PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/cp/jr/pv/m

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Os Agravados não apresentaram contraminuta ao agravo de instrumento nem contrarrazões ao recurso de revista.

O TRT da 15ª Região, pelo acórdão de fls. 1313/1324, deu provimento parcial aos Recursos Ordinários do Reclamante e da Reclamada.

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A Agravada não apresentou contraminuta ao agravo de instrumento nem contrarrazões ao recurso de revista.

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Trata -se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista.

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CONCLUSÃO: Recurso de revista conhecido e provido.

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Presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, passo à análise dos pressupostos recursais intrínsecos.

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Irresignada com a r. decisão interlocutória de fls. 580/589, mediante a qual a Vice-Presidência Judicial do Eg. Tribunal

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ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADOR JOÃO PEDRO SILVESTRIN Órgão Julgador: 4ª Turma

O TRT de origem denegou seguimento ao recurso de revista da Reclamada.

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Designada redatora deste acórdão, adoto o relatório aprovado em sessão:

Superior Tribunal de Justiça

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EXECUÇÃO FISCAL. ADESÃO A PROGRAMA DE PARCELAMENTO DO DÉBITO. EFEITOS.

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1 - CONHECIMENTO Conheço do agravo de instrumento, porquanto presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade.

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DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTERVALO INTRAJORNADA NÃO GOZADO - NORMA COLETIVA PREVENDO O PAGAMENTO APENAS DE ADICIONAL.

Foram oferecidas contrarrazões (fls /1.639; 1.640/1.680; 1.681/1.725 e 1.726/1.732).

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Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , tendo por recorrente

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região negou provimento ao recurso do autor e deu provimento ao apelo da reclamada

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Transcrição:

A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/cp/jr/pv/m AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. Confirmada a ordem de obstaculização do recurso de revista, na medida em que não demonstrada a satisfação dos requisitos de admissibilidade, insculpidos no artigo 896 da CLT. Agravo de instrumento não provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n TST-AIRR-2167-44.2012.5.03.0136, em que é Agravante VIAÇÃO NOVO RETIRO LTDA e Agravado MAURÍCIO LIMA RODRIGUES. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista. Procura-se demonstrar a satisfação dos pressupostos para o processamento do recurso obstado. Contraminuta ao agravo de instrumento e contrarrazões ao recurso de revista não foram apresentadas - certidão de fl. 646 (numeração de fls. verificada na visualização geral do processo eletrônico todos os PDFs assim como todas as indicações subsequentes). Os autos não foram enviados ao Ministério Público do Trabalho por força do artigo 83, 2º do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. É o relatório. V O T O 1 CONHECIMENTO por advogado habilitado. O agravo de instrumento é tempestivo e está subscrito

fls.2 Conheço. Convém destacar que o presente apelo não se rege pela Lei 13.015/2014, tendo em vista haver sido interposto contra decisão publicada antes de 22/9/2014, data da vigência da referida norma. 2 MÉRITO Consta no acórdão regional: Indenização por dano moral O Autor confirma que as condições dos sanitários, quando existentes, eram precárias. Requer indenização no patamar de R$20.000,00. A Ré defendeu-se alegando que não havia irregularidades e que (...) não é crível que após quase 10 anos laborando na empresa, tenha o Reclamante se sentido moralmente ofendido por fazer eventual necessidade fisiológica em banheiro público (2º e 3º parágrafos, f. 111). O d. Juízo a quo entendeu que existia banheiro em um extremo da linha e que era possível a utilização dos sanitários dos comércios locais, negando a existência de dano. É ponto pacífico o dever de indenizar no concurso dos fatores ato ilícito, dano e relação de causa e efeito entre o ato e o dano. Ato ilícito é o contrário ao direito, aos bons costumes, aos ditames da moral, aos interesses sociais e pessoais. Lado outro, o dano não é elemento integrante do ato ilícito, não sendo o mesmo sinônimo de responsabilidade civil, mas um de seus elementos constitutivos. Considere-se que o dano moral deve ser de tal gravidade que justifique a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Mero dissabor, desconfortos emocionais e mágoas extrapolam o conceito de dano moral. A prova oral revelou que: (...) que havia PC sem banheiro pela empresa, mas acabava utilizando banheiro das imediações, como de bares; que a linha Dumavile não tinha local nenhum para utilizar, de maneira que utilizava o mato; que isso durou pouco tempo; (...) que na linha 302 só veio ter banheiro há uns oito meses antes do depoente se desligar da empresa; que nesse ponto final utilizava o banheiro de uma loja que era

fls.3 cedido por sua dona; que os motoristas utilizavam esse banheiro; (...) (testemunha Antônio Márcio Barroso, f. 405) Assim, d.v., do entendimento adotado pelo d. Juízo de primeiro grau, entendo que a prova testemunhal revelou que o Autor era obrigado a recorrer ao comércio local para utilização dos sanitários, e que nem todos os pontos o possuíam. Relevante, inclusive, a confissão em contestação, supracitada, de que, por suportar a situação há 10 anos, o Reclamante já deveria ter se acostumado à utilização de banheiros públicos. Em caso semelhante, reconheceu o dano esta d. Turma Julgadora, nos autos do processo nº 00648-2012-095-03-00-9 RO, publicado em 18/03/2013, movido em face da mesma Empresa litigante: (...) o conjunto probatório se mostrou suficiente para demonstrar que o autor laborava em ambiente de trabalho desprovido de elementares condições de higiene, circunstâncias que se desenvolveram por vários anos, aspecto da demanda que por si só já caracteriza o dano, vez que não se pode admitir que alguém suporte a desconfortável sensação de passar sua jornada laboratícia sem poder se utilizar de um banheiro limpo e equipado com os materiais essenciais. Ora, a conduta da ré em deixar de propiciar as mínimas condições de higiene e conforto ao trabalhador pela não disponibilização de instalações sanitárias adequadas e suficientes, no local de trabalho, além de violar as cláusulas normativas que previram a manutenção de sanitários nos pontos de controles das linhas de ônibus, em perfeita higiene, para seus empregados ( v.g cl. 37ª. fl. 88), atenta contra a dignidade do reclamante, que, por óbvio, era obrigado a suprir as suas necessidades fisiológicas em lugares inadequados em condições precárias de higiene, submetendo-se à situação vexatória e desconfortável. Preenchidos os supostos para a responsabilização da Empresa, em decorrência das violações a direitos fundamentais do trabalhador, exsurge a obrigação de indenizar. Acerca da quantificação, o ordenamento jurídico pátrio adota o sistema aberto, em contraposição ao tarifado, em que há uma predeterminação do valor da indenização, levando ao cotejo de peculiaridades do caso, a atuar o Julgador com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, que

fls.4 estabelecem uma relação equitativa entre a gravidade da lesão e o valor indenizatório. Nesse contexto, oportuno ressaltar que a indenização por danos morais deve ser fixada em valor não tão elevado que importe em enriquecimento sem causa, nem tão ínfimo, a ponto de ser incapaz de suavizar o sofrimento dos lesados e nem sirva de intimidação para o agente. Tomando-se em consideração a gravidade do dano, a intensidade do sofrimento, a relevância do bem jurídico atingido, as situações financeiras do ofensor e da vítima e a duração do pacto laboral (aproximadamente 10 anos), fixo a indenização em R$3.000,00, como já decidido em processo análogo. O provimento é parcial (fls. 602-605). A reclamada interpôs recurso de revista às fls. 612-621. O Tribunal a quo denegou seguimento ao recurso de revista por meio da decisão de fls. 631-634. Inconformada, a recorrente interpõe o presente agravo de instrumento às fls. 636-642, em que ataca os fundamentos da decisão denegatória quanto aos temas indenização por danos morais e quantum indenizatório. Passo à análise. Mantenho a decisão agravada por seus próprios e jurídicos fundamentos, in verbis: PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Tempestivo o recurso (decisão publicada em 10/02/2014 - fl. 608; recurso apresentado em 18/02/2014). Regular a representação processual, fl. 324. Satisfeito o preparo (fls. 486, 513, 511, 576 e 621). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR/EMPREGADO / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR/EMPREGADO / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL / VALOR ARBITRADO.

fls.5 Analisados os fundamentos do acórdão, constato que o recurso, em seus temas e desdobramentos, não demonstra divergência jurisprudencial válida e específica, tampouco violação literal e direta de qualquer dispositivo de lei federal e/ou da Constituição da República, como exigem as alíneas "a" e "c" do art. 896 da CLT. Extrai-se do acórdão (fls. 603/604): Preenchidos os supostos para a responsabilização da Empresa, em decorrência das violações a direitos fundamentais do trabalhador, exsurge a obrigação de indenizar. Acerca da quantificação, o ordenamento jurídico pátrio adota o sistema aberto, em contraposição ao tarifado, em que há uma predeterminação do valor da indenização, levando ao cotejo de peculiaridades do caso, a atuar o Julgador com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, que estabelecem uma relação equitativa entre a gravidade da lesão e o valor indenizatório. Nesse contexto, oportuno ressaltar que a indenização por danos morais deve ser fixada em valor não tão elevado que importe em enriquecimento sem causa, nem tão ínfimo, a ponto de ser incapaz de suavizar o sofrimento dos lesados e nem sirva de intimidação para o agente. Tomando-se em consideração a gravidade do dano, a intensidade do sofrimento, a relevância do bem jurídico atingido, as situações financeiras do ofensor e da vítima e a duração do pacto laboral (aproximadamente 10 anos), fixo a indenização em R$3.000,00, como já decidido em processo análogo. O posicionamento adotado pela Turma traduz, no seu entender, a melhor aplicação que se pode dar aos dispositivos legais pertinentes, o que torna inviável o processamento da revista, além de impedir o seu seguimento por supostas lesões à legislação ordinária. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados que não citam a fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I, do TST). A análise das alegações também implicaria reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 126 do TST. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista (fls. 631/632).

fls.6 Acresça-se, ainda, que no tocante ao tema "indenização por danos morais", nos termos do art. 927 do Código Civil, para a condenação ao pagamento de indenização é necessária a configuração do ato ilícito praticado pela empresa e previsto no art. 186 do Código Civil. O mencionado dispositivo legal exige a presença de três requisitos: dano; nexo de causalidade entre o dano e as atividades desenvolvidas; culpa do agente. Diante dos elementos fáticos descritos no acórdão regional, conclui-se que foram preenchidos todos os requisitos caracterizadores da responsabilidade civil, senão vejamos: O Tribunal de origem consignou ter resultado incontroversa a ocorrência do dano sofrido pelo reclamante, em face da condição degradante evidenciada na espécie pela falta de sanitário no local de trabalho, ou seja, nos pontos de controles das linhas de ônibus. Da mesma forma, inafastável a conduta omissa da reclamada em adotar as medidas de segurança e higidez a que está obrigada por força de lei, capazes de minorar os riscos à saúde dos empregados. Assim, evidenciadas a existência de dano sofrido pela reclamante e a responsabilidade da reclamada, não há como se vislumbrar afronta aos artigos 1º, 5º, X e X, 7º, XXVIII, da CF; 186, 187, 927 e 932, III, do Código Civil, nos termos da alínea c do art. 896 da CLT. Nesse sentido, o seguinte precedente: AIRR-1013-32.2013.5.04.0102, Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 02/09/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/09/2015. Frise-se que o valor arbitrado a título de reparação por dano moral somente pode ser revisado na instância extraordinária nos casos em que vulneram os preceitos de lei ou Constituição que emprestam caráter normativo ao princípio da proporcionalidade. E, considerando a moldura factual definida pelo Regional e insusceptível de revisão (Súmula 126 do TST), o valor atribuído em R$ 3.000,00 (três mil reais) não se mostra excessivamente elevado a ponto de se o conceber desproporcional. Portanto, confirmada a ordem de obstaculização do recurso de revista, nego provimento ao agravo de instrumento.

fls.7 ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento. Brasília, 4 de Novembro de 2015. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO Ministro Relator