A REALIZAÇÃO DO /NH/ NO FALAR RECIFENSE: UMA ANÁLISE DESCRITIVA PRELIMINAR

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1 A REALIZAÇÃO DO /NH/ NO FALAR RECIFENSE: UMA ANÁLISE DESCRITIVA PRELIMINAR Gustavo da Silveira Amorim (PGLETRAS -UFPE) 1 gustavoamorim2004@ig.com.br Solange Carlos de Carvalho (FALUB-PE) 2 solangecarvalho@hotmail.com Resumo: Este artigo trata de um estudo sobre a realização da consoante palatal nasal na cidade de Recife PE, sob o arcabouço da fonologia autossegmental de Clements e Hume (1995). O corpus é formado pela fala culta de doze informantes aleatoriamente selecionados de acordo com a metodologia da Sociolinguística Quantitativa, proposta por Labov (1972) e descrita por Tarallo (2004). Tais informantes foram distribuídos igualmente de acordo com o gênero/sexo, faixa etária (até 39 anos e 40 anos ou mais). O corpus, composto por 382 dados foi analisado sob a perspectiva das três realizações possíveis: i) apagamento do /ɲ/ - [du rĩɲu] > [du rĩ], ii) iotização do /ɲ/ - [a rãɲa] > [a rãya], iii) permanência do /ɲ/ - [sõ ɲãdu] > [sõ ɲãdu]. Das realizações observadas, os resultados confirmaram que os recifenses cultos preferem a realização da iotização às demais variantes. PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística; Iotização; Língua Portuguesa; Fonética. Abstract: This article deals with the variable realization of the palatal consonant in the speech of the city of Recife - PE within the framework of auto-segmental phonology as proposed by Clements and Hume (1995). The data on which is based represent the educated speech of twelve informants selected in agreement with the methodology of quantitative sociolinguistics as proposed by Labov (1972) and described by Tarallo (2004). The informants were distributed equally with regard to sex and age group (< 39 years and > 40). The corpus, composed of 382 data was analyzed taking into consideration three possible realizations: i) no realization of /ɲ / - [du'rĩɲu]> [du'rĩ], ii) the realization of a nasal coronal glide - [a rãɲa] > [a rãya], iii) the realization of a palatal nasal consonant - [sõ ɲãdu] > [sõ ɲãdu]. Our results establish that the educated speakers of the Recife variant of Brazilian Portuguese prefer the realization of the coronal nasal glide over the other two realizations. KEYWORDS: Sociolinguistic; Iotization; Portuguese Language; Phonetics. 0. Introdução Existe uma grande lacuna entre a fala e a escrita, esta afirmativa é senso comum entre os mais diversos estudiosos da Linguística. Tal abismo não é configurado apenas entre a escrita e a fala, mas também entre os diversos falares. Isso pode ser visto nas diversas comunidades de fala; caracterizando o Brasil como um país multifacetado linguisticamente. É o que reza a Teoria Variacionista, cujos representantes munidos de 1

2 arcabouços metodológicos inseriram o método quantitativo no universo da lingüística, e a partir da observação de fenômenos intra- e pós-estruturais conseguem descrever as variações existentes nas comunidades lingüísticas. Contudo, uma coisa é certa, os estudos variacionistas não apenas mostram as lacunas que existem entre a Gramática Internalizada e a Gramática Normativa, como também têm servido de suporte para entender e reverter os baixos índices do sistema escolar brasileiro, no tocante ao aprendizado de língua materna. Desta feita, os estudos dos fenômenos linguísticos têm trazido à luz algumas pertinentes discussões que visam suprir as lacunas deixadas por décadas de preconceito e discriminação pautados numa política exclusivista e sem nenhuma explicação histórica palpável. No Brasil, têm-se intensificado as pesquisas nesta área científica. Muitas línguas já foram descritas e analisadas, bem como os processos fonéticos e as variações existentes. Algumas regiões do Brasil têm uma grande tradição de estudos linguísticos, especialmente no campo da dialetologia, da sociolinguística e da lexicografia. Em consonância com esses estudos, o português falado no Recife vem sendo estudado nos últimos anos, entretanto são poucas as publicações que abordam os aspectos fonético/fonológicos do falar recifense. Por isso, discorremos neste artigo sobre os estudos sociolinguísticos, adotando uma perspectiva que já estamos seguindo há alguns anos. Pretendemos neste brevíssimo estudo realizar uma análise estrutural de um fenômeno fonológico recorrente entre falantes do Recife: a iotização do /nh/ em /j/ nasal. Trata-se de um estudo descritivo e de abordagem quantitativa/qualitativa, pois apesar de ser dado tratamento estatístico ao corpus coletado, nossa hipótese é de que o fenômeno da vocalização é praticamente categórico na comunidade de fala em questão, não dispensaremos nosso olhar observador para as interpretações. Pois, o fenômeno foi analisado à luz dos pressupostos teórico-metodológico da sociolinguística variacionista laboviana (1972). É possível que o fato fonético-fonológico a ser descrito neste artigo, seja recorrente em outras regiões do Brasil, afinal em toda a diversidade linguística 2

3 encontrada em um país heterogêneo como este, a língua falada tem suas especificidades que são comuns em todo o território. Para exemplificar, podemos citar o fenômeno da vocalização da lateral /l/ em coda silábica que é recorrente em todas as regiões do país, com algumas reminiscências no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, não descartamos a possibilidade de os fenômenos percebidos na fala recifense também serem recorrente de outras regiões. A pesquisa mostra que o falante recifense na espontaneidade da fala, aplica um processo de iotização em que palavras como caminhão, senhor, caminhada, munheca, tem a pronúncia do /nh/ vocalizada, ou seja, os recifenses substituem o /nh/ por um glide nasal. Claro que isto carece de uma análise maior que será vista na seção que cabe a este procedimento. 1. Origem dos Estudos Sociolinguísticos As contribuições dos estudos sociolinguísticos desenvolvidos desde a Conferência de Lake Arrowhead, realizada na Califórnia, no ano de 1964, foram muitas, sobretudo a contribuição dos estudos realizados por Willian Labov, voltados para a relação língua-sociedade com a finalidade de sistematizar a variação da fala. Em 1968, Uriel Weinreich, William Labov e Marvin Herzog apresentaram um modelo teórico-metodológico, ao qual chamaram Teoria da Variação ou Sociolinguística Variacionista, cujo objetivo era a descrição de uma língua e seus determinantes. Para esses estudiosos da língua, muito importava descrever os processos fonológicos das estruturas linguísticas na fluência temporal e provar a sistematicidade da variação, buscando fundamento e contextualizando tais estruturas. Havia nesse modelo uma oposição à questão da homogeneidade da língua, afinal não se pretendia desprezar o componente social no estudo da língua, como afirmava Labov (1972). A partir da aceitação da língua como heterogenia como em Weinreich, Labov e Herzog (2006, p. 29) que foram os pioneiros no estudo da língua e definiram os caminhos para o estudo da mudança linguística. Dos temas de investigação da Sociolinguística, o que optamos por enfocar para atender às necessidades deste estudo são os processos fonológicos de variação e 3

4 mudança, cujo papel é fundamental para os estudos sociolinguísticos. Devemos, portanto, a partir do conhecimento dos processos fonológicos, podemos dar início a descrição fonético-fonológica de uma dada comunidade de fala para a análise quantitativa. A Sociolinguística variacionista tem por objetivo a descrição estatística de fenômenos variáveis, pela qual se calcula a interferência de fatores linguísticos e não linguísticos na realização de variantes. Esse modelo teórico-metodológico considera a língua em seu contexto sociocultural, uma vez que as explicações para os fenômenos variáveis advêm não só de fatores internos ao sistema linguístico, mas também de fatores externos a ele. Idade, sexo, nível socioeconômico, grau de escolaridade são as principais variantes relacionadas ao falante. O ambiente, o tema, o estado emocional do falante, bem como o grau de intimidade entre dois falantes estão relacionados à situação, ao contexto. São influências extraverbais que estão presentes no ato de fala. Cabe, pois, à Sociolinguística investigar o grau de estabilidade da variação, prever o comportamento regular e sistemático das variáveis e definir se o caso em estudo é de variação estável ou mudança em progresso. Antes de considerar os fatores sociais que poderiam influenciar na variação linguística, Labov (1972) considerou a influência do ambiente linguístico no condicionamento fonético, procedendo a uma análise estrutural do fenômeno. 2. Os Estudos Fonético-fonológicos no Recife Ao estudar as fontes bibliográficas para a pesquisa do falar recifense, encontramos os que tratam dos aspectos fonético-fonológicos os quais destacamos, por seu pioneirismo, os trabalhos de Carvalho (2005, 2007): O glide epentético antes de sibilante ; O apagamento dos ditongos decrescentes orais em falares do Recife e a tese de Montenegro (2004) sobre a aquisição da língua, na região metropolitana do Recife; as pesquisas de Carvalho (2005, 2007), realizadas na comunidade de fala do Recife, em 4

5 2005, para o trabalho de conclusão da Especialização em Linguística Aplicada, a epêntese do glide antes de sibilante também foi comprovada (na[j]cer ~ nascer, cre[j]cer ~ crescer, com[j]ciência ~ consciência), mesmo entre os falantes de elevado grau de escolaridade. Podemos citar, ainda, o comportamento das vogais médias pretônicas, Amorim (2009), e a palatalização do [s] em coda silábica, de Macedo (2004). Além dessa contribuição para os estudos de fatos fonéticos do falar recifense, temos ainda um banco de dados na Região Metropolitana do Recife para identificar a aquisição da fala pelas crianças recifenses: Aquisição da fonologia do Português falado na Região Metropolitana do Recife, uma pesquisa coordenada pela professora Bianca Queiroga do curso de Fonoaudiologia da UFPE, com a participação de uma professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE (Stella Virgínia) e uma doutoranda Ana Cristina Montenegro. Os escassos estudos dos fatos fonéticos na comunidade de fala do Recife justificam a realização de outros estudos como o que ora realizamos. 3. Aspectos metodológicos A parte variacionista desta pesquisa seguiu os pressupostos metodológicos de Labov (1972). Quanto aos objetivos, trata-se de pesquisa empírica de natureza descritiva, em que optamos por uma abordagem qualitativa, uma vez que não houve necessidade de usarmos o programa estatístico Goldvarb, pois, como dissemos, trata-se de um estudo preliminar. Justamente por acreditarmos que seu condicionamento é linguístico e não social, selecionamos para essa investigação somente variáveis estruturais para investigar a motivação do fenômeno em estudo. As variantes escolhidas para a realização da pesquisa foram: contexto precedente, contexto seguinte e classe de palavras. 5

6 Para a coleta de dados, utilizamos as gravações que compuseram os corpora da pesquisa para a dissertação do mestrado de Amorim (2009). Ouvimos as gravações de seis mulheres e seis homens, quantitativo suficiente para uma amostra aleatória. Para dar conta das motivações que levam ao condicionamento do uso variável em estudo, apresentamos no quadro a seguira descrição das variáveis e respectivas palavras que contém, por hipótese, em sua estrutura lexical, o fonema /ɲ/. saber: Neste estudo, foram analisadas três possíveis realizações para o fonema /ɲ/, a i) apagamento do /ɲ/ - ocorre quando a queda do fonema palatal nasal é total, restando apenas o traço de nasalidade: [du rĩɲu] > [du rĩ]. ii) iotização do /ɲ/ - se dá quando há a inserção do /y/ perante a vogal final, diante da queda do /ɲ/: [a rãɲa] > [a rãya]. iii) permanência do /ɲ/ - quando a palatal não sofrer nenhuma alteração: [sõ ɲãdu] > [sõ ɲãdu]. 4. A Iotização: Algumas Considerações A iotização é um processo fonético/fonológico em que consiste na realização do glide /j/ substituindo alguns fonemas. Para Câmara Júnior (1981), a iotização é: (...) mudança de uma vogal ou consoante para a vogal anterior alta /i/ ou para a semivogal correspondente ou iode. Nos falares crioulos portugueses há a iotização das consoantes molhadas /ʎ/ e /ɲ/, ex: mulher > muyé, nhonho > ioiô (africanismo). Corroborando com o argumento acima, Silva Neto (1977) afirma que (...) no nosso caso particular e histórico, observamos que os aloglotas (mouros, índios e negros) se mostraram sempre incapazes de pronunciar o /ɲ/. Aragão (1999), ao fazer a análise do processo de despalatalização das consoantes /ʎ/ e /ɲ/ afirma que: (...)Em determinados contextos, por facilidade ou relaxamento de articulação o /ʎ/ e /ɲ/ podem perder o traço palatal, passando a ser articulados como alveolares /l/ e /n/, como yode, ou sofrer apagamento, desaparecendo. 6

7 Com relação ao percurso histórico, para Jota (1976), a iotização era um processo fonético comum que ocorrera: (...) anteriormente à palatalização na passagem do latim para o português. Assim, em latim havia o iode, que se palataliza no português, conforme nos casos de milia > milya> milha; somnium > sonho. Com base no que afirma o autor acima, a regra fonética do latim que resultava na palatalização consistia na junção de uma consoante /l/ ou /n/ com /y/ que resultou nas seguintes princípios: i) /l/ + /y/ > /ʎ/ ii) /n/ + /y/ > /ɲ/ No estágio do português, ocorre um movimento inverso daquele que ocorrera no passado, ou seja, o /ʎ/ desdobra-se em /l+y/, e o /ɲ/ em /n+y/. 5. Fonologia Autossegmental Com o intuito de discutirmos sobre tais realizações possíveis que envolvem a realização da consoante palatal nasal, buscamos apoio e explicações na fonologia autossegmental. Essa teoria consiste na dinâmica de que sua operação não se dá apenas com segmentos e matrizes inteiras, mas com autossegmentos, permitindo a segmentação independente das partes dos sons das línguas. Além disso, concebe a ideia de que: i) os traços distintivos podem estender-se além ou aquém de um segmento, ii) ii) o apagamento de um segmento não implica necessariamente o desaparecimento de todos os traços (Goldsmith, 1976 apud Hernandorena, 1996). Para a fonologia autossegmental, não há uma relação biunívoca entre os segmentos e o conjunto de traços que o caracterizam, defendendo que o segmento apresenta uma estrutura interna hierárquica. 7

8 Clements e Hume (1995) traçam uma representação arbórea para configurar a hierarquização da ordem dos traços. Os nós de traços são divididos em terminais e intermediários, sendo aqueles submissos a estes. O esquema arbóreo acima pode assim ser lido: r é o nó de raiz que se destrincha nos nós de classe, representados por A, B, C e D, que se destrincham em nós terminais, a, b, c, d, e, f, e g. A raiz (r) é submissa à unidade de tempo abstrada (X). Os nós C e D são dependentes um do outro. Todos os nós são relacionados por linhas de conexão, mantendo, desta forma, uma relação entre si. Assim, é permitido afirmar que a estrutura de árvore que representa a geometria de traços permite mostrar a naturalidade dos processos fonológicos que ocorrem nas línguas do mundo, atendendo sempre ao princípio de que as regras fonológicas constituem uma única operação. Esta operação pode ser de desligamento de uma linha de associação ou de espraiamento de um traço, fazendo com que os traços funcionem solidariamente em processos fonológicos. De acordo com esses estudiosos, qualquer segmento sonoro pode ter uma representação em árvore. Como forma de contribuição para a compreensão futura, expusemos a estrutura arbórea do fonema /ɲ/, na figura abaixo. 8

9 /ɲ/ 6. Análise dos Dados Ao nos debruçarmos sobre os dados catalogados, percebemos que a preferência do falante culto recifense é pela iotização do /nh/, mas as demais possíveis realizações também se fizeram presente conforme o Gráfico 1: Grafico 1: Quantitativo das ocorrências e porcentagens da realização do [ɲ] 9

10 Como podemos observar no Gráfico 1, a preferência dos falantes cultos em realizarem a iotização fica evidente na grande maioria dos casos. Por outro lado, o apagamento da palatal nasal se mostrou não pertinente, enquanto a manutenção apresentou um quantitativo considerado de dados. Sabemos que os fatores que agem no processo da variação podem ser tantos internos como externos. Por isso, passaremos agora a analisar os fatores que mais contribuíram para cada variante estudada. Com relação ao processo de apagamento total da palatal nasal, percebemos que os homens se mostraram mais favoráveis do que as mulheres. Isto nos leva a acreditar que estas ainda são mais conservadoras. Tal fato também se evidencia na manutenção ao detectarmos que as mulheres ligeiramente mantêm mais a realização. No que tange à iotização, não é possível assumirmos qualquer direção, pois o quantitativo de dados que diferem entre os sexos são irrisórios. No que concerne à classe de palavras que mais se apresentaram favoráveis à iotização, percebemos que os substantivos e adjetivos no grau diminutivo foram os grandes gatilhos deste processo. Isso também não pode ser levado como verdade na sua totalidade, pois entendemos que o morfema sufixal do diminutivo inho / - inho, em ambos os sexos são os grandes responsáveis por este comportamento. Notamos também que as consoantes anterior (em maior número) ou posterior (em menor número) não são demasiadamente relevantes para este processo. Esta assertiva pode ser corroborada como o argumento de que a posição da palatal nasal influencia mais no comportamento fonético do que os fatores internos e externos da língua. Neste caso, verificamos que a maior incidência de manutenção se deu entre sílabas e não no final e em formas verbais: [t~e ɲãmus], gã ɲãmos]. O que realmente corroborou para a ocorrência da iotização é o tipo de vogal que antecede palatal nasal. Por não observamos diferença entre o traço abertura, analisamos as cinco vogais existentes na fonologia do português brasileiro /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. 10

11 Como havíamos mostrado no item quatro, a iotização é um processo que consiste a inserção de um iota em consequência da queda de outro. Trata-se de um glide vocálico. Diante das vogais mais baixas, torna-se possível perceber com mais intensidade o seu desempenho: [a rãjɲa], [ t~ejɲa], [tõja]. Apesar de a vogal posterior alta [u] possuir, devido a sua natureza fonética, o traço mais alto, diante do glide epentético também pode-se perceber o iota com mais intensidade: [su p~ujɲa]. Quando a iotização ocorre diante das vogais altas, sobretudo do /i/, a percepção não é tão apurada como ocorres nas mais baixas. Tal argumento se corrobora devido à altura proximal do glide e das vogais altas: [ t~iɲa]. 1 O processo de crase que ocorre entre a vogal e o glide é possível devido aos traços alturas e coronal que unem estes segmentos. No entanto, uma análise fonética mais apurada poderia nos informa se a fusão destes dois segmentos resultaria em uma unidade de tempo com maior prolongamento, uma vez que o a vogal alta anterior quando em posição tônica já desfruta de intensidade e durabilidade maiores. Quanto à fonologia autossegmental, o comportamento da vogal nasal palatal pode ser descrita de acordo com os processos que a envolvem. Apagamento: No processo de apagamento da palatal nasal, o ponto de consoante é desfeito totalmente, assim como todos os demais segmentos da sílaba. Ex: [ dur~i] 1 Todos os exemplos demonstrados nesta seção são categóricos quanto à vogal postônica final. Elegemos a vogal baixa [a] para melhor descrevermos os processos de iotização, sem necessariamente nos preocuparmos, em princípio, com o tipo de vogal final, já que esta não se mostrou relevante, ao menos neste primeiro momento, para as análises aqui descritas. 11

12 /ɲ/ Permanência: Não faremos aqui a demonstração do segmento, uma vez que a estrutura arbórea do mesmo já fora demonstrado no item 5. Iotização: No processo de iotização, o nó de raiz do segmento /j/ assimila por completo o segmento / ɲ/. Ex: [a rãja] /ɲ/ /j/ 12

13 7. Considerações Finais Este artigo abordou um fato fonético de vocalização categórico na comunidade de fala do Recife, levando-nos à reflexão sobre a necessidade de se realizar mais estudos dessa natureza para a composição do quadro fonético-fonológico do Recife, haja vista ser a variação linguística uma realidade em todo o país e já tão difundida em diversos estados. Por entendermos que toda e qualquer região tem as suas especificidades linguísticas em todos os níveis, consideramos pertinente um investimento na proposta de estudos variáveis, no Recife, optando por uma análise estrutural de um fato fonético recorrente nessa comunidade de fala: a vocalização nasal do /nh/. Este trabalho descritivo presta-se ao interesse de pesquisadores da área de domínio da sociolinguística, dialetologia, fonologia, aos estudantes de Letras que se preocupam com atualização dos conhecimentos linguísticos, ao professores de Língua Portuguesa, o qual pode se utilizar de estudos variáveis dessa natureza para apresentar aos seus alunos a língua em usos e a todos quantos se interessam os avanços dos estudos linguísticos no país. REFERÊNCIAS AGUI AR, Martins de. Fonética do português do Ceará. Revista do Instituto do Ceará. Fortaleza: 51(51): , AMARAL, A. O dialeto Caipira. São Paulo: Anhembi,1955. AMARAL, M. P. A síncope em proparoxítonas: uma regra variável in BISOL, L; BRESCANCINI (org.). Fonologia e variação: Recortes do Português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, ANDRADE, G. O. Migrações internas e o Recife. Recife: Fundação Joaquim Nabuco - Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, p (série Estudos e Pesquisas, 12). AQUINO, M. de F. de S. A ditongação na comunidade de João Pessoa: uma análise variacionista 1998, Dissertação (Mestrado em Letras) Universidade da Paraíba, João Pessoa, ARAGÃO, M. do Socorro Silva de et al. A despalatalização e consequente iotização no falar de Fortaleza. XIV JORNADA DE ESTUDOS 13

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