MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL DA ÁGUA I.P. MBIENTE PROGRAM. Projecto Co-Financiado pelo FEDER

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1 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL INSTITUTO DA ÁGUA I.P. PROGRAM MBIENTE Projecto Co-Financiado pelo FEDER PLANO DE ORDENAMENTO ALBUFEIRA DE SÃO DOMINGOS AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL ANEXO 1 - RELATÓRIO AMBIENTAL NOVEMBRO 2008 COBA C O N S U L T O R E S D E E N G E N H A R I A E A M B I E N T E

2 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL INSTITUTO DA ÁGUA, IP PLANO DE ORDENAMENTO ALBUFEIRA DE SÃO DOMINGOS AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO AMBIENTAL 1ª PARTE RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS 2ª PARTE RELATÓRIO AMBIENTAL ÍNDICE Pág. INTRODUÇÃO GERAL ª PARTE 1 - INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO, ENTENDIMENTO E ANTECEDENTES DO OBJECTO DE AVALIAÇÃO APRESENTAÇÃO DOS FACTORES CRÍTICOS QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO FACTORES AMBIENTAIS FACTORES CRÍTICOS I

3 Pág. 2ª PARTE 1 - INTRODUÇÃO OBJECTO E METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRUTURA DO RELATÓRIO AMBIENTAL OBJECTO METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL APRESENTAÇÃO GERAL ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO AMBIENTAL ESTRUTURA DO RELATÓRIO AMBIENTAL DESCRIÇÃO GERAL DO POASD OBJECTIVOS DO PLANO E HORIZONTE TEMPORAL CARACTERIZAÇÃO GERAL DO PLANO A ANALISAR PROSPOSTA DE PLANO FACTORES CRÍTICOS PARA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO DOS FACTORES CRÍTICOS QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO AMBIENTAL AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD FACTOR CRÍTICO - RECURSOS HÍDRICOS Análise de Tendência Identificação dos Problemas Área do PBH das Ribeiras do Oeste Identificação dos Problemas na Sub-bacia de Peniche Evolução da Qualidade da Água Identificação de Efeitos Directrizes 28 II

4 Pág FACTOR CRÍTICO - DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO Análise de Tendência Identificação dos Problemas Evolução das Actividades Socioeconómicas Identificação de Efeitos Directrizes FACTOR CRÍTICO - RECURSOS NATURAIS E PAISAGÍSTICOS Análise de Tendência Identificação dos Problemas Evolução da Qualidade dos Recursos Naturais e Paisagísticos Identificação de Efeitos Directrizes FACTOR CRÍTICO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Análise de Tendência Identificação dos Problemas Evolução da Qualidade dos Recursos Naturais e Paisagísticos Identificação de Efeitos Directrizes SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD AVALIAÇÃO E CONTROLO III

5 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL INSTITUTO DA ÁGUA, IP PLANO DE ORDENAMENTO ALBUFEIRA DE SÃO DOMINGOS AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO AMBIENTAL 1ª PARTE FACTORES CRÍTICOS DEFINIÇÃO DO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL 2ª PARTE RELATÓRIO AMBIENTAL INTRODUÇÃO GERAL O Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingos (POASD) é um plano especial de ordenamento do território (PEOT) que estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e o regime de gestão compatível com a utilização sustentável do território. O POASD encontra se sujeito a um processo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de acordo com o Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, na sua actual redacção, e subsidiariamente pelo Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho. A Avaliação Ambiental (AA) desenvolvida para o POASD adoptou uma metodologia de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), suportada pelo descrito em Partidário (2007) 1, embora adaptando a avaliação às especificidades do POASD, nomeadamente no que concerne ao desfasamento temporal verificado entre o início do Plano e o início da AA, pelo que não foi possível observar, alguns dos requisitos da metodologia referida anteriormente: 1 PARTIDÁRIO, Maria do Rosário: Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica - Orientações Metodológicas, APA - Agência Portuguesa do Ambiente, 2007, Lisboa. 1

6 Neste contexto, e com o objectivo de melhor enquadrar os estudos que foram realizados até à data, optou-se por dividir o presente documento em duas partes, como a seguir indicado: 1ª Parte a identificação, entendimento e os antecedentes do objecto de avaliação; a apresentação dos Factores Críticos para a Decisão (FCD). Naturalmente, o grau de desenvolvimento que cada um destes itens apresenta foi adaptado de forma pragmática à necessidade de estabelecer uma ligação coerente entre os resultados dos estudos já desenvolvidos e a elaboração do Relatório Ambiental. Assim, considerando que o POASD se encontra já em fase de Proposta de Plano e tendo em conta a especificidade do processo de AA definem-se, por forma a ir ao encontro dos objectivos, quer do POASD, quer da própria AA, os seguintes pressupostos metodológicos, os quais se enquadram nos cenários anteriormente definidos, nomeadamente: 1. A metodologia proposta cumpre os requisitos do Decreto-Lei nº232/2007, de 15 de Junho, com a adaptação necessária ao desenvolvimento dos estudos já realizados do POASD, bem como à escala das estratégias que compõem o Plano. 2. A integração da AA no processo de planeamento e programação traduz-se na articulação de processos, faseamento, consultas, partilha de dados de base e informação. 3. A preparação da AA deve reflectir a concepção e formulação das propostas do POASD. 4. A informação de base a utilizar na AA será informação disponível para análise. 5. O detalhe da informação e resultados da AA não deve ultrapassar o detalhe do POASD. 6. Como referencial de AA, consideram-se alguns documentos de política e estratégia nacional, europeia e internacional, com relevância para o âmbito de actuação do POASD. 7. A consulta das autoridades com responsabilidade ambiental será desenvolvida no seio da Comissão Mista de Coordenação (CMC) do Plano, já constituída, no âmbito da Resolução de Conselho de Ministros n.º 144/2002 de 12 Novembro. 8. A AA é objecto de um Relatório Ambiental autónomo. 2

7 Assim, na 1ª Parte, para além da informação já tratada nas fases anteriores do POASD, identificam-se as orientações nacionais/regionais em matéria de ambiente e sustentabilidade, que são cruzadas com as propostas estratégicas da proposta de plano do POASD. Este cruzamento permite a selecção de um conjunto de factores ambientais e de sustentabilidade. Posteriormente são definidos e analisados os FCD. Ainda nesta parte são definidas as autoridades competentes e o público relevante para envolvimento e participação no processo de AAE. 2ª Parte O Relatório Ambiental, onde se identificam as potencialidades do POASD que podem contribuir para uma melhoria das condições ambientais e de sustentabilidade do concelho de Peniche, bem como se identificam e prevêem as acções que podem causar impactes negativos. O Relatório Ambiental acompanha o POASD, e agrega a informação necessária ao adequado enquadramento ambiental do Plano. O presente documento dá cumprimento ao estipulado no nº 2, alínea b) do art. 45º do nº 380/99 de 22 de Setembro, na sua actual redacção e ao nº 1, art. 6º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho. O Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva 2001/42/CE do Parlamento e do Conselho de 27 de Junho de 2001 (Directiva de Planos e Programas). Assim, segundo o Art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007 compete: À Entidade Responsável pela elaboração do plano ou programa: averiguar se o mesmo se encontra sujeito a avaliação ambiental; determinar o âmbito da avaliação ambiental a realizar; determinar o nível de pormenorização da informação a incluir no Relatório Ambiental (RA); consulta de entidades e do público sobre o âmbito e alcance da AA; consultas públicas e institucionais e apresentação da Declaração Ambiental (DA) à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). 3

8 e, de acordo com Art.º 6.º (Decreto-Lei n.º 232/2007) compete: À Agência Portuguesa do Ambiente (APA) assegurar o tratamento global da informação relativa à aplicação da legislação e garantir o intercâmbio dessa informação com a Comissão Europeia (CE). Refira-se ainda que os trabalhos conducentes à preparação do presente documento, assim como dos restantes documentos que compõem o POASD foram acompanhados por uma Comissão Mista de Coordenação (CMC), constituída conforme determinado na RCM n.º 144/2002. Resolução de Conselho de Ministros n.º 144/2002 (...) A avaliação ambiental do POASD foi desenvolvida por uma equipa técnica constituída pelos técnicos que constam do Quadro 1. Em síntese, a presente AA apresentou os factores críticos (FCD), os quais reúnem as questões ambientais e de sustentabilidade relevantes já determinadas em função dos estudos realizados nas fases anteriores do POASD. 4

9 Os FCD integraram a estrutura de análise e avaliação na AA. A sua identificação foi realizada considerando a integração de questões ambientais já conhecidas como questões estratégicas relevantes para o desenvolvimento do concelho de Peniche e com orientações macro-políticas ambientais, sectoriais e de sustentabilidade, onde se inclui a relação com outros Planos. Programas e Estratégias. Quadro 1 - Equipa Responsável pela Elaboração da AA do POASD TÉCNICOS Sofia Cunha Catarina Tacão FORMAÇÃO ESPECÍFICA E ÁREA TEMÁTICA DE COORDENAÇÃO Geógrafa Pós-Graduação em Geografia e Gestão do Território Geógrafa Mestre em Geografia e Planeamento Regional e Gestão do Território Coordenação Geral Avaliação Estratégica Assessoria à Coordenação Avaliação Estratégica Ordenamento e Gestão Territorial Miguel Gamboa Ana Helena Albuquerque Paula Pinheiro da Silva Geógrafo Licenciado em Geografia e Planeamento Regional Engª do Ambiente Arqª. Paisagista Curso de Projecto de Arquitectura Paisagista Assistido por Computador. Consultor Avaliação Estratégica Recursos Hídricos Desenvolvimento Socioeconómico Recursos Hídricos Recursos Naturais e Paisagísticos 5

10 1.ª PARTE FACTORES CRÍTICOS DEFINIÇÃO DO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL 1 - INTRODUÇÃO A avaliação ambiental consiste, na identificação, descrição e avaliação dos eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes do Plano, sendo realizada durante o procedimento de preparação e elaboração do Plano e antes de o mesmo ser aprovado ou submetido a procedimento legislativo. Concretiza-se através da elaboração de um relatório ambiental e na realização de consultas, pressupondo a ponderação dos resultados obtidos na decisão final sobre o Plano e a divulgação pública de informação respeitante a esta decisão final. 2 A avaliação ambiental de planos e programas pode ser entendida como um processo integrado no procedimento de tomada de decisão, que se destina a incorporar os objectivos subjacentes ao conceito de sustentabilidade ao nível dos aspectos sociais, económicofinanceiros e ambientais nessa mesma decisão. Mais precisamente, a avaliação ambiental de planos e programas constitui um processo contínuo e sistemático, que tem lugar a partir de um momento inicial do processo de estruturação das políticas de avaliação e das perspectivas de desenvolvimento incorporadas num planeamento ou numa programação como enquadradoras de futuros projectos, assegurando a integração global das considerações biofísicas, económicas, sociais, políticas e culturais relevantes que possam estar em causa. A realização de uma avaliação ambiental ao nível do planeamento e da programação garante que os efeitos ambientais são tomados em consideração durante a elaboração de um plano ou programa e antes da sua aprovação, contribuindo, assim, para a adopção de 2 Adaptado, segundo a alínea a) do artigo 2º do Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho. 6

11 soluções inovadoras mais eficazes e sustentáveis e de medidas de controlo que evitem ou reduzam efeitos negativos significativos no ambiente decorrentes da execução do plano ou programa. Assume particular destaque, neste contexto, a elaboração de um relatório ambiental por parte da entidade responsável pela elaboração do plano ou programa, o qual não deve constituir uma descrição final da situação ambiental, mas sim uma análise inicial de base a todo esse procedimento de elaboração e cujo conteúdo deve ser tido em consideração na redacção da versão final desse plano ou programa. Encontra-se prevista a participação do público no procedimento de avaliação ambiental, que decorrerá em simultâneo com a consulta do público da Proposta de Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingos, a qual objectiva a sensibilização do público para as questões ambientais no exercício do seu direito de cidadania, bem como a elaboração de uma declaração final Declaração Ambiental, de conteúdo igualmente público, que relata o modo como as considerações ambientais foram espelhadas no plano objecto de aprovação. 2 - IDENTIFICAÇÃO, ENTENDIMENTO E ANTECEDENTES DO OBJECTO DE AVALIAÇÃO O Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingo (POASD) encontra-se numa fase avançada dos estudos - Fase Proposta de Plano - sendo que, os elementos que agora se concluem destinam-se a ser apreciados pela Comissão Mista de Coordenação (CMC) com vista à sua aprovação e posterior consulta do público. Neste contexto, estando o processo de elaboração do POASD na sua fase final, a capacidade da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) influenciar a decisão estratégica ficou comprometida. Contudo, foi possível elaborar a AAE suportada numa metodologia estratégica, focada nos resultados e problemas identificados, e actuando sobre as soluções propostas. Assim, optou-se por utilizar a designação de Avaliação Ambiental (AA) no presente documento, considerando deste modo haver lugar a uma maior coerência e melhor compreensão do trabalho desenvolvido. O POASD consubstancia um modelo de organização territorial, que reveste a natureza de plano especial de ordenamento do território (PEOT), assumindo-se como um instrumento de gestão territorial (IGT) vocacionado para a salvaguarda, em geral, dos regimes dos valores e recursos naturais e, em particular, dos recursos hídricos nas suas componentes qualidade e 7

12 quantidade. O POASD é, assim, um instrumento de suporte ao desenvolvimento do território concelhio, assente em propostas estratégicas bem definidas, nomeadamente. A salvaguarda e promoção dos recursos hídricos. A protecção e conservação dos valores naturais e culturais. A educação ambiental e aos usos turístico e recreativo. Pretende-se, deste modo, identificar claramente o objecto de avaliação e obter um perfeito entendimento do mesmo, pelo que se apresentam seguidamente os objectivos gerais e específicos de cada uma das propostas estratégicas. Salvaguarda e Promoção dos Recursos Hídricos; Objectivo Geral Protecção e melhoria da qualidade da água da Albufeira. Objectivos Específicos Tratamento de efluentes provenientes da intensa actividade suinícola presente na bacia do rio São Domingos; Deslocalização da suinicultura presente na Zona de Protecção da Albufeira; Controlo da actividade agrícola actualmente suportada por uma agricultura intensiva; Controlo do pastoreio na Zona Terrestre de Protecção da Albufeira, correspondente à cabeceira da albufeira; Tratamento de efluentes domésticos. Protecção e Conservação dos Valores Naturais e Culturais Objectivos Gerais Salvaguarda dos ecossistemas mais sensíveis; Salvaguarda dos elementos patrimoniais. Objectivos Específicos Salvaguarda dos sistemas ecológicos classificados ao abrigo dos regimes da Reserva Ecológica Nacional (REN) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN); Promoção e recuperação de habitats marginais com um valor residual em termos ecológicos. 8

13 Educação Ambiental e Usos Turístico e Recreativo Objectivo Geral Promoção do desenvolvimento sustentável; Objectivos Específicos Promoção das actividades associadas à educação ambiental; Promoção do ensino das actividades náuticas; Desenvolvimento das actividades associadas ao Turismo em Espaço Rural (TER). 3 - APRESENTAÇÃO DOS FACTORES CRÍTICOS QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a AA identifica as macroorientações de política nacional, europeia e internacional, e os objectivos de longo prazo estabelecidos em matéria de ambiente e sustentabilidade. O POASD enquanto um instrumento de gestão territorial, constitui um veículo para a aplicação das estratégias definidas a nível regional, nacional e internacional ao nível local, por isso deve articular-se com os planos, estratégias e programas de diversas áreas, e com ele articularemse os de âmbito territorial inferior os planos municipais de ordenamento do território (PMOT S) designadamente o Plano Director Municipal, conforme se ilustra no Esquema 1. Seguidamente apresenta-se, sob a forma de matriz uma síntese dos objectivos gerais dos instrumentos mencionados na Esquema 1 3: sendo, assim, perceptível que os objectivos dos instrumentos considerados, são na sua maioria, compatíveis e complementares no que respeita aos aspectos económicos, sociais e ambientais. Neste contexto, é possível verificar uma convergência de objectivos dos instrumentos e de estratégias que, apontam no sentido do desenvolvimento sustentável. 3 ENDS-Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável; PNPOT-Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território; QREN-Quadro de Referência Estratégico Nacional; PROT-OVT - Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta do público), PBHR-O - Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste; PROF-O - Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste. 9

14 Esquema 1 - Articulação das Propostas Estratégicas do POASD com dos Instrumentos Considerados no QRE Através da análise do Quadro 2 percebe-se que existe uma grande convergência entre os objectivos dos instrumentos que orientam o planeamento estratégico nacional, regional e local e as propostas estratégicas do POASD, verificando-se que, é ao nível da protecção e valorização ambiental e do desenvolvimento sustentável que se regista maior incidência dos objectivos dos instrumentos considerados no QREN. 10

15 ENDS ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PNPOT PROGRAMA NACIONAL DE POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO QREN QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO NACIONAL Preparar Portugal para a sociedade do conhecimento Crescimento sustentado, competitividade à escala global e eficiência energética Melhor ambiente e valorização do património natural Mais equidade, igualdade de oportunidades e coesão social Melhor conectividade internacional do país e valorização equilibrada do território Um papel activo de Portugal na construção europeia e na cooperação internacional Uma administração pública mais eficiente e modernizada. Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos e prevenir e minimizar os riscos Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu e global Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infraestruturas de suporte à integração e à coesão social Expandir as redes e infraestruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições Promover a qualificação dos portugueses Promover o crescimento sustentado Garantir a coesão social Assegurar a qualificação do território e das cidades Aumentar a eficiência da governação Quadro 2 - Síntese dos Objectivos da ENDS, PNPOT, QREN, PROT-OVT, PBHR-O, PROF-O E PDM PROT-OVT PBHR-O PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DAS RIBEIRAS DO OESTE Eixo Estratégico 2:Potenciar as vocações territoriais num quadro de sustentabilidade ambiental: Proteger e valorizar os recursos naturais, patrimoniais e culturais através de medidas que os integrem na gestão do planeamento territorial regional e municipal, numa perspectiva de coesão territorial e reforço da identidade regional Apostar no desenvolvimento sustentável das actividades de turismo e lazer, nomeadamente o touring cultural e paisagístico, através da identificação de temas e recursos a preservar para a constituição de rotas turísticas, considerando a localização de referência das portas do mar, e do apoio a estratégias de comunicação e marketing que estruturem a procura dos produtos culturais regionais Potenciar o aproveitamento das actividades agrícolas, florestais, nomeadamente as associadas à exploração de produtos verdes (agroflorestais, bio combustíveis e energias renováveis), conciliando-as com as dinâmicas urbanas e as áreas fundamentais para a conservação da natureza e da paisagem e promover o aproveitamento dos recursos geológicos, numa perspectiva de compatibilização dos valores naturais e patrimoniais com as componentes económica e social Dar continuidade à aposta no aproveitamento da energia eólica da Região, e gerir a procura de energia através de políticas de planeamento do licenciamento urbanístico, de sensibilização e educação de populações e agentes económicos Identificar a distribuição espacial dos perigos naturais, tecnológicos e ambientais no território regional, e promover a gestão adequada das águas residuais e de resíduos de origem agrícola e não agrícola, tomando em consideração a saúde pública e segurança de pessoas e bens, a ocupação actual do território e as projecções da sua utilização futura. Eixo Estratégico 4: Descobrir as novas ruralidades Incrementar e consolidar, de forma sustentável, a competitividade das fileiras de produção agrícola, florestal e agro-pecuária, valorizando os produtos de grau elevado de diferenciação e qualidade, e garantindo uma valorização ambiental, paisagística, da biodiversidade e dos recursos naturais, e da valência turística dos espaços rurais. Requalificar e consolidar a agricultura de regadio, associada à promoção de mecanismos sustentáveis de gestão das infra-estruturas e dos recursos naturais, e redimensionando as estruturas de transformação e comercialização Inovar ao nível da articulação urbano-rural, diversificando a economia e as funcionalidades agrícola e não agrícola associadas ao espaço rural, dirigida por uma utilização sustentável dos recursos naturais e do património rural e apostando numa ruralidade qualificada, através do desenvolvimento de competências técnicas, da melhoria da organização dos sectores produtivos, e do alargamento da gama de oferta de serviços colectivos e de interesse público suportados na Internet e na utilização das TIC Resolver as carências e atenuar as disfunções ambientais actuais associadas à qualidade dos meios hídricos, associadas ao não cumprimento da legislação nacional e comunitária ou de compromissos internacionais aplicáveis na presente data; Resolver outras carências e atenuar outras disfunções ambientais actuais associadas à qualidade dos meios hídricos; Adaptar as infra-estruturas associadas à despoluição dos meios hídricos e os respectivos meios de controlo à realidade resultante do desenvolvimento socioeconómico e à necessidade de melhoria progressiva da qualidade da água; Proteger e valorizar meios hídricos de especial interesse, com destaque para as origens destinadas ao consumo humano; Caracterizar, controlar e prevenir os riscos de poluição dos meios hídricos; Aprofundar o conhecimento relativo a situações cuja especificidade as torna relevantes no âmbito da qualidade da água; Desenvolver e ou aperfeiçoar sistemas de recolha, armazenamento e tratamento de dados sobre aspectos específicos relevantes em relação aos meios hídricos. Manter ou melhorar o estado ecológico dos ecossistemas dulçaquícolas, bem como recuperar e reabilitar os ecossistemas dulçaquícolas, cujo estado ecológico se encontre deteriorado, incluindo as massas de água fortemente modificadas; Proteger os meios aquáticos e ribeirinhos de especial interesse ecológico por terem sido detectadas situações de valor conservacionista e elevada proximidade da situação pristina; Garantir formas sustentáveis de utilização das espécies, comunidades e ecossistemas, bem como estabelecer regras de actuação ecologicamente adequadas nas acções de manutenção e reabilitação de sistemas hídricos; Definir os caudais ecológicos nos diferentes cursos de água da bacia das ribeiras do Oeste com base em estudos aprofundados e monitorização adequada e promover a adequação das infra-estruturas existentes às exigências da gestão dos caudais ambientais; Instalar um sistema de monitorização para avaliação do estado ecológico das espécies, comunidades ecossistemas dulçaquícolas. 11 PROF-O PLANO REGIONNAL DE ORDENAMENTO FLOESTAL DO OESTE Promover o aumento dos espaços florestais arborizados, com espécies bem adaptadas às estações favorecendo soluções adaptadas às diferentes condições ecológicas; Promover o aumento de espaços florestais dedicados ao recreio e lazer; Promover a gestão florestal sustentável, procurando o equilíbrio entre as funções sociais, económicas e ambientais proporcionadas pelos espaços florestais; Promover o aumento da área de espaços florestais sujeitos a gestão florestal profissional; Incentivar a gestão conjunta nas áreas de maior fragmentação da propriedade, em especial nos municípios da margem norte do Tejo; Promover uma prevenção eficaz dos incêndios florestais; Promover a adopção de modelos de silvicultura com vista a maior valorização dos espaços florestais; Promoção da utilização do uso múltiplo da floresta Promoção da utilização e valorização da biomassa florestal residual; Estabilização dos espaços florestais, eliminando os efeitos das especulação imobiliária; Promover a procura de novos mercados para os produtos florestais; Promover a recuperação dos espaços florestais degradados com vista à sua valorização quer em termos económicos quer em termos ecológicos. PDM PLANO DIRECTOr MUINICIPAL DO CONCELHI DE PENICHE Ordenar e disciplinar as utilizações do território concelhio visando: Melhorar a qualidade de vida dos residentes no concelho através de: Promoção do desenvolvimento económico do concelho através de:

16 3.2 - FACTORES AMBIENTAIS Os factores ambientais definem o âmbito ambiental relevante, orientado pelos factores ambientais legalmente estabelecidos. Os factores ambientais estão definidos na alínea e) do n.º1 do art. 6º do Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho, e são: biodiversidade, população, saúde humana, fauna, flora, solo, água, atmosfera, factores climáticos, bens materiais, património cultural, incluindo o património arquitectónico e arqueológico e a paisagem. Os factores ambientais a analisar, e que contribuem para os FCD, devem ser ajustados a cada caso específico, função da focagem estratégica, da escala de avaliação e, consequentemente, da sua relevância FACTORES CRÍTICOS Como resultado da correspondência identificada no Quadro 2 e considerando os factores ambientais legalmente definidos, identificam-se um conjunto de áreas estratégicas de convergência para o desenvolvimento sustentável e para o ambiente que, no seguimento das avaliações efectuadas no decurso dos estudos das fases anteriores do POASD, se considerou poder constituirem os Factores Críticos da proposta de Plano do POASD: A avaliação ambiental (AA) do POASD estruturou-se, assim, segundo os Factores Críticos a seguir mencionados, atendendo aos indicadores/aspectos ambientais correspondentes, sendo que, para cada um dos factores críticos identificaram-se os critérios de maior pertinência (critérios-chave), os quais se apresentam seguidamente. 1. FACTOR CRÍTICO - RECURSOS HÍDRICOS CRITÉRIOS/Sub-critério Quantidade e qualidade dos recursos hídricos: Águas superficiais: Uso do solo - focos de poluição. Saúde pública. 2. FACTOR CRÍTICO - DESENVOLVIMENTO SOCIO-ECONÓMICO CRITÉRIOS/Sub-critério Actividades económicas. Agricultura sustentável. 12

17 Turismo sustentável. Actividades sociais e culturais. Educação ambiental e desportiva. Usos recreativos e de lazer. Património cultural. 3. FACTOR CRÍTICO - RECURSOS NATURAIS E PAISAGÍSTICOS CRITÉRIOS/Sub-critério Biodiversidade: Fauna, Flora e Habitats. Paisagem. 4. FACTOR CRÍTICO - ORDENAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL CRITÉRIOS/Sub-critério Instrumentos de Gestão Territorial em Vigor Quadro 3 - Enquadramento dos Factores Críticos nas Questões Ambientais (DL232/2007) e sua Descrição QUESTÕES AMBIENTAIS DEFINIDAS PELO D.L. Nº 232/2007 DE 15 DE JUNHO Água, FACTORES CRÍTICOS CONSIDERADOS NA AA DO POASD Recursos Hídricos DESCRIÇÃO DOS FACTORES CRÍTICOS Compreende a forma como os recursos hídricos contribuem para a valorização do território e a importância dada à manutenção/melhoria da quantidade e qualidade desse recurso como suporte indispensável ao desenvolvimento sustentável População, Património Cultural, Paisagem, Solo Biodiversidade, Fauna, Flora, Paisagem, Solo População, Património, Paisagem, Solo Desenvolvimento Socioeconómico Recursos Naturais e Paisagísticos Ordenamento e Gestão do Território Atende aos aspectos de da qualidade física do ambiente, nomeadamente à qualidade dos recursos hídricos. Pretende desenvolver as actividades económicas no âmbito do Turismo em Espaço Rural (TER) e as actividades relacionadas com a educação ambiental e com as actividades de recreativas e de lazer Considera a qualidade de vida com repercussões na saúde e para o aumento dos níveis de atendimento no abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais, para a optimização das infra-estruturas Compreende a forma como os recursos naturais e paisagísticos contribuem para a valorização do território como suporte indispensável ao seu desenvolvimento sustentável Aborda a forma como o potencial do espaço é promovido concretizando a sua integridade e a sua relação com a estrutura urbana, procurando avaliar as formas de articulação propostas em termos de dinâmica a estabelecer entre a área de plano e a sua envolvente, no que respeita aos aspectos relacionados com a compatibilização de usos e actividades a promover 13

18 2.ª PARTE RELATÓRIO AMBIENTAL 1 - INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Relatório Ambiental (RA) da Avaliação Ambiental (AA) do Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingos (POASD), da responsabilidade do Instituto da Água, I.P. (INAG, I.P.). Conforme referido anteriormente, o POASD encontra-se sujeito a um processo de avaliação ambiental de acordo com o nº 2, alínea b) do art. 45º do nº 380/99 de 22 de Setembro, na sua actual redacção e ao nº 1, art. 6º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho. e subsidiariamente pelo Decreto - Lei nº 232/2007 de 15 de Junho. O POASD, cuja realização foi determinada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 144/2002 de 12 de Novembro, estabelece a necessidade de proceder ao ordenamento desta albufeira e da sua área envolvente, no sentido de disciplinar os usos e salvaguardar os recursos existentes, com especial ênfase no que respeita à qualidade dos recursos hídricos. O Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, na sua actual redacção, define que os planos especiais de ordenamento do território sejam acompanhados por um relatório ambiental, no qual se identificam, descrevem e avaliam os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação territorial respectivos. Por sua vez, o Decreto-Lei nº 232/07 de 15 de Junho define como responsável pela AA o proponente do plano a avaliar. Essa responsabilidade estende-se às seguintes acções: 14

19 decisão de elaborar a AA; determinação do âmbito e alcance da AA; consulta de entidades e do público sobre o âmbito e alcance da AA; preparação do Relatório Ambiental e respectivas consultas públicas e institucionais; apresentação da Declaração Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). 2 - OBJECTO E METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRUTURA DO RELATÓRIO AMBIENTAL OBJECTO O objecto da avaliação ambiental é o Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingos (POASD), localizada integralmente no concelho de Peniche, na freguesia de Atouguia da Baleia (Figura 1). Figura 1 Localização da Área de Plano da Albufeira de São Domingos 15

20 2.2 - METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL Apresentação Geral A avaliação ambiental (AA) do Plano de Ordenamento da Albufeira de São Domingos, apresenta como objectivo central a integração das principais considerações ambientais na sua preparação e adopção, tendo em vista a promoção do desenvolvimento sustentável. Desta avaliação resultam, como produtos essenciais os seguintes documentos: o Relatório Ambiental - que agrega a totalidade da informação necessária ao adequado enquadramento ambiental do POASD; a Declaração Ambiental, da qual consta, nomeadamente, a forma como as considerações ambientais foram integradas no POASD. Seguidamente apresenta-se a metodologia para a elaboração do Relatório Ambiental Elaboração do Relatório Ambiental O Relatório Ambiental consiste num documento onde se identificam, descrevem e avaliam os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do POASD tendo em conta os seus objectivos, o âmbito de aplicação territorial e os Factores Críticos analisados. A elaboração do Relatório Ambiental deve satisfazer os requisitos legais com o pormenor e a escala compatíveis com o desenvolvimento presente do POASD, em fase de Proposta de Plano. Assim, o Relatório Ambiental constitui corolário de todas as actividades realizadas, tendo em conta: A integração das análises e avaliações conduzidas e dos contributos obtidos através do envolvimento das autoridades competentes e dos agentes interessados relevantes. A produção de um registo escrito de todo o processo conduzido até à submissão ao processo de aprovação do POASD, e deve acompanhar a sua versão final, conforme é legalmente exigido. 16

21 2.3 - ESTRUTURA DO RELATÓRIO AMBIENTAL O presente Relatório Ambiental encontra-se estruturado do seguinte modo: Descrição geral do Plano, em que se apresenta a justificação estratégica do mesmo, os principais objectivos e o conteúdo programático. Esta secção inclui ainda a caracterização geral do território objecto do Plano e das opções estratégicas consideradas. Apresentação do âmbito da avaliação ambiental. Identificação dos factores críticos tendo em conta: Problemas ambientais pertinentes para o Plano; Relação do Plano com outros planos ou programas; Objectivos de protecção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano Avaliação ambiental do Plano, incluindo: Características ambientais das áreas de intervenção do Plano; Contribuição para o cumprimento dos objectivos estratégicos. Eventuais efeitos significativos no ambiente decorrentes da implementação do Plano. Vantagens e Desvantagens do Plano; Directrizes, em termos de medidas a adoptar, conducentes, sobretudo, à mitigação dos principais efeitos negativos que possam surgir no decurso da execução do Plano Avaliação e controlo. Descrição das medidas previstas de controlo do Plano, incluindo a respectiva monitorização. 17

22 3 - DESCRIÇÃO GERAL DO POASD OBJECTIVOS DO PLANO E HORIZONTE TEMPORAL Os objectivos do POASD são os seguintes: a) Definir regras de utilização do plano de água e zona envolvente da albufeira, por forma a estabelecer regimes de salvaguarda de valores e recursos naturais, em especial os recursos hídricos, e assegurar a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável do território; b) definir regras e medidas para usos e ocupação do solo que permitam gerir a área objecto do plano, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável; c) aplicar as disposições legais e regulamentares vigentes, quer do ponto de vista de gestão dos recursos hídricos, quer do ponto de vista do ordenamento do território; d) planear de forma integrada a área do concelho na envolvente da albufeira; e) garantir a sua articulação com planos, estudos e programas de interesse local, regional e nacional, existentes ou em curso, nomeadamente Planos Municipais e Planos Regionais de Ordenamento do Território; f) garantir a articulação com os objectivos tipificados no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste; g) compatibilizar os diferentes usos e actividades existentes e/ou a serem criados, com a protecção e valorização ambiental e finalidades principais da albufeira; h) identificar no plano de água as áreas mais adequadas para a conservação da natureza, as áreas mais aptas para actividades recreativas, prevendo as complementaridades entre as utilizações e entre o plano de água e a zona envolvente CARACTERIZAÇÃO GERAL DO PLANO A ANALISAR PROPOSTA DE PLANO O POASD visa, preservar e melhorar a qualidade dos recursos hídricos, estabelecendo para tal regimes de salvaguarda, no sentido de compatibilizar o uso primário principal do plano de água o abastecimento público - com os usos secundários propostos no POASD. A área do plano encontra-se subdividida em duas grandes unidades: o Plano de Água e a Zona Terrestre de Protecção, para as quais foram previstos usos distintos. 18

23 Plano de Água - compreende a massa de água da albufeira de São Domingos até ao limite definido pelo NPA (42,5 m); Zona Terrestre de Protecção da Albufeira - compreende uma faixa de 500 m, medida na horizontal, a partir da cota do NPA da albufeira (conforme legislação em vigor). A Proposta de Plano de Ordenamento para a Albufeira de São Domingos atende à sua especificidade, conforme estudos de caracterização e diagnóstico anteriormente efectuados, incluindo condicionantes, e potencialidades decorrentes das suas características intrínsecas e das respectivas condições de exploração. Neste contexto o modelo territorial desenvolvido e apresentado na Planta Síntese de Ordenamento (Figura 2) reflecte, de acordo com as diversas sensibilidades envolvidas e objectivos identificados, a preocupação em articular os diferentes usos, actividades, interesses/expectativas presentes na área de intervenção do plano, por forma a que as propostas estratégicas apresentadas considerassem objectivos de conservação e salvaguarda dos recursos naturais, com particular incidência nos recursos hídricos e na educação ambiental, bem como no desenvolvimento local, promovendo as actividades, turísticas de lazer e recreativas. Para alcançar os objectivos mencionados anteriormente, o zonamento proposto para a área do plano, considerou os pressupostos de que, um plano de ordenamento de uma albufeira de águas públicas (POAAP), enquanto plano especial de ordenamento do território (PEOT), deve estabelecer regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e o regime de gestão compatível com a utilização sustentável do território. Assim, as tipologias apresentadas, nomeadamente para a Zona Terrestre de Protecção da Albufeira, reflectem diferentes níveis de protecção, os quais, por um lado, se destinam a atingir um maior e melhor equilíbrio entre os ecossistemas presentes, os valores naturais e paisagísticos, e as actividades humanas e, por outro, visam a promoção, protecção e melhoria dos recursos hídricos, considerando a água como um bem finito que, deve ser preservado. No contexto do que foi afirmado, o POASD representa um importante meio de suporte à decisão para as entidades intervenientes no território abrangido, dado que, em última análise, o POASD visa contribuir de forma significativa para o desenvolvimento sustentável do território. 19

24 Figura 2 - Planta de Síntese 20

25 4 - FACTORES CRÍTICOS PARA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD INTRODUÇÃO A AA do POASD foi desenvolvida na perspectiva dos Factores Críticos anteriormente apresentados e como salientado tiveram por base o conhecimento já adquirido ao longo dos estudos que compõem as fases anteriores do Plano, em toda a informação consultada e analisada, nos levantamentos de campo, nas características do POASD e dos aspectos ambientais patentes no Decreto-Lei n.º 232/2007 (alínea e) do n.º 1 do artigo 6.º) - factores ambientais e de sustentabilidade, bem como do Quadro de Referência Estratégico Ambiental IDENTIFICAÇÃO DOS FACTORES CRÍTICOS Apresentam-se, seguidamente, os quatro Factores Críticos, na perspectiva dos quais foi estruturada a avaliação ambiental do POASD. Neste relatório serão abordados os seguintes Factores Críticos: 1. Recursos Hídricos 2. Desenvolvimento Socioeconómico 3. Recursos Naturais e Paisagísticos 4. Ordenamento e Gestão Territorial Para cada um dos factores críticos enunciados anteriormente, e com base na informação imediatamente disponível, serão identificados e analisados os diversos critérios de maior pertinência (critérios-chave), os quais se apresentam seguidamente. 1. Recursos Hídricos Quantidade e qualidade dos recursos hídricos: Águas superficiais: Uso do solo - focos de poluição. Saúde pública. 2. Desenvolvimento Socioeconómico Actividades económicas. 21

26 Agricultura sustentável. Turismo sustentável. Actividades sociais e culturais. Educação ambiental e desportiva. Usos recreativos e de lazer. Património cultural. 3. Recursos Naturais e Paisagísticos Biodiversidade: Fauna, Flora e Habitats. Paisagem. 4. Ordenamento e Gestão Territorial Instrumentos de Gestão Territorial em Vigor QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO AMBIENTAL De acordo com a legislação em vigor, o Relatório ambiental deve incluir uma descrição geral das relações do Plano com outros planos ou programas pertinentes (cf. alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho), que permita efectuar o seu enquadramento estratégico. O enquadramento estratégico do POASD foi efectuado através da análise dos documentos, de carácter estruturante ou programático, no sentido de identificar objectivos e metas estratégicas relevantes para o Plano. Assim, o Quadro de Referência Estratégico está estruturado tendo por base os Factores Críticos. Apresenta-se, seguidamente, uma síntese do enquadramento estratégico para cada factor crítico considerado AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD Factor Crítico - Recursos Hídricos Os instrumentos estratégicos de gestão de recursos hídricos analisados identificam um conjunto de objectivos a atingir, a maior parte deles relacionados com a protecção das águas superficiais e subterrâneas e dos ecossistemas aquáticos e terrestres e com o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas (Quadro 4). 22

27 Alguns dos documentos analisados estabelecem também as medidas consideradas necessárias para atingir os objectivos definidos, destacando-se medidas para evitar a deterioração da qualidade ecológica e a poluição das águas superficiais e subterrâneas, e para a melhoria da garantia da disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis para satisfação das necessidades das actividades sociais e económicas, através da melhoria da eficiência da utilização da água. Quadro 4 - Quadro de Referência Estratégico para os Recursos Hídricos FACTOR CRÍTICO QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS) Plano Nacional da Água (PNA) Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (PBHRO) Recursos Hídricos Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Águas Residuais (PEAASAR) Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) Diplomas que transpõem a Directiva-Quadro da Água para o direito nacional Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde ( ) Análise de Tendência No presente capítulo identificam-se as principais características da área de intervenção do POASD e as perspectivas de evolução. O Quadro 5 apresenta uma análise SWOT que resume o diagnóstico geral do estado do ambiente, com especial ênfase na sua interface com os recursos hídricos Identificação de Problemas na Área do PBH das Ribeiras do Oeste Na área do PBH das Ribeiras do Oeste, no que concerne as águas superficiais: A qualidade (...) é bastante degradada na generalidade dos cursos de água, embora nalguns deles, em zonas de cabeceira, ainda se mantenha de qualidade boa ou razoável. Este panorama decorre de inúmeros factores, particularmente da sua ocupação humana e da natureza das actividades económicas instaladas, além das características biofísicas do território. 23

28 Quadro 5 - Análise SWOT no Âmbito do Factor Crítico Recursos Hídricos S (Pontos Fortes) W (Pontos Fracos) Proximidade de uma fonte de abastecimento de água para Existência de numerosos focos de poluição na bacia hidrográfica consumo humano Existência de actividades poluentes na zona de protecção da Proximidade da albufeira da sede do concelho albufeira Facilidade de acesso à albufeira a partir da rede viária concelhia Deficiente tratamento dos efluentes gerados na bacia hidrográfica para acções de gestão e qualificação ambiental O (Oportunidades) T (Ameaças) Recuperação ambiental e paisagística da área próxima da albufeira (zona de protecção) Desenvolvimento de actividades secundárias associadas à massa de água da albufeira e à zona terrestre de protecção Articulação de estratégias de ordenamento dos meios hídricos para ir ao encontro dos objectivos consignados nos instrumentos de ordenamento do território relacionados com os meios hídricos e na revisão do PDM Degradação continuada da zona terrestre de protecção Degradação da qualidade da água para consumo humano Identificação de Problemas na Sub-bacia de Peniche Numa área de cerca de 388 km 2, que abrange todo o concelho de Peniche e a grande maioria do concelho da Lourinhã, além de pequenas partes dos concelhos de Alenquer, Óbidos e Torres Vedras, residem um total aproximado de habitantes, de que apenas pouco mais de metade (cerca de 52%) têm tratamento das respectivas águas residuais urbanas. Salienta-se a presença de dois estaleiros navais no concelho de Peniche e ainda de diversas instalações industriais do sector alimentar. As áreas dos concelhos da Lourinhã e do norte do concelho de Torres Vedras afectas a esta sub-bacia evidenciam poluição tópica e difusa significativas, estando referenciadas diversas suiniculturas de grande dimensão. O rio de São Domingos (onde se situa a barragem com o mesmo nome e em cuja albufeira se efectua a captação de água para abastecimento ao concelho de Peniche é um dos principais cursos de água, juntamente com o rio Grande e o rio Alcabrichel. A albufeira de São Domingos é o meio receptor de uma quantidade significativa de efluentes poluentes resultantes de diversas actividades humanas identificadas, que ocorrem na bacia hidrográfica correspondente. Nas imediações da albufeira também se identificam actividades 24

29 de agricultura intensiva e uma suinicultura, que contribuem igualmente para a degradação da qualidade da água, estando estas situadas na designada zona de protecção da albufeira. Aliás, a actividade suinícola é a actividade pecuária que maiores problemas vem causando ao meio ambiente, quer pelas explorações em regime intensivo, quer pelos nutrientes gerados. Cerca de 1/3 dos efectivos de suínos do Continente situavam-se no Oeste e Vale do Tejo, contribuindo com 80% do total de efectivos de 4 concelhos da Lezíria do Tejo e de 5 concelhos do Oeste, pela seguinte ordem decrescente: Alcobaça, Rio Maior, Santarém, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Lourinhã, Cartaxo, Coruche e Cadaval. Neste contexto a poluição da água da albufeira de São Domingos é considerada como o aspecto mais importante ao nível do POASD. Nas fases anteriores do POASD concluiu-se, igualmente, que a albufeira de São Domingos é actualmente um sistema eutrofizado. O sistema evoluiu neste sentido com um progressivo aumento das concentrações de fosfato, diminuição da razão N:P (nas formas inorgânicas) e dominância da população fitoplantónica pelas cianobactérias. Actualmente, a qualidade da água é má, podendo apenas ser destinada ao consumo humano após tratamentos específicos relativos à classe A3 - tratamento físico, químico, de afinação e desinfecção Evolução da Qualidade da Água A qualidade da água da albufeira, num cenário de desenvolvimento e incremento das actividades humanas na bacia hidrográfica, tenderá a degradar-se. No entanto, a produção de legislação enquadradora de actividades poluentes nas bacias hidrográficas e as acções previstas, deixam antever uma melhoria gradual da qualidade da água. Segundo informação recebida da Empresa Águas do Oeste (Fevereiro, 2007), encontram-se previstas diversas intervenções ao nível do Sistema Mutimunicipal de Saneamento do Município de Peniche que visam a desactivação de algumas ETAR existentes e a sua substituição por novas, mais eficazes, que irão servir maior número de população, salientandose os seguintes sistemas: Sistema de Saneamento da Atouguia da Baleia; Sistema de Saneamento do Paço este sistema é de extrema importância porque permite interceptar e tratar convenientemente as águas residuais afluentes à cabeceira da albufeira de São Domingos; 25

30 Sistema de Saneamento da Serra d El-Rei; e, Sistema de Saneamento da Bufarda. Perante este cenário, prevê-se que a situação venha a melhorar significativamente no que respeita aos problemas associados à poluição da água na bacia hidrográfica do rio São Domingos. A melhoria e manutenção da qualidade da água na albufeira passam também pela gestão e solução dos problemas de poluição que ocorrem na sua bacia hidrográfica, nomeadamente: Tratamento de efluentes provenientes da intensa actividade suínicola; Controle da actividade agrícola intensiva; Pastoreio na área correspondente à cabeceira da albufeira; e, tratamento de efluentes domésticos Identificação de Efeitos Como principais efeitos da implementação, execução do POASD e das respectivas medidas e acções a implementar no Plano de Água e na Zona de Protecção da Albufeira através do Programa de Execução, destacam-se: a previsível melhoria progressiva da qualidade da água, a valorização dos habitats ribeirinhos presentes e o ordenamento dos espaços para o uso e apoio à utilização recreativa do Plano de Água e da Zona de Protecção da Albufeira. As melhorias esperadas da qualidade da água terão também reflexos no processo de tratamento da água para abastecimento e consumo humano, facilitando-o. No presente capítulo pretende-se identificar e avaliar o papel do POASD na prossecução dos objectivos/metas estratégicas definidas, incluindo a avaliação dos efeitos, positivos e negativos do Plano face ao estado de evolução tendencial do ambiente, identificado no capítulo anterior. Desta forma, o Quadro de Referência Estratégico foi objecto de avaliação quanto às implicações do Plano e respectiva contribuição para o seu cumprimento. No Quadro 6 identificam-se as principais contribuições do Plano para o alcance das metas estratégicas no âmbito dos Recursos Hídricos. 26

31 Quadro 6 - Potencial Contribuição do POASD para o Alcance das Metas Estratégicas no Âmbito dos Recursos Hídricos QUADRO DE REFERÊNCIA Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável Quadro de Referência Estratégico Nacional Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta pública até 4.Agosto.2008) METAS ESTRATÉGICAS O Plano deverá ajudar a garantir um Desenvolvimento Sustentável, através da mobilização de políticas económicas, sociais e ambientais, de garantia de qualidade do ambiente Uma das metas do QREN consiste em assegurar ganhos ambientais (nomeadamente no âmbito da protecção e utilização dos recursos hídricos, até Concluir a elaboração e implementar o Plano de Ordenamento da Albufeira de S. Domingos, no concelho de Peniche. Promover incentivos para a associação dos agentes económicos dos sectores agro-industriais e agropecuários (designadamente suiniculturas, unidades avícolas, matadouros e adegas cooperativas) a acções conducentes ao correspondente tratamento das águas residuais. Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Águas Residuais O POASD poderá ajudar a Garantir uma abordagem integrada na prevenção e no controlo da poluição provocada pela actividade humana e pelos sectores produtivos Directiva-Quadro da Água Plano Nacional da Água Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste Plano Nacional de Acção e Saúde Em termos de quantidade dos recursos hídricos, esta Directiva estabelece o seguinte: Assegurar o fornecimento em quantidade suficiente de água de boa qualidade, conforme necessário para uma utilização sustentável, equilibrada e equitativa da água, meta esta que o POASD deverá ajudar a cumprir. O POASD vai ao encontro dos objectivos da DQA, que tem como principal objectivo evitar a continuação da degradação e proteger e melhorar o estado dos ecossistemas aquáticos, e também dos ecossistemas terrestres e zonas húmidas directamente dependentes dos ecossistemas aquáticos. Este plano prevê, até 2012, promover a gestão sustentável da procura da água, baseada na gestão racional dos recursos e nas disponibilidades existentes em cada bacia hidrográfica e tendo em conta a protecção a longo prazo dos meios hídricos disponíveis e as perspectivas socioeconómicas. Esta meta está subjacente aos objectivos a atingir com o POASD. Desta forma, o POASD poderá contribuir de forma positiva para atingir as metas propostas por este plano. O Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste prevê uma melhoria da garantia de disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis por forma a dar satisfação às necessidades das actividades sociais e económicas através da melhoria da eficiência da utilização da água. O POASD dá resposta à melhoria progressiva da qualidade da água, contribuindo assim para a melhoria da garantia de disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis O PBH prevê ainda a preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem associada, o que é também um dos objectivos do POASD. O POASD, como Plano Especial de Ordenamento do Território, tem por objectivo assegurar a articulação com o PBH com vista a prevenir ou ultrapassar potenciais situações de conflito com outras utilizações da água Este Plano, através do Vector I, Acção I.1 (quadro de referência e programa de monitorização complementar no domínio água), estabelece a necessidade de proceder ao levantamento e monitorização de poluentes, identificar indicadores de contaminação, em massas de água usadas para captação de água para consumo humano, águas piscícolas e conquícolas e elaborar um Programa de Monitorização complementar ( ). Através do Vector I, Acção I.2 (estudo de factores de risco para a saúde associados a águas de recreio e lazer), estabelece a necessidade de proceder ao estudo dos factores de risco para a saúde humana associados às águas costeiras e interiores, aquando da prática de desportos náuticos e delinear um quadro conceptual que viabilize futuras tomadas de decisão no âmbito da vigilância epidemiológica e/ou monitorização ambiental ( ) 27

32 Com a presente avaliação verifica-se que o POASD poderá contribuir, no que respeita a este factor crítico, de forma positiva para o alcance das metas estratégicas. Para que o Plano tenha de facto esta contribuição positiva, as metas apresentadas terão de ser verificadas e monitorizadas, por forma a obter-se uma maior sustentabilidade do Plano. Foi ainda efectuada uma análise com o objectivo de identificar as vantagens e/ou desvantagens da implementação e execução do POASD, sintetizando-se no Quadro 7 a referida análise. As oportunidades indicadas deverão estar sempre presentes na análise subsequente do POASD, com vista a minimizar potenciais ameaças que poderão surgir pela inadequada gestão do Plano. Simultaneamente contribui-se para maximizar as potencialidades do Plano. Quadro 7 - Vantagens e Desvantagens do Plano no âmbito dos Recursos Hídricos VANTAGENS DESVANTAGENS Uso mais eficiente de recursos hídricos. Disponibilização de água para usos secundários. Desenvolvimento de projectos agrícolas baseados em culturas biológicas Possível criação de locais de valor paisagístico, potenciados pela presença do plano de água. Os programas de acções previstos no POASD não são susceptíveis de constituírem ameaças aos recursos hídricos uma vez que os seus objectivos têm em vista a protecção das massas de água e por conseguinte a melhoria dos recursos hídricos da área de intervenção. Não resultam desvantagens da implementação do POASD nos Recursos Hídricos Directrizes Os objectivos e as orientações identificadas no Quadro de Referência Estratégico, enquanto elemento enquadrador, apontam para uma melhoria na gestão dos recursos hídricos, promovendo uma utilização sustentável das águas, baseada numa protecção a longo prazo dos recursos hídricos disponíveis. A análise efectuada no âmbito do factor crítico Recursos Hídricos, evidencia que o POASD poderá contribuir para o alcance destas metas, uma vez que conduzirá à racionalização na utilização dos recursos hídricos, ao mesmo tempo que enquadra actividades secundárias na zona de protecção não conflituantes com a melhoria da qualidade da água. Considerando que é fundamental impedir o surgimento de ameaças, torna-se imperioso um acompanhamento efectivo da execução do plano, e a adopção das medidas correctivas que possam contrariar essas ameaças, através de: 28

33 valorização do património natural e das actividades na envolvente das áreas das albufeiras e a protecção, o mais eficaz possível, da albufeira enquanto recurso; preservação e valorização ambiental da paisagem associada ao meio hídrico. OS MENOS... 29

34 Factor Crítico - Desenvolvimento Socioeconómico Para o factor crítico Desenvolvimento Socioeconómico consideraram-se os documentos estratégicos mais directamente relacionados com a gestão auto-sustentada do território, tendo em conta as actividades humanas que se desenvolvem na zona terrestre de protecção da albufeira, com a potenciação de outras actividades como a utilização turística e recreativa das margens e do plano de água, assim como a conversão de algumas actividades. No Quadro 8 apresenta-se a síntese dos documentos estratégicos considerados, salientandose que alguns documentos estabelecem também as medidas consideradas necessárias para atingir os objectivos de desenvolvimento estabelecidos. Quadro 8 - Quadro de Referência Estratégico para o Desenvolvimento Socioeconómico FACTOR CRÍTICO QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO Estratégia europeia de desenvolvimento sustentável (EEDS) Estratégia nacional de desenvolvimento sustentável (ENDS) Quadro de referência estratégico nacional (QREN) Programa Nacional de Política de Ordenamento dotterritório (PNPOT) Socioeconomia Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta públicaaté 4.Agosto.2008) Plano nacional de acção para o crescimento e o emprego (PNACE) Plano Estratégico Nnacional de Turismo (PENT) Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde ( ) Quadro de Programação das Medidas Agro-ambientais PDM de Peniche Análise de Tendência No presente capítulo identificam-se as principais características da área de intervenção do POASD e as perspectivas de evolução segundo o factor crítico Socioeconomia. No Quadro 9 apresenta uma análise SWOT que sintetiza o diagnóstico geral do estado das actividades socioeconómicas na área de influência da albufeira. 30

35 Quadro 9 - Análise SWOT no Âmbito do Factor Crítico Desenvolvimento Socioeconómico S (Pontos Fortes) W (Pontos Fracos) -Proximidade da albufeira em relação a Peniche (sede do concelho) Fonte própria de água superficial para abastecimento de água para consumo humano Facilidade de acesso à albufeira a partir da rede viária concelhia -Existência de conjunto rural edificado em ruínas potencialmente recuperável Existência de outras edificações com algum potencial de recuperação -Elevada sensibilidade paisagística Elevada contaminação da água da albufeira dificultando o seu uso recreativo com actividades em contacto com a água Inexistência de estruturas de apoio para actividades náuticas de recreio devidamente licenciadas Baixa diversificação económica com forte dependência do sector agrícola O (Oportunidades) T (Ameaças) Recuperação ambiental e paisagística da zona de protecção da albufeira, potenciando o seu uso turístico-recreativo -Ordenamento dos usos da água da albufeira e da zona terrestre de protecção na óptica da valorização socioeconómica das utilizações da água, sem afectar a sua qualidade -Desenvolvimento de actividades secundárias associadas à massa de água da albufeira e à zona terrestre de protecção favorecendo o desenvolvimento socioeconómico Desenvolvimento de acções de conversão das actividades agrícolas tradicionais para agricultura biológica Criação de pólos dinamizadores de acções de educação ambiental e de boas práticas agrícolas Recuperação do edificado Recuperação do conjunto edificado da Quinta do Penteado para acolher uma unidade de Turismo em Espaço Rural (TER) -Deficiente tratamento dos efluentes gerados na bacia hidrográfica Existência de agricultura intensiva na zona de protecção terrestre da albufeira Existência de uma suinicultura na zona de protecção da albufeira Pastoreio na cabeceira e nas margens da albufeira Identificação dos Problemas Na área adjacente à albufeira de São Domingos identificam-se diversas actividades humanas como agricultura intensiva, suinicultura e pastoreio, as quais conflituam com os objectivos de qualidade da água pretendidos para a albufeira. Estes problemas representam, contudo, uma pequena parte dos contributos da bacia hidrográfica, a qual, para além destes problemas, conta com outros de dimensão bem superior que são os efluentes domésticos e industriais produzidos numa vasta área, que carecem de tratamento adequado, assim como a poluição difusa resultante da intensa actividade agrícola. Salienta-se também a existência de um conjunto edificado em ruínas, a Quinta do Penteado, as ruínas, outrora azenhas pertencentes à Quinta de Stº António, e de todo um conjunto de ruínas que se encontram dispersas dentro da albufeira, assim como os cotos das árvores, 31

36 entulhos, que são visíveis logo que se regista uma descida do nível da albufeira, como aspectos que mais contribuem para desqualificar a zona terrestre de protecção à albufeira, bem como a própria albufeira Evolução das Actividades Socioeconómicas A evolução socioeconómica da zona de protecção da albufeira e da própria massa de água, num cenário de desenvolvimento e incremento das actividades humanas na bacia hidrográfica e na continuação das actuais actividades nas margens da albufeira, tenderá a acentuar a degradação da qualidade da água da albufeira, uma vez que é expectável que o quadro geral de uso e ocupação do solo não se altere. Esta degradação colocará em risco a única origem própria de água superficial do município de Peniche, podendo afectar a qualidade de vida das populações e o desenvolvimento socioeconómico concelhio. Contudo, as diversas intervenções já realizadas e previstas ao nível do Sistema Mutimunicipal de Saneamento, já referidas anteriormente, contribuirão para a melhoria significativa dos problemas associados à poluição da água na bacia hidrográfica do rio São Domingos, e por conseguinte para a melhoria da qualidade da água Identificação de Efeitos Como principais efeitos socioeconómicos da execução do POASD e das respectivas medidas e acções a implementar no plano de água e na zona terrestre de protecção da albufeira, através do Programa de Execução, destacam-se: Melhorias a médio prazo na qualidade da água com reflexos positivos no abastecimento das populações. Recuperação das ruínas do conjunto edificado da Quinta do Penteado e sua utilização para Turismo em Espaço Rural. Complementarmente, criação de um Centro de Apoio à Educação Ambiental com funções de Escola/Quinta Ecológica. Ordenamento de usos potenciando o desenvolvimento de actividades turísticas e recreativas em articulação com o plano de água. Criação de infra-estruturas de apoio às actividades náuticas, a sul do perímetro urbano de Atouguia da Baleia, com criação de um Centro Polivalente, contemplando um centro náutico e um equipamento de apoio (descritos mais detalhadamente no Programa de Execução do POASD). 32

37 Avaliação da deslocalização da suinicultura para o exterior da zona terrestre de protecção, ou para o exterior da bacia drenante da albufeira. Com vista a identificar o papel do POASD na prossecução dos objectivos/metas definidos nos documentos estratégicos considerados, incluindo a avaliação dos efeitos positivos e negativos do Plano face ao estado de evolução socioeconómica da área de intervenção, procedeu-se à análise do Quadro de Referência Estratégico estabelecido quanto às implicações do Plano e respectiva contribuição para o seu cumprimento. No Quadro 10 identificam-se as principais contribuições do Plano para o alcance das metas estratégicas no âmbito do desenvolvimento socioeconómico. Com a presente avaliação verifica-se que o POASD contribuirá de forma positiva para o alcance das metas estratégicas previstas nos documentos indicados. Quadro 10 - Potencial contribuição do POASD para o alcance das Metas Estratégicas no Âmbito do Desenvolvimento Socioeconómico QUADRO DE REFERÊNCIA METAS ESTRATÉGICAS Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável Contribuir para a utilização dos recursos hídricos de forma estruturante, indo de encontro às grandes opções estratégicas nacionais, sem que isso origine a sobrexploração daqueles recursos e, ao mesmo tempo, valorize o património natural, gerando novas actividades económicas. Quadro de Referência Estratégico Nacional Uma das metas do QREN consiste em assegurar ganhos ambientais (nomeadamente no âmbito da protecção e utilização dos recursos hídricos, até Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta pública até 4.Agosto.2008) Reordenar e realocar os usos do solo rural, cujo aproveitamento seja conflitual com o domínio hídrico, espaços de potencialidade e aptidão agrícola ou zonas de risco (e.g.incêndio). Requalificar os territórios com elevada carga primária intensiva suiniculturas e explorações avícolas sem tratamento colectivo de efluentes. É objecto do PROT OVT reflectir as dinâmicas e o contexto de desenvolvimento regional do Turismo e Lazer, no sentido de que os municípios reflictam também num quadro de orientação estratégica de nível local, o enquadramento do Turismo e Lazer no ordenamento do território através do PDM, sendo identificados como Vectores estratégicos do Plano: O apoio prioritário ao desenvolvimento do pólo turístico do Oeste baseado no turismo residencial e no golfe (PENT); A Prioridade ao desenvolvimento de Resort s de turismo residencial(decreto-lei dos Empreendimentos Turísticos) através dos NDT em toda a região; à concentração da residência secundária nos núcleos urbanos (NTL); Crescimento do alojamento turístico no espaço rural (TER, TN, Hi). Apoio à requalificação de centros urbanos de especial interesse turístico; Prioridade aos projectos que valorizem e potenciem os recursos da região para o turismo e lazer (,património paleontológico, ruralidade) 33

38 Quadro 10 - Potencial contribuição do POASD para o alcance das Metas Estratégicas no Âmbito do Desenvolvimento Socioeconómico (Cont.) QUADRO DE REFERÊNCIA Plano Nacional da Água METAS ESTRATÉGICAS Este plano prevê, até 2012, promover a gestão sustentável da procura da água, baseada na gestão racional dos recursos e nas disponibilidades existentes em cada bacia hidrográfica e tendo em conta a protecção a longo prazo dos meios hídricos disponíveis e as perspectivas socioeconómicas. Esta meta está subjacente aos objectivos a atingir com o POASD. Desta forma, o POASD poderá contribuir de forma positiva para atingir as metas propostas por este plano nacional. Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste O Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste prevê uma melhoria da garantia de disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis por forma a dar satisfação às necessidades das actividades sociais e económicas através da melhoria da eficiência da utilização da água. PNACE - Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego O POASD contribuirá para a atracção de novas actividades socioeconómicas, designadamente nas áreas do Lazer, do Turismo e da Educação Ambiental, tornando-se num factor de novas oportunidades para os empreendedores. As infra-estruturas a criar com o Plano permitirão captar mão-de-obra e assim contribuir para o emprego Plano Nacional de Acção e Saúde PENT - Plano Estratégico Nacional de Turismo PDM do concelho de Peniche Este Plano, através do Vector I, Acção I.2 (estudo de factores de risco para a saúde associados a águas de recreio e lazer), estabelece a necessidade de proceder ao estudo dos factores de risco para a saúde humana associados às águas costeiras e interiores, aquando da prática de desportos náuticos e delinear um quadro conceptual que viabilize futuras tomadas de decisão no âmbito da vigilância epidemiológica e/ou monitorização ambiental ( ) O POASD poderá contribuir para o aumento da oferta turística regional Contribuição para o surgimento de outras tipologias de Turismo, como o Turismo em Espaço Espaço Rural, diversificando a oferta. O POASD articula-se com o PDM e com o Plano de Urbanização de Atouguia da Baleia para a definição das regras de uso do solo e do plano de água, enquadrando as actividades socioeconómicas existentes e previstas para a área de intervenção do Plano, tendo presente a salvaguarda dos recursos hídricos enquanto aspecto essencial do desenvolvimento socioeconómico Foi ainda efectuada uma análise com o objectivo de identificar as vantagens e/ou desvantagens da execução do Plano, apresentando-se no Quadro 11 a referida análise. As vantagens indicadas deverão acompanhar as análises subsequentes do POASD, com vista a minimizar potenciais ameaças que poderão surgir pela inadequada gestão do Plano. Simultaneamente contribui-se para maximizar as suas potencialidades. 34

39 Quadro 11 - Vantagens e Desvantagens do POASD no Âmbito do Desenvolvimento Socioeconómico VANTAGENS DESVANTAGENS Desenvolvimento de projectos agrícolas baseados em culturas biológicas Contribuição para o desenvolvimento regional, através do aumento da qualidade de vida das populações residentes, do aumento da atractividade local e da diversificação das actividades económicas gerando um crescimento sustentado Possibilidade de utilização da albufeira para actividades secundárias, designadamente ao nível do desenvolvimento do Turismo e do Lazer, assim como a prática de actividades de recreio Criação de Infra-estruturas e equipamentos de apoio às actividades socioeconómicas nas margens e no plano de água Os programas de acção previstos no POASD são susceptíveis de constituírem desvantagens ao Desenvolvimento Socioeconómico uma vez que, pode ocorrer perda de rendimentos dos agricultores pela reconversão da actividade agrícola. São também expectáveis desvantagens associadas às medidas a afectar à suinicultura, com a redução do rendimento da exploração Directrizes Os objectivos e as orientações identificadas no Quadro de Referência Estratégico, enquanto elemento enquadrador das actividades socioeconómicas previstas, apontam para uma melhoria na gestão dos recursos da área de intervenção, promovendo uma utilização sustentável do território em benefício das populações. A análise efectuada no âmbito do factor crítico Desenvolvimento Socioeconómico, evidencia que o POASD poderá contribuir para o alcance destas metas, uma vez que conduzirá à racionalização na utilização dos recursos existentes, ao mesmo tempo que, enquadra actividades secundárias na zona de protecção da albufeira e plano de água, contribuindo algumas delas para a diversificação da oferta turística e das actividades agrícolas e ainda para a qualificação do espaço rural envolvente. Considerando que é fundamental impedir o aparecimento de constrangimentos ao desenvolvimento socioeconómico da área de intervenção, revela-se importante um acompanhamento efectivo da execução do plano, e a adopção das medidas correctivas que possam contrariar essas ameaças, através de: Desenvolvimento de acções de promoção do POASD junto das populações para recolher o seu apoio e, simultaneamente, divulgação do Plano junto dos agentes económicos no sentido de captar os investimentos necessários à sustentabilidade do desenvolvimento previsto. Acompanhamento da execução das acções previstas no Programa de Execução, particularmente na obtenção dos financiamentos necessários ao seu desenvolvimento. 35

40 OS MENOS... OS MAIS... 36

41 Factor Crítico - Recursos Naturais e Paisagísticos Os instrumentos estratégicos de gestão de recursos hídricos analisados identificam um conjunto de objectivos a atingir, a maior parte deles relacionados com a protecção dos ecossistemas aquáticos e terrestres e com o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas (Quadro 11). Outros documentos estão relacionados com a protecção e valorização do património cultural, constituindo as bases das políticas de salvaguarda do Património Cultural nas suas três naturezas convencionais, que são o património arquitectónico, o arqueológico e o etnológico. Alguns dos documentos analisados estabelecem também as medidas consideradas necessárias para atingir os objectivos definidos, destacando-se medidas para evitar a deterioração da qualidade ecológica e a poluição das águas superficiais e subterrâneas, e para a melhoria da garantia da disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis para satisfação das necessidades das actividades sociais e económicas, através da melhoria da eficiência da utilização da água. Quadro 11 - Quadro de Referência Estratégico para os Recursos Naturais e Paisagísticos FACTOR CRÍTICO QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS) Plano Regional e Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT) Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (PBHRO) Recursos Naturais e Paisagísticos Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Águas Residuais (PEAASAR) Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) Diplomas que transpõem a Directiva-Quadro da Água para o direito nacional Convenção para a protecção do património mundial, cultural e natural Convenção europeia da paisagem Análise de Tendência No presente capítulo identificam-se as principais características da área de intervenção do POASD e as perspectivas de evolução quanto aos Recursos Naturais e Paisagísticos, através de uma análise SWOT para este Factor Crítico. Esta análise serve de diagnóstico geral do estado do ambiente, com especial ênfase na sua interface com os recursos naturais e paisagísticos. No Quadro 12 apresenta-se uma análise 37

42 SWOT que sintetiza o diagnóstico geral do estado dos Recursos Naturais e Paisagísticos, na área de influência da albufeira. Quadro 12 - Análise SWOT no Âmbito do Factor Crítico Recursos Naturais e Paisagísticos S (Pontos Fortes) W (Pontos Fracos) Plano de água com elevada sensibilidade paisagística Existência de uma Quinta abandonada com elevado potencial para qualificação da paisagem em articulação com as práticas agrícolas Áreas de Salvaguarda e Valor Ecológico Áreas de Valorização Ambiental associadas às margens da albufeira Existência de focos de poluição na zona de protecção da albufeira, associados à actividade agrícola Existência de uma instalação agro-pecuária que contribui para a degradação da paisagem na zona de protecção da albufeira, associados à actividade agrícola afectação dos recursos naturais da zona de protecção, em particular a água devido às condições eutróficas que apresenta presença do conjunto edificado degradado da Quinta do Penteado, exigindo a sua recuperação- Existência de resíduos (entulhos e sucata) nas margens da albufeira O (Oportunidades) T (Ameaças) Dar resposta à crescente procura de produtos e actividades de lazer associadas aos planos de água. Recuperação ambiental e paisagística da área próxima da albufeira (zona de protecção) Desenvolvimento de actividades secundárias associadas à massa de água da albufeira e à zona terrestre de protecção Potenciação de atractividade da área através da qualificação do património rural edificado da Quinta do Penteado Oportunidade para a protecção da vegetação ribeirinha das linhas de água afluentes, enquanto património natural e paisagístico Degradação continuada da faixa da zona de protecção Degradação da qualidade da água para consumo humano enquanto recurso natural e dos solos devido às práticas de agricultura intensiva Identificação dos Problemas Os problemas existentes na zona de protecção e na bacia hidrográfica da albufeira que afectam os recursos naturais da zona de intervenção estão relacionados com a poluição da água, sendo este o aspecto mais importante e já referido no factor crítico dos Recursos Hídricos. No entanto, também se identificam alguns problemas relacionados com a degradação da paisagem pela presença da suinicultura e pelo abandono da Quinta do Penteado, assim como a presença de resíduos nas margens. Os solos, enquanto recurso, também estão sujeitos a fortes pressões pela agricultura intensiva que se vem praticando na zona de protecção com a utilização de adubos e pesticidas. 38

43 Nos estudos de base do POASD estão detalhadas as principais características da zona de protecção com a identificação das situações atrás referidas, salientando-se que a albufeira de São Domingos se encontra eutrofizada. Actualmente, a qualidade da água é má, podendo apenas ser destinada ao consumo humano após tratamentos específicos relativos à classe A3. Neste contexto, a realização de actividades de recreio e lazer, ou outras em contacto com a água, exige cuidados acrescidos de protecção dos respectivos utilizadores Evolução da Qualidade dos Recursos Naturais e Paisagísticos Na abordagem do factor crítico Recursos Hídricos, foi salientado que, a qualidade da água da albufeira, num cenário de desenvolvimento e incremento das actividades humanas na bacia hidrográfica, tenderá a degradar-se, caso continuem sem soluções as carências de tratamento de efluentes produzidos, sobretudo na bacia hidrográfica, e também na zona de protecção. Espera-se, contudo, que a situação melhore a médio prazo, quer por via das intervenções já realizadas, quer devido às previstas ao nível do Sistema Multimunicipal de Saneamento. As referidas melhorias terão também influência na melhoria gradual dos recursos naturais e paisagísticos, esperando-se respostas do sistema natural em função da melhoria da qualidade da água. Relativamente às actividades humanas tradicionais que têm lugar na zona de protecção, e que contribuem para a degradação ambiental da área, a não execução/implementação do Plano de Ordenamento contribuiria para acentuar essas disfunções ambientais, prevendo-se que tanto o recurso solo como os recursos associados à vegetação ribeirinha e paisagem também possam registar uma evolução negativa Identificação de Efeitos Como principais efeitos da execução do Plano e das respectivas medidas e acções a executar no plano de água e na zona de protecção da albufeira, através do Programa de Execução, destaca-se a previsível melhoria progressiva dos recursos naturais e paisagísticos, a valorização dos habitats ribeirinhos e a recuperação do património rural em ruínas, assim como a relocalização da suinicultura. No presente capítulo pretende-se identificar e avaliar o papel do POASD na prossecução dos objectivos/metas estratégicas definidas, incluindo a avaliação dos efeitos, positivos e negativos 39

44 do Plano, face ao estado de evolução tendencial do ambiente identificado no capítulo anterior. Neste sentido foi avaliado o Quadro de Referência Estratégico quanto às implicações do Plano e respectiva contribuição para o seu cumprimento, identificando-se no Quadro 13 as principais contribuições do Plano para o alcance das metas estratégicas no âmbito dos Recursos Naturais e da Paisagem. Quadro 13 - Potencial Contribuição do POASD para o Alcance das Metas Estratégicas no Âmbito dos Recursos Naturais e da Paisagem QUADRO DE REFERÊNCIA Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta pública até 4.Agosto.2008) Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Águas Residuais Quadro de Referência Estratégico Nacional Directiva-Quadro da Água Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural Convenção Europeia da Paisagem METAS ESTRATÉGICAS O Plano deverá ajudar a garantir um Desenvolvimento Sustentável, através da mobilização de políticas económicas, sociais e ambientais, de garantia de qualidade do ambiente Fomentar a conservação e recuperação dos habitats florestais classificados, através do aproveitamento da regeneração natural destes ecossistemas, do controlo das espécies exóticas com carácter invasor. Adopção de normas mínimas de intervenção, favorecendo a diversidade da flora e da fauna, ao nível do povoamento, no intuito da manutenção dos valores objecto de medidas de conservação. O POASD dá resposta à melhoria progressiva da qualidade da água, contribuindo assim para a melhoria da garantia de disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis O PBH prevê ainda a preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem associada, o que é também um dos objectivos do POASD. O POASD poderá ajudar a Garantir uma abordagem integrada na prevenção e no controlo da poluição provocada pela actividade humana e pelos sectores produtivos, apoiando assim a recuperação dos sistemas e recursos naturais. Uma das metas do QREN consiste em assegurar ganhos ambientais (nomeadamente no âmbito da protecção e utilização dos recursos hídricos, até Dado que o POASD tem como objectivo a qualificação ambiental dos recursos, considera-se que contribuirá, à sua escala, para atingir as metas definidas. Em termos de quantidade dos recursos hídricos, esta Directiva estabelece o seguinte: Assegurar o fornecimento em quantidade suficiente de água de boa qualidade, conforme necessário para uma utilização sustentável, equilibrada e equitativa da água, meta esta que o POASD deverá ajudar a cumprir. O POASD vai ao encontro dos objectivos da DQA, que tem como principal objectivo evitar a continuação da degradação e proteger e melhorar o estado dos ecossistemas aquáticos, e também dos ecossistemas terrestres e zonas húmidas directamente dependentes dos ecossistemas aquáticos. A convenção prevê integrar a protecção do património nos programas de planificação gerais. O Plano contempla a protecção do Património Natural e Cultural, conforme assinalado na Planta de Síntese do Plano. A convenção sublinha ainda Assegurar uma protecção e conservação eficazes (...) do Património Cultural e Natural. O POASD assegura a protecção do Património no seu Regulamento Uma das metas desta convenção é Integrar a paisagem nas políticas de ordenamento do território e em quaisquer outras políticas com eventual impacte directo ou indirecto na paisagem. O POASD contribui para esta meta na medida em que a paisagem é valorizada no Programa de Execução. 40

45 Com a presente avaliação constata-se que o POASD poderá contribuir, de forma positiva, para o alcance das metas estratégicas. Para que o Plano tenha de facto esta contribuição positiva, as metas apresentadas terão de ser verificadas e monitorizadas, por forma a obter-se uma maior sustentabilidade do Plano. Esta verificação deverá traduzir-se pelo acompanhamento do Plano pelas respectivas entidades responsáveis. Analisou-se também as vantagens ou desvantagens da execução do Plano, sintetizando-se no Quadro 14 a referida análise. As vantagens indicadas dependerão em larga medida do grau de execução do Plano, o qual tem como área de intervenção uma faixa limitada de 500 m em redor da albufeira. Uma parte significativa das vantagens de execução do Plano estarão dependentes das intervenções previstas para a bacia hidrográfica, particularmente as intervenções previstas no Sistema Multimunicipal de Saneamento do Município de Peniche. Quadro 14 - Vantagens e Desvantagens do POASD no Âmbito dos Recursos Naturais e Paisagísticos VANTAGENS DESVANTAGENS Uso mais eficiente de recursos Protecção mais eficiente dos recursos naturais Identificação e protecção do património edificado e cultural Recuperação e valorização paisagística da zona de protecção pela qualificação dos espaços e remoção de resíduos que degradam a paisagem Adopção de práticas culturais que potenciam a salvaguarda dos solos e são menos poluidoras da água da albufeira Limitação do pastoreio na zona de protecção enquanto actividade que contamina a água da albufeira Relocalização da suinicultura de modo a eliminar a possibilidade de escorrência dos efluentes para a albufeira Os programas de acções previstos no POASD não são susceptíveis de constituírem ameaças aos recursos naturais uma vez que os seus objectivos têm em vista a protecção das massas de água, dos ecossistemas ribeirinhos e aquáticos e da recuperação ambiental da zona de protecção envolvente da albufeira Não resultam desvantagens da implementação do POASD nos Recursos Naturais e Paisagísticos 41

46 Directrizes Os objectivos, as orientações e as metas identificadas no Quadro de Referência Estratégico, apesar de constituírem elementos enquadradores, apontam para uma melhoria na gestão dos recursos naturais e paisagísticos, promovendo uma utilização sustentável do território abrangido pelo Plano, assim como na protecção desses recursos, tanto naturais como culturais e patrimoniais. A análise efectuada no âmbito do factor crítico Recursos Naturais e Paisagísticos, evidencia que o POASD poderá contribuir para o alcance destas metas, uma vez que conduzirá à racionalização na utilização dos recursos, ao mesmo tempo que enquadra actividades secundárias na zona de protecção não conflituantes com a recuperação ambiental pretendida. Considerando que é fundamental conter o aparecimento de situações conflituantes com os objectivos do Plano, é necessário o acompanhamento efectivo da execução do plano, e a adopção das medidas correctivas que possam contrariar essas ameaças, através de: Valorização do património natural e cultural e das actividades na envolvente do plano de água, e a protecção, o mais eficaz possível, da albufeira enquanto recurso natural importante para o abastecimento público; Preservação e valorização ambiental da paisagem associada ao meio hídrico; Acompanhamento da evolução das práticas agrícolas no sentido de dar indicações especializadas aos agricultores sobre as vantagens da agricultura biológica, assim como a promoção de acções de formação tendo em vista a conversão da agricultura tradicional para a agricultura biológica. Estas acções têm em vista promover a protecção dos solos e consequentemente dos recursos naturais. 42

47 OS MAIS... OS MENOS... 43

48 Factor Crítico Ordenamento do Território Os instrumentos de gestão territorial (IGT s) analisados identificam um conjunto de objectivos estratégicos a atingir, a maior parte deles relacionados com a sustentabilidade do território, no qual a protecção e conservação dos ecossistemas aquáticos e terrestres, assim como o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas, assumem particular relevo. Outros aspectos que assumem, igualmente destaque, são os que se relacionam com a melhoria da qualidade de vida da população, sendo que nestes se podem individualizar: o enquadramento sustentável dos sistemas urbanos; a melhoria nos sistemas de redes, nomeadamente ao nível do abastecimento e saneamento básico, dos transportes em associação com a logística; da construção de infra-estruturas e equipamentos estruturantes do território. Assim, o zonamento do território reflecte a importância destes aspectos ambientais, nomeadamente do que respeita ao desenho das estruturas ecológicas, onde sobressaem os corredores ecológicos estruturantes, assim como no desenho de classes de espaços, que pretende ser um retrato fiel da distribuição desses objectivos sobre o território. No Quadro 15 apresenta-se a síntese dos documentos estratégicos considerados, salientandose que alguns documentos estabelecem também as medidas consideradas necessárias para atingir os objectivos de desenvolvimento estabelecidos. Quadro 15 - Quadro de Referência Estratégico para o Ordenamento do Território FACTOR CRÍTICO QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS) Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) Ordenamento do Território Plano Regional e Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT) Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (PBHR-O) Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste (PROF-O) Plano Director Municipal de Peniche Plano de Urbanização de Atouguia da Baleia 44

49 Análise de Tendência No presente capítulo identificam-se as principais características da área de intervenção do POASD e as perspectivas de evolução quanto ao Ordenamento do Território, através de uma análise SWOT para este Factor Crítico. Esta análise serve de diagnóstico geral do estado do ambiente, com especial ênfase na sua interface com o ordenamento do território. No Quadro 16 apresenta-se uma análise SWOT que sintetiza o diagnóstico geral do estado do Ordenamento do Território na área de influência da albufeira. Quadro 16 - Análise SWOT no Âmbito do Factor Crítico Recursos Naturais e Paisagísticos S (Pontos Fortes) W (Pontos Fracos) Plano de água com elevada sensibilidade paisagística Existência de uma Quinta abandonada com elevado potencial para qualificação da paisagem em articulação com as práticas agrícolas Presença de tipologias que integram valor ecológico Existência de focos de poluição na zona de protecção da albufeira, associados à actividade agrícola, indiciando a gestão pouco objectiva dos recursos Presença de usos conflituantes e descaracterização do território; Ausência de conformidade entre instrumentos de gestão terrritorial O (Oportunidades) T (Ameaças) Dar resposta à crescente procura de produtos e actividades de lazer associadas aos planos de água. Recuperação ambiental e paisagística da área próxima da albufeira (zona de protecção) Desenvolvimento de actividades secundárias associadas à massa de água da albufeira e à zona terrestre de protecção Potenciação de atractividade da área através da qualificação do património rural edificado da Quinta do Penteado Oportunidade para a protecção da vegetação ribeirinha das linhas de água afluentes, enquanto património natural e pasisagístico Degradação continuada dos núcleos Degradação da qualidade de vida potenciada pela presença de fontes ruidosas e com forte influência na qualidade do ambiente Degradação do património natural e cultural Construção em áreas de risco Identificação dos Problemas Os problemas existentes na zona de protecção e na bacia hidrográfica da albufeira que se relacionam com o ordenamento do território da zona de intervenção dependem, essencialmente, da ocupação do espaço por construções destinadas a uma variedade de usos, sendo que estas construções se expandiram para além do solo urbano, abrangendo o solo rural O solo, enquanto recurso, encontra-se, assim, sujeito a fortes pressões por parte dos agentes imobiliários, considerando-se que estas pressão começam ao nível da alteração da 45

50 classificação do solo rural em solo urbano, naturalmente com todos os prejuízos que tal situação acarreta. Nos estudos de base do POASD estão detalhadas as principais características da zona de protecção com a identificação das situações atrás referidas, salientando-se que as margens da albufeira de São Domingos se encontram ameaçadas com a presença de actividades económicas prejudiciais à manutenção/melhoria dos recursos hídricos Evolução do Ordenamento do Território Na abordagem do factor crítico Recursos Hídricos, foi salientado que, a qualidade da água da albufeira, num cenário de desenvolvimento e incremento das actividades humanas na bacia hidrográfica, tenderá a degradar-se, caso continuem sem soluções as carências de tratamento de efluentes produzidos, sobretudo na bacia hidrográfica, e também na zona de protecção. Espera-se, contudo, que a situação melhore a médio prazo, quer por via das intervenções já realizadas, quer devido às previstas ao nível do Sistema Multimunicipal de Saneamento. Contudo, a morosidade com que são implementas as medidas que a maioria dos planos prevê, acaba por constituir uma involução do planeamento e criar perante os cidadãos alguma descrença no processo de planeamento. A não execução/implementação do Plano de Ordenamento contribuiria para acentuar essas disfunções ambientais, prevendo-se que tanto o recurso solo como os recursos associados à vegetação ribeirinha e paisagem, assim como os usos da água da albufeira também possam registar uma evolução negativa Identificação de Efeitos Como principais efeitos da execução do Plano e das respectivas medidas e acções a executar no plano de água e na zona de protecção da albufeira, através do Programa de Execução, destaca-se a previsível melhoria progressiva dos recursos naturais e paisagísticos, e a gestão territorial de forma a compatibilizar usos e actividades principais e secundárias. Outro efeito que se assume de particular importância, passa pelo redesenhar do Plano de Urbanização de Atouguia da Baleia, evitando, deste modo, situações de potencial conflito entre os usos propostos pelo POASD e os usos previsto pela Autarquia. 46

51 No presente capítulo pretende-se identificar e avaliar o papel do POASD na prossecução dos objectivos/metas estratégicas definidas, incluindo a avaliação dos efeitos, positivos e negativos do Plano face ao estado de evolução tendencial do ordenamento do território. Assim, avaliou-se o Quadro de Referência Estratégico quanto às implicações do Plano e respectiva contribuição para o seu cumprimento. No Quadro 17 identificam-se as principais contribuições do Plano para o alcance das metas estratégicas no âmbito do ordenamento do Território. Quadro 17 - Potencial Contribuição do POASD para o Alcance das Metas Estratégicas no Âmbito do Ordenamento do Território QUADRO DE REFERÊNCIA Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável Quadro de Referência Estratégico Nacional Programa Nacional da Política dee Ordenamento do Território Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (em consulta pública até 4.Agosto.2008) Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste (PROF-O) METAS ESTRATÉGICAS O Plano deverá ajudar a garantir um Desenvolvimento Sustentável, através da mobilização de políticas económicas, sociais e ambientais, de garantia de qualidade do ambiente Uma das metas do QREN consiste em assegurar ganhos ambientais (nomeadamente no âmbito da protecção e utilização dos recursos hídricos, até Dado que o POASD tem como objectivo a salvaguarda dos recursos e valores naturais, considera-se que contribuirá, à sua escala, para atingir as metas definidas. Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão social Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições Reordenar e realocar os usos do solo rural, cujo aproveitamento seja conflitual com o domínio hídrico, espaços de potencialidade e aptidão agrícola ou zonas de risco (e.g.incêndio). Requalificar os territórios com elevada carga primária intensiva suiniculturas e explorações avícolas sem tratamento colectivo de efluentes. É objecto do PROT OVT reflectir as dinâmicas e o contexto de desenvolvimento regional do Turismo e Lazer, no sentido de que os municípios reflictam também num quadro de orientação estratégica de nível local, o enquadramento do Turismo e Lazer no ordenamento do território através do PDM, sendo; O Apoio ao equilíbrio regional do desenvolvimento do turismo e lazer entre o litoral (Oeste) e o interior (Vale do Tejo) e entre a coroa da AML e o Norte da Região; Apoio à requalificação de centros urbanos de especial interesse turístico; Prioridade aos projectos que valorizem e potenciem os recursos da região para o turismo e lazer (Tejo, Património histórico e cultural Promover a recuperação dos espaços florestais degradados com vista à sua valorização quer em termos económicos quer em termos ecológicos Promoção da utilização do uso múltiplo da floresta; Promover o aumento de espaços florestais dedicados ao recreio e lazer. 47

52 Quadro 17 - Potencial Contribuição do POASD para o Alcance das Metas Estratégicas no Âmbito do Ordenamento do Território (Cont.) QUADRO DE REFERÊNCIA Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste Plano Director Municipal de Peniche Plano de Urbanização de Atouguia da Baleia METAS ESTRATÉGICAS O POASD dá resposta à melhoria progressiva da qualidade da água, contribuindo assim para a melhoria da garantia de disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis. O PBH prevê ainda a preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem associada, o que é também um dos objectivos do POASD; Manter ou melhorar o estado ecológico dos ecossistemas dulçaquícolas, bem como recuperar e reabilitar os ecossistemas dulçaquícolas, cujo estado ecológico se encontre deteriorado, incluindo as massas de água fortemente modificadas; Proteger os meios aquáticos e ribeirinhos de especial interesse ecológico por terem sido detectadas situações de valor conservacionista Melhorar a qualidade de vida dos residentes no concelho; Disciplinar as utilizações do território concelhio; Promoção do desenvolvimento económico do concelho. (em fase de elaboração, desconhecem-se as propostas estratégicas) Com a presente avaliação verifica-se que o POASD poderá contribuir, de forma positiva, para o alcance das metas estratégicas. Para que o Plano tenha de facto esta contribuição positiva, as metas apresentadas terão de ser verificadas e monitorizadas, por forma a obter-se uma maior sustentabilidade do Plano. Esta verificação deverá traduzir-se pelo acompanhamento do Plano pelas respectivas entidades responsáveis, com destaque para o Programa de Execução e toda a articulação com outros instrumentos de gestão territorial.. Analisou-se também as vantagens ou desvantagens da execução do Plano, sintetizando-se no Quadro 18 a referida análise. As vantagens indicadas dependerão em larga medida do grau de execução do Plano, o qual tem como área de intervenção uma faixa limitada de 500 m em redor da albufeira. Uma parte significativa das vantagens de execução do Plano estarão dependentes das intervenções previstas para a bacia hidrográfica, particularmente as intervenções previstas no Sistema Multimunicipal de Saneamento do Município de Peniche. 48

53 Quadro 18 - Vantagens e Desvantagens do POASD no Âmbito do Ordenamento do Território VANTAGENS DESVANTAGENS Uso mais eficiente de recursos Protecção mais eficiente dos recursos naturais Identificação e protecção do património edificado e cultural Recuperação e valorização paisagística da zona de protecção pela qualificação dos espaços e remoção de resíduos que degradam a paisagem Adopção de práticas culturais que potenciam a salvaguarda dos solos e são menos poluidoras da água da albufeira Interdição à construção nas áreas condicionadas Contenção das áreas urbanas e redefinição de perímetros urbanos Os programas de acções previstos no POASD não são susceptíveis de constituírem ameaças aos recursos naturais uma vez que os seus objectivos têm em vista a protecção das massas de água, dos ecossistemas ribeirinhos e aquáticos e da recuperação ambiental da zona de protecção envolvente da albufeira Não resultam desvantagens da implementação do POASD no Ordenamento do Território Directrizes Os objectivos, as orientações e as metas identificadas no Quadro de Referência Estratégico, apesar de constituírem elementos enquadradores, apontam para uma melhoria no ordenamento e na gestão do território, promovendo uma utilização sustentável do território abrangido pelo Plano. A análise efectuada no âmbito do factor crítico Ordenamento do Território, evidencia que o POASD poderá contribuir para o alcance destas metas, uma vez que conduzirá à racionalização na utilização dos recursos, em particular do recurso solo, ao mesmo tempo que permite enquadrar actividades secundárias na Zona de Protecção da Albufeira não conflituantes com o ordenamento e recuperação ambiental pretendidos. Considerando que é fundamental conter o aparecimento de situações conflituantes com os objectivos do Plano, é necessário o acompanhamento efectivo da implementação/execução do Plano, e a adopção das medidas correctivas que possam contrariar essas ameaças, através de: Valorização do património natural e cultural e das actividades na envolvente do plano de água, e a protecção, o mais eficaz possível, da albufeira enquanto recurso natural importante para o abastecimento público; Preservação e valorização ambiental da paisagem associada à albufeira e à sua zona envolvente ; Acompanhamento das alterações propostas à reclassificação do solo por parte das entidades competentes; 49

54 Cumprimento do articulado do POASD no que respeita às interdições e condicionamentos às novas construções; Observância dos limites dos perímetros urbanos SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POASD De acordo com a avaliação ambiental efectuada, considera-se que o Plano contribui para a recuperação da qualidade da água da albufeira, ordenando os usos e actividades permitidas no plano de água e na zona terrestre de protecção da albufeira, a par do desenvolvimento de novas actividades e conversão daquelas que possam conflituar com o objectivo central do Plano, que é a protecção da água da albufeira enquanto origem de água para consumo humano. Sintetizam-se, para cada um dos factores críticos considerados, os principais aspectos da avaliação. Recursos Hídricos O Plano contribuirá, a médio prazo, para a melhoria da qualidade da água da albufeira, objectivo central a atingir com a execução do Plano. O POASD enquadrará actividades secundárias no plano de água garantindo simultaneamente a salvaguarda e protecção do ecossistema aquático e da finalidade da água para abastecimento público. Desenvolvimento Socioeconómico O POASD contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico da zona de protecção da albufeira e articula-se com as orientações expressas nos instrumentos de ordenamento territorial e nos documentos estratégicos avaliados. Sintetizam-se os principais contributos: Diversificação do tecido produtivo, originando a criação de mais emprego e garantido o aumento da qualidade de vida das populações residentes, proporcionando actividades de recreio e lazer, educação ambiental e novas actividades. Qualificação da área envolvente da albufeira, através da recuperação da Quinta do Penteado para equipamento de Turismo em Espaço Rural e outras valências como a de Escola Ecológica. 50

55 Criação de um pólo de qualificação dos recursos humanos no âmbito da diversificação das práticas agrícolas, através da promoção de formação profissional no Centro Polivalente a criar. Criação de um Centro Polivalente junto a Atouguia da Baleia, com centro náutico e equipamento de apoio às actividades náuticas, e à ocupação dos tempos livres dos jovens. Reordenamento de actividades agro-pecuárias com relocalização da suinicultura existente nas margens da albufeira. Recursos Naturais e Paisagísticos O Plano contribuirá, a médio prazo, para a melhoria dos recursos naturais, da paisagem e do património cultural e construído, salientando-se a água como um recurso essencial a recuperar e a proteger. O POASD enquadrará actividades secundárias na zona de protecção da albufeira, promoverá a recuperação e protecção do património, a dinamização de actividades de recreio e lazer e turísticas que têm como pressuposto a qualificação da paisagem rural e construída, garantindo simultaneamente a salvaguarda e protecção dos sistemas naturais. Ordenamento do Território O Plano contribuirá, a médio prazo, para uma melhor e mais eficaz gestão e ordenamento do território, onde a salvaguarda dos valores e recursos naturais, com especial destaque para os recursos hídricos, é um dos seus principais objectivos. Igualmente, o POASD poderá contribuir para a introdução de práticas urbanísticas mais consentâneas com o seu território de interferência, nomeadamente no que respeita à salvaguarda da Zona de Respeito da Barragem e dos Órgãos Hidráulicos de Segurança, onde se prevê uma área non aedificandi. 51

56 OS MAIS... OS MENOS AVALIAÇÃO E CONTROLO De acordo com a alínea h) do n.º 1 do Artigo 6.º do Decreto-lei n.º 232/2007, o Relatório Ambiental, onde se sintetizam os elementos relevantes da Avaliação Ambiental efectuada no âmbito do POASD, deverá conter uma descrição das Medidas de Controlo Previstas, incluindo a respectiva monitorização, em conformidade com o artigo 11º. No referido artigo 11º, as entidades responsáveis pelo Plano deverão avaliar e controlar os efeitos significativos no ambiente decorrentes da sua aplicação, incluindo a verificação da adopção das medidas previstas, bem como de eventuais ajustamentos, a fim de corrigir atempadamente eventuais efeitos negativos não identificados. Assim, no âmbito referido, a monitorização do POASD será desenvolvida com os seguintes objectivos: 52

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