº 45.030/2009). (2) Os contribuintes mineiros que utilizem o Siare devem possuir certificação digital desde 1º.09.2011 (Decreto nº 45.632/2011). Cabe enfatizar que a inscrição deverá ser solicitada antes do início das atividades e que a SEF/MG poderá exigir a renovação da inscrição. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97, 1º; Portaria SRE nº 55/2008, arts. 1º e 2º) 4.1 Documentação O deferimento do pedido de inscrição e de alteração cadastral que envolva inclusão ou substituição do sócio ou reativação da empresa fica condicionado a estar em situação que permita a emissão de certidão de débitos tributários negativa para com a Fazenda Pública Estadual: a) dos diretores, tratando-se de sociedade anônima, e os sócios, nos casos das demais sociedades; b) do titular, quando se tratar de empresário; c) da pessoa jurídica, ainda que por equiparação, quando se tratar de estabelecimento filial ou depósito fechado. Não será concedida inscrição quando constatada a existência de débito inscrito em dívida ativa, de responsabilidade das pessoas anteriormente mencionadas. Note-se que, para a concessão de inscrição estadual, poderão, ainda, ser exigidas: a) prova de que as condições físicas do estabelecimento comportam a atividade pretendida; b) comprovação do endereço de sócios, diretores ou de titular; c) prova de capacidade financeira dos sócios, do titular ou da pessoa jurídica, inclusive quando houver alteração do quadro societário, exceto microempresa (ME). (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 99, 1º a 4º na redação dada pelo Decreto nº 44.562/2007; Decreto nº 44.834/2008) 4.1.1 Inscrição de pessoa jurídica - Cadastro Nacional Integrado As pessoas jurídicas que necessitem de inscrição estadual deverão realizar o pedido através do Siare, instituído pelo Decreto nº 43.953/2005, o qual incorpora as disposições do Cadastro Nacional Integrado (CNI), ou seja, determina que os pedidos de inscrição, alteração, reativação, suspensão e baixa no Cadastro de Contribuintes do ICMS será realizado através do site da Receita Federal do Brasil, via Internet. Nota O CNI está incorporado ao Cadastro Sincronizado Nacional, sendo um único cadastro através de um único programa. A documentação exigida e os locais da respectiva entrega serão determinados pela Receita Federal do Brasil. (Decreto nº 44.563/2007; Portaria SRE nº 55/2008) 4.2 Alterações Dentre as obrigações do contribuinte estadual encontra-se a de comunicar, em 5 dias, todas as alterações cadastrais à SEF/MG e ao Ministério da Fazenda (Receita Federal do Brasil - RFB), simultaneamente. Neste caso, a alteração será realizada via Internet, através do Cadastro Sincronizado Nacional, na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www.fazenda.receita.gov.br), através do Programa Gerador de Documentos (PGD). O PGD emite um código de acesso para que o contribuinte possa acompanhar a sua solicitação. A confirmação somente será emitida após a verificação nos sistemas da RFB e da SEF/MG. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 96, V) 4.3 Suspensão/paralisação temporária Toda alteração cadastral deve ser comunicada ao Fisco, inclusive a paralisação temporária de atividades, assim considerada a interrupção do exercício das atividades do contribuinte por período de até 12 meses. O objetivo da comunicação da paralisação temporária de atividade é dispensar o contribuinte das suas obrigações (principal e acessórias) durante o período da paralisação. A solicitação desta interrupção será realizada exclusivamente via Internet, através do Cadastro Sincronizado Nacional, via PGD. O sistema gera um 06-08 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

código de acesso para acompanhamento da solicitação que, ao ser consultado, visualizará a seguinte mensagem: Comparecer à Administração Fazendária com a documentação necessária à análise do seu processo. Com base na integração dos sistemas, o Siare também gera um número de protocolo que é enviado para o endereço eletrônico do sócio máster, juntamente com a lista de documentos a serem entregues à SEF/MG: Nota Os contribuintes mineiros que utilizam o Siare devem possuir certificação digital desde 1º.09.2011 (Decreto nº 45.632/2011). a) cópia dos atos constitutivos ou alteração com cláusula de gerência; b) cópia do comprovante da solicitação do serviço, emitida via Siare; c) solicitação de cancelamento dos documentos fiscais em branco ou declaração do contabilista responsável por sua escrituração, constando que os mesmos encontram-se em seu poder; d) atestado de intervenção técnica no Emissor de Cupom Fiscal (ECF), se for usuário (relativo à intervenção técnica para bloqueio de funcionamento do equipamento); e) se a paralisação ocorrer por motivo de caso fortuito ou força maior, os documentos descritos nas letras c e d poderão ser substituídos por uma declaração devidamente comprovada. O reinício de atividades deve solicitar a reativação da sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, através do programa PGD. Neste caso, haverá o pagamento da taxa de expediente, fixada, no exercício de 2012, no valor de R$ 209,62, isento para ME, empresa de pequeno porte (EPP) e produtor rural. Cabe lembrar que a inscrição poderá ser suspensa ou cancelada quando o contribuinte deixar de entregar, nos prazos fixados na legislação estadual, documentos destinados a informar a apuração mensal do imposto. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 96, V, e 4º, e 108, 7º; RTE-MG/1997, Tabela A, item 2.7) 4.4 Dispensa A legislação estadual não prevê situação de dispensa de inscrição estadual. Assim, como regra geral, todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que realizarem operações sujeitas ao ICMS devem requerer sua inscrição estadual, exceto em situações específicas em que houver previsão legal expressa de dispensa. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97) 4.5 Cancelamento e baixa A inscrição será cancelada: a) em decorrência de pedido de baixa por encerramento de atividades quando, feitas as verificações, ficar constatada a irregularidade fiscal do contribuinte; Nota A Portaria SRE nº 43/2007 dispõe sobre a dispensa de apresentação de documentos na repartição fazendária para efeito de baixa de inscrição estadual ou de impressão de documentos fiscais. b) de ofício, por ato do chefe da AF que concedeu a inscrição, quando: b.1) transitada em julgado sentença declaratória de falência, ressalvada a hipótese de continuação do negócio, deferida pelo Poder Judiciário; b.2) ficar constatado o desaparecimento do contribuinte; b.3) ficar comprovado, por meio de diligência fiscal, que o contribuinte não exerce atividade no endereço ou local indicado; b.4) for cancelado o CNPJ; b.5) ficar comprovada a indicação de dados cadastrais falsos; b.6) for utilizada com dolo ou fraude; b.7) ficar comprovada emissão de documento fiscal para acobertamento de operação ou prestação não autorizada pelo órgão regulamentador de atividade do contribuinte; b.8) expirar o prazo de paralisação temporária sem a apresentação do pedido de baixa, reativação ou de nova comunicação de paralisação temporária de inscrição estadual; b.9) ficar comprovado que o sócio ou dirigente da empresa foi condenado por crime de receptação ou contra a propriedade industrial há menos de 5 anos, contados da data em que transitou em julgado a sentença; b.10) relativamente a empresas envolvidas em ilícito fiscal em cujo quadro societário figure empresa sediada no exterior, não for identificado ou houver identificação incorreta de seus controladores ou beneficiários. Nota Para os efeitos da letra b.10, considera-se: a) a empresa sediada no exterior que tem por objeto a realização de investimentos financeiros fora de seu país de origem, onde é beneficiada por supressão ou minimização de carga tributária e por reduzida interferência regulatória do governo local (offshore); b) como controladores ou beneficiários, as pessoas físicas que efetivamente detêm o controle da empresa de investimento (beneficial owner), independentemente dos nomes de terceiros que eventualmente figurem como titulares em documentos públicos; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-09

c) a hipótese, também, em que a participação da empresa de investimento sediada no exterior no quadro societário da empresa mineira envolvida em ilícito fiscal seja indireta, por meio de participação na sociedade de outra empresa que, por sua vez, participa da sociedade da empresa envolvida em ilícitos fiscais. No caso de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes, ponto de abastecimento, transportador revendedor retalhista (TRR), distribuidor e produtor de combustíveis, a inscrição estadual será cancelada quando houver: a) reincidência na comercialização de produto não acobertado por documento fiscal idôneo; b) violação do dispositivo assegurador da inviolabilidade das bombas de combustível ou do mecanismo de medição de volume exigidos e controlados pelo Fisco ou do próprio mecanismo de medição, em desconformidade com a legislação tributária; c) reincidência na aquisição, distribuição, transporte, estocagem ou revenda de combustível adulterado ou desconforme; d) estabelecimento de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes, se ocorrerem: d.1) violação do dispositivo assegurador da inviolabilidade das bombas de combustível ou do mecanismo de medição de volume exigidos e controlados pelo Fisco (lacres), ou do próprio mecanismo de medição, em desconformidade com a legislação tributária; d.2) reincidência na aquisição, distribuição, transporte, estocagem ou revenda de combustível adulterado ou desconforme; d.3) reincidência na comercialização de produto não acobertado por documento fiscal idôneo. Nas situações em que forem realizadas todas as verificações previstas no RICMS-MG/2002, poderá ser cancelada ou suspensa a inscrição estadual: a) quando comprovada a identificação incorreta, a falta ou a recusa de identificação dos controladores ou beneficiários de empresa sediada no exterior que figurem no quadro societário de empresa envolvida em ilícito fiscal; b) quando comprovada a indicação de dados cadastrais falsos. A repartição fazendária não concederá inscrição estadual a pessoa jurídica cujo sócio ou dirigente tiver sido condenado por crime de receptação ou contra a propriedade industrial no prazo de 5 anos, contados da data em que transitar em julgado a sentença de condenação. Note-se que o cancelamento da inscrição (que será publicado no órgão oficial do Estado), ainda que de ofício, não exonera o contribuinte do pagamento de débito para com a Fazenda Pública Estadual. (Lei nº 6.763/1975, art. 27, 7º na redação dada pela Lei nº 17.247/2007; RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 108, I, II, III, 6º e 8º na redação do Decreto nº 44.754/2008) 4.6 Inscrição do substituto tributário Os contribuintes que se enquadram na situação de sujeito passivo por substituição tributária domiciliado em outra UF deverão utilizar-se do Cadastro Sincronizado Nacional para a prática dos atos cadastrais previstos no RICMS-MG/2002, Anexo XV, arts. 40 a 44. (Portaria SRE nº 55/2008, art. 5º) 4.7 Aposição do número da inscrição nos documentos O número de inscrição estadual deverá constar: a) nos papéis encaminhados às repartições estaduais; b) nos atos e nos contratos firmados no País que se relacionarem com o fato gerador do imposto; c) em todos os documentos fiscais exigidos pela legislação tributária. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 107) 4.8 Cadastro na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG) As empresas que se submetem ao registro público de empresas mercantis deverão entregar os documentos relativos ao ato cadastral na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG), após o deferimento do pedido relativo aos dados cadastrais. Cabe enfatizar que também deverá ser apresentado na JUCEMG o comprovante do recolhimento da taxa de expediente prevista na Tabela A, subitens 2.7 e 2.10, da Lei nº 6.763/1975. Estes contribuintes, após o registro na JUCEMG, deverão apresentar na AF da sua circunscrição os seguintes documentos fiscais: a) a cópia reprográfica do documento constitutivo da pessoa jurídica devidamente registrado; b) o comprovante de recolhimento da taxa de expediente prevista na Lei nº 6.763/1975, Tabela A, subitens 2.7 e 2.10. (Portaria SRE nº 55/2008, arts. 3º e 4º) 06-10 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

5. Siare O Siare, disponível no site da SEF/MG (www. fazenda.mg.gov.br), será utilizado também para verificação da comprovação da inscrição estadual. Nota Os contribuintes mineiros que utilizam o Siare devem possuir certificação digital desde 1º.09.2011 (Decreto nº 45.632/2011). Após a concessão da inscrição estadual, a pessoa física responsável perante o Cadastro Sincronizado Nacional deverá comparecer à AF de sua circunscrição para assinar o termo de responsabilidade na condição de responsável máster e obter senha de acesso ao sistema. Para isso, deverá apresentar os seguintes documentos: a) o documento de identidade e o CPF; b) a cópia de procuração e da identidade e o CPF do procurador, se for o caso; c) a cópia do protocolo do pedido disponibilizado pelo Siare. (Portaria SRE nº 55/2008, art. 6º) 5.1 Comprovante da inscrição estadual O Siare permite acesso ao comprovante da inscrição estadual, o qual será impresso contendo as seguintes informações: a) o número da inscrição estadual e do CNPJ; b) o nome empresarial e o nome fantasia, se houver; c) a atividade econômica principal, a natureza jurídica, o regime de recolhimento e a categoria do estabelecimento; d) a data da inscrição estadual, a situação cadastral e a data da situação cadastral; e) o endereço do estabelecimento; f) a data e a hora de emissão do comprovante; g) outras informações de interesse de órgãos e entidades convenentes. (Portaria SRE nº 55/2008, art. 7º) 5.2 Dados cadastrais e alterações O pedido de alteração de dados cadastrais deverá ser feito no prazo de 5 dias, contados da ocorrência do evento. No caso de liquidação judicial ou extrajudicial, à decretação ou à reabilitação da falência e ao início ou ao encerramento de intervenção deverá ser efetuada pelo representante legal da empresa a solicitação de alteração cadastral. Nas situações de cisão parcial da empresa, a data do evento será a da sua deliberação pelos sócios. A alteração de dados cadastrais poderá ser feita de ofício pela Secretaria de Estado de Fazenda com base em documentos comprobatórios ou em informação de órgãos convenentes do Cadastro Sincronizado Nacional, independentemente de formalidade no respectivo órgão de registro. As alterações cadastrais informadas aos demais órgãos convenentes do Cadastrado Sincronizado Nacional e não informadas à SEF/MG deverão ser requeridas, pelo contribuinte, na AF, apresentando os documentos necessários e o ato de registro no órgão competente. Alguns dados cadastrais devem ser informados no Siare, exclusivamente pelo estabelecimento matriz: a) o nome empresarial, a natureza jurídica, o porte da empresa; b) as informações relativas ao Quadro de Sócios e Administradores (QSA); c) a liquidação judicial e extrajudicial; d) a incorporação, a fusão, a cisão total e parcial; e) a decretação e a reabilitação de falência; f) a inscrição de filiais; g) a opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional) feita por ME e EPP, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; h) o responsável máster no Siare. (Portaria SRE nº 55/2008, arts. 8º, 9º e 10) 5.3 Baixa e reativação O pedido de baixa da inscrição estadual, seja do estabelecimento matriz ou filial, ocorrerá nas seguintes situações: a) encerramento de atividades; b) encerramento da liquidação judicial ou extrajudicial, ou conclusão do processo de falência; c) incorporação, fusão ou cisão total; d) alteração de endereço para outra UF. A reativação da inscrição estadual, por sua vez, poderá ser reativada quando a situação cadastral estiver suspensa ou cancelada, desde que observados os seguintes requisitos: a) o CNPJ esteja na situação cadastral Ativa ; b) o registro no órgão competente esteja em situação Válida ; c) as regras do Capítulo II do Título V do RICMS- -MG/2002 sejam atendidas. (Portaria SRE nº 55/2008, arts. 11 e 12) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-11

5.4 Habilitação do contabilista A habilitação do contabilista será realizada por meio do Siare e é condição obrigatória para que este possa ser registrado como responsável pela escrituração fiscal do contribuinte. Assim, o contabilista que estiver em situação cadastral regular junto ao Conselho Regional de Contabilidade (CRC) poderá cadastrar-se no Siare. Para obtenção de senha, deverá apresentar os seguintes documentos: a) documento de identidade e CPF; b) cópia de procuração e da identidade e CPF do procurador, se for o caso; c) cópia do protocolo do pedido disponibilizado pelo Siare. (Portaria SRE nº 55/2008, arts. 6º e 13) 6. Inscrição única Ao contribuinte que possuir vários estabelecimentos no Estado de Minas Gerais poderá ser concedida, a pedido, nos casos previstos na legislação mineira, a inscrição única. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97, 2º) 6.1 Inscrição única para estabelecimento com atividades complementares em área próxima ou contígua A critério do Chefe da AF a que o contribuinte estiver circunscrito, poderá ser concedida inscrição única com centralização da escrituração dos livros fiscais e do pagamento do imposto quando o estabelecimento mantiver, em área próxima ou contígua, dentro do mesmo município, atividades complementares, desde que a medida não dificulte a fiscalização do imposto. Cabe ressaltar que o titular da delegacia fiscal poderá determinar a recusa ou o cancelamento de inscrição de mais de 1 estabelecimento no mesmo local ou endereço, quando a existência simultânea dos estabelecimentos dificultar a fiscalização do imposto. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97, 3º e 5º com a redação dada pelo Decreto nº 44.573/2007) 6.2 Inscrição única de matriz e depósito fechado Apesar de a legislação do ICMS determinar que cada estabelecimento do mesmo titular é autônomo, na hipótese de tratar-se de empresa prestadora de serviços de transporte cujo depósito fechado esteja interligado ao estabelecimento matriz, o contribuinte poderá pleitear inscrição única para ambos, a exemplo de outros estabelecimentos comerciais que possuem várias entradas em logradouros públicos. (Consulta de Contribuinte nº 367/1991) 6.3 Operações e prestações não tributadas A realização de operações e/ou prestações de serviços alcançadas por não incidência, isenção, suspensão, diferimento ou substituição tributária não desobriga as pessoas da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97, 4º) 6.4 Inscrição única de empresa com atividade de extração de substância mineral O produtor de carvão vegetal usuário de Sistema de Processamento Eletrônico de Dados (PED) para a escrituração de livros fiscais poderá centralizar a escrituração, a apuração e o recolhimento do ICMS de todos os estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Para isso, deverá: a) adotar apenas um livro Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário e Registro de Apuração do ICMS; b) escriturar os livros Registro de Entradas e Registro de Saídas por ordem de inscrição estadual e data e a do livro Registro de Inventário, por inscrição estadual e código de produto, devendo apresentar coluna ou linha com característica de cabeçalho para indicação do número da inscrição; c) observar, por meio do estabelecimento centralizador, as normas do RICMS-MG/2002, Anexo VII, especialmente gerar e transmitir, por estabelecimento, o arquivo eletrônico denominado Sintegra; d) manter, à disposição do Fisco, no estabelecimento centralizador, os documentos relativos a todos os estabelecimentos rurais envolvidos, arquivados em ordem cronológica. A opção pela centralização deverá ser comunicada à Diretoria de Cadastros, Arrecadação e Cobrança da Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais (Dicac/Saif), em Belo Horizonte, na Rua da Bahia, 1.816, 5º andar, Bairro de Lourdes, CEP 30160-011, bem como a informação do estabelecimento centralizador da escrituração, apuração e recolhimento do imposto. Neste caso, a legislação mineira faculta ao contribuinte a adoção dos seguintes livros fiscais distintos 06-12 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB

por estabelecimento: livro Registro de Entradas, livro Registro de Saídas e livro Registro de Inventário. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 97, 3º e 5º e Anexo IX, Parte 1, art. 147-A) 7. Mudança de endereço Toda e qualquer alteração de dados cadastrais do contribuinte, bem como alteração contratual ou estatutária e do domicílio civil dos sócios, implica a alteração desses dados no Fisco estadual. Além da alteração cadastral, o contribuinte também está obrigado a comunicar à repartição fazendária a mudança de endereço, no prazo de 5 dias, a contar da ocorrência do fato, ou seja, a contar da mudança de endereço. A título elucidativo, a legislação mineira traz a possibilidade de o contribuinte ser dispensado dessa comunicação, desde que essas mesmas informações sejam supridas por outras obtidas em órgãos externos, conforme convênio celebrado entre esses órgãos e a Secretaria de Estado de Fazenda. Como esses convênios ainda não foram celebrados, a comunicação ao Fisco estadual continua, portanto, obrigatória. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 96, V e 3º) 8. Encerramento das atividades O encerramento de atividades deve ser comunicado aos Fiscos estadual, federal ou municipal através do PGD disponível pelo Cadastro Sincronizado Nacional, para baixa da inscrição estadual. Cabe ressaltar que todas as alterações de dados cadastrais do contribuinte mineiro possuem prazo de 5 dias, a contar da data da ocorrência do evento. (Portaria SRE nº 55/2008, art. 8º e art. 11) 9. Penalidades A falta de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS acarreta ao contribuinte faltoso a aplicação da multa equivalente a 500 UFEMG. Outra penalidade aplicável aos contribuintes mineiros relativa ao cadastro é a possibilidade de suspensão temporária de atividades ou a cassação da licença do estabelecimento ou da atividade pelo fato de o contribuinte não afixar em seu estabelecimento informações sobre os órgãos de defesa do consumidor, nos termos do Decreto nº 44.925/2008. Assim, essa divulgação será realizada mediante a afixação de cartaz, painel, placa ou outra forma de aparato, que permita ao consumidor o acesso a tais informações, observando-se os seguintes critérios: a) os dados devem estar em local visível para o consumidor no momento em que se configurar a operação de compra e venda; b) nos estabelecimentos em que houver 2 ou mais ambientes distintos de atendimento ao consumidor, as informações devem constar em cada ambiente; c) os dados informativos deverão apresentar-se em caracteres gráficos legíveis, articulados em linguagem vernacular de uso corrente, em dimensões que não comprometam a visibilidade. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 215, I; Decreto nº 44.925/2008) N a IOB Setorial Estadual Joalheiro - Tributação de joias em Minas Gerais O setor joalheiro, composto por gemas, joias e bijuterias, é constituído basicamente por micro e pequenas empresas - 93% do total. Foram identificadas 2.170 indústrias que atuam no setor: 850 no segmento de lapidação, 730 na joalheria em ouro e prata e 590 em folheados de metais preciosos. No varejo, o total chega a 16.000. O setor tem alto grau de informalidade e forte poder na contratação de trabalhadores. A informalidade é grande devido à alta carga tributária incidente sobre o setor e às suas características. Entre elas podem-se destacar: produtos de pequenos volumes e altos valores; produção de matérias-primas, industrialização e distribuição feitas por pequenos estabelecimentos e pessoas físicas nas mais diversas regiões do País, com fiscalização difícil e onerosa. Estima-se que a informalidade seja superior a 50% do mercado, tanto na produção quanto na comercialização. Nesta última, os vendedores autônomos têm forte participação. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 MG06-13

O 1º elo da cadeia de gemas e joias é representado pelo segmento de extração/mineração, englobando também todo e qualquer material e serviços utilizados na extração da matéria-prima. O 2º elo é representado pela indústria de lapidação e de artefatos de pedras, englobando a produção de pedras lapidadas, artesanato e artefatos de pedras. O 3º elo deve ser visto como o da indústria de joalheria e bijuteria, responsável pela fabricação de joias de ouro, prata, folheados e bijuterias de metais comuns. Na cadeia produtiva, os aspectos relativos à comercialização desses produtos, tanto no mercado interno quanto no externo, também devem ser considerados. O Brasil é internacionalmente conhecido pela diversidade e pela grande ocorrência de pedras preciosas em seu solo. É o 2º maior produtor de esmeraldas e o único de topázio imperial e turmalina Paraíba. Também produz, em larga escala, citrino, ágata, ametista turmalina, água-marinha, topázio e cristal de quartzo. Segundo a Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Rio Grande do Sul (Ajorsul), o setor joalheiro brasileiro faturou US$ 1,3 bilhão (US$ 300 milhões acima da meta). Só em joias e de ouro, o País exportou US$ 115 milhões, acréscimo de 16%. O setor de gemas, pedras preciosas e joias não encontra grandes entraves comerciais no mercado internacional. Geralmente as tarifas de importação são baixas, e não há forte presença de cotas e outras barreiras não tarifárias (com exceção do diamante, que possui acordos de Regras de Origem visando a combater o descaminho e o financiamento de guerra civil e terrorismo). Estima-se que o País seja responsável pela produção de cerca de 1/3 do volume das gemas do mundo, excluindo diamantes, rubi e safira, sendo considerado, também, um importante produtor de ouro. A extração de ouro ocorre em todos os estados, principalmente em Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Bahia e Tocantins. Já a produção de pedras preciosas é feita em grande parte por garimpeiros e pequenas empresas, com grande produção nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará e Tocantins. Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), pesquisas demonstram que é necessário um reposicionamento do produto joia na mente do consumidor, a partir do rejuvenescimento das joalherias, inovação no design e maior interação com a moda e com a juventude, acompanhando, dessa forma, as mudanças da sociedade, seus valores e hábitos e as mudanças políticas e econômicas. O Estado de Minas Gerais concede alguns benefícios fiscais às operações com essas mercadorias, alíquota diferenciada, crédito presumido e diferimento do imposto. A alíquota praticável nas operações e prestações internas com artefatos de joalheria ou ourivesaria classificados nas posições 7113 a 7116 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH) importados de países não membros do GATT é de 25%, conforme previsto no RICMS- -MG/2002, Parte Geral, art. 42, I, a.9. Os estabelecimentos que realizam operações internas com os produtos a seguir relacionados poderão optar pelo crédito outorgado de 5% do valor do ICMS incidente na operação interna: a) feldspato (2529.10.00); b) pérolas naturais ou cultivadas (7101); c) diamantes (7102); d) pedras preciosas ou semipreciosas (7103); e) pedras sintéticas ou reconstituídas (7104); f) pó de diamantes, de pedras preciosas ou semipreciosas ou de pedras sintéticas (7105); g) prata, incluída a prata dourada ou platinada, em formas brutas ou semimanufaturadas ou em pó (7106); h) metais comuns folheados ou chapeados de prata, em formas brutas ou semimanufaturadas (7107); i) ouro, incluído o outro platinado, em formas brutas ou semimanufaturadas ou em pó (7108); j) platina, em formas brutas ou semimanufaturadas ou em pó (7110); k) metais comuns, prata ou ouro, folheados ou chapeados de platina, em formas brutas ou semimanufaturadas (7111); l) artefatos de joalheira ou de ourivesaria e suas partes, de metais preciosos ou de metais folheados ou chapeados de metais preciosos (7113 e 7114); m) obras de pérolas naturais ou cultivadas, de pedras preciosas ou semipreciosas, de pedras sintéticas ou reconstituídas (7116). Há também diferimento do imposto das saídas das mercadorias a seguir relacionadas, destinadas a outro estabelecimento do mesmo titular: a) feldspato; b) pérolas naturais ou cultivadas, diamantes; c) pedras preciosas ou semipreciosas, pedras sintéticas ou reconstituídas; d) pó de diamantes, de pedras preciosas ou semipreciosas ou de pedras sintéticas; e) prata, incluída a prata dourada ou platinada, em formas brutas ou semimanufaturadas ou em pó; 06-14 MG Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 06 - Boletim IOB