EUA: Expansão Territorial. Woolaroc Museum, Oklahoma, EUA

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Transcrição:

EUA: Expansão Territorial Woolaroc Museum, Oklahoma, EUA

Atividades: Ler Livro didático págs. 29, 30 e 81 a 86 e em seguida responda: 1) Qual era a abrangência do território dos Estados Unidos no final da guerra de independência? 2) O que foi a Doutrina Monroe: A América para os americanos? 3) Em quais ideias se baseava o Destino Manifesto para justificar o expansionismo dos Estados Unidos? 4) De que formas os Estados Unidos foram incorporando os territórios britânicos, franceses, espanhóis e mexicanos ao seu território? 5) Por que os Estados Unidos comprou o Alasca? 6) De que forma os Estados Unidos expandiram seu território em direção ao Pacífico? Quais territórios foram conquistados/adquiridos? 7) Explique o expansionismo americano para a América Latina. 8) O que foi a política do Big Stick? 9) Quais são os inimigos internos dos Estados Unidos? Por que? 10) Quais são os inimigos externos? Cite-os.

O expansionismo e o domínio territorial dos EUA No final da guerra de independência, o território dos Estados Unidos abrangia as áreas das TREZE COLÔNIAS, entre os Montes Apalaches e o Atlântico.

Doutrina Monroe A América para os americanos O expansionismo em áreas de influência francesa e espanhola originou diretamente a Doutrina Monroe, que ganhou esse nome por ter sido pronunciada pela primeira vez em uma mensagem do presidente James Monroe ao Congresso dos Estados Unidos, em 1823. Nela, o presidente alertava as potências europeias de que qualquer tentativa de recolonização ou de ingerência delas nos assuntos do continente americano seria considerada uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

A Doutrina Monroe foi proferida pelo presidente James Monroe no dia 02 de dezembro de 1823, no Congresso norte-americano. Em seu pronunciamento, James deixou claro que o continente não deveria aceitar nenhum tipo de intromissão europeia sobre quaisquer aspectos, isto é, América para os americanos. A ideologia da doutrina estava baseada em três princípios básicos: a impossibilidade de criação de novas colônias ao longo do continente, intolerância à interferência de nações europeias em questões internas e a não participação norteamericana em conflitos envolvendo países europeus. A doutrina se colocava contra o colonialismo em terras do continente americano, isso é tão verdade que os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a independência dos países anteriormente colonizados pela Espanha. O que motivou tal doutrina foi a ameaça por parte da Santa Aliança (composta por países europeus como Áustria, Rússia, e França) de voltar a colonizar os países americanos. Aparentemente, os Estados Unidos estavam fazendo frente à Europa para defender os países latinos, no entanto, o que estava sendo defendido eram somente os interesses norte-americanos.

A expansão continental e oceânica A expansão territorial dos Estados Unidos encontra sua justificativa em um ideário conhecido como Destino Manifesto (1845). De acordo com ele, o povo estadunidense foi escolhido pela providência divina para ocupar a enorme área entre os oceanos Atlântico e Pacífico, que seriam as fronteiras naturais de seu território. As sete décadas seguintes à independência registrariam um poderoso movimento de incorporação pelos Estados Unidos de territórios britânicos, franceses, espanhóis e mexicanos, estendendo a jovem república ao Golfo do México, ao sul, e ao Pacífico, a oeste.

Destino Manifesto

A expansão territorial se deu basicamente de quatro formas: 1 Compra de territórios foi por este formato de expansão territorial que se deu os primeiros importantes avanços na linha fronteiriça norteamericana, com a compra da Luisiana à França de Napoleão Bonaparte em 1804 e a compra da Flórida em 1819 aos espanhóis. Importante lembrar que os 15 milhões de dólares gastos pelos EUA na compra do território denominado Luisiana à época fazia referência a uma faixa territorial muito maior que o atual estado da Luisiana, que se estendia do Golfo do México às fronteiras com o Canadá britânico.

A expansão territorial dos EUA 2 Diplomacia é exemplo deste formato de expansão a anexação do Óregon aos ingleses, em 1846, a partir de compensações de natureza diversas pelo direito de soberania ao território.

A expansão territorial dos EUA 3 Guerra - nesta categoria, o México foi a maior vítima do expansionismo norte-americano, pois perdeu parte considerável de seu território original. Inicialmente, os colonos norte-americanos estabelecidos no Texas declararam a independência deste, logo depois aceitando sua incorporação aos Estados Unidos. Os conflitos iniciados com a ocupação de colonos dos EUA em várias partes de território pertencente ao México chegaria ao fim somente em 1845, através do tratado de Guadalupe- Hidalgo, que estabelecia a fronteira entre México e Texas, além de ceder aos norte-americanos as atuais Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado por meio de uma indenização de 15 milhões de dólares.

A expansão territorial dos EUA 4 Guerra contra as nações indígenas em sua marcha para o Oeste, expandindo o território dos EUA, era imprescindível aos colonos que pacificassem os povos indígenas estabelecidos ao longo de todos os novos territórios, ocupando suas terras efetivamente. Provavelmente foram os povos indígenas aqueles que mais perderam com a filosofia do Destino Manifesto, sendo muitos deles exterminados, outros depararamse com uma quase-extinção, outros acabaram assimilados aos dominadores.

Expansão no Pacífico Com a posse do Alasca o país cercava as fronteiras internacionais do Canadá por todos os lados. Essa nova aquisição aproximava os Estados Unidos também da Ásia, especialmente a partir do Estreito de Bering (fronteira com o Império Russo) e das Ilhas Aleutas, nas proximidades do Japão. Desde então, os Estados Unidos apoiaram-se nessa política expansionista, avançando rapidamente em direção ao Pacífico. A anexação do Havaí, em 1898, tornou esse arquipélago o principal entreposto para o Oriente. Pearl Harbor viria a se transformar na mais importante base naval estadunidense no centro do Oceano Pacífico, e dali decorreria o movimento de anexação de Samoa, em 1899, e de outras ilhas menores do Pacífico e da Oceania.

. O Corolário Roosevelt, anunciado em 1904, retomou e ampliou a Doutrina Monroe, de 1823. Estabeleceu uma identidade de interesses entre os Estados Unidos e seus vizinhos latino-americanos, propondo implicitamente a cooperação para um desenvolvimento comum. Com esse argumento, justificavam-se suas intervenções militares em países do continente americano, caso os governos destes demonstrassem inabilidade em promover justiça interna ou violassem direitos internacionais ou, ainda, favorecessem agressões externas em prejuízo da comunidade das nações americanas. Dessa forma, o governo dos Estados Unidos se colocava como árbitro da política continental e líder das nações vizinhas.

Política Big Stick (grande porrete) A política do Big Stick (Grande Porrete), resultante do Corolário Roosevelt, orientava estratégias militares de dominação na América. Mais tarde, ela foi substituída por outras políticas na mesma linha, como a Doutrina da Boa Parceria, de Eisenhower, e a Doutrina das Novas Fronteiras, de Kennedy. A política A princípio foi aplicada contra a Colômbia, país que possuia o Istmo do Panamá, área de grande interesse dos EUA que tinham a intenção de construir o canal do Panamá. Em 1903 a Colômbia perde a posse do território do Panamá que se torna do Big Stick não se restringiu a administração de Roosevelt, diversos países como Nigarágua, Haiti, República Dominicana e Cuba se transformaram em protetorados dos EUA.

Canal do Panamá A construção do Canal do Panamá também fez parte dessa estratégia de dominação, garantindo sua circulação mais rápida entre a costa do Atlântico e do Pacífico, e reforçando sua presença na América Central.

A estratégia dos EUA para a América Latina Período da Guerra Fria No período da Guerra Fria a América Latina foi palco de inúmeras crises políticas e golpes de Estado relacionados diretamente a disputa entre Capitalismo e Socialismo. Os EUA queriam resguardar a América Latina dos ideais socialistas e estabeleceram como meta incluir todo o continente americano em sua esfera de influência. Com o lema O negócio da América são os negócios, foi demonstrado que os interesses econômicos norteamericanos não deveriam ser prejudicados.

A estratégia dos EUA para a América Latina Período da Guerra Fria Em 1973, com exceção da Venezuela, quase todos os países da América do Sul estavam vivendo sob governos militares dirigidos por forças armadas, direta ou indiretamente orientadas por Washington. Foi criada em 1946, no Panamá, a Escola das Américas que formou mais de sessenta mil soldados treinados em técnicas de tortura e extorsão. O governo americano não admitiu a real intenção da escola alegando que sua função era a de uma escola militar. Os EUA também criaram a Operação Condor, uma aliança de cunho políticomilitar estabelecida entre os governos militares da América do Sul cuja função era coordenar a repressão aos opositores.

A estratégia dos EUA para a América Latina Período da Guerra Fria A ditadura militar no Brasil teve início no dia 1º de abril de 1964 com o objetivo de tirar o país do perigo comunista e da corrupção. O golpe foi efetivado com a realização das forças armadas e de inúmeras organizações civis que tiveram participação decisiva. Com forte apoio dos meios de comunicação, o movimento golpista criou na pequena classe média da época um clima de terror, o medo do surgimento de revolucionários armados que levassem o país a uma guerra civil.