NOSSA ASPIRAÇÃO JUNHO/2015. Visão Somos uma coalizão formada por associações



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Transcrição:

JUNHO/2015 NOSSA ASPIRAÇÃO Visão Somos uma coalizão formada por associações empresariais, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos interessados em contribuir para a promoção de uma nova economia de baixo carbono, competitiva, responsável e inclusiva, e para maior sinergia entre as agendas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas, agricultura e mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Pretendemos promover e propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiro/ econômicos para o estímulo à agricultura competitiva e de baixo carbono, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável. A Coalizão aspira contribuir para o fim do desmatamento e da exploração ilegal de florestas, bem como para a expansão da produção de alimentos, produtos de base florestal e bioenergia de forma competitiva e sustentável. contexto Mudanças Climáticas Um dos principais desafios da humanidade Necessidade premente de reduzir as emissões globais de Gases de Efeito Estufa nas próximas décadas. 2015 em Paris Novo Acordo Climático Global As florestas têm uma profunda relação com as mudanças climáticas e são a maior fonte terrestre de armazenamento e captura de carbono da atmosfera. As atividades econômicas ligadas à cadeia de produtos florestais, quando apoiadas em manejo florestal Objetivo de conter o aumento da temperatura média global em 2 C em relação à era pré-industrial. sustentável e plantios florestais, são parte fundamental da economia de baixo carbono. O Brasil possui não apenas a segunda maior área florestal do planeta, como o maior estoque de biomassa. Ademais, é e continuará sendo uma liderança mundial na produção de alimentos. Nosso compromisso é organizar-nos e operar de forma multissetorial e multidisciplinar, visando criar concretas, claras e transparentes, para avançar nas agendas de clima, agropecuária e florestas.

A Coalizão aspira contribuir para: 3 Reduzir as emissões brasileiras de gases de efeito estufa de forma a garantir que, a partir de 2020, a emissão per capita seja sempre menor ou igual à média global e o Brasil trilhe o caminho para zerar as emissões líquidas o mais cedo possível. 3 Promover a restauração e/ou recuperação todas as áreas de preservação permanente e reserva legal de acordo com a legislação vigente. 3 Desenvolver plantios florestais econômicos em áreas degradadas, criando uma oferta de produtos florestais para o uso nas diversas cadeias produtivas, inclusive como forma a reduzir a pressão sobre as florestas nativas. 3 Promover a manutenção da cobertura vegetal nativa brasileira nos diferentes biomas nos níveis atuais e incentivar a restauração de áreas classificadas como prioritárias para conservação da biodiversidade. 3 Promover a eliminação da perda líquida de cobertura florestal e a manutenção das florestas primárias no Brasil. 3 Expandir a produção de alimentos, produtos de base florestal e bioenergia de forma competitiva e sustentável, promovendo a recuperação da capacidade de produção de áreas degradadas e a redução das emissões de gases de efeito estufa. 3 Eliminar o desmatamento e exploração ilegal de florestas no Brasil. 3 Eliminar das cadeias de produção, comercialização e consumo global produtos oriundos de desmatamento ou exploração ilegal. 3 Ampliar substancialmente o manejo sustentável das florestas nativas e garantir a rastreabilidade e certificação nas compras públicas e privadas de produtos florestais. 3 Aumentar de forma expressiva a participação brasileira no mercado global de produtos florestais e de alimentos. 3 Massificar na agropecuária brasileira as práticas de baixo carbono incluindo: recuperação de pastagens degradadas; integração lavoura-pecuária-floresta (ilpf) e sistemas agroflorestais (SAF); sistema plantio direto (SPD); fixação biológica de nitrogênio (FBN); aproveitamento de biomassa de resíduos agropecuários; tratamento de dejetos animais e intensificação sustentável da produção. 3 Tornar predominante, na matriz energética nacional, as fontes renováveis e sustentáveis, com vistas a tornar residual a participação de energias fósseis na matriz até 2050. 3 Implementar mecanismos para valorar e remunerar a manutenção e a ampliação dos serviços ecossistêmicos propiciados pelos ecossistemas naturais e florestas, incluindo as boas práticas agrossilvopastoris, para além dos mecanismos de pagamento por carbono, que precisam ser aperfeiçoados e incrementados. 3 Garantir a qualidade, tempestividade e total transparência dos dados da implementação das políticas de clima, floresta e agricultura e seus instrumentos de monitoramento e gestão (por exemplo, Cadastro Ambiental Rural, Programas de Regularização Ambiental, plano de manejo florestal sustentável, financiamento, desmatamento, emissões). 3 Fortalecer a rede de unidades de conservação em âmbito nacional e a efetiva implementação das unidades de conservação já criadas. 3 Assegurar que a transição para a sustentabilidade e a economia de baixo carbono nas florestas e na agricultura se dê de forma a promover ordenamento fundiário, inclusão, diálogo e proteção social das comunidades que formam a população brasileira, geração de novos empregos, aumento da geração de renda, manutenção e ampliação de direitos, qualificação e requalificação de trabalhadores e produtores rurais. A efetiva implementação do Código Florestal e da Política Nacional de Mudanças Climáticas bem como a valorização da agropecuária sustentável e da floresta em pé são exemplos de elementos essenciais deste esforço coletivo.

divididas em 17dois recortes: aspectos predominantemente transversais, que incluem itens de cunho legal e institucional e mecanismos de valorização do carbono e serviços ecossistêmicos aspectos predominantemente temáticos, considerando específicas para os setores florestal e agropecuário Implementação do Código Florestal, regularização fundiária e cooperação internacional Estabelecer procedimentos para garantir a Unificar todos os diferentes cadastros 1 nacional. implementação do CAR até 2016 e definição 3 relacionados ao uso da terra no país, em um de PRA até 2018, em 100% do território cadastro federal integrado. 5 Criar plano de regularização fundiária e Promover ampla transparência dos dados, ordenamento territorial até 2016, para 2 cadastros e sistemas de informações 4 solucionar conflitos decorrentes da relacionados aos aspectos ambientais e sobreposição de direitos sobre propriedade e fundiários do uso da terra. uso da terra até 2030. Estabelecer programa de cooperação sulsul para a difusão e compartilhamento de tecnologias brasileiras nas áreas florestal e agrícola. Mecanismos de valorização econômica do carbono e serviços ecossistêmicos Dar escala e garantia de liquidez aos Criar mecanismo regulatório de valorização 6 mecanismos existentes de valorização do econômica direta de energia e produtos 8 7 carbono. renováveis, por meio da demanda atrelada à produção de base não renovável. Implantar mecanismo global de pagamento anual pelos serviços ecossistêmicos de biomas brasileiros. Eixo florestal e agrícola 9 10 11 Produzir mapa anual de uso e cobertura da terra no Brasil. Produzir relatório anual de desmatamento. Aumentar as sanções, em nível econômico, fundiário e criminal a agentes que promovam ou permitam o desmatamento ilegal em toda ou em parte de suas propriedades. 12 13 14 Criar mecanismos para valorizar as boas práticas e a regularidade ambiental. Promover o incremento em larga escala de estoques florestais para múltiplos usos. Aumentar em 10 vezes a área de manejo florestal sustentável rastreada no Brasil, até 2030, e coibir a ilegalidade de produtos florestais madeireiros provenientes de florestas nativas. 15 16 17 Desenvolver projeto pré-competitivo de desenvolvimento da silvicultura de espécies arbóreas nativas do Brasil. Tornar a agropecuária de baixo carbono majoritária em todo o Brasil. Estabelecer padronização global de biocombustíveis e promover uma política nacional de valorização da produção de biocombustíveis e bioenergia.

Recomendações da Coalizão às Contribuições nacionalmente determinadas (INDC, no acrônimo em inglês) do Brasil Representam a intenção de contribuição de cada país ao esforço global de combate às mudanças climáticas Propostas a serem encampadas pelas empresas e organizações, de forma voluntária e independente de obrigatoriedade legal As empresas e organizações signatárias da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura pactuam os seguintes compromissos: Quatro princípios básicos foram considerados: Estabelecer a visão de longo prazo sobre emissões globais. 2 Definir o conceito/critério de porção justa do Brasil no esforço global para reduzir as emissões considerando as responsabilidades comuns, porém diferenciadas. 1 3 Propor a base lógica de um nível de ambição de redução de emissões para o Brasil. 4 Propor mecanismos, elementos e incentivos que viabilizem os princípios e compromissos a serem assumidos pela Coalizão e pelo Brasil. Nível de ambição de redução de emissões Para o Brasil O Brasil pode ter amplas possibilidades de alavancar seus ativos de capital natural em uma nova economia de zero carbono. Portanto, propomos um INDC que expresse as seguintes características: 3 Redução efetiva de emissões para toda a economia já no primeiro período de compromisso do novo acordo. 3 Aumento efetivo de remoções de GEE, incluindo as áreas florestal e agropecuária. 3 Compromisso de longo prazo do país em zerar as suas emissões líquidas conforme requerido pela ciência, no âmbito do cenário de 450 ppm do IPCC. 3 Compromisso de manter as emissões per capita menores que a média global a partir de 2020. Para atingir estes objetivos serão necessários implementar os seguintes pressupostos: 3 Acesso a políticas e incentivos econômicos reais, em níveis nacional e internacional, capazes de viabilizar o cumprimento de seus compromissos e de fazer com que a inserção do Brasil em arranjos globais se converta em oportunidade de aumentar a competitividade do país. 3 Implementação de iniciativas nacionais e internacionais de precificação do carbono. As principais economias emergentes, atualmente fora do Anexo 1, devem ter, no mínimo, compromissos e objetivos similares, inclusive no longo prazo. 3 Os países que atualmente integram o Anexo 1 assumam o compromisso de zerar suas emissões líquidas em meados do século. 1 2 3 4 5 6 Cumprir os prazos de implantação do Código Florestal Brasileiro, especialmente quanto ao CAR e ao compromisso a ser assumido no PRA. Promover o compliance com o Código Florestal Brasileiro em sua cadeia de fornecimento. Desmatamento ilegal zero em toda a sua cadeia de fornecimento. Desmatamento líquido zero em sua cadeia de fornecimento. Nas compras corporativas de produtos de florestas nativas, exigir a comprovação de que a madeira é legalmente controlada ou possui certificação FSC ou Cerflor. Passar a exigir a garantia de rastreabilidade para produtos de manejo florestal sustentável de florestas nativas, assim que esse sistema vier a ser implementado. Promover a elaboração de inventários de emissão de gases de efeito estufa e planos de ação para mitigação dessas emissões. Uma INDC brasileira com essas características contribuiria de forma inequívoca com o objetivo global de reduzir expressivamente as emissões para limitar o aumento da temperatura global em até 2 C ou menos.

www.coalizaobr.com.br Contato: Luana Maia e-mail: luana@coalizaobr.com.br