Revoluções e democracia participativa na América do Sul: uma comparação entre Bolívia, Equador e Venezuela

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1 Revoluções e democracia participativa na América do Sul: uma comparação entre Bolívia, Equador e Venezuela Rafael Araujo * Introdução A primeira década do século XXI foi marcada por mais um ciclo revolucionário na América do Sul. A ascensão de governos de esquerda na maioria dos países da região (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela) possibilitou um rico debate sobre modelos políticos e formas de desenvolvimento social e econômico para a região. Esses governos foram marcados por evidentes diferenças programáticas. Identificamos uma divisão entre as esquerdas sul-americanas que ascenderam aos governos da região. Houve uma mais moderada, com um programa de governo social-liberal, representada, por exemplo, nos governos do PT no Brasil desde 2003 e nas gestões argentinas de Néstor Kirchner e Cristina Kirchner. Por outro lado, presenciamos um grupo de presidentes que teve um programa mais radicalizado de governo, com posturas antineoliberal, nacionalistae defensora da criação de espaços impulsionadores da participação política da população. Esse grupo reuniu os governos de Evo Morales na Bolívia, Hugo Chávez na Venezuela e Rafael Corrêa no Equador. Nesses países, surgiram novos paradigmas no agir e na prática do político. Presenciamos o protagonismo de grupos sociais historicamente subalternos e excluídos da política, como indígenas e camponeses, além das lideranças políticas identificadas com o nacionalismo econômico. Os movimentos sociais e os partidos políticos de esquerda ganharam apoio popular em virtude da retórica contestatória ao neoliberalismo. O quadro de pobreza, desemprego e estagnação econômica da década de 1990 possibilitou 1

2 críticas veementes ao neoliberalismo, que foi escolhido como o grande vilão da região. Além disso, o final da década de 1990 foi marcado, nesses países, por críticas aos partidos políticos e a representação política. A inópia e a corrupção, esta última identificada como uma prática corrente dos partidos políticos tradicionais, derivaramno descrédito em relação às instituições republicanas e, em alguns casos, à democracia representativa. Dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) demonstram que a pobreza e extrema pobreza se mantiveram elevados na América Latina nos anos 1990 do século XX. A privatização e abertura econômica, defendidas pelos governos neoliberais como fundamentais para a superação da inópia social, não propiciaram a diminuição da pobreza. A tabela abaixo confirma isso. Além disso, ela também sinaliza que a ascensão dos governos de esquerda, sobretudo na América do Sul no pós-2002, contribuiu para a melhoria dos índices sociais. Porcentagem da população pobre e indigente na América Latina ( ) 1 Ano Pobres Indigentes ,5 18, ,4 22, ,8 18, ,9 19, ,8 13, ,0 12, ,4 11, ,8 11,4 Os governos de esquerda sul-americanos, além de combaterem incisivamente a pobreza e indigência, apresentaram variados temas que se tornaram centrais no debate político regional, a saber: socialismo do século 2

3 XXI, democracia participativa, participação política de minorias e integração sul-americana. Acreditamos que os governos de Evo Morales, Hugo Chávez e Rafael Corrêa foram revolucionários. O protagonismo popular, com a utilização da democracia de las calles como forma do agir político, a maior distribuição de renda, a elevação do nível de consciência política da população, as reversões das privatizações de empresas públicas e recursos naturais, a refundação republicana com as constituintes e a proposição imagética do socialismo fizeram com que as três nações formassem um bloco revolucionário na América do Sul. Acreditamos que esses processos políticos resgataram tradições insurrecionais e nacionalistas presentes na região ao longo dos séculos XIX e XX. A luta contra o colonialismo europeu, as resistências ao imperialismo norte-americano, as bandeiras do nacional-desenvolvimentismo das décadas de e das experiências revolucionárias cubana e chilena foram reivindicadas e ressignificadas. Analisaremos nesse artigo a ressignificação da democracia, a partir do debate da maior participação popular, no evismo, chavismo e correismo. Buscaremos compreender a importância dos referendos, plebiscitos e das calles, como espaço fundamental do agir político, avaliando a importância da combinação das insurreições e da utilização da democracia para a transformação sociopolítica das nações sul-americanas. Democracia representativa x democracia participativa. Entre , o apoio à democracia se consolidou na América do Sul, como demonstrou o relatório latino barômetro divulgado ao final de 2013, que apontou para um apoio de 60% as democracias sul-americanas. 2 Apesar disso, acreditamos que a crise da democracia representativa foi fundamental para o surgimento de novas lideranças políticas na região ao final da década de A emanação de um novo projeto de sociedade, baseado no protagonismo e na participação popular, foi visto como fundamental para o combate à exclusão 3

4 social e para a emanação de um novo modelo econômico, que afastasse os países da região do neoliberalismo. Nas últimas três décadas, a solidificação da democracia representativa ocorreu em paralelo ao aumento da pobreza e da maior abertura econômica, em virtude do neoliberalismo. Contudo, os seus grupos dirigentes não solucionaram os problemas socioeconômicos das nações da região. Segundo Atílio Boron: (...) os cidadãos de nossas democracias se viram perante uma situação paradoxal: enquanto que no céu ideológico do novo capitalismo democrático se exaltava a soberania popular e o amplo repertório de direitos consagrados constitucionalmente, na prosaica terra do mercado da sociedade civil, os cidadãos eram despojados continuamente desses direitos por meio de cruéis e acelerados processos de descidadinazação que os marginalizavam e excluíam dos benefícios do progresso econômico e da democracia. 3 Edificamos democracias nas quais o interesse mercadológico impunha-se sobre garantias sociais. Construímos regimes que, embora garantissem liberdade política, de organização e direitos constitucionais, privavam milhares de seres humanos de uma vida digna em termos sociais e econômicos. O discurso das lideranças dos partidos políticos afirmava que na democracia representativa a soberania residia no povo, a partir da delegação de representantes parlamentares. Mas, uma vez na casa do povo, a maior parte dos eleitos cometia o estelionato eleitoral e passava a representar não mais os detentores da soberania, mas os grupos políticos e econômicos dominantes. Segundo Stefan: Na realidade, os parlamentares e senadores não representam àqueles que lhes deram o mandato. Eleitos para servir o povo, somente serviam a dois amos: as elites e a seus próprios interesses. Com frequência, a representatividade dos governos não cumpriu o aspecto formal (...). Entre os partidos do parlamento moderno, o lugar do argumento foi usurpado pelo frio cálculo de interesses e oportunidades de poder, enquanto que no trato com as massas domina a manipulação, mediante a manufatura de consensos. A 4

5 casa do povo, o parlamento, não é o lugar da verdade emergente, mas sim do mercado, onde se negocia a repartição do poder e da riqueza social entre as frações da elite. 4 As democracias sul-americanas deixaram de lado a discussão ideológica e programática, adotando cada vez mais acordões e consensos políticos para a estabilidade da ordem vigente. Os debates ideológicos, tão importantes em momentos de disputa política, foram deixados de lado. O marketing eleitoral, os discursos vazios de ideias e rebuscados na forma, passaram a ter mais influência, contribuindo para a apatia e indiferença política de frações populares em relação à participação nos sistemas democráticos. Os tradicionais partidos políticos contribuíram para que as democracias assumissem uma feição meramente consultiva e clientelista. Os eleitos acreditavam que os votos direcionados pelos eleitores, muitas vezes conquistados através da compra ou troca de favores, significavam a assinatura de um cheque em branco com o qual parlamentares e mandatários poderiam adotar medidas de acordo com os interesses dos seus grupos políticos. De acordo com Solozarno: (...) o sistema democrático de partidos de desviou do centro real que o dá sentido, mais democracia, mais participação, combate decidido à corrupção, eliminação ao máximo do amiguismo, o clientelismo, redução da burocracia. Está demonstrado que os sistemas democráticos dirigidos pelos partidos de critérios tradicionais, clientelistas, a cúpula dirigente se transforma em cúpula ególatra e hedonista que se distancia da população e suas esperanças, que somente consulta a população para solicitar o voto e exercer em seu nome a representação da sociedade. 5 O projeto democrático-participativo emanado na Bolívia, Equador e Venezuela no início do século XXI almejou a superação dos limites e problemáticas impostas pela democracia representativa. O protagonismo popular foi essencial nessa práxis democrática, fortalecendo a participação da sociedade civil. Referendos, plebiscitos e assembleias públicas foram utilizados para propiciar a inclusão da população na elaboração dos gastos públicos, que 5

6 se tornaram prioritários nos governos da esquerda radical e nacionalista sulamericana. A constituição venezuelana, por exemplo, possui preceitos da participação popular. Seus artigos 62 e 184 preveem a participação popular nos assuntos públicos, com a obrigatoriedade do Estado em edificar mecanismos de inserção dos seus habitantes nas mais distintas esferas públicas. O artigo 71 dispõe sobre a possibilidade de projetos serem submetidos à consulta popular caso 10% dos eleitores o deem sustentação. O artigo 184 prevê que associações de moradores e demais entidades comunitárias, tomarão a frente em projetos realizados pelo poder público em sua localidade. Pressupõe-se igualmente, que os municípios e estados são obrigados a executar projetos comunitários caso esses sejam positivos no diaa-dia da comunidade. A constituição venezuelana aponta ainda, em seu artigo 72, a possibilidade de revogação de qualquer magistratura conquista pelo voto popular. Para isso, necessita-se do apoio de 25% dos eleitores e os mandatários terão que já ter exercido metade do período total previsto para o cargo ao qual foi eleito. Acreditamos que a radicalização da participação cidadã possibilitará o fortalecimento das democracias sul-americanas, pois contribuirá para o abandono da apatia política e descrédito em relação às instituições democráticas, principais problemas das democracias da região ao final da década de Por isso, cremos ser relevante o estudo do evismo, chavismo e correismo. Na próxima parte desse trabalho analisaremos os discursos politicos dos três mandatários da esquerda radical sul-americana, buscando a compreensão não só da importância da participação cidadã, mas também da sua relação com as revoluções e com a edificação do socialismo do século XXI, objetivo estratégico desses três processos políticos. 6

7 Revoluções e democracia participativa: os casos da Bolívia, Equador e Venezuela. A participação popular foi uma reivindicação constante desses três processos revolucionários. Ela foi vista como um mecanismo propiciador da superação da democracia representativa, ao mesmo tempo em que foi reivindicada como uma ferramenta desencadeadora da construção do socialismo do século XXI. Nos três casos, o Estado e as suas instituições foram remodelados para servir aos processos revolucionários. Em ambos os casos, as estruturas estatais foram utilizadas para o desenvolvimento socioeconômico e para a alteração dos valores culturais das sociedades. A ação coletiva e o intervencionismo estatal foram fundamentais para a emancipação econômica e transformação social. Por mais que as três revoluções não tenham ocorrido com a ascensão violenta às estruturas estatais, em virtude das vitórias nos escrutínios eleitorais, é inegável que ambos desenvolveram consistentes mudanças sociais e econômicas, utilizando-se, principalmente, das instituições democráticas. Dessa forma, houve intensa participação popular, como afirmado por Hugo Chávez: (...) me atenho nessa ocasião e nesse título para dizer que ao sul da fronteira há uma revolução. Há revoluções na América do Sul, na América Latina e no Caribe. É necessário que o mundo as veja, as assuma e as aceite porque é uma realidade que não vai mudar. São revoluções que transcendem o ideológico. São processos geográficos e geopolíticos. São revoluções do tempo. Revoluções morais. As revoluções são grandes e vão seguir crescendo à medida que passem os dias e os meses. (...) Esses processos brotam das cidades e das massas. São revoluções de massas, pacíficas e democráticas, profundamente democráticas. Não tenham medo da democracia. 6 7

8 O desenvolvimento desses processos revolucionários ocorreu com a dissipação de bandeiras democráticas e com reformas sociais. A soberania popular foi construída por meio da união das bandeiras democráticas e do processo de transformação social. Na Venezuela, o protagonismo popular foi essencial, de acordo com Chávez: Trabalhemos intensamente nos próximos anos para que o velho modelo imoral, a falsa democracia, a democracia das elites e do puntofujismo seja superada. Para que o capitalismo, o neoliberalismo e a sociedade egoísta, que excluem as minorias, terminem e nunca mais surjam no horizonte venezuelano. Para que a democracia participativa e protagonista se consolide com cada vez mais conteúdo popular e poder para o povo. Essa é uma das consignas centrais dessa revolução. Poder para o povo, dar poder ao povo, para que ele faça a verdadeira democracia. 7 Na Bolívia, o programa de governo do partido de Evo Morales, o Movimento al Socialismo (MAS), girou em torno das demandas do ciclo de lutas sociais iniciado em A nacionalização dos recursos naturais, a efetivação da reforma agrária, a realização de uma Assembleia Constituinte, o respeito às tradições indígenas e a luta pela soberania nacional estiveram entre suas principais bandeiras eleitorais. Com a chegada de Evo Morales à presidência, observamos uma nova fase, marcada pela transformação da estrutura estatal e elevação dos conflitos com a oposição, que está concentrada na região da meia-lua boliviana. 8 O vice-presidente boliviano Álvaro Garcia Linera dividiu o processo revolucionário boliviano em quatro períodos: A primeira foi quando se viabilizou o projeto e a vontade de poder do povo, entre os anos 2000 e A segunda se deu quando esse projeto logrou força de mobilização, presença 8

9 territorial e capacidade de oferecer uma alternativa factível e viável para o restante da sociedade: este é o momento que chamamos, apoiando-nos em Gramsci, empate catastrófico, onde dois projetos de sociedade e dois blocos sociais com vontade do poder se confrontam. Isso ocorreu entre 2003 e O terceiro momento foi a conquista do governo, ainda não do poder, mas sim do governo, através da conversão dessa grande capacidade de mobilização dos movimentos sociais, de terras baixas e altas, da cidade e do campo, em votos, que dizer, a conversão da capacidade de mobilização em força eleitoral democrática. Em 2005, o companheiro Evo Morales Ayma ganhou as eleições presidenciais com 54% do eleitorado e assumiu a presidência da República. O quarto momento foi o definitivo, e como ocorre em toda revolução estatal, foi um feito de força, de tensão e confrontação decisiva entre os blocos de poder sociais antagônicos. Por mais que tivéssemos o governo, as classes dominantes resistiram em abandonar os seus privilégios e tentaram de tudo para acabar com o novo poder ascendente na Bolívia. Tentaram nos derrotar mediante o estrangulamento econômico e fracassaram. Buscaram nos derrotar mediante a revogatória eleitoral de nosso presidente, que teve a maior votação dos últimos 50 anos: nunca antes haviam falado de um referendo revogatório quando havia presidentes que governavam com 22%, 27%, dos votos, mas ele se realizou para o presidente que teve 54%, quiseram tombá-lo e os derrotamos com a democracia. Fracassada a guerra econômica e a tentativa eleitoral de nos derrotar, optaram pelo pior, o golpe de Estado, e também os derrotamos. Por último, tentaram dividir nossa amada Pátria e fracassaram. Esse ponto de bifurcação, ou a resolução hobbesiana da luta pelo poder, que consolida estatalmente o novo bloco social dirigente nacional-popular, foi conquistado em 2008 e agora, após as eleições de dezembro de 2009, com 64% de apoio social, o que se tem em frente é a construção do novo Estado plurinacional, autônomo, social e comunitário. 9 9

10 O êxito do evismo à reação opositora fez com que o projeto revolucionário liderado por Morales se consolidasse. O traço nacionalista do seu governo foi fortalecido e intensificou-se o intervencionismo estatal no desenvolvimento econômico. O incentivo à maior participação popular, através da descentralização das instituições estatais, também consistiu numa das marcas fundamentais do seu governo. A implantação da democracia participativa foi fundamental na Bolívia. Ela foi fruto das reivindicações históricas dos movimentos sociais bolivianos. As críticas ao modelo democrático implantado na segunda metade da década de 1980 fizeram com que o fomento à participação popular fosse fundamental para uma parcela da sociedade boliviana. A histórica exclusão política dos indígenas fez com que a descentralização das decisões políticas, econômicas e das instituições estatais se tornasse central para as entidades que compõem a base de sustentação do governo Morales. Assim, a exacerbação da participação popular foi primordial, pois consistiu em um objetivo pleiteado pelas organizações sociais sustentadoras do governo Evo Morales. Segundo ele: É isso que quero dizer com o pequeno resumo do tema da democracia. Começamos a aprofundar a democracia graças aos movimentos sociais, que lutaram permanente contra as ditaduras militares ou contra os chamados pactos pela democracia, uma democracia pactada, onde inexistia um partido ganhador com mais de 50% ou 60% dos votos. Agora, elegemos nossas autoridades do governo departamental, pela primeira tivemos eleição para a Assembleia departamental, isso demonstra que seguimos avançando e aprofundando a democracia. 10 No Equador governado por Rafael Corrêa a participação popular também foi fundamental. A participação cidadã e a democracia participativa consistem em pilares fundamentais para a edificação do socialismo do século XXI equatoriano. De acordo com Corrêa: 10

11 O socialismo do século XXI não é único. Essa é uma das suas virtudes. O seu projeto se adapta às realidades de cada país e região. Se reconhecermos e respeitarmos as especificidades de cada sociedade e cultura, as receitas universais e as tentativas de imposição são tão impossíveis quanto indesejáveis. Baseado nessas ideias, propusemos construir no Equador um programa emancipador capaz de enfrentar o neoliberalismo e, ao mesmo tempo, suficientemente criativo para não repetir práticas anacrônicas. Nosso socialismo é participativo e radicalmente democrático. Nasceu das lutas e esperanças populares. Consequentemente, não resultade paradigmas ou da elaboração de um grupo restrito de militantes ou intelectuais. Outra diferença do socialismo clássico: o novo socialismo não se baseia em modelos, mas em princípios. Nosso socialismo é dinâmico e respeita as especificidades culturais de cada sociedade. Rechaçamos também o materialismo dialético, que, inevitavelmente, desemboca em teologias sociais. 11 Cremos que as mudanças somente ocorrem com democracia. Há várias formas de democracia. Não há apenas a democracia formal do ocidente, que foi elaborada por Montesquieu há três séculos e que na América Latina serviu para imobilizar países e governos, ao invés de propor um desenvolvimento equilibrado. Cremos que as mudanças podem ocorrer em democracia e dentro de um marco constitucional. Por isso, propusemos a reforma constitucional que está conduzindo o Equador a uma transformação profunda, rápida e pacífica. 12 Constatamos que a reivindicação da democracia participativa é um elemento fundamental dessas revoluções, que ainda estão em curso na América do Sul. O pleito direcionado à participação cidadã, por meio de plebiscitos, referendos e do uso das calles como espaço prioritário do agir político, consiste na principal inovação desses processos. 11

12 Ressignificar a democracia é fundamental não só para a sustentação política desses processos, mas para a própria construção do socialismo do século XXI, que é o objetivo estratégico das revoluções. Acreditamos que um estudo sistemático e contínuo desses processos é fundamental. Longe de esgotarmos tais temáticas, o que trouxemos nesse trabalho foram impressões e conclusões de alguns aspectos desses processos dinâmicos e que são reinventados diariamente. Assim, a perpetuação de um olhar comparativo sobre as dinâmicas políticas dessas revoluções em curso é essencial para a História do Tempo Presente sul-americana. * UNILASALLE/UFRRJ. Contato: rafa.ara@gmail.com 1 Ver:Panorama social de América Latina (2012). Disponível em: Jan/ Informe 2013 Corporación Latino Barómetro. Disponível em: Acesso: Nov/ BORON, Atilio A. Estado, capitalismo e democracia en América Latina. Buenos Aires, Clacso, P STEFFAN, Heinz Dieterich. El Socialismo de siglo XXI. IN: Galaxxi. Espanha. Acessado em P SOLOZARNO, César. Democracia Participativa. Caracas, Editorial Pomaire, P CHÁVEZ, Hugo. Chávez enla ONU: Nada podrádetenerlarevoluciónen América Latina. Disponível em: Acesso: Dez/2010. P. 1 e 4. 7 Discurso del presidente de la Republica Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, con motivo de lainstalacióndel III Encuentro Mundial de solidariedade conlarevolución Bolivariana. IN:2005 Añodel salto adelante. Hacialaconstruccióndel socialismo delsiglo XXI. Op. Cit. P A região da meia-lua é formada pelos departamentos bolivianos de Beni, Pando, Tarija e Santa Cruz de la Sierra. 9 LINERA, Alvaro Garcia. Del Estado aparente al Estado integral la construcción democrática del socialismo comunitário. Disponível em: Acesso: Jan/2012. Op. Cit. P MORALES, Evo.El discurso presidencial enla Casa de lalibertad 186 años de independência da Bolívia. Disponível em: Acesso: Jan/ , Op. Cit. p CORRÊA, Rafael, Intervencióndel presidente de la República, Rafael Corrêa enel 50º aniversário de larevolución cubana. Op. Cit. p

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