Carta Educativa do Município de Lagoa

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1 Carta Educativa do Município de Lagoa IST, Abril de 2007

2 Equipa Técnica Prof. Rui Oliveira Eng.ª Ana Margarida Garrido Eng.ª Ana Isabel Mourão Eng.º Pedro Trocado II

3 NOTA PRÉVIA A Carta Educativa visa dotar o município de Lagoa com um instrumento de planeamento que permita adequar a rede educativa do Concelho à procura previsível no médio prazo, nomeadamente até ao ano de O estudo foi realizado pelo CESUR Centro de Sistemas Urbanos e Regionais do Instituto Superior Técnico no âmbito de protocolo assinado entre este e a Câmara Municipal de Lagoa. Este documento está organizado em três partes que correspondem às três fases de desenvolvimento do estudo, substituindo os relatórios intercalares apresentados anteriormente. Assim, a Parte I, para além de aspectos introdutórios de enquadramento legislativo e orientador e de caracterização sintética do concelho de Lagoa, é dedicada à caracterização da rede educativa actual e sua evolução recente, culminando com elementos sintéticos de diagnóstico preliminar. Em documento separado, que constitui um anexo a esta carta, são apresentadas fichas de caracterização dos estabelecimentos que constituíam a rede escolar do concelho de Lagoa no ano lectivo de 2005/06. Na Parte II são apresentadas análises demográficas e projecções demográficas, elaboradas com base num modelo de cohort survival, que sustentam as previsões da procura de ensino futura (a médio prazo, até 2016). A Parte III constitui a parte propositiva da Carta Educativa. São explicitados os princípios orientadores, objectivos e critérios de re-ordenamento, elaboram-se diagnósticos prospectivos e apresentam-se as propostas de reorganização da rede educativa e o plano de actuações que operacionaliza aquelas propostas na vertente infra-estrutural, com estimativas dos custos de investimento, calendarização e identificação das entidades responsáveis. Culmina-se com recomendações sobre a monitorização da Carta Educativa. Agradece-se a prestimosa colaboração das entidades e personalidades que contribuíram de formas diversas para a elaboração desta Carta Educativa, merecendo particular menção: Câmara Municipal de Lagoa III

4 Direcção Regional de Educação do Algarve Escolas do Concelho de Lagoa Departamento de Avaliação e Análise Prospectiva do Ministério da Educação. IV

5 ÍNDICE NOTA PRÉVIA... III INDICE...V 1. INTRODUÇÃO A CARTA EDUCATIVA: CONCEITO E OBJECTIVOS ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E ORIENTADOR O CONCELHO DE LAGOA: CARACTERIZAÇÃO SINTÉTICA...7 PARTE I CARACTERIZAÇÃO E EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO NO CONCELHO DE LAGOA...14 I.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS...14 I.2. A REDE DE ESCOLAS DO CONCELHO DE LAGOA...26 I.2.1. Agrupamentos Escolares...27 I.2.2. Carta de Localização dos estabelecimentos de ensino...29 I.3. A EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR...31 I.4. ENSINO BÁSICO 1.º CICLO...37 I.5. ENSINO BÁSICO 2º E 3º CICLOS...47 I.5.1. Caracterização das escolas...47 I Caracterização das Infra-estruturas e equipamentos de apoio I.5.2. Ensino Básico 2º Ciclo...50 I.5.3. Ensino Básico 3º Ciclo...53 I.6. ENSINO SECUNDÁRIO...56 I.7. ENSINO RECORRENTE E EDUCAÇÃO EXTRA ESCOLAR...63 I.8. ENSINO ESPECIAL...66 I.9. ENSINO PROFISSIONAL...68 I.10. TRANSPORTE ESCOLAR...70 I.11. SÍNTESE CONCLUSIVA...72 V

6 PARTE II PROJECÇÕES DEMOGRÁFICAS...76 II.1. INTRODUÇÃO...76 II. 2. TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS RECENTES...77 II.3. INDICADORES DEMOGRÁFICOS...86 II.3.1. Taxa de Fecundidade...86 II.3.2. Taxa Migratória...89 II.4. PROJECÇÕES DEMOGRÁFICAS I.4.1. Metodologia adoptada para a projecção da população...92 II Dados de partida II Projecção da População em Crescimento Natural e com Taxas Migratórias II Projecções em Crescimento Natural II.4.2. Projecções com Taxas Migratórias...94 II Pirâmides Etárias II.5. POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR...99 II.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS PARTE III PLANO DE REORGANIZAÇÃO DA REDE EDUCATIVA III.1. INTRODUÇÃO III.2. CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS: PRINCÍPIOS ORIENTADORES III.2.1. Enquadramento Geral III.2.2. Enquadramento Actual III.2.3. Perspectivas Futuras III.2.4. Princípios Orientadores III.3. DELIMITAÇÃO DE TERRITÓRIOS EDUCATIVOS III.3.1. Características do Território Educativo III.3.2. Metodologia de Delimitação dos Territórios Educativos III Ordenamento do Território III Limites Administrativos das Freguesias III.3.3. Gestão Educativa III.3.4. Delimitação dos Territórios Educativos VI

7 III.4. PROJECÇÕES DA PROCURA DE ENSINO PARA III.5. PLANEAMENTO DA REDE EDUCATIVA III.5.1. Capacidade dos Equipamentos Escolares Existentes e Programados III.5.2. Balanço Prospectivo Rede Actual III.5.3. Reconfiguração da Rede Escolar III.5.4 Elevação das ofertas educativas III.6 - PROGRAMA DE INTERVENÇÕES III.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E MONITORIZAÇÃO VII

8 1. INTRODUÇÃO 1.1. A Carta Educativa: conceito e objectivos Conforme expresso no Artº 10º do D.L. 7/2003 de 15 de Janeiro, A carta educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e sócio-económico de cada município Segundo o mesmo diploma (Artº 11º) são objectivos da Carta Educativa: 1 - A carta educativa visa assegurar a adequação da rede de estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino básico e secundário, por forma que, em cada momento, as ofertas educativas disponíveis a nível municipal respondam à procura efectiva que ao mesmo nível se manifestar. 2 A carta educativa é, necessariamente, o reflexo, a nível municipal, do processo de ordenamento a nível nacional da rede de ofertas de educação e formação, com vista a assegurar a racionalização e complementaridade dessas ofertas e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos estabelecimentos de educação e de ensino públicos e respectivos agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos projectos educativos das escolas A carta educativa deve promover o desenvolvimento do processo de agrupamento de escolas, com vista à criação nestas das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de competências educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e eficaz dos recursos educativos disponíveis. 4 A carta educativa deve incluir uma análise prospectiva, fixando objectivos de ordenamento progressivo, a médio e longo prazos. 5 A carta educativa deve garantir a coerência da rede educativa com a política urbana do município e regionais, por forma a assegurar a igualdade de oportunidades de educação pré-escolar e de ensino a todas as crianças e alunos. 1

9 Ainda de acordo com o expresso no mesmo diploma (Artº 19º), a Carta Educativa é parte integrante do Plano Director Municipal (PDM), sendo a sua elaboração da competência da Câmara Municipal, com o apoio técnico do Ministério da Educação. Deste modo, a Carta Educativa pode ser perspectivada como um instrumento sectorial de planeamento, tendo como objecto a educação, sendo uma peça indispensável do PDM. A Carta Educativa resulta de uma evolução do conceito de Carta Escolar e das Cartas de Equipamentos Colectivos (de Educação, de Saúde, de Desporto, etc). Na estruturação do território e do tecido urbano é hoje em dia evidente que os equipamentos colectivos assumem um papel fundamental na satisfação de necessidades básicas da população, prestando um contributo valioso nas funções centrais das áreas urbanas onde se inserem. O conceito de Carta de Equipamentos está associado à necessidade de acrescentar ao planeamento urbanístico e, especificamente, ao planeamento de equipamentos colectivos um enfoque sectorial aprofundado. As Cartas foram concebidas como instrumentos integrantes de um processo de planeamento mais vasto e, como tal, sujeitas a um aprofundamento sucessivo e a uma actualização permanente (monitorização). Nesta óptica, constituem-se como instrumentos sectoriais de planeamento e gestão do território, que organizam o conhecimento sobre cada um dos domínios específicos e propõem estratégias e estruturas base de equipamentos para o desenvolvimento dos concelhos, de acordo com cenários de crescimento populacional estabelecidos e com as necessidades e aspirações da população. O processo de planeamento não é um acto singular, cabendo ao planeador adoptar uma atitude crítica no que respeita à análise das capacidades actuais ou futuras para cada tipo de equipamento, até porque as necessidades não são estáticas, evoluindo continuamente a forma de satisfazer a procura. É recomendável, todo o cuidado mesmo na aplicação de padrões de dimensionamento e da qualidade na programação e construção dos equipamentos, adaptando a perspectiva incrementalista dos melhoramentos graduais e acertando soluções ad hoc perante situações específicas fora do modelo corrente. É contudo pertinente apontar como inconvenientes as soluções 2

10 provisórias, que têm trazido elevados prejuízos económicos, urbanísticos e culturais ao país. 1 Com o intuito de optimizar as redes de equipamentos existentes, torna-se necessário considerar: a localização e dimensão das instalações, no que respeita à população servida e à distribuição das distâncias a percorrer, determinando se a sua capacidade é suficiente para a procura prevista ou se existem alternativas, adquirindo soluções válidas que melhor sirvam a população abrangida e em estreita articulação com os vectores estratégicos de desenvolvimento do Concelho, nomeadamente os que emanam do Plano Director Municipal. O presente trabalho encontra-se estruturado para que seja perceptível a realidade actual do sistema educativo do Concelho, identificando carências e situações de excesso de oferta. A construção de uma base de conhecimentos sólida e coerente permite partir para a elaboração de um diagnóstico rigoroso e objectivo do qual emanam as acções a adoptar tendo em vista corrigir as situações de disfunção, pontual ou generalizada, da Rede de Equipamentos de Ensino do Concelho. 1 In: "Normas Urbanísticas Volume 1" DGOTDU / UTL, pág. 87 3

11 1.2. Enquadramento Legislativo e Orientador Os princípios gerais que nortearam a primeira parte deste trabalho encontram-se, para além do referido Decreto-Lei n.º 7/2003 2, na Lei de Bases do Sistema Educativo 3 (LBSE) a qual define as grandes linhas orientadoras do planeamento da rede escolar, num vasto conjunto de diplomas que surgiram na sequência 4 da LBSE nomeadamente em relação à educação pré-escolar 5, nos critérios de planeamento da Rede Escolar 6 propostos pelo Ministério da Educação, bem como nos normativos sobre os novos programas de espaços 7, na legislação sobre autonomia e gestão das escolas 8, na legislação específica dos Planos Municipais de Ordenamento do Território com incidência na Carta Educativa 9 e no Plano Director Municipal de Lagoa. Prevê-se para breve alterações no enquadramento do sistema educativo, nomeadamente através do alargamento da escolaridade obrigatória o qual consta no Programa de Governo. No âmbito deste trabalho, apesar de não estar ainda em vigor, será contemplada a previsível escolaridade obrigatória de 12 anos, mas apenas na fase de elaboração de propostas (Fase III). O figurino adoptado na elaboração desta Carta Educativa seguirá a estrutura referenciada pelo Decreto-Lei 7/2003 e as recomendações sugeridas pelo Ministério da 2 Decreto-Lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro Regula a elaboração e a aprovação de Cartas Educativas. 3 Lei n.º 46/86. 4 Despacho Conjunto n.º 28/SERE/SEAM/88, Decreto-Lei n.º 286/89, Decreto-Lei n.º 108/88, Despacho n.º 33/ME/91. 5 Lei n.º 5/97 Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, Decreto-Lei n.º 147/97 Regime jurídico do desenvolvimento da educação pré-escolar e Despacho Conjunto n.º 268/97 Normas de instalações. 6 Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento, Lisboa, Direcção Geral da Administração Escolar/Departamento de Gestão dos Recursos Educativos. 8 Decreto-Lei n.º 115-A/98 de 4 de Maio. 9 Decretos-Lei n.º 69/90, 25/92, 211/92 e 281/93 e no documento "Recintos Escolares - Critérios para designação urbanística". 4

12 Educação, nomeadamente através da Direcção Regional de Educação do Algarve (DREAlg), a saber: A caracterização socio-económica engloba uma descrição sucinta das actividades económicas do concelho e da evolução demográfica, apresentando a hierarquização dos principais aglomerados, de acordo com os Planos Directores Municipais e conferindo um particular destaque às perspectivas de desenvolvimento futuro; A caracterização e evolução do sistema educativo pretende traçar um quadro retrospectivo e prospectivo do ensino e avaliar os níveis de escolarização, de sucesso e de abandono na actualidade bem como analisar as condições de funcionamento do parque escolar existente; Estabelecido o diagnóstico e detectadas as principais anomalias da rede escolar, apresentam-se as propostas de reconfiguração, a localização espacial dos estabelecimentos de ensino nas plantas concelhias e um estudo sumário sobre as prioridades de investimento. A Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor prevê a reconfiguração da rede escolar à luz do espírito da integração do educação pré-escolar e dos três ciclos do ensino básico e da progressiva autonomização do ensino secundário. No actual enquadramento tomou corpo o conceito de Território Educativo, princípio estruturante das novas redes escolares que permite organizar o espaço geográfico concelhio em áreas nas quais se assegura o cumprimento da escolaridade obrigatória em funcionamento integrado, contendo, assim, uma vertente de carácter pedagógico e outra de ordenamento territorial e urbanístico. A Escola Básica Integrada (EBI/JI), onde funciona a educação pré-escolar e os 3 ciclos do ensino básico, constitui para a Lei de Bases do Sistema Educativo a resposta ideal ao modelo de ensino proposto naquele documento. Assim, o cumprimento dos princípios de integração e sequencialidade tem que ser conseguido articulando um conjunto de escolas de vários tipos em torno de uma Escola Nuclear que congrega maiores e mais especializados recursos físicos e humanos. Este conjunto de escolas, articuladas em rede, permitirá cumprir toda a escolaridade obrigatória às crianças residentes na sua área de influência. 5

13 O modelo de Unidade Território Educativo que será adoptado neste estudo toma ainda em consideração as acessibilidades (pedonal e em transporte colectivo), barreiras naturais existentes e irradiações das várias tipologias de equipamento, procurando configurar soluções que permitam o acesso, em segurança, aos estabelecimentos do ensino básico. 6

14 1.3. O Concelho de Lagoa: caracterização sintética Lagoa é um dos dezasseis Municípios pertencentes ao Distrito de Faro. O Concelho possui uma grande diversidade paisagística que abrange uma ligeira parcela barrocal e uma faixa litoral com cerca de 17 km. Desde a década de 60 que o turismo é o dinamizador da economia local, tendo crescido, paralelamente, um conjunto de actividades complementares na área dos serviços, construção civil, comércio e indústria. Este Município abrange uma área de aproximadamente 90 km² e tem cerca de habitantes (Censos de 2001), sendo composto por 6 freguesias, cinco vilas e uma cidade. A freguesia do Parchal é a mais recente do concelho de Lagoa, tendo sido desanexada de Estômbar em 20 de Junho de Quadro 1 - Áreas e Densidades Populacionais das Freguesias de Lagoa. Habitantes (Censos 2001) Densidade Populacional Freguesia Área (Km 2 ) (Hab./Km 2 ) Estômbar ,9 187,1 Parchal ,5 750,7 Ferragudo ,7 325,1 Carvoeiro ,8 217,5 Lagoa ,2 240,6 Porches ,5 115,3 Total do Concelho ,6 230,4 Fonte: INE / C.M.L. Da análise do Quadro 1 onde são apresentadas as densidades populacionais do concelho de Lagoa e respectivas freguesias, verifica-se que: A freguesia de Lagoa é a mais populosa, com pouco mais de 6000 habitantes, enquanto que a freguesia com menos população é Ferragudo, com 1866 habitantes, imediatamente seguida de Porches com cerca de 1900 habitantes; Em termos de superfície, Lagoa é aquela que apresenta maior superfície (25.2 km 2 ), logo seguida de Estômbar (24.9 km 2 ), enquanto que Parchal é a freguesia de menor dimensão geográfica (cerca de 5 km 2 ); Em termos de densidade populacional, destaca-se que a freguesia de menor dimensão apresenta a maior densidade do Concelho (750,7 Hab./km 2 ), enquanto que a freguesia de Porches apresenta a densidade mais baixa (115,3 Hab./km 2 ). 7

15 Na Carta II.1, apresentada na Parte II, representa-se a densidade populacional por freguesia, para o concelho de Lagoa, em Uma análise mais detalhada sobre os aspectos demográficos e dinâmicas dos aglomerados urbanos do Concelho é apresentada na Parte II deste documento. No que se refere à actividade económica, observando a evolução da população empregada por sectores (ver Figura 1), o sector Primário, que em 1981 correspondia a cerca de 14% da população empregada, desceu em 2001 para os 3%. Tendência idêntica teve o sector Secundário, que passou dos 44% em 1981 para os 25% em O Terciário registou uma forte subida, passando de 41% em 1981 para 71% em Figura 1 - Evolução da percentagem da população residente empregada, segundo o sector de actividade económica ( ) 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Primário Secundário Terciário Fonte: INE Em termos de volume de vendas das sociedades com sede no concelho de Lagoa (ver Figura 2), constata-se que o sector do Comércio e Restauração é o que apresenta maior peso (55% das vendas totais), seguido dos Outros serviços e sector da Construção que representam 20 e 17%, respectivamente do volume de vendas. De sublinhar que nestas estatísticas do INE o sector Primário e o sector dos Transportes e telecomunicações apresentam valores muito baixos (1%). 8

16 Figura 2 - Volume de vendas das Sociedades com Sede no Concelho de Lagoa (2001) 1% 20% 1% 6% 17% 55% Sector primário Construção Transporte e telecomunições Outras industrias Comercio e restauração outros serviços Fonte: INE Em 2001, a população activa residente estava empregada predominantemente no sector Terciário (71%), seguida pelos sectores Secundário (25%) e Primário (3%). Em todo o Concelho o sector Primário tem uma presença insignificante, apresentando a freguesia de Ferragudo o valor mais elevado (7%). Quadro 2 - População residente empregada, segundo o sector de actividade económica (2001). Total Primário % Secundário % Total % Serviços de natureza social Terciário % Serviços relacionados com activ.-económica C: Lagoa % % % % % F:Estômbar % % % % % F:Parchal % % % % % F:Ferragudo % % % % % F:Carvoeiro % % % % % F:Lagoa % % % % % F:Porches % % % % % Fonte: INE % 9

17 Figura 3 - Percentagem da população residente empregada, segundo o sector de actividade económica (2001). F:Porches F:Lagoa F:Carvoeiro F:Ferragudo F:Parchal F:Estômbar C: Lagoa 0% 20% 40% 60% 80% 100% Primário Secundário Terciário Fonte: INE Apresenta-se na Figura 4 a evolução das Taxas de actividade e desemprego de Lagoa e de concelhos vizinhos. A taxa de desemprego 10 (6,5%) cresceu 1,7% na globalidade do Concelho entre 1991 e A taxa de actividade 11 do Concelho (51,9%), quando comparada com os Concelhos limítrofes encontra-se sensivelmente na média (51,4%), tendo crescido cerca de 5,6% na última década. 10 Taxa de desemprego taxa que expressa a relação entre a população desempregada e a população activa total (número de desempregados por 100 activos) 11 Taxa de actividade taxa que expressa a relação entre a população activa e a população total (número de activos por 100 habitantes) 10

18 Figura 4 - Evolução da taxa de actividade e desemprego no Concelho de Lagoa e Concelhos limítrofes ( ) 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Lagoa Albufeira Faro Silves Portimão Taxa de actividade 1991 Taxa de actividade 2001 Taxa de desemprego 1991 Taxa de desemprego 2001 Fonte: INE Ao nível de habilitações literárias dos seus residentes, o Concelho apresenta em 2001, uma taxa de analfabetismo de 9,5%, ligeiramente inferior à taxa registada para a Região do Algarve (10,4%) mas superior à de Portugal Continental (8,9%). Na última década verifica-se uma diminuição de 1,1%, idêntica à verificada para o Continente (1%) mas inferior à registada para a Região do Algarve (3,8%). Observando os Concelhos limítrofes no Quadro 3 e na Figura 5 verifica-se que Lagoa, em 1991, era apenas precedida por Faro (8,7%) tendo sido ultrapassada em 2001 por Portimão (8,8%) e Albufeira (7,7%). De referir que os Concelhos de Portimão, Silves e Albufeira apresentam na década de 1991 a 2001, uma diminuição da taxa de analfabetismo acentuada 3%, 4,8% e 4,5%, respectivamente. Uma análise mais detalhada de outros indicadores relativos ao desempenho do sistema educativo é apresentada na Parte I deste documento. 11

19 Quadro 3 - Comparação da Taxa de Analfabetismo de Lagoa, Concelhos limítrofes, Região do Algarve e Portugal Continental Taxa de Analfabetismo 1991 Taxa de Analfabetismo 2001 Portugal 10.9% 8.9% Algarve (NUTIII) 14.2% 10.4% Lagoa 10.6% 9.5% Portimão 11.8% 8.8% Silves 18.5% 13.7% Albufeira 12.2% 7.7% Faro 8.7% 7.5% Fonte: INE Figura 5 - Evolução da Taxa de Analfabetismo de Lagoa, Concelhos limítrofes, Região Centro e Portugal Continental 20% 15% 10% 5% 0% Portugal Algarve (NUTIII) Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Taxa de Analfabetismo 1991 Taxa de Analfabetismo 2001 Fonte: INE 12

20 Parte I Caracterização e Evolução do Sistema Educativo no Concelho de Lagoa 13

21 PARTE I CARACTERIZAÇÃO E EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO NO CONCELHO DE LAGOA I.1. Considerações Gerais A rede pública no concelho de Lagoa tem uma expressão significativa em todos os níveis de ensino, uma vez que a rede privada abrange 20% dos alunos matriculados, sendo os restantes 80% pertencentes à rede pública (Figura I.6). De referir no entanto que no município de Lagoa existe oferta de ensino Privado em todos os níveis de ensino. Figura I.6 - Distribuição da Oferta entre Público e Privado (2005/06). Secundário 3º ciclo 2º ciclo 1º ciclo Pré-escolar Público Privado Fonte: C.M.L.- Inquéritos realizados às escolas e Ministério da Educação. Lagoa possui um estabelecimento privado que abrange todos os níveis de ensino desde o Pré-escolar ao Secundário, a Escola Internacional do Algarve (ECUBAL). Esta instituição é constituída por duas secções: a portuguesa (alunos portugueses) e a internacional (alunos estrangeiros). De referir no entanto, que os dados utilizados neste documento respeitantes a este estabelecimento de ensino provêm da CML ou da DREAlg e são referentes ao ano lectivo de 2004/05 dizendo apenas respeito à secção portuguesa. Para além desta oferta não pública existem ainda dois Jardinsde-Infância da rede IPSS e um JI privado embora este último não tenha fornecido dados relativos ao número de alunos matriculados. Apresenta-se no Quadro I.4 a repartição dos alunos do concelho de Lagoa, pelos diferentes tipos de oferta e níveis de ensino, podendo constatar-se que o número de alunos a frequentar o ensino Recorrente é significativo, representando 8% do total 14

22 de alunos da rede escolar do Concelho e que a rede pública garante a grande maioria da oferta de ensino em Lagoa, representando a rede privada 20% do total de alunos matriculados. O número de crianças inscritas nos Jardins-de-Infância da rede não pública é superior ao dos oito JI públicos existentes. Quadro I.4 - Repartição dos Alunos pelos Vários Níveis e Redes de Ensino (Ano Lectivo de 2005/06). EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR Nº de Alunos % Rede Pública % Rede Privada 69 11% Rede Privada - IPSS % Total % ENSINO BÁSICO - 1º CICLO Nº de Alunos % Público % Público - Recorrente 109 9% Rede Privada % Total % ENSINO BÁSICO - 2º CICLO Nº de Alunos % Público % Público - Recorrente 61 9% Rede Privada % Total % ENSINO BÁSICO - 3º CICLO Nº de Alunos % Público % Público - Recorrente 40 4% Rede Privada % Total % ENSINO SECUNDÁRIO Nº de Alunos % Público % Público - Recorrente % Rede Privada 51 13% Total % ENSINO PROFISSIONAL Nº de Alunos % Público % TOTAL DO ENSINO DO CONCELHO DE LAGOA Nº de Alunos % Público % Público - Recorrente 316 8% Não Público % Total % Fonte: C.M.L. (Inquéritos realizados às escolas) e Ministério da Educação. Nota: Os dados referentes à ECUBAL são de 2004/05. A distribuição dos alunos pelos diversos níveis de ensino encontra-se representada na Figura I.7, concluindo-se que existe uma distribuição relativamente equilibrada entre todos os níveis de ensino, com excepção do Secundário que apresenta um peso baixo face aos restantes níveis de escolaridade, podendo essa situação ser justificada pela opção de não prosseguimento de estudos após a escolaridade 15

23 obrigatória ou a pela preferência dos alunos por estabelecimentos de concelhos vizinhos. Figura I.7 - Distribuição dos Alunos pelos Vários Níveis de Ensino (2005/06). 10% 3% 16% 23% 30% 18% Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Profissional Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Nota: Foram tidos em conta os valores do Ensino Regular e Ensino Recorrente. Os dados referentes à ECUBAL são de 2004/05. No Quadro I.5 apresenta-se a comparação do número total de alunos matriculados com o número médio de alunos por ano de escolaridade, podendo concluir-se que é o ensino Secundário aquele que possui menor expressão ao nível do Concelho (380 alunos). É de salientar que o 1º e 3º Ciclos são os níveis de escolaridade que apresentam maior número de alunos matriculados, embora ao analisar-se os números médios de alunos por ano de escolaridade se verifique que são os 2º e 3º Ciclos os que apresentam valores mais elevados. Quadro I.5 - Número Médio de Alunos por Ano de Escolaridade (Rede Pública e Privada) Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Nº Total de Alunos Matriculados (2005/06) Nº Médio de Alunos por Ano de Escolaridade Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação. Nota: Foram tidos em conta os valores do Ensino Regular e Ensino Recorrente. Os dados referentes à ECUBAL são de 2004/05. Mais uma vez se verifica que existe um significativo decréscimo no número total de alunos matriculados na transição do 3º Ciclo para o ensino Secundário, concluindose que um significativo número de jovens não prossegue os estudos após a conclusão do ensino obrigatório (9º ano), ou eventualmente que alguns alunos estarão a usufruir da oferta deste nível de ensino noutros Concelhos. 16

24 O Quadro I.6 ilustra a evolução do número de alunos matriculados na rede pública de ensino no concelho de Lagoa desde o ano de 1996/97 até 2005/2006, podendo concluir-se que: O número total de alunos matriculados tem-se mantido relativamente estável, embora com um ligeiro decréscimo até 2002/03, após o qual recuperou. O ensino Secundário parece escapar a este padrão visto o número de alunos inscritos ter-se reduzido para metade entre 1996/97 e 2005/06; Nos 1º, 2º e 3º Ciclos verificam-se ligeiras subidas no número de alunos matriculados entre os anos lectivos de 1996/97 e 2005/06; O Ensino Secundário mantém uma tendência decrescente nos 10 anos em estudo, resultando num decréscimo de 50%. Quadro I.6 - Evolução do n.º de Alunos Matriculados Na Rede Pública no Concelho de Lagoa desde o Ano Lectivo de 1996/97 até 2005/06 Ano Lectivo Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Total de Alunos 1996/ / / / / / / / / / Nº de Alunos por Nível de Ensino / / / / / / / / / / Total de Alunos do Concelho Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Total de Alunos Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação. 17

25 Enfatiza-se que no Quadro I.6 os dados apresentados são referentes apenas ao ensino público. Para elaborar o gráfico associado excluíram-se alguns dos primeiros anos dos vários Ciclos devido à não existência de dados por de alguns estabelecimentos. De forma a colmatar a falta de dados de algumas escolas, principalmente no 1º Ciclo, alguns dos dados utilizados são provenientes do Ministério da Educação. Apresentam-se nos Quadros I.7, I.8 e na Figura I.8 as taxas de escolarização para as diversas idades avaliadas para o ano censitário de As referidas taxas são calculadas através do quociente entre o número de alunos de cada idade, matriculados apenas nas escolas públicas em cada um dos níveis de ensino (média dos anos lectivos de 2000/2001 e 2001/2002) e a população residente com essa mesma idade (censo de 2001). Nos casos em que há ausência de dados por idades para o ano de 2000/01 (verificada no 1º ciclo), usou-se apenas a informação relativa ao ano 2001/02. A utilização dos dados do censo populacional de 2001, em conjugação com os dados de frequência para o ano lectivo de 2000/01 e 2001/02, não está eventualmente isenta de alguma distorção, nomeadamente como resultado de não haver uma perfeita coincidência temporal na recolha de dados. Quadro I.7 - Taxas de Escolarização por Idades e Níveis de Ensino no Concelho de Lagoa em 2001 (excluindo a ECUBAL e o JI do Centro Paroquial de Estômbar). 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos População anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos TOTAL Pré-Escolar Taxa de escolarização (%) 58% 90% 85% 11% 1º Ciclo Taxa de escolarização (%) 6% 99% 111% 83% 100% 27% 13% 7% 2% 1% 2º Ciclo Taxa de escolarização (%) 62% 80% 32% 15% 9% 4% 0% 3º Ciclo Taxa de escolarização (%) 1% 50% 84% 79% 38% 20% 10% 2% 0% Secundário Taxa de escolarização (%) 12% 28% 30% 23% 19% 11% 5% TOTAL de Alunos TOTAL Taxa de escolarização 58% 90% 91% 110% 111% 83% 100% 89% 94% 90% 100% 89% 54% 48% 40% 24% 19% 11% 5% 66% 80% 101% 92% 93% 41% 96% 48% 18

26 Figura I.8 Gráfico das Taxas de Escolarização por Idades e Níveis de Ensino no Concelho de Lagoa em 2001 (excluindo ECUBAL e JI do Centro Paroquial de Estômbar) 120% 100% Taxas de Escolarização 80% 60% 40% 20% 0% 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos Idade Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação. O Quadro I.8 inclui os dados referentes à secção portuguesa da ECUBAL e ao JI do Centro Paroquial de Estômbar. Os dados da ECUBAL provêm do Ministério da Educação e não apresentavam distribuição por idades, o mesmo sucedendo aos dados provenientes do JI que os fornece apenas na totalidade. Para introdução destes dados assumiu-se que a distribuição por idades era idêntica à distribuição da totalidade das outras escolas. Com a introdução dos dados destes estabelecimentos a taxa de escolarização para a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º Ciclos) atinge um valor médio de 116%, que é elevado mas que se deve também ao facto da ECUBAL acolher alunos de outros concelhos. Por comparação dos quadros anteriores pode-se admitir que o valor real da taxa de escolarização para os três Ciclos do Ensino Básico deve situar-se entre os 96% e os 116%. 19

27 Quadro I.8 - Taxas de Escolarização por Idades e Níveis de Ensino no Concelho de Lagoa em 2001 (incluindo a ECUBAL e o JI do Centro Paroquial de Estômbar) 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos TOTAL População Pré-Escolar Taxa de escolarização (%) 79% 111% 103% 11% 1º Ciclo Taxa de escolarização (%) 8% 117% 133% 99% 121% 33% 16% 9% 2% 1% 2º Ciclo Taxa de escolarização (%) 77% 100% 41% 18% 11% 6% 0% 3º Ciclo Taxa de escolarização (%) 1% 60% 100% 95% 45% 23% 12% 2% 0% Secundário Taxa de escolarização (%) 14% 31% 34% 25% 19% 13% 6% TOTAL de Alunos TOTAL Taxa de escolarização 79% 111% 112% 128% 133% 99% 121% 111% 117% 110% 120% 107% 65% 55% 46% 27% 19% 13% 6% 79% 101% 120% 114% 112% 48% 116% 55% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação. Observando agora o Quadro I.8 (que inclui todos os estabelecimentos) e tendo em conta que, apesar destes valores poderem estar ligeiramente inflacionados, a distribuição é semelhante à do Quadro I.7, salienta-se que: Nas idades correspondentes ao Pré-escolar (3-5 anos), as taxas de escolarização crescem desde os 79% para os 3 anos até um máximo de 112% para os 5 anos, conduzindo a uma taxa global estimada de 101%; A taxa de escolarização global para as idades próprias do 1º Ciclo é de 120%, o que indicia que a totalidade da população do Concelho, em idade própria frequenta efectivamente o 1º Ciclo. Porém, verifica-se que, para os 7 anos, a taxa de escolarização apurada é bastante superior à taxa global estimada, por contraposição com a taxa correspondente aos 8 anos, que é de apenas 99%, indiciando que a retenção nos 7 anos é elevada; Para as idades próprias do 2º Ciclo do Ensino Básico (10-11 anos) a taxa de escolarização média apresenta-se superior a 100% (114%) o que indicia que toda a população em idade própria está matriculada no 2º Ciclo. 20

28 No que se refere às idades próprias do 3º Ciclo do Ensino Básico (12-14 anos) a taxa de escolarização (112%) indicia que há cobertura integral da população a escolarizar. Mais uma vez um ano com elevada frequência (13 anos) precede um ano com uma frequência significativamente mais baixa que a média para o Ciclo, podendo indicar uma taxa de retenção mais elevada; A taxa de escolarização assume valores mais baixos para as idades próprias do Ensino Secundário (15-17 anos) com um valor médio de 55%, o que resulta de o Secundário não ser obrigatório. No entanto, será de referir que para este valor médio contribuem de forma significativa os alunos com 15 anos que ainda frequentam o 3º Ciclo (fruto da retenção) e a possibilidade de os jovens poderem prosseguir os seus estudos fora do concelho. No Quadro I.8 pode ainda observar-se a proporção de alunos que frequentam cada Ciclo de estudos fora da idade própria do Ciclo em causa, fruto do insucesso escolar e correspondente retenção. Estas ocorrências assumem particular acuidade para os 10 anos (com 33% dos alunos ainda no 1º Ciclo), para os 12 anos (com 41% dos alunos desta idade ainda a frequentar o 2º Ciclo) e para os 15 anos (com 45% dos alunos ainda a frequentar o 3º Ciclo). As taxas de ocupação do parque escolar são apresentadas no Quadro I.9. A par da indicação da Capacidade em turmas das instalações (dados fornecidos pelas próprias escolas) e da Capacidade em número de alunos dessas instalações, obtida pela multiplicação do número de turmas pelo número aconselhável de alunos por turma (24), é também indicada a População Matriculada em cada nível de ensino, para o ano lectivo 2005/06. A partir destes dados calcula-se a Taxa de Ocupação (dada pela razão entre o número de alunos matriculados no nível de ensino e a capacidade total das escolas desse mesmo nível). Este indicador fornece informação sobre o grau de saturação dos equipamentos de ensino no concelho de Lagoa. 21

29 Quadro I.9 - Taxa de ocupação dos equipamentos escolares (públicos e privados) no ano lectivo de 2005/06 (* inclui a ECUBAL, secção portuguesa, dados de 2004/05) Capacidade (nº de População Tx. de Ocupação dos Capacidade Turmas * nº alunos Matriculada Eqs. existentes (nº de em Turmas recomendado por turma) (2005/06) alunos/ Capacidade) JI* ,3% EB1* ,2% EB23* ,2% ES*/ ,1% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação Pode constatar-se que a maioria dos estabelecimentos de ensino apresenta Taxas de Ocupação inferiores a 100%, à excepção dos JI, em que esta taxa atinge os 106%. Deste modo, as escolas do concelho de Lagoa apresentam margem para acolher um número superior de alunos. Faz-se de seguida uma análise comparativa do desempenho do sistema educativo do concelho de Lagoa com o de outros Concelhos e regiões, com base em alguns indicadores relativos ao ano de 2001, apresentados no Quadro I.10. Quadro I.10 - Indicadores de desempenho escolar (2001) Taxa de Abandono Ensino Básico Taxa de Retenção Taxa de Saída Antecipada Ensino Secundário Taxa de Saída Precoce Aproveitamento no Ensino Secundário Portugal 2,7% 12,7% 24,0% 44,0% 63,0 Algarve (NUTIII) 2,4% 14,1% 20,5% 44,5% 56,2 Lagoa 3,5% 12,4% 22,4% 50,5% 50,5 Portimão 2,3% 10,6% 17,6% 42,9% 57,6 Silves 2,5% 14,5% 22,9% 49,2% 61,5 Albufeira 2,3% 13,3% 22,5% 49,2% 55,2 Faro 2,3% 14,7% 15,1% 31,3% 58,5 Fonte: Ministério da Educação No que se refere ao abandono no Ensino Básico (obrigatório), o concelho de Lagoa apresenta uma Taxa de Abandono (3,5%) superior à média nacional (2,7%) e à média da NUTIII Algarve (2,4%), sendo a mais alta de entre os Concelhos limítrofes (Figura I.9). 22

30 Figura I.9 - Comparação de Taxas de Abandono Taxa de Abandono - Ensino Básico 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 2,7 Portugal 2,4 Algarve (NUTIII) 3,5 2,3 2,5 2,3 2,3 Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Fonte: Ministério da Educação A Taxa de Retenção no Ensino Básico do concelho de Lagoa (ver Figura I.10) é ligeiramente mais baixa que a média nacional e bastante inferior à da região do Algarve sendo a mais baixa entre face aos Concelhos limítrofes. Figura I.10 - Comparação de Taxas de Retenção no Ensino Básico Taxa de Retenção - Ensino Básico 18,0% 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 12,7 14,1 12,4 10,6 14,5 13,3 14,7 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Portugal Algarve (NUTIII) Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Fonte: Ministério da Educação A Taxa de Saída Antecipada (definida como a percentagem da população residente na faixa etária anos que não concluiu o 9º ano, nem está a frequentar qualquer nível de ensino) é de 22,4% (o que significa que esta percentagem da população jovem nesta faixa etária não concluiu o ensino obrigatório), valor que se encontra abaixo da média nacional mas acima da média para a região do Algarve, na qual existem Concelhos limítrofes com valores bastante baixos (Figura I.11). 23

31 Figura I.11 - Comparação de Taxas de Saída Antecipada Taxa de Saída Antecipada - Ensino Básico 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 24,0 20,5 22,4 17,6 22,9 22,5 15,1 10,0% 5,0% 0,0% Portugal Algarve (NUTIII) Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Fonte: Ministério da Educação A Taxa de Saída Precoce (Figura I.12) - definida como a percentagem de residentes na faixa etária anos que não concluíram nem estão a frequentar o Ensino Secundário - no concelho de Lagoa (50,5%) é significativamente superior à média nacional e à média da NUTIII e a mais alta entre os Concelhos limítrofes. De sublinhar que esta taxa apresenta um valor muito elevado, traduzindo-se num claro indicador de que muitos jovens não prosseguem os estudos após conclusão do ensino obrigatório (9º ano), constituindo um desafio adicional à implantação da escolaridade obrigatória de 12 anos. Na Figura I.13 apresenta-se a Taxa de Transição no Ensino Secundário (ou o Aproveitamento no Ensino Secundário), verificando-se que Lagoa se encontra abaixo da média do continente e do Algarve, apresentando um valor claramente inferior aos Concelhos limítrofes. 24

32 Figura I.12 - Comparação de Taxas de Saída Precoce Taxa de Saída Precoce - Ensino Secundário 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 44,0 44,5 50,5 42,9 49,2 49,2 31,3 20,0% 10,0% 0,0% Portugal Algarve (NUTIII) Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Fonte: Ministério da Educação Figura I.13 - Taxa de Transição no Ensino Secundário. Aproveitamento - Ensino Secundário 70,0 60,0 50,0 63,0 56,2 50,5 57,6 61,5 55,2 58,5 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Portugal Algarve (NUTIII) Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Fonte: Ministério da Educação. 25

33 I.2. A rede de escolas do Concelho de Lagoa No concelho de Lagoa, no ano lectivo de 2005/06, encontrava-se em funcionamento um total de 25 estabelecimentos de educação e ensino, dos quais 21 pertencentes à rede pública do ME e apenas 4 à rede privada. Importa referir ainda que a grande parte dos equipamentos públicos se concentra no ensino do 1º Ciclo e que as infraestruturas de ensino privadas abrangem todos os níveis (Quadro I.11). De referir ainda que existem 2 estabelecimentos que oferecem simultaneamente Pré-escolar e 1º Ciclo. Quadro I.11 - Número de Escolas no Concelho Pública Privada Total JI* EB1+JI EB EB2, ES*/ ECUBAL Total Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Analisando o Quadro I.12, onde se apresenta a distribuição destas escolas pelas freguesias do Concelho, verifica-se que todas as freguesias dispõem de equipamentos com oferta de Pré-escolar e 1º Ciclo. A um nível mais global, observa- -se que os estabelecimentos existentes se encontram relativamente bem distribuídos pelas freguesias do Concelho, sendo de salientar que Lagoa é a única freguesia com oferta de Secundário. Quadro I.12 - Freguesias onde é administrado cada nível de ensino Freguesia Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Total por Secundário Freguesia Estômbar Parchal Ferragudo Carvoeiro Lagoa Porches Concelho de Lagoa Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) 26

34 Na Figura I.14 verifica-se que Lagoa é a freguesia com maior número de estabelecimentos logo seguida de Estômbar com 8 e de Parchal com 6. Figura I.14 - Estabelecimentos por freguesia como % do total do Concelho 24% 18% 6% 9% 6% 37% Estômbar Parchal Ferragudo Carvoeiro Lagoa Porches I.2.1. Agrupamentos Escolares Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) A criação de agrupamentos escolares teve como estratégia de base a criação de condições de gestão das escolas, de racionalização dos meios e de aumento da qualidade geral do ensino. A reforma estrutural do Ministério da Educação e do sistema educativo (através do Despacho nº 13313/2003 de 8 de Julho) foi um importante impulso para que tal acontecesse. Conforme o D.L. 115/98 de 4 de Maio, um Agrupamento de Escolas é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de educação Pré-escolar e de um ou mais níveis e Ciclos de ensino, a partir de um projecto pedagógico comum, com vista à realização das finalidades seguintes: a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória numa dada área geográfica; b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social; c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional dos recursos; d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente diploma; 27

35 e) Valorizar e enquadrar experiências em curso. Os critérios que estão na base da constituição de agrupamentos escolares estão relacionados com a existência de projectos pedagógicos comuns, a construção de percursos escolares integrados, a articulação curricular entre níveis e Ciclos educativos, a proximidade geográfica, a expansão da educação Pré-escolar e, finalmente, com a reorganização da rede educativa. O objectivo referido em a) vem reforçar a ideia de que os agrupamentos escolares deverão ser verticais, isto é, deverão englobar todos os níveis de ensino. Apenas em casos excepcionais são admitidos agrupamentos horizontais, isto é, de escolas de um mesmo nível de ensino. Sublinha-se desta forma a necessidade de se ponderar a conveniência de fundir os conceitos de Território Educativo e de Agrupamento de Escolas, de forma a constituir unidades estruturantes únicas para efeitos de planeamento e também de gestão da rede em todas as suas vertentes (administrativa, pedagógica, etc.). Quadro I.13 Constituição dos agrupamentos existentes no concelho de Lagoa Agrupamento Horizontal de Lagoa Escolas de Estômbar Escolas de Parchal Estabelecimento Jardim de Infância de Porches Pré-Primária do Carvoeiro Jardim de Infância de Lagoa E.B. 1 de Alfanzina E.B. 1 de Alporchinhos E.B. 1 de Carvoeiro E.B. 1 de Lagoa E.B. 1 de Porches E.B. 1 de Vale d`el-rei E.B. 1 de Vale de Lapa Jardim de Infância de Estômbar Jardim de Infância de Mexilhoeira E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação E.B. 1 de Estômbar E.B. 2,3 Professor João Cónim Jardim de Infância de Ferragudo Jardim de Infância de Parchal 1 Jardim de Infância de Parchal 2 E.B. 1 de Parchal E.B. 1 de Ferragudo E.B. 2,3 Rio Arade Fonte: C.M.L. No concelho de Lagoa existem dois agrupamentos verticais (Agrupamento de Escolas de Estômbar e Agrupamento de Escolas de Parchal) e um horizontal (Agrupamento Horizontal de Lagoa), ver Quadro I.13. Para além dos agrupamentos 28

36 existem ainda a Escola EB2,3 Jacinto Correia de Lagoa e a Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira de Lagoa. I.2.2. Carta de Localização dos estabelecimentos de ensino Apresenta-se de seguida a Carta de Localização dos Estabelecimentos de Ensino existentes (Carta I.1). A simbologia adoptada permite uma fácil leitura dos níveis de ensino oferecidos por cada estabelecimento. 29

37 Carta I.1 Localização das Escolas 30

38 I.3. A Educação Pré-escolar A Educação Pré-escolar é a primeira etapa da educação escolar, sendo complementar da acção educativa das famílias. Esta destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e os 6 anos, idade de ingresso no 1º Ciclo do Ensino Básico. A frequência da educação Pré-escolar é facultativa, competindo, porém, ao Estado contribuir para a universalização da sua oferta, prioritariamente das crianças de 5 anos de idade. No concelho de Lagoa existem doze Jardins-de-Infância, quatro de gestão privada e os restantes públicos. Importa salientar que dos oito estabelecimentos públicos seis funcionam de forma autónoma e os outros dois funcionam integrados com Escolas Básicas do 1º Ciclo. Nos estabelecimentos privados, três possuem creche e o quarto pertence à Escola Internacional do Algarve, estando integrado numa oferta de ensino que vai desde o Pré-escolar ao Ensino Secundário. Os dados referentes a este estabelecimento estão incompletos, uma vez que a escola não respondeu ao inquérito, por este motivo não será incluído em todos os quadros deste ponto. Quadro I.14 - Jardins-de-Infância no Concelho (2005/06) Código Estabelecimento Gestão Localidade Freguesia Serviços Integrados Infantário A Colmeia IPSS Lagoa Lagoa Creche Centro Paroquial de Estômbar IPSS Estômbar Estômbar Creche Colégio do Parchal "O Necas" Privado Parchal Parchal Creche ECUBAL Privado Lagoa Lagoa * Jardim de Infância do Ferragudo Público Ferragudo Ferragudo EB 1º Ciclo Jardim de Infância Parchal nº 1 Público Parchal Parchal Autónomo Jardim de Infância Parchal nº 2 Público Parchal Parchal Autónomo Pré-Primária do Carvoeiro Público Carvoeiro Carvoeiro Autónomo Jardim de Infância de Porches Público Porches Porches Autónomo Jardim de Infância de Lagoa Público Lagoa Lagoa EB 1º Ciclo Jardim de Infância de Estômbar Público Estômbar Estômbar Autónomo Jardim de Infância da Mexilhoeira de Carregação Público Estômbar Estômbar Autónomo Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação Relativamente à Taxa de Cobertura ao nível da Educação Pré-escolar, o concelho de Lagoa apresenta globalmente um valor de cerca de 100% (Quadro I.15), indiciando que toda a população em idade própria (3-5 anos) é servida pela oferta de Pré-escolar existente no Concelho. No entanto, esta conclusão deve ser encarada com algumas reservas, podendo resultar de deficiências da base estatística utilizada. O quadro inclui a ECUBAL. Refinando a análise para o nível das 31

39 freguesias, verificam-se discrepâncias nos seus valores, embora todas as freguesias sejam servidas por equipamentos com esta oferta. De notar ainda que as freguesias de Ferragudo e de Lagoa apresentam um número de crianças inscritas muito superior ao número de crianças em idade própria (3-5 anos), resultando em taxas de cobertura muito elevadas (a freguesia de Lagoa tem uma Taxa de Cobertura de cerca de 195%). Isto associado à Taxa de Cobertura Global do Concelho, de cerca de 100% para este nível de educação, indicia que as crianças residentes nas freguesias com uma baixa oferta de Pré-escolar frequentam este nível de ensino nas freguesias vizinhas. O Decreto-Lei nº 147/97 que estabelece o ordenamento jurídico do desenvolvimento e expansão da rede Pré-escolar pública e privada, definiu como objectivo elevar, até ao final do século, a oferta global de educação Pré-escolar em cerca de 20% de modo a abranger 90% das crianças de 5 anos, 75% das de 4 anos e 60% das de 3 anos. Os valores obtidos para o concelho de Lagoa (ver Quadro I.8) mostram que estes objectivos (fixados para o final do século passado) foram largamente atingidos para todas as idades do Pré-escolar, embora estes valores possam estar alterados pelas razões já referidas. Quadro I.15 - Taxas de Cobertura por Freguesia, em 2001 População com 3-5 anos (2001) Nº de crianças inscritas (Média 00/01 e 01/02) Taxa de Cobertura (%) Número de Jardinsde-Infância Freguesia Nº % Nº % Estômbar % 89 14% 60% Parchal % 57 9% 54% Ferragudo % 64 10% 176% Carvoeiro % 22 3% 23% Lagoa % % 195% Porches % 20 3% 42% Concelho de Lagoa % % 101% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação. A observação do Quadro I.16 permite verificar que o número de crianças inscritas na educação Pré-escolar desde 2001 tem vindo a crescer, apresentando uma ligeira queda no último ano lectivo. Em todos os anos o JI O Necas (privado) não é incluído por falta de dados. 32

40 Quadro I.16 - Evolução do n.º de crianças inscritas na educação Pré-escolar Ano Lectivo 1999/ / / / / / /06 Pré-escolar / / / / / / /06 Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação No Quadro I.17 apresenta-se o número de crianças inscritas por estabelecimento, bem como os respectivos educadores, auxiliares e salas de actividades disponíveis. São também apresentados rácios de crianças por sala e por educador e Taxas de Ocupação dos Jardins-de-Infância. A grande maioria dos Jardins-de-Infância do concelho de Lagoa são de pequena dimensão, regra geral dispondo apenas de uma a duas salas de actividades. As únicas excepções são o JI da Lagoa com 4 salas, o estabelecimento privado Colégio do Parchal O Necas com 5 salas e a IPSS A Colmeia com 9 salas de actividades. O JI A Colmeia destaca-se com o maior número de crianças inscritas (225 crianças), sendo de referir que, para além das crianças que frequentam o préescolar, o JI tem 148 crianças inscritas com idade igual ou superior a 6 anos e são frequentadoras do ATL. O número de educadores e auxiliares apresentados para este JI é o total, ou seja engloba o pré-escolar e o ATL, estando por isso sobreavaliado. Nos quadros e figuras que se seguem não incluem a ECUBAL devido à ausência de dados referentes às instalações. 33

41 Quadro I.17 - Número de Crianças e Educadores na Educação Pré-escolar, no Ano Lectivo de 2005/06. Código Nome do Estabelecimento Gestão 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos Total Educadores Auxiliares Infantário A Colmeia IPSS * ,0% Colégio do Parchal "O Necas" Privado ,0% Centro Paroquial de Estômbar IPSS ,5% Jardim de Infância do Ferragudo Público ,0% Jardim de Infância Parchal nº 1 Público ,0% Jardim de Infância Parchal nº 2 Público ,0% Pré-Primária do Carvoeiro Público ,0% Jardim de Infância de Porches Público ,0% Jardim de Infância de Lagoa Público ,8% Jardim de Infância de Estômbar Público ,0% Jardim de Infância da Mexilhoeira de Carregação Total Concelho de Lagoa Matrículas por Idade (2005/06) Docentes e Não Docentes Nº de Salas de Actividades Rácio Crianças por Sala Rácio Crianças por Educador Capacidade (nº crianças) Taxa de Ocupação (%) Público ,0% ,6% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas). * Neste estabelecimento considerou-se que as crianças inscritas com 6 ou mais anos frequentam o ATL. Figura I.15 Taxa de Ocupação dos Jardins-de-Infância do Concelho de Lagoa (2005/06). Infantário A Colmeia Colégio do Parchal "O Necas" Centro Paroquial de Estômbar Jardim de Infância do Ferragudo Jardim de Infância Parchal nº 1 Jardim de Infância Parchal nº 2 Pré-Primária do Carvoeiro Jardim de Infância de Porches Jardim de Infância de Lagoa Jardim de Infância de Estômbar Jardim de Infância da Mexilhoeira de Carregação 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 120,0% 140,0% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Relativamente à Taxa de Ocupação (Figura I.15), à excepção da Pré-Primária do Carvoeiro, todos os JI ultrapassam bastante o limite da sua capacidade, apresentando o JI de Porches uma taxa de ocupação excessiva (185%). Nos restantes JI a Taxa de Ocupação varia entre os 112% e os 130%. A média para o Concelho situa-se nos 101%, se se incluir na análise a capacidade do Colégio do 34

42 Parchal O Necas. Se se retirar a capacidade deste estabelecimento, visto se desconhecer o número de matriculas, obtém-se uma taxa de ocupação para o concelho de cerca de 123%, que é um valor muito elevado, mostrando que a grande maioria dos estabelecimentos deste nível de ensino funciona muito acima das suas capacidades. As Taxas de Ocupação dos estabelecimentos de educação Pré-escolar do concelho de Lagoa apresentadas na Figura I.15 e no Quadro I.17 obtém-se através da aplicação da seguinte expressão, considerando o pressuposto de que a capacidade por sala é de 20 alunos: Taxa _ de _ Ocupação = nº alunos _ existentes N º _ de _ salas Capacidade _ por _ sala No que diz respeito ao estado de conservação das instalações, observa-se no Quadro I.18 que as componentes que apresentam mais problemas são a pintura, as janelas e os sanitários sem que, no entanto, o resultado seja particularmente preocupante. Nas restantes categorias, verifica-se que na maioria dos casos as instalações encontram-se num estado de conservação bom ou razoável. Mesmo nos casos em que o estado de conservação é considerado menos satisfatório, constatase que nenhum desses casos é considerado irrecuperável. Quadro I.18 - Estado de Conservação de infra-estruturas Estabelecimento Rede Electrica Rede de Águas Rede de Esgotos Aquecimento Ar Condicionado Geral do Edifício Pavimento Pintura Cobertura Janelas WC Mobiliário Escolar Material Didáctico Infantário A Colmeia Bom Bom Bom Não Sim Bom Bom Bom Bom Bom Bom Razoável Razoável Colégio do Parchal "O Necas" Bom Bom Bom Sim Sim Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Centro Paroquial de Estombar Razoável Bom Razoável Sim Sim Razoável Razoável Bom Razoável Bom Razoável Razoável - Jardim de Infância do Ferragudo Razoável Bom Bom Sim Sim Razoável Razoável Deficiente Deficiente Deficiente Razoável Razoável Bom Jardim de Infância Parchal nº 1 Razoável Razoável Bom Sim Sim Razoável Bom Razoável Bom Razoável Deficiente Degradado Bom Jardim de Infância Parchal nº 2 Bom Bom Bom Sim Sim Bom Bom Bom Bom Deficiente Bom Bom Bom Pré-Primária do Carvoeiro Razoável Bom Bom Sim Sim Razoável Bom Deficiente Razoável Razoável Deficiente - - Jardim de Infância de Porches Bom Bom Bom Sim Sim Bom Bom Bom Razoável Bom Razoável Razoável Bom Jardim de Infância de Lagoa Bom Bom Bom Sim Sim Bom Bom Razoável Bom Bom Bom Bom Bom Jardim de Infância de Estômbar Razoável Razoável Razoável Sim Sim Razoável Bom Razoável Razoável Razoável Deficiente Bom Razoável JI Mexilhoeira de Carregação Bom Bom Bom - Sim Bom Bom Bom Bom Deficiente Deficiente Degradado Razoável Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Analisando a dotação de infra-estruturas e equipamentos de apoio (Quadro I.19) observa-se que não existem escolas sem recreio descoberto. Verifica-se também que apenas quatro não possuem um recreio coberto (JI de Ferragudo, JI Parchal nº1 e 2 e JI de Mexilheira de Carregação). De salientar que o JI de Mexilheira de 35

43 Carregação tem instalações novas que entram em funcionamento após o preenchimento dos inquéritos. Os JI não públicos são aqueles que apresentam melhores infraestruturas ( A Colmeia, O Necas e Centro Paroquial de Estômbar). Quadro I.19 - Dotação de infra-estruturas (Jardins-de-Infância) Estabelecimento Sala Polivalente Sala de Informática Sala Prolongamento de Actividades Outras Salas Recreio Coberto Recreio Descoberto Eq. Lúdico Campo de Jogos Infantário A Colmeia Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Colégio do Parchal "O Necas" Sim Sim Sim - Sim Sim Não Não Sim Centro Paroquial de Estombar Sim - Sim Sim Sim Sim Sim Sim Jardim de Infância do Ferragudo Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Cantina/ Refeitório Jardim de Infância Parchal nº 1 Sim Não Não Não Não Sim Sim Não Sim* Jardim de Infância Parchal nº 2 Sim Não Não Não Não Sim Sim Não Não Pré-Primária do Carvoeiro Sim Não Jardim de Infância de Porches Não Não Não Sim Sim Sim Sim Não Não Jardim de Infância de Lagoa Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Jardim de Infância de Estômbar Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Sim JI Mexilhoeira de Carregação Sim - - Sim Não Sim Sim Sim Sim Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) * O refeitório funciona numa sala polivalente 36

44 I.4. Ensino Básico 1.º Ciclo No Quadro I.20 é feita uma caracterização dos equipamentos escolares do 1º Ciclo existentes no concelho de Lagoa. Importa referir que a capacidade foi calculada com base no valor de alunos por sala considerado como máximo recomendável 24 alunos por sala. Quadro I.20 - Caracterização das Escolas Básicas de 1º Ciclo (2005/06) Código Nome do Estabelecimento Freguesia Nº de Salas de Aula Nº de Professores Nº de Turmas Nº de Alunos Nº de Alunos por Turma Nº de Alunos por Professor Capacidade (nº de alunos) Taxa de Ocupação E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação Estômbar ,3% E.B. 1 de Estômbar Estômbar ,2% E.B. 1 de Vale de Lapa Estômbar ,3% E.B. 1 de Vale d`el-rei Lagoa ,3% E.B. 1 de Lagoa Lagoa ,7% E.B. 1 de Alfanzina Lagoa ,2% E.B. 1 de Carvoeiro Carvoeiro ,5% E.B. 1 de Porches Porches ,2% E.B. 1 de Alporchinhos Porches ,0% E.B. 1 de Parchal Parchal ,8% E.B. 1 de Ferragudo Ferragudo ,8% Concelho de Lagoa ,7% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) A rede de equipamentos de ensino público do 1º Ciclo em Lagoa é constituída por 11 escolas que acolhem um total de 951 alunos, o que representa uma média de cerca de 86 alunos por escola. O Concelho apresenta um número de alunos por turma e por professor inferior ao máximo recomendável, sendo que apenas na EB1 de Mexilheira da Carregação ronda os 24 alunos por turma. Dos 11 estabelecimentos, 2 encontram-se a funcionar em regime de desdobramento (Vale d El-Rei e Lagoa), o que indica que estas escolas podem ter esgotado as suas capacidades, embora no Quadro I.20 apenas a EB1 de Vale d El-Rei apresente uma Taxa de Ocupação acima dos 100% (e ainda assim devido a um excesso de apenas 2 alunos). No caso da EB1 de Lagoa, o número significativo de alunos com necessidades educativas especiais (16 alunos em 2005/06) pode justificar a utilização do número de alunos por turma abaixo do máximo utilizado na avaliação da taxa de ocupação. 37

45 Quadro I.21 - Evolução do Número de Alunos inscritos no 1.º Ciclo Ano Lectivo 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total /00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação No Quadro I.21 apresenta-se a evolução do número de alunos inscrito no 1º ciclo entre 1999/00 e 2005/06, período para o qual se dispõe de dados para todas as escolas (incluindo a ECUBAL). Pode-se observar que existe um ligeiro aumento do número de alunos inscritos no 1º Ciclo (crescimento de cerca de 10% entre 1999/2000 e 2004/05). Quadro I.22 - Evolução do Nº de Alunos Matriculados por Escola do 1º Ciclo Código Estabelecimento 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Var. (96-06) ECUBAL ,7% E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação ,8% E.B. 1 de Estômbar ,6% E.B. 1 de Vale d`el-rei ,9% E.B. 1 de Lagoa ,3% E.B. 1 de Carvoeiro ,8% E.B. 1 de Porches ,9% E.B. 1 de Vale de Lapa ,0% E.B. 1 de Alfanzina ,0% E.B. 1 de Alporchinhos ,7% E.B. 1 de Parchal ,3% E.B. 1 de Ferragudo ,0% Concelho de Lagoa ,3% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação A variação na ECUBAL e a do Concelho de Lagoa é entre 99/00 e 04/05. Quando são analisadas as escolas de uma forma isolada e tendo em conta as falhas de informação em algumas escolas (ver o Quadro I.22), são observadas variações no número de alunos que vão desde uma quebra de 70,7% (EB1 de Alporchinhos, neste caso desde 96/97) até um acréscimo de 41% (ECUBAL, entre 99/00 e 04/05). A variação apresentada no Concelho entre os anos de 1999/00 e 2004/05, visto 38

46 nestes anos existirem dados para todas as escolas do Concelho, é de um aumento de 9,8% no número de alunos inscritos no 1º Ciclo público e privado no concelho de Lagoa. Figura I.16 - Número de Alunos, Professores, Salas e Turmas nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico no Ano Lectivo de 2005/06 Nº de Professores por Escola Nº de Alunos por Escola 73% 46% 45% 9% 0% 0% 9% 9% 9% 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais Nº de Salas por Escola Nº de Turmas por Escola 55% 64% 0% 18% 0% 27% 0% 9% 0% 27% 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Na Figura I.16 estão representados valores do número de alunos, professores, salas e turmas nas escolas do 1º Ciclo do concelho de Lagoa no ano lectivo de 2005/2006. Esta Figura e a seguinte (Figura I.17) não incluem a ECUBAL. No que diz respeito ao número de alunos, é patente que a maioria das escolas tem mais de 25 alunos inscritos (73%). Apenas 2 escolas têm menos de 10 alunos, mais concretamente, as EB1 de Vale de Lapa e de Alfanzina. Relativamente ao número de professores, verifica-se que cerca de metade das escolas contam com menos de quatro professores nos seus quadros. O terceiro gráfico da Figura I.16 ilustra o número de salas por cada escola. Constata-se que a maioria (55%) das escolas possui menos de quatro salas de aula. De referir ainda que 64% das escolas têm menos que 4 turmas, o que corresponde a 7 escolas, sendo que destas 3 têm apenas uma turma. Salienta-se que uma escola 39

47 (a EB1 de Lagoa) tem 20 turmas, correspondendo a uma escola de grande dimensão. Observando os resultados apresentados, evidencia-se o facto de a maior parte das escolas apresentar mais de 25 alunos, o que pode indicar que as crianças encontram melhores condições pedagógicas e de sociabilização comparativamente com as escolas com poucos alunos, partindo do principio que os estabelecimentos apresentam condições de funcionamento. Figura I.17 - Número de Alunos por Sala, por Turma e por Professor nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico no Ano Lectivo de 2005/06 Nº de Alunos por Sala Nº Alunos por Turma 64% 64% 0% 9% 18% 9% 18% 0% 18% 0% 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais 1 a 4 5 a 9 10 a a ou mais Nº de Alunos por Professor 55% 9% 27% 9% 1 a 4 5 a 9 10 a a 24 Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) O cruzamento da informação que deu origem aos gráficos anteriores permitiu a obtenção da Figura I.17. Relativamente ao número de alunos por sala de aula, constata-se que mais de metade (64%) das escolas tem uma ocupação por sala entre os 15 e 24 alunos, ou seja, uma ocupação próxima da que é recomendável. Observando agora o número de alunos por turma, não se verificam grandes diferenças relativamente ao item anterior, visto que existe alguma semelhança nas percentagens representativas de cada uma das classes. Aliás esta coincidência pode indicar que as escolas estão a funcionar perto das capacidades recomendadas. Finalmente, no terceiro gráfico estão representadas diferentes 40

48 classes de rácios entre número de alunos e professores. Este gráfico parece indicar que não há professores com mais de 24 alunos, contudo comparando com os quadros iniciais desta secção, observa-se que há professores que não têm turma, podendo esta situação levar a que outros professores tenham mais que 24 alunos nas suas turmas. Figura I.18 - Taxa de Ocupação das Escolas do 1.º Ciclo (2005/06) Taxa de Ocupação 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação E.B. 1 de Estômbar E.B. 1 de Vale d`el-rei E.B. 1 de Lagoa E.B. 1 de Carvoeiro E.B. 1 de Porches E.B. 1 de Vale de Lapa E.B. 1 de Alfanzina E.B. 1 de Alporchinhos E.B. 1 de Parchal E.B. 1 de Ferragudo Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Na Figura I.18 estão ilustradas as Taxas de Ocupação de cada um dos equipamentos escolares do concelho de Lagoa. Esta taxa obtém-se, conforme referido anteriormente, através da aplicação da expressão abaixo, considerando o pressuposto de que a capacidade por sala de aula é de 24 alunos (valor máximo recomendável): Taxa _ de _ Ocupação = nº alunos _ existentes N º _ de _ salas Capacidade _ por _ sala Apenas uma escola (a EB1 de Vale d El-Rei) apresenta uma ocupação superior a 100%. Por oposição tem-se a EB1 de Vale de Lapa com uma Taxa de Ocupação inferior a 10%, para além desta apenas existem mais duas escolas com taxas inferiores a 40%. No Quadro I.23, apresenta-se a Taxa de Cobertura da população em idade própria do 1º Ciclo. Esta taxa representa a razão entre o número de alunos matriculados e a 41

49 população residente em idade própria de frequência deste Ciclo (crianças entre os 6 e os 9 anos de idade). Com o objectivo de tornar esta comparação mais fiável, calculou-se o valor médio de alunos matriculados nos anos lectivos 2000/01 e 2001/02, tendo-se utilizado os valores da população residente com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos que constam do Censo De salientar que este quadro inclui dados da Escola Internacional do Algarve, que se situa na freguesia de Lagoa. Quadro I.23 - Taxa de Cobertura da População em Idade Própria do 1º Ciclo, por freguesia (2001) Freguesia População residente com 6-9 anos (2001) Nº de alunos matriculados (média 00/01 e 01/02) Taxa de Cobertura (%) Estômbar % Parchal % Ferragudo % Carvoeiro % Lagoa % Porches % Concelho de Lagoa % Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas), INE e Ministério da Educação Analisando agora os valores obtidos no Quadro I.23 verifica-se que, ao nível do concelho de Lagoa, a Taxa de Cobertura apresenta um valor superior a 100%, o que é explicável por haver alunos fora da idade própria a frequentar o 1º Ciclo (fruto da retenção) e, eventualmente, por haver residentes de outros Concelhos a frequentar escolas deste Concelho, principalmente se se tiver em conta que se incluem neste quadro estabelecimentos de ensino privados. As freguesias de Ferragudo e de Lagoa apresentam uma Taxa de Cobertura muito superior a 100%, respectivamente, 163% e 242%. É na Freguesia de Lagoa que se situa a ECUBAL, factor que justifica em parte a elevada taxa. Aliás, se não se incluir este estabelecimento, a Taxa de Cobertura de Lagoa reduz para 167%, sendo mesmo assim superior a 100%, e a Taxa de Cobertura para o Concelho baixa para 113%. Em qualquer dos casos, incluindo ou não a ECUBAL, verifica-se que existem freguesias com Taxas de Cobertura da ordem dos 60%, o que indicia que um número considerável de alunos frequenta escolas fora das suas freguesias de residência. Em contrapartida, as taxas elevadas de algumas freguesias indicam que as escolas destas freguesias recebem alunos de outras freguesias. Estas movimentações de alunos podem dever-se a vários factores, nomeadamente 42

50 crianças que acompanham os pais nas deslocações casa-emprego ou melhores condições das escolas. Os restantes quadros e figuras deste ponto não incluem a ECUBAL por falta dos dados respectivos. Figura I.19 - Taxa de Retenção nas Escolas de 1.º Ciclo (de 2000/01 a 2004/05) 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 2000/ / / / /05 2º ano 3º ano 4º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Uma das razões apresentadas para o facto de que algumas Taxas de Cobertura terem valores superiores a 100% foi a retenção. Na Figura I.19, é apresentada a evolução das taxas de retenção para os 2º, 3º e 4º anos entre os anos lectivos de 2000/01 e 2004/05. No ano lectivo de 2000/01 o 4º ano é o que apresenta maiores Taxas de Retenção, sendo também neste ano que a retenção no 4º ano é mais elevada. Verifica-se, depois deste elevado valor, que a Taxa de Retenção do 4º ano vai baixando gradualmente até atingir o mínimo de 4,8% no último ano em estudo. Após 2000/01 mais alunos ficam retidos no 2º ano, tendo-se verificado valores bastante elevados em 2003/04 (cerca de 21%). Relativamente ao 3º ano, verificouse que após 4 anos de baixas na Taxa de Retenção, o último ano tem um ligeiro acréscimo. 43

51 Quadro I.24 - Comparação das Taxas de Retenção no 1.º Ciclo para o Concelho de Lagoa e outros Concelhos estudados pelo CESUR Concelho de Lagoa 2000/ / / / /05 Média Concelho de Albufeira Média 00/01 a 02/03 Concelho de Boticas Média 00/01 a 02/03 Concelho de Montalegre Média 00/01 a 02/03 Concelho de Chaves 2001/02 Concelho de Fundão Média 00/01 a 02/03 2º ano 13,8% 15,6% 9,3% 21,1% 10,6% 14,1% 14,6% 18,2% 17,1% 8,0% 17,6% 3º ano 14,7% 9,6% 7,6% 4,6% 8,5% 9,0% 6,2% 6,5% 8,8% 7,0% 9,9% 4º ano 15,1% 7,8% 8,9% 8,8% 4,8% 9,1% 7,0% 10,0% 12,6% 8,0% 10,9% Média 10,7% 9,3% 11,6% 12,8% 7,7% 12,8% Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) O Quadro I.24 apresenta a comparação das Taxas de Retenção em Lagoa com as de outros Concelhos estudados pelo CESUR para os quais se dispõe desta informação. Para os 2º e 4º anos, em termos médios, verifica-se que o concelho de Lagoa se situa numa posição intermédia, comparando com os restantes concelhos apresentados, mas ainda assim acima das taxas de retenção observadas no concelho de Albufeira. Já para o 3º ano, constata-se que Lagoa apresenta uma Taxa de Retenção das mais elevadas. O facto de as Taxas de Retenção para o 2º ano serem superiores às dos restantes anos do 1º Ciclo é uma tendência que se tem verificado também nos outros Concelhos apresentados no quadro anterior. Analisou-se também o estado de conservação dos edifícios dos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo existentes. Em primeiro lugar, apresenta-se no Quadro I.25 o estado das instalações e de conservação do edificado. Ao nível da rede eléctrica, de águas e de esgotos, é de salientar que 3 escolas apresentam queixas ao nível da rede eléctrica, nomeadamente ao nível da potência do quadro eléctrico, e uma atribui a classificação de deficiente à rede de esgotos. Os problemas mais referidos verificam-se ao nível das instalações, nomeadamente, pintura, janelas e sanitários, em que vários estabelecimentos se encontram num estado deficiente, não havendo contudo nenhuma situação de irrecuperável. Relativamente ao material didáctico e escolar, predomina o estado de conservação razoável. Importa salientar que, em nenhuma situação, se verifica a classificação irrecuperável. 44

52 Quadro I.25 - Estado de conservação dos Edifícios das Escolas Públicas com 1.º Ciclo Estabelecimento Rede Rede de Rede de Geral do Mobiliário Material Aquecimento Ar Condicionado Pavimento Pintura Cobertura Janelas WC Electrica Águas Esgotos Edifício Escolar Didáctico E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação Razoável Bom Bom - - Razoável Bom Razoável Bom Bom Razoável Razoável Bom E.B. 1 de Estômbar Bom Bom Bom - - Razoável Bom Razoável Bom Bom Bom Razoável Razoável E.B. 1 de Vale d`el-rei Bom Bom Razoável Sim Não Razoável Razoável Razoável Bom Bom Deficiente Bom - E.B. 1 de Lagoa Deficiente Razoável Razoável Sim Não Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável - - E.B. 1 de Carvoeiro Razoável Bom Razoável Sim Não Razoável Bom Deficiente Razoável Razoável Deficiente Razoável Razoável E.B. 1 de Porches Bom Bom Bom Sim Não Bom Bom Bom Bom Bom Bom Degradado - E.B. 1 de Vale de Lapa Bom Razoável Razoável Não Não Razoável Deficiente Deficiente Razoável Deficiente Razoável Razoável - E.B. 1 de Alfanzina Razoável Razoável - Sim - Bom Razoável Bom Razoável Bom Razoável - - E.B. 1 de Alporchinhos Bom Bom Deficiente Sim Não Razoável Bom Razoável Bom Bom Bom Razoável Razoável E.B. 1 de Parchal Deficiente Bom Bom Sim Não Bom Bom Bom Bom Bom Deficiente Razoável Razoável E.B. 1 de Ferragudo Deficiente Razoável Razoável Sim Não Razoável Razoável Deficiente Razoável Bom Deficiente Bom Degradado Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) No Quadro I.26 é apresentada uma análise das infra-estruturas e equipamentos de apoio existentes nas escolas públicas do 1º Ciclo do concelho de Lagoa. É de ter em conta que apesar da ausência de Sala de Informática nos estabelecimentos analisados, todas as escolas têm computadores com ligação à internet. Um aspecto positivo a salientar é o facto de metade das escolas serem detentoras de Biblioteca e de Cantina. Todas as escolas são detentoras de recreio descoberto mas apenas 3 têm recreio coberto e duas escolas não possuem equipamento lúdico. Refira-se que existem 2 escolas (EB1 de Vale D El-Rei e a EB1 de Alfanzina) que não possuem qualquer equipamento de apoio para além do recreio. Estes elementos são sem dúvida importantes indicadores qualitativos dos equipamentos escolares. Mais de metade dos estabelecimentos tem refeitório ou cantina, os restantes estabelecimentos têm o fornecimento das refeições assegurado pela Câmara Municipal. 45

53 Quadro I.26 - Equipamentos de Apoio às Escolas Públicas do 1.º Ciclo Nome do Sala Sala de Salas Outras Recreio Recreio Equipamento Instalações Cantina/ Biblioteca Estabelecimento Polivalente Informática ATL Salas Coberto Descoberto Lúdico Desportivas Refeitório E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação Não Não Não Sim Não Sim Sim Sim Não Sim E.B. 1 de Estômbar Sim* Não Não Sim* - Sim Sim Sim Não Sim E.B. 1 de Vale d`el-rei Não Não Não Não Não Não Sim - Não Não E.B. 1 de Lagoa Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim E.B. 1 de Carvoeiro Sim Não Não Sim Não Não Sim Sim Sim Sim E.B. 1 de Porches Sim Não Não Sim Não Sim Sim Sim Não Sim E.B. 1 de Vale de Lapa Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não E.B. 1 de Alfanzina Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não E.B. 1 de Alporchinhos Sim Sim Sim Sim Não Não E.B. 1 de Parchal Não Não Não Sim Não Não Sim Sim Sim Não E.B. 1 de Ferragudo Não Não Não Sim Sim Não Sim Sim Não Sim Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) * A sala polivalente funciona como refeitório e biblioteca. 46

54 I.5. Ensino Básico 2º e 3º Ciclos No concelho de Lagoa existem três escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e uma Escola Secundária com 3º Ciclo, para além da oferta privada da ECUBAL relativamente à qual não se dispõe de informação (por não resposta ao inquérito) e que, portanto, não é contemplada nas análises apresentadas. A Secundária e a EB 2,3 Jacinto Correia situam-se na freguesia de Lagoa, as outras duas distribuem-se pela freguesia do Parchal e de Estômbar. I.5.1. Caracterização das escolas O Quadro I.27 apresenta-se alguns indicadores que ajudam a caracterizar as quatro escolas públicas do Concelho. Optou-se por se incluir a caracterização da Escola Secundária neste ponto devido esta incluir turmas do 3º Ciclo do Ensino Básico. Ao nível das infraestruturas a caracterização apresentada é para toda a escola visto os dois níveis de ensino compartilharem os recursos. Ao nível do número de salas e do número de professores, foi feita uma ponderação tendo em conta o número de turmas de cada nível e apresentam-se os valores para o 3º ciclo, sendo que os valores atribuídos ao Secundário serão apresentados mais à frente juntamente com os restantes quadros do Secundário. Quadro I.27 - Número de Alunos/Sala, Alunos/Turma e Professores na Escola com 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Secundário, no ano lectivo de 2005/06 Alunos Salas Nº de Nº de Turmas Nº de Alunos / Turma Professores Rácio Código Nome do Estabelecimento 2º 3º Ciclo Ciclo Total de Alunos / Nº 2º 3º Ciclo Ciclo Total 2º 3º Ciclo Ciclo Média com Alunos / Aula de Salas Funções Professor E.B. 2,3 Rio Arade E.B. 2,3 Professor João Cónim E.B. 2,3 Jacinto Correia Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) O cálculo do rácio alunos por sala de aula foi efectuado com base no número total de alunos que frequenta a escola sobre o número de salas de aula, tendo sido obtidos, para 2005/06, os resultados apresentados no referido quadro. Destes resultados pode verificar-se que o número de alunos por sala não ultrapassa o recomendado (24 alunos). É importante salientar que este indicador que não atende à existência de outro tipo de salas e laboratórios. 47

55 No mesmo quadro, pode observar-se que o rácio de alunos por turma está ligeiramente abaixo dos valores normais, situando-se nos 19 alunos por turma, média para as escolas apresentadas. A Taxa de Ocupação de cada estabelecimento de ensino é obtida pela razão entre o número de alunos matriculados e a capacidade nominal (Nº de turmas x 24). A informação necessária para o cálculo desta taxa, bem como os resultados obtidos, encontram-se no Quadro I.28. Quadro I.28 - Taxa de Ocupação das escolas com 2º e 3º Ciclos e Secundário no ano lectivo de 2005/06 Capacidade Nº de Turmas Nº de Alunos Taxa de ocupação = Código Nome do Estabelecimento Alunos 2º 3º Turmas (turmas x 24) Ciclo Ciclo Total 2º 3º Ciclo Ciclo Total Alunos Matrículados /Capacidade E.B. 2,3 Rio Arade % E.B. 2,3 Professor João Cónim % E.B. 2,3 Jacinto Correia % Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira % Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Em nenhuma das escolas a Taxa de Ocupação ultrapassa os 100%, sendo o valor mais elevado o da Secundária, ou seja, dos recursos desta atribuídos ao 3º ciclo. A Taxa Média de Ocupação para estas quatro escolas, e por consequência a taxa média para o Concelho, é de 81% o que permite ainda um crescimento ligeiro do número de alunos que frequentam estes estabelecimentos, sem exceder a capacidade máxima. De sublinhar que a EB2,3 Prof. João Cónim apresenta uma taxa de ocupação de apenas 66%, francamente abaixo da média do concelho. I Caracterização das Infra-estruturas e equipamentos de apoio O Quadro I.29 apresenta o estado de conservação das quatro escolas EB 2,3 e Secundária. O estado geral dos edifícios é razoável ou bom, sendo que a pintura parece ser a que característica com maior número de estados deficiente, seguida das janelas e do pavimento. 48

56 Quadro I.29 Estado de Conservação das Infra-Estruturas das escolas com 2º, 3º Ciclos e Secundário Código Nome do Estabelecimento Rede Rede de Electrica Águas Rede de Esgotos Geral do Edifício Pavimento Pintura Cobertura Janelas WC Mobiliário Escolar Material Didáctico E.B. 2,3 Rio Arade Bom Bom Deficiente Razoável Bom Deficiente Razoável Bom Razoável Razoável Bom E.B. 2,3 Professor João Cónim Bom Razoável Razoável Bom Bom Bom Bom Razoável E.B. 2,3 Jacinto Correia Bom Bom Bom Bom Deficiente Deficiente Bom Deficiente Bom Bom Bom Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ens Deficiente Razoável Razoável Razoável Razoável Bom Bom Bom Razoável Razoável Razoável Básico Padre António M. Oliveira Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) As instalações das EB 2,3 Prof. João Cónim e Jacinto Correia estão preparadas para receber cidadãos de mobilidade reduzida. O nível de equipamento das escolas de 2º, 3º Ciclos e Secundária é bom, reflexo do facto das instalações serem recentes (a mais antiga é a Secundária, de 1989, com obras de conservação de 2001) e consequentemente os seus projectos de construção já contemplarem a maioria das infra-estruturas exigíveis actualmente aos equipamentos deste tipo. No que concerne aos recursos educativos, pode-se verificar pelo Quadro I.30 que na sua maioria as quatro escolas estão bem apetrechadas a nível de refeitório, recreio, biblioteca, equipamentos laboratoriais, equipamentos para educação plástica e informática. Todas as escolas têm Pavilhão Desportivo e pelo menos um Campo de Jogos. Quadro I.30 - Caracterização dos Recursos Educativos das Escolas EB2,3 e Secundária de Lagoa Nº de Salas Nº de Laboratórios Recreio Código Nome do Estabelecimento Polivalentes Fisico- Ciencias Eq. Aula EVT Coberto Descoberto mática Quimica Naturais Lúdico E.B. 2,3 Rio Arade Não Sim Sim E.B. 2,3 Professor João Cónim Não Sim Sim E.B. 2,3 Jacinto Correia Não Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira Não Sim Não Código Nome do Estabelecimento Biblioteca Auditório Pavilhão Desportivo Salas de Desporto Nº de Campo de Jogos Balneários Refeitório E.B. 2,3 Rio Arade Sim 0 Sim Sim E.B. 2,3 Professor João Cónim Sim 0 Sim Sim E.B. 2,3 Jacinto Correia Sim 1 Sim Sim Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira Sim 1 Sim Sim Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) 49

57 I.5.2. Ensino Básico 2º Ciclo No concelho de Lagoa, o 2º Ciclo do Ensino Básico é ministrado em três escolas conjuntamente com o 3º Ciclo. Os dados apresentados no Quadro I.31 são referentes ao número de alunos inscritos no 2º Ciclo do ensino público e privado. Devido à ausência de dados apenas se pode comparar a evolução do número de inscritos entre os anos 1999/00 e 2004/05, pois nestes anos existem dados para as escolas. Observando os números referentes ao ensino público constata-se que a população escolar do 2º Ciclo diminuiu significativamente desde 97/98, atingindo um mínimo em 99/00. Desde então tem vindo a aumentar o número de alunos inscritos, atingindo em 05/06 os 535 alunos, valor próximo do verificado em 97/98, antes da perda de alunos. O ensino privado apresenta variações ligeiras, com um valor médio de cerca de 100 alunos. No total observa-se um aumento de cerca de 13% no número de alunos inscritos entre 1999/00 e 2004/05. Quadro I.31 - Evolução do Número de Alunos Matriculados no 2.º Ciclo do Ensino Básico Público e Privado entre os Anos Lectivos de 1996/97 e 2005/06 Ano Lectivo 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total figura I , /97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação Em relação à Taxa de Retenção, representada na Figura I.20, verifica-se que, para o período de quatro anos lectivos entre 2001/02 e 2004/05, os valores desta taxa para o 5º ano variaram significativamente, de um máximo de 17,1% (2002/03) a um mínimo de 8,8% (2003/04). 50

58 Também a Taxa de Retenção para o 6º ano flutuou entre um mínimo de 9,2% (2003/04) a um máximo de 18,2% (2001/02), sendo o valor médio para o quadriénio analisado de cerca de 13%. Figura I.20 - Evolução da Taxa de Retenção do 2º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2001/02 até 2004/05 e respectiva média Taxa Média Retenção 2004/ / / /02 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 5º ano 6º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Na Figura I.21 apresenta-se a Taxa de Abandono para o 2º Ciclo e, em ambos os anos os valores da taxa oscilam muito, sendo a percentagem média de abandonos no 5º ano de cerca de 6,5%, e a do 6º ano é ligeiramente superior (média de 7,2%). É de assinalar que não existe uma tendência clara para a diminuição destas taxas. 51

59 Figura I.21 - Evolução da Taxa de Abandono do 2º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2000/01 até 2003/04 e respectiva média Taxa Média Abandono 2004/ / / /02 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 5º ano 6º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) No Quadro I.32 apresenta-se uma comparação das taxas de Retenção e de Abandono com as de outros Concelhos recentemente analisados, podendo observar-se que, para o Município de Lagoa, o valor da Taxa Combinada de Retenção e Abandono (média para os anos lectivos entre 2001/02 e 2004/05) se situa nos 19,4% do total de matrículas, um valor muito elevado comparativamente aos outros Municípios analisados, nomeadamente o de Albufeira. Quadro I.32 - Comparação da Taxa Média de Retenção e de Abandono com outros Concelhos estudados pelo CESUR 2º Ciclo Concelho de Lagoa Taxa de Retenção Taxa de Abandono Tx Retenção + Tx abandono Tx Retenção + Tx Taxa Média Média Média Taxa Média abandono (Média 2001/ / / /05 Média 2001/ / / /05 00/01 a 00/01 a 00/01 a 2001/ /02 Abandono 00/01 a 03/04) Retenção 02/03 02/03 02/03 5º ano 10,1% 17,1% 8,8% 12,5% 12,1% 3,6% 3,9% 10,3% 8,1% 6,5% 18,6% 14,0% 14,9% 10,5% 13,2% 10,8% 6º ano 18,2% 13,8% 9,2% 10,6% 13,0% 7,2% 9,1% 10,9% 1,6% 7,2% 20,1% 15,2% 18,4% 15,5% 15,9% 11,1% Média 14,2% 15,5% 9,0% 11,5% 12,5% 5,4% 6,5% 10,6% 4,8% 6,8% 19,4% 14,6% 16,7% 13,0% 14,6% 11,0% Concelho de Albufeira Concelho de Boticas Concelho de Montalegre Concelho de Chaves Concelho de Fundão Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e CESUR 52

60 I.5.3. Ensino Básico 3º Ciclo No Quadro I.33 pode observar-se o número de alunos inscritos no 3º Ciclo Público e Privado. Comparando o primeiro com o último anos do ensino público verifica-se que houve um ligeiro aumento no número de alunos inscrito (32 alunos). Fazendo a média para os anos lectivos apresentados, o Concelho apresenta cerca de 700 alunos no 3 º Ciclo Público, para a década de 1996/2006. A ECUBAL, para este conjunto de anos, apresenta uma média de 137 alunos por ano, apresentando poucas variações para o período. Assim o total de alunos inscritos apresenta uma média de cerca de 836 alunos. Quadro I.33 - Evolução do Número de Alunos Matriculados no 3º Ciclo do Ensino Básico Público ou Privado entre os Anos Lectivos de 1996/97 e 2005/06 Ano Lectivo 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total Ano ECUB Público Lectiv AL 96/ Total 97/ / / / / / / /97 97/98 98/9904/05 99/ / / /03 03/04 04/05 05/06 05/ Público ECUBAL Total Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e Ministério da Educação Como se pode observar na Figura I.22, a Taxa de Retenção no 3º Ciclo parece indicar um aumento, flutuando em torno dos 21,5% (7º ano), 19,1% (8º ano) e 19,9% (9º ano), para a média dos últimos 4 anos lectivos. 53

61 Figura I.22 - Evolução da Taxa de Retenção do 3º Ciclo, por Ano de Escolaridade, desde 2001/02 até 2004/05 e respectiva média Taxa Média Retenção 2004/ / / /02 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 7º ano 8º ano 9º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Analisando a Figura I.23, pode observar-se que a Taxa de Abandono para o 7º ano oscila em torno de um valor médio de 2,7%, valor próximo ao verificado para o 8º (3.7%). O 9º ano regista uma Taxa de Abandono mais elevada (7.2%), sendo que em 2003/2004 verificou-se uma elevada Taxa de Abandono (16%). Para contrabalançar este elevado valor, no ano seguinte (2004/05) a Taxa de Abandono foi de apenas 1%. Figura I.23 - Evolução da Taxa de Abandono do 3º Ciclo, por Ano de Escolaridade, desde 2001/02 até 2004/05 e respectiva média Taxa Média Abandono 2004/ / / /02 0% 5% 10% 15% 20% 7º ano 8º ano 9º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) 54

62 No Quadro I.34 apresenta-se a comparação de Taxas de Retenção e Abandono no 3º Ciclo com outros Concelhos já analisados. Verifica-se que Lagoa tem valores de Taxa Combinada de Retenção e Abandono para o 7º, 8º e 9º ano intermédia para os 3 anos do 3º Ciclo, embora se trate de valores, ainda assim, elevados e francamente acima dos registados no concelho de Albufeira. Quadro I.34 - Comparação da Taxa Média de Retenção e de Abandono com outros Concelhos estudados pelo CESUR Concelho de Lagoa 3º Ciclo Taxa de Retenção Taxa de Abandono Tx Retenção + Tx Retenção + Tx abandono Taxa Tx abandono Média Média Média 2001/ / / /05 Taxa Média Média 2001/ / / /05 (Média 00/01 a 00/01 a 00/01 a 00/01 a 2001/ /02 Abandono Retenção 03/04) 02/03 02/03 02/03 7º ano 20% 23% 19% 24% 21,5% 2% 5% 3% 2% 2,7% 24,2% 25,2% 35,0% 34,6% 22,8% 17,7% 8º ano 13% 25% 13% 25% 19,1% 3% 3% 5% 4% 3,7% 22,8% 13,2% 30,8% 29,5% 21,8% 19,2% 9º ano 13% 19% 18% 30% 19,9% 6% 6% 16% 1% 7,2% 27,2% 10,1% 29,5% 27,6% 16,0% 18,8% Média 15,5% 22,3% 16,7% 26,3% 20,2% 3,6% 4,3% 7,9% 2,3% 4,5% 24,7% 16,2% 31,8% 30,6% 20,2% 18,6% Concelho de Albufeira Concelho de Boticas Concelho de Montalegre Concelho de Chaves Concelho de Fundão Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) e CESUR 55

63 I.6. Ensino Secundário O Ensino Secundário deve ser organizado de forma a oferecer a maior diversidade possível de cursos, tendo em conta os interesses regionais e locais. Este nível de ensino consolida a diversificação e especialização dos percursos educativos e formativos, oferecendo alternativas de educação e formação, cujo teor dominante pode ser de formação geral, vocacional, artística ou profissional. 12 É constituído por um Ciclo de estudos com características próprias, integrando percursos orientados para o prosseguimento de estudos no ensino superior e outros mais vocacionados para a integração no mercado de trabalho. Relativamente a estes últimos, o ensino Secundário prepara técnicos intermédios, habilitados com uma qualificação profissional de nível 3, que poderão exercer a sua actividade profissional de forma autónoma e com responsabilidades de enquadramento e coordenação. Em 2004 procedeu-se à Revisão Curricular do Ensino Secundário, que foi aplicada aos alunos que iniciaram o 10º Ano em , o 11º Ano em e iniciarão o 12º Ano em Para os restantes alunos manteve-se o Currículo Antigo. Atendendo à situação de que actualmente coexistem os dois currículos (o antigo e o novo), nas próximas linhas segue-se uma breve descrição dos mesmos. No Antigo Currículo os cursos desenvolviam-se em duas vertentes: Cursos predominantemente Orientados para o Prosseguimento de Estudos (CSPOPE) ou Cursos Gerais, os quais proporcionam uma formação de base no respectivo domínio de conhecimento e visam, prioritariamente, o acesso ao ensino superior. Estes cursos têm a duração de 3 anos lectivos, correspondentes aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade. Os Cursos Tecnológicos predominantemente Orientados para a Vida Activa (CSPOVA) ou Cursos Tecnológicos, dada a sua natureza técnica e tecnológica, proporcionam a aprendizagem de competências profissionalmente qualificantes e visam, prioritariamente, o ingresso no 12 Sistema educativo português Descrição sumária referente ao ano lectivo de 2004/2005. Ministério da Educação. GIASE. 56

64 mercado de trabalho, permitindo também o prosseguimento de estudos no ensino superior. Actualmente, o Ensino Secundário oferece, em substituição destes dois tipos de cursos: Cursos Científico-Humanísticos, como preparação para o prosseguimento de estudos de nível superior, organizados por 5 áreas de estudo: - Ciências e Tecnologias, Ciências Socio-económicas, Ciências Sociais e Humanas, Línguas e Literaturas e Artes Visuais. Cursos Tecnológicos, com o objectivo de qualificar para a inserção no mercado do trabalho, permitindo o prosseguimento de estudos em níveis superiores. Conferem certificação profissional de nível 3 e certificação académica do ensino Secundário. Existem dez cursos tecnológicos: - Construção Civil e Edificações, Electrotecnia e Electrónica, Informática, Design de Equipamentos, Multimédia, Administração, Marketing, Ordenamento do Território e Ambiente, Acção Social e Desporto. Para além destas ofertas ainda existe as opções: Cursos Artísticos Especializados, com o objectivo de proporcionar formação de elevada qualidade nas áreas da música, dança e artes visuais; e os Cursos Profissionais, com o objectivo de qualificar os alunos para o ingresso no mercado de trabalho, sobre o qual se fará referência mais à frente neste documento. As exigências pedagógicas em termos de instalações, material didáctico e recursos humanos, aconselham a criação destas escolas em centros que, pela sua acessibilidade e áreas de irradiação, permitam uma abrangência maior da população a escolarizar e a fixação de um corpo docente especializado. No Concelho de Lagoa existe apenas uma Escola Pública com Ensino Secundário (integrada com o 3º Ciclo) - Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Ensino Básico do Padre António M. Oliveira (ESPAMOL). Na Freguesia de Lagoa funciona a Escola Internacional do Algarve, estabelecimento Privado, onde se lecciona, para além de outros níveis de ensino, o ensino Secundário. 57

65 A Escola Secundária pública existente oferece as quatro áreas de estudo dos Cursos Científico-Humanísticos e os Cursos Tecnológicos de Informática e de Acção Social. Para além destes cursos do novo currículo, encontra-se em funcionamento no ano de 2005/06 o currículo antigo, com os 4 Cursos Gerais e o Curso Tecnológico Artes e Ofícios. No Quadro I.35 apresenta-se a evolução dos alunos matriculados no ensino Secundário público e privado nos últimos anos lectivos. Observando os valores do ensino público constata-se que entre o ano lectivo de 1996/97 e o de 2005/06 se assistiu a uma diminuição do número de matrículas, sendo que o número de alunos inscritos em 2005/06 é metade do 1996/97. Não se dispõe de valores para todos os anos para o estabelecimento privado, mas nos valores apresentados constata-se que a variação é baixa. Quadro I.35 - Evolução dos Alunos Matriculados no Ensino Secundário entre os Anos Lectivos de 1996/97 e 2005/06 Ano Lectivo 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total /97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Público ECUBAL Total Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Quanto aos recursos educativos, estes já foram apresentados no Quadro I.30, aquando a caracterização das escolas do 2º e 3º Ciclo. No Quadro I.36 mencionamse os recursos em termos de número de salas e número de professores afectados ao Secundário tendo em conta a ponderação mencionada anteriormente. 58

66 Quadro I.36 Nº de salas, de turmas, de professores e de alunos matriculados, capacidade e Taxa de Ocupação da Secundária Código Nome do Estabelecimento Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira Salas de Aula Nº de Alunos / Salas Nº de Turmas Nº de Alunos / Turma Professores com Funções Rácio Alunos / Professor Código Nome do Estabelecimento Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira Capacidade Alunos Turmas (turmas x 24) Nº de Turmas Alunos Matrículados Taxa de ocupação = Alunos Matrículados /Capacidade % Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Observa-se que o número de alunos por sala é bastante abaixo ao máximo recomendado, o que se traduz numa Taxa de Ocupação bastante baixa (55%). Esta escola do Município de Lagoa acolhe 223 alunos de Secundário, o que se traduz num número de alunos substancialmente inferior ao que frequentou o 3º Ciclo em 2004/05 (651 alunos), levando a pressupor que tal se deve ao facto de o Ensino Secundário não ser ainda obrigatório, levando ao não prosseguimento de estudos após a conclusão do ensino obrigatório por parte de muitos jovens, em prol da procura de um emprego e consequente inserção no mercado de trabalho e/ou a frequência de outras escolas localizadas fora do concelho de Lagoa. No Quadro I.37 apresenta-se o número de alunos matriculados, por ano de escolaridade, no Ensino Secundário, bem como a oferta de cursos ministrados neste nível de ensino. Verifica-se que a oferta do Concelho a este nível se reparte por três tipos de Cursos, os cursos Científico-Humanísticos, com 96 alunos matriculados (10º e 11º anos), os Cursos Tecnológicos de Informática e de Acção Social, com 32 alunos (10º e 11º anos), num total de 128 alunos a frequentar o novo currículo do Secundário. Para além disso, ainda existem em funcionamento os quatro cursos gerais do antigo currículo, com 90 alunos (12º ano), e o Curso Tecnológico Artes e Ofícios, com 5 alunos (12º ano). A junção dos dois currículos dá para este nível de ensino um total já referido de 223 alunos no ano lectivo de 2005/06. 59

67 Quadro I.37 - Número de Alunos Matriculados, por Ano de Escolaridade no Ensino Secundário, nos Anos Lectivos de 2004/2005 e 2005/06 Nome do Estabelecimento Escola Secundária c/ 3º Ciclo Ensino Básico Padre António M. Oliveira 2004/ /06 Agrupamento / Curso Nº de Alunos Total de Nº de Alunos Total de 10º 11º 12º alunos 10º 11º 12º alunos Científico Natural Económico Social Humanidades Geral de Artes Ciências e Tecnologias Ciências Socioeconómicas Ciências Sociais Humanas Artes Visuais Total dos Cursos Gerais Artes e Ofícios Tecnológico de Informática Acção Social Total dos Cursos Tecnológicos Curso Geral (antigo currículo) Cursos Científico- Humanísticos (novo currículo) Curso Tecnológico (antigo e novo currículo) Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) A Taxa de Retenção no Ensino Secundário apresenta-se na Figura I.24, constatando-se que o 10º e 12º anos de escolaridade apresentam inicialmente Taxas de Retenção muito elevadas, com valores médios superiores a 60%. É evidente a diminuição da Taxa de Retenção do 10º ano, menos evidente é a diminuição desta taxa verificada no 12º ano. Em contrapartida, o 11º ano tem sofrido um ligeiro aumento da taxa, tendo contudo um valor médio abaixo do valor verificado para os outros anos. Figura I.24 - Evolução da Taxa de Retenção do Secundário, por Ano de Escolaridade, entre os Anos Lectivos de 2000/01 e 2003/04 e respectiva Média Taxa Média Retenção 2004/ / / /02 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 10º ano 11º ano 12º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) 60

68 Na Figura I.25 apresentam-se as Taxas de Abandono no Ensino Secundário, no Concelho de Lagoa. A Taxa de Abandono é nula nos primeiros dois anos analisados, mas no terceiro ano assume valores elevados, sendo a maior percentagem de abandonos verificada no 12º ano, seguido do 10º ano. A média para o Concelho para o Secundário encontra-se abaixo dos 10%. Figura I.25 - Evolução da Taxa de Abandono do Secundário, por Ano de Escolaridade, entre os Anos Lectivos de 2000/01 e 2003/04, e Respectiva Média Taxa Média Abandono 2004/ / / /02 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 10º ano 11º ano 12º ano Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) No Quadro I.38 apresentam-se os valores da Taxa Média de Retenção e Abandono de outros Concelhos analisados recentemente, e para os quais se dispõe desta informação, a fim de proceder a uma comparação entre os mesmos e os valores registados no Concelho de Lagoa. Pode concluir-se que a Taxa Combinada de Retenção e Abandono no concelho de Lagoa é elevada face à dos restantes Concelhos analisados, atingindo, em média para os três anos, quase metade dos alunos inscritos. É ainda de referir que Lagoa apresenta valores preocupantemente elevados para a Taxa de Retenção Média nos 10º e 12º anos de escolaridade do ensino Secundário, em que o insucesso atinge os 44,0% e 70%, respectivamente. 61

69 Quadro I.38 - Comparação da Taxa Combinada de Retenção e Abandono no Ensino Secundário, no Concelho de Lagoa, com a Taxa Média de Retenção e Abandono de Outros Concelhos Secundário Concelho de Lagoa Taxa de Retenção Taxa de Abandono Tx Retenção + Tx Retenção + Tx abandono Taxa Taxa Tx abandono Média Média 2001/ / / /05 Média 2001/ / / /05 Média (Média 00/01 a 2003/04 00/01 a 00/01 a 2001/ /02 Retenção Abandono 03/04) 02/03 02/03 10º ano 65% 38% 23% 15% 35,4% 0% 0% 19% 16% 8,7% 44,0% 45,3% 13,5% 37,0% 14,9% 18,0% 11º ano 19% 25% 27% 24% 23,6% 0% 0% 8% 14% 5,6% 29,1% 17,3% 13,3% 15,0% 10,7% 10,3% 12º ano 67% 67% 59% 55% 62,0% 0% 0% 26% 6% 8,0% 70,0% 56,7% 26,7% 59,0% 16,9% 26,3% Média 50,3% 43,1% 36,5% 31,3% 40,3% 0,0% 0,0% 17,7% 12,0% 7,4% 47,7% 39,8% 17,8% 37,0% 14,2% 18,2% Concelho de Albufeira Concelho de Boticas Concelho de Montalegre Concelho de Chaves Concelho de Fundão Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) 62

70 I.7. Ensino Recorrente e Educação Extra Escolar O Ensino Recorrente define-se como um subsistema que se destina a um público específico e pretende garantir a todos os cidadãos o acesso à Educação, direito previsto e consignado na Constituição da República Portuguesa. O sistema educativo oferece dois tipos de respostas institucionais de formação para adultos: o Ensino Recorrente (ER) e a Educação Extra-Escolar (EEE), previstos nos artigos 20º e 23.º, respectivamente, na Lei Bases do Sistema Educativo. O Ensino Recorrente e a Educação Extra-Escolar podem funcionar em Instalações Escolares, Associações Locais, Juntas de Freguesia e, apesar das suas acções serem coordenadas pelo Ministério da Educação, articulam-se em parcerias com outros organismos da Administração Central que tutelam outras áreas (Instituto de Emprego e Formação Profissional, Saúde, Segurança Social, Solidariedade, Justiça e Indústria), Autarquias Locais e empresas. Todas as acções de Educação de Adultos referentes ao Ministério da Educação são implementadas e acompanhadas localmente pela Coordenações Concelhias do Ensino Recorrente e Extra-Escolar. O Ensino Recorrente considerado uma modalidade especial de educação especial, destina-se aos indivíduos que ultrapassem a idade normal de frequência dos ensinos Básicos e Secundário sem o(s) haverem frequentado, ou que o fizeram sem sucesso (ao nível do ensino Básico a partir dos 15 anos e ao nível do Secundário a partir dos 18 anos). Os cursos de ensino recorrente ao nível do ensino Básico, organizam-se em três Ciclos que visam: A eliminação/redução do analfabetismo (1.º Ciclo); Proporcionar a obtenção da escolaridade obrigatória e a preparação para o prosseguimento de estudos para além do ensino Básico (3.º Ciclo); Desenvolvimento de competências profissionais, para além de proporcionar formação sócio cultural para uma melhor inserção social (2º e 3º Ciclos). O Ensino Secundário Recorrente caracteriza-se pela flexibilidade e adaptabilidade aos ritmos de aprendizagem, à disponibilidade, aos conhecimentos e às experiências dos alunos, traduzindo-se num sistema de unidades capitalizáveis 63

71 (UC). Assim, a duração dos cursos depende do itinerário individual dos alunos. Enquadram-se nesta modalidade de ensino o Curso Geral e os Cursos Técnicos, assim como o Curso Geral e os Cursos Tecnológicos do ensino artístico especializado (vertente Artes Visuais). Estes cursos conferem o diploma de conclusão do ensino Secundário, possibilitando a candidatura ao ensino superior. Os Cursos Técnicos e Tecnológicos conferem, cumulativamente, um diploma de qualificação profissional de nível 3. O Quadro I.39 apresenta toda a rede de ensino recorrente do concelho de Lagoa, incluindo os cursos que funcionam noutro tipo de instalações que não as escolares. Os dados provêm da CML e dos Inquéritos realizados às escolas, sendo referentes a 2005/06. A rede de ensino recorrente apresentada no Quadro I.39 atingiu os 316 alunos, o que é um número significativo para este tipo de Ensino. Quadro I.39 Nº de alunos inscritos no ensino Recorrente, por ciclo e por estabelecimento (2005/06) Ensino Recorrente Nível Local nº alunos E.B.1 Alporchinhos 10 E.B.1 Mexilhoeira da Carregação 14 1º Ciclo E.B.1 Porches 12 E.B. 2,3 Rio Arade - Parchal 21 Ferragudo 11 Coordenação Conc. Lagoa 41 E.B.1 Estômbar* 16 2º Ciclo E.B.1 Porches* 16 Coordenação Conc. Lagoa 29 Escola Secundária c/ 3º Ciclo do 3º Ciclo Ensino Básico do Padre António M. 24 Oliveira * EB 2,3 Rio Arade - Parchal * 16 Secundário Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Ensino Básico do Padre António M. Oliveira * 106 Total de alunos do Ensino Recorrente 316 Fonte: Ministério da Educação e Inquérito Realizados às Escolas. * Cursos por disciplinas. Por outro lado, a Educação Extra-Escolar abrange o conjunto de actividades, formais ou não formais que se processam fora do sistema de ensino, distinguindo-se do Ensino Recorrente pela amplitude dos programas e conteúdos e por não constituir um processo dirigido à obtenção de um diploma escolar. Os seus principais objectivos são: O combate ao analfabetismo literal e funcional; 64

72 A promoção do desenvolvimento e a actualização de conhecimentos e de competências, em substituição ou em complemento da educação escolar; A promoção da ocupação criativa e formativa dos tempos livres. As acções da Educação Extra-Escolar em Lagoa abrangem cursos de alfabetização, socio profissionais, socio educativos e de actualização a funcionarem nos locais anteriormente descritos. Quadro I.40 Nº de alunos inscritos na Educação Extra-Escolar, por tipo de curso e por local (2005/06) Educação Extra-Escolar Local nº alunos Lagoa 68 Estômbar 35 Ferragudo 35 Carvoeiro 35 Parchal 13 Porches 11 Total (EEE) 197 Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) No Quadro I.40 são apresentados os dados para a Educação Extra-Escolar no ano de 2005/06, onde se verificou um total de 197 alunos inscritos distribuídos pelas várias freguesias do Concelho. Este valor ainda é significativo, o que é bastante positivo dadas as características deste tipo de ensino. 65

73 I.8. Ensino Especial A Educação Especial consiste na adaptação das condições em que se processa o ensino aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais, que frequentam os estabelecimentos públicos dos níveis básicos e secundário. O apoio fornecido às crianças com necessidades educativas especiais processa-se sobretudo através da sua integração nas escolas do ensino regular, tomando tal situação a designação de Escola Inclusiva, ou seja, o desenvolvimento de uma educação apropriada para todos os alunos com necessidades especiais. Porém, para os casos de deficiência mais graves, existem escolas especiais dependentes de associações diversas, mas tuteladas pelo Ministério da Educação. Actualmente, o concelho de Lagoa conta com 166 crianças que se enquadram no estatuto de Aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE), dos quais 159 frequentam os estabelecimentos públicos do ensino Básico e Secundário, e 7 frequentam a Educação Pré-escolar, distribuindo-se de acordo com o Quadro I

74 Quadro I.41 Distribuição dos alunos com NEE pelo os diferentes estabelecimentos de ensino (2005/06) Pré-Escolar 1º Ciclo 2º, 3º Ciclo e Secundário Estabelecimento Nº de Alunos Nº de Turmas Infantário A Colmeia 2 - Colégio do Parchal "O Necas" a) - Centro Paroquial de Estombar a) - Jardim de Infância 2 - JI Parchal nº JI Parchal nº 2 a) - Pré-Primária do Carvoeiro 0 - JI de Porches a) - JI de Lagoa 1 - JI de Estômbar 1 - JI da Mexilhoeira de Carregação 0 - Total do Pré-Escolar 7 - E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação 9 3 E.B. 1 de Estômbar 3 2 E.B. 1 de Vale d`el-rei a) a) E.B. 1 de Lagoa E.B. 1 de Carvoeiro 1 1 E.B. 1 de Porches 7 3 E.B. 1 de Vale de Lapa 0 0 E.B. 1 de Alfanzina 0 0 E.B. 1 de Alporchinhos a) a) E.B 1 Parchal 10 4 E.B.1 de Ferragudo 13 5 E.B. 2,3 Rio Arade E.B. 2,3 Professor João Cónim 22 9 E.B. 2,3 Jacinto Correia Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Ensino Básico do Padre António M. Oliveira a) 0 Total do 1º, 2º, 3º ciclos e Secundário Total de Alunos Com NEE no Concelho a) não respondeu no inquérito Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) O facto de existirem crianças com necessidades educativas especiais nas escolas conduz à necessidade de constituição de turmas reduzidas. Deste modo, e ao abrigo do Decreto Lei de 319/91 de 23 Agosto, artigo 9.º, turmas com alunos que detenham NEE s em determinado grau, só poderão funcionar com um máximo de 20 indivíduos e, por outro lado, não é permitida a colocação de mais de dois alunos com NEE s em cada turma reduzida. 67

75 I.9. Ensino Profissional O Ensino Profissional é uma das soluções que se afiguram aos alunos como possível escolha após o término do ensino obrigatório. O facto de este ensino proporcionar uma aprendizagem visando uma melhor inserção na vida profissional é hoje em dia uma das opções com expressão em termos de prosseguimento de estudos. Entre outros cursos do ensino profissional, os que mais se destacam são os Cursos Profissionais e os Cursos de Educação e Formação (CEF). Os Cursos Profissionais têm a duração de 3 anos e proporcionam o desenvolvimento de competências específicas para o exercício de uma profissão, o que possibilita o ingresso no mercado de trabalho, a par de uma habilitação académica que permite a candidatura ao ensino superior. Os Cursos Profissionais destinam-se, principalmente, a jovens que, tendo concluído o 3.º ciclo do ensino básico ou equivalente, pretendam obter uma qualificação profissional que lhes possibilite o ingresso no mercado de trabalho. Os CEF constituem uma alternativa ao ensino regular para a frequência da escolaridade de 6, 9 ou 12 anos, oferecendo simultaneamente, a qualificação escolar e profissional. Foram criados com o objectivo de promover o sucesso escolar e prevenir diferentes tipos de abandono escolar. Para atingir este duplo objectivo seguem orientações metodológicas específicas, integrando 4 componentes de formação: - Sócio cultural, Científica, Tecnológica e Prática. O público alvo são jovens com 15 ou mais anos em risco de abandono escolar, ou que abandonaram antes da conclusão do 12º ano de escolaridade ou, tendo-o concluído sem qualificação profissional, pretendam adquiri-la para ingresso no mundo do trabalho. Podem funcionar em escolas públicas, particulares e cooperativas, escolas profissionais e nos centros de gestão directa ou participada do IEFP. 68

76 Quadro I.42 Cursos de Educação e Formação (CEF) existentes os estabelecimentos de ensino público e nº de alunos inscritos em 2005/06 Nº alunos Curso inscritos CEF2 - Manutenção Hoteleira 10 E.B. 2,3 Rio Arade* CEF2 - Pré-Impressão 17 E.B. 2,3 Professor João Cónim CEF2 - Empregado de Mesa 16 CEF2 - Empregado de Bar 16 E.B. 2,3 Jacinto Correia CEF2 - Operador de Informática 16 E.S. c/ 3º Ciclo do Ensino Básico do CEF (FC) - Técnico de vendas 10 Padre António M. Oliveira CEF3 - Assistente Comercial 15 Total dos Cursos de Educação e Formação 100 Fonte: C.M.L. - Inquéritos Realizados às Escolas No Quadro I.42 apresentam-se os CEF leccionados nos estabelecimentos de ensino público do concelho de Lagoa no ano de 2005/06. Estes cursos são as alternativas ao percurso escolar regular que as escolas do Concelho fornecem. Comparando o número de alunos inscritos nos CEF (100 alunos) com a população escolar dos 2º e 3º Ciclos e Secundário regular (pública e privada), observa-se que esta vertente de ensino profissionalizante abrange 6% dos alunos. 69

77 I.10. Transporte Escolar O Quadro I.43 ilustra o número de alunos que beneficiam de transporte escolar (571 alunos) por nível de ensino, face ao número de alunos matriculados no ano lectivo 2005/06. Nesta análise não se inclui os alunos do ensino profissional e a Escola Internacional do Algarve devido à ausência de dados referentes a esta matéria. Quadro I.43 - Alunos que beneficiam de Transporte Escolar por Nível de Ensino (2005/06) Níveis de Ensino Nº Alunos Alunos com Transporte Escolar Matriculados Número % Pré-Escolar % 1º Ciclo % 2º e 3º Ciclos e Secundário % Total % Alunos com Transporte Escolar (% por ciclo) 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Pré-Escolar 1º Ciclo 2º e 3º Ciclos e Secundário Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Relativamente aos dados apresentados (fornecidos pelos inquéritos realizados às escolas) sobre número de alunos que beneficiam de transporte escolar, é de salientar que é no 2º, 3º Ciclos e Secundário que os alunos mais beneficiam deste transporte (34% do total de alunos matriculados), por oposição aos 4% do Préescolar e do 1º Ciclo. Esta é uma constatação natural face à dispersão geográfica da oferta de pré-escolar e 1º ciclo que proporciona uma oferta de proximidade que dispensa o transporte escolar, por oposição aos restantes níveis de ensino em que a oferta é concentrada. A percentagem global de alunos que beneficiam de transporte escolar no Concelho é de 19%. No Quadro I.44 apresenta-se o número de alunos que beneficiam de transporte escolar por nível de ensino e por estabelecimento de ensino. 70

78 Quadro I.44 - Escolas de Destino e Número de Alunos que Beneficiam do Transporte Escolar (2005/06) 1º Ciclo Pré-Escolar 2º, 3º e Sec. Código Nome do Estabelecimento Nº de Alunos Matriculados Alunos que beneficiam de Transporte Escolar (2005/06) Nº % Infantário A Colmeia % Colégio do Parchal "O Necas" Centro Paroquial de Estômbar % Jardim de Infância % Jardim de Infância Parchal nº % Jardim de Infância Parchal nº % Pré-Primária do Carvoeiro % Jardim de Infância de Porches % Jardim de Infância de Lagoa % Jardim de Infância de Estômbar % JI Mexilhoeira de Carregação % E.B. 1 Mexilhoeira da Carregação % E.B. 1 de Estômbar % E.B. 1 de Vale d`el-rei % E.B. 1 de Lagoa % E.B. 1 de Carvoeiro % E.B. 1 de Porches % E.B. 1 de Vale de Lapa 3 0 0% E.B. 1 de Alfanzina 7 0 0% E.B. 1 de Alporchinhos % E.B. 1 de Parchal % E.B. 1 de Ferragudo % E.B. 2,3 Rio Arade % E.B. 2,3 Professor João Cónim % E.B. 2,3 Jacinto Correia % Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Ensino Básico do Padre António M. Oliveira % Total % Fonte: C.M.L. (Inquéritos Realizados às Escolas) Analisando o mesmo quadro, pode observar-se que apenas existe um estabelecimento Pré-escolar com transporte escolar (JI A Colmeia ), situação idêntica passa-se com as escolas de 1º Ciclo, em que apenas uma apresenta transporte escolar (EB1 de Lagoa). De frisar que este tipo de serviço assume um papel fundamental a fim de evitar o abandono escolar e de garantir à população o acesso a todos os níveis de ensino (incluídos na escolaridade obrigatória). Apesar dos custos inerentes à implementação de uma Rede de Transportes Escolares, esta é fundamental para efeitos futuros de planeamento e de bom funcionamento da rede escolar, sempre que a oferta escolar de proximidade for impossível. As escolas de 2º, 3º Ciclos e Secundária são as que apresentam uma maior percentagem alunos abrangidos por transporte escolar, o que é uma situação normal, visto estes estabelecimentos serem em menor número e abrangerem uma população escolar que se apresenta dispersa. 71

79 I.11. Síntese Conclusiva Da caracterização atrás apresentada resultam os seguintes elementos de diagnóstico sintético que identifica as principais debilidades da rede escolar e para as quais importa, na fase subsequente do trabalho, encontrar soluções adequadas que permitam a sua superação. Da análise comparativa baseada numa bateria de indicadores de desempenho apresentada no Capítulo I.1 conclui-se que o desempenho do sistema educativo do Concelho de Lagoa se compara desfavoravelmente com as médias nacionais e do Algarve. Refira-se nomeadamente: Taxa de Abandono acima das médias nacional e do Algarve; Taxa de Retenção no Ensino Básico reduzida, inferior à média nacional e da NUTIII; Taxa de Aproveitamento no ensino secundário francamente abaixo das médias nacionais e do Algarve. Taxas de Saída Antecipada e de Saída Precoce elevadas, de que resultam nomeadamente baixos níveis de qualificação académica da população residente no Concelho. A rede de educação Pré-escolar abarca todas as freguesias do Concelho, embora com taxas de cobertura muito variáveis de freguesia para freguesia, desde um mínimo de 23% na freguesia do Carvoeiro até um máximo de 195% na freguesia da sede de concelho. O número de crianças que tem frequentado o Pré-escolar é relativamente estável desde 2000 e a maioria dos Jardins de Infância públicos existentes são de pequena dimensão (tipicamente com apenas 1 sala de actividades, com excepção do JI de Lagoa). As taxas de ocupação são tipicamente elevadas, havendo claros sinais de esgotamento de capacidades dos JI públicos. Relativamente ao 1º Ciclo do Ensino Básico é de sublinhar o seguinte: O número de alunos apresenta uma ligeira tendência de crescimento. A rede de escolas abrange a totalidade das freguesias do Concelho, proporcionado uma oferta de proximidade que pode ser apontada como factor positivo, e conduzindo a uma elevada taxa de cobertura global no concelho (135%), um indício de que há um número 72

80 significativo de crianças não residentes no concelho que frequentam escolas do município de Lagoa. No entanto, a dispersão desta rede de escolas, conjugada com a rarefacção da população residente, conduz a números reduzidos de alunos em alguns estabelecimentos de 1º Ciclo, havendo 2 escolas com menos de 10 alunos e uma outra com apenas 12. A taxa de ocupação global ronda os 78%. Para além da clara sub-utilização de recursos (instalações e professores), a situação actual não propicia a criação de melhores condições pedagógicas, de sociabilização e de desenvolvimento integral das crianças que frequentam estas escolas. As projecções demográficas apresentadas na Parte II não apontam no sentido da superação desta situação por via do aumento da procura deste nível de ensino nessas escolas. Julga-se, deste modo, que se impõe um reordenamento da rede escolar de 1º Ciclo que, para além de permitir uma maior racionalização da utilização dos recursos educativos, suporte uma estratégia de superação de isolamento dos alunos e professores e o reforço da capacidade pedagógica e elevação da oferta educativa, tendo em vista a formação integral e o combate ao insucesso e abandono escolar e à exclusão social. Este reordenamento deve apoiarse (e, simultaneamente, servir de suporte) nos vectores estratégicos de desenvolvimento do Concelho adoptados pela Câmara Municipal de Lagoa e vertidos em sede de revisão do Plano Director Municipal e/ou outros planos de desenvolvimento à escala municipal ou regional. Em contrapartida, a EB1 da sede do concelho é uma escola de grande dimensão (17 salas de aula, com 20 turmas em funcionamento em 2005/06), a funcionar em regime de desdobramento, situação indesejável e que indicia insuficiências de capacidade que importa superar. O mesmo se verifica na EB1 de Vale d El-Rei. Ao nível do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário, a rede de escolas do concelho de Lagoa apresenta ainda capacidade excedentária relativamente à procura de ensino do Concelho (taxas de ocupação de 91% nos 2º e 3º ciclos e de 57% no secundário). Estas escolas não apresentam problemas de conservação e estão razoavelmente dotadas de infra-estruturas e equipamentos. O número de 73

81 alunos no 2º ciclo apresenta uma ligeira tendência de crescimento, enquanto que no 3º Ciclo tem vindo a diminuir, embora com um acréscimo significativo no ano lectivo de 2005/06. No caso do Secundário, verificou-se uma tendência dramática de redução no número de alunos (quebra para metade nos últimos 10 anos) e elevadas taxas de retenção, muito acima de outros concelhos, nomeadamente o de Albufeira. Esta é uma situação que constitui um desafio à implementação do alargamento da escolaridade obrigatória. 74

82 Parte II Projecções Demográficas 75

83 PARTE II PROJECÇÕES DEMOGRÁFICAS II.1. Introdução A projecção demográfica para o Concelho de Lagoa, nomeadamente para o horizonte temporal de 2016 (idade ano a ano, ao nível da freguesia), é baseada em modelos de cohort survival. A partir desta projecção da população residente, é identificado o número de crianças e jovens nos escalões etários correspondentes às idades próprias de frequência de cada nível de ensino que servirá para estimar a procura de ensino. No presente capítulo, a secção 2 é dedicado à caracterização socio-demográfica do Concelho, sendo depois apresentados na secção 3 os principais indicadores demográficos utilizados no modelo demográfico, cuja metodologia e resultados surgem na secção 4. A secção final é dedicada às previsões do número de jovens em idade própria para a frequência dos diferentes níveis de educação e ensino. 76

84 II. 2. Tendências demográficas recentes O Concelho de Lagoa, composto por seis freguesias, ocupa uma área de aproximadamente 90 Km 2, tendo uma população de cerca de habitantes (Censo de 2001). Desde 1864 até 2001, o Concelho revela um forte crescimento populacional, principalmente nas últimas três décadas (aumento de cerca de 56% da sua população). É o resultado da criação das estruturas necessárias de apoio à dinamização do tecido económico, sendo o Turismo o principal impulsionador do desenvolvimento do concelho, com importantes reflexos, no mercado de emprego, nomeadamente ao nível da criação de postos de trabalho e consequente fixação da população, como se pode observar na Figura II.1. De salientar o crescimento verificado na freguesia de Estombar, cerca de 46% entre 1960 e 1991, cujo decréscimo verificado na última década se deve apenas à criação da freguesia de Parchal. Curiosamente, na freguesia sede de concelho tem-se verificado globalmente nas últimas décadas uma estabilização da população, bem como nas freguesias de Ferragudo e Porches. A freguesia de Carvoeiro, criada em 1991, segue a tendência de crescimento verificada no concelho de Lagoa, apresentando um aumento de cerca de 40% da sua população em Cerca de 30% de toda a população concelhia reside na freguesia de Lagoa que, juntamente com a freguesia de Estombar, perfaz 52% da população. 77

85 Figura II.1 Evolução da população no Concelho de Lagoa por freguesia ( ) Pop. Freguesias Pop. Concelho Lagoa Concelho de Lagoa Estom bar Ferragudo Carvoeiro Parchal Porches Fonte: INE 0 Verifica-se pela análise da evolução dos valores da densidade populacional apresentados na Figura II.2 que Lagoa se encontra numa posição intermédia entre o concelho mais denso e populoso (Faro) e os concelhos mais rurais e com menor densidade populacional (casos de Loulé e Silves) do Algarve. Todos os municípios apresentados, incluindo a região do Algarve, apresentam na década de noventa um crescimento deste indicador, que atinge no caso de Lagoa cerca de 30%. 78

86 Figura II.2 Evolução da densidade populacional no Concelho de Lagoa e Concelhos limítrofes ( ) Hab/Km Algarve Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Densidade populacional 91 Densidade Populacional 01 Fonte: INE Na Carta II.1 apresenta-se a densidade populacional por freguesia no Concelho de Lagoa em Como se pode verificar, a densidade populacional mais elevada ocorre na freguesia de menor dimensão (Parchal) com cerca de 751 hab/km 2, apresentando a freguesia de Porches o menor número de habitantes por quilómetro quadrado (115 hab./ Km 2 ). 79

87 Carta II.1 80

88 Relativamente à evolução da população nas últimas duas décadas por aglomerado urbano com mais de duzentos habitantes, analisando o Quadro II.1 e Figura II.3 constata-se que: Os quinze principais aglomerados do Concelho em 1981 mantêm-se em 2001, apresentando variações percentuais do seu peso relativo, com excepção da sede do concelho que tem mantido a primeira posição nas duas últimas décadas; A Figura II.3 evidencia uma ligeira tendência de crescimento da população na sede do Concelho, cujo peso relativo (expresso em termos de percentagem da população total do Concelho) de 19% em 1981 atinge o valor de 23% em O lugar de Ferragudo registou uma perda de 8% na década de noventa, caindo o seu peso relativo da segunda para a quarta posição em 2001; Quadro II.1 Evolução da população por lugar do Concelho de Lagoa e taxa de variação intercensitária ( ) Lugar População residente Nº Ordem Variação Intercensitária % População do Concelho % Acumulada Freguesia 1981/ 1991/ / / Lagoa Lagoa 1/1/1 15% 39% 19% 21% 23% 19% 21% 23% Mexilhoeira da Carregação Estômbar 3/3/2 18% 10% 9% 10% 9% 29% 31% 32% Parchal Parchal 6/4/3 102% 6% 5% 10% 8% 34% 40% 41% Ferragudo Ferragudo 2/2/4 0% -8% 11% 11% 8% 45% 51% 49% Estômbar Estômbar 4/5/5 9% 8% 9% 9% 8% 54% 60% 56% Carvoeiro Carvoeiro 5/6/6 17% 30% 5% 6% 6% 59% 66% 63% Bela Vista Parchal 8/9/7 8% 137% 3% 3% 5% 62% 68% 68% Calvário Estômbar 7/7/8 10% 4% 3% 3% 3% 65% 72% 70% Porches Porches 11/8/9 95% 28% 1% 3% 3% 66% 74% 73% Pateiro Parchal 9/9/10-18% 109% 2% 2% 3% 69% 76% 76% Poço Partido Carvoeiro -/13/11-203% - 1% 3% 69% 77% 78% Alporchinhos Porches 13/10/12 476% 94% 0% 2% 2% 69% 79% 81% Vale de El-Rei Lagoa -/11/13-10% - 2% 1% 69% 80% 82% Sobral Porches -/12/14-8% - 1% 1% 69% 81% 83% Salicos Lagoa 12/14/15 121% 112% 0% 1% 1% 69% 82% 84% Outros lugares <200 Hab % 10% 10% 76% 92% 94% Isolados % 8% 6% 100% 100% 100% Fonte: INE 81

89 Figura II.3 Evolução da população por lugar do Concelho de Lagoa ( ) Lagoa Mexilhoeira da Carregação Parchal Ferragudo Estômbar Lagoa Carvoeiro Ferragudo Bela Vista Mexilhoeira da Carregação Calvário Estômbar Porches Carvoeiro Parchal Calvário Bela Vista Pateiro Porches Salicos Alporchinhos Poço Partido Vale de El-Rei Sobral Pateiro Poço Partido Alporchinhos Vale de El-Rei Sobral Salicos Lagoa Ferragudo Mexilhoeira da Carregação Parchal Estômbar Carvoeiro Calvário Porches Bela Vista Pateiro Alporchinhos Vale de El-Rei Sobral Poço Partido Salicos Fonte: INE 82

90 Os dois principais aglomerados urbanos (Lagoa e Mexilhoeira da Carregação) representam em 2001 quase um terço da população total do Concelho e nos quatro principais concentra-se cerca de metade da população concelhia; Todos os aglomerados apresentam dinâmica positiva entre os censos de 1981 e Destes Ferragudo apresenta diminuição da população na década de noventa (-8%) e Pateiro na década de oitenta (-18%) invertendo no entanto na década seguinte essa tendência (109%); De realçar o crescimento superior a 100% (e em alguns casos a 200%) verificado quer na década de oitenta quer na década de noventa em seis aglomerados com mais de duzentos habitantes. Sublinhem-se os casos de Alporchinhos com um crescimento de 476% na década de oitenta e Poço Partido com um crescimento de 203% na década de noventa; De salientar o crescimento verificado no lugar de Parchal que ocupa a sexta posição em 1981 e passa para a terceira posição em 2001, que teve como resultado a criação da freguesia de Parchal através da sua desanexação de Estômbar; A população residente em outros lugares com menos de duzentos habitantes estagnou na década de noventa ao contrário da população isolada que tem vindo a diminuir consideravelmente nas duas últimas décadas (de 24% em 1981 atinge o valor de 6% em 2001), o que evidencia também o grau crescente de urbanização do concelho. O Concelho de Lagoa segue a mesma tendência verificada em Portugal e na região do Algarve no que respeita à evolução na última década da taxa de mortalidade. Em relação à taxa de natalidade, a situação altera-se, pois enquanto que Portugal e a região do Algarve apresentam ligeira descida no valor deste indicador, o Concelho de Lagoa apresenta uma subida da taxa de natalidade na década de noventa (Quadro II.2). Na década de 1991 a 2001 observou-se um crescimento no número de nados-vivos que, acompanhado de um ligeiro decréscimo no número de óbitos, conduziu a valores de saldo demográfico positivos nos últimos cinco anos da década de 83

91 noventa, à semelhança do que sucedeu no início dessa mesma década (Figura II.4). Apresentam-se no Anexo II.1 os mesmos indicadores descriminados à freguesia. Quadro II.2 Evolução de alguns indicadores demográficos no concelho de Lagoa, Algarve e Portugal Zona Geográfica Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Portugal Algarve Lagoa Fonte: INE Figura II.4 Evolução do nº de nados-vivos, óbitos e saldo demográfico no Concelho de Lagoa ( ) NADOS-VIVOS ÓBITOS SALDO DEMOGRÁFICO Fonte: INE Globalmente o concelho de Lagoa apresenta na década de noventa um crescimento populacional da ordem dos 30%, que se verifica principalmente nos escalões etários 84

92 desde os anos cujo crescimento médio atinge os 34%. O grupo etário dos 70 aos 79 anos aumenta cerca de 36% fruto também do próprio envelhecimento da população. Figura II.5 Evolução da Pirâmide Etária no Concelho de Lagoa ( ) Fonte: INE 85

93 II.3. Indicadores Demográficos II.3.1. Taxa de Fecundidade Na Figura II.6 apresenta-se a evolução da taxa de fecundidade para o Concelho entre 1991 e 2000, segundo a idade da mãe, verificando-se que o número médio de crianças nascidas de mães entre os 15 e 49 anos tem crescido, principalmente nos últimos quatro anos, sendo o último ano aquele que revela o aumento mais significativo. No Anexo II.2 apresentam-se os mesmos valores descriminados à freguesia. Figura II.6 Evolução da taxa de fecundidade segundo a idade da mãe no Concelho de Lagoa entre 1991 e ,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0, Se se comparar o concelho de Lagoa com os Concelhos limítrofes e com a própria região do Algarve, constata-se que as tendências verificadas nos últimos anos não são na sua maioria homogéneas (Quadro II.3 e Figura II.7). Lagoa, sem tendência definida, apresenta singularmente sinais de aumento da taxa de fecundidade em 2000, voltando a cair esse valor em 2001, com novo aumento em 2002 (não recuperando o valor atingido em 2000). A queda de 2000 para 2001, seguida da respectiva recuperação, foi comum à maioria dos Concelhos analisados, à excepção de Albufeira. 86

94 Quadro II.3 Evolução da taxa de fecundidade em Portugal, Região do Algarve e Concelhos limítrofes do Concelho de Lagoa (1998/2002) Portugal 44,0 45,1 46,0 43,2 43,7 Região do Algarve Lagoa Portimão Silves Albufeira Faro Nesta projecção demográfica admitiu-se que a taxa de fecundidade, por grupo etário, do Concelho de Lagoa se manterá estável na próxima década, rondando a média da década de noventa. Figura II.7 Evolução da taxa de fecundidade em Portugal, Região do Algarve e Concelho de Lagoa (1998/2002) Portugal Região do Algarve Lagoa Fonte: INE A taxa de fecundidade foi estimada à freguesia, por grupo etário das mães, com base nos nados vivos dos anos de 1991 a 2000 e nas mulheres residentes nos mesmos anos, calculadas com base nos dados do censo de

95 Numa outra perspectiva de abordagem das taxas de fecundidade, estimou-se, para cada freguesia, a evolução da taxa global de fecundidade dos 15 aos 49 anos de idade das mães entre o ano de 1991 e o ano de A taxa de fecundidade média da década de noventa apresenta valores diferenciados espacialmente, destacando-se as freguesias de Lagoa e Carvoeiro como as que apresentam taxas de fecundidade mais elevadas (Figura II.8). Deste modo, justificase a adopção de taxas diferenciadas à freguesia (ao invés de adoptar uma taxa média uniforme em todas elas). Figura II.8 Taxa de fecundidade média da década de noventa por freguesia do Concelho de Lagoa Ferragudo Estombar Porches Concelho Carvoeiro Lagoa Obteve-se assim, para cada freguesia, e para o Concelho no seu conjunto, uma visão a duas dimensões: na dimensão temporal , a taxa global de fecundidade, e na dimensão dos grupos etários das idades das mães, a taxa de fecundidade em cada grupo. Para os anos de 1991 a 2002 utilizaram-se os valores dos nados vivos, por freguesia, efectivamente observados. A partir do ano de 2003, os valores dos nadosvivos foram estimados, considerando a migração das mulheres em idade fértil no Concelho de Lagoa. 88

96 II.3.2. Taxa Migratória Globalmente o concelho de Lagoa, a freguesia de Porches e do Carvoeiro (esta última ainda não estava criada no censo de 1981) apresentam dinâmica positiva entre os três últimos censos. O mesmo não sucede nas freguesias de Estômbar, Ferragudo e Lagoa todas elas com cenários de evolução distintos. A perda populacional de cerca de 30% na década de noventa registada na freguesia de Estômbar deveu-se sobretudo à criação da freguesia de Parchal a partir desta freguesia em 1997, apresentando na década de oitenta um crescimento da ordem dos 16%. A freguesia sede de Concelho apresenta um crescimento na última década de cerca de 29% que contrasta com a perda verificada na década de oitenta (-26%). Ferragudo desacelera a perda de população verificada há duas décadas (Figura II.9 e Quadro II.4). Figura II.9 Taxa de variação intercensitária por freguesia do Concelho de Lagoa ( ) 50% 40% 30% 20% 10% 0% -10% -20% -30% -40% Concelho de Lagoa Estombar Ferragudo Lagoa Porches Carvoeiro Fonte: INE A taxa migratória no período intercensitário foi estimada com base na diferença entre a população recenseada em 2001 e a população em crescimento natural (introduzindo os correspondentes números de nados-vivos e falecimentos ocorridos em cada ano), com avaliação à freguesia. De seguida, face aos valores estimados, fizeram-se projecções ano a ano para todas as freguesias, que foram confrontadas com as estatísticas disponíveis. Destas 89

97 confrontações resultaram pequenos ajustamentos que levaram aos valores das taxas migratórias estimadas no cenário prospectivo. Quadro II.4 População Residente e Taxa de Variação Intercensitária por freguesia do Concelho de Lagoa ( ) População Residente Taxa de Variação (%) / /2001 Concelho de Lagoa % 23% Estombar % -30% Ferragudo % -4% Lagoa % 29% Porches % 25% Carvoeiro % Parchal Fonte: INE Assumida uma taxa migratória para cada uma das freguesias, passou-se ao cálculo das taxas migratórias por grupo etário. Estas taxas consideraram-se constantes dentro do mesmo grupo etário. As taxas migratórias estimadas para a década de noventa e para o horizonte de projecto, para cada freguesia, são apresentadas no Quadro II.5. 90

98 Quadro II.5 Taxas Migratórias verificadas nas freguesias do Concelho de Lagoa Taxa Migratória (%) Concelho de Lagoa 1.95 Estômbar 1.50 Ferragudo 0.22 Lagoa 2.43 Porches 2.17 Carvoeiro 2.75 Parchal

99 II.4. Projecções Demográficas 2016 I.4.1. Metodologia adoptada para a projecção da população A metodologia utilizada para obter as projecções demográficas afasta-se da tradicional análise de simples projecção de tendências para se fixar na construção de cenários prospectivos, o que parece muito mais adequado face às dinâmicas populacionais dos nossos tempos e à realidade concreta dos Concelhos do nosso país. II Dados de partida Usaram-se os seguintes dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística: Censo da População de 1991, residente no Concelho de Lagoa, por idade ano a ano (dos 0 aos 100 anos de idade), para a totalidade do Concelho e por freguesia; Censo da População de 2001, residente no Concelho de Lagoa, por idade ano a ano (dos 0 aos 100 anos de idade), para a totalidade do Concelho e por freguesia; Nados vivos e óbitos por idades, em particular de crianças com menos de um ano de idade, por freguesia, entre 1991 e 2003; II Projecção da População em Crescimento Natural e com Taxas Migratórias As projecções em crescimento natural realizadas no âmbito da Carta Educativa do Concelho de Lagoa foram feitas utilizando os pressupostos de crescimento natural admitidos, a saber: Taxas de fecundidade constantes e iguais às verificadas na década de noventa para cada uma das freguesias (consideraram-se as taxas médias para os anos de ); Taxas de mortalidade constantes e iguais às verificadas entre 1991 e 2000 para cada uma das freguesias. 92

100 Metodologia seguida em cada freguesia para a população discriminada por idades dos 0 aos 100 anos e posteriormente agregada em grupos etários de 10 anos em cada grupo: a) Cálculo da população em 2001 em crescimento natural Partindo da população em 1991, faz-se o seguimento da cohort ano a ano, introduzindo os nados vivos e subtraindo os óbitos. A partir de 2003, uma vez que não dispomos de informação sobre nados vivos, nem óbitos, adoptamos os seguintes critérios: i) Estimativa dos nados vivos a partir das taxas de fecundidade médias entre 1991 e 2000; ii) Estimativa dos óbitos a partir da taxas de mortalidade média de 1991 a b) Cálculo das taxas migratórias, por comparação com os valores do Censo de 2001 Partindo da população do Censo de 2001 e comparando com a população obtida em a), obtêm-se as taxas migratórias ocorridas na década de noventa, à freguesia e por grupo etário. c) Cálculo da população em 2016 em crescimento natural Partindo da população do Censo de 2001, faz-se o seguimento da cohort ano a ano, introduzindo os nados vivos e subtraindo os óbitos. Estes valores são estimados tal como em a). d) Cálculo da população em 2016, considerando as taxas migratórias Aplicam-se as taxas migratórias admitidas à população em 2016 com o crescimento natural. Obteve-se deste modo um cenário que permitiu estimar as taxas migratórias por freguesia e por idade ano a ano da população residente na freguesia. Esse cenário é adoptado para estimar um subconjunto constituído pelas idades próprias que correspondem aos diferentes níveis de ensino. 93

101 II Projecções em Crescimento Natural Face ao verificado, o Concelho de Lagoa manteria em 2016 sensivelmente a mesma população registada em 2001 (-0.62%), considerando apenas o crescimento natural. Efectivamente, a projecção em crescimento natural e utilizando os pressupostos referidos nos dois pontos anteriores relativos às taxas de fecundidade e mortalidade admitidas, conduziu a valores para a projecção da população em 2016 ligeiramente inferiores aos obtidos no censo de 2001 (Figura II.10). Figura II.10 Projecção em Crescimento Natural para 2016 do Concelho de Lagoa II.4.2. Projecções com Taxas Migratórias As taxas migratórias estimadas para a década de noventa e para o horizonte de projecto, para cada freguesia, foram apresentadas no Quadro II.5. Para efeito do planeamento da Rede Escolar adoptou-se o cenário apresentado no Quadro II.6 pois crê-se que ele é adequado para estimar o número de crianças que entrarão no sistema educativo até 2016, ou seja, as crianças que em cada ano completam 6 anos, todas elas nascidas até As estimativas das taxas de variação da população para a década 2001/2011 estão representadas na Figura II

102 Quadro II.6 Cenário adoptado para o Concelho de Lagoa Censo 1991 Taxa Migratória Censo 2001 Saldo Migratório População estimada para 2016 Saldo Migratório Concelho % Estombar % Ferragudo % Lagoa % Porches % Carvoeiro % Parchal - 1.5% Figura II.11 Taxas de Variação Intercensitária por freguesia para o Concelho de Lagoa 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% -10% -20% -30% -40% Concelho de Lagoa Estombar Ferragudo Lagoa Porches Carvoeiro Parchal Na Figura II.12 apresenta-se a projecção para 2016, global e por freguesia. Nesta figura é possível comparar dois cenários de evolução da população: População em crescimento natural (cn), representada a tracejado a partir de 2001; 95

103 População resultante da aplicação da taxa migratória admitida, representada a cheio, a partir de 2001 Figura II.12 Projecção Demográfica para 2016 por freguesia Pop. Freguesias Lagoa Pop. Concelho Estombar Concelho de Lagoa Carvoeiro Parchal Porches Ferragudo Estombar Estombar cn Ferragudo Ferragudo cn Lagoa Lagoa cn Porches Porches cn Carvoeiro Carvoeiro cn Parchal Parchal cn Concelho de Lagoa Concelho de Lagoa cn 96

104 II Pirâmides Etárias A Figura II.13 e Quadro II.7 comparam as pirâmides etárias da população recenseada em 2001 e da projecção para Como pode observar-se: O escalão etário dos anos apresenta a variação positiva mais significativa (59%) que, conjuntamente com o aumento do peso dos escalões etários subsequentes, traduz o progressivo envelhecimento da população. A variação positiva que ocorre no escalão etário dos 0 aos 9 anos está associada à taxa de variação que ocorre no escalão etário dos 30 aos 39 anos que também se revela positiva, uma vez que estas crianças acompanham os seus pais. De referir ainda que esta taxa positiva não deve ser entendida como reflexo apenas de uma taxa migratória positiva neste escalão etário, mas sim consequência da evolução natural da população residente em 2001 no Concelho; Merecem referência especial os escalões etários dos e anos, pois são aqueles que maior erosão sofrem, quer em termos absolutos, quer relativos. Isto é resultado da migração para fora do Concelho de Lagoa dos jovens nesta faixa etária (20-29 anos) pois é nestas idades que muitos jovens contraem matrimónio e, não dispondo de ofertas de emprego, acabam por migrar em busca de melhores condições de vida. Figura II.13 Pirâmides etárias do Concelho de Lagoa em 2001 e Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Com + de 70 Anos

105 Quadro II.7 Evolução das Pirâmides Etárias (2001 e 2016) Diferença % Concelho de Lagoa % 0 aos 9 Anos % 10 aos 19 Anos % 20 aos 29 Anos % 30 aos 39 Anos % 40 aos 49 Anos % 50 aos 59 Anos % 60 aos 69 Anos % Com mais de % Apresentam-se no Anexo II.3, em dez quadros-resumo, as projecções da população do Concelho de Lagoa, por freguesia e idade ano a ano, desde 2006 até

106 II.5. População em idade escolar Apresenta-se nesta secção o resultado das projecções demográficas para 2016 ao nível da freguesia para as idades próprias da educação Pré-escolar e ensino Básico e Secundário (isto é, cobrindo 12 anos de escolaridade, para além do Pré-escolar) permitindo aferir qual a população-alvo a considerar para estimar a procura de ensino no curto/médio prazo (próxima década). Como as idades dos vários Ciclos de estudos não coincidem com os grupos etários usualmente utilizados em projecções demográficas, aplicou-se o modelo do cohort survival e taxas migratórias correspondentes para obter estimativas dos jovens que em 2016 terão entre 3 e 17 anos. Os resultados obtidos são apresentados no Anexo II.6. Quadro II.8 População na Idade Própria de cada Ciclo Pré-escolar (3-5) 1º Ciclo (6-9) 2º Ciclo (10-11) 3º Ciclo (12-14) Secundário (15-17) Nº de Indivíduos % da População Total % 3% 3% 5% 4% 4% 3% 2% 2% 4% 3% 3% 5% 4% 3% No Quadro II.8 e Figura II.14 apresenta-se um resumo da população na idade correspondente a cada um dos Ciclos de estudos em 2016, bem como a percentagem respectiva relativamente à população total. Embora o total da população do Concelho e em idade escolar aumente em 2016, a percentagem da população em idade escolar apresenta sinais de atenuação da tendência negativa verificada na década de noventa, nos escalões etários correspondentes às idades do 1º, 2º e 3º Ciclos, sendo os valores percentuais da estimativa para 2016 iguais aos verificados em Pelo contrário, no escalão etário dos anos (correspondentes às idades próprias do Ensino Secundário) projecta-se uma redução como resultado da evolução natural da população de

107 Figura II.14 Evolução da População na idade própria de cada Ciclo no Concelho de Lagoa Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário II.6. Considerações Finais Nos pontos anteriores da Parte II deste relatório apresentou-se a metodologia utilizada nas projecções demográficas, bem como os resultados obtidos para o Concelho de Lagoa, desde o ano de 2001 a Crê-se que estas estimativas são uma boa base de trabalho para efeito de planeamento da Rede Escolar. No entanto, devem ser apenas considerados como estimativas a corrigir no âmbito da monitorização da Carta Educativa. 100

108 PARTE III Plano de Reorganização da Rede Educativa 101

109 PARTE III PLANO DE REORGANIZAÇÃO DA REDE EDUCATIVA III.1. Introdução Esta Parte III constitui a parte propositiva da Carta Educativa de Lagoa onde são apresentadas as propostas de reorganização da rede educativa do Concelho, sendo estruturada como se indica de seguida. No Capítulo III.2 são definidos os princípios orientadores que nortearam a elaboração das propostas apresentadas, tomando como ponto de partida o quadro legislativo actual e perspectivas da sua evolução. No Capitulo III.3 é apresentado o conceito de Território Educativo e a proposta das suas delimitações para o Concelho de Lagoa. No Capítulo III.4 são apresentadas as projecções da procura de ensino para 2016, elaboradas a partir dos resultados do modelo de projecções demográficas descrito na Parte II. No Capítulo III.5 é apresentado o plano de reconfiguração da Rede Escolar e no Capítulo III.6 o programa de actuações que operacionaliza aquelas propostas. A concluir, no Capítulo III.7 são feitas algumas considerações finais centradas na necessidade de monitorização da Carta Educativa. 102

110 III.2. Considerações Prévias: Princípios Orientadores Estabelecem-se neste capítulo as bases estratégicas e princípios que servem de vectores orientadores do ordenamento da rede de equipamentos de educação e ensino e do seu planeamento, começando-se por tecer algumas considerações sobre o quadro legislativo e orientador que serve de enquadramento geral. III.2.1. Enquadramento Geral Em qualquer processo de planeamento, há sempre que lidar com fontes diversas de incerteza e indeterminação que, no caso do planeamento das redes de equipamentos de ensino e educação no momento actual, são acrescidas face a expectáveis alterações significativas no quadro legislativo e orientador que enquadra o sistema educativo. Ainda que a nova Lei de Bases da Educação (que foi aprovada pela Assembleia da República em 2004, já na vigência do XVI Governo Constitucional) não tenha chegado a ser promulgada, ela continha elementos que se julgam consensuais (como o alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos) cuja implementação no horizonte de projecto (a 10 anos) é altamente provável. Deste modo, julga-se que, sem descurar obviamente o quadro legal e normativo vigente, não se podem ignorar os desafios que essa LBE permite desde já perspectivar, sendo crucial que no planeamento da rede escolar se introduzam elementos de flexibilidade que permitam a adaptação do sistema às opções e orientações que venham a ser adoptadas pelo(s) próximo(s) Governo(s) na sequência da previsível revisão da actual Lei de Bases do Sistema Educativo, nomeadamente no que se refere ao alargamento da escolaridade obrigatória que consta do Programa do Governo actual. III.2.2. Enquadramento Actual No contexto actual, a Lei de Bases do Sistema de Ensino (LBSE) contempla um Ensino Básico obrigatório (de 9 anos, dividido em 3 ciclos) e um Ensino Secundário, não obrigatório, de 3 anos. Neste contexto, o elemento estruturante do ordenamento das redes escolares é o Território Educativo, que permite organizar o espaço geográfico concelhio em áreas nas quais se assegura o cumprimento da escolaridade obrigatória, contendo uma vertente de carácter pedagógico e outra de ordenamento territorial e urbanístico. Cada 103

111 Território Educativo é servido por uma Escola Nuclear, que funciona como um centro de dinamização e apoio, tanto pedagógico como de instalações, às restantes escolas que se encontram articuladas na sua área de influência. A Escola Nuclear que serve o Território Educativo pode ser, de acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor, uma Escola Básica do 2º e 3º ciclos (EB 2,3) ou uma Escola Básica Integrada (EBI), podendo haver escolas apenas com o 1º ciclo (EB1), eventualmente com Jardim de Infância (EB01). Entretanto, e no âmbito da política de reforma estrutural do Ministério da Educação e do sistema educativo, o Governo (particularmente na sequência do Despacho nº 13313/2003 de 8 de Julho) veio dar novo impulso à criação de Agrupamentos de Escolas, tendo nomeadamente em vista a criação de condições de gestão das escolas, de racionalização dos meios e de aumento da qualidade das aprendizagens. O Agrupamento de Escolas (D.L. nº 115/98, de 4 de Maio) é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de educação pré-escolar e de um ou mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projecto pedagógico comum, com vista à realização das finalidades seguintes: a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória numa dada área geográfica; b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social; c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional dos recursos; d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente diploma; e) Valorizar e enquadrar experiências em curso. A constituição de agrupamentos escolares considera critérios relativos à existência de projectos pedagógicos comuns, à construção de percursos escolares integrados, à articulação curricular entre níveis e ciclos educativos, à proximidade geográfica, à expansão da educação pré-escolar e à reorganização da rede educativa. O referido Despacho, tendo em vista o objectivo expresso em a), vem ainda privilegiar os agrupamentos verticais, apenas admitindo agrupamentos horizontais (isto é, de escolas de um mesmo nível de ensino) em casos excepcionais. 104

112 Face a esta orientação (preconizando uma lógica de verticalização), é de toda a conveniência que se fundam os conceitos de Território Educativo (que servia primordialmente objectivos de ordenamento da rede e, portanto, de planeamento da mesma) e de Agrupamento de Escolas (vertical), constituindo-se assim unidades estruturantes únicas para efeitos de planeamento e também de gestão da rede em todas as suas vertentes (administrativa, pedagógica, etc.) III.2.3. Perspectivas Futuras O alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos reúne consensos muito alargados e é considerada uma medida urgente para elevar os níveis de qualificação da população portuguesa a padrões internacionais, sendo a sua implementação a médio prazo (antes de 10 anos) muito provável, até por estar contemplada no Programa do XVII Governo Constitucional. O alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos implica necessariamente um reforço da oferta de ensino e, portanto, da rede de escolas públicas do Ministério da Educação (adiante designada apenas por rede pública ), tanto na vertente quantitativa como qualitativa. Nesta última vertente, haverá necessidade de reconfigurar a oferta de ensino secundário com um leque mais abrangente de opções, particularmente nas vertentes vocacionais / profissionalizantes, do que o actualmente existente na rede pública, uma vez que é expectável que os estratos de jovens que actualmente não prosseguem estudos após o 9.º ano (ou desistem durante o actual secundário) venham no futuro a enveredar maioritariamente por essas vertentes. Não está ainda configurado pelo Ministério da Educação este modelo de oferta, embora seja de admitir que venha a contemplar parcerias público-privadas para o desenvolvimento de uma oferta de ensino para as opções vocacionais/ profissionalizantes tirando partido de capacidades e know-how de escolas profissionais/centros de formação existentes que, com os cortes de financiamento de fundos comunitários, também se verão confrontados com um novo quadro de dificuldades acrescidas. Embora a configuração de oferta do futuro ensino secundário seja em boa parte uma incógnita e exija uma análise de âmbito geográfico alargado (até mesmo de âmbito supra-municipal), é certo que implicará um reforço da rede de escolas públicas do Ministério da Educação, pelo que se entende que o planeamento da rede escolar para 2016 deve visar essencialmente um dimensionamento indicativo 105

113 de capacidades dos novos equipamentos necessários para cobrir as necessidades (quantitativas) projectadas para Ainda assim, mesmo nos aspectos quantitativos há incógnitas no que respeita aos níveis de retenção (e de abandono precoce) do futuro secundário e à repartição da oferta entre a rede de escolas secundárias públicas e outros tipos de ofertas, públicas ou privadas (escolas profissionais, etc.). No que se refere aos princípios estruturantes de ordenamento da rede escolar, o previsto alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos vem pôr em causa a configuração actual dos Territórios Educativos ou Agrupamentos Escolares, em que a escola nuclear é uma EB23 ou uma EBI, deixando de fora as actuais escolas secundárias (mesmo as que já acolhem o 3º ciclo). Com a plena implementação da escolaridade obrigatória a 12 anos, a escola nuclear do (futuro) Território Educativo será presumivelmente uma escola secundária. Face a estas incertezas e indeterminações, importa que no planeamento da rede escolar se introduzam elementos de flexibilidade que permitam acomodar essas alterações previsíveis, nomeadamente adoptando para os equipamentos de ensino soluções funcionais que permitam adaptações simples a diferentes requisitos e utilizações num quadro de mutações permanentes. III.2.4. Princípios Orientadores Apesar de todas as incertezas e indeterminações que estão associadas à revisão da actual Lei de Bases, julga-se que a CML não pode deixar-se aprisionar por uma perspectiva imediatista de gestão corrente que iniba um planeamento de médio prazo da rede de equipamentos de ensino do concelho. Deve antes, nesta oportunidade singular que a elaboração da Carta Educativa constitui, adoptar uma visão ambiciosa de futuro, dotando-se de instrumentos de planeamento que permitam responder eficazmente aos desafios que se lhe colocam num domínio - a educação - que é, de forma crescente, um factor vital de competitividade e determinante na capacidade de atracção e fixação das populações. 106

114 Neste enquadramento, o planeamento da rede de equipamentos de ensino no horizonte temporal adoptado (a 10 anos) foi baseado nos seguintes princípios orientadores: a. As previsões da procura de ensino contemplam desde já o alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos. b. No âmbito geográfico de cada Território Educativo, a rede escolar programada deverá dar cobertura integral à procura (projectada para 2016) de todos os níveis de ensino dentro desses âmbitos geográficos. c. Na estimação de procura de ensino considerou-se uma taxa de cobertura a 100% da procura gerada pela população residente no concelho de Lagoa (projecção para 2016). d. No que se refere a tipologias de escolas, admitiu-se que se mantêm as tipologias actualmente existentes. Em última análise, entende-se que o planeamento da rede escolar para o horizonte de estudo (2016) deve estar estrategicamente voltado para um dimensionamento indicativo de capacidades dos novos equipamentos necessários para cobrir as necessidades (quantitativas) projectadas para o horizonte de estudo. Não deve, portanto, no âmbito das suas atribuições, prender-se excessivamente a CML com aspectos qualitativos, seja na vertente de oferta qualitativa de ensino (sobretudo no que respeita ao futuro Ensino Secundário), ou das tipologias das escolas, importando que se adoptem soluções flexíveis e com capacidade de adaptação dos espaços e equipamentos a evoluções diversas, quer do quadro legislativo e orientador, quer das dinâmicas urbanas, sociológicas e demográficas que importa monitorizar tendo em vista as necessárias alterações do plano estabelecido. Adicionalmente, no reordenamento da rede escolar devem ser contemplados os seguintes critérios básicos: I. Desactivação de Jardins de Infância e escolas de 1º Ciclo com um número reduzido de alunos (abaixo de 10, como nível mínimo); II. Tempos de deslocação, em transporte escolar, entre o local de residência e a escola de acolhimento que não deverão, em princípio, exceder 30 minutos. 107

115 III. Criação de pólos de oferta de educação pré-escolar e de ensino de 1º ciclo em localizações que, pela sua área de influência, tenham um potencial de captação de alunos em números ajustados ao desenvolvimento de processos educativos e das aprendizagens. Para além dos enunciados, são objectivos centrais do planeamento da rede de ofertas educativas: Criação de condições para combater eficazmente o isolamento e marginalização de alunos e professores e para promover o desenvolvimento integral e socialização das crianças e jovens. Requalificação do parque escolar, proporcionando a alunos e professores instalações e dotações de equipamento adequadas a uma boa vivência escolar, às actuais exigências pedagógicas e ao pleno desenvolvimento dos processos educativos. Integração dos trajectos escolares, procurando que os alunos completem a escolaridade obrigatória no mesmo estabelecimento. Racionalização da utilização dos recursos educativos (instalações e pessoal). Melhoria da oferta educativa, dando resposta adequada às necessidades e anseios dos residentes no concelho e contribuindo decisivamente para atrair e fixar a população. 108

116 III.3. Delimitação de Territórios Educativos O elemento estruturante das novas redes escolares é o Território Educativo (TE), que permite organizar o espaço geográfico concelhio em áreas que asseguram o cumprimento da escolaridade obrigatória em funcionamento vertical, contendo assim uma vertente de carácter pedagógico e outra de ordenamento territorial e urbanístico. Cada Território Educativo é servido por uma Escola Nuclear, que funciona como um centro de dinamização e apoio, tanto pedagógico como de instalações, às restantes escolas que se encontram articuladas na sua área de influência. É na Escola Nuclear que se realizam certas funções e actividades que não é possível de desenvolver em escolas mais pequenas e menos equipadas. A Escola Nuclear que serve o Território Educativo pode ser, de acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor, uma Escola Básica 2,3 (EB 23) ou uma Escola Básica Integrada (EBI 13 ). Todavia, o Programa do XVII Governo introduz substanciais alterações na forma de estruturar os territórios educativos, uma vez que prevê uma escolaridade obrigatória de 12 anos. Neste enquadramento, a escola nuclear passaria a ser uma escola com Ensino Secundário. No âmbito deste trabalho, irá ser tido em consideração o estabelecido pelo Programa do Governo, particularmente no que respeita ao alargamento da escolaridade obrigatória a 12 anos, embora obviamente sem ignorar a legislação em vigor (Lei 46/86 - LBSE). III.3.1. Características do Território Educativo O território educativo é o espaço geográfico onde se assegura o cumprimento da escolaridade obrigatória em funcionamento integrado, contendo assim, uma vertente de carácter pedagógico e outra de ordenamento territorial e urbanístico. A 13 Escola onde é ministrada a educação pré-escolar e os três ciclos do ensino básico (EPE + EB1,2,3). Uma EBI pode ser constituída num único edifício ou num conjunto de edifícios fisicamente separados, mas cuja utilização (sob o ponto de vista de gestão pedagógica e de gestão dos recursos físicos) é feita de forma interdependente e complementar. 109

117 característica principal do Território Educativo é garantir que os alunos que integram aquele espaço geográfico tenham assegurado o cumprimento da escolaridade obrigatória através da existência de uma Escola Nuclear, que funciona como um centro de dinamização e apoio, tanto pedagógico como de instalações, das restantes escolas que o compõem. O Território Educativo também pode ser encarado como o conjunto de unidades educativas que têm em vista o prosseguimento de acções, actividades ou projectos educativos de interesse comum que lhe permitam encontrar melhores soluções pedagógicas, administrativas e financeiras. Para efeitos de delimitação dos Territórios Educativos foram consideradas como fundamentais as seguintes características: a. Conter população a escolarizar que, segundo os critérios de dimensionamento da rede pública de equipamento escolar, justifique a existência de instalações escolares de educação pré-escolar, dos ciclos do ensino básico e do ensino secundário; b. Conter instalações escolares públicas destinadas à educação préescolar e ao ensino básico, com capacidades suficientes face à respectiva população a escolarizar; c. Conter uma escola que, pelas suas características físicas, possa desempenhar as funções de Escola Nuclear; d. Nas zonas urbanas densamente habitadas, ter uma dimensão compatível com a distância que se considere aceitável os alunos de cada grupo etário percorrerem a pé, nas suas deslocações diárias entre a casa e a escola. Nas zonas menos urbanas, existir um sistema de transporte escolar que permita uma fácil (sobretudo a nível de tempo de percurso) ligação casa-escola; e. Não ser atravessada por barreiras físicas que dificultem ou tornem inseguras as deslocações pedonais de acesso às escolas. Estas barreiras físicas são fundamentalmente: a rede viária principal; 110

118 a rede ferroviária de superfície, situações topográficas que dificultem as deslocações pedonais (por exemplo declives muito acentuados ou vales muito marcados), grandes áreas de usos não habitacionais ou de atravessamento inseguro (por exemplo instalações industriais); f. Coincidir, sempre que possível, com os limites administrativos das freguesias. III.3.2. Metodologia de Delimitação dos Territórios Educativos A metodologia a utilizar para a delimitação dos Territórios Educativos desenvolve-se em dois níveis. Num primeiro nível, a análise é efectuada à escala do concelho, tendo como aspectos mais relevantes o ordenamento do território, a rede viária principal, o relevo e os limites administrativos das freguesias, bem como as projecções da procura de ensino. Num segundo nível, cada território educativo é estudado a uma escala maior, para testar a sua funcionalidade face a aspectos mais pormenorizados, como por exemplo, a sua população por escalão etário, as características físicas e equipamentos das escolas candidatas a Escola Nuclear, a localização das restantes escolas, a existência de barreiras físicas não detectadas à escala do concelho, etc. Os territórios educativos traçados coincidem praticamente com os limites administrativos das freguesias do concelho. Dentro de cada um deles, a maior parte da população concentra-se nas sedes de freguesia. A crescente procura de Lagoa, não só para fins turísticos, como para fins residenciais, quer por população nacional quer estrangeira, muito tem contribuído para cimentar esta tendência de crescimento populacional e para promover o mercado imobiliário paralelo de alugueres de longa duração, ao invés dos alugueres temporários (semanais ou quinzenais) nos meses de Verão, não sendo fácil quantificar de forma exacta a sua expressão no território concelhio. Pretende-se com esta delimitação criar bases para que cada Território Educativo cumpra eficazmente a sua oferta de níveis de ensino, evitando sempre que 111

119 possível a deslocação de alunos, sabendo-se de antemão da precariedade da informação associada ao fenómeno presente. III Ordenamento do Território Relativamente ao ordenamento do território, atendeu-se aos Planos Municipais de Ordenamento do Território, nomeadamente o Plano Director Municipal (P.D.M.). O P.D.M. classifica o espaço urbano em categorias de uso de solo (isto é, espaços onde um dado uso de solo deverá ser dominante) e define, para cada uma delas, as regras de ocupação, uso e transformação do solo. As categorias de uso do solo identificadas no Regulamento do P.D.M. permitem perceber onde se localizam os usos de solo determinantes para a delimitação dos territórios educativos, especialmente as zonas de concentração da habitação, as localizações preferenciais para os equipamentos escolares ou as barreiras físicas às deslocações pedonais. Importa ainda que o planeamento da rede escolar e a delimitação dos Territórios Educativos na qual aquele se apoia estejam articulados com os vectores estratégicos de desenvolvimento do concelho e constituam um dos elementos de suporte dessas estratégias. III Limites Administrativos das Freguesias Na elaboração da Carta Educativa não pode ser ignorada a importância das freguesias, tanto ao nível do planeamento como ao nível da gestão da rede de infraestruturas (a freguesia é a menor divisão administrativa territorial). Neste sentido, é conveniente que um território educativo corresponda a uma freguesia, a um número inteiro de freguesias ou a uma parte de uma única freguesia. Tendo em conta que cada território educativo se deve articular em torno de uma Escola Nuclear e deve conter população a escolarizar que justifique a existência de instalações escolares, é possível identificar as freguesias onde a população a escolarizar é insuficiente para constituir um território educativo, as que podem corresponder a um único território educativo e aquelas que deverão ser divididas em vários territórios educativos. 112

120 Um indicador da necessidade de agregação ou de divisão das freguesias é a relação entre o número de jovens com idades até 18 anos residentes na freguesia e o número de alunos aceitável para uma escola nuclear. III.3.3. Gestão Educativa Para além dos aspectos referentes às infra-estruturas, a gestão da rede escolar tem uma vertente de carácter pedagógico/administrativo que convém acautelar aquando da constituição dos territórios educativos. O Decreto-Lei n.º 115-A/98 de 4 de Maio veio criar o conceito de Agrupamento Escolar, propiciando assim a articulação do funcionamento da rede educativa. A constituição destes Agrupamentos Escolares visou permitir a implementação do Regime de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário. Existe uma grande liberdade na forma de constituição desses agrupamentos de natureza vertical, os quais integram níveis complementares de ensino. Deste modo, o funcionamento da rede será facilitado se os agrupamentos de escolas coincidirem com os territórios educativos, permitindo que os alunos completem a escolaridade obrigatória em escolas localizadas na sua área de influência. No concelho de Lagoa existem dois agrupamentos verticais (Agrupamento de Escolas de Estômbar e Agrupamento de Escolas de Parchal) e um horizontal (Agrupamento Horizontal de Lagoa), que deverá ser transformado em vertical com a inclusão da EB23 Jacinto Correia. III.3.4. Delimitação dos Territórios Educativos Tendo em conta a análise aprofundada ao concelho de Lagoa, a nível de ordenamento do território, rede viária principal, relevo e limites administrativos, bem como, a nível do parque escolar e das projecções da procura de ensino, considera-se apropriado definir três Territórios Educativos (ver Figura III.1): Território Educativo de Lagoa que abrange as freguesias de Lagoa, Carvoeiro e Porches e que terá como escola nuclear a EB23 Jacinto Correia; 113

121 Território Educativo de Estômbar que abrange a freguesia de Estômbar e que terá como escola nuclear a EB23 Professor João Cónim; Território Educativo do Parchal que abrange as freguesias do Parchal e de Ferragudo e que terá como escola nuclear a EB23 Rio Arade. Estas três escolas nucleares deverão assegurar a cobertura de toda a procura de 2º e 3º ciclos (do 5º ao 9º ano de escolaridade) gerada na região definida pela sua irradiação. No essencial, os três Territórios Educativos reflectem a abrangência geográfica dos três Agrupamentos de Escolas actualmente existentes. Esta divisão apresenta claros desequilíbrios em termos de abrangência geográfica e também das populações a servir (e, portanto, das respectivas populações escolares). A inclusão da freguesia do Carvoeiro em outro Território Educativo (presumivelmente no de Estômbar, por critérios de contiguidade territorial) promoveria um maior equilíbrio, mas esta hipótese não foi retida por razões, por um lado, de proximidade, de facilidade de acesso e de ligações preferenciais das populações que são muito mais intensas com a sede do concelho e, por outro lado, por limitações de capacidade da escola nuclear do Território Educativo de Estômbar (EB2, 3 Prof. João Cónim) para acolher os alunos do Carvoeiro. Optou-se, deste modo, por definir Territórios Educativos coincidentes com a actual organização escolar em termos de Agrupamentos Escolares. Caso no futuro, como será discutido adiante, se venha a revelar necessário reforçar a rede escolar com a construção de um novo equipamento com oferta de 2º e 3º ciclos, o Território Educativo de Lagoa seria, nesse cenário, decomposto em dois, com abrangências geográficas a definir nomeadamente face à localização desse novo equipamento. 114

122 Figura III.1 Delimitação de Territórios Educativos 115

123 III.4. Projecções da Procura de Ensino para 2016 Com base nas projecções demográficas para 2016 apresentadas na Parte II deste documento, que produziram estimativas do número de crianças e jovens nos escalões etários correspondentes às idades próprias de frequência de cada nível e ciclo de ensino, apresentam-se no Quadro III.1 as projecções da procura de ensino para 2016, desde o Pré-escolar até ao Secundário, por freguesia. Os valores da procura apresentados neste quadro consideram uma taxa de cobertura de 100% da procura para todos os níveis de ensino. Sublinhe-se que as projecções apresentadas para o ano de 2016 assentam nomeadamente nos seguintes pressupostos: Escolaridade obrigatória de 12 anos (em 2016), prevista no Programa do XVII Governo Constitucional; Como referido, a taxa de cobertura da procura de ensino será de 100% da procura para todos os níveis de ensino (desde o Pré-escolar até ao Secundário) gerada pela população residente no concelho; Ausência de abandono escolar; Manutenção dos níveis de retenção verificados em anos recentes, com implicação nas proporções apuradas de alunos em idade própria (e fora destas idades) de frequência de cada ciclo de ensino. Quadro III. 1 Projecções da procura de ensino (2016), por freguesia Pré-Escolar Ensino Básico 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Secundário F: Estombar F: Ferragudo F: Lagoa F: Porches F: Carvoeiro F: Parchal C: Lagoa Pretende-se desta forma, dar cobertura integral à procura de todos os níveis de ensino, desde o Pré-escolar ao Ensino Secundário, gerada pela população residente no concelho. 116

124 As estimativas da procura de ensino em 2016 constantes do Quadro III.1, decorrentes das projecções demográficas apresentadas na Parte II, quando comparadas com as populações escolares verificadas em 2004/05 (último ano para o qual se dispõe de dados completos abarcando toda a rede, pública e privada) ver Quadro III.2 merecem os seguintes comentários: Projectam-se acréscimos moderados no Pré-escolar (+9%) e no 1º ciclo (+11%) e um pouco mais elevado no 2º ciclo (+23%). Os acréscimos projectados para o 3º ciclo (+46%) e, sobretudo, para o Secundário (+109%) são muito elevados. Isto decore da evolução projectada da estrutura da população residente e, no caso do Secundário, também do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, circunstância em que o número de alunos no Secundário duplicaria em relação aos quantitativos verificados no ano lectivo de 2004/05. Quadro III.2 Comparação de projecções da procura de ensino (2016) (em número de alunos) Ano Fonte Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário 2004/05 Frequências reais Projecções demográficas Variação percentual 2004/2016 9% 11% 23% 46% 109% 2016 Projecção por regressão linear Variação percentual 2004/2016-2% 11% 6% -14% -13% Estas estimativas contrastam vivamente com projecções directas da evolução do número de alunos nos últimos 5 anos lectivos baseadas num modelo de regressão linear simples (com o tempo como variável explicativa ) que se apresentam também no Quadro III.2. A simples projecção de tendências dos quantitativos de alunos verificadas em anos recentes aponta naturalmente para a continuação da perda de alunos no 3º ciclo (-14%) e no Secundário (-13%), neste último caso não contemplando obviamente o alargamento da escolaridade obrigatória. Nas análises subsequentes, adoptar-se-ão como referência as projecções da procura de ensino constantes do Quadro III.1, até por estarem baseadas num modelo demográfico consagrado e, portanto, com uma muito mais sólida sustentação técnicocientífica que simples projecções de tendências dos quantitativos de alunos que, 117

125 embora relevantes numa perspectiva de curto prazo, suscitam sérias dúvidas numa utilização a médio/longo prazo. Ainda assim, e sendo de admitir que as projecções do Quadro III.1 poderão eventualmente reflectir uma sobre-estimação da procura, sobretudo ao nível do Secundário e de uma forma aguda caso o alargamento da escolaridade obrigatória não venha realmente a verificar-se num horizonte de 10 anos, é de recomendar alguma prudência nas conclusões que se extraiam destas projecções da procura, nomeadamente em termos do planeamento da rede de equipamentos, reforçando a necessidade de implementação de mecanismos de monitorização das evoluções demográficas e da procura de ensino. 118

126 III.5. Planeamento da Rede Educativa III.5.1. Capacidade dos Equipamentos Escolares Existentes e Programados A capacidade (em número de alunos/crianças) dos equipamentos escolares é estimada pelo produto da capacidade em turmas de cada instalação (dados fornecidos pelos inquéritos realizados às escolas) pelo número de alunos/crianças recomendável por turma. Deste modo, para o Concelho de Lagoa a capacidade em número de crianças dos equipamentos de Educação Pré-escolar adopta uma capitação de 20 crianças por sala de actividades. No caso do 1º Ciclo do Ensino Básico, este valor foi fixado para uma capacidade máxima de 24 alunos por sala de aula, salvo quando expressamente referido pelo estabelecimento que a capacidade por sala é inferior a este valor. Para o 2º e 3º ciclos do ensino básico e para o Secundário, o processo de cálculo da capacidade dos equipamentos é semelhante, isto é, a capacidade por turma recomendável é de 24 alunos por turma. No entanto, é de referir que a capacidade máxima por turma indicada pelo Ministério da Educação pode ir até aos 28 alunos por sala. Deste modo, obtêm-se as capacidades apresentadas no Quadro III.3 para os equipamentos da rede actual, contemplando-se também as alterações decorrentes do programa de intervenções que será adiante apresentado. 119

127 Quadro III. 3 Capacidades actuais e futuras dos estabelecimentos existentes CAPACIDADE ACTUAL CAPACIDADE FUTURA PROGRAMADA Capacidade em Turmas Capacidade em Alunos Capacidade em Turmas Capacidade em Alunos Código Identificação do Freguesia DAPP Estabelecimento 1º 2º 3º PE Ciclo Ciclo Ciclo Sec. PE 1º 2º 3º Ciclo Ciclo Ciclo Sec. PE 1º 2º 3º Ciclo Ciclo Ciclo Sec. PE 1º 2º 3º Ciclo Ciclo Ciclo Sec JI da Mexilhoeira da Carregação Estombar EB1 de Estombar Estombar JI de Estômbar Estombar EB23 Prof. João Cónim Estombar EB1 de Vale de Lapa Estombar EB1 Mexilhoeira da Carregação Estombar Centro Paroquial de Estômbar Estombar JI do Carvoeiro Carvoeiro EB1 de Carvoeiro Carvoeiro Escola Internacional do Algarve (dados de 2004/05)* Lagoa nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd EB1 de Vale d'el-rei Lagoa EB1 de Alfanzina Lagoa EB1 de Lagoa Lagoa EB23 Jacinto Correia Lagoa Infantário A Colmeia Lagoa JI de Lagoa Lagoa ES/3 Padre António M. Oliveira Lagoa JI de Porches Porches EB1 de Porches Porches EB1 de Alporchinhos Porches EB1 de Ferragudo Ferragudo JI de Ferragudo Ferragudo EB1 de Parchal Parchal EB23 Rio Arade Parchal JI Parchal nº2 Parchal JI Parchal nº1 Parchal Colégio do Parchal "O Necas" Parchal CONCELHO DE LAGOA Fonte: Inquéritos realizados às escolas Não foi possível obter informação acerca das capacidades da Escola Internacional do Algarve, uma vez que esta não respondeu ao inquérito, pelo que os valores de capacidade apresentados correspondem aos dados mais recentes do número de alunos inscritos obtidos através do Ministério da Educação. No Quadro III.4 apresenta-se uma síntese destas capacidades em número de alunos, por freguesia e nível de ensino, na qual as repartições das capacidades entre oferta de 2º, de 3º ciclo e secundário, nas escolas com este tipo de ofertas, reflectem a afectação verificada em 2005/

128 Quadro III. 4 Capacidade da rede actual por freguesia e por ciclo Básico Oferta de ensino actual Pré-escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário CONCELHO DE LAGOA F: Estômbar F: Ferragudo F: Lagoa F: Porches F: Carvoeiro F: Parchal Fonte: Inquéritos realizados às escolas III.5.2. Balanço Prospectivo Rede Actual Nesta secção faz-se uma análise prospectiva (para o horizonte de 2016) centrada em balanços de oferta-procura de ensino. Este balanço assenta, por um lado, nas projecções da procura de ensino apresentadas no capítulo III.4 do presente documento e, por outro lado, nas capacidades dos equipamentos existentes. Este balanço prospectivo permite caracterizar a rede escolar actual do Concelho de Lagoa, servindo de ponto de partida para a reconfiguração da rede escolar que se apresentará mais adiante. Como resultado deste balanço prospectivo, identificam-se as debilidades da rede escolar actual face à procura projectada para 2016 que permitem esboçar propostas de reconfiguração da rede tendo em vista a superação dos desequilíbrios identificados. Neste balanço prospectivo, admitiram-se as seguintes hipóteses de trabalho: Uma cobertura total da procura de ensino nos seus diversos níveis pela rede escolar do concelho, considerando todas as escolas existentes, independentemente da sua natureza (públicas e privadas). 121

129 Os actuais estabelecimentos não integrados na rede pública do Ministério da Educação (IPSS, particulares, cooperativos, etc.) manterão em 2016 a oferta e capacidades actualmente existentes. Os restantes estabelecimentos da rede pública do M.E. manterão as suas tipologias e capacidades actuais (no caso da Capacidade Actual indicada). O balanço Oferta-Procura apresentado no Quadro III.5 é obtido pela diferença entre a Capacidade Actual e a Procura de Ensino em 2016 (valores em número de alunos). Quadro III. 5 - Balanço Oferta-Procura por freguesia e por ciclo para a Rede Actual REDE ACTUAL Oferta-Procura de Ensino em 2016 Préescolar Básico 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário CONCELHO DE LAGOA F: Estômbar F: Ferragudo F: Lagoa F: Porches F: Carvoeiro F: Parchal Da análise deste balanço, centrada na rede actual, resultam as seguintes conclusões principais: No Pré-escolar, verifica-se uma carência de oferta a nível do concelho de 84 lugares, sendo no entanto de referir que metade das freguesias de Lagoa, principalmente a da sede do concelho, apresentam um saldo positivo oferta-procura; No 1º ciclo do Ensino Básico, o excesso de oferta no concelho é elevado (144 lugares), embora duas freguesias (Parchal e Carvoeiro) revelem carência de oferta deste nível de ensino. Neste último caso, é de referir considerar-se que grande parte da população escolar da Freguesia de Carvoeiro poderá residir na área de Poço Partido, localidade sita na linha divisória entre as freguesias de Lagoa e Carvoeiro e que integra um Bairro de Habitação Social. Esta população escolar, de uma forma geral, tem 122

130 como primeira escolha a Escola EB1 de Lagoa devido à deslocação para local de trabalho dos pais e a rede de transportes, factos que condicionam essa preferência. Sublinhe-se que o saldo positivo global do concelho encobre estrangulamentos já hoje existentes, particularmente na sua sede onde a EB1 funciona em regime de desdobramento; No conjunto dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, verifica-se que a oferta não cobriria a totalidade da procura, esgotando-se a capacidade de oferta do 2º Ciclo e havendo um défice de 152 lugares no 3º Ciclo. No entanto, convirá aqui ter presentes as considerações feitas a propósito das projecções da procura de ensino (ver final do capítulo III.4), nomeadamente no que respeita à eventual sobre-estimação da procura de ensino no 3º ciclo, sendo certo que o défice de oferta não se verificaria para os quantitativos de alunos do 3º ciclo ocorridos em anos recentes (e ainda menos caso se extrapolassem para o futuro as tendências recentes para a redução de alunos neste nível de ensino). Ao nível do Ensino Secundário constata-se um défice de capacidade de 57 lugares relativamente à procura estimada para 2016 deste nível de ensino no Concelho. Uma vez mais, esta conclusão deve ser lida com cautela, uma vez mais pelas razões apresentadas no final do capítulo III.4, sendo de sublinhar que só é aplicável num cenário de implementação do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos de idade. Para os quantitativos de alunos verificados em anos recentes, não se verificaria o esgotamento da capacidade da escola secundária existente. III.5.3. Reconfiguração da Rede Escolar O balanço prospectivo apresentado na secção anterior mostra um excesso de oferta ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico, havendo um défice de oferta nos restantes níveis. As alterações da rede de equipamentos, relativamente à situação actual, são as que se indicam de seguida: 123

131 a) No Território Educativo de Estômbar: a1) Abertura prevista (no curto prazo) de dois novos Jardins de Infância por iniciativa de duas IPSS: ADR - Centro Cultural e Social Quinta de S. Pedro (com 1 sala de actividades) e do Centro Paroquial de Estômbar (com 2 salas de actividades); a2) Desactivação da EB1 de Vale de Lapa, que actualmente tem 2 salas mas apenas uma turma em funcionamento; a3) Manutenção dos restantes estabelecimentos com as capacidades actuais. b) No Território Educativo de Parchal b1) Construção do novo JI de Ferragudo (com duas salas de actividades), libertando a sala que tem vindo a ser utilizada na EB1 e acolhendo a outra turma que tem vindo a funcionar em instalações precárias; b2) Abertura de um novo JI (com 2 salas de actividades) por iniciativa de uma IPSS (Associação Cultural e Desportiva CHE Lagoense); b3) Manutenção dos restantes estabelecimentos com as capacidades actuais. c) No Território Educativo de Lagoa c1) Desactivação das EB1 de Alfanzina e de Vale d El-Rei, ambas com capacidade para uma turma e situadas na freguesia de Lagoa, e da EB1 de Alporchinhos, na freguesia de Porches, com capacidade para duas turmas; c2) Ampliação da EB1 de Porches, com mais uma sala de aula para o 1º ciclo, criando condições para acolher os alunos da EB1 de Alporchinhos (a desactivar); c3) Ampliação do Jardim de Infância de Porches, com mais uma sala de actividades; 124

132 c4) Construção de uma nova EB1 (com 8 salas de aula de 1º ciclo), com JI (com duas salas de actividades) junto à EB2, 3 Jacinto Correia, na sede do concelho; c5) Manutenção dos restantes estabelecimentos com as capacidades actuais. Com este plano de actuação, a rede escolar do concelho seria constituída pelos equipamentos constantes do Quadro III.6. O dimensionamento da oferta pré-escolar pública está dependente de opções políticas relativamente à complementaridade da oferta privada (das IPSS) já hoje implantada no Concelho, com as expansões (novas ofertas) acima referidas. 125

133 Quadro III. 6 Rede escolar planeada (médio prazo) No Quadro III.7 apresenta-se o balanço oferta-procura prospectivo (para 2016), para esta rede planeada. 126

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