Apresentação. Valter Ferrari

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Apresentação. Valter Ferrari"

Transcrição

1 1

2 Apresentação Apresentar Noel Rosa?! Seria um desatino tentar definir figura tão intensa e importante na música e cultura brasileira, que compôs tanto em tão pouco tempo, que trouxe o ritmo do morro para as rádios e fez com que tantos brasileiros pudessem conhecer o significado de um termo, que até então não era reconhecido, em nem uma ínfima parte do que outrora iria se tornar, o ritmo que provavelmente definiria esse país, porque todo o Mundo sabe: o Brasil, é o país do Samba. Mas até aquele momento, o país não sabia. Em uma vida regada a boemia e relações conturbadas, Noel só não conseguia era parar de criar, entre tantas cidades e escolas de samba do Rio ficou reconhecido, entre tantos cabarés e casos passou. Mas a para o bem e para o mal, a arte e vida de Noel Rosa foram efêmeras, porém tão marcantes que estão eternizadas nas canções, regadas em histórias que continuam a tocar no peito, de quem sabe o que é o samba de verdade. Valter Ferrari 3

3 Sumário Apresentação... 3 Biografia... 6 Entrevista... 9 Canções Não morre tão cedo Minha viola Com que roupa? Gago apaixonado Riso de criança Fita amarela Meu barracão Não tem tradução Três apitos Rapaz folgado Capricho de rapaz solteiro Dama do cabaré Conversa de botequim Palpite infeliz Só pode ser você Eu sei sofrer Último desejo Discografia Filmes Livros Créditos

4 Biografia Noel Rosa foi um compositor, cantor e violonista brasileiro. Um dos mais importantes artistas da história da música popular brasileira. Em pouco tempo de vida compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre suas músicas destacam-se, Com Que Roupa, seu primeiro sucesso que continha melodia do Hino Nacional e daí o surgimento do que viria a ser um grande sucesso; Conversa de Botequim, Feitiço da Vila e Fita Amarela. Ficou conhecido como O Poeta da Vila. Noel, nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, tornando-se anos mais tarde conhecido como o Poeta da Vila. Morou durante seus vinte e seis anos e meio de vida na mesma casa na rua Teodoro da Silva, que tempos depois seria demolida para a construção de um prédio residencial que leva seu nome. Filho de Manuel Medeiros Rosa, que era gerente de camisaria, e da professora Marta de Azevedo a qual lhe ensinou tocar violão e bandolim. Teve em seu nascimento fratura e afundamento do maxilar provocados pelo fórceps, além de uma pequena paralisia na face direita, que o deixou desfigurado para o resto da vida. Apesar das cirurgias sofridas aos 6 e 12 anos de idade não obteve resultados bons, por conta da baixa estrutura na área de ortopedia na época. Quando seu pai foi trabalhar como agrimensor numa fazenda de café, sua mãe abriu uma escola dentro de casa, passando a sustentar os dois filhos, Noel e Hélio, o mais novo, nascido em Já alfabetizado pela mãe, foi matriculado no Colégio Maisonnete quando tinha treze anos, depois foi para o São Bento, onde ficou até 1928, recebendo dos colegas o apelido de Queixinho. Noel não demonstrou ser o melhor aluno da turma ou escola enquanto esteve no Colégio São Bento, de personalidade forte, sempre foi rebelde e não concordava com os padrões que o colégio empunhava. Em 1930 ingressa na Faculdade Nacional de Medicina, mas depois de dois anos abandonou o curso. Já estava envolvido com a música e a boemia. Formou junto com os músicos Almirante, Braguinha, Alvinho e Henrique Brito, o conjunto Bando de Tangarás. Entre os anos de 1930 a 1937, Noel compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre os interpretes de seus sambas estão: Aracy de Almeida, Francisco Alves e Mário Reis. Mestres da Música Popular Brasileira como Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola, fazem questão de realçar a influência que Noel Rosa teve em suas músicas. Casou-se com Lindaura em dezembro de Uma jovem de 13 anos que engravidou de Noel, e foi sujeita a casar-se com ele por pressão de sua mãe. Lindaura sofreu um aborto espontâneo no meado de sua gestação, e, devido as complicações por causa da forte hemorragia, afetando seu aparelho uterino, não pôde mais ter filhos, o que a deixou muito revoltada e deprimida. Foi por isso Noel Rosa não foi pai, o que o deixou muito mal, já que era seu maior desejo. Apesar da união com Lindaura, e amá-la da sua forma, não modificou seus hábitos boêmios, que acabariam por comprometer irremediavelmente a sua saúde. Teve paixões por mulheres que se tornaram musas de alguns de seus sambas, como no caso de Ceci, dançarina de um cabaré da Lapa. Para ela, compôs Dama do Cabaré e Último desejo. Ao se separar de Ceci, Noel padeceu em depressão por alguns meses, e travou uma batalha contra a tuberculose. No início de 1935, já com os dois pulmões lesionados, viajou com a mulher para se tratar em Belo Horizonte, e tentar salvar seu casamento. Ao chegar na capital mineira, se hospedou na casa de uma tia, porém, o tratamento durou poucos dias, pois o compositor logo começou a frequentar os bares e o meio artístico da cidade. Escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: Já apresento melhoras/pois levanto muito cedo/e deitar às nove horas/para mim é um brinquedo/a injeção me tortura/e muito medo me mete/mas minha temperatura/não passa de trinta e sete/creio que fiz muito mal/em desprezar o cigarro/pois não há material/para o exame de escarro. Em seguida, começou a trabalhar na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na vida boêmia. O fato de não ter parado de beber e fumar, não fazer repouso absoluto e continuar pegando sereno nas madrugadas, pioraram sua tuberculose. Quanto ao seu casamento Lindaura se dizia cansada das traições do marido e ameaçou deixa-lo. Noel por outro lado, não queria a separação pois amava a esposa. Por conta do peso de vergonha que as mulheres carregavam na época por se divorciarem, Lindaura reconsiderou deixa-lo. Ainda em Minas, em maio desse mesmo ano, recebeu a notícia do suicídio do pai, que se enforcou na casa de saúde onde estava internado para tratamento dos nervos. Apresentando algumas melhoras, em setembro retornou ao Rio de Janeiro. Contudo, em fevereiro de 1936, viajou para Nova Friburgo (RJ) por ordens médicas. Mesmo assim se apresentou no cinema local que frequentava e nos bares da cidade. Retornou ao Rio bastante adoentado. Por sugestão de amigos e familiares, foi para Barra do Piraí, em abril do mesmo ano, em busca de repouso para tentar curar a tuberculose. Após uma semana, visitou, no dia 1 de maio, a represa de Ribeirão das Lajes e começou a sentir arrepios e a passar mal. Retornou à pensão com febre. Durante a noite sofreu uma grave crise de hemoptise e o médico que o atendeu advertiu que não havia recursos para tratar dele naquela cidade. Na manhã de 2 de maio, voltou ao Rio com Lindaura, às pressas, num táxi, em estado muito grave, do qual não conseguiria se recuperar. Durante dois dias recebeu visitas de muitos amigos, entre os quais Marília Baptista e Orestes Barbosa. Morreu na noite do dia 04 de maio, enquanto em frente à sua casa comemoravam o aniversário de uma vizinha numa festa em que tocavam suas músicas. Diversas versões sobre sua morte foram publicadas em diferentes jornais e biografias, onde se fez referência até a um ataque cardíaco. Ao seu enterro compareceram muitas personalidades da música e do rádio. À beira de seu túmulo, Ary Barroso fez um discurso emocionado, homenageando o amigo e parceiro. Depois de alguns anos de sua morte, seu nome ficou esquecido durante a década de 1940, até que Aracy de Almeida, em 1950, passou a cantar na famosa boate Vogue, incorporando sambas inéditos dele ao seu repertório. Desde aí, o compositor foi redescoberto e passou a ser homenageado pelo público e por autoridades, como no caso do busto inaugurado na Praça Tobias Barreto e que hoje se encontra na Praça Barão de Drummond, Vila Isabel, e pela comunidade de Vila Isabel, que inaugurou um monumento no Cemitério São Francisco Xavier, onde o compositor foi sepultado, em comemoração ao cinquentenário do nascimento do sambista. Em 1967, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro - que acabara de lançar o elepê Noel Rosa por Noel Rosa, com o compositor cantando suas próprias músicas - fez também uma grande homenagem ao Poeta da Vila em seus 30 anos de morte, inaugurando exposição comemorativa e juntando os amigos remanescentes em gravação histórica conduzida por R. C. Albin em 4 de maio daquele ano. Em 1987, várias solenidades e eventos lembraram o cinquentenário de seu falecimento. 6 7

5 Entrevista Interessante entrevista póstuma com Noel Rosa, feita pelo jornalista Sérgio Cabral - (o pai) - e que foi publicada na edição de número 201 do Pasquim, em maio de Boa leitura! O que você quiser saber está na minha obra! Trinta e seis anos depois de sua morte (morreu dia 4 de maio de 1937), procurei Noel Rosa para uma entrevista. - Eu não tenho nada a dizer. O que você quiser saber está na minha obra disse ele modestamente. O resultado foi esta entrevista. Se não estiver boa, não ponham a culpa exclusivamente no repórter. Afinal, o entrevistado não dá entrevista há, pelo menos, 36 anos. Sérgio Cabral 8 9

6 O PASQUIM Você um cara cheio de problemas de saúde, não saía dos bares, bebendo a noite inteira, batendo papo, etc. NOEL ROSA Saber sofrer é uma arte. E pondo a modéstia de parte, eu sei sofrer. O PASQUIM Então você sofreu pra burro. NOEL ROSA Mesmo assim não cansei de viver. O PASQUIM Mas as mulheres de vez em quando, te faziam sofrer mais ainda. NOEL ROSA Quem sofreu mais do que eu não nasceu. O PASQUIM - Uma das suas mulheres foi até visitá-lo, quando você esteve doente. Mas você estava fora. Por que ela foi lá? NOEL ROSA Porque pretendia somente saber qual era o dia que eu deixaria de viver. O PASQUIM Você sofreu várias decepções mas continuou amando. NOEL ROSA Nunca se deve jurar não mais amar a ninguém. O PASQUIM Quer dizer que você não tem nada contra o amor. NOEL ROSA Quem fala mal do amor não sabe a vida gozar. O PASQUIM Mas você, de vez em quando, fala mal da mulher. NOEL ROSA A mulher mente brincando e, às vezes, brinca mentindo. O PASQUIM Explica isso melhor. NOEL ROSA Quando ri está chorando e quando chora está sorrindo. O PASQUIM Você sabe se a Betty Friedman o conhecesse teria uma imensa bronca de você que é contra a mulher trabalhando. NOEL ROSA Todo cargo masculino, seja grande ou pequenino, hoje em dia é pra mulher. O PASQUIM Mas o que é que atrapalha isso, Noel? NOEL ROSA E por causa dos palhaços, ela esquece que tem braços. Nem cozinhar ela quer. O PASQUIM Mas os direitos são iguais. NOEL ROSA Os direitos são iguais, mas até nos tribunais a mulher faz o que quer. O PASQUIM Então não são tão iguais assim. NOEL ROSA Pois o homem já nasceu dando a costela à mulher. O PASQUIM Essa história não é bem assim, não. É preciso discutir. NOEL ROSA Mas não quero discussão. O PASQUIM Da discussão sai a razão. NOEL ROSA Mas às vezes sai pancada. O PASQUIM Você gosta mesmo é de samba, não é? NOEL ROSA O mundo é um samba em que eu danço sem nunca sair do meu trilho. O PASQUIM Você acha mesmo o samba um troço importante? NOEL ROSA Exprime dois terços do Rio de Janeiro. O PASQUIM Tenho vários amigos que não gostam de samba, querem voar mais alto. NOEL ROSA Mas quem voa em grande altura leva sempre grande queda. O PASQUIM Não fale assim, Noel, os caras podem se chatear. NOEL ROSA O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado. O PASQUIM Assim como você está falando, o que é que quer que eles pensem de você? NOEL ROSA Que entre nós o páreo é duro. O PASQUIM Mas vão acabar seus inimigos. NOEL ROSA Meus inimigos, que hoje falam mal de mim, vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim. O PASQUIM Pelo que vejo, não se pode falar mal do samba perto de você. NOEL ROSA O samba é a corda e eu sou a caçamba. O PASQUIM Você não tem medo de ninguém? NOEL ROSA Sou independente como se vê. O PASQUIM Independente? Está rico? NOEL ROSA Não consigo ter nem pra gastar. O PASQUIM Ou seja: está durão. NOEL ROSA Já estou coberto de farrapo, eu vou acabar ficando nu. Meu paletó virou estopa e eu nem sei mais com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou. O PASQUIM Você não vai porque está com medo dos malandros do samba. NOEL ROSA Não tenho medo de bamba. Na roda do samba, eu sou bacharel. O PASQUIM Como é que é esse negócio de bacharel? NOEL ROSA Quando me formei no samba recebi uma medalha. O PASQUIM Você vive em tudo que é samba, não é? NOEL ROSA A polícia em todo canto proibiu a batucada. Eu vou pra Vila onde a polícia é camarada. O PASQUIM O samba em Vila Isabel é de noite ou de dia? NOEL ROSA O sol da Vila é triste. Samba não assiste porque a gente implora: Sol, pelo amor de Deus, não venha agora que as morenas vão logo embora. O PASQUIM Mas tem mais samba em outros lugares, Noel. NOEL ROSA Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, Oswaldo Cruz e Matriz. O PASQUIM E a Vila, como é que fica nisso? NOEL ROSA A Vila não quer abafar ninguém. Só quer mostrar que faz samba também. O PASQUIM Conforme você disse, o samba exprime dois terços do Rio de Janeiro. NOEL ROSA Mas tenho que dizer: modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila. O PASQUIM Assim não pode, Noel. Com esta banca é melhor a gente acabar a entrevista. NOEL ROSA Ofereço meu auxílio. Passe bem, vá pela sombra. O PASQUIM Está me mandando embora, Noel? NOEL ROSA Não mandei você embora porque sou benevolente. O PASQUIM Sabe que se você dissesse isso para certos jornalistas, eles entenderiam como um desafio para briga? NOEL ROSA De lutas não entendo abacate. O PASQUIM Ué, eu soube que você já lutou profissionalmente. NOEL ROSA Cheguei até ser contratado para subir em um tablado para vencer um campeão. O PASQUIM E daí, venceu? NOEL ROSA Mas a empresa, pra evitar assassinato, rasgou logo o meu contrato, quando me viu sem roupão. O PASQUIM E como é que você se vira com esses valentões? NOEL ROSA No século do progresso, o revólver teve ingresso para acabar com a valentia. O PASQUIM Você sabe que o Josué Montello... NOEL ROSA Escreve sal com c cedilha. O PASQUIM Pois é. Ele agora é da Academia Brasileira de Letras, junto com a Pedro Calmon. NOEL ROSA Desta vez, juntou-se a fome com a vontade de comer. O PASQUIM Mas eles tem prestígio por aí, numa certa roda. NOEL ROSA Vassouras nos salões da sociedade. O PASQUIM Você não freqüenta essa roda, não é? NOEL ROSA Você pode crer que a palmeira do Mangue não vive em Copacabana. O PASQUIM Vamos falar mal das pessoas. E o Roberto Campos, hem? NOEL ROSA Que é também brasileiro. E em três lotes vendeu o Brasil inteiro. O PASQUIM Sabe que andaram pixando você sob o pretexto de que você é bom de letra mas não de música? NOEL ROSA Sendo as notas sete apenas, mais eu não posso inventar. O PASQUIM Bem, Noel, vamos acabar a entrevista. Adeus. NOEL ROSA Adeus é pra quem deixa a vida. Três palavras vou gritar por despedida: até amanhã, até já, até logo. As respostas de Noel Rosa estão contidas nos seguintes sambas: Eu sei sofrer ; Só pode ser você ; Provei ; Nuvem que passou ; Você vai se quiser ; É preciso discutir ; Até amanhã ; Quem dá mais? ; Vitória ; Fita amarela ; O X do problema ; Com que roupa? ; Eu vou pra Vila ; Feitiço da Vila ; Boa viagem ; Tarzan ; Cidade mulher ; A.E.I.O.U ; Onde está a honestidade? e Mais um samba popular

7 Nao morre tao cedo Você não morre tão cedo Você não morre tão cedo Juro que, neste momento Pensava nesta sua pessoa Tão boa, tão boa Que até dormindo perdoa Você sentiu agora com certeza A dor que sinto no meu coração E veio pra matar minha tristeza E veio pra me dar o seu perdão Chegando exatamente no momento Em que a gente pensa o que não diz Você adivinhou meu pensamento Você já perdoou tudo que fiz Você mostrou que tem bom coração Sabe que estou sem a razão Mas vem me dar o seu perdão Você não trata a gente com desdém Não guarda ódio de ninguém E paga sempre o mal com bem CLARA Namoro dos Tempos de Colégio... Desde os tempos em que usava o uniforme do São Bento, onde cursava o ginásio, iniciara o namoro com Clara Corrêa Neto. Foram seis ou sete anos nos fins de tarde frente ao portão à espera do amado. Nem sempre seus anseios eram atendidos, já que ele eventualmente sumia e reaparecia com promessas. Ela por sua vez, estava sempre bem disposta a perdoá-lo como nos versos desta canção

8 Minha Viola Minha viola Ta chorando com razão Por causa duma marvada Que roubou meu coração Eu não respeito cantadô que é respeitado Que no samba improvisado me quisé desafiá Inda outro dia fui cantá no galinheiro O galo andou o mês inteiro sem vontade de cantá Nesta cidade todo mundo se acautela Com a tal de febre amarela que não cansa de matá E a dona Chica que anda atrás de mal conselho Pinta o corpo de vermelho Pro amarelo não pegá Eu já jurei não jogá com seu Saldanha Que diz sempre que me ganha No tal jogo do bilhar Sapeca o taco nas bola de tal maneira Que eu espero a noite inteira pras bola carambolá Conheço um véio que tem a grande mania De fazê economia pra modelo de seus filho Não usa prato, nem moringa, nem caneca E quando senta é de cueca Prá não gastá os fundilho Eu tive um sogro cansado dos regabofe Que procurou o Voronoff, doutô muito creditado E andam dizendo que o enxerto foi de gato Pois ele pula de quatro miando pelos telhado Adonde eu moro tem o Bloco dos Filante Que quase que a todo instante um cigarro vem filá E os danado vem bancando inteligente Diz que tão com dor de dente Que o cigarro faz passá 1929 Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu. Elas não se parecem em nada com as composições daquele Noel Rosa que todo mundo conhece. Porém, em 1930, o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico. Outra música da mesma época é Malandro Medroso, que é quase desconhecida - só foi gravada novamente no excelente disco da Cristina Buarque e Henrique Cazes, Sem Tostão 2 A Crise Continua 14 15

9 Com Que Roupa? Agora vou mudar minha conduta, Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar Vou tratar você com a força bruta, Pra poder me reabilitar Pois esta vida não está sopa e eu pergunto: com que roupa? Com que roupa eu vou pro samba que você me convidou? Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? Agora, eu não ando mais fagueiro, Pois o dinheiro não é fácil de ganhar Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro, Não consigo ter nem pra gastar Eu já corri de vento em popa, mas agora com que roupa? Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? Eu hoje estou pulando como sapo, Pra ver se escapo desta praga de urubu Já estou coberto de farrapo, eu vou acabar ficando nu Meu terno já virou estopa e Eu nem sei mais com que roupa Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? 1929 A música Com que roupa foi o primeiro sucesso de Noel Rosa. Um sucesso enorme que inspirou anúncios comerciais, paródias, charges, crônicas, entrevistas e até ajudou a fixar a expressão com que roupa como dito popular. Um verdadeiro achado, essa expressão se repete ao final de cada estrofe da composição, sendo uma das razões principais de seu êxito. Tudo indica, porém, que Noel não percebeu de início o potencial de Com que roupa, pois, além de mantê-la inédita por um ano, vendeu-lhe os direitos pela quantia de 180 mil-réis, irrisória já na época. Segundo seus biógrafos, João Máximo e Carlos Didier, Noel confessou certa vez a um tio que Com que roupa retratava de forma metafórica o Brasil um Brasil de tanga, pobre e maltrapilho. Daí, talvez, a semelhança de seus compassos iniciais com os do Hino Nacional Brasileiro (problema corrigido pelo músico Homero Dornelas ao passar a melodia para a pauta)

10 Gago apaixonado Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago Não po-posso com a cru-crueldade da saudade Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago Tem tem pe-pena deste mo-moribundo Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo Só só só só por ter so-so-sofri-frido Tu tu tu tu tu tu tu tu Tu tens um co-coração fi-fi-fingido Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago Não po-posso com a cru-crueldade da saudade Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago Teu teu co-coração me entregaste De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda Tu tu tu tu tu tu tu tu Tu vais fi-fi-ficar corcunda! 1930 Os teatros de revista do Rio de Janeiro buscavam sempre os melhores compositores para suas montagens. Entre o final de 1930 e o início de 1931, Noel Rosa fora procurado por um desses roteiristas que queria montar a revista Café com música, cujos quadros tratariam, de forma crítica e bem humorada, do preço do cafezinho. Apesar de estar às voltas com o vestibular para medicina, no qual passou com a nota mínima, Noel acabou por aceitar a oportunidade de colocar suas canções nos palcos. Entre as composições feitas para a peça, que seria lançada em abril de 1931 no Teatro Recreio, estava Gago apaixonado, um dos maiores exemplos da criatividade deste cronista da canção popular. Diz a lenda (leia-se, segundo o próprio compositor) que ela foi feita numa noite para o amigo Manuel Barreiros, o Barreirinha, cuja gagueira se acentuou por causa de um amor não correspondido. O samba foi cantado pelo ator Mesquitinha no palco do teatro, mas a gravação que o imortalizou e se tornou um marco na história da música popular brasileira foi a do próprio menino de Vila Isabel, feita na então gravadora Columbia. Um aspecto curioso desse samba é a relação entre letra e música. Em primeiro lugar, traz uma curiosa metalinguagem, ou seja, a gagueira está colocada na própria estrutura da canção: é o próprio gago que reclama da mulher cruel que fez estragos em seu coração. A interpretação de Noel coloca nas notas da melodia várias repetições de sílabas ou fonemas reproduzindo a tartamudez aflita do personagem. Não há como cantar a letra sem ser gago. As repetições da letra no canto, além de traduzirem a inusitada situação de Barreirinha, demonstram a graça da história: Só só só só por ter so so fri frido, Tu tu tu tu tu tu tu tu tens um co coração fi fi fingido

11 Riso de Criança Seu riso de criança Que me enganou Está num retratinho Que eu guardo e não dou Guardei sua aliança Pra ter a lembrança Do meu violão, que você empenhou Canta agora de passagem Você ouve mas não vê É a última homenagem Que eu vou fazer a você Seu riso de criança Que me enganou Está num retratinho Que eu guardo e não dou Guardei sua aliança Pra ter a lembrança Do meu violão, que você empenhou No ano de 1934, Aracy gravou seu primeiro disco, para a Columbia, interpretando a marcha de carnaval chamada Em plena folia e logo em seguida a marcha Golpe errado, mas foi apenas no final do mesmo ano, que ela gravou a primeira música de Noel Rosa, o samba chamado Riso de criança. Ali, começava a grande parceria de Noel Rosa e Aracy, intérprete que Noel considera a que melhor representa suas canções

12 Fita Amarela Quando eu morrer, não quero choro nem vela Quero uma fita amarela gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores nem coroa com espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente, consolado por saber Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer. Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém Eu vivi devendo a todos mas não paguei a ninguém Meus inimigos que hoje falam mal de mim Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim Entre muitas letras altamente interessantes produzidas por Noel e ligadas à malandragem, há uma que tem chamado a minha atenção, tanto por sua sagacidade, bem como por basear-se, copiosamente, em dualidades e antagonismos tais como vida/morte, catolicismo/candomblé, branco/preto, entre outros. Refiro-me a letra da canção Fita amarela, em que o discurso carnavalesco satiriza a morte, zomba dela. Podemos observar, nesses versos, um dualismo entre elementos do candomblé e do catolicismo: ao invés de choro e vela, que parecem próprios de um velório católico, o protagonista um malandro prefere uma fita amarela. Se a fita é, por si só, própria das oferendas do candomblé, a de cor amarela é própria de Oxum, orixá feminino, a deusa mais sensual e bela. E se o protagonista deseja ter, ao morrer, uma fita gravada com o nome dela, é possível que se trate propriamente do nome da deusa

13 Meu Barracao Faz hoje quase um ano Que eu não vou visitar Meu barracão lá da Penha Que me faz sofrer E até mesmo chorar Por lembrar a alegria Com que eu sentia Um forte laço de amor Que nos unia Não há quem tenha Mais saudades lá da Penha Do que eu, juro que não Não há quem possa Me fazer perder a bossa Só saudade do barracão Mas veio lá da Penha Hoje uma pessoa Que trouxe uma notícia Do meu barracão Que não foi nada boa Já cansado de esperar Saiu do lugar Eu desconfio que ele Foi me procurar Não há quem tenha Mais saudades lá da Penha Do que eu, juro que não Não há quem possa Me fazer perder a bossa Só saudade do barracão 1933 Gradativamente a vida de Noel ia ficando mais ligada aos cabarés da Lapa do que a s casas simples de Vila Isabel. Agora a bola da vez é Júlia Bernardes, conhecida como Julinha, mais velha que Noel, e que atuava em diversos cabarés. O casal costumava ter seus encontros num barracão, na Penha. Segundo Jorge Caldeira logo Noel a transfere para cidade a fim de facilitar os encontros. Acontece que Julinha era meio chegada a um copo. Quando ela bebia não havia cristão que segurasse a barra: tentou se afogar num riacho, quebrou o violão de Noel durante uma discussão e até veneno tomou. Julinha sobreviveu, porém o amor não. Para Almirante ela seria a inspiradora das músicas Meu barracão, Cor de cinza e Pra esquecer. Essa última Noel negou em entrevista à revista Carioca, segundo o Portal Cultura Brasil. Primeira gravação lançada em 1933, por Mário Reis, em discos Columbia

14 Nao tem traduçao O cinema falado é o grande culpado da transformação Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez Lá no morro, seu eu fizer uma falseta A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês A gíria que o nosso morro criou Bem cedo a cidade aceitou e usou Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote Na gafieira dançar o Fox-Trote Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês Tudo aquilo que o malandro pronuncia Com voz macia é brasileiro, já passou de português Amor lá no morro é amor pra chuchu As rimas do samba não são I love you E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny Só pode ser conversa de telefone Um dos sambas com mais ufanismo presente da safra de Noel, Não Tem Tradução é, praticamente, uma previsão acertadíssima do que viria a acontecer em um futuro não tão distante e que já ocorria, de forma ainda um pouco tímida, na época de Noel. Era a sobreposição de culturas exteriores sobre a cultura nacional

15 Tres Apitos Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda Sem dúvida bem zangada Está interessada Em fingir que não me vê Você que atende ao apito de uma chaminé de barro Porque não atende ao grito Tão aflito Da buzina do meu carro Você no inverno Sem meias vai pro trabalho Não faz fé com agasalho Nem no frio você crê Mas você é mesmo artigo que não se imita Quando a fábrica apita Faz reclame de você Nos meus olhos você lê Que eu sofro cruelmente Com ciúmes do gerente Impertinente Que dá ordens a você Sou do sereno poeta muito soturno Vou virar guarda-noturno E você sabe por que Mas você não sabe Que enquanto você faz pano Faço junto do piano Estes versos pra você 1933 Três Apitos é uma música feita num momento em que Noel estava perdidamente apaixonado por Clara, que trabalhava na fábrica de tecidos Confiança, em Vila Isabel. Ao fim do expediente da jovem moça, três estridentes apitos indicavam que era o momento de Noel se aproximar para tentar alguma aproximação. Apesar da explicação acima ser a mais aceita, ainda corre a história de que a música era para Josefina, operária de uma fábrica de botões. Quando questionado certa vez, Noel disse que a qualquer operária no Brasil se encaixaria na canção. Assim, continua o mistério

16 Rapaz Folgado Deixa de arrastar o teu tamanco Pois tamanco nunca foi sandália E tira do pescoço o lenço branco Compra sapato e gravata Joga fora esta navalha que te atrapalha Com chapéu do lado deste rata Da polícia quero que escapes Fazendo um samba-canção Já te dei papel e lápis Arranja um amor e um violão Malandro é palavra derrotista Que só serve pra tirar Todo o valor do sambista Proponho ao povo civilizado Não te chamar de malandro E sim de rapaz folgado 1932 A briga entre Noel Rosa e Wilson Batista é uma das desavenças mais conhecidas da música brasileira. Certa vez, Wilson compôs uma canção chamada Lenço no Pescoço. Nela, falava e exaltava a figura do malandro. Noel, já ressentido com Wilson, que teve um caso com uma morena na qual o poeta da Vila estava de olho, revidou com Rapaz Folgado. Assim, começou a briga entre os dois

17 Capricho de rapaz solteiro Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando! Quem vive sambando Leva a vida para o lado que quer De fome não se morre Neste Rio de Janeiro Ser malandro é um capricho De rapaz solteiro A mulher é um achado Que nos perde e nos atrasa Não há malandro casado Pois malandro não se casa Com a bossa que eu tive Orgulhoso vou gritando: Nunca mais esta mulher Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando Antes de descer ao fundo Perguntei ao escafandro Se o mar é mais profundo Que as idéias do malandro Vou, enquanto eu puder, Meu capricho sustentar Nunca mais esta mulher Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando 1933 Quando Noel Rosa fez este samba, ainda não havia o famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda - o DIP do Estado Novo; que passou a pressionar os compositores populares, a fim de que não exaltassem mais a malandragem em suas músicas, mas o trabalho. A pressão foi tão forte que Wilson Baptista, o compositor que polemizou com Noel Rosa porque este achara que o colega exagerou na apologia ao malandro, acabou fazendo um samba em que começava-com a afirmação de que quem trabalha é que tem razão. Em Capricho de rapaz solteiro, Noel radicaliza na incompatibilidade entre a malandragem e o trabalho. Essa canção também era uma mensagem para Lindaura. Primeira gravação lançada em maio de 1933, por Mário Reis, em discos Odeon

18 Dama do Cabaré Foi num cabaré na Lapa Que eu conheci você Fumando cigarro, Entornando champanhe no seu soirée Dançamos um samba, Trocamos um tango por uma palestra Só saímos de lá meia hora Depois de descer a orquestra Em frente à porta um bom carro nos esperava Mas você se despediu e foi pra casa a pé No outro dia lá nos Arcos eu andava À procura da Dama do Cabaré Eu não sei bem se chorei no momento em que lia A carta que recebi, não me lembro de quem Você nela me dizia que quem é da boemia Usa e abusa da diplomacia Mas não gosta de ninguém Foi num cabaré na Lapa Muitas homenagens a artistas da música popular eram feitas nos cabarés da Lapa. Na noite que agraciava Noel no cabaré Apollo, a decoração ficou por conta do clima junino. Pista de dança intransitável. Todos aguardavam o músico. Noel teve que sair às escondidas de outra festa junina na Ilha do Governador, em que Lindaura estava com ele. Como não pretendia levá-la à noite de sua homenagem, só lhe restava a fuga. Finalmente chega a atração principal da festa de São João do Apollo. Noel canta e num dado momento avista uma moça bem diferente das que circulam nos cabarés. Não seria a idade, jovem de dezesseis anos, tão pouco os trajes que usava. Mas por seu jeito tímido e delicado, tão contrastante ao cenário de um cabaré. De fato era a primeira noite de Juraci Correia de Moraes naquele ambiente. Uma Ceci bem diferente da cantada nos versos de Dama do Cabaré, Foi num cabaré na Lapa, que eu conheci você, fumando cigarro, Entornando champanhe no seu soirée. O hábito de fumar e de trajar soirée passaria a ser algo natural em Ceci. Assim como os encontros com Noel para as danças, palestras e noites de amor. Noel acabou se casando com Lindaura, queria que se Ceci fizesse moradia em uma casa em que ele iria adquirir, Ceci rejeita esta situação, quer ser reconhecida como esposa e era independente, chega ao fim então essa relação, que muitos dizem, ter sido o verdadeiro amor de Noel. Pouco tempo depois, o bohemio é acometido pela tuberculose

19 Conversa de Botequim Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa Uma boa média que não seja requentada Um pão bem quente com manteiga à beça Um guardanapo e um copo d água bem gelada Feche a porta da direita com muito cuidado Que não estou disposto a ficar exposto ao sol Vá perguntar ao seu freguês do lado Qual foi o resultado do futebol Se você ficar limpando a mesa Não me levanto nem pago a despesa Vá pedir ao seu patrão Uma caneta, um tinteiro Um envelope e um cartão Não se esqueça de me dar palitos E um cigarro pra espantar mosquitos Vá dizer ao charuteiro Que me empreste umas revistas Um isqueiro e um cinzeiro Telefone ao menos uma vez Para três quatro, quatro, três, três, três E ordene ao seu Osório Que me mande um guarda-chuva Aqui pro nosso escritório Seu garçom me empresta algum dinheiro Que eu deixei o meu com o bicheiro Vá dizer ao seu gerente Que pendure esta despesa No cabide ali em frente 1935 Uma das músicas de Noel Rosa com maior número de gravações, é tida como uma das obras-primas do compositor. Realmente, a boemia carioca poucas vezes foi contemplada com uma crônica tão exata. Curioso, na letra de Noel, é a referência ao futebol, um tema que, aparentemente, jamais empolgou o compositor. Tanto que nenhum dos pesquisadores de sua biografia conseguiu descobrir qual era o seuclube do coração. Provavelmente, ele não tinha qualquer preferência. Certa vez, respondendo a um repórter, revelou que torcia pelo time em que atuava Fausto, o clássico center-half que jogou no Vasco e no Flamengo e que morreria jovem, tuberculoso. A música conversa de botequim foi feita por um fato que ocorreu com Noel Rosa em um barzinho em que frequentava, onde tinha um garçom que quando ele chegava ia limpar a mesa (um modo de dizer na época que o cliente não era bem vindo). O telefone (344333) citado na musica Conversa de Botequim teve tanto sucesso que a empresa telefonica da época comprou o número para fazer uma propaganda. Primeira gravação lançada em setembro de 1935, por Noel Rosa, em discos Odeon

20 Palpite Infeliz Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu, que palpite infeliz! Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, Oswaldo Cruz e Matriz Que sempre souberam muito bem Que a Vila Não quer abafar ninguém, Só quer mostrar que faz samba também Fazer poema lá na Vila é um brinquedo Ao som do samba dança até o arvoredo Eu já chamei você pra ver Você não viu porque não quis Quem é você que não sabe o que diz? A Vila é uma cidade independente Que tira samba mas não quer tirar patente Pra que ligar a quem não sabe Aonde tem o seu nariz? Quem é você que não sabe o que diz? 1935 Wilson, que estava chateado com a canção Rapaz Folgado respondeu com Mocinho da Vila, que foi considerada uma música muito fraca. Noel, então, ignorou a canção. Em seguida, lançou Feitiço da Vila que não possuía nenhuma resposta direta ao samba de Wilson. Era apenas uma provocação, já que se tratava de uma exaltação ao bairro de Vila Isabel. A música acabou se tornando um enorme sucesso e, nesse momento, Batista viu a oportunidade perfeita para provocar o poeta da Vila. Lançou Conversa Fiada, na qual falava que a Vila não era a perfeição retratada nos versos da música de Noel. Noel, então, decidiu dar o golpe final. Escreveu Palpite Infeliz, considerado um dos mais populares de sua obra e com uma composição, tanto de letra, quanto melodia, considerada perfeita. Wilson, então, tentou revidar com uma canção que foi um exemplo de falta de educação e noção. Escreveu a péssima Frankenstein da Vila. Alguns amigos de Noel até relataram que o viram chorar após ler a letra. Ao lado, a canção Feitiço da Vila, maior sucesso oriundo da briga entre os dois. O cronista Rubem Braga conta, numa de suas crônicas antolôgicas, que visitou a quadra da Mangueira, na década de 30, e foi testemunha do prestígio de Noel e de Palpite infeliz. O preto Cartola fez cantar os sambas da escola. E o único samba lá de baixo, o único samba não produzido na própria escola que ali se cantou foi Palpite infeliz. O morro respeitando Noel (...) Só quem conhece uma escola de samba com o seu imenso orgulho exclusivista pode conceber o valor de uma homenagem como essa prestada a Noel. Primeira gravação lançada em janeiro de 1936, por Araci de Almeida, em discos Victor

21 Só Pode Ser Voce Compreendi seu gesto Você entrou naquele meu chalé modesto Porque pretendia somente saber Qual era o dia em que eu deixaria de viver Mas eu estava fora Você mandou lembranças e foi logo embora Sem dizer qual o primeiro nome De tal visita Mais cruel, mais bonita que sincera E pelas informações que recebi já vi Que essa ilustre visita era você Porque não existe nessa vida Pessoa mais fingida Do que você 1935 Dez dias antes de completar 24 anos, casa-se com Lindaura. Sua saúde já estava bem debilitada. Por orientação do médico ele deveria procurar um clima longe do Rio para sua recuperação. A esposa o acompanha para os cuidados em Belo Horizonte. O tratamento da doença é longo, mas para Noel durou apenas o tempo que suportaria longe da boemia de Vila Isabel. Volta no ano seguinte mais gordo e corado. Aparência boa para indicar que estava curado, quando na realidade havia apenas um controle da doença. É da voz de D. Martha que houve os nomes dos amigos que foram perguntar por ele. A descrição de uma moça bonita e elegante, não deixa dúvida de que Ceci o havia procurado. Descrente e irônico no quesito romantismo, lança mão à melodia de Ilustre Visita em parceria com Vadico: E pelas informações que recebi Ceci, A ilustre visita era você, porque Não existe nessa vida Pessoa mais fingida... Nas apresentações posteriores, o título do samba muda para Só pode ser você. E o nome Ceci é cantado como Já vi, trecho, aliás, que só foi alterado por impulso na primeira apresentação

22 Eu Sei Sofrer Quem é que já sofreu mais do que eu? Quem é que já me viu chorar? Sofrer foi o prazer que Deus me deu Eu sei sofrer sem reclamar Quem sofreu mais que eu não nasceu Com certeza Deus já me esqueceu Mesmo assim não cansei de viver E na dor eu encontro prazer Saber sofrer é uma arte E pondo a modéstia de parte Eu posso dizer que sei sofrer Quanta gente que nunca sofreu Sem sentir, muitos prantos verteu Já fui amada, enganada Senti quando fui desprezada Ninguém padeceu mais do que eu 1937 Samba que começou a ser feito em Friburgo, para onde Noel Rosa viajara na tentativa de recuperar-se da tuberculose. Sua letra é uma das raras oportunidades em que Noel permitiu que a doença refletisse em sua obra musical. Não se entregava, porém, como revelava um dos seus versos: Mesmo assim, não cansei de viver. Quando circulou o boato da sua morte (graças a uma falsa notícia transmitida pela Rádio Cruzeiro do Sul), Eu sei sofrer foi um dos sambas que Noel cantou para o repórter da revista Carioca, que fora em sua casa para fazer aquela que seria a última entrevista. Primeira gravação lançada em junho de 1937, por Araci de Almeida; em discos Victor

23 Último Desejo Nosso amor que eu não esqueço E que teve o seu começo Numa festa de São João Morre hoje sem foguete Sem retrato e sem bilhete Sem luar, sem violão Perto de você me calo Tudo penso e nada falo Tenho medo de chorar Nunca mais quero o seu beijo Mas meu último desejo Você não pode negar Se alguma pessoa amiga Pedir que você lhe diga Se você me quer ou não Diga que você me adora Que você lamenta e chora A nossa separação Às pessoas que eu detesto Diga sempre que eu não presto Que meu lar é o botequim Que eu arruinei sua vida Que eu não mereço a comida Que você pagou pra mim 1937 Já muito doente, com a tuberculose em estado extremamente avançado, Noel, aos 26 anos, viu a morte cada vez mais perto. Querendo homenagear Ceci, bailarina de cabaré e sua grande paixão, o compositor da Vila escreveu Último Desejo, que viria a ser uma de suas últimas composições e, sem dúvidas, uma das mais belas. Foi nos braços de Lindaura que Noel Rosa faleceu em 4 de maio de 1937, na mesma casa onde nasceu, aos 27 anos

24 Discografia Obra Com que roupa? /Malandro medroso (1930) Festa no céu/minha viola (1930) Gago Apaixonado (1931) Por causa da hora/nunca...jamais... (1931) O pulo da hora/vou te ripar (1931) Samba da boa vontade/ Picilone (1931) Cordiais saudações/mulata fuzarqueira (1931) Coisas nossas/mulher indigesta (1932) Mentiras de Mulher (Com Artur Costa) /Felicidade (1932) Quem dá mais? /Coração (1932) Seu Jacinto/Quem não dança (1933) Positivismo/Devo esquecer (1933) Onde está a honestidade? /Arranjei um fraseado (1933) Escola de malandro (1933) Sentinela alerta (1934) João Ninguém/Conversa de Botequim (1935) Quem ri melhor/quantos beijos (1936) Provei/Você vai se quiser (1936) De babado/cem mil réis (1936) Póstumos, Homenagens Noel Rosa (1965) Noel Rosa (1967) Nelson interpreta Noel (1971) Uma rosa para Noel - 50 anos depois (1987) Noel Rosa e Aracy de Almeida (1994) A Genoveva não sabe o que diz A melhor do planeta (c/almirante) A razão dá-se a quem tem (c/ismael Silva e Francisco Alves) A-B-Surdo (c/lamartine Babo) A-E-I-O-U (c/lamartine Babo) Adeus (c/francisco Alves e Ismael Silva) Agora Alô, beleza Amor com sinceridade Amor de parceria Ando cismado (c/ismael Silva) Arranjei um fraseado Assim, sim (c/ismael Silva e Francisco Alves) Até amanhã Baianinha Balão apagado (c/ Marília Batista) Boa viagem (c/ Ismael Silva) Boas intenções (c/arnold Glückmann) Bom elemento (c/ Quidinho) Canção do galo capão Cansei de implorar (c/arnold Glückmann) Cansei de pedir Capricho de rapaz solteiro Cem mil-réis (ou Você me pediu) (c/vadico) Chuva de vento Cidade-mulher Cinema-falado (ou Não tem tradução) Coisas nossas (ou São coisas nossas) Com que roupa? Condena o teu nervoso Contraste Conversa de botequim (c/vadico) Cor de cinza 46 47

25 Cordiais saudações Dama do cabaré De babado (c/joão Mina) De qualquer maneira (c/ary Barroso) Deixa de ser convencido (c/wilson Batista) Devo esquecer (c/gilberto Martins) Disse-me-disse Dona Araci Dona do meu nariz Dona Emília (c/glauco Viana) É bom parar (c/rubens Soares) É difícil saber fingir É preciso discutir Envio estes mal traçados Escola de malandro (c/orlando Santos) Esquecer e perdoar (c/canuto) Esquina da vida (ou Na esquina da vida) (c/francisco Matoso) Estamos esperando Estátua da paciência (c/jerônimo Cabral) Este meio não serve (c/donga) Estrela da manhã (c/ary Barroso) Eu agora fiquei mal (Antenor Gargalhada) Eu não preciso mais do seu amor Eu queria um retratinho de você (c/lamartine Babo) Eu sei sofrer Eu vi num armazém Eu vou pra Vila Faz-de-conta que eu morri Feitiço da Vila (c/vadico) Feitio de oração (c/vadico) Felicidade (ou Que bom, felicidade que vai ser) (c/renê Bittencourt) Festa do céu Filosofia (c/andré Filho) Finaleto (c/arnold Glückmann) Fiquei rachando lenha (c/hervé Cordovil) Fiquei sozinho (c/adauto Costa) Fita amarela Fita de cinema Foi ela Fui louco (c/bide) Gago apaixonado Gosto, mas não é muito (c/ismael Silva e Francisco Alves) Habeas corpus Já não posso mais (c/ Canuto, Puruca e Almirante) João ninguém João teimoso (c/marília Batista) Julieta (c/frazão) Leite com café (ou Morena ou loura) (c/hervé Cordovil) Linda pequena (c/joão de Barro) Lira abandonada Madame honesta Mais um samba popular (ou Fiz um poema) (c/ Vadico) Malandro medroso Mão no remo (ou Iça a vela) (c/ary Barroso) Marcha da prima... Vera Marcha do dragão (c/ Vadico) Mardade de cabocla Maria-fumaça Mas como... outra vez? (c/ Francisco Alves) Mas quem te deu tudo isso? Menina dos meus olhos (c/ Lamartine Babo) Mentir (ou Mentira necessária) Mentiras de mulher (c/ Artur Costa) Meu barracão Meu bem Meu sofrer (ou Queixumes) (c/henrique Brito) Minha viola Morena sereia (c/josé Maria Abreu) Mulata fuzarqueira (ou Fuzarqueira) Mulato bamba (ou Mulato forte) Mulher indigesta Na Bahia (c/josé Maria de Abreu) Na esquina da vida Não brinca não (ou E não brinca não) Não faz amor (c/cartola) Não há castigo (c/donga) Não me deixam comer Não morre tão cedo Não quero mais (c/nonô) Não resta a menor dúvida (c/hervé Cordovil) Nega (c/ Lamartine Babo) Negócio de turco Nem com uma flor (c/ Francisco Alves) No baile da flor-de-lis Numa noite à beira-mar Nunca... Jamais Nuvem que passou O Joaquim é condutor (c/ Arnold Glückmann) O maior castigo que eu te dou O orvalho vem caindo (c/ Kid Pepe) O pulo da hora (ou Que horas são?) O que é que você fazia? (c/hervé Cordovil) O x do problema Onde está a honestidade? Paga-me esta noite Palpite (c/ Eduardo Souto) Palpite infeliz Para atender a pedido Para bem de todos nós (c/arnold Glückmann) Para me livrar do mal (c/ Ismael Silva) Pastorinhas (c/joão de Barro) Pela décima vez (c/cristóvão de Alencar) Perdão, meu bem (c/ Ernâni Silva) Perdoa este pecador (c/arnold Glückmann) Pesado treze Picilone Pierrô apaixonado (c/heitor dos Prazeres) Por causa da hora Por esta vez passa Positivismo (c/ Orestes Barbosa) Pra esquecer Pra lá da cidade Pra que mentir (c/ Vadico) Prato fundo (c/joão de Barro) Prazer em conhecê-lo (c/ Custódio Mesquita) Precaução inútil Pregando no deserto (c/ Nonô) Primeiro amor (c/ Ernâni Silva) Proezas do seu fulano Provei (c/ Vadico) Quando o samba acabou Quantos beijos (c/ Vadico) Que baixo (c/ Nássara) Que orgulho é este? (c/alfredo Lopes Quintas) Que se dane (c/jota Machado) Quem dá mais (ou Leilão do Brasil) Quem não dança Quem não quer sou eu (c/ Ismael Silva) Quem parte, não parte sorrindo Quem ri melhor Rapaz folgado Remorso Retiro de saudade (c/ Nássara) Riso de criança (ou Seu riso de criança) Roubou mas não leva Rumba da meia-noite (c/ Henrique Vogeler) Saber amar (c/ Alfredo Lopes Quintas) Saí do presídio Samba da boa vontade (c/joão de Barro) Século do progresso Sei que vou perder (c/alfredo Lopes Quintas) Seja breve Sem tostão Seu Jacinto Seu Zé Silêncio de um minuto Sinhá Ritinha Só pode ser você (ou Ilustre visita) (c/ Vadico) Só pra contrariar (c/ Manuel Ferreira) Só você Suspiro (c/ Orestes Barbosa) Tarzã, o filho do alfaiate (c/ Ismael Silva) Tenentes do diabo (c/ Visconde de Bicuíba e Henrique Vogeler) Tenho raiva de quem sabe (c/ Kid Pepe e Zé Pretinho) Tipo zero (c/ Arnold Glückmann) Três apitos Triste cuíca (c/ Hervé Cordovil) Tudo nos une (c/ Arnold Glückmann) Tudo pelo teu amor (c/ Arnold Glückmann) Tudo que você diz Último desejo Uma coisa ficou Uma jura que eu fiz (c/ Ismael Silva e Francisco Alves) Vai haver barulho (c/ Francisco Alves) Vai haver barulho no chatô (c/ Valfrido Silva) Vai para a casa depressa (ou Cara ou coroa) (c/ Francisco Matoso) Vaidosa Vejo amanhecer (c/ Francisco Alves) Verdade duvidosa Vingança de malandro Vitória (c/ Nonô) Você é um colosso (ou Pisando no meu calo) Você foi meu azar (c/ Artur Costa) Você só... Mente (c/ Hélio Rosa) Você vai se quiser Você, por exemplo Voltaste pro subúrbio (ou Voltaste) Vou fazer um samba (c/ Russo do Pandeiro) Vou te ripá 48 49

26 Filmes Isto é Noel Rosa (1990) Uma biografia de média metragem, dirigido por Rogério Sganzerla, que mostra um lado irônico e bem humorado para retratar as desilusões do cantor com a sociedade que apesar de seu talento e reconhecimento, não o aceita como cantor popular, com as mulheres e sua vida amorosa conturbada. O cantor de samba (1994) Após descobrir o curta Vamo fala do norte (1929), que possui uma única imagem rara de Noel Rosa ao lado do Bando de Tangarás, Alexandre Dias realiza o filme que fala sobre ascensão das gravações de discos no Rio de Janeiro. O mandarim (1995) Com a direção de Júlio Bressane, o filme é uma biografia do cantor Mário Reis e mostra um pouco de como era a música popular brasileira na época, com músicos de várias gerações interpretando músicos clássicos tendo no papel de Noel Rosa o cantor Chico Buarque. com Heitor do Prazeres) e Não Resta a Menor Dúvida (parceria com Hervé Cordovil). No mesmo ano, compôs seis músicas, em parceria com Vadico, para o filme Cidade-Mulher, de Humberto Mauro (produção Brasil- Vita): a música-título do filme (interpretada por Orlando), Dama do Cabaré, Tarzan, O Filho do Alfaiate, Morena Sereia, Numa Noite à Beira-Mar e Na Bahia. Outros filmes de destaque com músicas de Noel Rosa em sua trilha sonora foram os realizados por Carlos Alberto Prates Correia, outro grande admirador de sua música: em Perdida (1975), a gravação original de Quem Dá Mais? (1932), na voz do próprio Noel Rosa, serve de fundo para uma cena digamos didática, passada num bordel. Em Cabaret Mineiro(1980) grande premiado no Festival de Gramado de 1981 Pra Esquecer com Tavinho Moura e regional e Nunca Jamais! - com Tavinho Moura, Silvia Beraldo e regional tem a mesma função de reforço da ironia em duas sequências do filme. Noel - Poeta da Vila (2006) Uma biografia de longa metragem com Ricardo Van Steen na direção, que conta um pouco sobre a vida de Noel Rosa, um estudante de medicina de 17 anos com uma deficiência no queixo, que após ser desafiado a compor um samba decide largar a faculdade e se dedicar a música. Trilhas musicais para o cinema Antes de ser tema de filmes, a música de Noel Rosa esteve presente em um sem-número de filmes brasileiros. Mesmo enquanto o Poeta da Vila ainda era vivo: na comédia musical Alô, Alô Carnaval, de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia 1936), duas marchas de carnaval de Noel Rosa estavam em sua trilha sonora: Pierrot Apaixonado (parceria 50 51

27 Livros Créditos O Jovem Noel Rosa Guca Domenico Mestres da música no Brasil: Noel Rosa André Diniz, Juliana Lins Memorias Póstumas de Noel Rosa Luciana Sandroni Noel Rosa uma Biografia João Máximo e Carlos Didier Livro - Noel Rosa - Série Songbook Noel Rosa Em Poesia Noel Rosa - Poeta Do Samba André Diniz São Coisas Nossas: Tradição e Modernidade em Noel Rosa Botequim - 20 Contos Inspirados em Canções de Noel Rosa Henrique Rodrigues e Marcelo Moutinho Noel Rosa - O Humor Na Canção Mayra Pinto Ninguém aprende Samba No Colégio Christina Dias Feitiço da VILA: A Poesia de Noel Rosa em Quadrinhos Noel - O Menino da Vila Clóvis Bulcão e Marcia Bulcão ROSA NOEL Bertha De jongh No Tempo de Noel Rosa Almirante Cartas para Noel. Histórias da Vila Isabel Leonardo Bruno e Rafael Galdo 52 As canções reproduzidas neste livro foram retiradas de CHEDIACK, Almir. Songbook Noel Rosa. vol. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, A entrevista trata de um texto fictício, redigido por Sérgio Cabral e publicado no jornal O Pasquim, nº 201. Rio de Janeiro, 8 a 14 de maio de 1973, p. 15 e disponível em: < blogln.ning.com/profiles/blogs/entrevista-postuma-com-noel>. E na discografia completa do artista, intitulada Noel pela primeira vez. Rio de Janeiro: MEC/Funarte, A biografia e a lista de discos, livros e filmes foram retiradas das seguintes fontes: Noel Rosa: Para Ler e Ouvir (Eduardo Alcantara de Vasconcellos O Jovem Noel Rosa (Guca Domenico) SONGBOOK VOL. 1,2,3 ALMIR CHEDIAK 53

28 Equipe - Projeto Noel Rosa, o Bookazine é um projeto gráfico de carácter acadêmico, como parte do projeto integrado do primeiro semestre de Diagramado por Tinta Preta Estudio Criativo, grupo composto de alunos do terceiro semestre do curso de Design Gráfico, da Faculdade das Américas (2017). Valter Ferrari Juliane Barros lluciane Ruriko Alicia Marina Jessica Barreto As ilustrações foram feitas por Valter Ferrari Curso Tecnológico em Design Gráfico da Faculdade das Américas Rua Augusta, 973, São Paulo, SP, , (11)

29 56

No tempo de Noel Rosa é um programa de Almirante - a maior patente do Rádio.

No tempo de Noel Rosa é um programa de Almirante - a maior patente do Rádio. PROGRAMA 01 Nome do programa: NO TEMPO DE NOEL ROSA Nº 1 Regional de Claudionor Cruz e Coro do Erasmo Duração: 27 minutos Rádio Tupi - Programa do dia 06.04.51 No tempo de Noel Rosa é a verdadeira história

Leia mais

A polêmica musical entre Wilson Batista e Noel Rosa

A polêmica musical entre Wilson Batista e Noel Rosa 1 A polêmica musical entre Wilson Batista e Noel Rosa A polêmica entre os dois artistas começou quando Silvio Caldas, em 1933, gravou música de Wilson Batista intitulada Lenço no pescoço exaltando de maneira

Leia mais

Livro de Músicas TUTO Entidades - Malandros

Livro de Músicas TUTO Entidades - Malandros Livro de Músicas TUTO Entidades - Malandros todos os direitos reservados ao templo de umbanda tenda de oxossy é expressamente proibido copiar, divulgar e usar com o consentimento do TUTO Página 1 de 6

Leia mais

Aos Poetas. Que vem trazer esperança a um povo tristonho, Fazendo os acreditar que ainda existem os sonhos.

Aos Poetas. Que vem trazer esperança a um povo tristonho, Fazendo os acreditar que ainda existem os sonhos. Aos Poetas Venho prestar homenagem a uma grande nação, Que são os nossos poetas que escrevem com dedicação, Os poemas mais lindos e que por todos são bemvindos, Que vem trazer esperança a um povo tristonho,

Leia mais

Deixo meus olhos Falar

Deixo meus olhos Falar Tânia Abrão Deixo meus olhos Falar 1º Edição Maio de 2013 WWW.perse.com.br 1 Tânia Abrão Biografia Tânia Abrão Mendes da Silva Email: Tania_morenagata@hotmail.com Filha de Benedito Abrão e Ivanir Abrão

Leia mais

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc.

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc. SEGUIR EM FRENTE seguir sempre em frente, nunca desistir dos seus sonhos todos nós temos seu nivel ou seja todos nós temos seu ponto fraco e siga nunca desistir e tentar até voce conseguir seu sonho se

Leia mais

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este Vivo num sonho que não é realidade Faz parte do meu viver Crescer sonhando esquecendo os planos Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este EU Hoje deixei pra lá me esqueci de tudo Vivo minha vida sobre

Leia mais

MONÓLOGO MAIS UMA PÁGINA. Por Ana Luísa Ricardo Orlândia, SP 2012

MONÓLOGO MAIS UMA PÁGINA. Por Ana Luísa Ricardo Orlândia, SP 2012 MONÓLOGO MAIS UMA PÁGINA Por Ana Luísa Ricardo Orlândia, SP 2012 FUNDO PRETO CHEIO DE ESTRELAS. UM BANQUINHO UM VIOLÃO ÚNICO PERSONAGEM QUE SERÁ TRATADO COMO O CANTOR E ESTARÁ VESTIDO COMO CANTOR DE BARZINHO.

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 2 CENA 01. DELEGACIA INT. / NOITE Sargento

Leia mais

Momento com Deus Crianças de 07 a 08 anos NOME: DATA: 12/11/2017 PROVÉRBIOS PARTE 01. Versículos para Decorar:

Momento com Deus Crianças de 07 a 08 anos NOME: DATA: 12/11/2017 PROVÉRBIOS PARTE 01. Versículos para Decorar: Momento com Deus Crianças de 07 a 08 anos NOME: DATA: 12/11/2017 PROVÉRBIOS PARTE 01 Versículos para Decorar: 1 - Quem confia em si mesmo é insensato, mas quem anda segundo a sabedoria não corre perigo.

Leia mais

Encarte

Encarte Encarte e letras disponíveis em Encarte www.encartedigitalmk.com.br e letras disponíveis em Conheça mais esta inovação da MK Music. Uma empresa que pensa no futuro www.encartedigitalmk.com.br Conheça mais

Leia mais

ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares

ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares AN O ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares o Literária ata Soares OC. ento Social. Dois casais discutem a vida conjugal, sofrendo a influências mútuas. Os temas casamento,

Leia mais

AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit

AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit A) Marcando compasso Oi, estou aqui outra vez Esperando por ela, esperando Você lembra como ela era antes? Você marcava algum encontro A qualquer hora Lá estava ela: Aurora!

Leia mais

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. Sou bem que ele mais v coleção Conversas #21 - ABRIL 2015 - m o c está l e g i o h a que e l apenas por in e t. er e s se? Será Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE PORTUGUÊS E HISTÓRIA - 5 ano Semana de 26 a 30 de maio de 2014.

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE PORTUGUÊS E HISTÓRIA - 5 ano Semana de 26 a 30 de maio de 2014. COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE PORTUGUÊS E HISTÓRIA - 5 ano Semana de 26 a 30 de maio de 204. Segunda-feira Curitiba, 26 de maio de 204. Leia com atenção a reportagem abaixo e responda: Troca

Leia mais

MEU JARDIM DE TROVAS

MEU JARDIM DE TROVAS ANGÉLICA DA SILVA ARANTES MEU JARDIM DE TROVAS PRIMEIRA EDIÇÃO / 2011-1 - SINOPSE: Com intensidade tem se falado sobre o tema trova, acontece que nem todas as pessoas sabem o que é tecnicamente uma trova.

Leia mais

Os musicólogos, quando falam sobre a origem do violão, citam duas hipóteses prováveis.

Os musicólogos, quando falam sobre a origem do violão, citam duas hipóteses prováveis. Os musicólogos, quando falam sobre a origem do violão, citam duas hipóteses prováveis. Uma delas é a de que o violão tenha sido derivado do alaúde. A outra, é que o instrumento teria sofrido diversas transformações

Leia mais

IRMÃO. meu irmão ficou louco quando eu matei o cachorro. tá aí, eu gostava dele! eu gostava dele. cara muito bom aquele.

IRMÃO. meu irmão ficou louco quando eu matei o cachorro. tá aí, eu gostava dele! eu gostava dele. cara muito bom aquele. O IRMÃO WALDEN CAMILO DE CARVALHO meu irmão ficou louco quando eu matei o cachorro. tá aí, eu gostava dele! eu gostava dele. cara muito bom aquele. o frio está ficando meio bravo. assim é capaz do pessoal

Leia mais

O EMPREGADO QUE NÀO QUIS PERDOAR Lição Objetivos: Ensinar que precisamos perdoar aos outros que pecam contra nós.

O EMPREGADO QUE NÀO QUIS PERDOAR Lição Objetivos: Ensinar que precisamos perdoar aos outros que pecam contra nós. O EMPREGADO QUE NÀO QUIS PERDOAR Lição 32 1 1. Objetivos: Ensinar que precisamos perdoar aos outros que pecam contra nós. 2. Lição Bíblica: Mateus 18.21-35 (Leitura bíblica para o professor e base bíblica

Leia mais

'' A historia esta narrada sobre um menino solitário '' esse menino vivia sozinho,o pai morto a,mãe largo ele guando tinha 03 anos de idade

'' A historia esta narrada sobre um menino solitário '' esse menino vivia sozinho,o pai morto a,mãe largo ele guando tinha 03 anos de idade amor proprio '' A historia esta narrada sobre um menino solitário '' esse menino vivia sozinho,o pai morto a,mãe largo ele guando tinha 03 anos de idade ele fica sozinho no meio da rua com fome e com sede,um

Leia mais

QUANDO EU TINHA VOCÊ!

QUANDO EU TINHA VOCÊ! QUANDO EU TINHA VOCÊ! Local: Salvador(BA) Data: 02/02/1997 Estúdio:24/12/10 Estilo:Forró arrastapé Tom: C//(Dó sustenido) QUANDO EU TINHA VOCÊ A VIDA ERA TÃO BOA HOJE QUE TE PERDI VIVO COMO UM À TOA. VOCÊ

Leia mais

''TU DUM, TU DUM, TU DUM'' este era o barulho do coração de uma mulher que estava prestes a ter um filho, o clima estava tenso, Médicos correndo de

''TU DUM, TU DUM, TU DUM'' este era o barulho do coração de uma mulher que estava prestes a ter um filho, o clima estava tenso, Médicos correndo de ''TU DUM, TU DUM, TU DUM'' este era o barulho do coração de uma mulher que estava prestes a ter um filho, o clima estava tenso, Médicos correndo de lá para cá sem descanso, até que um choro é ouvido, sim,

Leia mais

o casamento do fazendeiro

o casamento do fazendeiro o casamento do fazendeiro ERA uma fez um fazendeiro que ele sempre dia mania de ir na cidade compra coisas mais ele tinha mania de ir sempre de manha cedo um dia ele acordou se arrumou e foi pra cidade,

Leia mais

PEÇA TEATRAL: DEU A LOUCA EM ROMEU E JULIETA

PEÇA TEATRAL: DEU A LOUCA EM ROMEU E JULIETA PEÇA TEATRAL: DEU A LOUCA EM ROMEU E JULIETA Personagens: NARRADORA: ROMEU: JULIETA: MERCUTIO: FREI LOURENÇO: CAPULETO (Pai de Julieta): SENHORA CAPULETO (Mãe de Julieta): CARLOTA (Irmã de Julieta): AMA

Leia mais

DEIXA-ME SENTIR TUA ALMA ATRAVÉS DO TEU CALOROSO ABRAÇO

DEIXA-ME SENTIR TUA ALMA ATRAVÉS DO TEU CALOROSO ABRAÇO EU AMO VOCÊ: DEIXA-ME SENTIR TUA ALMA ATRAVÉS DO TEU CALOROSO ABRAÇO Cleber Chaves da Costa 1 O amor é paciente, o amor é benigno, não é invejoso; o amor não é orgulhoso, não se envaidece; não é descortês,

Leia mais

EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES

EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES Obra Teatral de Carlos José Soares Revisão Literária de Nonata Soares EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES Peça de Carlos José Soares Revisão Literária Nonata Soares Personagens: Ricardo

Leia mais

79 Dias. por. Ton Freitas

79 Dias. por. Ton Freitas 79 Dias por Ton Freitas Registro F.B.N.: 684988 Contato: ton.freitas@hotmail.com INT. HOSPITAL/QUARTO - DIA Letreiro: 3 de março de 1987. HELENA, branca, 28 anos, está grávida e deitada em uma cama em

Leia mais

Elia UM PROFETA EM BUSCA DE REFORMAS

Elia UM PROFETA EM BUSCA DE REFORMAS Elia UM PROFETA EM BUSCA DE REFORMAS UM ENCONTRO PROVIDENCIAL Então o Senhor Deus disse a Elias: Apronte-se e vá até a cidade de Sarepta, perto de Sidom, e fique lá. Eu mandei que uma viúva que mora ali

Leia mais

Tais (risos nervosos) Tem muita gente ne? (Se assusta com alguém que esbarra na corda) as pessoas ficam todas se esbarrando

Tais (risos nervosos) Tem muita gente ne? (Se assusta com alguém que esbarra na corda) as pessoas ficam todas se esbarrando Não me leve a mal Começa a cena no meio de um bloco. Ao redor há confetes, purpurinas e latas de bebida para todo o lado. A música está alta. No centro há um grupo de foliões delimitados por uma corda

Leia mais

Fabiany Monteiro do Nascimento. Amor Perfeito

Fabiany Monteiro do Nascimento. Amor Perfeito Fabiany Monteiro do Nascimento Amor Perfeito Dedico este livro a... Grandes pessoas que fizeram de minha vida uma fábula de sonhos reais. Primeiro agradeço a Deus, que mesmo nós momentos ruins, nunca me

Leia mais

Amor & Sociologia Cultural - Oswaldo Montenegro & Raul Seixas

Amor & Sociologia Cultural - Oswaldo Montenegro & Raul Seixas Page 1 of 6 Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Disciplina: Sociologia Cultural Educador: João Nascimento Borges Filho Amor & Sociologia

Leia mais

Time Code Vídeo Áudio Tema Comentário imperdível (interno ao material)

Time Code Vídeo Áudio Tema Comentário imperdível (interno ao material) Número da fita: 0104 Título: Entrevista com Cecília Lúcia da Conceição Mídia: Mini DV Time Code Vídeo Áudio Tema Comentário imperdível (interno ao material) In out 00: 10 03: 11 D. Eva lavando roupa. D.

Leia mais

NÃO TEMAS! NA TUA MISSÃO! 2º CICLO

NÃO TEMAS! NA TUA MISSÃO! 2º CICLO 2ª FEIRA 09 DE OUTUBRO Bom Dia! Esta semana terminam as comemorações dos cem anos das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos. Uma das pastorinhas, a Lúcia, já mais velha, escreveu algumas memórias

Leia mais

Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história:

Você já ouviu a história de uma tal garota legal? Bem, se não, deixeme contar uma história: Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história: Uma garota legal é alguém que se dedica de alma e coração em um relacionamento. Ela é alguém que poderia esperar

Leia mais

Os Principais Tipos de Objeções

Os Principais Tipos de Objeções Os Principais Tipos de Objeções Eu não sou como você" Você tem razão, eu não estou procurando por pessoas que sejam como eu. Sou boa no que faço porque gosto de mim como eu sou. Você vai ser boa no que

Leia mais

O SEGUIDOR DE GAROTAS SENSÍVEIS. Peça de uma única cena

O SEGUIDOR DE GAROTAS SENSÍVEIS. Peça de uma única cena O SEGUIDOR DE S SENSÍVEIS Peça de uma única cena PERSONAGENS: ENTRA. VEM ATRÁS. SE VIRA Ei, cara! Você quer parar de me seguir! Eu não estou te seguindo. Como não? Faz tempo que você me segue. É verdade.

Leia mais

Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas. Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas

Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas. Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas Acredite: você é aquilo que acredita ser. Você tem aquilo que acredita poder ter. Você recebe da vida aquilo

Leia mais

Setembro 2017 A D A E A D A Amor, vim te buscar em pensamento, cheguei agora no vento Amor, não chora de sofrimento

Setembro 2017 A D A E A D A Amor, vim te buscar em pensamento, cheguei agora no vento Amor, não chora de sofrimento www.oficinadeviolao.com.br Setembro 07 0 - SERRA DO LUAR ( Walter Franco ) 0 - VASO-CORAÇÃO ( Ulisses Higino ) 03 - PRA DESPERTAR O AMOR (Ulisses Higino ) UM VIOLEIRO TOCA ( Almir Satter ) Baixaria 04

Leia mais

1. Considere o poema abaixo:

1. Considere o poema abaixo: 1º EM Literatura Carolina Aval. Subs. / Opt. 19/04/12 1. Considere o poema abaixo: ISTO Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. (Fernando

Leia mais

É Maria quem nos convida a refletir e guardar no coração a

É Maria quem nos convida a refletir e guardar no coração a É Maria quem nos convida a refletir e guardar no coração a vida e projeto de seu FILHO. A missão dela era nos dar Jesus e fez isso de maneira ímpar. Vamos refletir nos fatos na vida de Jesus onde ELA está

Leia mais

Café entre Aspas: Tito Rios

Café entre Aspas: Tito Rios Café entre Aspas: Tito Rios Em Uberaba há oito anos, o músico, poeta, intérprete e compositor mineiro, Tito Rios, nasceu em Araguari e ouviu desde cedo o melhor da música brasileira, sendo ela caipira,

Leia mais

LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA

LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA TEXTO 1. De onde vem a narradora e protagonista do texto? (0,4) 2. Para a autora o que apagava as lembranças de sua infância? (0,4) 3. Retire do texto dois

Leia mais

MARINHEIROS 01.REMA CANOA REMA CANOA, MARINHEIRO REMA CANOA, DEVAGAR BIS ESSA CANOA SÓ FOI FEITA PRA MARTIM PARA ANGOLA 02.

MARINHEIROS 01.REMA CANOA REMA CANOA, MARINHEIRO REMA CANOA, DEVAGAR BIS ESSA CANOA SÓ FOI FEITA PRA MARTIM PARA ANGOLA 02. MARINHEIROS 01.REMA CANOA REMA CANOA, MARINHEIRO REMA CANOA, DEVAGAR BIS ESSA CANOA SÓ FOI FEITA PRA MARTIM PARA ANGOLA 02.APITOU UM NAVIO LÁ FORA PITOU UM NAVIO APITOU E TORNOU APITAR A BARRA ESTÁ TODA

Leia mais

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom)

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom) Ao Teu Lado INTRO: A9 A9 Quero estar ao Teu lado, não me importa a distância Me perdoa a insegurança, tenho muito a aprender E/G# E7 ( F# G#) A9 Mas em meus poucos passos, já avisto a esperança E/G# Também

Leia mais

Francisco Anacleto Barros Fidelis de Moura. 40 Anos. 29 de Abril de Anos

Francisco Anacleto Barros Fidelis de Moura. 40 Anos. 29 de Abril de Anos Francisco Anacleto Barros Fidelis de Moura 40 Anos 29 de Abril de 2016 40 Anos Louro Neste dia tão importante em sua vida, eu e seu pai selecionamos algumas fotos e documentos que dizem respeito à sua

Leia mais

Marcelo Cantalino. Geração Facebook

Marcelo Cantalino. Geração Facebook Marcelo Cantalino Geração Facebook Geração facebook 1 Quem vem de baixo, vem com força 2 Ilha 3 Presente de Yemanjá 4 Vista perfeita 5 Circo 6 Quimera 7 Plano B 8 Full HD 1. Quem vem de baixo vem com força

Leia mais

AULA 04:O CHAMADO DE ABRÃO ATÉ O NASCIMENTO DE ISMAEL

AULA 04:O CHAMADO DE ABRÃO ATÉ O NASCIMENTO DE ISMAEL Momento com Deus Crianças de 7 a 9 anos NOME: DATA: 28/04/2013 AULA 04:O CHAMADO DE ABRÃO ATÉ O NASCIMENTO DE ISMAEL Versículos para Decorar 1 Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar

Leia mais

DATA: 02 / 12 / 2013 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA:

DATA: 02 / 12 / 2013 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 0 / / 03 UNIDADE: III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR:

Leia mais

05 Quando a gente se aposenta Fica um pouco a imaginar Eu vou deixar esse porto Sem ter outro pra aportar Mesmo quando nossa âncora Já tem onde se

05 Quando a gente se aposenta Fica um pouco a imaginar Eu vou deixar esse porto Sem ter outro pra aportar Mesmo quando nossa âncora Já tem onde se 01 Desde que a gente nasce E começa a respirar A vida já vai mostrando Que teremos que lutar E a gente é obrigado A começar a chorar 02 Quando se olha ao redor E vê a vida passando A gente vai crescendo

Leia mais

Minha História de amor

Minha História de amor Minha História de amor Hoje eu vou falar um pouco sobre a minha história de amor! Bem, eu namoro à distância faz algum tempinho. E não é uma distância bobinha não, são 433 km, eu moro em Natal-Rn, e ela

Leia mais

Février 2014 TOP 5 LE SONGBOOK BOSSA

Février 2014 TOP 5 LE SONGBOOK BOSSA Février 2014 TOP 5 LE SONGBOOK BOSSA Água De Beber - Antonio Carlos Jobim Eu quis amar mais tive medo E quis salvar meu coração Mas o amor sabe um segredo O medo pode matar o seu coração Água de beber

Leia mais

MÃE, QUANDO EU CRESCER...

MÃE, QUANDO EU CRESCER... MÃE, QUANDO EU CRESCER... Dedico este livro a todas as pessoas que admiram e valorizam a delicadeza das crianças! Me chamo Carol, mas prefiro que me chamem de Cacau, além de ser um apelido que acho carinhoso,

Leia mais

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues Uma lição de vida Graziele Gonçalves Rodrigues Ele: Sente sua falta hoje na escola, por que você não foi? Ela: É, eu tive que ir ao médico. Ele: Ah, mesmo? Por que? Ela: Ah, nada. Consultas anuais, só

Leia mais

Por quase um segundo Giancarla Brunetto (1º tratamento: 08/12/08 2º tratamento: 05/01/09 3º tratamento: 19/01/09)

Por quase um segundo Giancarla Brunetto (1º tratamento: 08/12/08 2º tratamento: 05/01/09 3º tratamento: 19/01/09) Por quase um segundo iancarla Brunetto (1º tratamento: 08/12/08 2º tratamento: 05/01/09 3º tratamento: 19/01/09) CENA 01 INT/IA ônibus Uma mulher morena, cabelos longos, aparenta ter uns 30 anos. Ela se

Leia mais

BEM TE VIU, BEM TEVÊ

BEM TE VIU, BEM TEVÊ SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 02 / 05 / 206 UNIDADE: I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 4.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A):

Leia mais

Mesmo assim o vento irá soprar

Mesmo assim o vento irá soprar Mesmo assim o vento irá soprar Trilha Sonora Bohemian Rhapsody Queen Personagens Silas Mãe Amigo Namorada Diabo Morte Anjos (4) Recepcionista Resumo: Jovem (Silas) mata um rapaz com um tiro, arrependido

Leia mais

Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança

Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança Tempo para ser criança e ser feliz Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança Ser criança e ser feliz Ser criança é uma das virtudes do homem Podem fazer-se coisas que

Leia mais

Introdução à Literatura

Introdução à Literatura L.E. Semana 3 Sexta Feira Introdução à Literatura Gênero Lírico Gênero Lírico Lírico vem do latim lyricu e quer dizer lira, um instrumento musical grego. Áudio: Musique de la Gréce Antique Épitaphe de

Leia mais

Interpretação de textos Avaliação Parcial II. Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade

Interpretação de textos Avaliação Parcial II. Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade Interpretação de textos Avaliação Parcial II Língua Portuguesa Brasileira Antonio Trindade Verbo ser Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome?

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 2 CENA 01. CAPELA / CASAMENTO. INTERIOR.

Leia mais

Associação dos Profissionais Tradutores / Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais de Mato Grosso do Sul - APILMS

Associação dos Profissionais Tradutores / Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais de Mato Grosso do Sul - APILMS Curso Básico de LIBRAS Comunicando com as Mãos de Judy Esminger Associação dos Profissionais Tradutores / Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais de Mato Grosso do Sul - Curso Básico de LIBRAS Ilustração:

Leia mais

A mulher que matou os peixes 14/11/12 14:49 Página 9

A mulher que matou os peixes 14/11/12 14:49 Página 9 14/11/12 14:48 Página 8 14/11/12 14:49 Página 9 Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas juro a vocês que foi sem querer. Logo eu! que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo

Leia mais

Era uma vez Um conto da felicidade de um jovem casal

Era uma vez Um conto da felicidade de um jovem casal Era uma vez Um conto da felicidade de um jovem casal Era uma vez Assim começa um conto de verdade. E o que segue embaixo é um conto que o mundo raramente viu igual. O conto começa na Dinamarca. Era uma

Leia mais

A Patricinha. Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima! Arthur Schopenhauer

A Patricinha. Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima! Arthur Schopenhauer Roleta Russa 13 A Patricinha Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima! Arthur Schopenhauer Oi. Eu sou a Patrícia. Prazer. Você é?... Quer sentar? Aceita uma bebida, um chá, um

Leia mais

MARIA PADILHA - 01 NA FAMÍLIA DA MARIA SÓ NÃO ENTRA QUEM NÃO QUER ELA É MARIA PADILHA, MARIA MULAMBO, MARIA MULHER BIS MARIA PADILHA 02

MARIA PADILHA - 01 NA FAMÍLIA DA MARIA SÓ NÃO ENTRA QUEM NÃO QUER ELA É MARIA PADILHA, MARIA MULAMBO, MARIA MULHER BIS MARIA PADILHA 02 MARIA PADILHA - 01 NA FAMÍLIA DA MARIA SÓ NÃO ENTRA QUEM NÃO QUER ELA É MARIA PADILHA, MARIA MULAMBO, MARIA MULHER BIS BIS MARIA PADILHA 02 MARIA PADILHA É MULHER DE SETE MARIDO...BIS TOMA CUIDADO GENTE

Leia mais

É Preciso Saber Viver

É Preciso Saber Viver É Preciso Saber Viver Quem espera que a vida Seja feita de ilusão Pode até ficar maluco Ou morrer na solidão É preciso ter cuidado Pra mais tarde não sofrer É preciso saber viver Toda pedra no caminho

Leia mais

Daniel Duarte. 1 a edição

Daniel Duarte. 1 a edição Daniel Duarte 1 a edição Rio de Janeiro 2016 Agradecimentos Agradeço ao Thiago, que me encontrou pela internet adentro e acreditou neste projeto, e que em tão pouco tempo se tornou uma pessoa muito especial

Leia mais

Não Fale com Estranhos

Não Fale com Estranhos Não Fale com Estranhos Texto por: Aline Santos Sanches PERSONAGENS Cachorro, Gato, Lobo, Professora, Coelho SINOPSE Cachorro e Gato são colegas de classe, mas Gato é arisco e resolve falar com um estranho.

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Fabrício Local: Núcleo de Arte do Neblon Data: 26.11.2013 Horário: 14h30 Duração da entrevista: 20min COR PRETA

Leia mais

A Menina Que Deixou. De Sonhar. Autora: Waleska Alves

A Menina Que Deixou. De Sonhar. Autora: Waleska Alves A Menina Que Deixou De Sonhar Autora: Waleska Alves 1. Era uma vez uma linda menina que sonhava com o natal, todas as noites antes de dormi ela olhava pela janela de seu quarto e imaginava papai noel em

Leia mais

) ) .,. MEB- 50 ANOS ";.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA! " MARIA ALICE ~ )

) ) .,. MEB- 50 ANOS ;.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA!  MARIA ALICE ~ ) ) 1 ) ) ).,. I ) I MEB- 50 ANOS ";.. QUANTO AFETO, QUANTA ALEGRIA RENOVADA EM CADA ENCONTRO... VIVA A VIDA! " MARIA ALICE ) ) ~ ) ( ' A MUSICA DA CAMPANHA DAS ESCOLAS RADIOFONICAS LEVANTO JUNTO COM O SOL

Leia mais

Versão RECONTO. O Principezinho. PLIP003 De Antoine De Saint Exupéry

Versão RECONTO. O Principezinho. PLIP003  De Antoine De Saint Exupéry O Principezinho De Antoine De Saint Exupéry Versão RECONTO Adaptação e revisão de texto Judite Vieira e Maria da Luz Simão Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Leiria PLIP003 www.plip.ipleiria.pt Este

Leia mais

BONS Dias. Ano Pastoral Educativo Colégio de Nossa Senhora do Alto. Com Maria Desperta a. Luz. que há em TI

BONS Dias. Ano Pastoral Educativo Colégio de Nossa Senhora do Alto. Com Maria Desperta a. Luz. que há em TI BONS Dias Com Maria Desperta a Luz que há em TI 2ª feira, dia 12 de dezembro de 2016 III Semana (11 de dezembro): ALEGRAR Ontem, a Igreja celebrou o domingo da alegria: Jesus está para chegar e só Ele

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex Praticante Denise Local: Núcleo de Arte Albert Einstein Data: 03.12.2013 Horário: 10 h30 Duração da entrevista: 1h.

Leia mais

Anexo Entrevista G2.5

Anexo Entrevista G2.5 Entrevista G2.4 Entrevistado: E2.5 Idade: 38 anos Sexo: País de origem: Tempo de permanência em Portugal: Feminino Ucrânia 13 anos Escolaridade: Imigrações prévias: --- Ensino superior (professora) Língua

Leia mais

Aula 3. 7 lições para ler e escrever. Proposta de Exercicio dar orientações:

Aula 3. 7 lições para ler e escrever.  Proposta de Exercicio dar orientações: 7 lições para ler e escrever Aula 3 Proposta de Exercicio dar orientações: Escolher 2 sambas que conversem entre si e transforme as músicas num texto. Mas e os sambas? A gente vai colocar as letras? Como

Leia mais

O Sorriso de Clarice

O Sorriso de Clarice O Sorriso de Clarice Clarice era uma mulher meio menina sabem,doce,meiga,amiga,e apaixonada,aqueles seres que contagiam com seu sorriso, ela tinha algo único conquistava todos com seu sorriso,ninguém sabia

Leia mais

O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano

O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano O melhor amigo Interpretação de Textos para 4º e 5º Ano O melhor amigo A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado,

Leia mais

E6- mais ou menos. Correu uma beca pó torto. E- Eu sei, a Laura disse-me, eu não tava nesse dia não puder ir. Gostavas que tivesse corrido melhor?

E6- mais ou menos. Correu uma beca pó torto. E- Eu sei, a Laura disse-me, eu não tava nesse dia não puder ir. Gostavas que tivesse corrido melhor? E- Vá, então eu queria-te perguntar sobre o teatro, o que é que tu achas do teatro. E6- Bué fixe. E- Ya e quando soubeste que ias fazer teatro ficaste contente ou triste? E6- Bué contente. E- Porquê? E6-

Leia mais

Katia G. Nogueira. Brincando de Cantiga

Katia G. Nogueira. Brincando de Cantiga Katia G. Nogueira Brincando de Cantiga APRESENTAÇÃO Este livro visa possibilitar o contato das crianças com as mais variadas situações comunicativas para que assim comecem a perceber a função social da

Leia mais

Luiz Vilela Tremor de Terra contos

Luiz Vilela Tremor de Terra contos Luiz Vilela Tremor de Terra contos 10ª edição 2017 Confissão, 7 Júri, 14 O buraco, 22 Por toda a vida, 38 Imagem, 50 Chuva, 59 Nosso dia, 69 O violino, 73 Dois homens, 89 Espetáculo de fé, 91 Velório,

Leia mais

O VELÓRIO DA DONA JUSTINA

O VELÓRIO DA DONA JUSTINA O VELÓRIO DA DONA JUSTINA (MINI COMÉDIA) Autor: Ivan Ferretti Machado Sinopse: O texto tenta mostrar a intensidade e ao mesmo tempo o poder mutativo que envolve as palavras, através dos diálogos, onde

Leia mais

IMPELIDOS PELO ESPÍRITO PARA A MISSÃO

IMPELIDOS PELO ESPÍRITO PARA A MISSÃO IMPELIDOS PELO ESPÍRITO PARA A MISSÃO IGREJA EM SAÍDA CULTURA DO ENCONTRO comunidade eclesial a V O C A Ç Ã O NASCE, CRESCE na IGREJA; é SUSTENTADA pela IGREJA. Todos os cristãos são constituídos missionários

Leia mais

Encarte

Encarte Encarte e letras disponíveis em Encarte www.encartedigitalmk.com.br e letras disponíveis em Conheça mais esta inovação da MK Music. Uma empresa que pensa no futuro www.encartedigitalmk.com.br Conheça mais

Leia mais

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA Trechos selecionados do livro Estratégias poderosas para fazê-la voltar para você. www.salveseucasamento.com.br Mark Love E-book gratuito Esse e-book gratuito é composto de

Leia mais

TABUADA DAS OBJEÇÕES

TABUADA DAS OBJEÇÕES TABUADA DAS OBJEÇÕES Você já sentiu acuada, sem palavras ao ouvir alguma objeção de sua potencial iniciada!? As pessoas que você vai abordar são tão especiais quanto você e se elas disserem não, lembre-se

Leia mais

coleção Conversas #24 Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #24 Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. coleção Conversas #24 Eu Posso sou me G ay. curar? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora AfroReggae nasceu com o desejo de facilitar

Leia mais

O CÓDIGO DO GUERREIRO

O CÓDIGO DO GUERREIRO O CÓDIGO DO GUERREIRO VIVER André Furlan CÓDIGO DO GUERREIRO Às vezes tenho tido insônia. Ontem consegui dormir eram seis horas da manhã. Hoje já vou combater este problema. Deitado faço respiração lenta

Leia mais

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho A conta-gotas Ana Carolina Carvalho Agradeço a Regina Gulla pela leitura atenta e pelas sugestões. Para minha mãe, pela presença. Para Marina, minha afilhada, que quis ler o livro desde o começo. 1 A

Leia mais

"INDAGAÇÕES" Fausto F

INDAGAÇÕES Fausto F "INDAGAÇÕES" Fausto F Quem procura acha? Quem espera sempre alcança? Farinha pouca meu pirão primeiro? De cavalo dado não se olha os dentes? Melhor um pássaro que na mão que dois voando? Assim na terra

Leia mais

Como Usar Este Manual? Capítulo 1 Leitura Inicial Capítulo 2 Encarando a Realidade Capítulo 3 Vivendo Sob Uma Aliança...

Como Usar Este Manual? Capítulo 1 Leitura Inicial Capítulo 2 Encarando a Realidade Capítulo 3 Vivendo Sob Uma Aliança... SUMÁRIO Como Usar Este Manual?... 13 Capítulo 1 Leitura Inicial... 17 Capítulo 2 Encarando a Realidade... 27 Capítulo 3 Vivendo Sob Uma Aliança... 31 Capítulo 4 Relacionar-Se Bem é um Mandamento... 37

Leia mais

Encarte

Encarte Encarte e letras disponíveis em Encarte www.encartedigitalmk.com.br e letras disponíveis em Conheça mais esta inovação da MK Music. Uma empresa que pensa no futuro www.encartedigitalmk.com.br Conheça mais

Leia mais

ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14. R - não. Porque eu to deficiente. Eu trabalho m casa. Amputei a perna.

ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14. R - não. Porque eu to deficiente. Eu trabalho m casa. Amputei a perna. ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14 P - por favor, me diga sua idade. R - 56. Vou fazer para o mês. P - a senhora estudou? R - estudei até a 3ª série. P - 3ª série. A senhora tem alguma ocupação,

Leia mais

A LOIRA DO CEMITÉRIO. Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA

A LOIRA DO CEMITÉRIO. Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA A DO CEMITÉRIO Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS RUA: ALAMEDA PEDRO II N 718 VENDA DA CRUZ SÃO GONÇALO E-MAIL: jfigueiredo759@gmail.com TEL: (21)92303033 EXT.PRAÇA.DIA Praça

Leia mais

Nas asas da poesia. A poesia nasce no coração e floresce na cabeça.

Nas asas da poesia. A poesia nasce no coração e floresce na cabeça. Nas asas da poesia A poesia nasce no coração e floresce na cabeça. Bem, um dos meus grandes sonhos sempre foi escrever um livro de poemas. Ainda muito pequena já começava a rabiscar algumas coisas como

Leia mais

Real Brazilian Conversations #37 Premium PDF Guide Brazilian Portuguese Podcast, by RLP reallylearnportuguese.com

Real Brazilian Conversations #37 Premium PDF Guide Brazilian Portuguese Podcast, by RLP reallylearnportuguese.com Subjects on this conversation: The life in Montes Claros, hobbies and life in general. Context: In this conversation André talks to his cousins, Melissa e Larissa. They about their lives, what they like

Leia mais

NO SAMBA CLÁSSICO. Releitura de clássicos do samba interpretados por orquestra de câmara e

NO SAMBA CLÁSSICO. Releitura de clássicos do samba interpretados por orquestra de câmara e CLÁSSICO NO SAMBA Releitura de clássicos do samba interpretados por orquestra de câmara e músicos populares, com participação de compositores, cantores da velha guarda ao lado da nova geração de sambistas

Leia mais

Godofredo e Geralda sentados na mesa no centro do palco.

Godofredo e Geralda sentados na mesa no centro do palco. Cena 1 Cenário Cena Musica Som e luz Restaurante: Duas mesas, cada uma com duas cadeiras. Uma no centro e outra no inicio do palco, castiçais com velas no centro das mesas. Godofredo e Geralda sentados

Leia mais

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos ainda não Luciano Cabral personagens, vinte e cinco anos, sessenta anos (o apartamento é pequeno, com apenas dois cômodos: banheiro e quarto. O banheiro fica em frente à porta de entrada. No quarto, logo

Leia mais

Tânia Abrão. Deixo meus olhos Falar

Tânia Abrão. Deixo meus olhos Falar Tânia Abrão Deixo meus olhos Falar 1 Biografia Tânia Abrão Mendes da Silva Email: Tania_morenagata@hotmail.com Filha de Benedito Abrão e Ivanir Abrão Nasceu em 09/08/1984 Natural da Cidade de Lapa Paraná

Leia mais