21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil

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Transcrição:

NANOPARTÍCULAS MAGNÉTICAS DE NiCuZn TESTADAS EM DIFERENTES CONDIÇÕES NA CATÁLISE PARA BIODIESEL J. Dantas 1* ; F. N. Silva 1 ; A. S. Silva 1 ; K. R. O. Pereira 1 ; A. C. F. M. Costa 1 1 Laboratorio de Síntese de Materiais Cerâmicos (LabSMaC) - UFCG. Av. Aprígio Veloso, 882, 58109-970, Bodocongó, Campina Grande-PB. *joeldadantas@yahoo.com.br RESUMO Nesse trabalho foram utilizadas nanopartículas magnéticas de Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4, química e termicamente estável, em diferentes condições na catálise para biodiesel. A característica magnética desse material possibilita a recuperação do catalisador após as reações mediante a aplicação de um imã permanente. Propomos avaliar o desempenho do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 na transesterificação, modificando as variáveis de processamento (temperatura, tempo, razão molar óleo:álcool e quantidade de catalisador). As nanopartículas foram sintetizadas por reação de combustão e caracterizadas por DRX, TG, BET, medidas magnéticas e cromatografia gasosa. Os resultados revelaram a formação da fase espinélio inverso tipo B(AB) 2 O 4, apresentando isoterma de perfil classificado como tipo V, com loop de histerese tipo 3 (H3). A curva de histerese magnética apresentou comportamento característico de material magnético mole. As análises cromatográficas confirmaram que as nanopartículas foram cataliticamente ativas, porque foram superiores a reação conduzida sem a presença do catalisador, além de sofrerem considerável influência devido as modificações das variáveis independentes. Palavras-Chave: nanopartículas, transesterificação, variáveis, biodiesel. INTRODUÇÃO Recentemente tem ocorrido grande interesse na catálise heterogênea aplicada a produção de biodiesel, utilizando-se óxidos com estrutura cristalina ternária do tipo espinélio (ferritas) como catalisadores sólidos. Os atrativos preponderantes destes materiais em catálise é a elevada área de superfície apresentada, bem como a característica magnética que possibilita facilidade de recuperação pelo emprego de campo magnético e seu consequente reuso, também a presença de sítios ativos que favorece aos processos catalíticos. As ferritas enquanto catalisadores sólidos nanomagnéticos podem ser separados dos reagentes por um campo magnético externo (ímã), o qual pode efetivamente evitar a perda do catalisador e aumentar a sua taxa de recuperação durante o processo de separação. A utilização destes catalisadores na esterificação e transesterificação tem a finalidade de agilizar a dinâmica destas reações químicas, reduzindo o tempo de ocorrência delas pelo fato de diminuírem a energia de ativação, favorecendo a 1280

obtenção do produto final (biodiesel) em menor espaço de tempo. Entretanto, segundo Veljković et al. (1), vale ressaltar que as reações de esterificação e transesterificação podem ser conduzidas na ausência de catalisadores, porém o tempo e o custo energético envolvidos para a finalização destas reações as tornam inviáveis. Além da influência advinda da presença do catalisador, a modificação de outras variáveis independentes como a temperatura, tempo, pressão, razão molar óleo:álcool, quantidade de catalisador e qualidade da matéria-prima também exercem importante papel nas reações mencionadas e na obtenção do produto final. Dantas et al. (2) observaram a influência exercida pela modificação de variáveis quando utilizaram a ferrita de Ni-Cu-Zn, na reação de esterificação metílica do óleo de algodão. Observou-se que a elevação da temperatura de 140 para 180 C favoreceu uma maior conversão e o rendimento chegou a 90% quando a razão molar óleo:álcool aumentou de 1:3 para 1:9. Pereira et al. (3) avaliaram o desempenho de ferroespinélios tipo MFe 2 O 4, onde M representa metais bivalentes (Cu, Co, Mn, Ni e Fe), em reação de transesterificação metílica de óleo de soja. Os valores de conversão foram de 6, 3, 5, 4 e 3 %, respectivamente, concluindo-se que o tipo de metal bivalente interfere na morfologia e consequentemente na conversão catalítica. Dantas et al. (4) (2014b) avaliaram o desempenho do catalisador nanomagnético Ni 0,5 Zn 0,5 Fe 2 O 4 na transesterificação do óleo de soja, variando as condições como temperatura, razão molar óleo:álcool e quantidade de catalisador na reação catalítica. As razões molares de álcool metílico e ácido graxo utilizados foram de 12:1 e 20:1, e 2 e 4% em massa de catalisador em relação ao ácido graxo. Os testes reacionais foram efetuados a 180 e 160 C com tempo reacional de 1 e 2 horas, respectivamente. Os resultados revelaram que a nanoferrita foi 59,3% cataliticamente mais ativa na reação cujas variáveis utilizadas foram com razão molar 20:1, 4% do catalisador, em temperatura de 160 C por 2 horas. As análises cromatográficas confirmaram que as nanopartículas magnéticas são cataliticamente ativas e que as condições de processamento influenciam diretamente na conversão em ésteres. Desta maneira, avaliar como as variáveis influenciam as reações é de suma importância, uma vez que o custo final desse biocombustível é uma das principais preocupações nas biorrefinarias. Assim, neste trabalho propomos avaliar o desempenho do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 na transesterificação, modificando as variáveis temperatura, razão molar óleo:álcool e quantidade de catalisador. EXPERIMENTAL A síntese do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 realizada por reação de combustão envolveu a mistura de sais de íons metálicos como reagentes oxidantes (nitratos de níquel e zinco hexahidratado, nitrato de ferro nonohidratado e nitrato de cobre II) e ureia como agente redutor, de modo a formar uma solução redox. Todos os reagentes com grau de pureza entre 98 e 99%. A composição inicial 1281

da solução foi calculada baseada na valência total dos reagentes oxidantes e redutores, utilizando conceitos da química dos propelentes e explosivos (5,6). A reação foi realizada em um recipiente com capacidade de produção em bateladas de 10 g, e submetida ao aquecimento direto em base cerâmica com resistência espiral, até a ocorrência da auto-ignição e a consequente combustão. As nanopartículas foram caracterizadas por difração de raios-x (DRX), num difratômetro da marca Shimadzu e modelo XRD 6000, com fonte de radiação CuKα, λ = 1,542 Å, numa tensão de 40 kv, corrente de 30 ma e varredura de 15 a 85 o C, para determinação das fases formadas e tamanho de cristalito. O tamanho de cristalito foi calculado a partir do alargamento de raios-x (d 311 ), mediante a deconvolução da linha de difração secundária do cério policristalino (utilizado como padrão) utilizando-se a equação de Scherrer (7). As análises termogravimétricas (TGA/DTA) foram realizadas em um equipamento da marca Shimadzu, modelo DTG 60H. A análise foi realizada utilizando 5 ± 0,5 mg da amostra, sendo acondicionadas em um suporte de alumina com razão de aquecimento de 12,5 C.min -1, numa faixa de temperatura variando da ambiente a 1000 C, sob uma atmosfera dinâmica de nitrogênio, com vazão de 50 ml.min -1, buscando identificar a temperatura de eliminação da parte orgânica da amostra, dos formadores de poros e as possíveis transformações de fase a elevadas temperaturas. A medida de área superficial foi realizada pelo método de adsorção de nitrogênio/hélio desenvolvido por Brunauer, Emmett e Teller (BET) visando determinar a área superficial específica. Foi utilizado um equipamento modelo ASAP 2420, marca Micromeritics. Esta técnica também foi usada para determinar o tamanho médio de aglomerados de partículas (diâmetro esférico equivalente) por meio da equação de Reed (8). A densidade teórica (ρ) utilizada foi de 5,361 g/cm 3 para nanoferrita de Ni-Zn, obtida de acordo com a ficha cristalográfica JCPDF 08-0278 do pacote de dados do programa da Shimadzu. O volume de poro e o diâmetro de poro foram determinados pela teoria desenvolvida por Brunauer, Joyner e Halenda (BJH). Os ciclos de histerese magnética (M x H) foram obtidos por um magnetômetro de gradiente alternado (AGM). Por meio das curvas M x H, foi possível determinar os valores de alguns parâmetros magnéticos, tais como: campo coercitivo (Hc), magnetização remanescente (Mr), magnetização de saturação (Ms) e as perdas magnéticas estimadas a partir da medição da área (W B ) da curva de histerese M x H. A magnetização de saturação foi determinada fazendo um fitting dos dados do campo aplicado para a função M = Ms (1 α/h), onde M é a magnetização, Ms é a magnetização de saturação, α é o parâmetro do fitting e H é o campo aplicado. As reações químicas de transesterificação foram conduzidas em um reator de aço inox, o qual encapsula um copo de borosilicato de volume útil de 80 ml, pressurizado. Os testes catalíticos foram conduzidos envolvendo a modificação de variáveis, em duas condições distintas, denominadas CA (Condição A) e CB (Condição B). A Condição A foi executada em temperatura de 160ºC, razão molar óleo:álcool de 1:20, com 4% em massa de catalisador em relação ao ácido graxo, durante 2 horas. A Condição B foi executada em temperatura de 180ºC, razão molar 1282

óleo:álcool de 1:12, com 2% em massa de catalisador em relação ao ácido graxo, no tempo de 1 hora. Os produtos obtidos foram analisados em cromatógrafo a gás Varian 450c, com detector de ionização de chamas (FID), coluna capilar de fase estacionária Varian Select Biodiesel Glycerides + RG (Ultimetal) (15 m x 0,32 mm x 0,45 µm). A temperatura inicial para a injeção foi de 100 C e a do forno foi de 180 C. O detector opera na temperatura de 380 C. Resultados A Figura 1 ilustra as curvas de difração de raios X do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. Observou-se unicamente a presença dos picos principais característicos da estrutura do espinélio inverso, evidenciada pelo aparecimento do pico principal 2θ = 35,5º, conforme ficha cristalográfica JCPDF 52-0278. Pode-se verificar picos com alta intensidade e elevada largura basal para todas as reflexões, revelando a cristalinidade da ferrita e sua natureza nanoestrutural. A cristalinidade foi de 70% e o tamanho de cristalito foi da ordem de 34 nm, comprovando assim a eficiência do processo de reação de combustão para obtenção destes materiais. Estes resultados corroboram com o trabalho reportado por Gabal et al. (9) quando analisaram a estrutura e as propriedades magnéticas da ferrita Ni 0,6 x Cu x Zn 0,4 Fe 2 O 4 (0,0 x 0,5), e os padrões de difração de raios X confirmaram a formação de fase única com estrutura do espinélio inverso, obtendo tamanho de cristalito da ordem de 16-38 nm. (113) * *Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 Intensidade (cps) * (111) * (022) * (222) * (004) * (004) * (333) * (044) Ficha JCPDS 52-0278 20 30 40 50 60 70 2θ (graus) Figura 1 - Curva de difração de raios X para o catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. A Figura 2 ilustra o termograma do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. A análise termogravimétrica realizada avaliou a estabilidade e o comportamento térmico do catalisador quando submetido a uma rampa de aquecimento. Conforme as curvas sobrepostas, observou-se mediante a curva TGA que a primeira perda de massa ocorreu no intervalo de 28-311ºC, que corresponde à evaporação da água residual, com 4,23% da perda de massa e 0,41 mg da perda de massa total, correspondente a 9,76%. Na curva DTA, foram observados também dois eventos exotérmicos, nas temperaturas de 350ºC e 560ºC, que possivelmente atribuise aos nitratos residuais e a cristalização da fase do espinélio, respectivamente. Gabal et al. (9), quando estudaram a ferrita Ni 0,6 x Cu x Zn 0,4 Fe 2 O 4, relataram mediante a 1283

análise termogravimétrica a presença de um pico na temperatura de 312ºC e atribuíram a decomposição de nitratos e outro na faixa de 500-600ºC e atribuíram a formação da fase espinélio. Fu et al. (10), em seu estudo sobre a preparação e propriedades magnéticas da ferrita Ni 0.25 Cu 0.25 Zn 0.5 Fe 2 O 4 por combustão induzida por microondas, a perda de massa antes de 100ºC na curva de TGA é atribuída à evaporação da água residual. O pico exotérmico observado em torno de 550ºC na curva DTA é induzido pelo nitrato residual e matéria orgânica e o outro pico observado em 620ºC corresponde à cristalização da fase espinélio. TGA mg 7.00 6.00 DTA C3 DTA uv 0.00 5.00 4.00 TGA -50.00 3.00 2.00-100.00 1.00-0.00 200.00 400.00 600.00 800.00 1000.00 Temp [C] Figura 2 - Curvas TGA/DTA para para o catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. A Figura 3 ilustra a isoterma de adsorção/dessorção de N 2 como resultado da caracterização textural do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. Observou-se que apresentou estrutura de perfil da curva isoterma de adsorção, que de acordo com a classificação (IUPAC, 1976) se enquadra no tipo V, sugerindo uma característica mesoporosa do material (poros com raios variando de 10 a 250 Å). Analisando também a forma de histerese que corresponde a diferentes geometrias de poros, foi possível observar que foi representado por loop de histerese tipo 3 (H3), que constitui a formação de poros com formato de cunha, cones ou placas paralelas. O valor da área superficial específica foi de 29,89 m 2 g -1 e o valor do tamanho de partículas foi de 37,00 nm. Dantas et al. (11) avaliando o desempenho de novos catalisadores, obtidos via reação de combustão, como as nanoferritas Ni 0,5 Zn 0,5 Fe 2 O 4, Ni 0,4 Cu 0,1 Zn 0,5 Fe 2 O 4 e Ni 0,1 Cu 0,4 Zn 0,5 Fe 2 O 4 na reação de transesterificação metanólica do óleo de soja, reportaram valor semelhante de área superficial para nanoferrita estudada nesse trabalho, e que o maior valor de área superficial foi obtido pela amostra dopada com 0,1 mol de Cu 2+, e o menor valor, para a maior dopagem de 0,4 mol de Cu 2+. O volume do poro e o raio do poro foram de 0,084 cm 3 /g e 113,13 Å, respectivamente. Ainda, observou-se por meio da relação tamanho de partícula/tamanho de cristalito (D BET /tc), de valor 1,1, que o catalisador se classificou como policristalino, ou seja, com a presença de mais cristais por partícula. No entanto, é conhecido que quanto mais próximo de 1 for essa relação, mais sugere que o tamanho de partícula é próximo do tamanho do cristal, indicando dessa maneira que a partícula tende a ser monocristalina. Resultados similares da relação (D BET /tc) foram reportados por Costa et al. (12), ao estudarem a síntese e a caracterização de ferritas Ni-Zn dopadas com cobre. 1284

4 2 0-2 -4-0,1 0,0 0,1 21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais Figura 3 - Isotermas de adsorção/dessorção de nitrogênio do catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. Na Figura 4 encontra-se a curva de histerese magnética para o catalisador Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4, onde observa-se um comportamento característico de material magnético mole, ou seja, magnetos não permanentes, que se magnetizam e desmagnetizam com grande facilidade. Dentre os valores obtidos observou-se uma magnetização de saturação máxima de 38 emu/g, campo coercitivo (Hc) de 0,04 KOe, magnetização remanescente (Mr) de 2,7 emu/g e perdas magnéticas de 692,92 emu/g x KOe, estimadas a partir da medição da área (WB) da curva de histerese M x H. 40 Ms (emu/g) 20 0 Mr Hc X=0,3-20 Ms (emu/g) -40 H (KOe) -20-10 0 10 20 H (KOe) Figura 4 - Curva de histerese magnética M x H referente ao catalisador nanomagnético Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4. Stergiou e Zaspalis (13), ao estudarem a cerâmica magnética Ni 0.60 x Cu x Zn 0.40 Fe 1.98 O 4 (x=0; 0,1; 0,2; 0,3), semelhantemente observaram comportamento característico de material magnético mole, e atribuíram as características magnéticas a baixa densidade e formação da microestrutura incompleta, que dão lugar a campos de altitude de desmagnetização e baixa indução. A Figura 5 ilustra os resultados alcançados mediante a utilização da nanoferrita Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 como catalisador nas reações químicas de transesterificação metanólica do óleo de soja para obtenção de biodiesel. Figura 5 - Conversão em ésteres metílicos do catalisador Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 nas seguintes condições: (CA) Razão molar 1:20, catalisador 4%, temperatura 160ºC e tempo 2hs; e, (CB) Razão molar 1:12, catalisador 2%, temperatura 180ºC e tempo 1h. 1285

De forma geral, observou-se que a nanoferrita avaliada apresentou-se cataliticamente ativa nas diferentes condições de processamento testadas (Condição A (CA) e Condição B (CB)), visto que apresentaram eficiências superiores as reações conduzidas sem catalisador (Branco), e que a modificação de variáveis como, temperatura e tempo, razão molar óleo:álcool e quantidade de catalisador, exerceu uma considerável influência nos resultados das conversões dos ácidos graxos em ésteres metílicos (biodiesel). Os resultados revelaram que a nanoferrita foi 43,9% cataliticamente mais ativa quando submetida a Condição A (CA), cujas variáveis de processamento utilizadas foram razão molar óleo:álcool 1:20, 4% em massa do catalisador, decorridos numa temperatura de 160 C por 2 horas. Portanto, nanoferritas com estrutura tipo espinélio são materiais promissores para reação de transesterificação do óleo de soja para obtenção de biodiesel. CONCLUSÕES Mediante os resultados apresentados neste trabalho, conclui-se que a síntese por reação de combustão empregada para a produção do catalisador Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4, foi obtida com sucesso, produzindo nanopartículas cristalinas, homogêneas e monofásicas, com elevada área de superfície e com natureza de material magnético mole. O catalisador foi ativo para a reação química de transesterificação do óleo de soja, apresentando mudança na conversão, vinculada a modificação das variáveis de processamento na reação catalítica. Portanto, nanoferritas com estrutura tipo espinélio são materiais potencialmente promissores para catalisar as reações químicas para obtenção de biodiesel. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq, INAMI-CNPq e CAPES pelo suporte financeiro. REFERÊNCIAS (1) VELJKOVIĆ, V. B.; STAMENKOVIĆ, O. S.; TASIĆ, M. B., The wastewater treatment in the biodiesel production with alkali-catalyzed transesterification. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 32, p. 40-60, 2014. (2) DANTAS, J.; SILVA, A. S.; SANTOS, P. T. A.; SANTOS, J. R. D.; BARBOSA, D. C.; MENEGHETTI, S. M. P.; COSTA, A. C. F. M. Evaluation of catalyst Ni 0.4 Cu 0.1 Zn 0.5 Fe 2 O 4 on methyl esterification of free fatty acid present in cottonseed oil. Materials Science Forum, v. 727-728, p. 1302-1307, 2012. (3) PEREIRA, K. R. O.; DANTAS, J.; SILVA, A. S.; COSTA, A. C. F. M., Avaliação catalítica de ferroespinélios MFe 2 O 4 (M = Cu, Co, Mn, Ni e Fe) em reação de transesterificação visando obtenção de biodiesel. In: 21 Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais (21 CBECiMat). Cuiabá/MT, 09-13 de Novembro, 2014. (4) DANTAS, J.; SILVA, F. N.; PEREIRA, K. R. O.; SILVA, A. S.; COSTA, A. C. F. M. Avaliação das condições de processamento do catalisador nanomagnético Ni 0,5 Zn 0,5 Fe 2 O 4 na 1286

transesterificação para biodiesel. In: 58 CBC - Congresso Brasileiro de Cerâmica. Ref.: 02-047. Bento Gonçalves/RS, 18-21 de Maio, 2014. (5) COSTA, A. C. F. M.; KIMINAMI, R. H. G. A.; MORELLI, M. R.; Combustion synthesis processing of nanoceramics. In: Handbook of nanoceramics and their based nanodevices (Synthesis and Processing). Ed. American Scientific Publishers, v. 1, ch. 14, p. 375-392, 2009 (6) JAIN, S. R.; ADIGA, K. C.; PAI VERNEKER, V. A., New approach to thermochemical calculations of condensed fuel oxidier mixture. Combust. Flame, 40 71-79, 1981. (7) KLUNG, H.; ALEXANDER, L. X-ray diffraction procedures. New York: Wiley, p. 495, 1962. (8) REED, J. S. Principles of ceramics processing. New York: John Wiley & Sons, 1996. (9) GABAL, M. A.; Al ANGARI, Y. M.; OBAID, A. Y.; QUSTI, A. Structural analysis and magnetic properties of nanocrystalline NiCuZn ferrites synthesized via a novel gelatin method. Advanced Powder Technology, v. 25, Issue 1, p. 457-461, 2014. (10) FU, Y.; LIN, C.; LIU, C. Preparation and magnetic properties of Ni 0.25 Cu 0.25 Zn 0.5 ferrite from microwave-induced combustion. Journal of Magnetism and Magnetic Materials, v. 283, p. 59-64, 2004. (11) DANTAS, J.; SANTOS, J. R. D.; SILVA, F. N.; SILVA, A. S.; COSTA, A. C. F. M. Study of nanoferrites Ni 0.5 Zn 0.5 Fe 2 O 4 and Ni 0.1 Cu 0.4 Zn 0.5 Fe 2 O 4 as catalysts in the methyl transesterification of soybean oil. Mater. Sci. Forum v. 775-776, p. 705-711, 2014. (12) COSTA, A. C. F. M.; GAMA, L.; PORTELA, F. A.; SILVA, V. J.; TORQUARTO, R. A.; KIMINAMI, R. H. G. A.; PAIVA-SANTOS, C. O.; OLIVEIRA, J. B. L. Ferritas Ni-Cu-Zn preparadas por Reação de Combustão: Síntese e Caracterização. Rev. Eletrônica Mater. Processos 2, p. 10-17, 2007, ISSN 1809-8797. (13) STERGIOU, C. A.; ZASPALIS, V. Analysis of the complex permeability of NiCuZn ferrites up to 1 GHz with regard to Cu content and sintering temperature. Ceramics International. v. 40, Issue 1, Part A, p. 357-366, 2014. ABSTRACT MAGNETIC NANOPARTICLES OF NiCuZn TESTED IN DIFFERENT CONDITIONS IN CATALYSIS FOR BIODIESEL In this work it was used magnetic nanoparticles Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4, chemical and thermally stable, under different conditions in catalysis for biodiesel. The magnetic characteristic of such material allows the catalyst recovery after the reactions by applying a permanent magnet. It was proposed to evaluate the performance of the nanomagnetic catalyst Ni 0,2 Cu 0,3 Zn 0,5 Fe 2 O 4 in the transesterification, modifying the processing variables (temperature, time, molar ratio of oil:alcohol and catalyst amount). The nanoparticles were synthesized by combustion reaction and characterized by XRD, TG, BET, magnetic measurements and gas chromatography. The results revealed the formation of inverse spinel phase, type B(AB) 2 O 4, presenting isotherm profile classified as type V, with hysteresis loop of type 3 (H3). The magnetic hysteresis curve showed a characteristic behavior of soft magnetic material. GC analysis confirmed that nanoparticles were catalytically active, since they were superior to the reaction conducted without the catalyst presence. Besides, the reactions suffered considerable influence due to the changes of the independent variables. Keywords: nanoparticles, transesterification, variables, biodiesel. 1287