Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar SEGURANÇA CONTRA RISCO DE INCÊNDIO



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Transcrição:

Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar SEGURANÇA CONTRA RISCO DE INCÊNDIO Peças Escritas

INDICE TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO FOTOCÓPIA DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTISTA DECLARAÇÃO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS 1 INTRODUÇÃO... 1 1.1. OBJECTIVO... 1 1.2. LOCALIZAÇÃO... 1 1.3. CARACTERIZAÇÃO E DESCRIÇÃO... 1 1.3.1. Utilizações-tipo...1 1.3.2. Descrição funcional e respectivas áreas, piso a piso...2 1.3.3. Cálculo do Efectivo...2 1.4. CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO RISCO... 3 1.4.1. Locais de risco...3 1.4.2. Factores de classificação de risco aplicáveis...3 1.4.3. Categorias de risco...3 2. CONDIÇÕES EXTERIORES... 4 2.1. VIAS DE ACESSO E PRONTIDÃO... 4 2.2. ACESSIBILIDADE ÀS FACHADAS... 4 2.3. LIMITAÇÕES À PROPAGAÇÃO DO INCÊNDIO PELO EXTERIOR... 5 2.4. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA PARA OS MEIOS DE SOCORRO... 5 3. RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO... 6 3.1. RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS E INCORPORADOS EM INSTALAÇÕES... 6 3.2. ISOLAMENTO ENTRE UTILIZAÇÕES-TIPO DISTINTAS... 6 3.3. COMPARTIMENTAÇÃO GERAL CORTA-FOGO... 7 3.4. ISOLAMENTO E PROTECÇÃO DE LOCAIS DE RISCO... 7 3.5. ISOLAMENTO E PROTECÇÃO DE MEIOS DE CIRCULAÇÃO... 8 3.5.1. Protecções das vias horizontais de evacuação...8 3.5.2. Protecções das vias verticais de evacuação...9 3.5.3. Isolamento de outras circulações verticais...9 3.5.4. Isolamento e protecção das caixas dos elevadores...9 O elevador está compartimentado com elementos REI90 (paredes resistentes) e vãos E30c (de acordo com o nº 1 do artº27º da portaria 1532/2008)....9 3.5.5. Isolamento e protecção de canalizações e condutas...9 4. REACÇÃO AO FOGO DE MATERIAIS... 10 4.1. REVESTIMENTOS EM VIAS DE EVACUAÇÃO... 10 4.1.1. Vias horizontais... 10 4.1.2. Vias verticais... 10 4.1.3. Câmaras corta-fogo... 10 4.2. REVESTIMENTOS EM LOCAIS DE RISCO... 10 4.3. OUTRAS SITUAÇÕES... 10 5. EVACUAÇÃO... 11 5.1. EVACUAÇÃO DOS LOCAIS... 11 5.1.1. Dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas... 12 5.1.2. Distribuição e localização das saídas... 12 5.2. CARACTERIZAÇÃO DAS VIAS HORIZONTAIS DE EVACUAÇÃO... 13 5.3. CARACTERIZAÇÃO DAS VIAS VERTICAIS DE EVACUAÇÃO... 13 5.4. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS DE REFÚGIO... 13

6. INSTALAÇÕES TÉCNICAS... 13 6.1. INSTALAÇÕES DE ENERGIA ELÉCTRICA... 13 6.1.1. Fontes centrais de energia de emergência e equipamentos que alimentam... 14 O gerador será localizado no exterior devidamente resguardado... 14 6.1.2. Fontes locais de energia de emergência e equipamento que alimentam... 14 6.1.3. Condições de segurança de grupos electrogéneos e unidades de alimentação ininterrupta... 14 6.1.4. Cortes geral e parciais de energia... 15 6.2. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO... 15 6.2.1. Condições de segurança das Centrais Térmicas... 15 Nos locais de instalação existirão botoneiras de alarme e extintores de CO2 e serão também instalados extintores de Pó Quimico ABC até uma distância máxima de 15m.... 16 6.2.1. Condições de segurança da aparelhagem de aquecimento... 16 6.3. INSTALAÇÕES DE CONFECÇÃO E DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS... 16 6.3.1. Instalação de aparelhos... 16 6.3.2. Ventilação e extracção de fumo e vapores... 17 6.3.3. Dispositivos de corte e comando de emergência... 17 6.4. EVACUAÇÃO DE EFLUENTES DE COMBUSTÃO... 17 6.5. VENTILAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR... 17 6.6. ASCENSORES... 19 6.6.1. Condições gerais de segurança... 19 6.6.2. Ascensor para uso exclusivo dos bombeiros em caso de incêndio... 19 6.7. INSTALAÇÕES DE ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS19 7. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA... 20 7.1. SINALIZAÇÃO... 20 7.2. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA... 21 7.3. SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E ALERTA... 22 7.3.1. Concepção do sistema e espaços protegidos... 22 7.3.2. Configuração de alarme... 23 7.3.3. Características técnicas dos elementos constituintes do sistema... 23 7.3.4. Funcionamento genérico do sistema (alarmes e comandos)... 26 7.4 SISTEMA DE CONTROLO DE FUMO... 31 7.4.1. Locais protegidos... 31 7.4.2. Caracterização da instalação... 31 7.5. MEIOS DE INTERVENÇÃO... 32 7.5.1. Critérios de dimensionamento e de localização... 32 7.5.2. Meios portáteis e móveis de extinção... 34 7.5.3. Concepção da rede de incêndios e localização das bocas de incêndio... 35 7.5.4. Caracterização do depósito privativo do serviço de incêndios e concepção da central de bombagem... 35 7.5.5. Caracterização e localização das alimentações da rede de incêndios... 36 7.6. POSTO DE SEGURANÇA... 37 7.6.1. Localização e protecção... 37 7.7. OUTROS MEIOS DE PROTECÇÃO DOS EDIFÍCIOS... 37

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS José Manuel Ribeiro Ruaz, Engenheiro Técnico Civil, portador do cartão de cidadão nº11382656 com validade até 30 de Setembro de 2014, Contribuinte n.º 11382656 com morada na Rua Campos Rodrigues nº 39 2º Esq., código postal 2910-452 Setúbal, inscrito na OET/ANET com o n.º 12602, declara para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 26/2010, de 30 de Março e pelo Decreto-Lei 136/2014 de 9 de Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndios, relativo à Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar, localizado em Porto de Mós, cuja execução foi requerida pela Câmara Municipal de Porto de Mós, observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o Decreto lei 220/2008 de 12 de Novembro, A Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro, as Notas Técnicas da ANPC, com as condicionantes referidas na memória descritiva enquadráveis no procedimento urbanístico em causa. Lisboa, Dezembro de 2014 O Engº Téc.Civil (OET nº12602) (José Manuel Ribeiro Ruaz)

Fotocópia dos documentos de identificação do projectista Fotocópia do Cartão de Cidadão

Declaração da Ordem dos Engenheiros Técnicos

1 Introdução Refere-se esta memória à Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré- Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar, (adiante designado Centro Escolar de Porto de Mós, ou CEPM) que Município de Porto de Mós pretende erigir. 1.1. Objectivo O presente projecto pretende reunir de forma sistemática todas as medidas de segurança que foram tomadas nos diversos projectos das especialidades, no que concerne à segurança contra incêndios, de forma a constituir um documento único e global, com a descrição das medidas, os materiais e equipamentos de segurança que aqueles projectos contemplam. No contexto do projecto de segurança contra incêndios sobressai a problemática do combate a um eventual incêndio e as medidas tomadas no projecto para minimizar a ocorrência desse sinistro. Desta forma destacam-se as noções de compartimentação ao fogo, a resistência e reação ao fogo dos materiais empregues na construção, a carga térmica, os caminhos de evacuação, a sinalização destes percursos, os meios de alarme e combate ao incêndio, o cumprimento dos regulamentos, quer no que concerne à eliminação das barreiras arquitectónicas, ao cálculo das estruturas, à protecção adequada e regulamentar dos circuitos das instalações eléctricas e seu dimensionamento. Deste modo, este edifício tem uma predominância de instalações e medidas adoptadas para prevenir e combater um eventual sinistro de incêndio, tendo sempre presente o cumprimento dos regulamentos aplicáveis, o Dec.º Lei n.º 220/2008, a Portaria nº 1532/2008, as notas técnicas da ANPC bem como as noções teóricas e os conceitos conhecidos sobre estas matérias. 1.2. Localização Este edifício escolar, situa-se em Porto de Mós, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, conforme planta de localização respectiva. 1.3. Caracterização e descrição No edificado em questão será destinado ao funcionamento do Centro Escolar de Porto de Mós. Existirão dois edifícios um pré-existente com remodelação sem alterações profundas, e outro com remodelação parcial (parte demolida) e ampliação nova. O edifício mantido é térreo com 3 acessos directos do exterior e desenvolvimento quadrangular; o outro edifício terá uma implantação em T desenvolvido por 2 pisos com 3 circulações verticais, uma exterior periférica, uma central interior protegida e outra interior periférica. O edificado ficará condicionado às características de infra-estruturas exteriores pré-existentes, apesar desses condicionalismos permitirá a aproximação de viaturas de emergência junto das suas fachadas. Sendo um Centro Escolar JI + EB1, serão previstos amplos espaços exteriores de recreio no interior do recinto, funcionando o edifício a manter como sala polivalente do jardim-de-infância. Nota: Quando esta memória se referir ao edifício secundário o mesmo será indicado, se nada for referido estará a ser tratado o edifício principal. 1.3.1. Utilizações-tipo O edificado em análise é da Utilização Tipo IV, Escolares. 1

1.3.2. Descrição funcional e respectivas áreas, piso a piso O edifício principal é constituído por dois pisos (Térreo e +1), ambos acima do nível do solo, com uma altura máxima para efeitos regulamentares de 4,0m, a sua implantação encontra-se de nível com o arruamento; o edifício secundário é constituído por um piso acima no nível do solo, embora também se encontre de nível com o arruamento exterior, o acesso a viaturas de emergência será mais viável pelo arruamento interior na lateral do edificado. O edifício secundário terá apenas a função de sala polivalente do jardim-deinfância, constituído por um espaço amplo com possibilidade de compartimentação em harmónio de madeira, mantendo no entanto a evacuação directa ao exterior de qualquer compartimento; possui ainda instalações sanitárias para crianças e adultos. O edifício principal poderá ser subdividido em três alas ou blocos, ao nível do piso térreo funciona um com salas de actividades do Jardim-de-Infância, outro com salas de aula da EB1 e outro com áreas técnico-funcionais, com refeitório e sala polivalente, cozinha e áreas de apoio e do pessoal não docente; no piso superior, dois blocos estarão ocupados com salas de aula da EB1 (no entanto parte de um bloco será área técnica exterior) e outro bloco será ocupado com espaços funcionais comuns, com a biblioteca e a sala multiusos da biblioteca, a Sala AEC s, a Sala dos Professores (e uma pequena área técnica exterior), estando uniformemente distribuídas instalações sanitárias em todos os blocos. Existem pequenos gabinetes no piso térreo (três) e no piso superior (dois), para atendimento e zona de trabalho de professores O posto de segurança encontra-se ao nível do piso térreo junto a um acesso lateral ao edifício principal e ao acesso principal do edifício secundário A entidade exploradora definiu que este edificado não possui portaria, nem recepção, pela experiência anterior desta utilização. 1.3.3. Cálculo do Efectivo O efectivo total do edifício é calculado pelo número de ocupantes de cada espaço por unidade de área, de acordo com os rácios do artigo 51º da Portaria nº 1532/2008, ou pelo número de lugares de acordo com o layout e as indicações do Ministério da Educação. Assim nas salas de aula foi tomada a ocupação máxima indicada pelo Ministério da Educação de 26 alunos por Sala + 1 Professor e no JI 26 alunos + 1 professor e 2 auxiliares, nos gabinetes foi adoptado o mais gravoso entre o rácio de 0,2/m 2 e o layout. Na biblioteca, sala de reuniões (AE e professores adoptou-se o rácio de 0,5/m 2 e no conjunto sala polivalente/refeitório (havendo um uso indicado e ajustado de sala de convívio) 1,0/m 2, na cozinha e lavagem foi considerado 0,2/m 2 e nos balneários 0,3/m 2. Tem-se em atenção que existem espaços ocupados pelas mesmas pessoas em horários diferentes, não coexistindo em simultâneo. Nos locais como a biblioteca, a Sala polivalente/refeitório, Sala de Professores e Reuniões, e Vestiários o efectivo não é considerado para o cálculo do efectivo total, por se considerar que o efectivo que ocupa esses espaços já está contabilizado nos outros espaços (locais marcados com * asterisco). De acordo com o efectivo representado nas peças desenhadas, apura-se um efectivo Total de 417 pessoas e um efectivo em locais de Risco D de 118 pessoas. Para efeitos de evacuação (vias e saídas) o efectivo em locais de Risco D é majorado por 1,3. Nas peças desenhadas o efectivo marcado com esse (s) indica que o mesmo está sobredimensionado (calculado pelo total da área do espaço, não pela área útil), e marcado com asterisco (*) sem coexistência simultânea (não contabilizado para o efectivo total 2

As áreas, efetivo e classificaçãos dos locais figuram nas peças desenhadas nos respectivos espaços. 1.4. Classificação e identificação do risco 1.4.1. Locais de risco Quanto ao risco de incêndio, temos a seguinte classificação: Salas de aula e circulações integrantes por aglomeração de espaços: Risco B Salas técnicas, Gestão Documental, Cozinha: Risco C (o local de implantação da Central de Incêndio foi também isolado e compartimentado nas condições de local de Risco C) Refeitório/Sala Polivalente (pela percentagem de ocupação por pessoas limitadas na mobilidade, percepção e reacção a um alarme), Salas Atividades/ocupação e Polivalente do Jardim de Infância: Risco D Restantes locais são considerados do risco A ou sem classificação (pela não permanência de pessoas e não equadramento em espaços de Risco C ou F) Nas peças desenhadas estão indicados o risco associado ao locais e respectivo efectivo. Nota: Alguns locais figuram com 2 classificações de risco, sendo uma a atribuída directamente ao local e outra pelo enquadramento do local na utilização e compartimentação (aglomeração de espaços) do edifício num todo; sendo pois aplicáveis as condições mais gravosas de cada classificação. 1.4.2. Factores de classificação de risco aplicáveis De acordo com o disposto nos quadros referidos no nº1 do artigo 12º, temos para este edifício, os seguintes factores de risco: A altura da utilização-tipo (4 9m) O efectivo (417 pessoas 500 pessoas) O efectivo em locais de risco D (118 100) Para efeitos de evacuação (vias e saídas) o efectivo em locais de Risco D é majorado por 1,3. 1.4.3. Categorias de risco Com base no efectivo locais de Risco D, o edifício é considerado de 3ª categoria de risco. 3

2. Condições exteriores 2.1. Vias de acesso e Prontidão O edifício possui três pontos de acesso a viaturas de emergência, pelo alçado principal junto à via pública, 2 de topo que permitem a penetração no recinto e um central,acesso principal. Esta via pública, sendo uma rua secundária (Rua nova a ser executada aquando da implementação deste edificado) possui uma largura livre de cerca de 7,0m e será exclusiva para acesso ao CEPM, localizando-se entre a Rua Francisco Serra Frazão, a Norte e a Av Dr. Francisco Sá Carneiro, a Sul. Os acessos laterais ao recinto permitem o acesso às fachadas do edifício principal e o acesso a norte permite também o acesso ao edifício secundário, apesar desta via conter um impasse de cerca de 60m, estão colocados marcos de incêndio no início (ainda na via pública) e no fim desta via de acesso lateral. Não existem quaisquer tipos de limitações quanto à altura útil das vias de acesso. A distância à Corporação de Bombeiros mais próxima é cerca de 500 metros, sendo o tempo espectável de intervenção inferior a 5min após o alerta exterior. A Corporação de Bombeiros de Porto de Mós (Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós) deverá deter os meios considerados necessários para o grau de prontidão exigível, conforme quadro seguinte: Tipo de Veículos de Socorro VLCI Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios VUCI Veículo Urbano de Combate a Incêndios VTTU Veículo Tanque Táctico Urbano ABSC Ambulância de Socorro VETA Veículo c/ Equipamento Técnico de Apoio (gerador) VETA Veículo c/ Equipamento Técnico de Apoio (enchimento para 10 aricas ) VCOT Veículo de Comando Táctico ou VCOC Veículo de Comando e Comunicações Guarnições Mínimas por Número de Veículos Veículo 4 1 5 1 2 1 3 1 2 1 2 1 2 1 2.2. Acessibilidade às fachadas O edifício, possuindo uma escadas exteriores permitirá o acesso directo à fachada (piso superior) neste ponto. É também possível ao longo de todo o alçado principal o acostamento de viaturas de emergência a uma distância em projecção horizontal, inferior a 8m. Esta fachada, bem como todas as outras, possui vãos com abertura projectante e com dimensões superiores de 1,05x1,35m, podendo deste modo qualquer um ser tomado como ponto de penetração. Existe ainda uma área técnica exterior que possui uma porta de acesso directo, com resguardo de maquinaria de 4,0m podendo ainda pelo tardoz aceder-se por este ponto exterior. 4

Assim o edifício possuirá pontos de penetração em número que excede o mínimo de um ponto por cada 800 m 2. Podendo o ataque a um eventual sinistro efetuar-se a partir de qualquer um dos pisos. 2.3. Limitações à propagação do incêndio pelo exterior O edifício objecto deste projecto não possui zonas em confrontação com edifícios vizinhos, estando a uma distância superior a 4 metros de qualquer edifício pré-existente. A reacção ao fogo dos materiais aplicados nas fachadas do edifício e respectivos vãos será, pelo menos: D-s3 d1, para os revestimentos exteriores aplicados directamente sobre fachadas sem aberturas; C-s2 d0, para os revestimentos exteriores aplicados directamente sobre fachadas com aberturas e os materiais dos elementos transparentes dos vãos; D-s3 d0 para as caixilharias, estores ou persianas em vãos. Para os revestimentos exteriores descontínuos, afastados das fachadas, que envolvam mais do que piso, deixando uma caixa-de-ar entre a fachada e o revestimento, a reacção ao fogo será de, pelo menos: C-s2 d0 para a estrutura de suporte do isolamento, para os revestimentos exteriores e os que confinam com o espaço ventilado; D-s3 d0, para o isolante térmico. No caso de sistemas compósitos para isolamento térmico exterior com revestimento sobre isolante (ETICS), das fachadas que envolvam mais do que piso, a reacção ao fogo será de, pelo menos: C-s3 d0, para o sistema completo; E-d2, para o isolante térmico. 2.4. Disponibilidade de água para os meios de socorro Serão instalados marcos de incêndio, junto às entradas do edifício e periferia de forma a ficarem a menos de 30m das saídas que façam parte das vias de evacuação e alimentados pela rede de distribuição pública, caso se verifique necessário de acordo com as condições pré-existentes, num número mínimo de 5. Os referidos marcos estarão conformes a norma NP EN 14384 e respeitarão também a Nota Técnica n.º 7 da ANPC. Serão alimentados directamente da rede por ramal de ligação com calibre mínimo de = 100 mm, dotado de válvula, sendo a rede dimensionada para a operação de um marco de incêndio à pressão mínima de 150 kpa e com um caudal de 20 l/s. 5

3. Resistência ao fogo de elementos de construção 3.1. Resistência ao fogo de elementos estruturais e incorporados em instalações Os elementos estruturais do edifício possuirão as seguintes qualidades de resistência ao fogo: R90, para elementos que desempenhem apenas a função de suporte; REI90, para elementos que desempenhem cumulativamente as funções de suporte e de compartimentação. Os elementos incorporados (na generalidade): As cablagens serão protegidas de modo a minimizar ignições ou a propagação de eventuais incêndios. No caso de servirem os sistemas ou equipamentos necessários à segurança, será garantida ainda a manutenção da sua funcionalidade em caso de incêndio, pelo que essas cablagens bem como os seus acessórios, tubos e meios de protecção, serão protegidos conforme se expõe a seguir. A referida protecção não se considera necessária para os percursos no interior de câmaras corta-fogo de vias de evacuação verticais protegidas. Nos restantes casos será satisfeita pelo cumprimento de uma das seguintes condições de protecção desses elementos: Estarem inseridos em ducto próprio que garanta o tempo de funcionamento requerido para o dispositivo ou sistema que servem; Estarem embebidos em elementos de construção com um recobrimento que os proteja durante o tempo de funcionamento requerido para o dispositivo ou sistema que servem; Possuírem uma resistência ao fogo (P ou PH, consoante o caso) com o escalão de tempo necessário ao dispositivo ou sistema que servem. Os tempos de funcionamento (escalão de tempo) em situação de incêndio referidos serão no mínimo os indicados no quadro seguinte, para cada sistema de segurança. Tempo de funcionamento mínimo para cada sistema de segurança Aplicação da instalação de energia ou de sinal Sistemas de alarme e detecção de incêndios Iluminação de emergência e sinalização de segurança suportada por fonte central de energia Controlo de fumo, pressurização de água para combate ao incêndio, ascensores prioritários de bombeiros, ventilação de locais afectos a serviços eléctricos, sistemas e meios de comunicação necessários à segurança contra incêndio, sistema de bombagem para drenagem de águas residuais e Locais Risco F 3.2. Isolamento entre utilizações-tipo distintas Tempo 30 min 60 min 90 min Não existe nenhum espaço considerado como utilização tipo diferente da principal que é UT IV, Escolares. O única situação susceptível seria o conjunto refeitório sala polivalente, no entanto não foi considerado, esta situação deve-se pelo enquadramento explanado no caderno Prociv 16 relativamente à integração da sala polivalente e do refeitório. Atribuindo-se à sala polivalente a ocupação de 1Pessoa/m2 bem como ao refeitório, ultrapassando este a ocupação de 200pessoas (206) pela área total, no entanto o layout de ocupação ao explorar a área útil apenas prevê uma ocupação máxima de 148 pessoas, não sendo pois de considerar uma utilização tipo distinta. 6

Estes espaços aglomerados num compartimento de risco B/D estão devidamente isolados e compartimentados por elementos EI60 e vãos E30c de acordo com o previsto para a compartimentação geral e EI90 e Vãos E60c nos espaços confinantes com maior exigência. 3.3. Compartimentação geral corta-fogo No edifício principal foi adoptada a compartimentação por aglomeração de espaços não perfazendo no seu total áreas uteis superiores a 400m2 (incluindo o compartimento composto pelo refeitório/sala polivalente, ao nível do piso térreo com 3 saídas directas ao exterior com pelo menos 2 unidades de passagem cada, perfazendo a área deste compartimento cerca de 302m2), sendo que cada compartimento poderá contemplar (de acordo com o artº 18º da portaria 1532/2008) mais que um único piso. Estão assim criados 7 compartimentos principais (excluindo circulações compartimentadas, cozinha e áreas técnico-funcionais), existindo um compartimento (compartimento C3), com mais do que um piso, englobando uma circulação vertical. Foram ainda compartimentadas as áreas técnicas incluindo as duas exteriores, ao nível do piso1. Esta aglomeração de espaços altera a classificação de risco da nalguns dos espaços passando na generalidade das salas de locais de risco A para a inserção em compartimentos de risco B e pontualmente para risco D. A compartimentação no edifício, também por questões de homogeneização, efectua-se por meios de elementos de resistência EI60 e/ou REI60 e vãos E30c nos corredores, não possuindo, estes, comprimentos superiores a 30 metros, mantendo-se as portas (em situação normal) abertas através da acção de electro-imans. Estes dispositivos serão controlados pelo SADI, devendo soltar as portas, que se fecharão em caso de incêndio. Os caminhos de evacuação horizontais dispensam isolamento e protecção pois estão inseridos dentro dos compartimentos, à excepção do corredor no piso superior junto ao acesso à área técnica exterior e compartimento C7; esta via de evacuação devidamente isolada, possui controlo de fumo por varrimento. As vias verticais de evacuação (escadas) dispensam isolamento e protecção pelo nº 9 do artº 64º da portaria 1532/2008, pois não constituem (nenhuma delas) a única via vertical de evacuação dos compartimentos de risco B, podendo sempre a evacuação realizar-se através de outro compartimento e deste para o exterior ou para uma via de evacuação protegida (que neste caso dispensam a proteção), no entanto a via de evacuação vertical central, constitui uma via de evacuação isolada e protegida, fazendo conjunto com o hall que lhe dá acesso em ambos os pisos, permitindo a evacuação sempre protegida através da circulação horizontal superior (compartimento C7). A compartimentação geral adotada e as condições do edifício permitem de acordo com o Caderno Prociv 16, a evacuação direta de cada um dos compartimentos para outro compartimento adjacente e deste para o exterior, acepção prevista pela generalização do nº2 do artº22 da portaria nº1532/2008 de 29 de Dezembro. Deste modo foram também seguidas as permissas indicadas no Caderno Prociv 16. 3.4. Isolamento e protecção de locais de risco Os locais de risco B possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 30 e REI 30 (sendo adoptado 60minutos em vez de 30); 7

Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 15 C (sendo adoptados 30minutos em vez de 15). Os locais de risco C possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção: Coretes: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60; Locais afectos a serviços eléctricos: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60; Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 30 C. Os locais de risco D possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção: Coretes: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60; Locais afectos a serviços eléctricos: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60; Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 30 C. Os locais de risco F possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção: Coretes: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 90 ou REI90; Locais afectos a serviços eléctricos: Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 90 ou REI90; Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 45 C. 3.5. Isolamento e protecção de meios de circulação 3.5.1. Protecções das vias horizontais de evacuação Os caminhos horizontais de evacuação (corredores/circulações comuns horizontais interiores) acessíveis ao público possuirão a largura mínima de 2 UP. As vias horizontais de evacuação devem de conduzir a vias verticais de evacuação ou ao exterior do edifício. 8

Como já descrito, os caminhos de evacuação encontram-se inseridos dentro dos compartimentos, logo sujeitos às medidas de isolamento e protecção dos mesmos, à excepção da referida via horizontal no piso superior de utilização ao compartimento C7, estando devidamente isolada e protegida por elementos resistentes EI60 e vãos E30c, com controlo de fumos por varrimento. 3.5.2. Protecções das vias verticais de evacuação Neste edifício, as vias de evacuação verticais dispensam a condições de isolamento e protecção (conforme já descrito pelo nº 9 do artº 64º da portaria 1532/2008) pois não perfazem a única solução de evacuação (cada uma delas), além da que está centralizada (escada 1) inserida no compartimento com o átrio e entrada principal estando isolada por elementos EI90 e vãos E45c e protegida por controlo de fumos por sobrepressão, a escada 02 é exterior, livre de fumos (isolada por elementos EI e REI90) e a escada 03 está inserida no compartimento de risco B C3, sujeita às medidas inerentes a este. 3.5.3. Isolamento de outras circulações verticais Não existem outras circulações no edifício que estejam abrangidas por condições extra de isolamento e protecção, apenas as previstas para os compartimentos onde as mesmas se inserem. 3.5.4. Isolamento e protecção das caixas dos elevadores O elevador está compartimentado com elementos REI90 (paredes resistentes) e vãos E30c (de acordo com o nº 1 do artº27º da portaria 1532/2008). 3.5.5. Isolamento e protecção de canalizações e condutas (Genericamente) As canalizações e as condutas que possuam diâmetro superior a 315 mm (ou secção equivalente) e as atravessem paredes ou pavimentos para os quais se exige uma qualidade resistente ao fogo serão alojadas em ductos, com excepção das condutas de sistemas de ventilação ou de tratamento de ar, que possuirão as características referidas no ponto (Ventilação e condicionamento de ar) desta memória descritiva. Nos atravessamentos de elementos de construção resistentes ao fogo, as condutas ou canalizações com diâmetro nominal superior a 75 mm (ou secção equivalente) serão dotadas de meios de isolamento que garantam a classe de resistência ao fogo exigida para os elementos atravessados. Adicionalmente, os troços de canalizações ou condutas com diâmetro nominal superior a 125 mm (ou secção equivalente) que se desenvolvam no interior de locais de risco C, referidos nesta memória descritiva, serão dotados de meios de isolamento que garantam a classe de resistência ao fogo padrão exigida para a envolvente desses locais. Os septos, registos (corte) e atravessamentos e respectivos isolamentos deverão cumprir com a classe de protecção/resistência do elemento atravessado 9

4. Reacção ao fogo de materiais 4.1. Revestimentos em vias de evacuação (Genericamente) A reacção ao fogo dos materiais de revestimento utilizados nos revestimentos de vias de evacuação respeitará, no mínimo, as condições que se indicam a seguir: 4.1.1. Vias horizontais Circulações horizontais: Pavimentos classe DFL-s3; Paredes e tectos classe C-s3 d1. Neste caso não existentes, pois estão iseridas dentro dos compartimentos corta-fogo. 4.1.2. Vias verticais Escadas exteriores: Pavimentos classe CFL-s1; Paredes e tectos classe A2-s1 d0. 4.1.3. Câmaras corta-fogo Não existentes 4.2. Revestimentos em locais de risco A reacção ao fogo dos materiais de revestimento utilizados nos locais de risco respeitará, no mínimo, as condições que se indicam no quadro seguinte. Elemento Local Risco A Risco B Risco C Risco D,F Paredes e tectos D-s2 d2 A2-s1 d0 A1 A1 Pavimentos EFL-s2 CFL-s2 A1FL CFL-s2 4.3. Outras situações Ainda serão cumpridos os requisitos mínimos de reacção ao fogo que se indicam a seguir: Materiais de septos em ductos classe A1; Condutas de ar, de evacuação de efluentes de combustão ou do sistema de controlo de fumo classe A1; Materiais de isolamento exterior de condutas de ar classe A1; Tectos falsos: Materiais constituintes classe C-s2 d0; 10

Materiais de equipamentos embutidos para difusão de luz, não ultrapassando 25% da área total do espaço a iluminar classe D-s2 d0; Elementos de suporte e fixação classe A1; Materiais de construção do mobiliário fixo classe C-s2 d0; Elementos de informação, sinalização, decoração ou publicitários, dispostos em relevo ou suspensos, nas vias de evacuação não ultrapassando 20% da área da parede ou do tecto classe B-s1 d0. 5. Evacuação Define-se como caminhos de evacuação os núcleos de comunicações verticais convenientemente localizados e em número adequado e de circulações horizontais devidamente isolados e protegidos, que asseguram uma evacuação fácil, rápida e segura do efectivo do edifício em situações de emergência, compreendendo o princípio de tomar como prioritária a evacuação na horizontal. Os caminhos de evacuação foram dimensionados de acordo com o número de efectivo susceptíveis de os utilizar, com um número mínimo de 2UP, uma UP por cada 100 pessoas, mais uma. Foi adoptado que nos compartimentos, desde que tenham área útil superior a 400 m2, deve também ser subcompartimentados por elementos da classe de resistência ao fogo padrão EI60,REI60, E30c para paredes não resistentes, paredes resistentes (estrutura) e portas respectivamente, tornando possível a evacuação horizontal dos ocupantes por transferência de um para outro dos subcompartimentos de acordo com o carderno prociv 16 e com a generalização do nº 2 do artº 22º da portaria nº1532/2008. 5.1. Evacuação dos locais Os caminhos de evacuação devem permitir uma evacuação rápida e segura dos ocupantes para o exterior; Devem ainda estar ordenados e distribuídos, de forma a desembocar independentemente uns dos outros numa rua ou espaço livre, para possibilitar aos ocupantes afastarem-se do edifício; Não devem ser colocados peças de mobiliário nem quaisquer obstáculos que possam dificultar a circulação e representar um risco de propagação de incêndio; Não devem ser colocados espelhos susceptíveis de induzir em erro os ocupantes relativamente ao sentido correcto do percurso para as saídas e para as escadas; As portas situadas nos caminhos de evacuação deverão ser munidas de um dispositivo automático que as mantenha fechadas (não trancadas) em situação de sinistro; A porta de saída de um caminho de evacuação deverá poder ser, em qualquer circunstância, facilmente aberta pelo interior do estabelecimento por qualquer pessoa que, em caso de sinistro, tenha de abandonar o edifício Todos os percursos que incluem escadas com largura igual ou superior a 2UP possuem corrimão de ambos os lados e degraus com revestimento antiderrapante. 11

A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação deve ser assegurada desde o pavimento até à altura útil de 2 m. Sem prejuízo de soluções mais gravosas, a largura mínima das saídas deve ser de 2 UP quando o efectivo no edifício é igual ou superior a 200 pessoas. No nosso caso o efectivo por piso é superior a 200 pessoas e inferior a 200 pessoas/compartimento (à excepção do Refeitório/Sala Polivalente). No entanto, existem situações que constituem excepções, como sejam: As saídas dos locais de risco A com efectivo inferior a 20 pessoas dotadas de portas de largura normalizada inferior a 1UP; Nos locais de risco B (todas as salas ao nível do piso térreo) possuem saídas diretas ao exterior com no mínimo 1UP, para além das circulações principais com saídas com no mínimo 2UP, e salas com um efectivo superior a 50 pessoas que disporão de duas saídas, totalizando um mínimo de 2UP. Nos locais de risco A, B e D o mobiliário, os equipamentos e os elementos decorativos devem ser aplicados para que os percursos até às saídas sejam clara e perfeitamente definidos. 5.1.1. Dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas 5.1.2. Distribuição e localização das saídas As portas existentes nos caminhos horizontais de evacuação que sirvam mais de 50 pessoas devem abrir facilmente no sentido da evacuação e dispôr de sinalização indicativa do modo de operar. As portas inseridas nos percursos de evacuação do edifício não possuirão ferrolhos ou sistemas de bloqueamento dos fechos que inviabilizem a sua abertura em caso de emergência. Exceptuam-se as portas das saídas de espaços que, pela natureza dos ocupantes (utentes com limitações ou outras), não devam poder ser abertas em situação normal, possuirão dispositivo de segurança positiva que iniba, em situação normal, a actuação da sua abertura e que será desactivado em situação de emergência por qualquer dos seguintes processos: Comando automático da central do SADI, em caso de alarme de incêndio; Comando manual accionável pelos funcionários que se encontram em permanência nos respectivos espaços. A distância máxima a percorrer de qualquer ponto de um local até se atingir uma saída, uma via de evacuação protegida ou outro compartimento corta-fogo (com acesso directo ao exterior) devidamente isolado e protegido, não ultrapassará o máximo constante da legislação aplicável (30 m), sendo os percursos em impasse limitados a 15 m. Existem nos compartimentos caminhos de evacuação com impasses parciais, permitindo no entanto a alternativa até se percorrerem 15m, distando as opções distintas a menos de 30 metros do ponto útil de qualquer espaço. No edifício principal existem três saídas uniformemente distribuídas no piso superior pela configuração do edifício (uma centralizada e uma em cada extremidade da edificação principal, sendo estas exteriores), podendo na sua totalidade retirar até 630pessoas deste piso (mínimo de 1,80m de largura em cada escada). No piso inferior todas as salas com Risco D de aula/actividades/atl terão saídas diretas ao exterior (1UP) bem como no conjunto refeitório/sala Polivalente que terá 5 saídas diretas ao exterior com pelo menos 2UP cada No edifício secundário, composto pelas instalações sanitárias de apoio e sala polivalente com cerca de 186m 2, existirão 3 saídas com 3UP no mínimo. 12

5.2. Caracterização das vias horizontais de evacuação O edifício apenas terá uma via de evacuação horizontal propriamente dita (isolada e compartimentada, não inserida num compartimento) com um desenvolvimento de cerca de 15metros. Os caminhos horizontais de evacuação (corredores/circulações comuns interiores) possuirão a largura mínima de 3 UP e possuirão um percurso tão recto e curto quanto possível, além das condições já descritas possuirão ainda características seguintes: Não existirão degraus em número inferior a 3 (altura de espelho 15-18cm) Não existirão saliências no pavimento nem remates superiores a 2cm, devendo ser sinalizados. Se existirem rampas deverão ter no máximo 6% de inclinação (ou 8% justificando) com revestimento antiderrapante. Terão uma altura livre mínima de 2,0m Os elementos de decoração, equipamentos, placas poderão ser instalados desde que sejam solidamente fixados, não reduzam as larguras mínimas impostas em mais de 0,1m e não possuam saliências susceptíveis de prender o vestuário ou os objectos normalmente transportados pelos ocupantes. Poderá ser reduzida a largura de forma contínua até 1,1m de altura num máximo de 0,1m para circulações com mais que 1UP. 5.3. Caracterização das vias verticais de evacuação As escadas, para além das condições de isolamento e protecção descritas: Disporão de, pelo menos, um corrimão; Declive máximo de 78 % (38º); Número de lanços consecutivos sem mudança de direcção no percurso não superior a 2; Número de degraus por lanço compreendido entre 3 e 25; Todos os degraus em cada lanço terão as mesmas dimensões; Distância a percorrer no patamar intermédio da escada, medida ao eixo, não inferior a 1 m. Todas as escadas possuirão a largura mínima de 3UP. 5.4. Localização e caracterização das zonas de refúgio Neste edifício não é necessário a introdução de zonas de refúgio 6. Instalações Técnicas 6.1. Instalações de energia eléctrica As instalações eléctricas dos edifícios cumprirão as disposições legais e normas em vigor, nomeadamente as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, aprovadas pela Portaria Nº949-A/2006 de 11 de Setembro e Decreto Lei 226/2005 de 28 de Dezembro. No projecto das instalações eléctricas, elaborado sob a responsabilidade dum Técnico credenciado pela Direcção Geral de Energia, os aspectos regulamentares referidos serão inteiramente respeitados. 13

6.1.1. Fontes centrais de energia de emergência e equipamentos que alimentam Existirá fonte central para garantir a alimentação de energia eléctrica de emergência, a cada um dos seguintes dispositivos e equipamentos: Pressurização de águas para combate a incêndios Controlo de Fumos Sistemas de Segurança necessários à comunicação (em duplicação com alimentação local) Posto de Segurança (funcionamento operacional) As fontes locais e central de energia de emergência possuirão condições que garantam a autonomia mínima que se indica no quadro seguinte. Autonomia das fontes de alimentação de emergência Fonte de alimentação Autonomia Fontes locais das centrais do SADI Fontes locais para iluminação de emergência e sinalização de segurança Fontes locais de outros meios de comunicação necessários à segurança Fonte central (gerador) 72 horas 60 min 60 min 90 min O gerador será localizado no exterior devidamente resguardado 6.1.2. Fontes locais de energia de emergência e equipamento que alimentam Existirão diversas fontes locais para garantir a alimentação de energia eléctrica de emergência, que serão baterias estanques dedicadas, pelo menos, a cada um dos seguintes dispositivos e equipamentos: Iluminação de emergência e sinalização de segurança; Retenção de portas resistentes ao fogo; Obturação de outros vãos e condutas; Sistemas de detecção e de alarme de incêndios, bem como, de gases combustíveis ou dispositivos independentes com a mesma finalidade; Sistemas e meios de comunicação necessários à segurança contra incêndios; Nos locais de risco B, no posto de segurança e recepção, a protecção dos circuitos de iluminação normal deve ser efectuada de modo a que um defeito de isolamento num circuito não prive o espaço de iluminação. 6.1.3. Condições de segurança de grupos electrogéneos e unidades de alimentação ininterrupta As UPS com potência nominal superior a 40 kva, serão instaladas em compartimentos corta-fogo, cujas condições de isolamento e protecção serão garantidas pelos seguintes elementos: Paredes interiores ou pavimentos com uma resistência ao fogo mínima de REI ou EI 60; 14

Portas que guarnecem os vãos abertos nessas paredes com uma resistência ao fogo mínima de E 30. No entanto o tipo de equipamento previsto terá potencias inferiores a 10kVa, existindo sempre junto ao local de instalação extintores de CO2. 6.1.4. Cortes geral e parciais de energia Os quadros eléctricos devem ser instalados à vista ou em armários próprios para o efeito sem qualquer outra utilização, devendo ter, em ambos os casos, acesso livre de obstáculos de qualquer natureza, permitindo a sua manobra e estar devidamente sinalizados, quando não for fácil a sua identificação. A potência estipulada de cada quadro deve ser entendida como a correspondente ao somatório das potências nominais dos aparelhos de protecção dos alimentadores que lhes possam fornecer energia simultaneamente. O quadro eléctrico geral encontra-se junto à entrada principal do edifício e os secundário estão disposto ao longo do edifício, estando representados nas plantas da especialidade. Podendo proceder-se ao corte geral quer através de botoneira de corte junto à entrada, quer através da CDI no posto de segurança. Deverão existir os seguintes cortes (nos locais de corte assinalados em planta) Corte geral de electricidade Corte de Segurança (gerador/ups de segurança) Corte de UPS (caso o edifício disponha deste equipamentos; considera-se ainda que a botoneira de corte geral possa cortar a alimentação da UPS, desde que esta apenas suporte equipamentos desnecessários para efeitos de Segurança.) Nota: Os sistemas de Gestão Técnica Centralizada, não devem interferir com as instalações relacionadas com a segurança contra incêndio, podendo apenas efectuar registos de ocorrências. 6.2. Instalações de aquecimento 6.2.1. Condições de segurança das Centrais Térmicas Não se prevê a instalação interior de centrais térmicas, estando o equipamento no exterior devidamente isolado e compartimentado com elementos de características para locais de risco C. Nos locais de instalação existirão botoneiras de alarme e extintores de CO2 e serão também instalados extintores de Pó Quimico ABC até uma distância máxima de 15m. 6.2.1. Condições de segurança da aparelhagem de aquecimento O sistema de aquecimento ambiente do edifício será baseado ou em sistema de tratamento de ar ou em aparelhos autónomos exclusivamente alimentados a energia eléctrica. 15

Se existirem aparelhos autónomos de aquecimento colocados em locais de risco B ou nas circulações horizontais que façam parte dos caminhos de evacuação encontrar-se-ão rigidamente fixos a paredes ou ao pavimento, ou deslocalizados dos percursos de evacuação. 6.3. Instalações de confecção e de conservação de alimentos a) Instalações de Aparelhos As instalações de confecção de alimentos não possuem uma potência de gás instalada superior a 70kW, sendo consideradas locais de risco C, estando devidamente compartimentadas e sujeitas às medidas de isolamento e protecção previstas para estes locais. b) Ventilação e extracção de fumo e Vapores c) Dispositivos de Corte e Comando de Emergência Existem distribuídos uniformemente extintores de CO2 e pó químico ABC. Existe também no local um corte de abastecimento de gás combustível bem como um detector de fugas do mesmo e existem botoneiras de alarme junto à saída. O corte de gás combustível também poderá ser feito no exterior (na caixa de entrada) manualmente ou automaticamente por ordem da CDI. No exterior à cozinha também se encontra o corte eléctrico pelo quadro parcial. 6.3.1. Instalação de aparelhos As instalações de confecção de alimentos não possuem uma potência de gás instalada superior a 70kW, sendo consideradas locais de risco C, estando devidamente compartimentadas e sujeitas às medidas de isolamento e protecção previstas para estes locais. A instalação: Não deverá ter uma potência eléctrica útil total superior a 250kW Os aparelhos móveis deverão ter potências até 4kW Deverá distar a 2m do público 6.3.2. Ventilação e extracção de fumo e vapores O local da confecção é dotado de uma hotte (construída em material de reacção ao fogo A1) por cima dos queimadores, equipada com filtro de gorduras e com potência de desenfumagem em caso de sinistro, possuindo uma instalação local. Está prevista a ventilação mecânica do local (conforme projecto da especialidade), existirá comando manual da exaustão em ponto acessível. O abastecimento de gás terá encravamento pelo ventilador de extracção da Hotte, electroválvula normalmente fechada com abertura com o funcionamento do ventilador. 16

6.3.3. Dispositivos de corte e comando de emergência Existem distribuídos uniformemente extintores de CO2 e pó químico ABC. Existe também no local um corte de abastecimento de gás combustível bem como um detector de fugas do mesmo e existem botoneiras de alarme junto à saída. O corte de gás combustível também poderá ser feito no exterior manualmente ou automaticamente por ordem da CDI. No exterior à cozinha também se encontra o corte eléctrico pelo quadro parcial. Além de uma electroválvula normalmente fechada no abastecimento de gás, conforme descrito no ponto anterior, deverá de existir outra normalmente aberta, ligada ao comado da CDI para efectuar o referido corte. Será ainda possível disparar o ventilador em desenfumagem através de comando manual (além do comando através da CDI) instalado no interior da cozinha. 6.4. Evacuação de efluentes de combustão Como equipamentos com produção de efluentes de combustão, temos o Gerador, as Caldeiras e o Fogão na cozinha. Devido à sua localização no exterior, inseridos na área técnica com acesso directo do piso superior, devidamente resguardado, as seguintes premissas encontram-se satisfeitas, para o Gerador e Caldeiras: Deve ser prevista a evacuação dos efluentes de combustão do gerador e caldeiras, de modo a que esta seja feita para o exterior do edifício por meio de condutas estanques construídas com materiais da classe A1 e isolamento EI90 e que possuam reduzida permeabilidade, devendo ser instaladas de modo a que estejam elevadas no mínimo 0.5m acima da cobertura do edifício que servem; A distância, medida na horizontal, a qualquer obstáculo que lhes seja mais elevado não seja inferior à diferença de alturas, com um máximo de 10m; O seu acesso seja garantido, para efeitos de limpeza, manutenção, ou intervenção em caso de incêndio. Relativamente ao fogão a exaustão irá efectuar-se conforme já descrito nos pontos anteriores 6.5. Ventilação e condicionamento de ar Os sistemas de ventilação e de tratamento de ar a instalar, satisfarão os seguintes requisitos: A alimentação de unidades individualizadas de ar condicionado será cortada, por comando da central do sistema automático de detecção de incêndios (SADI), em caso de alarme de incêndio; A alimentação a todos os ventiladores será igualmente cortada, por comando da central do SADI, em caso de alarme de incêndio; Se existirem condutas de ar nos sistemas de ventilação e ar condicionado, essas condutas respeitarão, ainda, as seguintes condições: Serão constituídas por materiais cuja reacção ao fogo será da classe A1L, com excepção dos acessórios de dispositivos terminais de condutas exclusivas aos locais que servem; 17

Nos eventuais atravessamentos de elementos com função de compartimentação ao fogo existirão registos com a mesma qualidade resistente ao fogo dos elementos que atravessam. Estes registos serão fechados por comando da central do SADI, em caso de alarme de incêndio; Excepto se forem utilizados permutadores de calor em que a temperatura do fluido no circuito primário seja inferior a 110ºC, a instalação de tratamento de ar possuirá dispositivo de segurança que assegure automaticamente a paragem dos ventiladores e de eventuais aparelhos de aquecimento, quando a temperatura do ar na conduta ultrapasse 120 ºC; As baterias de resistências eléctricas, eventualmente existentes nas condutas de ar forçado, serão protegidas por invólucros constituídos por materiais da classe de reacção ao fogo A1 devendo, ainda, respeitar as seguintes condições: Os materiais combustíveis eventualmente existentes, no interior das condutas, junto a essas baterias serão resguardados da radiação directa das resistências; Imediatamente a jusante de cada bateria, a uma distância não superior a 0,15 m, serão instalados curto-circuitos térmicos que assegurem o corte no fornecimento de energia às baterias quando a temperatura do ar na conduta ultrapasse 120 ºC; A alimentação de energia eléctrica das baterias centrais ou terminais será impossibilitada em caso de não funcionamento dos ventiladores de impulsionamento de ar. Os elementos de filtragem de ar utilizados em centrais de tratamento com capacidade superior a 10 000 m3 de ar por hora satisfarão as seguintes condições: As caixas que os comportam serão construídas com materiais da classe A1 excepto no que se refere a colas e a juntas de estanquidade, e serão afastadas de 0,2 m de quaisquer materiais combustíveis, ou deles separadas por painéis que assegurem protecção equivalente; Imediatamente a jusante de cada conjunto de filtros serão instalados detectores de fumo, inseridos em circuito independente do SADI, que assegurem o corte no fornecimento de energia aos ventiladores e às baterias de aquecimento, quando existam, bem como a interrupção da conduta respectiva, por comando da central do SADI; Junto ao acesso das caixas que alojam filtros serão afixadas placas metálicas com a inscrição «Perigo de incêndio Filtro com poeiras inflamáveis». Todos os comandos referidos neste ponto serão de segurança positiva, possuirão comando manual alternativo e a reposição da situação normal (rearme) processar-se-á sempre de forma manual. Os comandos pela central do SADI referidos neste ponto respeitarão o esquema de accionamento constante desta memória descritiva. 6.6. Ascensores 6.6.1. Condições gerais de segurança O ascensor será equipado com dispositivos de chamada em caso de incêndio, accionáveis por operação de uma fechadura localizada junto das portas de patamar do piso de saída, mediante uso de chave especial, e também a partir da central do sistema automático de detecção de incêndio que cobre o edifício. Esses dispositivos terão os seguintes efeitos: Envio das cabinas para o piso de saída, onde ficarão estacionadas com as portas abertas; 18