Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade

Documentos relacionados
ENAAC - Grupo Sectorial Agricultura, Floresta e Pescas. Estratégia de Adaptação da Agricultura e das Florestas às Alterações Climáticas

O PAPEL DA REDE RURAL NACIONAL

Desenvolvimento Local. Aula 15. Política de desenvolvimento Rural em Portugal: Principais instrumentos de financiamento para o período

Oleiros: floresta de oportunidades

A agricultura portuguesa e o futuro da PAC pós 2013

- Parcerias que geram futuro - Competitividade das indústrias da fileira florestal

Ciclo de Palestras ENCONTROS COM O ICNF

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL PDR 2020

DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO NORTE Direção de Serviços de Controlo e Estatística 2013

QUE MEIOS FINANCEIROS?

Comercialização de produtos diferenciados na perspectiva do produtor Alfredo Sendim. Exploração Familiar. Produção Extensiva. Montado 1.

A Estratégia Regional para a Paisagem do Alto Minho no contexto da conservação e valorização do património natural

PERÍODO DE PROGRAMAÇÃO

Agenda 21 Agricultura e Floresta. Seminário Temático O FUTURO DA AGRICULTURA, FLORESTA E DESPOVOAMENTO DA REGIÃO. Nordeste 21 PRÓXIMOS SEMINÁRIOS

Programas Operacionais

QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO NACIONAL

Programa de Desenvolvimento Rural 2020

O lixo marinho e a Agenda 2030

Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia

Estudar (n)a Natureza! Qualificação à tua medida! Guia de acesso Mestrados

O Estado da Arte do Sector Florestal na Região Centro

Programa de Desenvolvimento Rural

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO. de

A Economia Circular na Indústria de Pasta, Papel e Cartão - Indicadores e Principais Barreiras

Helena Pereira

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

Conferência: Floresta e Território Riscos, Economia e Políticas. A Economia da Fileira Florestal. 21 de março de 2015 Proença-a-Nova

Um olhar prospectivo nas redes de desenvolvimento das comunidades locais e regionais no contexto do território do EuroACE

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio

LIFE 2014/2020 Subprograma Ação Climática Auditório do LNEC, Lisboa, 25 de janeiro de 2017

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

Valorização da pecuária extensiva

Apresentação de Angola na XII Reunião dos Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais Os Desafios na Protecção Social para alcançar a Segurança

É uma floresta de árvores originárias do próprio território. Neste caso, a floresta autóctone portuguesa é toda a floresta formada por árvores

Ajudas ao Montado no PDR Portugal

Estrutura-se ao longo de 6 Eixos, orientados para a melhoria da competitividade e para a promoção da internacionalização da economia portuguesa.

Tema: Introdução ao Sistema da Cadeia Agro-Alimentar Sistema da Cadeia Agro-Alimentar

Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - questões comuns de avaliação relação com os domínios Folha 5

CONFERÊNCIA NACIONAL ESTATUTO DA AGRICULTURA FAMILIAR PORTUGUESA. ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra 23 e 24 de Junho 2017

2007 / 2013 Novos Desafios

Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro (CPA)

Espaço e Observação da Terra

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

Potencial da resinagem na valorização da Fileira do Pinho Pedro Teixeira Guarda, 19 de Março de 2014

APRESENTAÇÃO ASSOCIAÇÃO SMART WASTE PORTUGAL. maio de

Portugal 2020: Objetivos e Desafios António Dieb

Os fundos e o Desenvolvimento Sustentável. Maria da Graça Carvalho

Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF,IP)

BREVE APRESENTAÇÃO do Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013

O sobreiro, os montados e a cortiça

[Inclusão Social e Cidadania]

APOIO AO INVESTIMENTO FLORESTAL. PDr2020

Processos de candidatura e metodologia de avaliação de projetos

VII Congresso Ibérico sobre Recursos Genéticos Animais

Trabalho, Robotização e Qualificação do Emprego em Portugal

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Identidade, Competitividade, Responsabilidade

17 maio 2018 WHORKSHOP Mesa Redonda Escola Superior Agrária [IPSantarém]

Design para a sustentabilidade: Novos desafios

Grupo Portucel Soporcel

Conservação e Valorização do Património Natural no Alto Minho Balanço, Principais Prioridades & Projetos Âncora 2030

O Mar no próximo QFP

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

FarmPath Transições na Agricultura: Trajectórias para a Sustentabilidade Regional da Agricultura na Europa

PROPOSTA CADERNO DE ENCARGOS ESTUDO PROSPECTIVO DA FILEIRA FLORESTAL

SCAR Foresight. José Matos

Pegada de Carbono e as Alterações Climáticas. Artur Gonçalves Instituto Politécnico de Bragança

PLATAFORMA DE ACOMPANHAMENTO DAS RELAÇÕES NAS FILEIRAS FLORESTAIS. 4.ª Reunião

DESTAQUES. NEWSLETTER SETEMBRO 18

Conferência Paulista de C&T&I

ECONOMIA CIRCULAR E SIMBIOSE INDUSTRIAL Experiência de Portugal e as transições nas políticas de resíduos

Objetivos e desafios

Algarve Plano de Ação Regional. Os Desafios Regionais de uma Estratégia Europeia

Região do Médio Tejo. Características e Desafios

MEC, 4º ano, 2º sem, Desafios Ambientais e de Sustentabilidade em Engenharia. Alterações globais. 3ª aula Maria do Rosário Partidário

A Bolsa Nacional de terras Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa - 30 de maio de 2017

Inovação e Sustentabilidade na produção de alimentos: - O contributo do Setor Cooperativo PORTO

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança Albino António Bento

Anexo B Enquadramento noutra(s) Estratégia(s) relevante(s) RIS 3 ALGARVE

Estratégia para o Crescimento e Inovação Região de Aveiro

AGENDA DE DESENVOLVIMENTO DA ZONA DA MATA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA ZONA DA MATA

Incentivos Financeiros para a Internacionalização das empresas. Franquelim Alves Curso de Verão APEA Lisboa, 6 de Setembro 2012

Certificação FSC. Caso do Grupo Portucel Soporcel. Paula Guimarães

FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO

Domínio: TERRA UM PLANETA COM VIDA

Silvicultura II Licenciatura em Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais 3º ano, 2º semestre Ano letivo

educação TAGUS, 21 de Janeiro de 2015

Plataforma Tecnológica da Floresta - Parcerias que geram futuro - Competitividade das indústrias da fileira florestal. 6 de maio de 2015 UA, Aveiro

mar 2020: Fazer acontecer o MAR

III Conferência Inova-RIA Smart RURIS - Tecnologias TICE para o setor Agrário - Smart Forest uma verdade atual ou de futuro?

Subprograma Ação Climática Programa LIFE Sessão Divulgação Convocatória 2014

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL. O BRDE Novas exigências da RSA O PCS BRDE e os ODS

"Economia Verde nos Contextos Nacional e Global" - Desafios e Oportunidades para a Agricultura -

Estratégia Nacional para a Conservação da Natureza e Biodiversidade

02 SAICT

41ª Reunião do CONSELHO NACIONAL DA ÁGUA 3 de Dezembro de Confederação dos Agricultores de Portugal Luís Bulhão Martins

Valorização de Serviços Ambientais de Agro-Ecossistemas em áreas Protegidas

Seminário Nacional. Iniciativas para limitar a Degradação das Terras nas áreas Susceptíveis à Desertificação em Portugal

acção social e associativismo

Transcrição:

Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade Helena Pereira e João Lima Apresentação: João Ribeiro Lima, INIAV 1

Visão a Longo Prazo para Portugal em 2030 Objetivos Potenciar a reflexão coletiva sobre a base de conhecimento de suporte ao desenvolvimento científico e tecnológico e socioeconómico na área temática Identificar desafios societais e oportunidades e contribuir para respostas fundamentadas e inovadoras de forma colaborativa Processo Abordagem bottom-up, com o envolvimento da comunidade científica, tecnológica e empresarial, e de outras entidades Peritos identificam grandes áreas de desenvolvimento futuro e principais questões de investigação e de inovação até 2030 Workshops com discussão pública de documento de trabalho Workshop Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade, Oeiras, INIAV, 9 de maio 2018 Comentadores Maria Salomé Pais e Ondina Afonso 2

Processo de construção da Agenda 3

Visão a Longo Prazo para Portugal em 2030 Estrutura temática AGRO-ALIMENTAR, FLORESTAS E BIODIVERSIDADE

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS RECURSOS ENERGIA REDUÇÃO DOS DESPERDÍCIOS SEGURANÇA ALIMENTAR (Food security, Food safety)

52% DO TERRITÓRIO EM RISCO TENDÊNCIAS NECESSIDADES NUTRICÃO E SAÚDE NATURAL BIOLÓGICA TECNOLOGIA EMBALAGEM E CONSERVAÇÃO ECONOMIA CIRCULAR

INVESTIGAÇÃO Agroalimentar - Desafios e objetivos (a) Maior eficiência do uso dos recursos (b) Biotecnologias e técnicas convencionais de melhoramento (c) Estratégias de proteção integrada (d) Estratégias de apoio à produção (e) Valorização dos bioprodutos (f) Valorização ambiental e socio-económica (g) Monitorização e análise dos impactos de diversas crises, na segurança alimentar/nutricional

INOVAÇÃO Agroalimentar - Desafios e objetivos (a) sistemas de produção agroalimentares Incentivar desenvolvimentos tecnológicos para adaptar os sistemas de produção às novas condições do sistema agroambiental (b) produtos e processos Desenvolvimento de produtos com qualidade nutricional dirigidos às necessidades do consumidor com recurso a tecnologias mais sustentáveis (c) sistemas organizacionais Providenciar ferramentas organizacionais que permitam focar a qualidade, quantidade e gestão circular das cadeias de valor dentro das diversas fileiras (d) Inovação social e territorial Dinamizar maior colaboração inter e transdisciplinar do conhecimento e da inovação entre diferentes instituições do SCT e o setor Agroalimentar => criação de valor económico e social

AGROALIMENTAR - QUESTÕES CHAVE (a) Mecanismos de resposta de plantas e animais a factores bióticos e abióticos (sobretudo em culturas/produções de interesse nacional) (b) Obtenção de variedades melhoradas e adaptadas às condições edafo-climáticas do país (para maior eficiência e sustentabilidade) (c) Processos de regulação do desenvolvimento (biomassa, metabolismo primário e secundário, aromas e sabores) (d) Problemas da pecuária intensiva (bem-estar animal, resistência antimicrobiana, emissões de gases) e extensiva (melhores raças, pastagens e forragens) (e) Sustentabilidade de pescas e aquacultura intensiva (multi-trófica integrada, incluindo macroalgas e bivalves) (f) Valorização de produtos a par da orientação e conhecimento das preferências sensoriais dos consumidores (segmentos de mercado) (g) Análises de risco-benefício devidamente fundamentadas para suporte a tomadas de decisão (políticas e regulatórias) Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade

Floresta em Portugal 3,15 milhões de ha Norte 17% Centro 33% Alentejo Lisboa 2% 43% Pinheiro bravo e Eucalipto Norte, Centro Sobreiro e Azinheira Alentejo Pinheiro manso Algarve, Lisboa Algarve 5% IFN6p, ICNF 2013; Estatísticas Agricolas 2013, INE 2014 Distribuição regional (NUTS II)

Floresta em Portugal matéria-prima e indústria Pinheiro bravo Serração Indústria da Madeira e do Mobiliário Trituração Indústria da Biomassa Eucalipto Trituração Indústria da Pasta, de Papel e do Cartão Sobreiro Indústria da Cortiça

FLORESTAS Desafios e objectivos - Superar uma estrutura de propriedade florestal desfavorável; - Redução da população rural, mudança de comportamentos; - Reduzir o impacto dos incêndios florestais; - Assegurar a sustentabilidade da fileira florestal; - Funcionamento dos principais ecossistemas florestais; - Eficiência da gestão, das operações florestais, da logística e governação; - Melhoramento genético para plantas mais produtivas e adaptadas; - Racionalizar instrumentos de política e sistema fiscal adequados; - Valorização das atividades profissionais ligadas à floresta; - Internacionalização, diversificação e aumento do valor dos produtos;

FLORESTAL Questões-chave O sector florestal numa bio-sociedade; Gestão responsável dos recursos florestais; Minimizar riscos e impactos do fogo e ameaças abióticas e bióticas; Garantir a competitividade da indústria florestal; Ir ao encontro das necessidades dos consumidores;

BIODIVERSIDADE - Objectivos (a) Implementação da legislação europeia de proteção de habitats e espécies. (b) Manutenção e restauro de ecossistemas e dos seus serviços, e promoção das infraestruturas verdes. (c) Aumento da contribuição da agricultura e da silvicultura para a biodiversidade. (d) Utilização sustentável dos recursos pesqueiros e dos seus stocks. (e) Controle de espécies exóticas invasoras. (f) Contribuição para manutenção da biodiversidade planetária.

BIODIVERSIDADE - Desafios (a) Factor humano individual: recrutamento, aprofundamento de competências (b) Factor humano coletivo: aumento da consistência, resiliência e massa crítica das equipas de investigação (c) Manutenção / desenvolvimento de estruturas experimentais e equipamentos. (d) Organização da informação ( bases e metabases de dados). (e) Nível de financiamento nacional que permita complementar o internacional. (f) Financiamento das parcerias internacionais.

BIODIVERSIDADE Questões chave Aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade e capacidade de adaptação a alterações globais. Aumentar o conhecimento sobre os principais fatores de ameaça à biodiversidade Aumentar o conhecimento sobre a relação entre a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, as atividades económicas, e os processos de governança e participação dos cidadãos.

Peritos envolvidos no processo 17

julho 2018 Obrigado Nome e contacto dos peritos coordenadores: Helena Pereira (hpereira@isa.ulisboa.pt) João Lima (joao.lima@iniav.pt) Nome e contacto do coordenador da equipa da FCT: Maria Maia (maria.maia@fct.pt) 18