6. MODELAGEM FINAL E INTERPRETAÇÃO
|
|
- Yan Rocha Oliveira
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 6. MODELAGEM FINAL E INTERPRETAÇÃO 6.1 Introdução Os problemas de propagação de ondas desempenham um papel importante em vários ramos da Geofísica, entre os quais está o método de investigação do campo das ondas elásticas dentro da crosta e do manto superior da Terra, cuja estrutura é muito complicada. Em muitas regiões a velocidade das ondas sísmicas muda consideravelmente em todas as direções, regiões estas que são de grande interesse para estudos contemporâneos de Geodinâmica. Além disso, existem descontinuidades estruturais nas camadas mais superficiais da Terra que apresentam formas geométricas e propriedades físicas das mais complicadas. Para estudar a propagação das ondas elásticas em estruturas complicadas podem ser utilizados métodos analíticos de aproximação, tais como o método do raio. Nas aplicações sismológicas este método foi utilizado inicialmente para investigar principalmente a estrutura interna da Terra a partir das curvas de tempos de percurso das body waves e para calcular raios e tempos de percurso teóricos, em vários tipos de meio, para, finalmente, compará-los com os dados observados. Uma das limitações na aplicação do método do raio é que dá resultados aproximados, mesmo assim é o método que permite obter respostas aproximadas para muitos problemas da propagação das ondas sísmicas de volume em meios com modelos complicados. A grande utilidade do método de raio e, conjuntamente, do pacote SEIS, é possibilitar a modelagem de meios lateralmente heterogêneos com interfaces curvas.
2 6.2 O Pacote SEIS O pacote SEIS consiste em uma série de programas que auxiliam na modelagem numérica de um campo de ondas sísmicas em estruturas de camadas em duas dimensões, através do método de propagação de raios e da elaboração de sismogramas sintéticos, que foi originalmente elaborado na Charles University, Praga- Rep. Tcheca. (Cerveny & Psencik, 1988). Este pacote possui os programas fontes abertos dando possibilidade de qualquer pesquisador alterá-los de acordo com as suas necessidades, desse modo, com o passar dos anos é possível encontrar várias versões desse pacote. O pacote SEIS é constituído de seis programas. O programa principal SEIS88, calcula as trajetórias dos raios, a partir de um modelo inicial, com seus respectivos tempos de percurso e as amplitudes para a construção dos sismogramas sintéticos. Os programas RAYPLOT, SYNTPL e SEISPLOT são utilizados para construir os gráficos dos dados calculados no SEIS88, ou seja, eles permitem principalmente a visualização dos modelos com o traçado de raios, as curvas caminho-tempo e os sismogramas sintéticos. Estes programas possibilitam a utilização da escala de tempo em tempo reduzido (Seção 2.5.1). Finalmente, os programas SMOOTH e POLARPLOT tem por finalidade auxiliar na construção de modelos de velocidade e para construir o diagrama de movimento de uma partícula, respectivamente. Para cada programa é necessário criar um arquivo de entrada. Nestes arquivos de entrada são colocadas as informações básicas como o modelo estrutural, grade de velocidades, posições dos registradores, escalas de tempo e de distância para os gráficos dos modelos, densidade do meio e fator de qualidade, entre as principais. Todos estes dados são colocados em arquivos formato ASCII, 69
3 estruturados para que o pacote localize em cada posição do arquivo os valores que deverão ser utilizados para determinado processamento. Um ponto positivo do pacote de programas SEIS é que ele proporciona o processamento de modelos relativamente complicados. Permite a elaboração de modelos com interfaces inclinadas e curvas, regiões em forma de lente, camadas com quinas, além de poder considerar gradientes verticais e variações laterais de velocidades. A limitação numérica do programa, no caso da grade de velocidades é de 1000 pontos para todas as camadas, consideradas no modelo, o que é suficiente para descrever uma estrutura complexa. O traçado de raios, que está limitado a 400 pontos por raio, e o número total de estações de registro que está limitado a 99 posições. O limite de 400 pontos força-nos, algumas vezes, a reduzir a precisão do traçado do raio (curvatura) ou ampliar o círculo de precisão de chegada do raio em torno do registrador, para que haja uma convergência. O problema do número máximo de registradores pode ser contornado diminuindo-se o número de registradores concentrando-os nas regiões da maior interesse do modelo. No caso dos modelos das Seções 1 e 2, estes problemas não chegaram a afetar tanto, porque os raios tem uma distância menor para percorrer se comparados aos raios do modelo para uma seção com 300 km. No caso da seção de 300 km de extensão é necessário reduzir a amostragem dos raios e o número de posições de registro, pois no nosso caso, existem mais de 99 posições de registro e os raios percorrem trajetórias mais extensas. Os raios que excedem os 400 pontos são desconsiderados automaticamente. Outro ponto positivo deste pacote é a quantidade de documentos explicativos (manuais) que ele possui, dando respaldo para os iniciantes e para quem deseja alterar o seu código fonte. 70
4 Para determinar os raios que chegam aos registradores é utilizado o método de traçado de raios entre dois pontos (two-point ray tracing): o programa faz partir um raio da fonte sísmica até determinado registrador e depois, se o raio atingir um círculo ao redor do registrador com um diâmetro que é estipulado pelo usuário, faz o caminho de volta até a fonte. Desta forma, o programa vai gerando raios com distâncias próximas ao registrador até conseguir o raio mais próximo da posição do registrador. Este raio é armazenado em um arquivo. Se não é obtido êxito em um certo número de iterações (também determinado pelo usuário), ou se o raio passar de 400 pontos, esta posição de registrador é desconsiderada, então o programa não cria um raio para esta posição. O tempo de percurso para um determinado registrador é obtido através de uma interpolação linear entre os tempos de percurso dos raios mais próximos, em ambos os lados da posição do registrador em questão e é utilizada a amplitude do raio mais próximo. Quanto a distribuição de velocidades em cada camada, o pacote SEIS utiliza a aproximação bicubic spline interpolation, que é a mais utilizada neste tipo de modelamento. Esta aproximação consiste numa interpolação suave dos valores de velocidade na interface (as primeiras e segundas derivadas são contínuas). Este procedimento é utilizado quando é necessário efetuar uma interpolação em um intervalo razoavelmente grande, dividindo este intervalo em intervalos menores e utilizando polinômios de graus baixos (geralmente do 3º grau) para fazer a interpolação nestes intervalos menores. Finalmente, unem-se estes intervalos menores, cada uma com a sua interpolação, voltando a formar o intervalo original totalmente interpolado. Esse processo garante uma interpolação bem suave. O programa também possui em sua documentação uma tabela de código de erros que ocorrem com mais freqüência. Esta tabela é muito útil para direcionar a 71
5 construção dos arquivos de entrada no caminho certo, entretanto muitas mensagens não são diretas, por exemplo, se uma mensagem indica que o raio não consegue alcançar a superfície o problema pode estar no gradiente de velocidade escolhido, ou na posição da fonte, ou na escolha do intervalo dos ângulos dos raios que saem da fonte, ou seja, é exigido um conhecimento razoável da lógica do programa para identificar onde estariam as prováveis fontes de erro. Este pacote, possui a opção de gerar automaticamente ondas diretas e refletidas, do tipo P e/ou S. Também permite gerar manualmente ondas refletidas e as diving waves através de um código simples definido por seus programadores. Neste código indica-se o tipo de raio (refletido ou transmitido), o número de elementos que os raios terão e por quais camadas passarão. Os códigos que iniciam com 1 indicam reflexão e os que iniciam com 0 indicam transmissão, e o segundo algarismo indica o número de componentes que o raio possuirá. Por exemplo, o código , indica que o raio é refletido na segunda interface, tem quatro elementos e passará duas vezes pela primeira e duas vezes pela segunda camada. No caso das ondas refratadas, o código 0 1 1, indica que o raio será transmitido, que tem um elemento e que passará pela primeira camada e pelas seguintes camadas, dependendo da distância epicentral considerada, desse modo, o programa gerará todos os raios com estas características que o modelo permitir. Observando-se os exemplos de códigos de raios acima, pode-se perceber que no caso do código 0 1 1, é mencionado que o raio é transmitido e não refratado, o que significa que o programa não traça as refrações críticas seguindo as interfaces, mas sim uma sucessão de raios que mergulham e curvam-se em várias profundidades da mesma camada, devido ao gradiente de velocidade. Desse modo, o código acima (0 1 1) é suficiente para o programa traçar todas os raios 72
6 transmitidos possíveis para um determinado modelo, pois os raios iniciais (primeira camada) são transmitidos para as demais camadas e, de acordo com os gradientes, são curvados e redirecionados à superfície quando for o caso. Assim, ajustando-se o gradiente de velocidade para um valor adequado obtêm-se raios que simulam com precisão satisfatória as refrações críticas. Outra limitação do pacote SEIS é que não mostra nos gráficos caminhotempo, as curvas correspondentes as ondas refletidas em conjunto com as diving waves. As reflexões são mostradas somente nos sismogramas sintéticos. Além de utilizar o programa SEIS, foram utilizados também diversos pacotes de programas instalados nas estações de trabalho do Laboratório de Sismologia do IAG/USP, tais como: GMT, para a construção das seções sísmicas e traçado das curvas caminho-tempo teóricas nessas seções; XMGR, para visualizar o refinamento dos modelos e alguns scripts elaborados em Unix por diversos autores, que permitem transformar os arquivos do SAC em formato ASCII e utilizá-los no GMT. Todos estes pacotes acima citados são de grande auxílio no processo de modelagem, pois permitem uma visualização rápida dos traços em conjunto com as linhas correspondentes às velocidades sísmicas. 6.3 Modelagem dos Dados Iniciou-se com o programa SEIS dos dados relativos à Seção 1 (tiros direto e reverso). O primeiro modelo considerado foi o modelo refinado obtido preliminarmente com o programa TVEL. Desta vez, delimitou-se melhor a interface relativa à Bacia do Paraná, considerando camadas inclinadas, e utilizou-se um gradiente de velocidade mais realístico, 0.01km/s (Mooney et al., 1983), que o utilizado anteriormente no programa TVEL. A partir deste modelo começou-se o 73
7 aperfeiçoamento contínuo do modelo através da comparação entre os resultados teóricos, gerados do modelo, e os dados reais obtidos no campo. Para cada modelo (Seção 1) foram gerados o diagrama de raios, o gráfico com as curvas caminho-tempo e os sismogramas sintéticos para fazer a comparação com os dados reais. Como o programa SEIS88 salva em arquivos ASCII as tabelas para a construção do gráficos, fica facilitada a leitura dos tempos teóricos de chegada que o programa calculou para as fases principais. Desse modo, pode-se comparar os valores calculados com os tempos de chegada observados originais e ir modificando o modelo, sucessivamente. Os modelos finais conseguidos, utilizando o pacote SEIS, estão apresentados nas Figuras 6.1a e 6.1b, correspondentes, respectivamente, ao gráfico das curvas caminho-tempo e ao traçado de raios do tiro direto da Seção 1. Na Figura 6.2 se apresentam os sismogramas sintéticos correspondentes a esse tiro. Na Figura 6.3 são apresentados resultados semelhantes para a porção inicial da linha correspondente ao tiro direto. Os resultados correspondentes ao tiro reverso da Seção 1 são apresentados nas Figuras 6.4 e 6.5. Nas Figuras 6.6 e 6.7 são apresentados, respectivamente, os gráficos caminho-tempo/traçado de raios e os sismogramas sintéticos do tiro direto da Seção 2 (EX34-Ex37). O modelo apresentado nessas figuras foi extrapolado do tiro reverso da Seção 1 74
8 A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção 1- Tiro Direto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). B. Figura B) Traçado de Raios - Seção 1-TiroDireto - Modelo Final 75
9 Figura Sismogramas Sintéticos com ondas refratadas e refletidas - Seção 1-TiroDireto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). 76
10 A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção 1- Tiro Direto - Tempo Reduzido (Vred = 6km/s) B. Figura B) Traçado de Raios - Seção 1 (Região da Bacia do Paraná) - Tiro Direto 77
11 A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção 1- Tiro Reverso - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). B. Figura B) Traçado de Raios - Seção 1-TiroReverso - Modelo Final 78
12 Figura Sismogramas Sintéticos com ondas refratadas e refletidas - Seção 1-TiroReverso- Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). 79
13 A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção 2- Tiro Direto (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). B. Figura B) Traçado de Raios - Seção 2- Tiro Direto 80
14 Figura Sismogramas Sintéticos com ondas refratadas e refletidas - Seção 2-TiroDireto - (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). 81
15 Foi elaborado um modelo teórico preliminar para a linha sísmica integral entre as explosões EX31 e EX37, principalmente para ser utilizado como orientação na identificação de algumas reflexões de ângulo amplo de refletores mais profundos (20km e 40km), utilizando como base o modelo obtido na porção superficial da Seção 1 e complementado com dados da porção mais profunda da crosta publicados em trabalhos anteriores (Giese & Schutte, 1975; Pedreschi, 1989; Alarcon, 1989; Assumpção, 1994). Nos registros originais da linha L3 aparecem alguns sinais relativamente claros, com tempos superiores a 30 segundos e distâncias superiores a 150 km, sugerindo tratar-se de prováveis reflexões de camadas mais profundas. Através deste modelo preliminar tenta-se neste trabalho identificar essas prováveis reflexões. Os resultados correspondentes a este modelo são apresentados nas Figuras 6.8 (gráficos das curvas caminho-tempo e traçado de raios) e 6.9 (sismogramas sintéticos). Nas Figuras 6.10 e 6.11 pode-se observar as reflexões da camada cuja velocidade inicial é de 8 km/s (descontinuidade de Moho), que não aparece nas figuras anteriores por uma limitação numérica do programa. 6.4 Resultados Finais Seção 1 A Seção 1, de 150 km de extensão, entre os tiros EX31 e EX34, como foi dito anteriormente, é importante porque cruza a interface da Bacia do Paraná com a Faixa de Dobramentos Brasília. Durante o processo de modelagem e verificação dos traços iniciais das primeiras chegadas, foram observadas fases secundárias importantes que ajudaram a definir os parâmetros do modelo. Isso auxiliou na reformulação da grade de velocidades, tornando-a mais realística. 82
16 A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção Total - Tiro Direto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). B. Figura B) Traçado de Raios - Seção Total - Tiro Direto - Modelo Final 83
17 Figura Sismogramas Sintéticos - Seção Total (ref. Figura 6.8) - Tiro Direto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). 84
18 Reflexão MOHO A. Figura A) Curvas Caminho-Tempo - Seção Total - Tiro Direto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). B. MOHO Figura B) Traçado de Raios enfatizando a reflexão na descontinuidade de MOHO Seção Total - Tiro Direto - Modelo Final 85
19 Figura Sismogramas Sintéticos incluindo a reflexão na descontinuidade de MOHO - Seção Total - Tiro Direto - Modelo Final (Tempo Reduzido com Vred = 6km/s). 86
20 Os resultados apresentados nas Figuras 6.1 a 6.3 foram obtidos através de diversas tentativas de comparação entre os dados reais com os dados teóricos do modelo, até conseguir-se a melhor aproximação entre esses dados, como se mostra na Figura 6.12 (modelo final), que corresponde ao tiro direto da Seção 1. De forma semelhante, para o tiro reverso da Seção 1, os resultados apresentados nas Figuras 6.4 e 6.5 foram obtidos através das comparações como as mostradas na Figura 6.13 (modelo final). Esse procedimento tornou-se de grande utilidade para a conseguir o modelo final, considerando-se a qualidade pobre dos sinais desta linha de RSP. Os tempos de percurso teóricos, dos primeiros 60 km do tiro direto da Seção 1 mostrados na Figuras 6.3, concordam, em grande parte, com os tempos de percurso reais. Entretanto, não é possível identificar a reflexão da camada de baixa velocidade nos sismogramas registrados devido a sua proximidade com outras fases secundárias, apesar dessa camada ter sido incluída no modelo Seção 2 Nas Figuras 6.6 e 6.7 foram apresentados os resultados parciais do tiro direto da Seção 2. O modelo apresentado nessas figuras foi extrapolado do tiro reverso da Seção 1. Esse modelo não chegou a ser refinado, principalmente, devido a qualidade dos dados (Figura 5.3) ser inferior aos da Seção 1 (Figuras 5.1 e 5.2) Seção Total Para o modelo de 300 km de extensão não foram elaboradas grades de velocidades específicas. Foi utilizada a grade da Seção 1, extrapolando a penúltima 87
21 camada dessa grade e para as camadas mais profundas foram utilizados dados retirados de modelos existentes na literatura. Neste caso, da mesma forma que nas seções anteriores, os resultados mostrados nas Figuras 6.8 e 6.9 foram conseguidos de ajustes obtidos através de gráficos como o da Figura 6.14, que mostra o resultado final dessa seção. 6.5 Interpretação dos Resultados Os resultados obtidos para a Seção 1 não permitiram a elaboração de um modelo único representativo dessa seção. Isto foi devido a baixa qualidade dos sinais que não atingiram a extensão completa desta seção em ambos sentidos. Além disso, a presença da Bacia do Paraná num extremo desta seção dificultou o cálculo das profundidades devido a presença da camada de baixa velocidade sob a camada de basalto. Por este motivo o modelo final proposto para esta seção é apresentado, na Tabela 6.1, para os tiros direto e reverso. Tabela 6.1 Modelos finais para a Seção 1 (150km) Seção 1 Tiro Direto Seção 1 Tiro Reverso Camada Prof. (km) V (km/s) Camada Prof. (km) V (km/s) 1 0 2, ,0 2 0,086 5,15 2 0,060 5,69 3 0,350 4,60 3 0,860 6,25 4 0,650 5, ,5 6,7 5 4,00 6, ,5 8, ,00 6, ,00 8,00 88
22 Secao 1 - Tiro Direto 5 4 Tempo Reduzido (s) - [tr = t- X/6] Distancia (km) Figura Ajuste do modelo para Seção 1 (tiro direto) no programa XMGR.
23 Secao 1 - Tiro Reverso 5 4 Dados Lidos Curvas Teoricas Tempo Reduzido (s) - [tr = t- X/6] Distancia (km) Figura Ajuste do modelo para Seção 1 (tiro reverso) no programa XMGR.
24 Secao Total - Tiro Direto 5 4 Dados Lidos Curvas Teoricas 3 Tempo Reduzido (s) - [tr = t- X/6] Distancia (km) Figura Ajuste do modelo para Seção Total (tiro direto) no programa XMGR.
25 Na Tabela 6.1 as fases definidas com as primeiras chegadas estão diferenciadas das definidas com chegadas secundárias (sombreadas), em ambos os tiros. A Bacia do Paraná é a feição tectônica dominante na região do tiro direto da Seção 1. Ela está presente nos primeiros 125 km da porção superficial SW dessa seção, como pode ser observado na Figura 6.1, porém com mais detalhe na Figura 6.3. Os dados reais também mostram a presença dessa bacia, como se observa na Figura Na seção da Figura 6.16 aparece uma curva correspondente a reflexão no topo da camada de baixa velocidade, porém esta fase não foi identificada nos sismogramas reais. As seções das Figuras 6.15 e 6.16, em escala de tempo normal e reduzido, respectivamente, não mostram uma correlação clara entre os sinais registrados e as curvas caminho-tempo teóricas, devido a baixa qualidade dos dados como se explica anteriormente e a escala em que os dados são representados. Essa correlação pode ser observada no gráfico da Figura 6.12 que mostra as mesmas curvas caminho-tempo teóricas juntamente com as leituras das fases identificadas nos sismogramas reais. Os sismogramas sintéticos foram utilizados principalmente para identificar algumas fases através do tempo de percurso teórico das mesmas, no entanto eles também podem ser utilizados para correlacionar as amplitudes dos sismogramas sintéticos e as amplitudes das fases reais observadas. Nas Figuras 6.18 e 6.18 são apresentadas as seções em tempo normal e reduzido para o tiro reverso da Seção 1, respectivamente. Nestas seções observa-se a melhor qualidade dos sinais correspondentes a explosão EX34 que foi efetuada num poço perfurado numa rocha competente (granitóide da Formação Araxá), apesar de ter sido utilizada uma carga de 500 kg de explosivo, ou seja, a metade da carga utilizada na explosão EX31. Outro fator que pode ter influenciado na qualidade pobre dos sinais do tiro direto, além da falta de coesão no local do tiro, é a geologia da Bacia do Paraná que teria atenuado os sinais da carga de 1000 kg da explosão 92
26 EX31. O gráfico da Figura 6.13 também mostra uma correlação melhor entre os dados teóricos e reais do que os dados mostrados nas seções das Figuras 6.17 e O gráfico da Figura 6.13 apresenta algumas peculiaridades que podem corresponder a feições geológicas existentes em algumas porções desta seção. Por exemplo, o tiro reverso apresenta, em torno dos 25 km a partir da origem, uma distribuição de pontos formando uma curva com tempos de chegada mais rápidos que a velocidade sugerida pelos pontos anteriores e posteriores a essa porção da linha. Esta feição resultou na opção de uma velocidade média maior que a dos pontos extremos, que talvez não seja a mais apropriada para esta camada. Finalmente, a Seção Total (tiro direto) com dados da explosão EX31. Nas Figuras 6.19 e 6.20, são mostradas as seções com tempo normal e reduzido, respectivamente, juntamente com as curvas caminho-tempo teóricas correspondentes ao modelo apresentado na Tabela 6.1 (tiro direto). Na seção da Figura 6.19 foi possível observar algumas fases secundárias (prováveis reflexões) em torno dos 150 km e dos 200 km e outras mais que ajudaram a definir um modelo preliminar para a crosta sob a região de estudo. Estas fases podem ser verificadas no gráfico da Figura 6.14, o modelo é apresentado na Tabela 6.2. Tabela 6.2 Modelo final para a Seção Total Seção Total Tiro Direto Camada Prof. (km) V (km/s) 1 0 2,00 2 0,086 5,15 3 0,350 4,60 4 0,650 5,75 5 4,00 6, ,00 6, ,00 8,00 93
27 94 Tempo (s) SSR Distância (km) Figura Seção Sísmica referente ao tiro direto da Seção SSR SSR SSR
28 SSR1 032-SSR SSR SSR t - X/6 (s) Distância (km) Figura Seção Sísmica, em tempo reduzido, referente ao tiro direto da Seção 1.
29 96 Tempo (s) SSR1 056-SSR SSR SSR Distância (km) Figura Seção Sísmica referente ao tiro reverso da Seção
30 SSR1 056-SSR SSR SSR1 030-SSR SSR t - X/6 (s) Distância (km) Figura Seção Sísmica, em tempo reduzido, referente ao tiro reverso da Seção 1.
31 SSR SSR SSR1 058-SSR SSR SSR PRG PRG Tempo (s) Distância (km) Figura Seção Sísmica referente ao tiro direto da Seção Total.
32 SSR SSR SSR1 058-SSR SSR SSR PRG PRG t - X/6 (s) Distância (km) Figura Seção Sísmica, em tempo reduzido, referente ao tiro reverso da Seção Total.
3.1 Procedimentos e Características Básicas do Método de Refração Sísmica Profunda
22 3 Metodologia O método de refração sísmica profunda é amplamente utilizado desde a década de 1920. O primeiro trabalho utilizando este método, no Brasil, foi na década de 1970 por Giese (1975). Entretanto,
Leia maisFICHA (IN)FORMATIVA Nº 2 Biologia e Geologia Módulo 2
FICHA (IN)FORMATIVA Nº 2 Biologia e Geologia Módulo 2 Sismologia Sismo Abalo brusco da superfície da Terra provocado por uma súbita libertação de energia no seu interior. Os sismos tectónicos originam-se
Leia maisINF Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza
INF2608 - Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza Trabalho 02 Visualização de Imagens Sísmicas e Detecção Automática de Horizonte Resumo Este trabalho
Leia maisFICHA (IN)FORMATIVA Nº 2 Biologia e Geologia Módulo 2
FICHA (IN)FORMATIVA Nº 2 Biologia e Geologia Módulo 2 Sismologia Sismo Abalo brusco da superfície da Terra provocado por uma súbita libertação de energia no seu interior. Os sismos tectónicos originam-se
Leia maisA ESTRUTURA DA TERRA Título determinada pela sismologia
A ESTRUTURA DA TERRA Título determinada pela sismologia eder@iag.usp.br Prof. Eder C. Molina IAG Universidade de São Paulo Ondas Título sísmicas Os principais tipos de ondas sísmicas são ondas de compressão,
Leia mais5. ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS
5. ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS 5.1 Introdução Em experimentos de refração sísmica profunda, onde uma de suas características são linhas de grande extensão e um número relativamente grande de sismógrafos
Leia mais2 - Qual a onda de superfície mais rápida? Love ou Rayleigh? Como a onda de superfície pode auxiliar na estimativa da profundidade focal do evento?
Lista de Sismologia 1 - Defina onda de corpo e onda de superfície. Mostre os tipos. 2 - Qual a onda de superfície mais rápida? Love ou Rayleigh? Como a onda de superfície pode auxiliar na estimativa da
Leia maisSismologia Parte 2. Prof. George Sand França
Sismologia Parte 2 1 2 Estrutura Interna da Terra: Crosta continental e oceânica; Litosfera e astenosfera e Núcleo externo e núcleo interno; Estudo do interior da terra é feito de maneira indireta. A análise
Leia maisExploração Sísmica 22
Exploração Sísmica 22 2 Exploração Sísmica Neste capítulo são mostrados alguns pontos importantes na exploração sísmica para a área de petróleo, uma definição para dados sísmicos de reflexão e como são
Leia maisUma breve conversa sobre a disciplina Sísmica I Primeira Aula. Afonso E. V. Lopes & Marcelo Assumpção
Uma breve conversa sobre a disciplina Sísmica I Primeira Aula Afonso E. V. Lopes & Marcelo Assumpção Fevereiro de 2010 Sísmica I Um curso teórico ou prático? A maior parte do curso oferece ênfase aos conceitos
Leia maisA Terra estremece cerca de um milhão de vezes por ano
A Terra estremece cerca de um milhão de vezes por ano SISMO vibração das partículas dos materiais do globo terrestre originada pela libertação brusca de energia acumulada numa zona do interior da Terra,
Leia maisRelacionar o comportamento das ondas sísmicas com a existência de descontinuidades internas;
Relacionar o comportamento das ondas sísmicas com a existência de descontinuidades internas; Identificar descontinuidades Mohorovicic, descontinuidades Gutenberg e descontinuidades de Lehmann; Compreender
Leia maisREFRAÇÃO SÍSMICA PROFUNDA NO SETOR SUDESTE DA PROVÍNCIA TOCANTINS
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto Astronômico e Geofísico Departamento de Geofísica Dissertação de Mestrado REFRAÇÃO SÍSMICA PROFUNDA NO SETOR SUDESTE DA PROVÍNCIA TOCANTINS Fábio André Perosi Orientador:
Leia maisAula-00 (Introdução / Terremotos e Teoria do Rebote):
Roteiro de Estudo Neste roteiro vocês encontram mais de 100 perguntas que vocês devem estar tentando responder ao revisar o material apresentado em aula e mesmo as suas anotações para se prepararem para
Leia maisA área de estudo está localizada no campus da Universidade de São Paulo, na região
64 3.2 TESTES SOBRE DADOS REAIS 3.2.1 Área de estudo A área de estudo está localizada no campus da Universidade de São Paulo, na região centro-oeste da cidade de São Paulo-SP, na borda da Bacia Sedimentar
Leia maisAplicação do método de continuação de velocidade na análise da velocidade de migração Fernando A. S. Cezar 1 & Reynam C. Pestana 2
Aplicação do método de continuação de velocidade na análise da velocidade de migração Fernando A. S. Cezar 1 & Reynam C. Pestana 2 (1) fasc@cpgg.ufba.br (2) reynam@cpgg.ufba.br Centro de Pesquisa em Geofísica
Leia mais5. Coeficientes de Reflexão e Transmissão Incidência normal
Propagação de Ondas Sísmicas, AGG 0305, coefs_rt.doc 5. Coeficientes de Reflexão e Transmissão Incidência normal 5.1 Introdução Quando uma onda sísmica (com amplitude A o ) incide numa interface, parte
Leia maisLaboratório 3 Modelagem Numérica de Terreno
Introdução ao Geoprocessamento (SER-300) Docentes responsáveis: Antônio Miguel Vieira Monteiro e Claudio Barbosa Laboratório 3 Modelagem Numérica de Terreno Professor Responsável pelo Laboratório: Carlos
Leia mais5 Resultados Dados artificiais Convergência à mediana e à média com dados artificiais
5 Resultados Os resultados da aplicação do método proposto estão estruturados de forma a evidenciar: 1. A convergência numérica do algoritmo proposto nesta tese para a mediana e para a média de grupos
Leia maisCOMPREENDER A ESTRUTURA E A DINÂMICA DA GEOSFERA
Escola Secundária c/ 3º ciclo D. Manuel I Biologia Geologia (10º ano) COMPREENDER A ESTRUTURA E A DINÂMICA DA GEOSFERA ONDAS SÍSMICAS E DESCONTINUIDADES Quando um feixe luminoso passa de um meio (ar) para
Leia maisExemplo de modelagem sísmica dos modos PP e PS a partir de dados de poço e perfil litológico
Exemplo de modelagem sísmica dos modos PP e PS a partir de dados de poço e perfil litológico R. Leiderman 1, F. A. V. Artola 1, M. B. C. Silva 1, S. A. B. da Fontoura 1 1 LCG-GTEP/Puc-Rio-Grupo de Tecnologia
Leia maisComputação Gráfica - 10
Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Computação Gráfica - 10 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav
Leia maisAGG0232 Sísmica I Lista 1 Ondas P e S Universidade de São Paulo / IAG - 1/5. Ondas P e S
AGG0232 Sísmica I Lista 1 Ondas P e S Universidade de São Paulo / IAG - 1/5 Ondas P e S A Figura 1 mostra como se propagam as ondas sísmicas P e S. Neste exemplo as ondas se propagam na direção x. Cada
Leia maisEnsaios geofísicos. Introdução à Geotecnia
Ensaios geofísicos Introdução à Geotecnia Métodos geofísicos Métodos Campos de força Propriedades físicas Campos principais de aplicação Gravimétricos Magnéticos Elétricos Sísmicos Campo gravitacional
Leia mais2. CONCEITOS BÁSICOS DO MÉTODO DE REFRAÇÃO SÍSMICA PROFUNDA
. CONCEITOS BÁSICOS DO MÉTODO DE REFRAÇÃO SÍSMICA PROFUNDA.1 Introdução A maioria dos detalhes da estrutura da crosta provém dos estudos através de métodos sísmicos, segundo mostraram, entre outros, autores
Leia maisGEO046 Geofísica. Partição de energia. Exemplos de partição. Características dos eventos. Ainda na incidência normal, a razão de energia obedece:
GEO046 Geofísica Partição de energia Ainda na incidência normal, a razão de energia obedece: Aula n o 03 REFLEXÃO SÍSMICA Z Z1 R = Z + Z1 (refletida) 4Z1Z T = ( Z + Z1) (transmitida) tal que R + T = 1.
Leia maisPrática da Estratigrafia de Sequências: Interpretação Sísmica, Afloramentos e Testemunhos
Prática da Estratigrafia de Sequências: Interpretação Sísmica, Afloramentos e Testemunhos Sismoestratigrafia: conceitos básicos Definição - Sismoestratigrafia, ou estratigrafia sísmica, é o estudo de sucessões
Leia maisREPRESENTAÇÃO DO RELEVO
REPRESENTAÇÃO DO RELEVO Parte I Conceitos : ponto cotado, perfil, declividade Profª. Érica S. Matos Departamento de Geomática Setor de Ciências da Terra Universidade Federal do Paraná -UFPR REPRESENTAÇÃO
Leia maisSISMOLOGIA. Figura 1- Movimento das partículas do terreno durante a passagem das ondas de volume P e S.
1 1. INTRODUÇÃO SISMOLOGIA Apresentamos os conceitos básicos de Sismologia, a ciência que estuda os sismos. Sismologia é o ramo da geofísica que estuda os terremotos (ou sismos): suas causas e efeitos,
Leia mais1 Introdução 1.1 Definição do Problema
1 Introdução 1.1 Definição do Problema A engenharia de perfuração é uma das áreas na indústria que envolve o estudo da iteração entre a rocha e o cortador. Muitos estudos nesta área têm sido desenvolvidos
Leia mais4 Análise de Dados. 4.1.Procedimentos
4 Análise de Dados 4.1.Procedimentos A idéia inicial para a comparação dos dados foi separá-los em series de 28 ensaios, com a mesma concentração, para depois combinar esses ensaios em uma única série.
Leia maisPetróleo Prof. Philipe Laboissière
Petróleo Prof. Philipe Laboissière Cap. 2-Prospecção de Petróleo Finalidade e métodos de prospecção Finalidade da prospecção de petróleo Visa fundamentalmente a dois objetivos: Localizar dentro de uma
Leia mais4 Validação do uso do programa ABAQUS
4 Validação do uso do programa ABAQUS Os resultados de simulações do programa numérico de elementos finitos ABAQUS foram verificados por meio de três exercícios de simulação numérica de casos da literatura.
Leia maisIII Estrutura e dinâmica da Geosfera
Biologia e Geologia 10º ano Natércia Charruadas III Estrutura e dinâmica da Geosfera 1. Métodos para o estudo do interior da Geosfera 2. Vulcanologia 3. Sismologia 4. Estrutura interna da Geosfera (Descon?nuidades)
Leia maisa h k l m n 54 o 48 o 0 o 72 o 66 o 60 o 6 o 12 o 18 o 24 o 42 o 30 o 36 o Vp (km/s) < 6,0 6,0-6,4 6,5-6,8 6,9-7,9 >7,9 5,5 4,6 5,5 5,8 5,8 5,3 5,5
1 1 Introdução Este trabalho sobre Refração Sísmica Profunda faz parte do Projeto Temático de Equipe "Estudos Geofísicos e Modelo Tectônico dos Setores Central e Sudeste da Província Tocantins, Brasil
Leia maisAnálise do revestimento de um coletor
Manual de engenharia No. 23 Atualização: 01/2019 Análise do revestimento de um coletor Programa: MEF Arquivo: Demo_manual_23.gmk O objetivo deste Manual de Engenharia é realizar a análise de um coletor,
Leia maisAnálise do revestimento de um coletor
Manual de engenharia No. 23 Atualização: 04/2019 Análise do revestimento de um coletor Programa: MEF Arquivo: Demo_manual_23.gmk O objetivo deste Manual de Engenharia é realizar a análise de um coletor,
Leia maisA estrutura da Terra. Prof. Eder C. Molina IAGUSP.
1 Prof. Eder C. Molina IAGUSP http://www.iag.usp.br/~eder/deriv.ppt 2 Raio médio: 6.371 km Densidade média: 5,5 g cm -3 Massa: 5,976 x10 24 kg Temperatura superficial média: 15 o C Pressão atmosférica
Leia maisSala de Estudos FÍSICA - Lucas 1 trimestre Ensino Médio 1º ano classe: Prof.LUCAS Nome: nº
Sala de Estudos FÍSICA - Lucas 1 trimestre Ensino Médio 1º ano classe: Prof.LUCAS Nome: nº Valor: 10 Nota: 1. (G1 - utfpr 2014) Sobre fenômenos ópticos, considere as afirmações abaixo. I. Se uma vela é
Leia maisAGG0232 Sísmica I Lista 1 Ondas P e S Universidade de São Paulo/IAG 1/11
Universidade de São Paulo/IAG 1/11 A Fig. 1.1 mostra como se propagam as ondas sísmicas P e S. Neste exemplo, as ondas se propagam na direção x. Cada partícula do meio se desloca (vibra) durante a passagem
Leia maisTremores de Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016 em Londrina - PR
Tremores de Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016 em Londrina - PR Relatório Técnico N 2 22/01/2016 Elaborado pelo Centro de Sismologia da USP IAG/IEE* (*) Serviço Técnico de Exploração Geofísica e Geológica
Leia mais6 Conclusões e Sugestões
6 Conclusões e Sugestões 6.1. Conclusões Este trabalho permitiu a modelagem e a avaliação do processo de corte em rocha bidimensional, através de um modelo numérico baseado no método dos elementos discretos.
Leia maisPropagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina
Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Refração na Propagação Fenômenos de Propagação Quando uma onda se propaga e encontra certo meio, como um obstáculo
Leia maisCálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes
Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes Departamento de Computação Página da disciplina http://www.decom.ufop.br/bcc760/ Introdução Dada uma função y = f(x), o objetivo deste
Leia mais- FOCO, - EPICENTRO: - PROFUNDIDADE FOCAL: - DISTÂNCIA EPICENTRAL: - MAGNITUDE: - INTENSIDADE:
1 Terremoto (ou abalo sísmico) é a liberação instantânea de energia que gera ondas elásticas que se propagam pela Terra. Para ocorrer um terremoto, é necessário haver condições para o acúmulo de esforços
Leia maisCAPÍTULO 4 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 4.1 DADOS GPR
CAPÍTULO 4 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 4.1 DADOS GPR Apresenta-se, a seguir, a análise dos dados dos levantamentos GPR realizados na área em frente ao IAG (Figura 3.3) e na área próxima do IPEN
Leia maisAnálise de assentamento do terreno
Manual de engenharia No. 21 Atualização: 01/2019 Análise de assentamento do terreno Programa: Arquivo: MEF Demo_manual_21.gmk Este exemplo contém a análise do assentamento do terreno sob o carregamento
Leia maisFundamentos físicos da Sismoestratigrafia
Fundamentos físicos da Sismoestratigrafia Ondas em meios sólidos elásticos Uma onda é uma perturbação da matéria que se propaga em uma direção, ou seja, as partículas em um determinado ponto de um meio
Leia maisINTRODUÇÃO Título À GEOFÍSICA
INTRODUÇÃO Título À GEOFÍSICA Texto... eder@iag.usp.br Prof. Eder C. Molina IAG Universidade de São Paulo Geofísica Título Texto... A Geofísica é a ciência que estuda a estrutura, a composição, as propriedades
Leia mais5 Escolha do conjunto básico de freqüências de análise para o SASSI Estratégia
5 Escolha do conjunto básico de freqüências de análise para o SASSI2 5.1. Estratégia Buscando-se uma escolha eficiente de localização das freqüências de análise para utilização do programa SASSI sem auxílio
Leia maisComportamento da Onda Sonora:
Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Comportamento Sonoro Alessandra Prata-Shimomura,
Leia maise ficam muito próximos dos resultados colhidos na literatura, inclusive nos pontos de velocidade
74 (a) Linhas de corrente coloridas com o módulo da ve- (b) Iso-superficie Q = 300 colorida com o módulo da locidade V velocidade V Figura 5.25 Dinâmica do escoamento para Re = 10000. em x = 0, 5 m, e
Leia maisDETERMINAÇÃO DE VOLUME DE CORTE OU ATERRO 1
DETERMINAÇÃO DE VOLUME DE CORTE OU ATERRO 1 Dyenifer Peralta Teichmann 2, Vilmar Rogerio Teichmann 3, Peterson Cleyton Avi 4, Thalia Klein Da Silva 5. 1 Projeto de extensão realizado no curso Engenharia
Leia mais3.1.4 INTERPOLAÇÃO DOS DADOS
Dissertação de Mestrado - PPGG - UFRN Carvalho, M. J. 23 3.1. INTERPOLAÇÃO DOS DADOS A interpolação dos dados reduzidos foi efetuada utilizando-se o programa Surfer 7., através do algoritmo de mínima curvatura
Leia maisAnálise da estabilidade de taludes
Manual de engenharia No. 25 Atualização: 07/2016 Análise da estabilidade de taludes Programa: MEF Arquivo: Demo_manual_25.gmk O objetivo deste manual é analisar o grau de estabilidade de um talude (fator
Leia maisNOVO! update 6.3 (Setembro 2016)
NOVO! update 6.3 (Setembro 2016) Com mais de 27 anos de desenvolvimento, o TecAt Plus é a melhor relação custo/benefício do mercado mundial para malhas de terra de qualquer aplicação, em solos de 2, 3
Leia maisCÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano
CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 04/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da
Leia maisSISMICIDADE E ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
SISMICIDADE E ESTRUTURA INTERNA DA TERRA AS PRINCIPAIS CAMADAS DA TERRA # A maior parte do interior da Terra é inacessível às observações diretas. Para conhecer sua constituição interna, é necessário recorrer
Leia maisJorge Gustavo Bandeira dos Santos. Unidade: 3 de março de 2013
Introdução à Óptica Geométrica 3 de março de 2013 Introdução à Óptica Geométrica 1 / 31 Sumário 1 Motivação 2 Introdução 3 Capítulo 1 Introdução à Óptica Geométrica 2 / 31 Sumário 1 Motivação 2 Introdução
Leia mais5 Análise Tridimensional de Pressão de Poros Usando o Modelo de Eaton e o Trend de Bowers
131 5 Análise Tridimensional de Pressão de Poros Usando o Modelo de Eaton e o Trend de Bowers Usando a mesma base de dados do capítulo 4, se aplicou uma análise tridimensional de pressão de poros com fins
Leia maisR.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho. de determinar as características geométricas e submetê-las a uma força de impacto.
ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO RESUMO Neste breve artigo apresentaremos um dos métodos que avalia fundações profundas, em especial estacas, tanto do ponto de vista da integridade do elemento estrutural
Leia mais5 Resultados de uma nova discretização do modelo
123 5 Resultados de uma nova discretização do modelo Nesta seção o mesmo exemplo do capitulo 4 é analisado, mas com uma nova discretização do modelo para ver as possíveis melhoras nas respostas e as variações
Leia maisSER-330: INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
SER-330: INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO Ulisses Denache Vieira Souza RELATÓRIO DE ATIVIDADES LABORATÓRIO: MODELO NUMERICO DE TERRENO INPE São José dos Campos 2010 1 1 APRESENTAÇÃO Disciplina: Introdução
Leia mais4 Deslocamentos gerados pela escavação
4 Deslocamentos gerados pela escavação 4.1. Introdução Neste capítulo são analisados os campos de deslocamentos gerados no maciço rochoso devido à escavação da mineração Pampa de Pongo, Peru, que atualmente
Leia maisREPRESENTAÇÃO DO RELEVO
REPRESENTAÇÃO DO RELEVO Parte I Curvas de Nível Profª. Érica S. Matos Departamento de Geomática Setor de Ciências da Terra Universidade Federal do Paraná -UFPR REPRESENTAÇÃO DO RELEVO Dados coletados em
Leia mais- FOCO, - EPICENTRO: - PROFUNDIDADE FOCAL: - DISTÂNCIA EPICENTRAL: - MAGNITUDE: - INTENSIDADE:
1 Terremoto (ou abalo sísmico) é a liberação instantânea de energia que gera ondas elásticas que se propagam pela Terra. Para ocorrer um terremoto, é necessário haver condições para o acúmulo de esforços
Leia maisRoteiro do Experimento Força de Atrito Variável Parte II
A) Introdução ao experimento Experimentos Virtuais de Mecânica Roteiro do Experimento Força de Atrito Variável Parte II Na Parte I da análise do experimento, as grandezas cinemáticas relativas ao movimento
Leia mais2 Modelando a Propagação do Som
2 Modelando a Propagação do Som Como é feito em alguns sistemas de reprodução de áudio 3D, a propagação do som em um ambiente também pode ser calculada utilizando método de elementos finitos ou de contorno,
Leia maisComportamento da Onda Sonora:
Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Comportamento Sonoro Ranny L. X. N. Michalski
Leia mais5 Realimentação do Ângulo de Yaw
5 Realimentação do Ângulo de Yaw Neste item passa a ser considerado o ângulo de yaw do veículo como uma variável de entrada na malha de controle. Obtendo esse ângulo do modelo linear pode-se compará-lo
Leia maisCONTRIBUTOS PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA
CONTRIBUTOS PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA Como é constituído o interior da Terra? 2 Como é constituído o interior da Terra? 3 Muitas das antigas ideias acerca da estrutura interna da Terra baseavam-se
Leia mais7 Definição da Trajetória via Controle Ótimo
7 Definição da Trajetória via Controle Ótimo O objetivo desse trabalho é avaliar a metodologia de projeto e os controladores não só em percursos que representem o centro da pista, mas trajetórias ótimas
Leia maisCentro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Graduação em Engenharia da Computação Prática 08 - Refração da Luz Alunos: Egmon Pereira; Igor Otoni Ripardo de Assis; Leandro de Oliveira Pinto;
Leia mais3 SPH. 3.1 Introdução
3 SPH 3.1 Introdução Smoothed Particle Hydrodynamics (SPH) é um método puramente Lagrangiano desenvolvido por Lucy (1977) e Gingold (1977) em um estudo do campo da astrofísica voltado para colisão entre
Leia maisTabela Número de Strouhal obtido nas simulações e resultados experimentais.
105 Tabela 6.3 - Número de Strouhal obtido nas simulações e resultados experimentais. Número de Strouhal (St) Número de Reynolds Presente trabalho Roshko (1967) URANS DES LES Eq. (6.1) 1 10 4 0, 1877 0,
Leia maisOpto-Mechanical Design Group (Iris e pupilas)
1) INTRODUÇÃO: A figura abaixo mostra um sistema de lentes simples, com uma abertura entre elas. Se esta abertura limita o tamanho do feixe a partir de um ponto axial, então ela é conhecida como diafragma
Leia maisMNT: MODELAGEM NUMÉRICA DE TERRENOS
MNT: MODELAGEM NUMÉRICA DE TERRENOS LEB 450 Topografia e Geoprocessamento II Prof. Carlos A. Vettorazzi 1. Introdução MODELO : Representação da realidade sob a forma material (representação tangível) ou
Leia mais1 Introdução Relevância e Motivação do estudo
28 1 Introdução 1.1. Relevância e Motivação do estudo A partir da exploração de petróleo em águas profundas, a indústria do petróleo tem descoberto diferentes campos de petróleo em águas profundas, e ultra-profundas,
Leia maisExperiência 5. Projeto e Simulação do Controle no Espaço de Estados de um Pêndulo Invertido sobre Carro
Experiência 5 Projeto e Simulação do Controle no Espaço de Estados de um Pêndulo Invertido sobre Carro Professores: Adolfo Bauchspiess e Geovany A. Borges O objetivo deste experimento é projetar e simular
Leia maisPropagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina
Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Reflexão na Propagação Reflexão Ocorre quando uma onda EM incide em uma superfície refletora. Parte da energia
Leia maisOndas Sísmicas e a Estrutura da Terra
AGG 0110 Elementos de Geofísica Ondas Sísmicas e a Estrutura da Terra Parte I Prof. Dr. Marcelo B. de Bianchi m.bianchi@iag.usp.br 2016 Parte I Ondas Sísmicas 178 km Paquistão, 7.7 em 2013 37 k m Modelo
Leia mais3 Processamento de dados anisotrópicos com abordagem isotrópica
3 Processamento de dados anisotrópicos com abordagem isotrópica Neste capítulo serão quantificados os erros ao se processar dados sísmicos com abordagem isotrópica, quando o dado possui anisotropia VTI.
Leia maisINSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS SER-300: INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO Laboratório III: Modelagem Numérica
Leia maisIntrodução ao Processamento e Síntese de imagens Rendering 2016
Introdução ao Processamento e Síntese de imagens Rendering 2016 Fontes: Rogers, D. F. Procedural Elements for Computer Graphics Modelos de Iluminação A Computação Gráfica simula como os objetos refletem
Leia maisFicha Formativa Sismologia 10º Ano
Ficha Formativa Sismologia 10º Ano Os sismos representam uma série de fenómenos que têm lugar na maioria dos casos no interior da Terra. A actividade sísmica é um testemunho do dinamismo interno do nosso
Leia maisIntrodução ao Projeto de Aeronaves. Aula 18 Tempo para a Missão e Metodologia para o Gráfico de Carga Útil
Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 18 Tempo para a Missão e Metodologia para o Gráfico de Carga Útil Tópicos Abordados Tempo Estimado para a Missão. Traçado do Gráfico de Carga Útil. Dicas para Análise
Leia mais6 Estudo de Casos Descrição do Campo para os Testes
6 Estudo de Casos O estudo de casos é realizado com perfis de poço do Campo de Namorado e divido, basicamente, em quatro seções: uma para a descrição do campo, duas seções para a previsão de perfis com
Leia mais5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS TÍTULO DO TRABALHO: Utilização de Métodos Integrais para Extrapolação de Campo de Ondas Acústico AUTORES: Márcio de Araújo Martins
Leia maisOndas Sísmicas e a Estrutura da Terra
AGG 0110 Elementos de Geofísica Ondas Sísmicas e a Estrutura da Terra Parte II Prof. Dr. Marcelo B. de Bianchi m.bianchi@iag.usp.br 2016 Fases Sísmicas (branches) nos sismogramas SS S SS ScS3 ScS2 ScS
Leia mais3.1 CRIAR A GEOMETRIA/MALHA;
72 3 METODOLOGIA A metodologia adotada no presente trabalho foi a de utilizar a ferramenta de dinâmica dos fluidos computacional (CFD) para simular dispositivos microfluídicos de diferentes geometrias
Leia mais6 Modelagem bidimensional do processo de corte em rocha
6 Modelagem bidimensional do processo de corte em rocha Este capítulo descreve um modelo bidimensional do processo de corte em rocha e apresenta as análises dos resultados obtidos com a variação do refinamento
Leia maisMODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO DA CIDADE DE PONTA GROSSA/PR
134 MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO DA CIDADE DE PONTA GROSSA/PR RIBEIRO, Selma Regina Aranha VIRMOND, Rodolfo 1. Introdução; O relevo de uma paisagem visto em campo, mostra informações de certa forma limitadas,
Leia maisCÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.
CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 09/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma:
Leia maisModelagem Sísmica 2D Usando o Pacote "Seismic Un*x".
Introdução: Modelagem Sísmica 2D Usando o Pacote "Seismic Un*x". Aluno: Bruno Moreira Longuinho Orientador: Jacques Szczupak O processamento de sinais sísmicos é peça chave na exploração petrolífera. O
Leia maisCapítulo I Introdução 24
1 Introdução Na última década, a poluição atmosférica tem sido assunto freqüente e de destaque na mídia em geral. Problemas de caráter global como o efeito estufa e a redução da camada de ozônio têm sido
Leia maisInicialmente a metodologia de inversão foi testada sobre dados sintéticos, realizandose
37 3 ANÁLISE DO PROBLEMA INVERSO E DISCUSSÕES Inicialmente a metodologia de inversão foi testada sobre dados sintéticos, realizandose testes sob condições controladas. Como a resposta é conhecida, o desempenho
Leia mais