Comparação entre diferentes métodos de medida do salto vertical com contramovimento
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1 43 Salto vertical com contra movimento Artigo Original Comparação entre diferentes métodos de medida do salto vertical com contramovimento Comparison between different methods of measurement countermovement vertical jump BRAZ TV, PENNATI ES, SPIGOLON LMP, VIEIRA NA, PELLEGRINOTI IL, BORIN JP. Comparação entre diferentes métodos de medida do salto vertical com contramovimento. RESUMO: O objetivo do presente estudo busca comparar diferentes métodos de medida do salto vertical com contramovimento. A amostra foi composta por 100 medidas de salto vertical com contramovimento (SVCM) para os três procedimentos de análise utilizados no estudo: i) SVCM na Plataforma de Contato (PC), ii) SVCM no Sensor de Laser (SL) e iii) SVCM por meio do Sargent Jump Test (SJT). Foram mensuradas em dez estudantes universitários de Educação Física fisicamente ativos (25,3±3,7anos, 74,7±4,9Kg, 175,2±8,4cm). Foi realizado procedimento de familiarização para os testes utilizados, com uma sessão de 20 SVCM para cada método uma semana antes da aplicação das avaliações. O tratamento estatístico foi realizado no software Bioestat 5.0, utilizando-se medidas de centralidade e dispersão, teste D Agostino-Pearson para normalidade dos dados e ANOVA one-way, seguido do post hoc de Tukey para testar a diferença entre médias, adotando-se p<0,01. Os resultados demonstraram diferença significativa (p<0,01) entre as médias dos valores dos saltos na PC (39,6±5,4cm, CV=13,5%) e SL (38,7±5,2cm, CV=13,4%) quando comparados ao SJT SJT (47,4±9,6cm, CV=20,4%). Conclui-se que as medidas de SVCM mensuradas pela Plataforma de Contato e Sensores de Laser são diferentes do Sargent Jump Test. As medidas analisadas pelo Sargent Jump Test apresentam maior variabilidade do que as outras metodologias utilizadas. Além disto, não foram identificadas diferenças entre o SVCM mensurado na Plataforma de Contato e Sensores de Laser, o que sugere concordância entre estes dois métodos de análise. Palavras-chave: Esportes; Salto vertical; Testes e medidas. Tiago V. Braz 1 Eduardo S. Pennati 1 Leandro M. P. Spigolon 1 Nathália A. Vieira 1 Ídico L. Pellegrinoti 1 João P. Borin 2 1 Universidade Metodista de Piracicaba 2 Universidade Estadual de Campinas ABSTRACT: The aim of the current study is to compare different methods of vertical jump measurement with countermovement. The sample was consisted of 100 measures of vertical jump with countermovement (SVCM) for the three procedures of analysis used in the study: i) SVCM on Platform of Contact (PC), ii) SVCM throught Sargent Jump Test (SJT). Ten Physical Education (P.E) students, who were physically active, were measured (25,3±3,7 years, 74,7±4,9Kg, 175,2±8,4 cm). Procedure of familiarization for used test, was performed with a session of 20 SVCM for each method a week before the evaluation. The statistical analysis was performed with software Bioestat 5.0, using measurement of centrality and dispersion, D`Agostino-Pearson test for normality of data and ANOVA one-way, followed by post hoc of Tukey to check the difference among averages, adopting p<0,01. The result showed significant difference (p<0,01) between the averages of values of jump in PC (39,6±5,4 cm, CV 13,5%) and LS (38,7±5,2 cm, CV13,4%) when compared with SJT (47,4±9,6 cm, CV=20,4%). It is concluded that the measurement of SVCM checked by Platform of Contact and Laser Sensor are different from Sargent Jump Test. The measurements checked by Sargent jump test show great variability than the other used methodologies. Moreover, there were no differences between the measured SVCM on Platform of Contact and Laser Sensor, what means an agreement between those two methods of analysis. Key Words: Sports; Vertical jump; Test and measurement. Recebido em: 29/11/2009 Aceito em: 29/10/2010 Contato: Tiago Volpi Braz - tiagovolpi@yahoo.com.br
2 BRAZ et al. 44 Introdução O conhecimento do nível de força muscular de um indivíduo é importante tanto para a avaliação da capacidade funcional ocupacional como para uma apropriada prescrição de exercícios físicos e de reabilitação 2. Dentro desta perspectiva, o salto vertical tem sido destacado na literatura como principal método de medida da força explosiva de membros inferiores para desportistas 2,4,7 e sujeitos fisicamente ativos 14. De fato, esta ação motora é parte integrante de modalidades como voleibol, handebol, futebol, basquetebol e determinadas provas de atletismo 8. Além disto, é considerado um meio de preparação importante para o desenvolvimento da força e velocidade 27. Klavora 11, Markovic et al. 14 e Nuzzo et al. 19 relatam que o salto vertical com contramovimento (SVCM) tem sido um dos métodos mais utilizados para avaliação da força explosiva de membros inferiores. Este tipo de movimento envolve o componente excêntricoconcêntrico da musculatura, formando um padrão natural de função muscular denominado ciclo alongamentoencurtamento 12, que engloba o armazenamento de energia elástica para posterior geração de energia potencial na fase positiva do movimento 8. O ciclo alongamentoencurtamento representa a atividade muscular de base para distintas modalidades desportivas e ações motoras 29. Neste sentido, diferentes equipamentos têm sido utilizados para mensuração das variáveis relativas ao controle do SVCM 10,29, principalmente por meio de sistemas de aquisição de dados barossenssíveis, fotossensíveis e métricos, dentre os quais estão plataformas de força e contato 3, sensores de laser 20,24, goniômetros 2, cinta de Abalakov 11,18,23, máquinas adaptadas 9,6, fita métrica 21, entre outros. Apesar da plataforma de força ser considerada para análise das medidas de SVCM, há alguns fatores que dificultam sua utilização na prática desportiva como alto custo financeiro e necessidade de realização em laboratórios de controle 3, por conta da sua grande sensibilidade a vibrações e pela necessidade de ser montada conforme especificações do fabricante, a fim de preservar a integridade do sinal 18, o que inviabiliza a utilização constante deste aparato por parte dos profissionais da área. Em conseqüência, aumenta-se a importância de equipamentos com maior viabilidade de utilização 5, como plataformas de contato e sensores de laser. Porém, tais equipamentos ainda podem ser de difícil acesso, o que remete o emprego de metodologias de análise mais simples, como o Sargent Jump Test descrito por Matsushigue, Franchini e Kiss 16. Entretanto, esta variabilidade de instrumentos é apontada como fator limitante para o desenvolvimento de pesquisas voltadas aos SVCM 2,8,11,29, possivelmente por apresentarem erros de medida decorrentes dos próprios equipamentos, afetando desta maneira a consistência da medida entre as avaliações 18, aumentando a importância de estudos comparando diferentes métodos de medida para um determinado procedimento diagnóstico 5. A partir disto, o objetivo do presente estudo busca comparar diferentes métodos de medida do salto vertical com contramovimento. Materiais e métodos A presente pesquisa caracteriza-se como descritiva sob abordagem transversal, já que buscou-se verificar diferenças entre diferentes metodologias de medidas da altura do SVCM 25. O estudo obedeceu a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde conforme diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. O projeto foi aprovado pelo conselho ético do Laboratório de Avaliação Física e Monitoramento do Treinamento Desportivo, vinculado a instituição da realização da pesquisa. Após os esclarecimentos sobre o trabalho os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta dez estudantes universitários de Educação Física fisicamente ativos (25,3±3,7anos, 74,7±4,9Kg, 175,2±8,4cm). Os sujeitos já eram familiarizados com os procedimentos adotados e tinham experiência na execução dos movimentos. Foi realizado procedimento de familiarização para os testes utilizados, com uma sessão de 20 SVCM para cada método uma semana antes da aplicação das avaliações.
3 45 Salto vertical com contra movimento Assim, foram utilizados três procedimentos de análise de salto vertical com contramovimento (SVCM): i) SVCM na Plataforma de Contato (PC), ii) SVCM no Sensor de Laser (SL) e iii) SVCM por meio do Sargent Jump Test (SJT). As medidas da plataforma de contato eram aferidas ao mesmo tempo em que as dos sensores de laser. Após intervalo de 15 segundos, era realizado o Sargent Jump Test (SJT). Em conseqüência, cada sujeito realizou dez SVCM na plataforma de contato em conjunto com o sensor de laser e dez SVCM por meio do Sargent Jump Test, totalizando 20 SVCM para cada indivíduo. Anteriormente aos testes, todos os sujeitos realizaram aquecimento específico com duração de 15 minutos contendo execuções de saltos verticais, alongamentos dinâmicos, exercícios calistênicos e coordenativos. SVCM na Plataforma de Contato (PC) Para realização deste teste seguiu-se os balizamentos descritos por Komi e Bosco 12. No SVCM, o sujeito fica em pé com o tronco ereto e joelhos em extensão a 180. Realiza-se o salto vertical com o contramovimento. A flexão do joelho acontece aproximadamente no ângulo de 120, em seguida o executante faz a extensão do joelho, procurando impulsionar o corpo para o alto e na vertical, durante essa ação o tronco deve continuar sem movimento para evitar influência nos resultados. Os joelhos devem permanecer em extensão durante a fase de vôo e aterrissagem. Cabe destacar que no presente estudo foi permitida a utilização dos membros superiores para a execução do SVCM, já que o mesmo é utilizado no Sargent Jump Test, possibilitando a comparação do gesto do movimento. A análise do salto foi realizada em uma plataforma de contato Ergo Jump conectada ao software Jump Test Pro De acordo com Ugrinowitsh et al. 26, é uma plataforma composta de circuitos eletrônicos que mede o tempo em que o indivíduo fica sem contato com o mesmo, durante a execução do salto, com precisão de milissegundos, que calcula a elevação do centro de gravidade, em centímetros e milímetros, por meio da fórmula proposta por Bosco et al. 1 : Altura do salto = tempo 2 x gravidade x 8-1 SVCM no Sensor de Laser (SL) As medidas foram mensuradas em conjunto com a plataforma de contato, portanto, na mesma execução do movimento descrito. O hardware e software utilizados nos sensores de laser para coleta das medidas dos saltos foram validados por Sousa e Pellegrinotti 24 e testados em Oliveira et al. 20 para voleibolistas. O hardware consistiu de um conjunto de links luminosos, compostos de redes de emissores de raios laser e de sensores próprios para este tipo de radiação e de uma interface eletrônica capaz de captar e condicionar as informações. A ligação dos sensores de laser foi feita por meio de fios e cabos, sendo conectada ao software específico a análise dos dados. Posteriormente, realizou-se o ajuste dos sensores emissores de laser, com intuito de focar a emissão dos raios laser nos sensores receptores, cuja frequência e corrente máxima de comutação era 200 Hz e 200Ma, respectivamente. Cabe destacar que a interrupção do impulso gerado pelo laser permitia a um osciloscópio digital (modelo A MHz duplo traço Hewlett Packard) calcular a altura do salto por meio do software descrito em Sousa e Pellegrinotti 24, conforme mesma fórmula da plataforma de contato. SVCM mensurado pelo Sargent Jump Test (SJT) Neste teste, seguiu-se procedimentos descritos em Matsushigue, Franchini e Kiss 16. O sujeito passa o pó de giz nas polpas dos dedos indicadores da mão dominante e com a outra junto ao corpo, procura-se atingir a maior marca (altura), conservando-se os calcanhares em contato com o solo. Após realizar a primeira marca, o atleta realiza o SVCM caracterizando a segunda marca. O resultado é registrado medindo-se a distância entre a primeira e a segunda marca. Para isto, utilizou-se uma trena métrica de 10 metros com precisão em 0,1cm. O tratamento estatístico foi realizado no software Bioestat 5.0, utilizando-se medidas de centralidade e dispersão (mínimo, máximo, amplitude total, mediana, 1º e 3º quartis, média, desvio padrão, erro padrão e coeficiente de variação [CV]). No plano inferencial, após
4 BRAZ et al. 46 constatar a normalidade dos dados pelo teste D Agostino- Pearson (k amostras; n 20), verificou-se a diferença entre as médias dos saltos para cada procedimento, empregando-se a ANOVA one-way, seguido do post hoc de Tukey para comparações múltiplas, com p<0,01. Resultados A tabela 1 demonstra as medidas descritivas dos valores do SVCM realizado na plataforma de contato (PC), sensores de laser (SL) e por meio do Sargent Jump Test (SJT). Tabela 1. Medidas descritivas dos valores dos saltos verticais com contramovimento realizados na Plataforma de Contato, com Sensores de Laser e por meio do Sargent Jump Test Medidas Descritivas (cm) Plataforma de Contato Sensor de Laser Sargent Jump Test Mínimo 28, Máximo 50, Amplitude Total 21, Mediana 41 39,5 52 1º Quartil (25%) 36, º Quartil (75%) 43, Média 39,6 38,7 47,4 Desvio Padrão 5,4 5,2 9,6 Erro Padrão 1 0,52 0,96 Coeficiente de Variação 13,5% 13,5% 20,4% Por outro lado, na figura 1, são apresentados os valores dos SVCM realizados na PC, com SL e por meio do SJT. Foi demonstrada diferença significativa (F=46,47, p<0,0001) entre as médias dos valores dos saltos na PC (39,6±5,4cm, CV=13,5%) e SL (38,7±5,2cm, CV=13,4%) quando comparados ao SJT (47,4±9,6cm, CV=20,4%). Anova One Way = F(46,37), p<0,0001 # # Figura 1. Valores dos saltos verticais com contramovimento realizados na Plataforma de Contato, com Sensores de Laser e por meio do Sargent Jump Test Legenda: # = p<0,01 em relação ao Sargent Jump Test Discussão Os resultados demonstraram diferenças significativas (figura 1) entre as medidas de SVCM mensuradas pela Plataforma de Contato (PC) e Sensores de Laser (SL) quando comparadas com Sargent Jump Test (SJT). Apesar dos procedimentos de análise adotados mensuram medidas do mesmo gesto desportivo (SVCM) e representarem o mesmo componente muscular, ou seja,
5 47 Salto vertical com contra movimento o ciclo alongamento-encurtamento da musculatura com geração de energia na fase excêntrica para posterior transferência de energia cinética na fase concêntrica do movimento 29, notou-se que os valores encontrados no SJT são superiores ao SVCM realizado na PC e SL. As medidas mensuradas no SJT (47,4±9,6cm, CV=20,4%) foram diferentes do SL (38,7±5,2cm, CV=13,4%) e PC (39,6±5,4cm, CV=13,5%). Provavelmente, isto pode ser explicado pela elevação do braço na fase positiva do movimento no momento de execução do teste, já que o mesmo exige que o sujeito toque a parede na maior altura possível. Ocorre que esta elevação do braço para mensuração da medida relacionase aos maiores valores encontrados quando comparados as demais metodologias. De fato, o SVCM executado no SL e PC não necessita deste procedimento e o foco principal de medida está na capacidade do indivíduo em elevar as pernas em relação ao solo e ao mesmo tempo, utiliza-se o auxílio do balanceio dos braços, levando-se em consideração principalmente o tempo de execução do movimento, calculado pelo início e final do contato dos pés do executante com os SL e na PC. Corroborando com estes apontamentos, Pereira et al. 21 demonstraram que a mensuração simultânea da altura do salto pelo delta entre traçados (correspondente ao SJT) com o instrumento Foot Switch indica que o primeiro método tende a superestimar os resultados, tendo como justificativa a dependência da utilização dos membros superiores e do tronco para aquisição dos dados no primeiro método. Outro fator que pode ter influenciado os resultados evidenciados na tabela 1 e figura 1 envolve o grau de precisão das medidas aferidas nos procedimentos adotados. A PC é caracterizada por elevada precisão entre medidas, com os resultados mensurados em milissegundos, inclusive no que tange o grau de reprodutibilidade entre medidas 15, demonstrando relação de confiabilidade parecida com a plataforma de força 4. De acordo com Sousa e Pellegrinotti 24, o SL segue procedimentos parecidos com a PC, também adotando-se milissegundos como padrão de medida para cálculo da altura do salto segundo a fórmula descrita por Bosco et al. 1. Em contrapartida, o SJT é aferido por meio de uma fita métrica dada em centímetros e o avaliador não conta com aparato tecnológico para constatação do resultado, sendo anotado visualmente e de forma manual. Ainda que o SJT seja considerado um teste fidedigno, válido e viável 16, o controle dos resultados está suscetível a maior quantidade de fatores influentes, principalmente relacionadas ao local de toque na parede e conseqüente mensuração da medida. Ademais, o SVCM executado a partir de diferentes equipamentos pode apresentar reprodutibilidade distinta em função de um erro de medida do próprio aparato 16, como evidenciado pelos resultados encontrados na figura 1 deste estudo. Pereira et al. 21 sugerem equipamentos de maior precisão e acurácia para análise do SVCM, referindo que o SJT pode apresentar variações no controle dos resultados pela marcação na parede do salto. Contudo, é de extrema importância assegurar que uma medida mensurada em determinado teste seja adequadamente reprodutiva e válida quando comparada a ela mesma 5. Nisto, parece estar documentado que os métodos de medida adotados neste estudo contemplam tais apontamentos, como evidenciado por Brown e Weir 2 e Sousa e Pellegrinotti 24. Enoksen, Tonnessen e Shalfawi 6 argumentam que não seria recomendável a substituição de equipamentos pelo outro durante um possível acompanhamento de natureza longitudinal. Moreira et al. 18 destacam que apesar de os comportamentos serem semelhantes e ambos (plataforma de contato e cinta de Abalakov) terem revelado elevada reprodutibilidade nas medidas, a comparação dos valores absolutos entre os equipamentos não revela a desejável similaridade requerida em um controle rigoroso e efetivo do desempenho ao longo de um processo de treinamento. Autores como Klavora 11, Currel e Jeukendrup 5 e Oliveira et al. 20 também reportam tais pressupostos. De fato, independentemente das movimentações de braços serem ou não permitidas, se o sujeito é testado pelo SVCM ou por meio do salto com meio agachamento, os indivíduos precisam ser avaliados com os mesmos
6 MACHADO et al. 48 procedimentos quando testados repetidamente, e as técnicas usadas durante a avaliação devem ser consideradas quando se comparam dados dos testes contra dados publicados 2. Todavia, as diferentes metodologias adotadas para o controle do SVCM tendem a apresentar variabilidade, sobretudo quando utilizados distintos equipamentos para análise dos resultados. De acordo com Ziv e Lidor 30, a utilização de distintos protocolos de testes, inviabilizam as comparações entre os valores dos estudos, dificultando a padronização dos resultados das variáveis relativas ao SVCM. A partir disto, surge a necessidade de estudos voltados a diferentes modalidades desportivas bem como a comparação com outros métodos de medida do SVCM, prezando como critério investigativo a aferição das medidas durante a execução do mesmo gesto desportivo. Conclusões Os principais resultados indicam diferenças significativas entre as medidas de salto verticais com contramovimento mensuradas pela Plataforma de Contato e Sensores de Laser quando comparado ao Sargent Jump Test. Foi verificado que as medidas analisadas pelo Sargent Jump Test apresentam maior variabilidade do que as outras metodologias utilizadas. Além disto, não foram identificadas diferenças entre o SVCM mensurado na Plataforma de Contato e Sensores de Laser, o que sugere concordância entre estes dois métodos de análise. Agradecimentos CAPES/PROSUP Referências 1. Bosco C, Belli A, Astrua M, Tihanyi J, Pozzo R, Kellis S et al. A dynamometer for evaluation of dynamic muscle work. Eur J Applied Phy 1995;70: Brown LE, Weir JP. (ASEP) Procedures Recommendation I: Accurate Assessment of Muscular Strength And Power. J Exe Phy 2001;4: Cronin JB, Hing RD, Mcnair PJ. Reliability and validity of a linear position transducer for measuring jump performance. J Strength Cond Res 2004;18: Cronin JB, Hansen KT. Strength and power predictors of sports speed. J Strength Cond Res 2005;19: Currel K, Jeukendrup AE. Validity, Reliability and Sensitivity of Measures of Sporting Performance. Sports Med 2008;38: Enoksen E., Tonnessen E., Shalfawi S. Validity and reliability of the Newtest Powertimer 300-series testing system. J Sports Sci 2009;27: Feltner ME, Bishop EJ, Perez CM. Segmental and kinetic contributions in vertical jumps performed with and without an arm swing. Res Q Exerc Sport 2004;75: Ham DJ, Knez WL, Young WB. A deterministic model of the vertical jump: implications for training. J Strength Cond Res 2007;21: Harris NK, Cronin JB, Hopkins WG; Hansen KT. Relationship between sprint times and the strength/power outputs of a machine. J Strength Cond Res 2008;22: Jaric S, Ugarkovic D, Kukolj M. Evaluation of methods for normalizing muscle strength in elite and young athletes. J Sports Med Phys Fitness 2002;42: Klavora P. Vertical-jump test: a critical review. Strength Cond Journal 2000; 22: Komi PV, Bosco C. Utilization of stored elastic energy in leg extensor muscles by men. Med Sci Sport Exerc 1978;10: Lees A, Vanrenterghem J, De Clercq D. The energetic and benefit of an arm swing in submaximal and maximal vertical jump performance. J Sports Sci 2006;24: Markovic G, Jaric S. Movement performance and body size: the relationship for different groups of tests. Eur J Appl Physiol 2004;92: Markovic G, Dizdar D, Jukic I, Cardinale M. Reliability and factorial validity of squat and countermovement jump tests. J Strength Cond Res 2004;18: Matsushigue KA, Franchini E, Kiss MAPM. Potência e capacidade anaeróbias. In: Kiss MAPM (Org.). Esporte e Exercício: Avaliação e Prescrição. 1 ed. São Paulo: Roca, Moreira A, Okano AH, Ronque ERV, Souza M, Oliveira PR. Reprodutibilidade dos testes de salto vertical e salto horizontal triplo consecutivo em diferentes etapas da preparação de basquetebolistas de alto rendimento. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2006;8: Moreira A, Maia G, Lizana CR, Martins EA, Oliveira PR. Reprodutibilidade e concordância do teste de salto vertical com contramovimento em futebolistas de elite da categoria sub-21. Rev Educ Fís 2008;19: Nuzzo JL, McBride JM, Cormie P, McCaulley GO. Relationship between countermovement jump performance and multijoint isometric and dynamic tests os strength. J Strength Cond Res 2008;22:
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