ESTILO DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ-SC

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1 ESTILO DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ-SC Gabriela da Silva Barbosa Resumo: O objetivo desse estudo foi analisar a qualidade de vida de idosos praticantes de hidroginástica no município de São José SC. Esta pesquisa se caracteriza como de campo, do tipo descritiva, de cunho exploratório. Participaram do estudo 32 sujeitos de ambos os sexos sendo 5 homens e 27 mulheres com idade a partir de 60 anos, praticantes de hidroginástica e residentes no município de São José- SC, selecionados de maneira não aleatória acidental. O instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário PEVI- Perfil do Estilo de Vida Individual, em que é gerado um mapa individual de avaliação contendo cinco aspectos, que são representados por cinco pontas, formando um pentáculo onde ilustra os cinco componentes que contribuem para a qualidade de vida dos indivíduos. Após aprovação do CEP UNISUL foram agendadas as coletas de dados. Os dados foram analisados através de gráficos e tabelas. Os resultados se apresentaram positivos em todos os aspectos (nutrição, atividade física, relacionamento social, comportamento preventivo, controle do estresse), afirmando que a qualidade de vida do idosos está dentro dos parâmetros desejáveis, evidenciando que a prática sistemática de exercício físico, no caso a hidroginástica, pode auxiliar na melhoria do perfil do estilo de vida desse grupo, onde o planejamento e direcionamento das atividades visam uma melhora da condição física e também no estilo de vida saudável. Conclui-se que o estilo de vida dos idosos praticantes de hidroginástica do município de São José- SC se encontra positivo refletindo diretamente na qualidade de vida dos mesmos. Palavras-chave: Qualidade de vida, Idoso, Hidroginástica. 1 INTRODUÇÃO A realidade no perfil populacional brasileiro nos últimos 50 anos é cada vez mais notável. Percebe-se um maior percentual de idosos, na mesma medida em que há uma queda na taxa de natalidade. Tais informações revelam dados de um país considerado jovem, porém, com características que preveem uma população futura majoritariamente idosa (SILVA, et al.,2012). Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física). Orientador: Prof. Elinai dos Santos Freitas Schutz. MsC. Palhoça, 2017. Acadêmico (a) do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina. gabrielaa.barbosa96@gmail.com

2 O envelhecimento pode ser definido como a diminuição na eficiência dos processos envolvidos na conservação do equilíbrio do organismo, gerando assim queda na viabilidade do indivíduo e/ou maior vulnerabilidade ao estresse físico e mental. Sendo assim, tanto as alterações estruturais quanto as funcionais ligadas ao processo de envelhecimento, representam umas das maiores preocupações aos profissionais da saúde especializados na área, principalmente ao que se refere à qualidade de vida e prevenção de doenças (SILVA, et al.,2012). Para minimizar os efeitos provenientes do processo natural de envelhecimento, é indicado o envolvimento em práticas de exercícios moderados e sempre que possível com acompanhamento profissional. Além das diversas vantagens que, indiretamente, tais exercícios trazem ao corpo humano e à prolongação do curso de vida, cabe ressaltar o aumento de força, flexibilidade e equilíbrio, grande responsável por quedas que são comuns na terceira idade, as maiores causadoras de óbito por causas externas (ALMEIDA; VERAS; DOIMO 2010). Um programa, estruturado e principalmente orientado de aulas de hidroginástica traz consigo diversas vantagens à saúde do idoso, pois quando há melhora no lado físico, há melhora significativa na qualidade de vida do praticante. (GONÇALVES, et al.,2014). Assim justifica-se a essa pesquisa a importância de conhecer a qualidade de vida da população idosa, pois está crescendo cada vez mais e de maneira significativa, em consequência a esse acréscimo é necessário que os profissionais da área da saúde tenham conhecimento sobre os principais fatores que influenciam de forma positiva ou negativa o processo de envelhecimento, para que possam designar interseções para a promoção da saúde. Através desse estudo pode ajudar a verificar os efeitos da hidroginástica no estilo de vida dos idosos ativos. Assim sendo, a pesquisa teve como objetivo avaliar o estilo de vida de vida de idosos praticantes de hidroginástica do município de São José- SC, descrever o perfil do grupo observado em relação à nutrição, atividade física, relacionamento social, comportamento preventivo e controle do estresse.

3 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 TIPO DE PESQUISA Esse estudo quanto a natureza caracteriza-se com uma pesquisa aplicada. Silva et al (2011) citam que esse tipo de pesquisa tem como objetivo gerar conhecimento para a solução dos problemas específicos, ou seja, os resultados devem ser imediatamente aplicados na solução de problemas que ocorrem na realidade. Quanto à abordagem do problema, trata-se de uma pesquisa quantitativa. A abordagem quantitativa, de acordo com Silva et al (2011), considera que tudo pode ser quantificável, traduzem em valores numéricos as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas. Quanto aos objetivos, o método descritivo tem como característica observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar os fatos e os acontecimentos sem haver manipulação, procurando descobrir a frequência que ocorrem os acontecimentos e qual a sua relação com outros fatores. (BLECHER, MATTOS, ROSSETO 2004). O caráter exploratório deste estudo devese ao fato do pesquisador procurar a sua finalização e familiarizar-se com o fenômeno, obtendo uma nova visão a seu respeito, tendo novas ideias e percepções em relação ao estudo. (CERVO, BERVIAN, 1989). 2.2 SUJEITOS DA PESQUISA Participaram do estudo, 32 sujeitos, sendo cinco homens e 27 mulheres, com média de idade de 68,0 ± 7,1 anos. Os critérios de inclusão foram: idosos com idade igual ou acima de 60 anos que concordaram em participar da pesquisa, e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); idosos praticantes de hidroginástica e residentes no município de São José- Sc. Os critérios de exclusão foram: idosos com idade inferior de 60 anos, não residentes em São José- SC, ou que não concordaram assinar o TCLE. 2.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA Foi utilizado o questionário Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI), que gera um mapa individual de avaliação contendo cinco aspectos, que são

4 representados por cinco pontas, formando um pentáculo onde ilustra os cinco componentes que contribuem para a qualidade de vida dos indivíduos. Os cinco componentes são: nutrição; atividade física; comportamento preventivo; relacionamento social; e controle do estresse. As perguntas de cada componente têm valores de zero a três, quanto mais próximo do valor três, melhor é a atitude do indivíduo com relação ao item avaliado. A resposta zero indica que nada deve ser colorido. Com a pontuação um deve-se colorir o pentáculo do centro até o primeiro círculo; com a pontuação dois, colore-se do centro até o segundo círculo e com a pontuação três, colore-se do centro até o terceiro círculo. Quanto mais preenchido estiver o pentáculo, melhor será considerada a qualidade de vida naquele componente especifico. As perguntas do componente nutrição incluem; se a alimentação diária inclui ao menos cinco porções de frutas e verduras; se evita ingerir alimentos gordurosos; se realiza cinco refeições diárias incluindo café da manhã completo. Já componente da atividade física: realizar 30 minutos de atividade física moderada ou intensa de forma continua ou acumulada, cinco ou mais dias da semana; ao menos duas vezes por semana realizar exercícios que envolvam força e alongamento muscular; no dia-a-dia caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as escadas em vez do elevador. O componente comportamento preventivo inclui: conhecer a pressão arterial, os níveis de colesterol e se procura controla-los; se não fuma e ingere álcool com moderação; se sempre usa cinto de segurança e, se dirige respeitando as normas de transito, nunca ingerindo álcool, se vai dirigir. O componente relacionamento social inclui: se procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos; se o lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo ou participação em associações; se procura ser ativo em comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social. Componente controle de estresse inclui: se reserva tempo (ao menos cinco minutos) todos os dias para relaxar; se mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado; se procura equilibrar o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer. (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2012).

5 2.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS Após a aprovação do Comitê de Ètica e Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina (CEP UNISUL) agendou-se os dias e horários para as coletas e dados. A coleta foi feita com indivíduos a partir de 60 anos que foram aparecendo nos locais, que foram em duas academias, onde explicou-se os procedimentos de participação e, ao concordarem em participar foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido- (TCLE), e aplicado questionário do PEVI- perfil do estilo de vida dos indivíduos. Cada participante necessitou de aproximadamente 15 minutos, para o preenchimento do questionário. 2.5 ANÁLISE DE DADOS Os dados foram tabulados em uma planilha eletrônica e apresentados em forma de tabelas e gráficos. Utilizou-se da estatística descritiva com parâmetros de média e frequência relativa (%). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO O estilo de vida ativo passou a ser considerado fundamental para a promoção da saúde e redução da mortalidade. Deste modo a mobilidade, a autonomia e a qualidade de vida das pessoas estão diretamente ligadas aos fatores de estilo de vida, conforme Nahas (2001). Nesse sentido, na figura 1, a seguir, estão apresentados resultados gerais referentes Pentáculo do Bem-Estar.

6 Figura 1: Resultados Pentáculo do Bem-Estar. Fonte: Elaboração dos autores, 2017 Como pode-se observar na figura 1, nos componentes Nutrição, Atividade Física, Comportamento Preventivo, Relacionamento Social e Controle de Estresse apresentaram médias acima de dois. Nesse sentido acrescenta-se Nahas (2001) quando menciona que média entre dois e três reflete um estilo de vida bastante positivo, quanto mais colorida estiver a figura mais adequada está o estilo de vida das pessoas. No gráfico 1, a seguir, são apresentados os percentuais verificados para o componente de Nutrição.

7 Gráfico 1: Percentuais verificados para o componente Nutrição Fonte: Elaboração dos autores, 2017 A nutrição é o conjunto dos processos de assimilação e desassimilação que mantêm o organismo em boas condições para fornecer a energia vital. O processo natural do envelhecimento promove alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas no organismo, com repercussões sobre as condições de saúde e nutrição. É necessário o indivíduo obter alimentos, com o objetivo de nutrir o corpo e manter a vida (LACERDA; SANTOS, 2016). Nesse sentido quando questionados sobre a ingestão de ao menos cinco porções de frutas e verduras ao dia, a grande maioria (81,3%) respondeu fazer parte do seu habito alimentar ao escolher a opção sempre e quase sempre. Resultados diferentes foram encontrados por Mattos (2016) onde verificou a Aptidão Física e Qualidade de vida dos colaboradores da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) em que apenas 9,9% responderam sempre fazer parte de seu comportamento e 48,6% dos sujeitos responderam que as vezes incluem ao menos cinco porções de frutas e verduras diariamente. Essa comparação traz a tona uma questão que é a diferença entre a preocupação com a alimentação de adultos e idosos. Seguindo a mesma tendência, Santos, Venâncio (2006), estudaram o Perfil do Estilo de Vida de Acadêmicos concluintes em Educação Física do Centro Universitário do Leste de

8 Minas Gerais (UNILESTE MG), onde também encontraram um percentual bem baixo (2%) dos participantes responderam sempre incluírem ao menos cinco porções de frutas e verduras diariamente, porém 53% responderam que às vezes incluem ao menos 5 porções de frutas e verduras diariamente, refletindo assim uma tentativa de buscar bons hábitos alimentares. A partir dessas comparações, percebe-se quanto maior a idade, maior parece ser a preocupação com bons hábitos alimentares. Seguindo com os resultados encontrados, na afirmativa em evitar alimentos gordurosos verificou-se scores positivos, com respostas sempre e quase sempre somando (84,4%). No estudo de Santos, Venâncio (2006) com jovens universitários apenas 5% responderam sempre e 51% às vezes. Quando questionados se realizavam 4 a 5 refeições variadas ao dia quase 68,8% dos idosos responderam sempre fazer parte do seu comportamento, sendo considerado bastante positivo e indo ao encontro dos achados de Campo, Boscatto, Mineiro (2015) onde estudaram Perfil do Estilo de Vida dos Idosos da Universidade Aberta da Maior Idade - UAMI DA CIDADE DE CAÇADOR-SC, quando encontraram que 64,5% sempre fazem, 4 a 5 refeições variadas ao dia. No gráfico 2 abaixo estão apresentados os percentuais verificados para o componente de Atividade Física. Gráfico 2: Percentuais verificados para o componente Atividade Física Fonte: Elaboração dos autores, 2017

9 Exercícios físicos bem estruturados são diretamente relacionados à vantagens à saúde, tanto na parte física e motora, quanto à funcional, fisiológica ou psicológica. (GONÇALVES, et al.,2014). Nesse sentido quando questionados sobre á prática de atividade física durante cinco vezes ou mais na semana o grupo pesquisado obteve um percentual de 96,9% para as afirmativas sempre e quase sempre, sendo a hidroginástica a atividade mais praticada seguida por pilates. Segundo Gonçalves et al (2014) um programa, regular, estruturado e principalmente orientado de aulas de hidroginástica traz consigo diversas vantagens à saúde na terceira idade, pois quando há melhora no lado físico, há melhora significativa na qualidade de vida do praticante. Resultados de Ferreira, Lima e Oliveira (2017) onde estudaram Perfil do estilo de vida de mulheres de meia-idade afirmam que a grande maioria (78%) afirmou praticar, pelo menos, 30 minutos de atividade física moderada ou intensa e de forma contínua ou acumulada, obtendo também resultado bastante positivo. Resultados próximos foram encontrados no estudo de Geraldes et al (2006) que estudaram Nível de Qualidade de Vida dos Colaboradores da diretoria de Esportes e Lazer do SESI- DIRETORIA DE ESPORTES E LAZER DO SESI-SP que demonstrou que 52% dos participantes apresentam escores positivos referentes a esse item. Resultados diferentes foram encontrados por Mattos (2016) em que apenas 19,7% dps indivíduos adultos responderam que sempre. Nessa mesma tendência no estudo de Santos, Venâncio (2006) com jovens universitários também encontrou apenas 19% responderam que sempre acumulam pelo menos 30 minutos de atividade física moderada ou intensa diariamente. Quando questionados se realizavam alongamento durante 2 vezes na semana, a grande maioria afirmou (93,8%) quase sempre e sempre. Resultados parecidos foram encontrados por Ferreira, Oliveira, Lima (2017) onde 90% dos idosos questionados realizam também exercícios que envolvem força e alongamento muscular, no mínimo, duas vezes na semana. Já quando estudados indivíduos adultos, como no estudo de Santos, Venâncio (2006) com jovens universitários o percentual diminui para 63% que responderam que sempre e quase sempre. Os resultados referentes a essa afirmativa apresentaram percentuais positivos, apontando que a maioria procura se alongar e realizar exercícios de força. Quando questionados se caminham ou pedalam como meio de transporte e utilizam escadas ao invés de elevador apenas 28,1% dos participantes respondeu

10 que sempre, um empate de 25% em nunca e ás vezes, sendo resultados não tanto satisfatórios. Comparando com indivíduos adultos, percebe-se uma mesma tendência em que Mattos (2016) com indivíduos adultos encontrou que 18,3% responderam que sempre, porém 39,4% quase sempre, refletindo assim uma tentativa de melhora para seus hábitos. Na sequência, no gráfico 3 são apresentados os percentuais verificados para o componente de comportamento preventivo. Gráfico 3: Percentuais verificados para o componente Comportamento Preventivo Fonte: Elaboração dos autores, 2017 O Comportamento Preventivo está relacionado à capacidade que o indivíduo tem de identificar e controlar os riscos presentes numa atividade, de forma a reduzir a probabilidade de ocorrências indesejadas, para si. (DELLANI et al., 2014). Nesse sentido, o gráfico 3 apresenta os resultados para o comportamento preventivo. Sobre o conhecimento da Pressão Arterial (P.A) e os níveis de colesterol, o grupo apresentou um resultado muito satisfatório, indicando que praticamente todos (aproximadamente 97%) parecem conhecer sua PA, fato relatado pelos próprios idosos durante a coleta de dados. Resultados próximos também foram encontrados por Campo, Boscatto, Mineiro (2015) onde avaliaram o Perfil do Estilo de Vida dos Idosos da Universidade Aberta da Maior idade quando afirmam que mais de 90% dos participantes tem conhecimento sobre sua PA. Seguindo a mesma

11 ideia, Ferreira, Oliveira, Lima (2017) com mulheres idosas afirmam que (82%) dos participantes conhecem sua pressão arterial, seus níveis de colesterol e sempre os controlam. Já Mattos (2016) com indivíduos adultos encontrou um percentual menor, 40,8% dos sujeitos responderam sempre, 23,2% que quase sempre. Em relação esse componente pode-se observar que em todos os estudos se encontraram resultados positivos, pois indica que as pessoas estão preocupadas com sua saúde. Quando questionados sobre não fumar e não beber, praticamente todos os idosos participantes responderam quase sempre e sempre fazer parte dos seus hábitos. Seguindo na mesma tendência Ferreira, Oliveira, lima (2017) com mulheres idosas também encontraram resultados positivos verificando que 78% não fumam e se ingerem álcool o fazem com moderação. Em ambos os estudos os resultados foram positivos, isso é um fator muito importante pois tanto o álcool como cigarro são prejudiciais a saúde. O tabagismo é um dos principais fatores de risco de muitas doenças crônicas, sendo a principal causa de morte evitável em todo o mundo (BERTO; CARVALHAES; MOURA, 2010). Quando questionados sobre respeitar as normas de trânsito ficou o maior percentual em sempre (96,9%), sendo esse um percentual muito positivo afirmando que procuram respeitar as normas de trânsito como: pedestre, ciclista, ou motorista. Geraldes et al, (2006) também obtiveram resultado positivo em que 96% afirmaram colaborar para a diminuição da probabilidade em se envolver em acidentes. E ainda, Santos, Venâncio (2006) com jovens universitários verificaram que 70% dos questionados demonstraram que sempre procuram praticar comportamentos preventivos respeitando as normas de segurança e controle de bebidas alcoólicas. Nessa afirmativa todos os estudos apresentaram scores positivos, demonstrando que a grande maioria das pessoas respeita as normas de trânsito, ajudando na prevenção e diminuição dos acidentes. No gráfico 4 são apresentados os percentuais verificados para o componente Relacionamento Social.

12 Gráfico 4: Percentuais verificados para o componente Relacionamento Social Fonte: Elaboração dos autores, 2017 Fatores que elevam a qualidade de vida entre os idosos estão diretamente relacionados ao bem-estar e autoestima, fatores estes que dependem de diversos aspectos exteriores, tais como: funcionalidade, meio socioeconômico, saúde emocional, social, intelectual, auto preservação, apoio familiar, cultura adquirida em experiências ao longo da vida, ambiente em que vive e satisfação. (DAWALIBI, et al., 2013). Nesse sentido quando questionados se cultivam seus amigos e se estão satisfeitos com seus relacionamentos (84,4%) afirmaram com a opção sempre. Seguindo na mesma tendência Ferreira, Oliveira, Lima (2017) apontam que (92%) das mulheres idosas afirmaram que sempre procuram cultivar amigos e estão satisfeitas com os seus relacionamentos. Resultados parecidos foram encontrados por Santos, Venâncio (2006) com jovens universitários observase que a maioria dos entrevistados (65%), sempre procuram cultivar amigos e estão satisfeitos com seus relacionamentos. Nesse sentido, os resultados encontrados vão ao encontro do que cita Nahas, Barros, Francalacci (2012) em que a vida humana, por natureza, é determinada em relacionamentos e é preciso estar bem consigo para cultivar os relacionamentos com outras, tendo assim uma vida com mais qualidade. Quanto ao realizarem lazer em grupo, verificou-se que mais da metade dos idosos (53,1%) respondeu sempre enquanto apenas (15,6%) dos pesquisados respondeu nunca realizar lazer e grupo. Somando as opções sempre e quase

13 sempre Mattos (2016) com indivíduos adultos encontrou que 70,4% das respostas apontam para fazer parte do seu comportamento reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações. Quando questionados se são ativo na comunidade, mais da metade do grupo (56,3%) respondeu sempre fazer parte da sua vida. Indicando que idosos pesquisados gostam de ser ativos na sua comunidade e se sentindo útil de alguma maneira, e isso é muito importante para manter e melhorar a sua qualidade de vida e contribuindo com a comunidade. Resultados parecidos foram encontrados por Campos, Boscatto, Mineiro (2015) onde apontam que 45,2% dos idosos da Universidade aberta da Maior Idade procuram ser ativos em sua comunidade e no ambiente social. No gráfico 5 estão apresentados os percentuais para o componente Controle do Stress. Gráfico 5: Percentuais verificados para o componente Controle do Stress Fonte: Elaboração dos autores, 2017 Quanto ao gráfico Controle do Stresse, verificou-se que 93,8%, relataram relaxar ao menos cinco minutos diários faz parte da sua vida (sempre e quase sempre). Nesse sentido, resultados positivos também foram encontrados por Campos, Boscatto, Mineiro (2015) sendo que 87,1% afirmam sempre relaxar. Seguindo a mesma tendência Geraldes et al (2006) onde verificaram o Nível de Qualidade de Vida dos colaboradores da diretoria de Esportes e lazer do SESI- SP

14 encontraram que o grupo pesquisado (74%) reserva cinco minutos por dia para relaxar. Em relação a essa afirmativa ambos os estudos obtiveram resultados positivos, refletindo a importância de relaxar o corpo e a mente ao menos cinco minutos diários. Quando questionados se conseguem manter uma discussão sem se alterar mesmo estando contrariado, 40,6%, responderam quase sempre. Seguindo na mesma tendência Mattos (2006), afirma que 48,6% dos indivíduos adultos quase sempre mantém uma discussão sem se alterar mesmo quando contrariado, 23,2% as vezes, 18,3% sempre e apenas 9,9% não têm este comportamento. E Santos, Venâncio (2006) verificaram que 49% dos jovens universitários às vezes mantém uma discussão sem se alterar mesmo quando contrariado, 28% quase sempre, 19% sempre, e apenas 5% não têm este comportamento. Nahas, Barros, Francalacci (2012) afirmam que o estresse é um aspecto natural da própria vida. Todos os dias enfrenta-se conflitos, situações que exigem decisões, responsabilidades e obrigações onde não podem simplesmente serem ignoradas. Quando questionados se equilibram o tempo dedicado ao trabalho com o tempo de lazer o maior percentual apresentou-se em sempre (75%). Geraldes et al (2006) onde verificaram o Nível de Qualidade de Vida dos colaboradores da diretoria de Esportes e lazer do SESI- SP obtiveram resultados positivos também afirmando que 52% dos indivíduos equilibram o tempo entre trabalho e lazer. Resultados diferentes foram encontrados por Mattos (2016) onde aponta que apenas 23,9% dos adultos responderam que sempre tem este comportamento. E Santos, Venâncio (2006) apontam que apenas 5% dos acadêmicos responderam que sempre tem este comportamento. A partir dos resultados, verifica-se mais uma vez que quanto menor a idade dos indivíduos, menor e a capacidade de equilibrar trabalho e lazer, tendo essa característica relação direta com a qualidade de vida dos indivíduos. Nahas, Barros, Francalacci (2012) afirmam que o estresse não é algo que dá, necessariamente, de ser evitado. Ele pode ser uma ameaça à saúde, mas pode, também, ser o estimulo necessário para adaptações positivas no organismo. Por isso é importante equilibrar o tempo dedicado ao trabalho com o tempo de lazer para não chegar em um nível alto de estresse, garantindo saúde e bem- estar.

15 4 CONCLUSÃO E SUGESTÕES Através destes resultados, conclui-se que o perfil do estilo de vida dos idosos praticantes de hidroginástica no município de São José-SC, presenta uma tendência a aspectos positivos, em todos os componentes (nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamento social e controle de estresse). No componente nutrição, os resultados foram positivos, sendo que a maioria dos idosos se preocupa com a sua alimentação, quanto maior a idade, maior parece ser a preocupação com bons hábitos alimentares. Na atividade física também apresentou resultados positivos em todas as questões, mostrando que os idosos estão preocupados com a sua saúde e através da atividade física estão buscando uma melhora no seu estilo de vida. No componente comportamento preventivo, também com resultados positivos, apontando para o conhecimento dos idosos da sua pressão arterial e níveis de colesterol, não bebem e não fumam, respeitam as normas de trânsito, sendo muito importante para a manutenção da saúde. Quanto ao relacionamento social os idosos apresentaram resultados positivos, mostrando que estão satisfeitos com seu grupo de amizades, participam de lazer em grupos, e gostam de ser ativos na comunidade se sentindo útil de alguma maneira. Em relação ao último componente, controle do estresse os resultados também foram positivos, refletindo a importância de controlar o estresse, mesmo quando difícil de ser evitado, pois melhora a saúde, garantindo bem-estar. O fato de que a população idosa tem aumentado consideravelmente em todo o mundo desperta a atenção de pesquisas a serem desenvolvidas nessa área, assim como o direcionamento de ações voltadas para o envelhecimento saudável devem ser adotadas. REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. P. P. V.; VERAS, Renato Peixoto; DOIMO, Leonice Aparecida. Avaliação do equilíbrio estático e dinâmico de idosas praticantes de hidroginástica e ginástica. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 12, n. 1, p. 55-61, 2010.

16 BERTO, S.J.P; CARVALHAES, M.A.B.L; MOURA, E.C. Tabagismo associado a outros fatores comportamentais de risco de doenças e agravos crônicos não transmissíveis. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 8, p. 1573-1582, Aug. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0102311x2010000800011 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 out 2017. BLECHER, Shelly; ROSSETTO JUNIOR, Adriano Jose; MATTOS, Mauro Gomes de. Teoria e Pratica da Metodologia da Pesquisa em Educacao Fisica. In: Teoria e Pratica da Metodologia da Pesquisa em Educacao Fisica. Phorte, 2004. CAMPOS, Leticia Mineiro; BOSCATTO, Elaine Caroline; MINEIRO, Lindomar. Perfil do estilo de vida dos idosos da Universidade Aberta da Maior Idade-UAMI da cidade de Caçador-SC. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 9, n. 53, p. 315-320, 2016. CERVO,A; BERVIAN,P. metodologia científica. São Paulo: McGraw- Hill, 1989. DAWALIBI, Nathaly Wehbe et al. Envelhecimento e qualidade de vida: análise da produção científica da SciELO. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, v. 30, n. 3, p. 393-403, Sept. 2013. DELLANI, M.P et al. Estilo de vida com qualidade de vida: uma visão de complementaridade. Revista de Educação do IDEAU, Uruguai, v.9, n.19, jan-jun 2014. Disponivel em <http://docplayer.com.br/11752072-estilo-de-vida-comqualidade-de-vida-uma-visao-de-complementaridade.html> acesso em: outubro de 2017. FERREIRA, E.O; OLIVEIRA, A.A.R; LIMA, D.L.F. perfil do estilo de vida de mulheres de meia- idade participantes do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC). Rev. Bras.Qualidade de Vida, v.9, n.2, 2017. Disponível em: < https://revistas.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5328> Acesso em: 6 set 2017. GERALDES, Cesar Fernandes et al. Nível de qualidade de vida dos colaboradores da diretoria de esportes e lazer do SESI-SP. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 5, n. 3, 2006. GONÇALVES, Kellen Cristine et al. Comparação entre a percepção da qualidade de vida e o nível de aptidão física de idosos praticantes de atividades aquáticas. Revista de Atenção à Saúde (antiga Rev. Bras. Ciên. Saúde), v. 12, n. 39, p. 35-40, 2014. LACERDA, N.C; SANTOS, S.S.C. Avaliação nutricional de idosos: um estudo bibliográfico. Northeast Network Nursing Journal, v. 8, n. 1, 2016. Disponivel em: < http://www.periodicos.ufc.br/index.php/rene/article/view/5277 > acesso em: outubro 2017.

17 MATTOS, JA. Aptidão Física e Qualidade de vida dos colaboradores da UNISUL (Bacharelado em Educação Física). Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, Palhoça, 2016. NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Midiograf, 2001. NAHAS, M.V; DE BARROS, M.V.G; FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem-estarbase conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 5, n. 2, p. 48-59, 2012. SANTOS, G.L.A; VENÂNCIO, S.E. perfil do estilo de vida de acadêmicos concluintes em educação física do centro universitário do leste de minas gerais unileste-mg. 2006. Disponivel em: < https://www.unilestemg.br/movimentum/index_arquivos/movimentum_santos_glayce. pdf>. Acesso em: 10 out 2017. SILVA, S.G et al. Caracterização da pesquisa: tipos de pesquisa. In: (ORG)., Saray Giovana dos Santos. Métodos e técnicas de pesquisa quantitativa aplicada à educação física. Florianópolis: Tribo da Ilha, 2011. Cap. 3. SILVA, Maitê Fátima da et al. Relação entre os níveis de atividade física e qualidade de vida de idosos sedentários e fisicamente ativos. Rev Bras Geriatr Gerontol, v. 15, n. 4, p. 635-42, 2012. ANEXO

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