O QUE É PRESSÃO OCULAR? O QUE É GLAUCOMA?

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Marina Andrade Bergmann
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1 O QUE É PRESSÃO OCULAR? O QUE É GLAUCOMA? Maria de Lourdes Veronese Rodrigues FMRP-USP

2 Montagem de Maria Helena Andrade

3 FLUXO DE AQUOSO 2,5 µl/min POISEUILLE: F= (P 1 - P 2 ) π r 4 n 8 µ l F= (PO - Pv) C + Fu PO = (F/C +Fu) + Pv

4 Pressão de Perfusão Ocular

5 Fisiopatologia Revisão Anatômica do Ângulo de Drenagem Escoamento Produção Paula JS

6 DINÂMICA DO HUMOR AQUOSO n GRADIENTE DE PRESSÃO CA/ESPAÇO SUPRA- COROIDAL n C DEPENDE DA PRESSÃO OCULAR n DRENAGEM UVEOESCLERAL INDEPENDE

7 LEI DE IMBERT-FICK Pressão aplicada à superfície de esfera com líquido e perfeitamente elástica é sustentada pela contra-pressão do interior da esfera. - Conhecendo a força aplicada e a superfície aplanada, podemos medir a Pt. - Requisitos: superfície delgada, elástica e seca. - Empecilhos: C e T

8 PT = (F+T-C)/A 3mm: T=C PT = F/A 1g = 10 mmhg

9 PROBLEMAS DA TONOMETRIA DE GOLDMANN: n Diferentes espessuras n Cirurgia refrativa / LASIK n Grandes astigmatismos/ceratocone n Irregularidades/Opacificações n Ceratoconjuntivites

10 Tonometria (PIO) Paula JS Goldmann Aplanação Perkins Aplanação Portátil Schiotz Indentação Air-puff Indentação não-contato Pulsair 2000 (Keeler) Aplanação não-contato Tono-Pen Aplanação Portátil

11 APBP n Tonometro de Pascal Amplitude de pulso ocular

12 n DIFERENTES TONOMETROS QUE TÊM A PROPOSTA DE MINIMIZAR OS PROBLEMAS DA TONOMETRIA n PRATICIDADE

13 n DCT soma, mas não substitui. n Ainda não foi suficientemente estudado. A TONOMETRIA DE GOLDMANN CONTINUA ATUAL

14 Limites da PIO Glaucoma RARO Normal 2,5% PROVÁVEL Glaucoma Distribuição Normal da Po Surv Ophthalmol 1980; 25:

15 Valores (SBG): n 13,0 ±2,1 mmhg n Variação Média 5mmHg n Diferença entre os olhos 4mmHg n 21mm Hg HO

16 n PIO-alvo: Pressão intraocular baixa o suficiente para impedir a progressão do dano glaucomatoso. n Raciocínio clínico baseado no estadiamento e outros fatores

17 INDIVIDULIZAR PACIENTE n GLAUCOMA n HIPERTENSO OCULAR LESÃO ESTRUTURAL LESÃO FUNCIONAL AVALIAR FATORES DE RISCO PRESSÃO ALVO

18 DANO INICIAL SEVERO PRESSÃO INTRA-OCULAR CURTA LONGA SOBREVIDA

19 ESTUDOS CLÍNICOS MULTICÊNTRICOS n EVIDÊNCIAS n VANTAGENS DOS ESTUDOS PROSPECTIVOS n POPULAÇÃO CONTROLADA n NORTEIAM CONDUTAS

20 EARLY MANIFEST GLAUCOMA TRIAL n 53% PROGRESSÃO PERDAS CAMPIMÉTRICAS n TRATADOS: METADE DA CHANCE DE PROGREDIR

21 Collaborative normal tensión glaucoma treatment study (CNTGTS) n Risco de progressão reduz 3 x baixando 30% a Po. Comparison of Initial Treatments Glaucoma Study (CIGTS) n...35%

22 n Advanced Glaucoma Intervention Study (AGIS) n 18 a 14mmHg (52%) n Ocular Hypertension Glaucoma Study (OHTS) n 10% dos não tratados = Glaucoma em 5 anos...e 4,4% dos tratados

23 Muñoz Negrete, 2004 sugere reduções: n GPN = 30% n Glaucomas Iniciais = 35% n Glaucomas Avançados = 50%

24 Muñoz Negrete, 2004 (meta-análise): n 1 mmhg 10% de aumento ou diminuição no risco de progressão do dano glaucomatoso.

25 CONCEITO DE GPAA q Neuropatia óptica crônica, progressiva, caracterizada por alterações típicas da cabeça do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina, com repercussões características no campo visual. É acompanhada, na maioria das vezes, por pressões intraoculares acima de níveis estatisticamente normais. IiI Consenso da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG)

26 Fonte: Susanna & Medeiros, 2007.

27 CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DOS GLAUCOMAS Primários Alterações na câmara anterior ou no sistema de drenagem convencional; Bilateralidade; Base genética. Secundários Eventos predisponentes em outras regiões do olho ou extraoculares; uni ou bilaterais; Base genética ou adquiridos. Lauretti, Romão & Lauretti, 2001; Alligham et alii, 2005.

28 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MECANISMO Glaucomas de Ângulo Aberto Estruturas do Ângulo visíveis Glaucomas de Ângulo Estreito Aposição da periferia da íris ao trabeculado Glaucomas por Anomalias do Desenvolvimento Lauretti, Romão & Lauretti, 2001; Alligham et alii, 2005.

29 ESTADIAMENTO 1: Eventos Iniciais 2: Alterações Estruturais 3: Alterações Funcionais 4: Neuropatia Óptica 5: Perdas Visuais Alligham et alii, 2005.

30 EVENTOS Estadio 1: Bases Genéticas Alterações de Proteínas Alterações Estruturais do Sistema de Escoamento Estadio 2: Alterações Estruturais: vasos sanguíneos e lâmina cribosa Mudanças teciduais no sistema de drenagem Alligham et alii, 2005.

31 EVENTOS Estadio 3: Diminuição da condução pelos axônios, diminuição da perfusão + elevação da Pressão Intraocular (PIO) Obstrução do escoamento Estadio 4: Neuropatia Óptica Estadio 5: Perda Visual Alligham et alii, 2005.

32 q FATORES DE RISCO PARA O GPAA Magnitude e distribuição da doença Fatores de Risco: Oculares Sistêmicos Gerais Valorização dos Fatores de Risco

33 FATORES DE RISCO OCULARES n n n n n n n n n PIO ELEVADA MIOPIA PSEUDO-ESFOLIAÇÃO RELAÇÃO ESCAVAÇÃO DISCO AUMENTADA PRESENÇA DE HEMORRAGIAS NO DISCO ÓPTICO FLUTUAÇÕES DIÁRIAS ASSIMETRIA DOS DISCOS ÓPTICOS ATROFIA PERIPAPILAR ESPESSURA CENTRAL DA CÓRNEA ALTERADA Alligham et alii, 2005; Boland & Quigley, 2007; Bron et alii, 2008; Leske et alii, 2007.

34 FATORES DE RISCO SISTÊMICOS PRESSÃO DIASTÓLICA BAIXA DOENÇAS DA TIREÓIDE DIABETES MELLITUS PRESSÃO SISTÓLICA ALTA? CEFALÉIA MIGRANIA APNÉIA DO SONO DOENÇAS AUTO-IMUNES Alligham et alii, 2005; Boland & Quigley, 2007; Bron et alii, 2008; Leske et alii, 2007.

35 FATORES DE RISCO GERAIS IDADE ETNIA HISTÓRIA FAMILIAR NÃO ADESÃO e/ou INSUCESSO DO TRATAMENTO Alligham et alii, 2005; Boland & Quigley, 2007; Bron et alii, 2008; Leske et alii, 2007.

36 FLUTUAÇÃO DIÁRIA DA PIO n Flutuação normal 3 a 6mmHg n Curva diária de pressão x pico n Não significante o risco de progressão de hipertensão ocular para glaucoma. Alligham et alii, 2005; Caprioli, 2007; Medeiros et alii, 2008.

37 PIO PROCURAR PICOS DA PIO Curva de PIO 24 h Teste com Ibopamina Sobrecarga hídrica

38 NÃO ADESÃO / INSUCESSO DO TRATAMENTO n Conseqüências psicológicas do diagnóstico n Mudanças nos hábitos de vida n Sensação de incapacidade n Falta de acesso à informação n Pobreza; fatores sócio-demográricos n Distância geográfica Hamelin et alii, 2002; Nordstrom et alii, 2005; Arruda-Mello et alii, 2006; Juzych et alii, 2008; Musch et alii, 2008; Ashaye & Adeove, 2008; Quigley, Paula et alii, 2008.

39 NÃO ADESÃO n Efeitos colaterais dos medicamentos: Poli-terapia pode potencializar efeitos indesejáveis Hipertensão ocular/glaucoma aumentam o risco para catarata nuclear (OR = 2,07; IC 1,04-3,12); Tratamento clínico do glaucoma tende a aumentar risco para catarata nuclear Padrões da prática médica influenciam a adesão Chandrasekaran et alii, 2006; Quigley, Friedman & Hahn, Dantas-Coutinho & Rodrigues, 2002.

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