Produção Discente dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (1992-1996) Palavras-chave: pós-graduação produção científica discentes



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Produção Discente dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (1992-1996) Ida Regina C. Stumpf (PPGCOM/UFRGS) Sérgio Capparelli (PPGCOM/UFRGS) O trabalho analisa a produção discente dos cursos de pós-graduação em Comunicação no Brasil, representada pelas dissertações e teses defendidas entre os anos de 1992 e 1996, em termos de quantidade, assuntos mais tratados, composição das bancas de defesa dos programas da USP, UFRJ, UNB, PUC/SP, UMESP, UNICAMP e UFBA. Os resultados mostram que foram defendidas 179 teses e 575 dissertações no período, sendo a PUC/SP e a UFRJ as universidades mais produtivas. Os assuntos mais freqüentes são Semiótica, Literatura, Televisão e Jornalismo, comprovando a tendência dos cursos em sua origem. As universidades mantém pouco intercâmbio para composição das bancas de defesa e quando existe, tendem a regionalização. Palavras-chave: pós-graduação produção científica discentes

Produção Discente dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (1992-1996) Ida Regina C. Stumpf (PPGCOM/UFRGS) Sérgio Capparelli (PPGCOM/UFRGS) O trabalho analisa a produção discente dos cursos de pós-graduação em Comunicação no Brasil, representada pelas dissertações e teses defendidas entre os anos de 1992 e 1996, em termos de quantidade, assuntos mais tratados, composição das bancas de defesa dos programas da USP, UFRJ, UNB, PUC/SP, UMESP, UNICAMP e UFBA. A produção científica de um país está muito relacionada com a atuação dos cursos de pós-graduação, quer pelo fazer científico dos mesmos quer pelo seu papel na formação de pesquisadores que irão atuar em outras entidades universitárias, ou não. Seu produto é relevante inclusive como veículo para a mudança da dependência para a interdependência científica, tecnológica e, conseqüentemente econômica e política. Justifica-se assim a preocupação com a análise, a avaliação, a reflexão em torno da produção dos referidos cursos. (Witter, 1989, p.29 ) A produção científica em Comunicação no Brasil é gerada principalmente nos cursos de pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado... (Kunsch, 1997, p.7) 1 Introdução Este trabalho faz parte de um estudo mais amplo que estamos realizando, referente à análise e perspectivas da Pós-Graduação e da Pesquisa em Comunicação no Brasil. Entre os objetivos específicos que procuramos atingir está a análise da produção discente dos programas, representada pelas teses e dissertações defendidas entre os anos de 1992 e 1996. Para alcançálo, primeiramente organizamos esta produção e a apresentamos na publicação Teses e Dissertações em Comunicação no Brasil (1992-1996): resumos, que consta de 754 resumos destes trabalhos, ordenados por universidade e ano de defesa, com índices de autores, orientadores e assuntos. Os dados foram retirados dos relatórios anuais encaminhados pelos cursos à CAPES e obtidos junto a esta instituição, na forma eletrônica e impressa. O número de resumos de teses e dissertações apresentadas na publicação espelha a produção discente de cada curso. Foram desconsiderados outros tipos de trabalhos publicados pelos alunos durante sua permanência no programa, como os trabalhos apresentados em eventos, artigos publicados em revistas da área, ou outra forma de produção científica. O índice de

2 assuntos permitiu uma análise dos temas mais pesquisados. Para complementar, a composição das bancas, embora não esteja apresentada na publicação, serviu para verificar a integração entre os programas. Descrevemos a metodologia utilizada de duas formas: primeiro em relação à preparação do índice temático e depois em relação à análise que vamos realizar. O índice temático apresentou algumas dificuldades na sua elaboração. A maior delas é que não existe até o momento, um vocabulário controlado ou de um tesauro que sirva de base a uma indexação por assuntos na área de Comunicação. Além da falta de um instrumento orientador, a área apresenta inúmeras interfaces com outras áreas do conhecimento, tornando mais complexa a identificação do assunto. Em acréscimo, a inconsistência do título e do resumo de algumas dissertações e teses não tornaram possível uma representação fiel do conteúdo dos trabalhos. Para compor a lista de palavras-chave, utilizamos como base o índice temático da Bibliografia Brasileira de Comunicação, publicado pela INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação -, e do Banco de Dados da COMPÓS - Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação -, acrescentando ainda termos que nos pareceram pertinentes para a recuperação dos trabalhos por assuntos. A lista não é completa nem por demais específica porque o objetivo foi enquadrar os trabalhos dentro de grandes temas, sem a preocupação de chegar a minúcias para sua representação e recuperação. Com vistas a facilitar a indexação, tanto utilizamos palavras-chave que dizem respeito aos assuntos mais gerais, perspectivas teóricas e/ou metodológicas, quanto interfaces presentes nos trabalhos. Para esta apresentação, trabalhamos a lista de termos verificando os 20 assuntos que foram objeto de estudo das dissertações e teses com maior freqüência, e depois analisando qual universidade os priorizavam. Ressaltamos ainda que cada trabalho foi representado por mais de um assunto, levando a atingir a quantia de quase duas centenas de termos representativos para recuperação. Concluímos nosso trabalho com uma análise da composição das bancas de defesa. Estes dados, apesar de não constarem na publicação, fizeram parte das informações incluídas nos

3 relatórios CAPES. Os dados sobre as bancas apresentaram algumas inconsistências, como o número de componentes não estar completo, não apresentar a instituição de proveniência dos membros participantes, além das diferenças individuais dos cursos de incluir ou não o orientador na banca examinadora. A análise foi feita apenas com os dados informados de proveniência dos membros da banca e/ou quando a instituição de origem pôde ser identificada. Desta forma, consideramos que a metodologia utilizada foi além de uma análise puramente quantitativa da produção discente dos programas em atividade de 1992 a 1996, podendo contribuir para uma reflexão sobre o assunto. 2 Os Programas de Pós-Graduação em Comunicação Os programas de pós-graduação em Comunicação se diferem em vários aspectos, como as áreas de concentração, as linhas de pesquisa, a época em que iniciaram, os níveis que abrangem, etc. Separamos por itens algumas destas diferenças, que passam agora a ser descritas, sempre tomando como base aqueles programas que até 1996 já apresentavam produtos de teses e/ou dissertações defendidas: a) Ano de início e níveis que oferecem: Identificou-se que o programa mais antigo é da USP que iniciou em 1972, em nível de mestrado, e em 1980 o nível de doutorado. Em antigüidade, seguiu-se o programa da UFRJ que iniciou o mestrado em 1972 e o doutorado em 1983. Em 1974 começou o mestrado da UNB que ainda se mantém apenas com seu curso de mestrado. O programa da PUC/SP iniciou seu mestrado em 1978 e três anos depois, 1981, já passou a oferecer também doutorado. O Instituto Metodista, hoje UMESP - Universidade Metodista de São Paulo -, começou o mestrado em 1978 e em 1995 o doutorado. O programa da UNICAMP, iniciado em 1986, mantém-se neste nível até hoje, e o da UFBa começou o mestrado em 1990 e o doutorado em 1995. Os demais programas, da UNISINOS, da PUC/RS, da UFRGS, da UFMG, da UFF, da Fundação Cásper Líbero e Universidade Tuiuti do Paraná iniciaram suas atividades posteriormente, não apresentando produtos de dissertações defendidas dentro do período da análise.

4 b) Linhas de Pesquisa A organização por linhas de pesquisa é uma nova modalidade de organização dos programas, em substituição às áreas de concentração. No entanto, alguns cursos, além de conservarem a organização por área, ainda subdividem-se por grandes temas de pesquisa, que demonstram os vários interesses dentro do campo da Comunicação. A análise dos relatórios CAPES indica que os sete programas existentes no país na época e que foram objeto de nossa análise apresentavam as áreas de concentração e/ou as linhas de pesquisa, conforme apresentado abaixo. Esclarecemos que da USP foram retiradas as linhas que não dizem respeito ao que consideramos a área da Comunicação. USP: Áreas de Concentração: Cinema, Rádio e Televisão; Comunicação; Jornalismo; Relações Públicas, Propaganda e Turismo. Linhas de Pesquisa: Epistemologia, Teorias e Metodologias da Comunicação; Comunicação e Cultura; Comunicação e Educação; Jornalismo Comparado; Jornalismo e Cidadania; Jornalismo e Linguagem; Jornalismo, Mercado e Tecnologia; Epistemologia do Jornalismo; Comunicação Institucional: Políticas e Processos; Arte Publicitária e Produção Simbólica; Técnicas e Poéticas da Imagem e do Som; Sistema de Significação em Imagem e Som, Imagem e Som na Educação e na Ciência; Pesquisas Históricas e Preservação da Imagem e do Som. UFRJ: Áreas de Concentração: Comunicação e Discurso; Comunicação e Sistema de Pensamento; Comunicação e Sociedade; Comunicação e Sujeito; Comunicação e Tecnologia da Imagem. PUC/SP: Áreas de Concentração: Comunicação; Semiótica da Literatura; Semiótica; Sistemas Intersemióticos. Linhas de Pesquisa: Literatura e Intertextualidade; Sistemas Intersemióticos; Semiótica da Cultura; Semiótica Psicanalítica; Ciências Cognitivas e da Informação. UMESP: Áreas de Concentração: Comunicação Científica e Tecnológica; Teoria e Ensino da Comunicação. Linhas de Pesquisa: Comunicação Comunitária; Comunicação Organizacional; Difusão de Inovações; Estudos de Mídia.

5 UNICAMP: Área de Concentração: Multimeios; Linhas de Pesquisa: Multimeios e Ciências; Multimeios, Arte e Tecnologia; Multimeios e Teorias de Comunicação; Multimeios e suas Interfaces. UFBa: Área de Concentração: Comunicação e Culturas Contemporâneas. Linhas de Pesquisa: Cultura e Sociabilidade; Política e Mídia; Hermenêutica e Estética da Comunicação. 3 Número de Dissertações e Teses Defendidas A tabela a seguir apresenta o número de dissertações e teses defendidas nos programas de pós-graduação em Comunicação, no período compreendido entre 1992 e 1996. Vale ressaltar que do programa da USP foram retirados vários resumos de trabalhos que pertencem a outras áreas de conhecimento. Esta decisão foi tomada porque o programa USP incorpora um conjunto de áreas de concentração dentro do mesmo programa, que optou, num dado período, por uma autonomia dessas áreas, reaglutinando-as posteriormente. Nesse caso, os relatórios CAPES espelharam essas mudanças e, até que tenhamos reorganizado os relatórios dentro de um critério único, foram retirados os resumos relativos a Turismo, Artes, Ciência da Informação e Documentação. Tabela 1 Teses e Dissertações em Comunicação (1992-1996) Ano 1992 1993 1994 1995 1996 TOTAL Universidades T=179 D=575 Teses Disser Teses Disser Teses Disser Teses Disser Teses Disser Teses Disser USP 14 26 25 33 13 19 10 17 13 17 75 112 UFRJ 9 25 7 20 13 19 13 38 10 41 52 143 UNB - 9-8 - 3-5 - 4-29 PUC/SP 3 39 7 18 8 21 7 26 27 42 52 146 ABC - 17-16 - 15-19 - 25-92 UNICAMP - 2-3 - 9-6 - 8-28 UFBA - - - 4-3 - 9-9 - 25 Total 26 118 39 102 34 89 30 120 50 146 179 575 Fonte: Teses e Dissertações em Comunicação no Brasil (1992-1996): resumos

6 De acordo com a Tabela 1, podemos verificar que os programas que possuem mestrado e doutorado já estabelecidos são os que apresentam maior número de dissertações defendidas. Em termos globais, o número de teses defendidas dobrou em cinco anos, passando de 26 em 1992 para 50 em 1996. O número de dissertações não teve a mesma progressão pois de 118 em 1992 aumentou para 146 em 1996, o que não representa um aumento significativo, tendo em vista que mais quatro programas foram incorporados. Ainda em termos globais, os três programas que possuem os dois níveis de pósgraduação, mestrado e doutorado, não diferem muito, apresentando: USP (T =75, D = 112) totalizando 187; UFRJ (T = 52, D = 143) totalizando 196 e PUC/SP (T =52, D = 146) totalizando 196 dissertações e teses defendidas no período. No entanto, em termos individuais, o programa da USP é o que formou maior número de doutores em Comunicação, 75, com média anual de 15 teses, enquanto a UFRJ e a PUC/SP formaram 52, o que representa uma média anual de 10 teses. Em compensação, nos outros dois programas foi defendido um número maior de dissertações: 143 e 146, na UFRJ e PUC/SP, respectivamente, com média anual em torno de 28 dissertações, em comparação com a USP que formou 112 mestres, o que representa uma média anual em torno de 22 trabalhos defendidos. Segue-se a UMESP que apresentou, no período, uma produção de 92 dissertações, o que representa uma média de 18 dissertações anuais. Em 1996, os programas de doutorado da UMESP e da UFBa, por serem programas novos e iniciados em 1995 ainda não haviam apresentados teses defendidas. Cabe ainda ressaltar que, de acordo com Dencker (1997, p.36), em toda década de 80 foram defendidas 496 teses e dissertações nos cursos de pós-graduação em comunicação no Brasil, e que, na década de 90, apenas em cinco anos (1992-1996), nosso estudo revelou uma produção de 754 destes estudos concluídos. 4 Temas mais Pesquisados O índice temático da publicação nos permitiu elaborar a seguinte tabela, contendo os assuntos mais freqüentes nas teses e dissertações.

7 Tabela 2 Assuntos mais freqüentes da produção discente dos PPG em Comunicação (1992-1996) PROGRAMAS USP UFRJ UNB PUC/SP UMESP UNICAMP UFBA TOTAL T=187 T=195 T=29 T=198 T=92 T=28 T=25 754 ASSUNTOS n % n % n % n % n % n % n % n % Semiótica 6 3,2 15 7,7 - - 74 37,4 1 1,1 3 10,7 1 4,0 100 18,2 Literatura 5 2,7 13 6,7 2 6,9 52 26,3 3 3,3 1 3,6 1 4,0 77 10,2 Televisão 18 9,6 15 7,7 5 17,2 6 3,0 10 10,9 5 17,8 3 12,0 62 8,2 Jornalismo 27 14,4 5 2,6 5 17,2 7 3,5 12 13,0 - - 4 16,0 60 8,0 Arte 6 3,2 20 10,2 1 3,4 25 12,6 - - 3 10,7 1 4,0 56 7,4 Discurso Jornalístico 21 11,2 15 7,7 2 6,9 7 3,5 7 7,6 - - 3 12,0 55 7,3 Educação 17 9,1 6 3,1 - - 7 3,5 13 14,1 2 7,1 - - 45 6,0 Novas Tecnologias 12 6,4 10 5,1 - - 8 4,1 4 4,3 9 32,1 2 8,0 45 6,0 Cultura 13 6,9 19 9,7 - - 5 2,5 3 3,3 - - 1 4,0 41 5,4 Cinema 6 3,2 14 7,2 3 10,3 11 5,5 - - 1 3,6 4 16,0 39 5,2 Imprensa 14 7,5 10 5,1 3 10,3 3 1,5 9 9,8 - - - - 39 5,2 Comunicação 20 10,7 2 1,0 1 3,4 3 1,5 8 8,7 2 7,1 - - 36 4,8 Organizacional Imagem 6 3,2 9 4,6 4 13,7 8 4,1 2 2,2 6 21,4 1 4,0 36 4,8 Psicanálise 3 1,6 15 7,7 - - 13 6,6 - - - - 5 20,0 36 4,8 Narrativa 4 2,1 12 6,1 3 10,3 12 6,1 3 3,3 - - - - 34 4,5 Música 8 4,3 8 4,1 2 6,9 11 5,5 2 2,2 - - 2 8,0 33 4,4 Recepção 11 5,9 6 3,1 - - 3 1,5 8 8,7 1 3,6 2 8,0 31 4,1 História 7 3,7 9 4,6 1 3,4 7 3,5 3 3,3 1 3,6 2 8,0 30 4,0 Filosofia 1 0,5 25 12,8 - - 2 1,0 1 1,1 - - - - 29 3,8 Linguagem 7 3,7 10 5,1 - - 7 3,5 2 2,2 - - - - 26 3,4 Fonte: Teses e Dissertações em Comunicação no Brasil (1992-1996): resumos

8 Selecionamos os 20 temas mais abordados para compor a tabela anterior, embora a profusão de assuntos do índice temático das teses e dissertações tenha sido mais específico. Esta seleção permitiu verificar que os temas de estudo têm estreita vinculação com as linhas de pesquisa de cada curso, uma vez que a geração de pesquisas discentes está vinculada aos interesses e especialização dos orientadores, que por sua vez estão vinculados às linhas e grupos de pesquisa dos cursos. Verificamos assim que aqueles temas que criam interfaces com a Comunicação, como Semiótica, Literatura, Arte e Educação aparecem com prioridade Conforme tivemos oportunidade de afirmar em trabalho anterior já se esperava que o campo da Comunicação iria exibir uma profusão de enfoques, de perspectivas teóricas e de objetos de estudo também na produção científica do corpo discente (Capparelli; Stumpf, 1998, p.129), porém não esperávamos que esta multidisciplinaridade suplantasse os temas tradicionais da Comunicação, como Jornalismo, Televisão, Telenovela, etc. Kunsch (1997, p.15) considera que isto evidencia e complexidade da área e, também, que ainda não existe um corpus teórico capaz de centralizá-la como objeto principal de pesquisa, fazendo-se ainda necessário avançar numa discussão sobre como buscar para a Comunicação uma legitimidade acadêmica frente às demais ciências, figurando-a como um campo autônomo do conhecimento. Podemos também acrescentar que a produção discente dos programas de pósgraduação espelha as tendências da origem e das áreas de concentração dos programas. Como exemplo, podemos dizer que o programa da USP, com organização departamental, relacionada diretamente com as profissões, prioriza as assuntos de Jornalismo, Televisão e Comunicação Organizacional em suas teses e dissertações. Já o programa da PUC/SP, em Comunicação e Semiótica, e da UFRJ, com origem em cursos de Letras e/ou Literatura, apresentam o forte de sua produção discente nestas áreas, possivelmente porque parte dos orientadores são delas provenientes. Outro exemplo que confirma a tendência dos cursos é o caso da UNICAMP, voltado aos Multimeios, que tem sua produção voltada aos assuntos de Imagem e Novas Tecnologias.

9 Podemos ainda indicar que grande parte das previsões quanto às tendências dos temas que seriam objeto de estudo para a década de 90, feitas por Dencker (1997), se concretizaram, embora algumas surpresas tenham aparecido. Dizia ela, entre outras previsões, que Jornalismo e Imprensa continuariam a manter predominância, o que se confirmou se reunirmos temas como Jornalismo, Discurso Jornalístico e Imprensa; que os estudos de Comunicação Organizacional tenderiam a crescer, por serem voltados às necessidades de mercado; que entre os meios de comunicação os estudos de televisão teriam predominância devido à importância que o meio estava cada vez mais adquirindo. Mesmo não tendo utilizado a mesma categorização de assuntos da autora, podemos ainda dizer que os estudos da década de 90, em termos gerais, confirmaram as previsões, mas se dispersaram ainda mais, incluindo temas como Semiótica, Literatura, Educação, Cultura, etc. que mostram um alargamento de interesses ligando os estudos da comunicação com outras áreas do conhecimento. 5 Composição das Bancas de Defesa Nossa intenção ao apresentar esta tabela foi mostrar que a composição das bancas, de acordo com a procedência de seus membros, se dá de maneira diferenciada nos diferentes programas.

10 Tabela 3 PARTICIPAÇÃO DAS UNIVERSIDADES EM BANCAS DE DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO 1992-1996 BANCAS UNIVERSIDADE DE DEFESA PUC-SP (52) UFRJ (53) USP (80) PUC-CAMP - - 1 PUC-RIO - - 1 PUC-SP 106-7 UNIVERS. INDIANA - 2 - - EUA UNIVERS. KASSEL - 1 - - ALEM UCS 1 - - UEL 1 - - UFBA - - 1 UFES 1-1 UFF 1 2 1 UFMG 2 - - UFRJ 2 122 2 UFSC - - 2 UNB - - 1 UNESP 4-3 UNICAMP 7-11 UNIMEP 3 - - UNISANTOS 1-1 UNISINOS - - 1 USP 48-226 UFPR 1 - - UFRGS - - 3 UMESP - - 10 Outras 1 2 3 Não Informado 26 86 45 TOTAL 208 212 320

11 Universidade de Defesa Bancas Tabela 4 PARTICIPAÇÃO DAS UNIVERSIDADES EM BANCAS DE MESTRADO EM COMUNICAÇÃO 1992-1996 UMESP (92) PUC-SP (146) UFBA (25) UFRJ (142) UNB (29) UNICAMP (34) UMESP 107 - - - - - 12 PUC-CAMP - - - - - - 1 PUC-RIO - - - - - 1 - PUC-SP 8 163 - - - 2 6 UFBA - - 31 - - - - UFCE - 1 - - - - - UFES - 1 - - - - 1 UFF - - - 4-1 - UFGO - 1 - - - - - UFMA - 1 - - - - - UFMG - 1 2 - - - - UFPA - - - - 1 - - UFPB - - 2 - - - - UFPR 1 - - - - - - UFRGS - - 1 - - - 1 UFRJ 3 1 3 277 2 - - UFSCAR - - - - - 1 - UNB 1-2 - 76-1 UNESP 3 13 - - - - 1 UNICAMP 2 7 2 - - 40 7 UNIFESP 1 - - - - - - UNIMEP - 2 - - - - - UNISANTOS 1 - - - - - 1 UNITAU - - - - - 1 - USP 57 99-1 3 14 181 Outras - 2 - - 1 1 4 Não Informado - - 7 2 4 7 22 TOTAL 184 292 50 284 87 68 238 USP (119)

12 Fonte:Relatório CAPES

13 A intenção, ao computar os números das tabelas anteriores, foi trabalhar a integração das universidades de acordo com e a procedência dos membros das bancas de defesa. Evidentemente que o intercâmbio de professores para avaliar os mestrandos e doutorandos fica sempre mais restrito à própria universidade, por razões de custos, de conhecimento dos pares e de facilidade de comunicação para realizar os convites. Como já foi informado anteriormente, alguns programas não revelaram a procedência de alguns membros da banca nos relatórios CAPES e os programas também diferem na inclusão ou não dos orientadores no cálculo do número de membros das bancas ( 3 para mestrado e 5 para doutorado). No entanto, a tabela 3 mostra que a PUC/SP e a USP mantém um maior relacionamento entre si para participação em bancas de doutorado. Já a UFRJ, além de ser o programa que menos informa a procedência das bancas, só mantém algum intercâmbio com a UFF para compor suas bancas de doutorado. Em relação às bancas de mestrado, o quadro torna-se um pouco mais complexo e mostra um pouco mais de intercâmbio entre os programas. A UMESP convida mais professores da USP, a PUC/SP além dos docentes da USP inclui os da UNESP, a UFBA tem dispersado o convite entre várias universidades, a UFRJ solicita alguma participação a UFF, o mesmo acontecendo com a UNB que convida docentes da USP e UFRJ para esta participação. A UNICAMP e a USP mantém intercâmbio de professores membros de banca entre si e a USP estende à UMESP e à PUC/SP estes convites. Pelos dados apresentados percebemos que os programas tendem a uma regionalização para compor as bancas de mestrado e doutorado. Isto, possivelmente, por motivos de custos para passagens e estadias, perdendo os programas em expor seus trabalhos a uma avaliação mais interinstitucional. 6 Considerações Finais Consideramos que o trabalho de sistematização feito sobre a produção discente dos cursos de pós-graduação em Comunicação e publicado na forma impressa e agora também eletrônica ( http://www.ilea.ufrgs.br/ppgcom), tanto contribuiu para divulgar estes trabalhos

14 quanto permitiu uma análise que revelou aspectos significativos da pesquisa e da pós-graduação em Comunicação. Verificamos que a produção discente apresentou-se rica em termos quantitativos e diversificada em relação aos temas de estudo. Em relação à quantidade de teses e dissertações, se os números para os demais anos da década de 90 persistirem, a produção em relação aos anos 80 será triplicada. Com respeito à diversificação, além da confirmação de temas a serem estudados feita para a década, novos assuntos vieram a se incorporar, mostrando um leque mais amplo de interesse dos programas de pós-graduação. Concluímos com palavras de Geraldina P.Witter (1989, p.29) que, de certa forma, expressam nossa intenção com a apresentação deste trabalho:... muitos são os temas que merecem pesquisa e debate mais amplo no que tange à produção científica dos cursos de pós-graduação. Pesquisas na área podem fornecer elementos preciosos para a reflexão, a definição de estratégias políticas, a reformulação dos cursos. O crescente interesse pela avaliação do ensino superior, como vem ocorrendo no Brasil, poderá ser aplicado à produção científica e a outros aspectos dos cursos de pós-graduação, gerando elementos para melhoria tanto qualitativa quanto quantitativa de sua produção. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPPARELLI, Sérgio; STUMPF, Ida Regina C. A constituição do Campo da Comunicação no Brasil como campo de conhecimento multidisciplinar. In: Rumos da Pesquisa: múltiplas trajetórias. Org. Maria da Graça Kriger, Marininha Aranha Rocha. Porto Alegre, Pró-Reitoria de Pesquisa, UFRGS, 1998. DENCKER, Ada de Freitas Maneti. A configuração da produção científica brasileira em Comunicação, a partir das fontes documentais. In: Produção Científica Brasileira em Comunicação na Década de 1980: análise, tendências, perspectivas. Org. Margarida M.K.Kunsch e Ada de Freitas M.Dencker. São Paulo, Edicon, 1997. p. 21-40. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. A produção científica brasileira em Comunicação. In: Produção Científica Brasileira em Comunicação na Década de 1980: análise, tendências, perspectivas. Org. Margarida M.K.Kunsch e Ada de Freitas M.Dencker. São Paulo, Edicon, 1997. p. 7 19. SCHONINGER, Jane T.; THOMÉ. Aspectos da Produção discente dos Cursos de Pós- Graduação em Comunicação no Brasil (1992-1996). Orientado por Ida R.Stumpf. In:

15 SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 10, Porto Alegre, 19-21 out. 1998. Livro de Resumos. Porto Alegre, UFRGS, 1998. Resumo n.41, p.367. TESES e Dissertações em Comunicação no Brasil (1992-1996); resumos. Org. Ida Regina C.Stumpf e Sérgio Capparelli. Porto Alegre, PPGCOM/UFRGS, 1998. WITTER, G.P. Pós-graduação e produção científica: a questão da autoria. Transinformação, Campinas, v.1, n.1, p.29-37, 1989.