LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE.
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- Luísa Abreu Osório
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1 LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE. VIGÊNCIA: NOVEMBRO DE 2014 à OUTUBRO DE 2015 Empresa: Equipe Técnica Executora: Reginaldo Beserra Alves Engº Segurança do Trabalho CREA 5907 D/PB
2 SUMÁRIO 1.0 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA APRESENTAÇÃO OBJETIVO GERAL METODOLOGIA EQUIPAMENTOS PROCEDIMENTO DESCRIÇÃO DO AMBIENTE ANÁLISES QUALITATIVA ANÁLISE QUANTITATIVA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
3 1.0 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Empresa: LTDA C.N.P.J.: / Endereço: N : Bairro: CEP: Cidade / Estado: RUA CODAJÁS S/N SÃO FRANCISCO Manaus-AM Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE): Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas Atividade Principal: Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas Grau de Risco: 02 Unidade: ICAM 3
4 2.0 APRESENTAÇÃO A elaboração do Laudo Técnico de Insalubridade cumpre determinação das Normas Regulamentadoras NR-15 e Decreto de 14/10/86, respectivamente, os quais devem ser elaborados por profissional devidamente habilitado e registrado no respectivo conselho de classe. O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com a Norma Regulamentadora NR-15 do Ministério do Trabalho, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40% para insalubridade de grau máximo; 20% para insalubridade de grau médio e 10% para insalubridade de grau mínimo. O pagamento do adicional de insalubridade não exime o empregador de implantar medidas que possam neutralizar e até eliminar os agentes insalubres. A eliminação, através de medida de proteção coletiva, do agente ambiental comprovada através de avaliação pericial permitirá a cessação do pagamento do adicional de insalubridade. Para que haja monitoramento do grau de insalubridade dos ambientes, faz-se necessário uma revisão anual dos respectivos laudos. 3.0 OBJETIVO GERAL Cumprir determinações legais, através de parecer técnico das avaliações qualitativas e quantitativas dos riscos ambientais, verificando a existência de insalubridade. 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Identificar os riscos ambientais, quais sejam: físicos, químicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho; b) Indicar as atividades insalubres, definindo o grau de insalubridade; 4
5 4.0 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a realização deste laudo baseou-se em: visita in loco de todos os ambientes da unidade do ICAM, onde existe colaborador da empresa Castelinho Refeições Ltda; avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos físicos e dados do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais PPRA 2013/2014; NR-15 da Atividade e Operações Insalubres da Portaria 3.214/78 - Anexos I - Limites de Tolerância para Ruídos Contínuo ou Intermitente, Anexos -III Limite de Tolerância para Exposição ao Calor e Anexos 14- Agentes Biológicos; ACGIH (American ConferenceofGovernmentalInstituteof Higiene); 5.0 EQUIPAMENTOS INSTRUMENTO Decibelímetro Digital * MODELO/MARCA DEC 460 / Instrutherm INSTRUMENTO Termômetro de Globo MODELO/MARCA TGD 200 Digital Portátil - Instrutherm ( * ) - Instrumento calibrado com Padrão Termômetro de Globo de Digital Portátil TGD 200 Instrutherm, conforme Certificado de Calibração em anexo. 6.0 PROCEDIMENTO As medições para quantificar os riscos Físicos (ruído e temperatura) foram realizadas no horário comercial. As cópias dos certificados das aferições dos instrumentos encontram-se anexo no laudo. 5
6 UNIDADE: ICAM 7.0 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE Cozinha: Ambiente fechado, não climatizado, piso cerâmico, paredes de alvenaria com revestimento total de azulejo, forro de PVC, iluminação artificial e ventilação forçada (ventilador de parede). Refeitório: Ambiente fechado, climatizado, piso cerâmico, forro em PVC, iluminação natural e artificial. Lavagem (Louças/ Panelas): Ambiente fechado, não climatizado, piso cerâmico, paredes de alvenaria, iluminação artificial. Estoque: Ambiente fechado, climatizado, piso de concreto, paredes de alvenaria, iluminação natural e artificial. Preparação de alimentos para pacientes: Localiza-se no ambiente da cozinha, não climatizado, piso cerâmico, paredes de alvenaria revestida com azulejos, forro em Pvc, iluminação artificial. 8.0 ANÁLISES QUALITATIVA a) Atividades executadas no local inspecionado: Preparação, cozimento, serviço de restaurante e distribuição de refeições e lanches para os pacientes e acompanhantes do ICAM; levar lanches e refeições aos pacientes; arrumar pratos, talheres e mesas, fazer limpeza na cozinha; preparação e distribuições de dietas para os pacientes, recebe as mercadorias não perecíveis, conferir as notas, as quantidades, pesar, fazer inventário, realiza pedidos conforme cardápio; receber os alimento perecíveis e não perecíveis. b) Trabalhadores expostos: Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar de Cozinha, Copeira Restaurante, Nutricionista, Cozinheiro Dieta, Armazenista, Cozinheira Rampa, Doceira / Confeiteira, Saladeira, Açougueiro. 6
7 8.1 ETAPAS DO PROCESSO OPERACIONAL: 1) Auxiliar de Serviços Gerais: Auxilia o cozinheiro na preparação dos alimentos, cortando verduras e preparando as guarnições para funcionários. 2) Auxiliar de Cozinha: Clora, emerge os hortifrúti em água, lava com água corrente, coloca nas cubas, prepara e cozinha tudo que se refere a confeitaria prepara e monta as sobremesas. 3) Copeira Restaurante: Realiza a limpeza do refeitório, distribuição das preparações para os funcionários. 4) Nutricionista: Verificação do cardápio percápita, acompanha a rotina de produção. 5) Cozinheiro dieta: prepara os alimentos destinados exclusivamente aos pacientes. 6) Armazenista: Recebe as mercadorias não perecíveis, confere as notas, as quantidades, pesa, faz inventário, realiza pedidos juntamente com a nutricionista conforme cardápio. 7) Cozinheiro de Rampa: Organizam e supervisionam serviços de cozinha em hotéis, restaurantes, hospitais, residências e outros locais de refeições, planejando cardápios e elaborando o pré-preparo. 8) Doceira/Confeiteira: Produzem massas alimentícias, doces, salgados, achocolatados e chocolates. Preparam massas alimentícias e recheios e controlam processos e linhas de produção. 9) Saladeira: Organizam e supervisionam serviços de cozinha em hotéis, restaurantes, hospitais, residências e outros locais de refeições. 10) Açougueiro: Ajudante de açougueiro (comércio), Açougueiro retalhista, Balconista de açougue, Cortador de carne em açougue, Encarregado de açougue, Picador em açougue, Supervisor de açougue, Talhador em açougue. 9.0 ANÁLISE QUANTITATIVA a) Método utilizado Inspeção visual no local de trabalho, avaliação quantitativa do nível de ruído e calor (Decibelímetro e Termômetro de Globo) e análise qualitativa dos riscos químicos e biológicos. 7
8 9.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS a) Fundamentação técnica e científica Os níveis de pressão sonora aferidos nos ambientes foram: Cozinha 62,6 - db(a) Administração: 66,5 db(a) Açougue - 59 db(a) Área de Preparo - 65,1 db(a) Lavagem de Utensílios - 62 db(a) Recebimento - 47 db(a) Câmara Frigorífica - 47 db(a) Estoque - 47 db(a) Os níveis de temperatura aferidos nos ambientes foram: Cozinha: 36,6 C Administrativo: 25,4 C Açougue: 25,6 C Área de Preparo: 31,0 C Lavagem de Utensílios: 31,0 C Recebimento: 31,0 C Câmara Frigorífica: 0,8 C Estoque: 31,0 C b) Fundamentação legal O anexo 1 da NR-15, portaria de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho estabelece limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente, regulamentando o nível de 85dB para 08 horas de trabalho. O Quadro 1 do Anexo 3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor) da NR-15, estabelece o valor de 26,7 IBUTG para atividade moderada. 8
9 9.2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO ADOTADAS a) Medidas de proteção individual Sapato de segurança, bota de borracha, luvas descartáveis, máscara descartável, avental de napa, jaleco, toca e mangote. b) Medidas de proteção coletiva Coifa na área de forno/fogão. Sistema de refrigeração no refeitório e estoque. 9
10 10 CONCLUSÃO Da Aplicação do Conceito de Insalubridade Este perito considerou como Insalubres as atividades consideradas como tal na Norma Regulamentadora n 15, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, tomando como parâmetros para classificação: Avaliações quantitativas de níveis de ruído e temperatura; Avaliações qualitativas agentes biológicas e exposição aos agentes químicos; Uso de Equipamentos de Proteção Individual EPI s. Da Classificação das Atividades Insalubres. A análise dos processos relativo às atividades e ao tipo/tempo de exposição aos agentes nocivos, considerando os conceitos definidos na Norma Regulamentadora 15, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, faz concluir que: Em função da exposição a níveis de ruído (agente físico) inferiores aos Limites de Tolerância estabelecidos na Norma Regulamentadora 15, NÃO FAZ JUZ AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, todas as funções existentes na cozinha da Unidade do ICAM. Em função do tipo de atividade classificada como leve e da exposição a níveis de temperatura abaixo dos Limites de Tolerância 30,0 IBUTG, estabelecidos na Norma Regulamentadora nº 15, NÃO FAZ JUS AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, as seguintes funções: Aprendiz, Auxiliar administrativo e nutricionista. Em função do tipo de atividade classificada como moderada e da exposição a níveis de temperatura acima dos Limites de Tolerância 26,7 IBUTG, estabelecidos na Norma Regulamentadora NR 15, FAZ JUS AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO, com percentual de 20% (sobre o salário mínimo nacional) as funções: Armazenista, copeira restaurante, confeiteiro, supervisora, copeiro hospital, cozinheiro produção, auxiliar de cozinha, cozinheiro dietas, auxiliar de serviços gerais. 10
11 Em função do tipo de atividade classificada como moderada e da exposição a baixos níveis de temperatura, estabelecidos na Norma Regulamentadora NR 15 anexo nº 09, FAZ JUS AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO, com percentual de 20% (sobre o salário mínimo nacional) a função: Açougueiro. Em função do tipo de atividade classificada como moderada e da exposição a níveis de temperatura abaixo dos Limites de Tolerância 26,7 IBUTG, estabelecidos na Norma Regulamentadora NR 15 as funções do Setor Plantão noturno A e B NÃO JUS AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO, com percentual de 20% (sobre o salário mínimo nacional). Em função da ausência de exposição a agentes químicos estabelecidos na Norma Regulamentadora 15, NÃO FAZ JUZ AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, todas as funções da cozinha na Unidade do ICAM. Em função da exposição à agente biológico considerado insalubre, em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho, o colaborador que tem como atribuições preparar, montar e entrega aos pacientes (com doenças infecto-contagiosa) e acompanhantes, os lanches e refeições. Tem como rotina diária conduzir o carrinho contendo as refeições, realizando a entrega aos pacientes com patologias diversas e com diagnósticos indefinidos que se encontram nos leitos ao longo dos corredores do hospital. Portanto, está exposto a risco biológico, por isso, FAZ JUS AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADEDE GRAU MÉDIO conforme Anexo 14 da NR 15, com percentual de 20% (vinte por cento) do salário mínimo nacional a seguinte função: Copeira Hospitalar. 11
12 11 REFERÊNCIAS Portaria 3.214/78 - Anexos I e Quadro I do Anexo 3 da NR - 15 (Limites de Tolerância para Ruídos Contínuo ou Intermitente; e Limites de Tolerância para Exposição ao Calor) e Anexo 14 da NR-15 do Ministério do Trabalho. 12
13 RESPONSABILIDADE TÉCNICA REGINALDO BESERRA ALVES Eng Seg. do Trabalho CREA D/PB 13
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