Direito Constitucional

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1 AULA 00 Direito Constitucional Princípios fundamentais. Dos Direitos e Garantias Fundamentais Professor Marcos Soares Aula 00 Aula Demonstrativa 1

2 Olá, Meu nome é Marcos Soares. Sou graduado em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com pós-graduação em Direito Tributário pelo IBET, pós-graduação em Direito Processual Tributário pela UNB e cursando MBA em Tributos na PUC/RJ. Já fui Técnico Judiciário do TRF/RJ, fui aprovado no concurso de Analista Judiciário do TRF/RJ, embora não tenha tomado posse e, atualmente, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal, atuando na Delegacia de Julgamento do Rio de Janeiro. Como você percebe, já passei pelo que você está passando e conheço bem as dificuldades existentes na preparação para um concurso público! Ademais, já leciono há bastante tempo em cursos preparatórios para concursos públicos, tendo muita experiência nessa área! Gostaria que soubesse, também, que é uma grande satisfação para mim poder ajudá-lo(a) a conquistar a sua vaga! E, se você está lendo este texto, pode ter certeza que deu um passo muito grande para atingir seu objetivo! Antes de iniciarmos nossa aula, acho importante informar que o Direito Constitucional é cobrado em quase todos os concursos públicos: para a área fiscal, ciclo de gestão, tribunais, Agências, tribunais de contas, etc. Além disso, ter uma boa base nessa disciplina irá auxiliar na compreensão dos outros ramos do direito, em especial, do Direito Administrativo, que tem muitos princípios e regras estabelecidos na Constituição. Destaco, ainda, a importância de se realizar o estudo de forma direcionada e inteligente, reconhecendo a necessidade de planejamento, organização e motivação! O conteúdo de Direito Constitucional é bastante extenso, mas fique tranquilo que nosso curso abrangerá todo o conteúdo do edital. Ele será ministrado em 16 aulas, todas no formato *.pdf, compostas por teoria e questões de concursos anteriores comentadas. O cronograma para o cargo de ANALISTA JURÍDICO será o seguinte: 2

3 Aula Conteúdo Programático Data 00 Princípios fundamentais. Dos direitos e garantias fundamentais 19/04 01 Dos direitos e deveres individuais e coletivos (1) 04/05 02 Dos direitos e deveres individuais e coletivos (2) 11/05 03 Dos direitos sociais 18/ Dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos; partidos políticos Organização do Estado: organização políticoadministrativa: União; Estados federados; Municípios; Distrito Federal; Territórios; intervenção Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos; militares dos estados, do Distrito Federal e dos Territórios Organização dos Poderes no Estado: Poder Legislativo: estrutura, funcionamento e competências; Comissões Parlamentares de Inquérito; Tribunal de Contas do Estado: composição e competência. Processo legislativo Defesa do Estado e das instituições democráticas. Ordem social Poder Executivo: Presidente da República: atribuições, prerrogativas e responsabilidades; Ministros de Estado; Conselho da República e de Defesa Nacional. Poder Judiciário: disposições gerais; órgãos do Poder Judiciário: organização e competências; Conselho Nacional de Justiça (CNJ); funções essenciais à justiça: Súmula Vinculante (1) 25/05 01/06 08/06 15/06 20/06 22/06 27/ Poder Judiciário: disposições gerais; órgãos do Poder Judiciário: organização e competências; Conselho Nacional de Justiça (CNJ); funções essenciais à justiça: Súmula Vinculante (2) Ministério Público: princípios, garantias, vedações, organização e competências; Advocacia Pública: Advocacia e Defensoria Pública 29/06 04/07 3

4 Constituição: Conceito, objeto, elementos e classificações; supremacia da Constituição; aplicabilidade das normas constitucionais. Interpretação constitucional. Poder Constituinte: originário e derivado Controle de constitucionalidade: sistemas gerais e sistema brasileiro; Controle incidental ou concreto; Controle abstrato de constitucionalidade Ação Declaratória de Constitucionalidade; Ação Direta de Inconstitucionalidade; Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental; Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão; Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva; controle de constitucionalidade pelos tribunais de justiça 06/07 11/07 13/07 Sumário 1. Introdução PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CLASSIFICAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL CLASSIFICAÇÃO DA DOUTRINA LISTA DE EXERCÍCIOS COM COMENTÁRIOS GABARITO

5 1. Introdução 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (TÍTULO I) Nos quatro primeiros artigos da Constituição são estabelecidos a forma de Estado (federação), a forma de governo (república), o regime político (democrático, fundado na soberania popular), instituiu-se a garantia da separação dos Poderes e apresentaram-se os princípios fundamentais da Republica Federativa do Brasil. O art. 1º da Constituição Federal é bastante abrangente, traçando o modelo essencial do Estado e os fundamentos da sua existência, vejamos: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. O caput do referido artigo dispõe que a Forma de Estado da República Federativa do Brasil será de Estado Federal, a forma de governo será República, que está vedado o direito de secessão (possibilidade dos entes autônomos tentarem se dissociar) e que a República constitui-se Estado Democrático de Direito. É muito comum confundir os conceitos de forma de Estado, forma de governo e sistema de governo. O examinador sabe disse e costuma misturar tais conceitos, portanto vamos falar um pouco sobre esses conceitos. Quanto a forma de estado, para a doutrina clássica temos: Estado Unitário ou Simples e Estado Federado. Em linhas gerais, os Estados são considerados unitários quando tem um poder central que é a cúpula do poder político, e federados quando conjugam vários centros de poder político autônomo. Sobre o Estado Simples, Darcy Azambuja, em sua obra (Teoria Geral do Estado. Editora Globo, 2001), expõe: 5

6 ... Estado simples é aquele em que somente existe um Poder legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais, com sede na Capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território, são delegações do Poder Central, tiram dele a sua força. É ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições. O Poder Legislativo de um Estado Simples é único, não existindo nenhum outro órgão com atribuições de fazer leis, nesta ou naquela parte do território. Cabe registrar, entretanto, que embora a centralização e a unicidade sejam os traços marcantes do Estado simples, deve ser ressaltada a possibilidade de haver descentralizações administrativas dentro dessa forma de organização. O Estado simples, quanto à organização administrativa, pode ser tanto centralizado como descentralizado. Todavia, Estados totalmente centralizados somente são viáveis quando se tratam de países de proporções territoriais muito pequenas e com uma população diminuta. Apenas sob essas condições, um Governo poderia concentrar todos os poderes estatais e atividades relativas à administração pública. Características tais como uma grande extensão territorial, uma população numerosa, diversidade de etnias, geram uma complexidade administrativa, que demanda uma descentralização em unidades subgovernamentais. Quanto à forma de governo, de acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo Descomplicado. Impetus pág. 13): O conceito de forma de governo está relacionado com a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos do Chefe do Executivo, teremos a República; caso estejamos diante de um governo caracterizado por sua hereditariedade e vitaliciedade, teremos a Monarquia. Destaque-se, ainda, que em uma República, o governante tem o dever de prestar contas (responsabilidade dos governantes) enquanto na Monarquia, não há esse dever (irresponsabilidade dos governantes). Sobre o Sistema de Governo, de acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo Descomplicado. Impetus pág. 12): A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais consubstancia outro importante aspecto da organização estatal. A depender do modo como se estabelece esse relacionamento, se há uma maior independência ou maior colaboração entre 6

7 eles, teremos dois sistemas (ou regimes) de governo: o sistema presidencialista e o sistema parlamentarista. O Brasil adota o sistema presidencialista. Peço licença para falar um pouco sobre o uso de mnemônicos, que são um conjunto de técnicas usadas para ajudar no processo de memorização. Consiste na elaboração de suportes como os esquemas, gráficos, símbolos, palavras ou frases relacionadas com o assunto que se pretende memorizar. Recorrer a esses suportes pode promover uma rápida associação e permitir uma melhor assimilação do conteúdo. Está comprovado que a memória humana armazena informações com mais facilidade quando estas são associadas a sequências organizadas e simples que vão auxiliar a gravar eficazmente os dados. Os mnemônicos podem ser criados livremente, desde que façam algum sentido para quem memoriza. Sempre fui adepto de sua utilização e ao longo do curso vou apresentar alguns mnemônicos. Eis os primeiros: FOrma de ESTado FEDEração (forest (floresta em inglês); fede (uma floresta pantanosa e mal cheirosa) FOrma de GoverNO REPública (fogo no rep; eu sei que o ritmo musical rap se escreve com a letra a, mas os mnemônicos nem sempre são perfeitos!) SIstema de GOverno PRESIDENcialismo (cada um escolhe o presidente que quiser seguir, temos pra todo gosto: Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma ou Temmer!) REgime de GOverno DEMOCRÁTICO (sem comentários!) O que importa é que você nunca mais irá confundir esses conceitos! Com o Estado de Direito, instala-se o império da lei, ou seja, o governante não tem mais o poder absoluto, podendo impor sua vontade aos seus súditos, sem qualquer limitação institucional, como era na época do Absolutismo. Ocorre que o decorrer da História mostrou que isto não era suficiente, pois a aplicação de forma indevida do princípio da legalidade restringiu a validade da lei aos seus aspectos meramente formais, permitindo a imposição de qualquer norma jurídica desde que fosse observado o procedimento próprio para sua instituição. Não se assegurava, portanto, a legitimidade da norma. 7

8 Em função disto o Estado de Direito evoluiu para o Estado Democrático de Direito, no qual se considera a lei não só pelo ângulo formal, mas também pelo material, reconhecendo-se a legitimidade tão-somente daquelas que apresentarem conteúdo democrático, em conformidade com os interesses e as aspirações do povo. 1.2 FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Os ALICERCES da CF/88 são os FUNDAMENTOS (art. 1º CF/88). Macete! SO - CI - DI - VALI - PLU I - SOberania; II - CIdadania; III - DIgnidade da pessoa humana; IV - VAlores sociais do trabalho e da LIvre iniciativa; V - PLUralismo político. SOBERANIA Nas palavras de André Ramos Tavares, soberania é: Um poder político supremo e independente, entendendo-se por poder supremo aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem interna e por poder independente aquele que, na sociedade internacional, não tem que acatar regras que não sejam voluntariamente aceitas e está em pé de igualdade com os poderes supremos de outros povos. Este é o conceito tradicional de soberania. Entretanto, alguns autores defendem que a soberania a que se refere o texto é a soberania popular, ou seja, o reconhecimento de que todo o poder emana do povo. Tal entendimento está de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 1º da CF/88. CIDADANIA A cidadania consiste na participação política, ou seja, cidadão é aquele que detém capacidade eleitoral, o poder de votar. Além de outras prerrogativas previstas na lei e na Constituição (exemplos: propor ação popular, apresentar projetos de lei, etc.) 8

9 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA A razão de ser de nosso Estado se funda na pessoa humana. Sendo assim, o valor do indivíduo, enquanto ser humano, prevalece sobre os demais (exemplos: direitos dos presos, proteção aos deficientes e idosos, etc.). A proteção da dignidade da pessoa humana pelas constituições, principalmente nos países ocidentais ganhou grande impulso após a segunda guerra mundial, como forma de reação às práticas nazistas e fascistas. VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA A garantia de proteção ao trabalho não engloba apenas o trabalhador subordinado, mas também o autônomo e o empregador. A livre iniciativa é fundamento que busca proteger o empreendedor. Os monopólios são exemplo de fenômeno contrário a este fundamento da República. Além disto, é um princípio básico do liberalismo econômico, que deixa claro a opção do constituinte por um Estado obrigatoriamente capitalista. PLURALISMO POLÍTICO Decorre do princípio democrático e impõe a opção por uma sociedade plural. É garantia da liberdade de convicção filosófica e política e, também, a possibilidade de organização e participação em partidos políticos.ressalte-se, todavia, que pluralismo político não se confunde com pluripartidarismo, que é apenas uma das espécies de sua manifestação. 1.3 OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Os TIJOLOS da CF são os OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º CF): Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II - GArantir o desenvolvimento nacional; III - ERradicar a pobreza e a marginalização e REduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 9

10 Macete! CO - GA - ERRE - PRO Os verbos no infinitivo construir, garantir, erradicar, reduzir e promover impõem ao Estado a efetivação de políticas necessárias para a sua implementação. Muitos autores consideram este dispositivo como tendo natureza programática. Desta forma, seus comandos não constituiriam um direito passível de invocação em caráter individual ou coletivo. Antes, estes dispositivos impõem objetivos que devem direcionar a conduta do Estado. 1.4 PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - INdependência nacional; II - PREvalência dos direitos humanos; III - Autodeterminação dos povos; IV - NÃO-intervenção; V - Igualdade entre os Estados; VI - DEfesa da paz; VII - Solução pacífica dos conflitos; VIII - REpúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - COoperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - COncessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Macete! A - IN - DE NÃO COm - PRE - I RE - CO - S Tanto o princípio da não intervenção quanto o da autodeterminação dos povos tem origem no reconhecimento da igualdade entre os Estados, que por sua vez está relacionado ao princípio da independência nacional. 10

11 Cabe registrar que segundo o próprio STF não há princípios absolutos. Logo, casos de flagrante desrespeito aos direitos humanos podem levar o Brasil a apoiar a interferência em outros Estados. Vinculados ao princípio da prevalência dos direitos humanos estão o repúdio ao terrorismo e ao racismo, bem como a concessão de asilo político. Asilo político consiste no acolhimento de estrangeiro em função de perseguição sofrida por seu próprio país ou por um terceiro país. Os crimes cometidos pelo estrangeiro não devem configurar delitos do direito penal comum. Sobre a concessão de asilo político, cabe registrar, a título de exemplo o interessante caso do senador boliviano Roger Pinto Molina que, em 28 de maio de 2012, refugiou-se na sede da missão diplomática brasileira em La Paz. Entrou com um pedido de asilo ao governo brasileiro alegando perseguição política e permaneceu no prédio, para não ser preso pelas autoridades bolivianas. Após 15 meses de permanência de Molina como refugiado, o diplomata brasileiro Eduardo Saboia, responsável pela missão diplomática brasileira no país, tomou uma atitude arriscada e ousada. O senador boliviano foi retirado de La Paz em um automóvel da embaixada brasileira e levado, sob escolta de fuzileiros navais, até a cidade fronteiriça brasileira de Corumbá; onde foi recepcionado por agentes da Polícia Federal brasileira, que o colocaram num avião com destino a Brasília. A operação, levada a cabo contra o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), foi conduzida sem a autorização da presidente Dilma Rousseff. Em reação ao ocorrido, a presidente demitiu o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, por considerá-lo corresponsável pelo ocorrido. Quanto à defesa da paz e à solução pacífica dos conflitos, são princípios que se complementam. Finalizando o Título I da CF/88, vejamos o disposto no art. 2º: Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O princípio da separação dos poderes está consagrado na Constituição em seu art. 2º. A separação dos poderes consiste em atribuir cada uma das funções governamentais (legislativa, executiva e jurisdicional) a órgãos diferentes (Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, respectivamente). 11

12 Contrapõe-se à ideia de concentração de poderes, quando as funções são exercidas por um órgão apenas. Esse princípio, considerado um dogma constitucional pela Revolução Francesa, na voz de Montesquieu, tem sido cada vez mais flexibilizado no Direito Constitucional contemporâneo. Assim, a separação rígida, inicialmente defendida, é tida hoje como inadequada aos Estados Modernos. A ampliação das atividades do Estado impôs a necessidade de uma nova visão da separação dos poderes e novas formas de relacionamento entre os órgãos legislativo e executivo e destes com o Judiciário, desenvolvendo-se a ideia de colaboração e harmonia entre eles. O esquema rígido inicial, pelo qual uma dada função corresponderia a um único órgão, foi substituído por outro onde cada poder, de certa forma, exercita as três funções jurídicas do Estado: uma em caráter prevalente e as outras duas a título excepcional ou subsidiário. Atualmente os órgãos estatais não exercem simplesmente as funções próprias, mas desempenham também funções denominadas atípicas, quer dizer, próprias de outros órgãos. Sendo assim, na atualidade temos uma divisão flexível das funções entre os seus correspondentes órgãos. Por exemplo: tanto o Judiciário quanto o Legislativo exercem funções administrativas, quando, p. ex., contratam servidores, executam serviços etc. Por outro lado, o Executivo realiza tarefas típicas do Legislativo, como a edição de medidas provisórias (ato normativo com força de lei) e de leis delegadas, nos termos dos artigos 62 e 68 da Constituição Federal. Temos, ainda, na vigente Constituição, hipótese em que o Poder Legislativo realiza julgamento (impeachment do Presidente da República - art. 52, parágrafo único). São as chamadas exceções ao princípio da separação dos poderes. Por fim, cabe registrar que do princípio da separação dos poderes, decorreu o chamado sistema freios e contrapesos (checks and balances). Segundo esse sistema, os poderes, apesar de serem independentes, devem se contrabalancear para evitar excessos. Logo, cada poder deve exercer suas funções e, também fiscalizar e controlar os outros poderes. Assim, a Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram na atuação uns dos outros, para evitar abusos e excessos. 1.5 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (TÍTULO II CAPÍTULOS I e II DA CF/88) Os termos direitos fundamentais e direitos humanos são utilizados quase como sinônimos. 12

13 A expressão direitos fundamentais surgiu na França (1770) no movimento que deu origem à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). Embora não haja um consenso sobre a diferença entre direitos humanos e direitos fundamentais, pode-se dizer que ambos contemplam em planos diferentes os direitos relacionados à liberdade e à igualdade criados com o objetivo de proteger e promover a dignidade da pessoa humana. Geralmente, os direitos humanos constam dos tratados e convenções internacionais (plano internacional), enquanto que os direitos fundamentais estão consagrados e positivados na Constituição de cada país (plano interno). Os direitos fundamentais representam, via de regra, um direito subjetivo do indivíduo frente ao Estado (direito subjetivo é a prerrogativa do indivíduo invocar a norma jurídica na defesa de seu interesse, ou ainda, os direitos subjetivos encontram proteção na norma, do Direito Objetivo. É este que os garante, ou seja, é o Direito Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos). As constituições modernas ao colocarem os direitos fundamentais em posição de destaque passaram a considerar o homem como núcleo da titularidade dos direitos constitucionais (a Constituição de 1967 tratava da Declaração de Direitos a partir do art. 140). Por isso, pelo menos parte dos direitos fundamentais são hoje considerados cláusulas pétreas pela maioria das Constituições do mundo. Alguns autores tratam direitos e garantias fundamentais como expressões sinônimas. Mas não são propriamente sinônimos, direito é uma norma de conteúdo declaratório, é uma norma que declara a existência de um interesse, de uma vantagem. Ex: direito à vida, à propriedade. Enquanto que garantia é uma norma de conteúdo assecuratório, que serve para assegurar o direito declarado. Ex: Habeas Corpus que serve para tutelar o direito de liberdade de locomoção. 1.6 CLASSIFICAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A própria Constituição Federal/88 classifica os direitos fundamentais, dividindo o Título II em 05 (cinco) capítulos: - direitos individuais e coletivos (art. 5º); 13

14 - direitos sociais (arts. 6º a 11); - nacionalidade (arts. 12 e 13) - direitos políticos (arts. 14 a 16) - partidos políticos (art. 17) O 2º do art. 5º da CF/88 dispõe o seguinte: 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Os direitos fundamentais não devem ser tomados como normas absolutas, haja vista que poderão ter aplicação relativa na medida em que se compatibilizam com outros direitos fundamentais. A doutrina discute se os direitos fundamentais como um todo estão inseridos entre as cláusulas pétreas, uma vez que o art. 60, 4º, inc. IV, da CF/88, arrola entre as cláusulas pétreas os direitos e garantias individuais. O STF, quando declarou que gozava dessa proteção o princípio da anterioridade tributária, assentou que a expressão direitos e garantias individuais engloba não apenas os direitos e garantias inscritos no art. 5 da CF/88, podendo atingir direitos e garantias contemplados em outros dispositivos do texto constitucional. Com isto, o fato de os direitos fundamentais estarem contemplados em diversos artigos da Constituição não impede que a eles se reconheça a condição de cláusula pétrea. Boa parte da doutrina é favorável à tese de que os direitos fundamentais e não apenas os direitos e garantidas individuais gozam de proteção constitucional na condição de cláusula pétrea. O STF, entretanto, ainda não se pronunciou acerca do enquadramento dos direitos fundamentais como um todo, ainda que de caráter individual, na previsão do art. 60, 4º, IV, da CF/88, de modo que a questão ainda não admite conclusão definitiva. 1.7 CLASSIFICAÇÃO DA DOUTRINA Os direitos fundamentais são tradicionalmente classificados: - Direitos de 1ª geração ou dimensão (liberdades clássicas - direitos civis e políticos) - Direitos de 2ª geração ou dimensão (direitos sociais) - Direitos de 3ª geração ou dimensão (direitos coletivos e difusos) 14

15 Os direitos de primeira geração visam dar ao homem o direito à liberdade na vida civil e política do Estado. São os direitos e garantias individuais clássicos (direitos civis e políticos). Eles vieram para proteger o cidadão frente ao próprio Estado. Um dos primeiros documentos que consolidam uma restrição ao poder do soberano perante seus súditos é a Magna Carta, conquistada pelos barões ingleses, auxiliados pelo arcebispo de Canterbury, junto ao rei João Sem Terra, em 15 de junho de Tem-se, aqui, uma expressão inicial do ímpeto que mais tarde moveria revolucionários contra os desmedidos privilégios e atitudes do soberano. Garante a Magna Carta os direitos individuais dos nobres detentores de fortuna e propriedades face ao Poder Público. Dentre as especificações de tal documento consta de seu artigo 39 a cláusula do law of the lands, onde se institui que nenhum homem livre será detido ou sujeito a prisão, ou privado de seus bens, ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós não procederemos nem mandaremos proceder contra ele, senão mediante um julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com as leis do país. Desta forma, os direitos pertinentes aos barões ingleses apenas poderiam ser restringidos mediante a observação da lei do país, da lei da terra. Os direitos de segunda geração englobam os direitos sociais, econômicos e culturais. Esses direitos foram reconhecidos no início do século, especialmente com o surgimento dos direitos sociais (direito ao trabalho, previdência social, amparo à doença etc.). Os direitos de terceira geração relacionam-se ao princípio da fraternidade, visando a proteger a coletividade, a todo o gênero humano, de modo indeterminado, e não especificamente os interesses de um indivíduo identificado. Representam uma preocupação com as gerações humanas, presentes ou futuras, que têm direito à proteção da integridade dos bens de uso comum do povo. São exemplos de direitos fundamentais de terceira geração: o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, ao patrimônio comum da humanidade, à comunicação, à paz, ao progresso etc. Macete! LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE 15

16 Os direitos de primeira, segunda e terceira gerações realçam os ideais clássicos da Revolução Francesa: liberdade (primeira geração), igualdade (segunda geração) e fraternidade (terceira geração). Novos desafios e problemas demandam uma nova geração de direitos nos tempos atuais. Seria uma 4a geração ou dimensão de direitos, que ainda não é um consenso. Alguns autores afirmam que a 4ª geração de direitos abrange o direito à democracia, ao pluralismo e à informação. Outros destacam os direitos ligados à bioética e aos avanços científicos, especialmente na área da genética, e também os direitos ligados à informática. De qualquer forma, a quarta (e, para alguns, até mesmo uma quinta (direito a paz)) geração de direitos fundamentais ainda não é uma unanimidade. 1.8 LISTA DE EXERCÍCIOS COM COMENTÁRIOS: 01) (CESPE/ TCE-PB/ Agente de Documentação /2018) De acordo com os princípios fundamentais estabelecidos na CF, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as formas de Estado e de governo adotadas no Brasil. a) Federação e República b) Federação e presidencialismo c) presidencialismo e República d) República e Federação e) República e presidencialismo Comentários: A forma de Estado adotada pela República Federativa do Brasil é a federação; a forma de governo é a República e o sistema de governo é o presidencialismo. Usando os mnemônicos não tem como errar, né! FOrma de ESTado FEDEração - forest (floresta em inglês); fede (uma floresta pantanosa e mal cheirosa) FOrma de GoverNO REPública - fogo no rep; 16

17 SIstema de Governo PRESIDENcialismo - REgime de Governo DEMOCRÁTICO Gabarito: letra a 02) (FEPESE/PC-SC/Agente de Polícia Civil/2017) Com base na Constituição Federal, a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 1. a autonomia. 2. a cidadania. 3. a dignidade da pessoa humana. 4. o pluralismo político. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. Comentários: O art. 1 o da Constituição Federal dispõe: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; 17

18 III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Usando o mnemônico não tem como errar os fundamentos da RFB: SO - CI - DI - VA - PLU Gabarito: letra d 03) (PR-4 UFRJ/UFRJ/Assistente de Alunos/2017) O título I da Constituição brasileira de 1988, composto por quatro artigos, é dedicado aos princípios fundamentais do Estado brasileiro. O nosso constituinte utilizou essa expressão genérica para traduzir a ideia de que nesses primeiros quatro artigos já se estabelecem a forma do nosso Estado e de seu governo, proclama-se o regime político democrático fundado na soberania popular e institui a garantia da separação de funções entre os poderes. Também neles encontram-se os valores e os fins mais gerais orientadores de nosso ordenamento constitucional, funcionando como diretrizes para todos os órgãos mediante os quais atuam os poderes constituídos. (Paulo e Alexandrino, 2008, p. 83). Nos termos da Constituição Federal de 1988, sobre os princípios fundamentais, é correto afirmar que: a) são poderes da União, dependentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. b) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da proibição de asilo político. c) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da intervenção. d) a República Federativa do Brasil tem como fundamento o pluralismo político. 18

19 e) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalidade e reduzir somente as desigualdades regionais. Comentários: Vamos ver o erro de cada uma das assertivas: a) são poderes da União, dependentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. ERRADA CF/88, art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. b) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da proibição de asilo político. ERRADA A - IN DE NÃO COm - PRE I RE - CO - S CF/88, art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: ; X - concessão de asilo político. c) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da intervenção. ERRADA. A - IN DE NÃO COm - PRE I RE - CO - S Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios IV - não-intervenção; d) a República Federativa do Brasil tem como fundamento o pluralismo político. CORRETA. SO - CI - DI - VA - PLU 19

20 CF/88, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: V - o pluralismo político e) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalidade e reduzir somente as desigualdades regionais ERRADA CO - GA - ERRE - PRO Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; Gabarito: letra d 04) (IESES/IGP-SC/Perito Criminal Geral/2017) Conforme prevê a Constituição Federal, é correto afirmar: a) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. b) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; a prevalência dos direitos humanos; a dignidade da pessoa humana; a solução pacífica dos conflitos; o pluralismo político. c) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios da soberania; da prevalência dos direitos humanos; da dignidade da pessoa humana; dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; da defesa da paz. d) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; a defesa da dignidade da 20

21 pessoa humana; dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; a defesa da paz. Comentários: a) CERTA É exatamente o que diz o art. 1 o da CF/88: CF/88, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. b) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; a prevalência dos direitos humanos; a dignidade da pessoa humana; a solução pacífica dos conflitos; o pluralismo político. ERRADA Os objetivos fundamentais estão no art. 3 o da CF/88: CO - GA - ERRE - PRO 21

22 Prevalência dos direitos humanos e solução pacífica dos conflitos são princípios que regem as relações internacionais (art. 4 o CF). Dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos (art. 1 o CF). c) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios da soberania; da prevalência dos direitos humanos; da dignidade da pessoa humana ; dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; da defesa da paz. ERRADA Os princípios que regem República Federativa do Brasil nas relações internacionais estão no art. 4 o da CF/88: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - INdependência nacional; II - PREvalência dos direitos humanos; III - Autodeterminação dos povos; IV - Não-intervenção; V - Igualdade entre os Estados; VI - DEfesa da paz; VII - Solução pacífica dos conflitos; VIII - REpúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - COoperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - COncessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. A - IN DE NÃO COm - PRE I RE - CO - S 22

23 Soberania, dignidade da pessoa humana e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos (art. 1 o CF). d) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; a defesa da dignidade da pessoa humana; dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; a defesa da paz. ERRADA Os objetivos fundamentais estão no art. 3 o CF/88: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II - GArantir o desenvolvimento nacional; III - ERradicar a pobreza e a marginalização e REduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. CO - GA - ERRE - PRO Dignidade da pessoa humana e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos (art. 1 o CF). Defesa da paz é um princípio que rege as relações internacionais (art. 4 o CF). Gabarito: letra a 05 (CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia/2018) Acerca dos princípios fundamentais previstos na CF, julgue os itens a seguir. I O poder que emana do povo será exercido somente por meio de seus representantes eleitos. 23

24 II O Brasil rege-se, nas relações internacionais, pelos princípios da intervenção e da negativa de asilo político. III São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais. IV A República Federativa do Brasil visa à formação de uma comunidade latinoamericana de nações por meio da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina. Estão certos apenas os itens a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. Comentários: I) ERRADA O parágrafo único do art. l.º da CF/1988 diz que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Sendo assim, temos o modelo democrático semi-direto ou misto, no qual o povo exerce o poder por meio de representantes eleitos (forma indireta) ou diretamente (plebiscito; referendo; iniciativa popular, ação popular). II) ERRADA A não-intervenção e a concessão de asilo político são princípios que regem as relações internacionais (art. 4 da CF/88). III) CORRETA Um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previstos no inciso III do art. 3 o da CF/88, é "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais". 24

25 IV) CORRETA Ao lado dos princípios previstos no dez incisos do art. 4 o da CF/88, que regem as relações do Estado brasileiro na ordem internacional, o parágrafo único do art. 4 enuncia um objetivo a ser perseguido pelo Brasil no plano internacional: a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Gabarito: letra c 06) (CESPE/CGM de João Pessoa - PB/Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2 e 3/2018) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais e dos direitos fundamentais. Conforme a CF, o poder emana do povo e é exercido por meio de representantes eleitos, não havendo previsão do exercício do poder diretamente pelo povo. ( ) Certo ( ) Errado ERRADA. O princípio democrático é reforçado pelo parágrafo único do art.1º da CF/88, segundo o qual, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos da Constituição. No Brasil, existe uma democracia semidireta ou participativa, caracterizada pelo fato de que o povo, além de participar das decisões políticas por meio de seus representantes eleitos, também possui instrumentos de participação direta. Como formas de participação direta do povo na vida política do Brasil podemos citar o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular de leis e a ação popular. 07) (IBADE/IPERON RO/Analista em Previdência Auditor/2017) O direito de comunicação é um direito fundamental de: a) quinta geração. b) quarta geração. 25

26 c) primeira geração. d) segunda geração. e) terceira geração. Comentários: A 1ª geração de direitos fundamentais refere-se aos direitos civis e políticos, ligados à liberdade. Surgem com as reivindicações das revoluções liberais. Pretendia-se que a liberdade do indivíduo fosse assegurada em face do Estado. Estes direitos têm caráter eminentemente negativo, pois exigem uma abstenção por parte do Estado. Tais direitos são eminentemente individuais, oponíveis ao Estado. A 2ª geração dos direitos fundamentais está relacionada à igualdade substancial ou material e são frutos da Revolução Industrial. Os direitos de 2ª geração abrangem os direitos sociais, econômicos e culturais. Para que haja uma redução efetiva da desigualdade existente, esses direitos exigem prestações materiais por parte do Estado (esses direitos possuem um caráter positivo). Além disso, os direitos de segunda geração são direitos coletivos. Os direitos de 3ª geração estão ligados ao valor da fraternidade ou solidariedade. Direito ao desenvolvimento ou progresso (tanto do indivíduo quanto do Estado); autodeterminação dos povos (princípio que rege o Brasil nas suas relações internacionais); meio ambiente ecologicamente equilibrado; direito de comunicação e de propriedade sob o patrimônio comum da humanidade. Esse rol é apenas exemplificativo (há autores que acrescentam o direito dos idosos e das crianças, direitos do consumidor etc.). Os direitos de terceira geração são coletivos e difusos. Alguns autores afirmam que a 4ª geração de direitos abrange o direito à democracia, ao pluralismo e à informação. Outros destacam os direitos ligados à bioética e aos avanços científicos, especialmente na área da genética, e também os direitos ligados à informática. De qualquer forma, a quarta (e, para alguns, até mesmo uma quinta (direito à paz)) geração de direitos fundamentais ainda não é uma unanimidade. Gabarito: letra e 08) (CESPE/TRT - 7ª Região (CE)/Técnico Judiciário - Área Administrativa/2017) Quanto à geração ou à dimensão dos direitos fundamentais, os direitos sociais são considerados de a) quarta geração ou dimensão. b) primeira geração ou dimensão. 26

27 c) segunda geração ou dimensão. d) terceira geração ou dimensão. Comentários: Gabarito: letra c Vide comentário da questão 7. 09) (FAFIPA/Fundação Araucária PR/Advogado/2017) Conforme a teoria dos direitos fundamentais, assinale a alternativa CORRETA. a) Os direitos de primeira geração caracterizam-se por uma dimensão positiva ou liberdades positivas, exigindo uma prestação positiva por parte do Estado. b) Os direitos de primeira geração são considerados direitos de defesa, direitos do indivíduo frente ao Estado, caracterizando-se pela abstenção do Estado e por direito de liberdade do indivíduo. c) Os direitos de segunda geração são direitos de fraternidade ou solidariedade, tendo como objetivo a proteção da coletividade. d) Os direitos de terceira geração correspondem aos direitos civis e políticos, caracterizam-se por liberdades positivas, exigindo prestação positiva por parte do Estado. Comentários: Vide comentário da questão 7. Lema da Revolução Francesa: Liberdade (1ª) Igualdade (2ª) Fraternidade (3ª) 1ª Geração -> Liberdade -> DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS (ABSTENÇÃO DO ESTADO + CARÁTER NEGATIVO). 2ª Geração -> Igualdade -> DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS (ATUAÇÃO DO ESTADO + CARÁTER POSITIVO). 3ª Geração -> Fraternidade ou Solidariedade -> DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS. Gabarito: letra b 10) (FUNECE/UECE/Advogado/2017) É exemplo de direito fundamental individual de primeira dimensão arrolado no texto constitucional o direito à a) saúde. b) educação. 27

28 c) herança. d) moradia. Comentários: Os direitos de 1ª geração são direitos civis e políticos e são ligados ao valor liberdade. São tidos como direitos individuais com caráter negativo, pois demandam uma abstenção do Estado. Exemplos: direito à liberdade, à propriedade, à herança. Os direitos de 2ª geração ou dimensão, são direitos sociais, econômicos e culturais, aí se enquadrando prestações como saúde, educação, lazer, moradia, assistência social, etc. São direitos de caráter prestacional. Gabarito: letra c 11. (FGV/Polícia Legislativa - Senado Federal/2009) Não é(são) fundamento(s) da República Federativa do Brasil: a) pluralismo político. b) dignidade da pessoa humana. c) valores sociais da livre iniciativa. d) divisão dos Poderes do Estado. e) valores sociais do trabalho. Comentários: A República Federativa do Brasil tem como fundamentos: SO - CI - DI - VA - PLU CF/88, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político 28

29 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Gabarito: letra d 12. (FGV/Técnico - TRE-PA/2011) A Constituição brasileira apresenta como seus fundamentos: a) o respeito à liberdade de qualquer cidadão de ser candidato a cargo político. b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da pessoa humana. c) a existência de partidos políticos que possam disputar eleições pelo critério majoritário. d) a construção de uma sociedade que valorize o capital intelectual do ser humano. e) a construção de uma sociedade que seja uniforme no que diz respeito à composição de sua população. Comentários: A República Federativa do Brasil tem como fundamentos: SO - CI - DI - VA - PLU CF/88, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 29

30 Gabarito: letra b 13. (FGV/Analista - MEC/2009) Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, constantes da Constituição Federal/88, não se inclui: a) promover o bem do todos. b) erradicar a marginalização. c) reduzir as desigualdades sociais. d) priorizar o desenvolvimento das regiões rurais. e) construir uma sociedade livre, justa o solidária. Comentários: Os OBJETIVOS FUNDAMENTAIS estão no art. 3º da CF/88: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II - GArantir o desenvolvimento nacional; III - ERradicar a pobreza e a marginalização e REduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Macete! CO - GA - ERRE - PRO Assim, o erro encontra-se na letra D. Gabarito: letra d 14 (FGV/Documentador-MEC/2009) Analise as afirmativas a seguir: I. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 3. da Constituição, uma sociedade livre, justa o solidária: garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização o reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. II São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público. 30

31 III. A Constituição prevê expressamente que a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Assinale: a) se nenhuma alternativa estiver correta. b) se todas as alternativas estiverem corretas. c) se apenas as alternativas I e II estiverem corretas. d) se apenas as alternativas II e III estiverem corretas. e) se apenas as alternativas I e III estiverem corretas. Comentários: I - Correto. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II - GArantir o desenvolvimento nacional; III - ERradicar a pobreza e a marginalização e REduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Macete! CO - GA - ERRE - PRO II - Errado. A Constituição de 1988 adotou a divisão tripartite de poderes, elencando apenas 3 poderes: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Embora o Ministério Público seja um órgão de extração constitucional dotado de grande autonomia, considerada por alguns como um quarto Poder, assim não o tratou a Constituição Federal em seu art. 2.. III - Correto. De acordo com a doutrina é um objetivo da República Federativa do Brasil no plano internacional, encontrado expressamente na Constituição, em seu art. 4., parágrafo único, que diz: 31

32 Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Gabarito: letra e 15 (FGV/ACI-SAD-PE/2009) A respeito dos princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais, tal como disposto no art. 4. da Constituição, assinale a afirmativa incorreta. a) Repúdio ao terrorismo e ao racismo. b) Não concessão de asilo político. c) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. d) Independência nacional. e) Não intervenção. Comentários: O art. 4 o da CF/88 dispõe: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - INdependência nacional; II - PREvalência dos direitos humanos; III - Autodeterminação dos povos; IV - NÃO-intervenção; V - Igualdade entre os Estados; VI - DEfesa da paz; VII - Solução pacífica dos conflitos; VIII - REpúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - COoperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - COncessão de asilo político. Logo, a letra b está errada, por trazer NÃO concessão de asilo político, quando o correto é justamente o contrário. Gabarito: letra b 32

33 16 (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo como: a) sistema. b) forma. c) regime. d) paradigma. e) modelo. Lembram que eu disse que as bancas examinadoras gostam de cobrar o nome dos institutos escolhidos para a organização do Estado ou o conceito de cada um destes institutos e de misturar tudo!. Pois é, mas usando esses mnemônicos você nunca mais irá confundir esses conceitos! FOrma de ESTado FEDEração (forest (floresta em inglês); fede (uma floresta pantanosa e mal cheirosa) FOrma de GoverNO REPública (fogo no rep; eu sei que o ritmo musical rap se escreve com a letra a, mas os mnemônicos nem sempre são perfeitos!) SIstema de GOverno PRESIDENcialismo (cada um escolhe o presidente que quiser seguir, temos pra todo gosto: Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma ou Temmer!) REgime de GOverno DEMOCRÁTICO (sem comentários!) Logo nossa forma de Governo é a República. Gabarito: letra b 17) (FCC TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) No que concerne à organização dos Poderes da União, é correto afirmar, com base na Constituição Federal, que a) o Judiciário é hierarquicamente superior ao Executivo e ao Legislativo, na medida em que àquele incumbe decisão final sobre a constitucionalidade das normas vigentes. 33

34 b) são independentes e harmônicos entre si, impondo-se influências e limitações recíprocas que se prestam à limitação do poder estatal. c) o Executivo é hierarquicamente superior ao Legislativo, na medida em lhe é autorizado legislar por meio de medidas provisórias. d) o Legislativo é hierarquicamente superior ao Executivo, na medida em que pode derrubar o veto do Chefe do Executivo a determinada lei, tornando-a vigente. e) são independentes e harmônicos, não se relacionando entre si, devendo eventual conflito ser dirimido por organismo supranacional. Não há hierarquia entre os Poderes da União, eles são independentes e harmônicos entre si, conforme o disposto no art. 2º da Constituição Federal: Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. E segundo o sistema de freios e contrapesos, os poderes, apesar de serem independentes, devem se contrabalancear para evitar excessos. Logo, cada poder deve exercer suas funções e, também fiscalizar e controlar os outros poderes, impondo-se influências e limitações recíprocas que se prestam à limitação do poder estatal. Gabarito: letra b 18) (FCC TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário) NÃO constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, previsto expressamente na Constituição Federal, a) construir uma sociedade livre, justa e solidária. b) garantir o desenvolvimento nacional. c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. d) captar tributos mediante fiscalização da Receita Federal. e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Comentários: Os OBJETIVOS FUNDAMENTAIS estão no art. 3º da CF/88: 34

35 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II - GArantir o desenvolvimento nacional; III - ERradicar a pobreza e a marginalização e REduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Macete! CO - GA - ERRE - PRO Assim, o erro encontra-se na letra D. Gabarito: letra d 19. (FCC TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Quanto às relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira de 1988, pelo princípio a) do juiz natural. b) do efeito mediato. c) da sucumbência. d) da igualdade entre os Estados. e) da concentração. Comentários: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - INdependência nacional; II - PREvalência dos direitos humanos; III - Autodeterminação dos povos; IV - NÃO-intervenção; V - Igualdade entre os Estados; VI - DEfesa da paz; VII - Solução pacífica dos conflitos; VIII - REpúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - COoperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - COncessão de asilo político. Assim, a única opção é a letra D. Gabarito: letra d 35

36 20) (FCC/Defensor-DP-SP/2009) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional. Comentários: ERRADA O princípio da separação dos poderes está consagrado na Constituição em seu art. 2º. A separação dos poderes consiste em atribuir cada uma das funções governamentais (legislativa, executiva e jurisdicional) a órgãos diferentes (Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, respectivamente). Esse princípio tem sido cada vez mais flexibilizado no Direito Constitucional contemporâneo. Assim, a separação rígida, inicialmente defendida, é tida hoje como inadequada aos Estados Modernos. A ampliação das atividades do Estado impôs a necessidade de uma nova visão da separação dos poderes e novas formas de relacionamento entre os órgãos legislativo e executivo e destes com o Judiciário, desenvolvendo-se a ideia de colaboração e harmonia entre eles. O esquema rígido inicial, pelo qual uma dada função corresponderia a um único órgão, foi substituído por outro onde cada poder, de certa forma, exercita as três funções jurídicas do Estado: uma em caráter prevalente e as outras duas a título excepcional ou subsidiário. Atualmente os órgãos estatais não exercem simplesmente as funções próprias, mas desempenham também funções denominadas atípicas, quer dizer, próprias de outros órgãos. Enfim, na atualidade temos uma divisão flexível das funções entre os seus correspondentes órgãos. Por exemplo: tanto o Judiciário quanto o Legislativo exercem funções administrativas, quando, p. ex., contratam servidores, executam serviços etc. Por outro lado, o Executivo realiza tarefas típicas do Legislativo, como a edição de medidas provisórias (ato normativo com força de lei) e de leis delegadas, nos termos dos artigos 62 e 68 da Constituição Federal. Temos, ainda, na vigente Constituição, hipótese em que o Poder Legislativo realiza julgamento (impeachment do Presidente da República - art. 52, parágrafo único). São as chamadas exceções ao princípio da separação dos poderes. 36

37 1.9 GABARITO 1. A 2. D 3. D 4. A 5. C 6. ERRADA 7. E 8. C 9. B 10. C 11. D 12. B 13. D 14. E 15. B 16. B 17. B 18. D 19. D 20. ERRADA 37

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