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Transcrição:

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE CHAMADA N O 009/2008 PROJETO ESTRATÉGICO: MONITORAMENTO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA EM RESERVATÓRIOS DE USINAS HIDRELÉTRICAS Brasília, DF Dezembro de 2008

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Diretor-Geral Jerson Kelman Diretores Edvaldo Alves de Santana Joísa Campanher Dutra Saraiva José Guilherme Silva Menezes Senna Romeu Donizete Rufino Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética Máximo Luiz Pompermayer Superintendente de Fiscalização dos Serviços de Geração Rômulo de Vasconcelos Feijão Equipe Técnica Aurélio Calheiros de Melo Junior Luciana Reginaldo Soares Oswaldo Enrique Calisto Acosta Sheyla Maria das Neves Damasceno

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO... 4 2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO... 6 2.1. Premissas Básicas... 6 2.2. Resultados do Projeto... 6 2.3. Prazo para Execução do Projeto... 7 2.4. Entidades Intervenientes... 7 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO... 9 3.1. Entidades Participantes do Projeto... 9 3.2. Composição da Equipe do Projeto... 9 3.3. Contratação do Projeto Estratégico... 12 4. PROCEDIMENTOS... 13 4.1. Apresentação da Proposta... 13 4.2. Avaliação Inicial da Proposta... 13 4.3. Execução do Projeto... 14 4.4. Avaliação Final do Projeto... 15 4.5. Cronograma de Execução... 15 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16 5.1. Publicações... 16 5.2. Informações Adicionais... 16 6. REFERÊNCIAS... 17 iii

1. APRESENTAÇÃO Mais de 80% da energia elétrica consumida no Brasil é gerada por usinas hidroelétricas, cujas vantagens em relação às demais fontes convencionais eram quase unanimidade até algum tempo atrás. Em termos ambientais, a energia hidrelétrica era considerada uma fonte limpa, notadamente se comparada às fontes de origem fóssil, que emitem gases de efeito estufa em grande quantidade, entre outros poluentes de efeito local. Nos últimos anos, porém, essa vantagem do País em relação ao resto do mundo tem sido questionada por alguns especialistas da comunidade científica internacional, sob o argumento de que os reservatórios de usinas hidrelétricas localizados em áreas tropicais também emitem quantidade considerável de gases de efeito estufa (GEE), principalmente metano e, em menor escala, dióxido de carbono. O metano gerado pode ir para a atmosfera por difusão pela superfície do reservatório ou quando passa pelas turbinas. O efeito do metano contribui de forma mais significativa que o do dióxido de carbono para as mudanças climáticas. Resultados de pesquisas em reservatórios indicam que as emissões de metano variam entre reservatórios e nos próprios reservatórios em função do tipo e da densidade da vegetação existente, velocidade do vento, temperatura, saturação de oxigênio e nível da água. Não há, entretanto, informações suficientes sobre a parcela de contribuição dessa fonte nos inventários globais de emissões nem ferramentas ou modelos que permitam simular as emissões de reservatórios planejados e auxiliar na adoção de medidas de mitigação das emissões e/ou impactos gerados. Não há uma relação bem estabelecida e universalmente aceita da taxa de produção e liberação de metano com a taxa de renovação da água, a geometria do reservatório e as características da cobertura vegetal da área alagada. Não há, também, consenso entre os cientistas sobre os métodos de medição, parâmetros de controle e critérios de agrupamento, entre outros elementos críticos relacionados ao processo de mensuração das emissões. Os estudos têm utilizado metodologias diferentes, gerando resultados não comparáveis e inconclusos. Torna-se imprescindível, portanto, quantificar e caracterizar melhor a representatividade temporal e espacial das emissões líquidas de GEE em reservatórios de usinas hidrelétricas e avaliar, por meio de indicadores que permitam estimar os impactos, a necessidade e a viabilidade de medidas mitigatórias ou compensatórias para reservatórios existentes e permitam ser utilizados no planejamento de futuros reservatórios. É necessário, enfim, ampliar o escopo das medições, desenvolver metodologias de mensuração e ferramentas ou modelos que permitam simular as emissões de reservatórios planejados e auxiliar na adoção de medidas de mitigação das emissões e/ou impactos gerados, caso se mostrem necessárias. 4

Tendo em vista a relevância e a complexidade do tema, e em conformidade com o disposto no Item 5.5 do Manual do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, anexo à Resolução Normativa nº 316, de 13 de maio de 2008, (Manual de P&D, versão 2008), a Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE, em parceria com a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração SFG, torna público, nesta Chamada, as características do projeto, os critérios para participação e os procedimentos para a elaboração de proposta de projeto estratégico Monitoramento das Emissões de Gases de Efeito Estufa em Reservatórios de Usinas Hidrelétricas e convoca os interessados a apresentarem proposta nos termos aqui estabelecidos. Ressalta-se que, embora não se exclua a possibilidade de projetos isolados, dar-se-á preferência a projetos cooperativos, buscando uniformizar critérios, somar esforços e evitar possíveis redundâncias e lacunas no desenvolvimento dos projetos. Levando-se em consideração que parte da carga orgânica em decomposição no reservatório resulta do transporte de material que ocorre em toda a bacia hidrográfica, principalmente durante as cheias, e que decomporia de qualquer maneira, mesmo sem a existência do reservatório, é fundamental que se estime o acréscimo de emissão de GEE na escala da bacia hidrográfica. 5

2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO As características deste projeto estratégico são apresentadas neste item, através da exposição das premissas básicas, dos resultados esperados e do prazo de execução do projeto. 2.1. PREMISSAS BÁSICAS As medições e os estudos realizados e a metodologia proposta deverão considerar as diferentes condições hidroclimáticas do País, os biomas afetados e as especificidades dos vários tipos de reservatórios monitorados. Deverá, também, ser norteada pelos critérios estabelecidos no Guia de Boas Práticas do IPCC [1], incluindo transparência, consistência, comparabilidade e precisão das medições/estimativas. As medidas deverão permitir avaliar o impacto dos reservatórios quanto aos gases do efeito estufa, e avaliar a possibilidade de medidas de mitigação para os reservatórios existentes. No monitoramento das emissões de GEE devem ser considerados os processos que influenciam o ciclo de carbono e os parâmetros que definem esses processos. As medições de fluxos de GEE devem considerar diferentes situações e profundidades, inclusive próximo à tomada d água das turbinas e a jusante da barragem. Critérios de medidas e representatividade temporal e espacial dos processos nos reservatórios poderão ser desenvolvidos utilizando-se técnicas de altimetria espacial, em uso na avaliação da hidrologia em áreas de reservatórios, cuja aplicação permitirá melhorar o conhecimento da emissão de gases associada à evolução da geometria do reservatório com a variação do nível de água, à velocidade do vento, aos fluxos de correntes de densidade, e às características da cobertura vegetal das áreas alagada e exposta. A extrapolação de dados obtidos pela monitoração de pontos dos reservatórios estudados deverá ser realizada por meio de técnicas estatísticas, como análise de regressão e migração de dados. O projeto deve medir indicadores e processos que permitam estimar a emissão de gases antes da construção do reservatório ou nas condições em que o mesmo não existisse, visando obter a efetiva contribuição do reservatório para a emissão de gases. 2.2. RESULTADOS DO PROJETO Os resultados das medições do monitoramento das emissões de GEE deverão incluir a especificação dos principais fatores que influenciam as emissões de GEE nos reservatórios e as 6

respectivas técnicas e ferramentas para medição, consolidadas em uma metodologia específica, considerando os seguintes aspectos: a) Carga proveniente da bacia hidrográfica que influencia os ciclos de carbono e a produção de metano; b) Processos que influenciam a distribuição e a dissolução dos gases no interior do reservatório; c) Processos que influenciam a liberação dos gases para a atmosfera, a montante e a jusante do reservatório; d) Parâmetros que definem as taxas de processos biológicos (produção de matéria orgânica, respiração, metanogênese e oxidação); e) Parâmetros que definem as trocas gasosas entre a atmosfera e o reservatório. O Relatório Final do projeto também deverá incluir os itens destacados acima para as condições sem os reservatórios. As medições deverão quantificar o fluxo de metano e dióxido de carbono proveniente dos reservatórios e indicar que fração desse fluxo é decorrência da construção/operação do reservatório, ou seja, quais são as emissões líquidas ou decorrentes da ação antrópica. As medições deverão permitir avaliar o impacto dos reservatórios quanto aos gases do efeito estufa, e propor medidas de mitigação para os reservatórios existentes, caso se mostrem necessárias. 2.3. PRAZO PARA EXECUÇÃO DO PROJETO O prazo para execução deste projeto (duração) deverá ser de até 24 meses. Tal duração decorrerá após o cadastro da data de início de execução do projeto no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, conforme item 6.3 do Manual de P&D, versão 2008. Poderá haver prorrogação de prazo para a execução do projeto, conforme previsto no item 3.1 do Manual de P&D, versão 2008, desde que tal necessidade seja devidamente justificada. 2.4. ENTIDADES INTERVENIENTES Dadas as características deste projeto, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Agência Nacional de Águas (ANA) poderão acompanhar e avaliar os resultados obtidos durante a execução deste projeto, como entidades intervenientes. 7

8

3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO Os critérios para participação neste projeto estratégico são apresentados neste item, através da exposição das entidades elegíveis a participar do projeto, da composição dos membros da equipe e da forma para contratação do projeto dentre as entidades participantes. 3.1. ENTIDADES PARTICIPANTES DO PROJETO 3.1.1. Empresas Proponente e Cooperadas As empresas de energia elétrica elegíveis para financiamento deste projeto estratégico deverão ter contrato de concessão ou termo autorizativo, firmado com a ANEEL, para o segmento de geração de energia elétrica. 3.1.2. Entidades Executoras Os projetos podem ser desenvolvidos por empresas de energia elétrica, instituições de ensino superior, centros de pesquisa e desenvolvimento, bem como empresas de consultoria ou de base tecnológica. 3.2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO PROJETO Todos os membros da equipe do projeto deverão ter seu currículo cadastrado no Sistema Eletrônico de Currículos da Plataforma Lattes do CNPq, que pode ser acessado no endereço eletrônico: http://lattes.cnpq.br/index.htm. Isso possibilitará a análise curricular dos mesmos, sendo dispensado o envio de currículos impressos ou eletrônicos. Ressalta-se que por área temática deste projeto entende-se o estudo de emissão de gases de efeito estufa em reservatórios hidrelétricos. 9

3.2.1. Coordenador do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, o Coordenador deste projeto deverá atender aos seguintes requisitos: a) Ter obtido título de doutor há, pelo menos, 8 (oito) anos em engenharia de recursos hídricos, geociências, ciências da engenharia ambiental, biologia ou planejamento energético; b) Ter experiência profissional mínima de 5 (cinco) anos na área temática deste projeto; c) Ser autor de pelo menos 1 (um) artigo completo publicado nos últimos 5 (cinco) anos em periódico científico indexado ou ser autor de livro editado ou de capítulo de livro editado, cujo assunto esteja vinculado à área temática deste projeto; d) Estar vinculado a uma entidade executora deste projeto; e) Não participar, simultaneamente, de outro projeto estratégico proposto pela ANEEL/SPE, no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. A limitação de participação do coordenador em apenas um projeto estratégico busca assegurar tratamento prioritário para o projeto em questão, de modo a não comprometer os objetivos e resultados propostos dentro do prazo estabelecido. 3.2.2. Gerente do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, o Gerente deste projeto estratégico deverá atender aos seguintes requisitos: a) Possuir formação de nível superior com experiência profissional comprovada na área temática deste projeto; b) Estar vinculado, profissionalmente, à Empresa proponente ou a uma Empresa cooperada; c) Não participar, simultaneamente, de outro projeto estratégico proposto pela ANEEL/SPE, no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. 10

A limitação de participação do gerente em apenas um projeto estratégico busca assegurar tratamento prioritário para o projeto em questão, de modo a não comprometer os objetivos e resultados propostos dentro do prazo estabelecido. 3.2.3. Demais Membros da Equipe do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, os demais membros da equipe deste projeto estratégico deverão atender aos seguintes requisitos: a) Ter a função de Pesquisador, Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo; b) Não participar, simultaneamente, de outro projeto estratégico proposto pela ANEEL/SPE, no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. A limitação de participação dos demais membros da equipe em apenas um projeto estratégico busca assegurar tratamento prioritário para o projeto em questão, de modo a não comprometer os objetivos e resultados propostos dentro do prazo estabelecido. O Pesquisador deverá estar vinculado, profissionalmente, à entidade executora do projeto, à Empresa proponente ou à Empresa cooperada e atender a um dos seguintes requisitos: a) Possuir formação de nível superior com pós-graduação (mestrado ou doutorado) na área temática deste projeto; b) Possuir formação de nível superior, com experiência profissional comprovada na área temática deste projeto de pelo menos 5 (cinco) anos; c) Possuir formação de nível superior e estar vinculado a curso de pós-graduação (mestrado ou doutorado), com tema de pesquisa na área temática deste projeto. O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. Caso sejam incluídos na equipe do projeto, recursos humanos com a função de Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo, estes deverão estar vinculados à entidade executora do projeto. Dadas as características deste projeto, é permitida a inclusão de Auxiliar Técnico na equipe do projeto. 11

3.3. CONTRATAÇÃO DO PROJETO ESTRATÉGICO O contrato a ser firmado entre a Empresa proponente, as Empresas cooperadas e as entidades executoras deste projeto estratégico deverá definir a forma de participação de cada entidade no projeto. 12

4. PROCEDIMENTOS 4.1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA As Empresas interessadas em investir neste projeto estratégico deverão manifestar interesse por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. A ANEEL divulgará os nomes destas Empresas no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Temas para Investimentos em P&D. Decorrido o prazo para manifestação de interesse em financiar o projeto, as Empresas interessadas deverão definir qual delas será a proponente do projeto e quais serão as entidades executoras do projeto. A proposta de projeto estratégico deverá ser elaborada utilizando-se o Arquivo Eletrônico de Projeto de P&D, conforme disposto no documento Instruções para Elaboração e Envio de Arquivos para Cadastro no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Arquivos e Formulários Eletrônicos. Deverão ser considerados, além dos critérios estabelecidos no Manual de P&D, versão 2008, os critérios estabelecidos nesta Chamada. O projeto deverá ser enquadrado nos seguintes aspectos: a) Segmento do projeto: Geração; b) Tema: Gestão de Bacias e Reservatórios; c) Subtema: Emissões de gases de efeito estufa em reservatórios de usinas hidrelétricas; d) Fase da cadeia da inovação: Pesquisa aplicada; e) Tipo de produto: Conceito ou Metodologia. 4.2. AVALIAÇÃO INICIAL DA PROPOSTA A avaliação inicial do projeto será obrigatória e presencial, realizada nas dependências da ANEEL ou em local acordado entre a ANEEL e a Empresa proponente. A Empresa proponente será convocada para apresentação do projeto à banca de avaliação, que será composta por pesquisadores pós-graduados com qualificação no tema desta Chamada. 13

A apresentação do projeto deverá ser feita pelo Coordenador do projeto. Caso não seja possível a presença do Coordenador do projeto, a Empresa deverá indicar um substituto, que deverá ser integrante da equipe do projeto e da entidade executora. Os parâmetros e critérios de avaliação estão apresentados no item 6.2 do Manual de P&D, versão 2008. O resultado da avaliação inicial será comunicado à Empresa proponente por meio de mensagem eletrônica automática emitida pelo Sistema de Gestão de P&D ANEEL. Ao receber a mensagem eletrônica a Empresa proponente deverá cadastrar, no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, sua intenção em executar ou não o projeto. Caso não haja interesse, o projeto será cancelado no Sistema de Gestão de P&D ANEEL. Caso haja interesse, a Empresa proponente deverá cadastrar, no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, a data de início de execução do projeto, a qual deverá corresponder à data de abertura de sua respectiva Ordem de Serviço (ODS), e a forma de compartilhamento dos resultados do projeto. Requere-se a ampla divulgação dos resultados deste projeto, dessa forma o tipo de compartilhamento dos resultados deste projeto deverá ser cadastrado como Domínio Público, sendo preservada a autoria dos resultados. 4.3. EXECUÇÃO DO PROJETO A execução do projeto deverá ocorrer conforme estabelecido no item 6.4 do Manual de P&D, versão 2008. Os produtos previstos das etapas do projeto estabelecidas no termo de contrato firmado entre a Empresa proponente, as Empresas cooperadas e as entidades executoras deverão ser apresentados às entidades intervenientes e ANEEL nas reuniões técnicas de acompanhamento da execução do projeto. Os relatórios deverão ser encaminhados em prazo de até 5 (cinco) dias antes da data agendada para a reunião. Poderá haver prorrogação de prazo, conforme previsto no item 3.1 do Manual de P&D, versão 2008, a depender das justificativas apontadas durante tais reuniões. Ressalta-se que a ANEEL poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a execução do projeto. 14

4.4. AVALIAÇÃO FINAL DO PROJETO A avaliação final do projeto ocorrerá conforme estabelecido no Capítulo 7 do Manual de P&D, versão 2008. 4.5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO A Tabela 1 apresenta os prazos envolvidos no cronograma de execução do projeto estratégico, a contar da data de publicação do Aviso que deu publicidade a esta Chamada. Tabela 1: Cronograma de execução do projeto estratégico. Fase Prazo Demonstração de interesse das Empresas em financiar o projeto + 15 dias Divulgação das Empresas interessadas em financiar o projeto + 5 dias Envio de proposta de projeto à ANEEL + 60 dias Divulgação do resultado da avaliação inicial da proposta + 30 dias Demonstração de interesse na execução do projeto + 10 dias Início da execução do projeto + 30 dias Término de execução do projeto + 24 meses 15

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1. PUBLICAÇÕES As publicações científicas e qualquer outro meio de divulgação dos dados resultantes do projeto estratégico ao qual se refere esta Chamada devem conter menção ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica regulado pela ANEEL e às empresas de energia elétrica que deram suporte financeiro ao projeto. A ANEEL se reserva o direito de publicar os resultados deste projeto, preservando a autoria dos trabalhos. 5.2. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Esclarecimentos e informações adicionais acerca desta Chamada deverão ser enviados por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. 16

6. REFERÊNCIAS [1] Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), Good Practice Guidance for Land Use, Land-Use Change and Forestry, 2003. Available at: http://www.ipccnggip.iges.or.jp/public/gpglulucf/gpglulucf.html. Accessed on: Dec. 09, 2008. 17

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA Endereço: SGAN 603 - Módulos "I" e "J" Brasília, DF - CEP 70.830-030 Tel.: 55(61)2192-8600 www.aneel.gov.br

Nome do arquivo: PeD_2008-ChamadaPE09-2008-NOVO.doc Pasta: C:\TATIANA\ANEEL\internet\revistap&d Modelo: C:\Documents and Settings\tatianaduarte\Dados de aplicativos\microsoft\modelos\normal.dot Título: Chamada Nº 009/2008 - Tema Estratégico SPE/SFG Assunto: Manual de P&D, Versão 2008 Autor: lrsoares Palavras-chave: Comentários: Data de criação: 6/12/2008 16:51:00 Número de alterações: 14 Última gravação: 11/12/2008 11:53:00 Salvo por: lrsoares Tempo total de edição: 126 Minutos Última impressão: 13/1/2009 11:19:00 Como a última impressão Número de páginas: 18 Número de palavras: 3.338 (aprox.) Número de caracteres: 19.332 (aprox.)