AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM TORNOS CNC E CONVENCIONAIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM TORNOS CNC E CONVENCIONAIS"

Transcrição

1 AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM TORNOS CNC E CONVENCIONAIS Weslley Menezes Guimaraes, weslleyguimaraes@ufpr.br¹ ¹Universidade Federal do Paraná Departamento de Engenharia Mecânica. Rua Francisco H. dos Santos, nº Centro Politécnico / Setor de Tecnologia - Bairro: Jardim das Américas - Curitiba- PR - CEP: Caixa Postal: Resumo: As máquinas-ferramenta são responsáveis por boa parte do consumo de energia no mundo. Recentemente, com a necessidade de um mundo mais sustentável, tornou-se necessário a redução dos desperdícios de recursos naturais. Para isso é necessário encontrar formas de medir a eficiência de energia de máquinas-ferramenta. Este estudo tem o objetivo de avaliar os métodos que vêm sendo utilizados para determinar o consumo de energia e a eficiência de máquinas CNC. Durante o estudo foi observado que usar apenas a energia ativa como parâmetro para determinar a eficiência de máquinas pode induzir a resultados errôneos. Este trabalho também fez uma comparação de eficiência energética entre um torno convencional e um torno CNC. Palavras-chave: Energia específica de corte, Eficiência energética, torno CNC. 1. INTRODUÇÃO O consumo de energia no Brasil vem crescendo todo ano. Em 2014 a indústria brasileira foi responsável por 37,5% do consumo de energia no Brasil (EPE, 2016). A consequência desse aumento de consumo é uma crise no setor energético que vem sendo agravada pelas secas que o Brasil vem enfrentando recentemente, causando redução na produção de energia em hidrelétricas. Além desse cenário nacional, existe uma grande preocupação global com a produção de bens de consumo de forma sustentável. Como a energia é um recurso natural e em alguns casos não renovável, os países desenvolvidos estão buscando formas para redução do consumo de energia. De acordo com Yoon et al. (2014) existe um potencial entre 18% e 26% para redução da energia total consumida na indústria da manufatura mundial. O Brasil, assim como alguns países, vêm buscando um padrão de eficiência mínima por meio de leis que exigem um nível mínimo de eficiência para motores desde 2002 (IEA, 2011). No entanto, máquinas-ferramenta, como tornos CNC, não são máquinas fáceis de se determinar a eficiência. Alguns autores tentaram propor um método para avaliar o consumo de energia (Lv et al. 2015, Draganescu et al. 2003, Zhou et al. 2015, Gutowski et al. 2006). No entanto, a complexidade das máquinas-ferramenta e os diferentes projetos das máquinas CNC dificultam muito essa 1

2 avaliação. Outros autores tentaram propor um método para ser usado como parâmetro de otimização de máquinas-ferramenta (Mori et al. 2011). Levando em conta a dificuldade para propor uma solução para esse problema, esse estudo tem como objetivo comparar dois métodos de eficiência de energia e propor um terceiro método que também pode ser utilizado com o mesmo objetivo. Nesse estudo também foi comparado os três métodos apresentados, com os estudos realizados previamente por Marques et al. (2015). 2. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A eficiência energética (η) pode ser definida como a razão entre a energia que sai e a energia que entra. Para máquinas-ferramenta, a eficiência pode ser definida como a razão entre a potência mecânica (Pm) e a potência ativa (Pe), definida pela Equação 1. η = Pm Pe (1) A potência mecânica é a soma da potência de corte (Pc) e a potência de avanço. No entanto, a potência de avanço no torneamento é muito pequena devido aos baixos valores de velocidade de avanço. Então, a potência de corte é o produto entre a velocidade de corte (Vc) e a força de corte (Fc), como mostrado na Equação 2. Pc = Fc Vc (2) A eficiência de energia pode ser reescrita como a razão entre a força de corte e a potência ativa, que será definida como o método direto (η1) (Equação 3). Este método necessita um dinamômetro para medir as forças de corte. η1 = Pc Pe (3) O método indireto (η2) é a diferença entre a potência ativa (Pe) e as perdas (Dz) que é a potência não usada para o corte efetivo. O método é definido pela Equação 4. η2 = Pe Dz Pe (4) Outra definição importante é a taxa de remoção do material (Q), que é o volume de material removido por tempo. Em outras palavras, é o produto da velocidade de corte (Vc), profundidade de corte (ap) e o avanço (f) definido pela equação 5. Q = Vc ap f (5) 2

3 É possível fazer uma análise da eficiência através da energia específica de corte (µc) definida por Shaw (2005) como a energia usada para cortar uma unidade de volume (Equação 6). Este coeficiente não muda com a profundidade de corte, é uma propriedade do material. µc = Pc Q (6) Existe outro coeficiente que pode ser usado como um parâmetro de eficiência que é definido por Gutowski et al. (2006) que é a energia específica elétrica (µe) que é basicamente a energia por unidade de volume, mas usa a potência ativa ao invés da potência de corte (Equação 7). µe = Pe Q (7) Outra possível forma de avaliar a eficiência foi proposta por Marques et al. (2015), que é a razão entre a energia específica de corte e a energia específica elétrica. Este coeficiente é similar ao método direto (η1) definido pela Equação 8. η3 = µc µe (8) 3. METODOLOGIA O estudo da eficiência de máquinas foi feito em duas etapas. A primeira foi feita com o objetivo de comparar os métodos de medição de eficiência em tornos CNC com o estudo feito no torno convencional por Marques et al. (2015). Porém, após o estudo foi verificado que os valores da potência ativa do torno CNC divergia do torno convencional. Para entender o motivo dessa diferença foi necessário um segundo experimento, alterando a rotação, para verificar se as características de projeto do torno CNC haviam influenciado nos resultados. Para ambos os testes, o torno CNC selecionado para estudar a eficiência energética foi um MAZAK QUICK TURN NEXUS 100-II fabricado em 2010 em Cingapura. É uma máquina de dois eixos que possui quatro servomotores e um motor do eixo principal de 11KW 6 polos e rotação máxima de 6000 rpm. A máquina também possui um motor para o sistema de bombeamento do fluído refrigerante, um motor do sistema hidráulico e um motor para acionamento da esteira de cavaco. Além desses motores e servomotores a máquina ainda possui as unidades de controle, painel de operação, iluminação e ventilação dos componentes eletrônicos. Esse torno tem capacidade para 12 ferramentas e peças de até 6 polegadas de diâmetro. A ferramenta selecionada para ambos os experimentos foi uma MWLNR2020K-06 (Sandvik) e o inserto foi WNMG NF IC907 (Iscar) de metal duro revestido. Para cada experimento, foi utilizado uma aresta nova. 3

4 As componentes da força de usinagem corte, avanço e passiva - foram medidas com o auxílio de um dinamômetro piezoelétrico (modelo 9129A, Kistler, Suíça), um conversor/amplificador de carga (modelo 507 0A, Kistler, Suíça), uma placa de conversão analógico/digital (modelo CIO-DAS08, Measuring Computing, USA) e um microcomputador. Os dados brutos foram adquiridos com um programa dedicado implementado em MS Visual Basic, a uma taxa de amostragem de 120 Hz. Após a aquisição dos dados brutos, os valores referentes às forças de corte e avanço foram analisados utilizando o Microsoft Excel. Para esse estudo, os dados das forças passiva e avanço não foram consideradas. A medição da potência ativa foi efetuada com um wattímetro (modelo Multi-K 120, Kron, Brasil). Além da potência elétrica, esse instrumento possibilita a medição de vários parâmetros elétricos relacionados ao motor, tais como a frequência, fator de potência e a corrente trifásica. Os valores medidos foram exportados no formato digital através da interface RS485. A comunicação com o microcomputador foi feita em conformidade com o protocolo Modbus. Um programa dedicado, também implementado em MS Visual Basic, foi usado para a comunicação e armazenagem dos dados referentes à potência ativa. A Tabela 1 mostra os dados do material e os parâmetros utilizados nos experimentos. O material da peça foi escolhido devido a ampla aplicação na indústria e por ser um material que necessita de altos valores de forças de corte, sendo um fator importante para avaliar as variações da potência de corte. Para ambos os experimentos, não foi utilizado fluido de corte. Tabela 1 Dados dos dois experimentos Primeiro Experimento Segundo Experimento Material peça Aço ABNT 1045 Aço ABNT 1045 Dureza do material 88 HRB 88 HRB Diâmetro do material bruto 102 mm 35 mm Comprimento usinado 50 mm 50 mm Rotação 548 rpm 1600 rpm Avanço (f) 0,25 mm/rev 0,25 mm/rev No primeiro experimento foram realizados 8 testes, com a incrementação da profundidade de corte em 0,25 mm a cada teste. Como foi utilizado o mesmo corpo de prova para todos os testes, o diâmetro da peça em cada teste foi diminuindo, e consequentemente foi diminuindo a velocidade de corte. Para cada profundidade de corte, o diâmetro e a velocidade de corte variou de acordo com a Tabela 2. O material, a rotação de 548 rpm, o avanço e as profundidades de corte foram selecionadas para serem comparadas com o estudo realizado por Marques et al. (2015). Sendo a rotação um valor médio obtido através de medições realizada por Marques et al. Embora não seja comum a utilização da rotação constante em tornos CNC, a utilização nesse caso foi uma solução para a comparação com o torno convencional. 4

5 Tabela 2 Profundidade de corte, diâmetro final e velocidade de corte para 548 rpm ap (mm) d (mm) Vc (m/s) 0, ,841 0,5 98 2,812 0,75 96,5 2, ,5 2,712 1, ,640 1,5 89 2,554 1,75 85,5 2, ,5 2,338 Para o segundo experimento, foram utilizados quatro corpos de prova com diâmetros menores, que foram calculados para manterem as mesmas velocidades de corte do primeiro experimento. A rotação de 1600 rpm foi selecionada por ser uma rotação acima da rotação mínima exigida para a máquina disponibilizar a potência elétrica total do motor principal de acordo com dados do fabricante (Caetano, 2011). Com a finalidade de avaliar apenas se houve perdas no equipamento, não foi necessário repetir o testes para todas as profundidades de corte. Para esse experimento foram realizados apenas quatro testes de acordo com a Tabela 3. Tabela 3 Profundidade de corte, diâmetro final e velocidade de corte para 1600 rpm ap (mm) d (mm) Vc (m/s) 1,25 31,5 2,639 1,5 30,5 2,555 1,75 27,5 2, ,346 Para ambos os experimentos, as medições com o wattímetro e com o dinamômetro foram realizadas simultaneamente. A potência ativa, medida com o wattímetro, foi obtida em duas etapas. Na primeira etapa, foi medida a potência consumida durante a usinagem em vazio, para obter as perdas (Dz). Em seguida, na segunda etapa foi medida a potência ativa durante o corte, o que permitiu obter a potência de corte indireta (Pci) (Equação 9) para o método indireto (η2), e a potência ativa (Pe). Com o dinamômetro foi obtido a força de corte que foi convertida em potência de corte (Pc) de acordo com a Equação 2, o que permitiu obter os valores para o método direto (η1). Pci = Pe Dz (9) 5

6 Para a medição da etapa em vazio, foi feito posicionando a ferramenta a uma distância de 20 mm do início da usinagem e com a ponta da ferramenta na posição do diâmetro final. A aproximação da ferramenta com a peça foi feita com o avanço e rotação exigidos durante o corte para que fosse obtido os valores das perdas (Dz) durante a usinagem. Na sequência, a ferramenta entra em contato com o corpo de prova e inicia a coleta dos dados durante o corte, sendo realizado a usinagem no comprimento de 50 mm do corpo de prova. A figura 1 apresenta um esquema da montagem do corpo de prova. Corpo de prova Fixação Contra-ponto 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Figura 1. Esquema de fixação das peças A Tabela 4 apresenta os testes do primeiro experimento realizado para avaliar a eficiência energética para o torno CNC com 548 rpm. Como é possível observar, a eficiência obtida pelo método direto (η1) é inferior a eficiência obtida pelo método indireto (η2). Essa diferença dos métodos é causada pelo fato do método indireto considerar o aumento das perdas causadas pelo aumento da carga no motor como potência utilizada durante o corte, superestimando a eficiência. Tabela 4 Resultados dos testes com 548 rpm ap (mm) Q (mm3/s) Pc Dz Pe η1 η2 µc (J/mm3) µe (J/mm3) η3 0, ,2 28,0 2,496 9,908 24,1 0, ,8 43,3 2,432 6,609 36,2 0, ,6 53,4 2,368 5,430 44, ,7 57,7 2,292 4,800 49,8 1, ,8 64,8 2,288 4,505 53,1 1, ,9 68,4 2,296 4,338 55,1 1, ,5 72,3 2,450 4,494 53, ,1 74,8 2,502 4,460 53,6 Média 2,391 6

7 Comparando os resultados da Tabela 4 com os estudos previamente feito por Marques et al. (2015) (Tabela 5) em um torno convencional, o método direto (η1) mostra que o torno CNC tem uma eficiência mais baixa comparada com um torno convencional. Pelo método indireto (η2) o torno CNC teve uma eficiência mais alta comparada com o torno convencional. Como foi explicado anteriormente, o método direto (η1) apresentou a eficiência real do equipamento e isso mostrou que o torno convencional é mais eficiente que o torno CNC para as condições de cortes utilizadas. Para o método indireto (η2), os valores da eficiência ficaram distorcidos devido ao fato de o torno CNC e o torno convencional apresentarem as perdas (Dz) muito próximas, mas durante o corte as perdas nos componentes do torno CNC foram maiores. Isso fez com que o método indireto (η2) considerasse que as perdas nos componentes fosse parte da potência utilizada para o corte. Tabela 5 Resultados com o torno convencional Ap (mm) Q (mm3/s) Pc Dz Pe η1 η2 µc (J/mm3) µe (J/mm3) η3 0, ,5 24,9 2,448 9,996 23,2 0, ,0 39,3 2,384 6,266 37,0 0, ,8 47,9 2,313 5,052 45, ,1 53,6 2,220 4,342 53,4 1, ,9 59,3 2,258 4,042 57,3 1, ,7 62,8 2,265 3,862 60,0 1, ,5 66,7 2,341 3,809 60, ,3 68,1 2,304 3,697 62,7 Média 2,316 FONTE: Marques et al. (2015). A Figura 2 apresenta o comportamento da energia específica elétrica (µe) em função da taxa de remoção do material (Q). Comparando o torno CNC com o convencional é possível concluir que para uma mesma taxa de remoção, o torno convencional utiliza uma menor quantidade de energia para remover o mesmo volume de material, isso devido ao fato do torno convencional ter uma maior eficiência que o torno CNC. Com essa informação o operador pode tomar decisões para otimizar o processo, comparando qual máquina ou parâmetros de corte poderá trazer um menor consumo de energia para remover determinado volume de material. 7

8 η3 µe (J/mm3 Artigo apresentado como requisito parcial à conclusão do Torno CNC Torno convencional Q (mm3/s) Figura 2. O comportamento da energia específica elétrica em função da taxa de remoção do material para 548 rpm Torno CNC Torno convencional Q (mm3/s) Figura 3. Eficiência de energia η3 em função da taxa de remoção de material com 548 rpm Os valores médio da energia específica de corte (µc) do torno convencional e do torno CNC (Tabelas 4 e 5) ficaram próximos devido ao fato de ser uma propriedade do material utilizado. O que permite utilizar valores tabelados por fabricantes de ferramentas para aplicar no método η3 proposto por Marques et al. (2015). A Figura 3 mostra os resultados da comparação do torno CNC com o convencional. Por esse método o torno CNC tem uma eficiência menor que a do torno convencional, ficando bastante próximo dos resultados do método direto (η1) e não é necessário utilizar um dinamômetro. Esse método pode ser uma solução mais viável para se obter valores 8

9 Pc Artigo apresentado como requisito parcial à conclusão do mais precisos da eficiência comparado com o método indireto (η2). Uma hipótese para o aumento da diferença entre as curvas do torno convencional e o torno CNC com o aumento da taxa de remoção, se deve ao fato do torno CNC trabalhar com baixa rotação, o que diminui o carregamento e consequentemente o rendimento. Essa hipótese será discutida com detalhes mais adiante neste mesmo tópico. A relação entre a potência ativa e a potência de corte, obtida pelo dinamômetro, pode ser observada na Figura 4. As curvas da Figura 4 foram obtidas após uma interpolação linear, com um coeficiente de correlação na ordem de 0,999 para ambas as curvas. As curvas obtida para o torno CNC (Pc = Pe ) e para o torno convencional (Pc = 0.894Pe ) podem ser utilizadas, sem extrapolação, para estimar a potência de corte (Pc) para as condições de corte utilizadas neste estudo quando se dispõe apenas de um wattímetro Torno CNC Torno convencional Pe Figura 4. Relação da potência ativa com a potência de corte para 548 rpm A Figura 5 mostra a comparação entre a potência de corte obtida com o dinamômetro (método direto) entre o torno convencional e o CNC. Nesse gráfico é observado uma variação nos valores da potência de corte apenas nos dois últimos testes. Isso pode ter ocorrido devido ao aumento da força passiva, empurrando o carro transversal devido as folgas, que fez com que a profundidade de corte no torno convencional não fosse o valor real para os dois últimos testes, com isso houve uma diminuição da força de corte. Para a Figura 6, os dados apresentam a potência de corte indireta (Pci) que é obtida com o auxílio do wattímetro. No gráfico é possível afirmar que os valores da potência de corte para o torno CNC e o convencional, pelo método indireto, divergem com o aumento da profundidade de corte. Essa diferença foi observada na comparação do método indireto (η2) entre as máquinas. 9

10 Pci Pc Artigo apresentado como requisito parcial à conclusão do Torno CNC Torno convencional ap (mm) Figura 5. Potência de corte obtida com o auxílio do dinamômetro para 548 rpm Torno CNC Torno convencional ap (mm) Figura 6. Potência de corte indireta obtida pelo wattímetro para 548 rpm Comparando os resultados da potência ativa do experimento com os resultados dos testes realizados por Marques et al. (2015), vide Tabela 4 e 5, é possível observar uma diferença relativamente alta entre o torno convencional e o CNC. Como exemplo, os valores da potência ativa para 2 mm de profundidade de corte (ap) foi de 4342 W no torno convencional e para o torno CNC foi 5215 W. Já os valores da potência de corte foram: 2706 W e 2925 W para o torno convencional e para o torno CNC, respectivamente. Como a diferença dos resultados não foram lineares para a potência ativa e para a potência de corte, uma possível resposta para essa diferença seriam as perdas nos componentes elétricos do 10

11 torno CNC, já que a potência ativa leva em conta toda a potência consumida durante o processo e a potência de corte muda apenas em função da velocidade de corte e força de corte. A variação da potência de corte depende apenas dos parâmetros de corte selecionados. Como a eficiência de um motor elétrico aumenta com o aumento do carregamento, a solução foi realizar um novo experimento aumentado o carregamento no motor sem alterar os parâmetros de corte utilizados no primeiro experimento. Existem duas formas de aumentar o carregamento no motor: aumento da rotação ou aumento da força de corte. Nesse caso, se aumentar a força de corte, o desgaste dos insertos seriam muito alto que invibializam os testes. A solução foi aumentar a rotação para 1600 rpm e manter a velocidade de corte de acordo com as velocidades utilizadas no primeiro experimento. A Tabela 6 apresenta os testes feitos com 1600 rpm e utilizando os mesmos parâmetros e material do experimento de 548 rpm. Tabela 6 Resultados dos testes com 1600 rpm ap (mm) Q (mm3/s) Pc Dz Pe η1 η2 µc (J/mm3) µe (J/mm3) η3 1, ,9 57,4 2,182 4,466 50,5 1, ,6 61,3 2,179 4,220 53,5 1, ,8 64,1 2,290 4,339 52, ,0 68,6 2,376 4,246 53,2 Média 2,257 Os dados da Tabela 6, como a taxa de remoção, energia específica de corte (µc), energia específica elétrica (µe) comparado com os dados da Tabela 4, ficaram próximos. Isso faz com que seja possível comparar o experimento com 1600 rpm com o de 548 rpm. O objetivo desse segundo experimento era comparar as potências e perdas para avaliar se as características construtivas do torno CNC podem induzir a resultados distorcidos da eficiência. Como o carregamento no motor principal foi maior, as perdas (Dz) foram 250 W a mais em média. O que faz com que as perdas durante o corte também sejam maiores. Porém, os resultados da diferença entre a potência de corte (Pc) e a potência de corte indireta (Pci) foram menores, indicando que houve uma redução nas perdas nos componentes elétricos da máquina. Como exemplo, a diferença entre a potência de corte para 2 mm (ap) com 548 rpm foi 977 W e para 1600 rpm foi 631 W. A Figura 7 apresenta essa comparação entre 548 rpm e 1600 rpm. Uma possível explicação para parte dessas perdas nos componentes elétricos é de que os inversores de frequência possuem perdas de energia. Burt et al. (2006) estudou a eficiência dos inversores de frequência e constatou 3% de ineficiência com carregamento máximo. A outra explicação estaria na curva de rendimento do motor principal. Levando em conta os resultados dos dois experimentos, o motor principal do torno CNC teve um comportamento semelhante aos motores de indução, um rendimento melhor para a rotação de 1600 rpm, comparado com 548 rpm. Para uma melhor conclusão a respeito dessas perdas, será 11

12 Pc Artigo apresentado como requisito parcial à conclusão do necessário realizar outros testes variando a rotação para obter a curva de rendimento do motor principal do torno CNC Pc para 548 rpm Pci para 548 rpm Pc para 1600 rpm Pci para 1600 rpm 500 Figura 7. Comparação da potência de corte direta e indireta entre 548 rpm e 1600 rpm 5. CONCLUSÕES ap (mm) A estrutura complexa de uma máquina CNC faz com que a análise da eficiência seja mais complexa que a do torno convencional. No entanto, após a análise foi possível chegar a algumas conclusões de acordo com os resultados: - Considerando apenas a etapa de corte do material e levando em conta as mesmas condições de corte, o torno convencional possui uma eficiência energética maior que o torno CNC. Porém, existem outros fatores que determinam as escolhas dessas máquinas num processo de usinagem. Quando levado em conta a repetibilidade, precisão dimensional, produtividade, mão de obra, qualidade, quantidade de peças, entre outros, o torno CNC se torna muito mais vantajoso, fazendo desaparecer essa diferença do consumo de energia durante o corte. - Os resultados do método direto mostraram a eficiência energética real. Porém, é necessário um dinamômetro, o que faz os testes ficarem mais caros e não é prático para ser usado em fábricas. - O método indireto mostrou uma idéia errada da eficiência devido ao fato de não considerar as perdas no sistema elétrico. É útil para determinar os custos de um processo, mas não é útil para otimizar o processo. - O terceiro método é um método proposto para mostrar os resultados do método direto sem a utilização de um dinamômetro. É útil para a otimização de processos e de fácil implementação em fábricas. 12

13 6. REFERÊNCIAS Burt, C. M., Piao, X., Gaudi, F., Bryan Busch, B., Taufik, N. F. N. Electric Motor Efficiency under Variable Frequencies and Loads. Irrigation Training and Research Center Caetano, T. Inf. técnicas acionamentos Mitsubishi [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 7 de novembro de Draganescu, F., Gheorghe, M., Doicin, C.V. Models of machine tool efficiency and specific consumed energy. Journal of Materials Processing Technology EPE Empresa Pesquisa Energética. Consumo anual de energia elétrica por classe (nacional) ( Acessado em 20/12/2016. Gutowski, T., Dahmus, J., Thiriez, A. Electrical Energy Requirements for Manufacturing Processes. Proc. 13th CIRP Intl. Conf. on Life Cycle Engineering IEA - International Energy Agency. Energy-Efficiency Policy Opportunities for Electric Motor- Driven Systems p. Lv, J., Tang, R., Jia, S., Liu, Y. Experimental study on energy consumption of computer numerical control machine tools. Journal of Cleaner Production, Marques, A., Dias da Costa, D., Oliveira Lopes, E. M., Klein Gussoli, M. Avaliação da Eficiência Energética de Tornos Convencionais Baseada no Valor Médio da Energia Específica de Corte. 8 COBEF, Mori, M., Fujishima M., Inamasu Y., Oda Y. A study on energy efficiency improvement for machine tools. CIRP Ann. Manuf. Technol Shaw, M. C. Metal Cutting Principles. Oxford University Press, New York, USA p. Zhou, X., et al., An energy-consumption model for establishing energy-consumption allowance of a workpiece in a machining system, Journal of Cleaner Production (2015), Yoon, H-S., Lee, J-Y., Kim, M-S., Kim, E-S., Ahn, S-H. Empirical study of the power efficiency of various machining processes. 6th CIRP International Conference on High Performance Cutting,

14 ASSESSMENT OF THE METHODS OF ENERGY EFFICIENCY IN CNC LATHE AND CONVENTIONAL Abstract: Machine tools are responsible for a great amount of energy consumption into the manufacture system. Seeking sustainability, the industry is looking for reduction of the energy consumption. The need to determine the efficiency of the machine tools became a subject of research around the world, due to the difficulty to determine its efficiency. This present study aims to assess the methods which has been used to determine energy consumption and efficiency in CNC machines. During this study was noticed that using only active power as a parameter to determine machine efficiency, may induce wrong results. This study, also compared the energy efficiency between a conventional lathe and a CNC lathe. Keywords: Specific electrical energy, Energy efficiency, CNC lathe. 14

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE TORNOS CONVENCIONAIS BASEADA NO VALOR MÉDIO DA ENERGIA ESPECÍFICA DE CORTE

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE TORNOS CONVENCIONAIS BASEADA NO VALOR MÉDIO DA ENERGIA ESPECÍFICA DE CORTE AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE TORNOS CONVENCIONAIS BASEADA NO VALOR MÉDIO DA ENERGIA ESPECÍFICA DE CORTE Alessandro Marques, amarques@ufpr.br 1 Dalberto Dias da Costa, dalberto@ufpr.br 1 Eduardo

Leia mais

Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN

Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN 1 INTRODUÇÃO As principais vantagens em se tornear peças de material endurecido ao invés de retificá-las são a alta

Leia mais

Processos de Usinagem. Aula Forças, pressão específica e potência de corte -

Processos de Usinagem. Aula Forças, pressão específica e potência de corte - Aula 10 - Forças, pressão específica e potência de corte - Conseqüências dos Esforços na Ferramenta Cavaco,f Peça,n Ferramenta Atrito Forca Movimento relativo Calor Desgaste Material peça / material ferramenta

Leia mais

Condensadores para Supermercados

Condensadores para Supermercados Condensadores para Supermercados ECONOMIA DE ENERGIA EM REFRIGERAÇÃO PARA SUPERMERCADO COMPARATIVO ENTRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DO CONDENSADOR EM V ADIABÁTICO COM VARIADOR DE FREQÜÊNCIA E CONDENSADOR

Leia mais

Processos Mecânicos de Fabricação. Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais

Processos Mecânicos de Fabricação. Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville Processos Mecânicos de Fabricação Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais DEPS Departamento de Engenharia

Leia mais

FORÇAS E POTÊNCIAS NA USINAGEM

FORÇAS E POTÊNCIAS NA USINAGEM FORÇAS E POTÊNCIAS NA USINAGEM FORÇAS NA USINAGEM A força necessária para formar o cavaco, é dependente da tensão de cisalhamento do material da peça, das condições de usinagem e da área do plano de cisalhamento

Leia mais

SEM 0534 Processos de Fabricação Mecânica. Professor: Renato Goulart Jasinevicius

SEM 0534 Processos de Fabricação Mecânica. Professor: Renato Goulart Jasinevicius SEM 0534 Processos de abricação Mecânica Professor: Renato Goulart Jasinevicius Processos de abricação Mecânica Aula 5 orças de corte ORÇAS E POTÊNCIAS DE CORTE orça de usinagem u é a força total que atua

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO ASPECTOS DE PROCESSOS DE USINAGEM

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO ASPECTOS DE PROCESSOS DE USINAGEM TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO ASPECTOS DE PROCESSOS DE USINAGEM FERRAMENTAS DE USINAGEM Sandvik Desbaste de Aços Pastilhas Positivas T-MAX U Superfícies na Peça Superfície Transitória Superfície a Usinar

Leia mais

MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA ELÉTRICA EM PROCESSOS DE USINAGEM

MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA ELÉTRICA EM PROCESSOS DE USINAGEM MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA ELÉTRICA EM PROCESSOS DE USINAGEM Dalberto Dias da Costa - Universidade Federal do Paraná, DEMEC, Av. Cel. Francisco H. dos Santos, 100, CEP 81531-990, Curitiba, Paraná Brasil.

Leia mais

SEM 0343 Processos de Usinagem. Professor: Renato Goulart Jasinevicius

SEM 0343 Processos de Usinagem. Professor: Renato Goulart Jasinevicius SEM 0343 Processos de Usinagem Professor: Renato Goulart Jasinevicius Que ferramenta é essa? Para que serve? E essas? Que máquina é essa? Que máquina é essa? Aplainamento Aplainamento é uma operação de

Leia mais

APLICAÇÃO DE DOIS FLUIDOS DE CORTE SOLÚVEIS NO PROCESSO DE FURAÇÃO EM FERRO FUNDIDO CINZENTO

APLICAÇÃO DE DOIS FLUIDOS DE CORTE SOLÚVEIS NO PROCESSO DE FURAÇÃO EM FERRO FUNDIDO CINZENTO XIX Congresso Nacional de Estudantes de Engenharia Mecânica - 13 a 17/08/2012 São Carlos-SP Artigo CREEM2012 APLICAÇÃO DE DOIS FLUIDOS DE CORTE SOLÚVEIS NO PROCESSO DE FURAÇÃO EM FERRO FUNDIDO CINZENTO

Leia mais

Aula Nº 3 Mecanismo de Formação do Cavaco

Aula Nº 3 Mecanismo de Formação do Cavaco Aula Nº 3 Mecanismo de Formação do Cavaco objetivo do estudo (foco no cavaco): propiciar os fundamentos para a determinação (estimação) das forças, da rugosidade da superfície usinada e compreender o fenômeno

Leia mais

SISTEMA DE MEDIÇÃO AUTOMATIZADA PARA TESTES DE MOTORES DE INDUÇÃO E DE CORRENTE CONTÍNUA

SISTEMA DE MEDIÇÃO AUTOMATIZADA PARA TESTES DE MOTORES DE INDUÇÃO E DE CORRENTE CONTÍNUA ART530-07 - CD 262-07 - PÁG.:1 SISTEMA DE MEDIÇÃO AUTOMATIZADA PARA TESTES DE MOTORES DE INDUÇÃO E DE CORRENTE CONTÍNUA João Roberto Cogo*, Jocélio Souza de Sá*, Héctor Arango* *Escola Federal de Engenharia

Leia mais

SISTEMA FERRAMENTA NA MÃO

SISTEMA FERRAMENTA NA MÃO SISTEMA FERRAMENTA NA MÃO SISTEMA FERRAMENTA NA MÃO Para definir os planos e medir os ângulos da ferramenta é preciso selecionar um ponto de referência posicionado em qualquer parte do gume principal.

Leia mais

ANÁLISE QUALITATIVA PARA O ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA VIBRAÇÃO NO DESGASTE DA FERRAMENTA DE CORTE EM UM PROCESSO DE FRESAMENTO FRONTAL

ANÁLISE QUALITATIVA PARA O ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA VIBRAÇÃO NO DESGASTE DA FERRAMENTA DE CORTE EM UM PROCESSO DE FRESAMENTO FRONTAL ANÁLISE QUALITATIVA PARA O ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA VIBRAÇÃO NO DESGASTE DA FERRAMENTA DE CORTE EM UM PROCESSO DE FRESAMENTO FRONTAL André Luis Beloni dos Santos Carlos Roberto Ribeiro Marcus Antonio Viana

Leia mais

Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte;

Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte; ESTUDO DOS CAVACOS Cavaco é o material removido do tarugo (Billet) durante o processo de usinagem, cujo objetivo é obter uma peça com forma e/ou dimensões e/ou acabamento definidas. Exemplo: -lápis é o

Leia mais

OPERAÇÕES MECÂNICAS I

OPERAÇÕES MECÂNICAS I Professor Miguel Reale Professor Me. Claudemir Claudino Alves OPERAÇÕES MECÂNICAS I Aluno: data: / / ATIVIDADE 4 REVISÃO GERAL DE AJUSTAGEM, TORNEARIA. Exercício 9 Um eixo de comprimento L = 250mm, Vc

Leia mais

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE AVANÇO NO DESGASTE DA ARESTA DE UMA FERRAMENTA DE CORTE

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE AVANÇO NO DESGASTE DA ARESTA DE UMA FERRAMENTA DE CORTE ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE AVANÇO NO DESGASTE DA ARESTA DE UMA FERRAMENTA DE CORTE Matheus Nogueira Andrade, Tiago Batista Pereira, Msc. Marcos Vieira de Souza Centro Universitário de Itajubá,

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009 Questão 1 Conhecimentos Específicos - Fabricação Sobre a montagem de engrenagens para abertura de roscas em um torno, é correto afirmar: Deve-se garantir que a folga entre os dentes das engrenagens seja

Leia mais

Prof. Danielle Bond USINAGEM USINAGEM USINAGEM. Movimentos e Grandezas nos Processos de Usinagem

Prof. Danielle Bond USINAGEM USINAGEM USINAGEM. Movimentos e Grandezas nos Processos de Usinagem Prof. Movimentos e Grandezas nos Processos de Usinagem Recomenda-se a norma NBR 6162: Conceitos da Técnica de Usinagem- Movimentos e Relações Geométricas Os movimentos entre ferramenta e peça são aqueles

Leia mais

Rua do Manifesto, Ipiranga - São Paulo Fone: +55 (11)

Rua do Manifesto, Ipiranga - São Paulo Fone: +55 (11) 463 Máquinas Verticais Operação Manual Série 2000 Modelo St2001 Modelo St2002* Altura máxima de corte: 300mm Distância da lâmina de serra de fita à estrutura da máquina: 410mm Dimensão de mesa: 550mm de

Leia mais

CAESB. Aplicação de Inversores de Freqüência em sistemas de Bombeamento WORKSHOP SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. PoToPS. Philosophy

CAESB. Aplicação de Inversores de Freqüência em sistemas de Bombeamento WORKSHOP SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. PoToPS. Philosophy WORKSHOP SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Aplicação de Inversores de Freqüência em sistemas de Bombeamento CAESB Brasília DF 31/05/2006 Perfect Harmony Drive System 04.10.2006 1 Máquinas de Deslocamento Positivo

Leia mais

Atividade prática Partida triângulo + cálculos para motores

Atividade prática Partida triângulo + cálculos para motores Objetivos da aula Atividade prática Partida triângulo + cálculos para motores Partir motores de indução trifásicos; Entender a ligação triângulo e seus conceitos básicos; e Cálculos úteis para motores.

Leia mais

Motores Elétricos. Medição e Verificação de Performance. Mário Ramos

Motores Elétricos. Medição e Verificação de Performance. Mário Ramos Motores Elétricos Medição e Verificação de Performance Mário Ramos INTRODUÇÃO A eficiência energética é um conjunto de políticas e ações que tem por objetivo a redução dos custos da energia efetivamente

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE USINAGEM NO ACABAMENTO SUPERFICIAL E NA TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE PEÇAS TORNEADAS

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE USINAGEM NO ACABAMENTO SUPERFICIAL E NA TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE PEÇAS TORNEADAS ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE USINAGEM NO ACABAMENTO SUPERFICIAL E NA TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE PEÇAS TORNEADAS Daniel Fabião Setti 1, José Eduardo Ferreira de Oliveira 2, Luiz Roberto Oliveira

Leia mais

FORÇAS E POTÊNCIAS DE CORTE

FORÇAS E POTÊNCIAS DE CORTE SEM534 Processos de Fabricação Mecânica Proessor - Renato G. Jasinevicius Aula: Forças e Potências de Corte FORÇAS E POTÊNCIAS DE CORTE Força de usinagem Fu é a orça total que atua sobre uma cunha cortante

Leia mais

PMR 2450 PROJETO DE MÁQUINAS. Julio C. Adamowski Tarcísio Hess Coelho Gilberto F. Martha de Souza

PMR 2450 PROJETO DE MÁQUINAS. Julio C. Adamowski Tarcísio Hess Coelho Gilberto F. Martha de Souza PMR 2450 PROJETO DE MÁQUINAS Julio C. Adamowski Tarcísio Hess Coelho Gilberto F. Martha de Souza Objetivos Exercitar o projeto de uma máquina-ferramenta controlada por computador, aplicando os conceitos

Leia mais

AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS

AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS Prof. Fabricia Neres Tipos de Acionamento Os acionadores são dispositivos responsáveis pelo movimento nos atuadores. Podem ser classificados em: Acionamento Elétrico; Acionamento

Leia mais

Edleusom Saraiva da Silva José Hilton Ferreira da Silva

Edleusom Saraiva da Silva José Hilton Ferreira da Silva Edleusom Saraiva da Silva José Hilton Ferreira da Silva MODELAGEM E ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO AÇO ABNT 1045 TRATADO TERMICAMENTE Primeira Edição São Paulo 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 1 1.1.

Leia mais

PROCESSOS AVANÇADOS DE USINAGEM

PROCESSOS AVANÇADOS DE USINAGEM PROCESSOS AVANÇADOS DE USINAGEM E FABRICAÇÃO DE PEÇAS DE PLÁSTICO Prof. Lopes INCLUEM PROCESSOS DE REMOÇÃO DE MATERIAL : QUÍMICOS ELÉTRICOS TÉRMICOS MECÂNICOS Usinagem Química Filme Usinagem Quimica

Leia mais

A uma dada velocidade, como vou saber qual a marcha que eu devo estar? Ou seja, a que velocidade devo mudar de marcha?

A uma dada velocidade, como vou saber qual a marcha que eu devo estar? Ou seja, a que velocidade devo mudar de marcha? A hora certa de troca de marcha sempre foi um assunto polêmico entre os amantes da velocidade. A questão sempre é: A que rotação devo trocar a marcha do meu carro visando obter o máximo de performance

Leia mais

USINAGEM. Prof. Fernando Penteado.

USINAGEM. Prof. Fernando Penteado. USINAGEM Prof. Fernando Penteado. 1 Conceito O termo usinagem compreende todo processo mecânico onde a peça é o resultado de um processo de remoção de material (aparas de metal). segundo a DIN 8580,, aplica-se

Leia mais

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA ª EXPERIÊNCIA - ESTUDO DAS BOMBAS APLICAÇÃO DA ANÁLISE DIMENSIONAL E DA TEORIA DA SEMELHANÇA 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MÁQUINAS DE FLUXO ( BOMBAS, TURBINAS, COMPRESSORES, VENTILADORES) As máquinas que

Leia mais

Aula 7- Desgaste e Vida da Ferramenta

Aula 7- Desgaste e Vida da Ferramenta A vida da ferramenta é o tempo que a mesma trabalha efetivamente ( deduzidos os tempos passivos ), até perder sua capacidade de corte. Considerando um critério de fim-de-vida pré-estabelecido (exemplo

Leia mais

Table of Contents. Lucas Nülle GmbH Página 1/7

Table of Contents. Lucas Nülle GmbH Página 1/7 Table of Contents Table of Contents Eletrónica de potência Máquinas elétricas de 300W EEM 4 Máquinas assíncronas EEM 4.1 Motor de indução trifásico com gaiola de esquilo e torque máximo pronunciado 1 2

Leia mais

Método para ensaios de avaliação de usinabilidade de materiais metálicos utilizando torno CNC e torno convencional (mecânico)

Método para ensaios de avaliação de usinabilidade de materiais metálicos utilizando torno CNC e torno convencional (mecânico) VIII Encontro de Iniciação Científica do LFS 03-04 maio de 2007, 44-48 Método para ensaios de avaliação de usinabilidade de materiais metálicos utilizando torno CNC e torno convencional (mecânico) F. R.

Leia mais

ANÁLISE DO POTENCIAL DA INSERÇÃO DE CENTRO DE USINAGEM CINCO EIXOS NA INDÚSTRIA DE FERRAMENTARIA

ANÁLISE DO POTENCIAL DA INSERÇÃO DE CENTRO DE USINAGEM CINCO EIXOS NA INDÚSTRIA DE FERRAMENTARIA ANÁLISE DO POTENCIAL DA INSERÇÃO DE CENTRO DE USINAGEM CINCO EIXOS NA INDÚSTRIA DE FERRAMENTARIA HISTÓRIA 1930 1942 1956 1972 2007 2013 A Companhia é fundada sob o espírito inovador de Américo Emílio Romi

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Características de Desempenho 1ª Parte Características de Desempenho Para especificar uma máquina de fluxo, o engenheiro deve ter em mãos alguns dados essenciais: altura

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Nome: unesp DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Turma: Conservação da Massa e Quantidade de Movimento 1 - OBJETIVO Os principais objetivos desta aula prática é aplicar as equações

Leia mais

Para uma operação de usinagem, o operador considera principalmente os parâmetros:

Para uma operação de usinagem, o operador considera principalmente os parâmetros: Parâmetros de corte Parâmetros de corte são grandezas numéricas que representam valores de deslocamento da ferramenta ou da peça, adequados ao tipo de trabalho a ser executado, ao material a ser usinado

Leia mais

COMPONENTES DA FORÇA DE USINAGEM NO TORNEAMENTO DE LIGAS NÃO FERROSAS E AÇOS ABNT 1020 e 1045.

COMPONENTES DA FORÇA DE USINAGEM NO TORNEAMENTO DE LIGAS NÃO FERROSAS E AÇOS ABNT 1020 e 1045. COMPONENTES DA FORÇA DE USINAGEM NO TORNEAMENTO DE LIGAS NÃO FERROSAS E AÇOS ABNT 12 e 145. Jean Robert Pereira Rodrigues 1 José Roberto Pereira Rodrigues 2 Jose Carlos Sousa dos Santos 3 Alexandre Sordi

Leia mais

Prof. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação

Prof. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação Prof. Processos Mecânicos de Fabricação Profª Dra. Processos Mecânicos de Fabricação Processos Mecânicos de Fabricação PROCESSOS METALÚRGICOS Aplicação de temperatura PROCESSOS MECÂNICOS Aplicação de tensão

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DE MOTORES

DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DE MOTORES UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO I Departamento de Engenharia ÁREA DE MÁQUINAS E ENERGIA NA AGRICULURA I 154- MOORES E RAORES DEERMINAÇÃO DA OÊNCIA DE MOORES Carlos Alberto Alves Varella 1

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA FERRAMENTA

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA FERRAMENTA TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA GEOMETRIA DA A geometria da ferramenta influencia na: Formação do cavaco Saída do cavaco Forças de corte Desgaste da ferramenta Qualidade final da peça GEOMETRIA

Leia mais

Experiência I Lab. de Conv. Eletrom. de Energia B Prof. N.SADOWSKI GRUCAD/EEL/CTC/UFSC 2005/2

Experiência I Lab. de Conv. Eletrom. de Energia B Prof. N.SADOWSKI GRUCAD/EEL/CTC/UFSC 2005/2 Experiência I Obtenção Experimental dos Parâmetros do Circuito Equivalente do Motor de Indução Trifásico Ensaio com o Rotor Travado e Ensaio a Vazio O Laboratório de Máquinas Elétricas do Departamento

Leia mais

Condições Econômicas de Corte no. Torneamento Cilíndrico

Condições Econômicas de Corte no. Torneamento Cilíndrico Condições Econômicas de Corte no Torneamento Cilíndrico Usinagem I - Prof. Anna Carla Araujo - 2014/1 - DEM/UFRJ 25 de Junho de 2015 O intervalo de máxima eficiência é a faixa de velocidades compreendida

Leia mais

DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS

DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS Ricardo Martini Rodrigues [1] Paulo José Amaral Serni [2] José Francisco Rodrigues [3] Luiz Gonzaga Campos Porto [4] Departamento de Engenharia

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA DISCURSIVA

ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA DISCURSIVA IF SUDESTE MG REITORIA Av. Francisco Bernardino, 165 4º andar Centro 36.013-100 Juiz de Fora MG Telefax: (32) 3257-4100 ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA DISCURSIVA O sorteio do tema da prova discursiva ocorrerá

Leia mais

Table of Contents. Table of Contents. Eletrónica de potência Máquinas elétricas de 300W EEM 3 Máquinas CA EEM 3.1 Motor universal

Table of Contents. Table of Contents. Eletrónica de potência Máquinas elétricas de 300W EEM 3 Máquinas CA EEM 3.1 Motor universal Table of Contents Eletrónica de potência Máquinas elétricas de 300W EEM 3 Máquinas CA EEM 3.1 Motor universal Table of Contents EEM 3.3 motor de indução de fase única com enrolamento de excitação bifilar6

Leia mais

ANÁLISE DO SINAL DE ÁUDIO NO FRESAMENTO DE DESBASTE DE MOLDES PARA INJEÇÃO DE PLÁSTICO

ANÁLISE DO SINAL DE ÁUDIO NO FRESAMENTO DE DESBASTE DE MOLDES PARA INJEÇÃO DE PLÁSTICO 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6 th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING 11 a 15 de abril de 2011 Caxias do Sul RS - Brasil April 11 th to 15 th, 2011 Caxias do Sul RS

Leia mais

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1 Resumo de exercícios de bombas Exercício 1 Considere uma bomba centrífuga cuja geometria e condições de escoamento são : Raio de entrada do rotor = 37,5 mm, raio de saída = 150 mm, largura do rotor = 12,7

Leia mais

Máquinas de Fluxo. Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia

Máquinas de Fluxo. Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia Máquinas de Fluxo Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia Professora Esp. Claudia Beatriz Bozz Engenheira Mecânica Engenharia de Segurança do Trabalho Turbinas São equipamentos que tem por finalidade

Leia mais

SISTEMA PARA ESTUDO E TREINAMENTO NO ACIONAMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS COM INVERSOR DE FREQUÊNCIA E AQUISIÇÃO DE DADOS

SISTEMA PARA ESTUDO E TREINAMENTO NO ACIONAMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS COM INVERSOR DE FREQUÊNCIA E AQUISIÇÃO DE DADOS DLB MAQCA 1893 SISTEMA PARA ESTUDO E TREINAMENTO NO ACIONAMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS COM INVERSOR DE FREQUÊNCIA E AQUISIÇÃO DE DADOS Este conjunto didático de equipamentos foi idealizado para possibilitar

Leia mais

SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula 5 Processo de Torneamento. Professor: Alessandro Roger Rodrigues

SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula 5 Processo de Torneamento. Professor: Alessandro Roger Rodrigues SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica Aula 5 Processo de Torneamento Professor: Alessandro Roger Rodrigues Processo: Torneamento Definições: Torneamento é o processo de usinagem para superfícies cilindricas

Leia mais

Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação

Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação Processos Mecânicos de Fabricação Profª Dra. Processos Mecânicos de Fabricação Processos Mecânicos de Fabricação PROCESSOS METALÚRGICOS Aplicação de temperatura PROCESSOS MECÂNICOS Aplicação de tensão

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 0472 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça AULA 10 ROTEIRO Tópicos da aula:

Leia mais

FRESADORA. Equipe: Bruno, Desyrêe, Guilherme, Luana

FRESADORA. Equipe: Bruno, Desyrêe, Guilherme, Luana FRESADORA Equipe: Bruno, Desyrêe, Guilherme, Luana O que é: Máquina que possui movimento de rotação e que permite movimentar a peça em 3 ou mais eixos. (lineares ou giratórios). Máquina para execução facilitada

Leia mais

Eficiência Energética Cocelpa

Eficiência Energética Cocelpa Eficiência Energética Cocelpa 1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nome fantasia: Cocelpa Ramo de atividade: Papel e Celulose Localização: Araucária / PR Estrutura tarifária: Horo-sazonal Azul A4 Demanda Contratada:

Leia mais

Para se planejar o processo de fabricação da peça é necessário conhecer em detalhes as suas características, como:

Para se planejar o processo de fabricação da peça é necessário conhecer em detalhes as suas características, como: Usinagem de peças a partir de blanks em tornos automáticos CNC Este artigo tem por objetivo apresentar as maneiras de se produzir peças torneadas em série e de forma automática através da utilização de

Leia mais

A resistência de um fio condutor pode ser calculada de acordo com a seguinte equação, (Alexander e Sadiku, 2010):

A resistência de um fio condutor pode ser calculada de acordo com a seguinte equação, (Alexander e Sadiku, 2010): QUESTÃO 2 A resistência de um fio condutor pode ser calculada de acordo com a seguinte equação, (Alexander e Sadiku, ): R = ρ. l A [Ω], em que: ρ é a resistividade do material condutor, l é o comprimento

Leia mais

Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação

Processos Mecânicos de Fabricação. Profª Dra. Danielle Bond. Processos Mecânicos de Fabricação. Processos Mecânicos de Fabricação Processos Mecânicos de Fabricação Profª Dra. Processos Mecânicos de Fabricação Processos Mecânicos de Fabricação PROCESSOS METALÚRGICOS Aplicação de temperatura PROCESSOS MECÂNICOS Aplicação de tensão

Leia mais

Estações Elevatórias de Água

Estações Elevatórias de Água Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: Hidráulica Aplicada Estações Elevatórias de Água Renato de Oliveira Fernandes Professor

Leia mais

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS SEL0423 - LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS Conexão da máquina de indução como gerador João Victor Barbosa Fernandes NºUSP: 8659329 Josias Blos NºUSP: 8006477 Rafael Taranto Polizel NºUSP: 8551393 Rodolfo

Leia mais

Retirado da Apostila DIDATECH - Programação Fanuc21T OS CÓDIGOS DOS PROGRAMAS FORAM ALTERADOS CONFORME O SOFTWARE FANUCL - DENFORD

Retirado da Apostila DIDATECH - Programação Fanuc21T OS CÓDIGOS DOS PROGRAMAS FORAM ALTERADOS CONFORME O SOFTWARE FANUCL - DENFORD Estrutura do Programa C.N. Programa C.N. é a transformação do desenho da peça em códigos que são interpretados pelo comando. O programa C.N. é composto por uma seqüência finita de blocos que são memorizados

Leia mais

FEPI , Page 1 Tecnologia Mecânica II

FEPI , Page 1 Tecnologia Mecânica II 28.09.2009, Page 1 APLAINAMENTO O Aplainamento consiste em obter superfícies planas em posição horizontal, vertical ou inclinada. A ferramenta utilizada tem apenas uma aresta cortante que retira o sobremetal

Leia mais

2 Revisão Bibliográfica

2 Revisão Bibliográfica 2 Revisão Bibliográfica Estre capítulo visa apresentar o estado da arte da modelagem numérica do corte de metais e rochas utilizando o Método dos Elementos Finitos (MEF). Na literatura é encontrado um

Leia mais

Aula: Movimentos e grandezas da Usinagem

Aula: Movimentos e grandezas da Usinagem SEM534 Processos de Fabricação Mecânica Proessor - Renato G. Jasinevicius Aula: Movimentos e grandezas da Usinagem Cinemática dos processos Rotacionais e Não Rotacionais Torneamento Retiicação Furação

Leia mais

NOTAS DE AULAS (Práticas de Oficina)

NOTAS DE AULAS (Práticas de Oficina) Módulo: Processo de Fabricação PROCESSOS DE USINAGEM CONVENCIONAIS I. Introdução Todos os conjuntos mecânicos que nos cercam são formados por uma porção de peças: eixos, anéis, discos, rodas, engrenagens,

Leia mais

PROCESSOS DE USINAGEM I

PROCESSOS DE USINAGEM I PROCESSOS DE USINAGEM I Prof. Arthur Bortolin Beskow AULA 04 1 MECANISMO DA FORMAÇÃO DO CAVACO O cavaco é o principal ponto em comum entre os processos de usinagem, pois é o subproduto final presente em

Leia mais

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica.

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica. -Semelhança geométrica. Semelhança hidrodinámica. -Semelhança cinemática. - Semelhança dinámica. Semelhança geométrica Semelhança geométrica é cumprida quando são iguais os ângulos semelhantes das máquinas

Leia mais

Linha AW. Series. Comando Siemens. Comando Fanuc. Processo de Usinagem de Rodas de Alumínio utilizando Máquinas e Robô Hyundai F500 L500/600AW

Linha AW. Series. Comando Siemens. Comando Fanuc. Processo de Usinagem de Rodas de Alumínio utilizando Máquinas e Robô Hyundai F500 L500/600AW Linha AW Series Processo de Usinagem de Rodas de Alumínio utilizando Máquinas e Robô Hyundai F500 L500/600AW Comando Fanuc Comando Siemens Descarga através de esteira L500/600AW Carga através de esteira

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS. M.Sc. Alan Sulato de Andrade.

Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS. M.Sc. Alan Sulato de Andrade. Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Como as bombas, os ventiladores são equipamentos

Leia mais

Water Cooled Motor refrigerado à água

Water Cooled Motor refrigerado à água Motores I Automação I Energia I Transmissão & Distribuição I Tintas Water Cooled Motor refrigerado à água Baixo nível de ruído Fácil manutenção Baixo custo operacional Motores Water Cooled Os motores refrigerados

Leia mais

Motores Elétricos. Conteúdo. 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC

Motores Elétricos. Conteúdo. 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC Motores Elétricos Conteúdo 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC Motores Elétricos 2 1.0 MOTOR SÍNCRONO Os motores síncronos são motores de velocidade constante e proporcional com a frequência

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR Prof. FERNANDO BÓÇON, Dr.Eng. Curitiba, setembro de 2015 IV - TURBINAS A VAPOR 1. GENERALIDADES 1.1

Leia mais

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ESTÁ NA HORA DE VOCÊ SE PREOCUPAR COM ISSO. PLANO DE TROCA DE MOTORES ELÉTRICOS WEG e FG NA FG SEU USADO VALE MAIS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ESTÁ NA HORA DE VOCÊ SE PREOCUPAR COM ISSO.

Leia mais

Descrição do processo de Modelagem e Simulação em quatro etapas no ambiente AMESim

Descrição do processo de Modelagem e Simulação em quatro etapas no ambiente AMESim Descrição do processo de Modelagem e Simulação em quatro etapas no ambiente AMESim Similarmente a outros softwares de modelagem e simulação, a utilização do sistema AMESim está baseada em quatro etapas:

Leia mais

6. Conclusões e recomendações

6. Conclusões e recomendações 87 6. Conclusões e recomendações É importante relembrar que o funcionamento do motor de um grupo gerador, para uma revolução de 1800 RPM, sempre irá atingir o seu melhor desempenho, pois é fabricado para

Leia mais

Capítulo 5: Curvas Operacionais de Sistemas de Bombeamento

Capítulo 5: Curvas Operacionais de Sistemas de Bombeamento Curvas Operacionais De Sistemas de Bombeamento 5.1 Curvas Características de Sistemas de Bombeamento A curva característica do sistema é formada pela contribuição da altura estática de elevação h e mais

Leia mais

Retificadoras de Internos Série I / I22

Retificadoras de Internos Série I / I22 * Imagem ilustrativa, a máquina pode estar equipada com acessórios opcionais. Vendas Rua Augusto Tolle, N 787, Cj. 35 Santana, São Paulo - SP Tel. (11) 3673-3922 E-mail: vendas@ferdimat.com.br www.ferdimat.com.br

Leia mais

INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS. Escolha da Bomba

INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS. Escolha da Bomba INSTALAÇÕES ELEVATÓIAS Escolha da Bomba Escolha da Bomba: principais parâmetros para dimensionamento de uma instalação elevatória ρ = ρ cte cte Máquinas de Fluido BFT Máquinas Hidráulicas Máquinas Térmicas

Leia mais

MANUAL DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO

MANUAL DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO manual do usuário PROCEL SANEAR MANUAL DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA AMT rotação máxima CURVA DA BOMBA ponto de operação curva de rendimento máximo CURVA DO SISTEMA VAZÃO HEBER PIMENTEL

Leia mais

ESTUDO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DE CORTE NO FRESAMENTO FRONTAL

ESTUDO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DE CORTE NO FRESAMENTO FRONTAL ESTUDO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DE CORTE NO FRESAMENTO FRONTAL Melo, A. C. A. Machado, A. R. Lima & Silva, S. M. M. Guimarães, G. Universidade Federal de Uberlândia, acamelo@mecanica.ufu.br Resumo. São

Leia mais

AT411 Processos de corte Prof. Carlos Eduardo Camargo de Albuquerque

AT411 Processos de corte Prof. Carlos Eduardo Camargo de Albuquerque 1 2 GRANDEZAS DE CORTE CONCORDANTE Pe: plano de trabalho, em que passando pelo ponto de corte escolhido contém as direções de corte e avanço; Vc: velocidade de corte (m/s); Ve: velocidade eetiva (m/s);

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 4 ROTEIRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 4 ROTEIRO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB047 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça AULA 4 ROTEIRO Tópicos da aula 4: )

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus de Guaratinguetá, Departamento de Energia

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Guaratinguetá, Departamento de Energia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus de Guaratinguetá, Departamento de Energia Disciplina: Laboratório de Sistemas Térmicos Professor: José Alexandre Matelli LEVANTAMENTO DO

Leia mais

Estações Elevatórias de Água

Estações Elevatórias de Água Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: Hidráulica Aplicada Estações Elevatórias de Água Renato de Oliveira Fernandes Professor

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 GRUPOS MOTOGERADORES PROJETO PRELIMINAR GMG PROJETO PRELIMINAR Para dimensionar um GMG o primeiro passo é a determinação

Leia mais

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA. Aula Prática Curvas Características e Associação de Bombas Centrífugas

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA. Aula Prática Curvas Características e Associação de Bombas Centrífugas Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Disciplina: ENS5101 Hidráulica LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA Aula Prática Curvas Características

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM FERRAMENTAS CERÂMICAS DE NITRETO DE SILÍCIO

AVALIAÇÃO DAS TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM FERRAMENTAS CERÂMICAS DE NITRETO DE SILÍCIO 28 de junho a 1º de julho de 2004 Curitiba-PR 1 AVALIAÇÃO DAS TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM FERRAMENTAS CERÂMICAS DE NITRETO DE SILÍCIO M. A. Lanna, A. A. L. Bello, J. V. C. Souza. Centro Técnico Aeroespacial,

Leia mais

Aplicação do EcoDrive. Descubra os benefícios e desafios de uma transformação ecológica na sua empresa.

Aplicação do EcoDrive. Descubra os benefícios e desafios de uma transformação ecológica na sua empresa. Aplicação do EcoDrive. Descubra os benefícios e desafios de uma transformação ecológica na sua empresa. O EcoDrive pode reduzir o consumo de energia, ajudando a melhorar sua eficiência energética. O consumo

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Medição de vazão e curva-chave. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Medição de vazão e curva-chave. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Medição de vazão e curva-chave Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Conhecer um método analítico de estimar vazão em escoamento

Leia mais

Motores Eficientes Estado da Arte

Motores Eficientes Estado da Arte Motores Eficientes Estado da Arte Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - fundada em 1937, com o objetivo de mobilizar o setor de máquinas e equipamentos, defendendo os interesses

Leia mais

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes   Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ INSTALAÇÕES DE RECALQUE Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ MÁQUINA DESIGNAÇÃO GENÉRICA DADA A TODO TRANSFORMADOR DE ENERGIA. ELA ABSORVE

Leia mais

26/11/ Agosto/2012

26/11/ Agosto/2012 26/11/2012 1 Agosto/2012 Motores Elétricos 26/11/2012 2 Motores Elétricos Conceitos Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos de

Leia mais

PROJETO DE REJEIÇÃO DE CARGA EM SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA

PROJETO DE REJEIÇÃO DE CARGA EM SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA PROJETO DE REJEIÇÃO DE CARGA EM SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA SCURA, José Dirlei 1 1 Acadêmico do curso de graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva FAIT RESUMO

Leia mais

ENG Processos Discretos de Produção. Movimentos e parâmetros de corte. Heraldo Amorim

ENG Processos Discretos de Produção. Movimentos e parâmetros de corte. Heraldo Amorim ENG 03021 Processos Discretos de Produção Movimentos e parâmetros de corte Heraldo Amorim Geometria da Ferramenta de Corte Comparação entre ferramentas de barra (bits) e insertos intercambiáveis Bit de

Leia mais

PMR 2202 Projeto 2 - Estampagem

PMR 2202 Projeto 2 - Estampagem PMR 2202 Projeto 2 - Estampagem Os ensaios de fabricação avaliam características intrínsecas do material em produção. Geralmente processos de conformação mecânica de materiais metálicos exigem o conhecimento

Leia mais

Os alunos que concluam com sucesso esta unidade curricular deverão ser capazes de:

Os alunos que concluam com sucesso esta unidade curricular deverão ser capazes de: MÁQUINAS ELÉTRICAS [10011] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS Esta unidade curricular tem como objetivo dotar os alunos dos conhecimentos fundamentais no domínio de máquinas elétricas, partindo-se de uma

Leia mais