AS LACUNAS DA DEMOCRACIA BRASILEIRA: SOBRE VIOLÊNCIA, TORTURA E POLÍTICAS REPARATÓRIAS PARA MULHERES NO BRASIL

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1 AS LACUNAS DA DEMOCRACIA BRASILEIRA: SOBRE VIOLÊNCIA, TORTURA E POLÍTICAS REPARATÓRIAS PARA MULHERES NO BRASIL Wine Santos Silva Graduanda em Direito Centro Universitário do Vale do Ipojuca. Pesquisadora do projeto de Iniciação Cientifica Direitos Humanos, violência e diversidade humana no período ditatorial, no Agreste pernambucano ( ). Membra do Grupo de Estudo e Pesquisas Interdisciplinares sobre Direitos Humanos (GEPIDH-UNIFAVIP). winnesantos@hotmail.com Resumo A pesquisa é dedicada à compreensão dos processos de violência, especialmente atos de tortura contra as mulheres durante o período da ditadura militar no Brasil. Daí a necessidade de políticas de reparação que consideram questões de gênero, como forma de consolidar a presença das mulheres durante e após a civil - militarismo.. Palavras-chave: Ditadura. Tortura. Mulher. Reparação. Abstract The research is dedicated to understanding the processes of violence, especially acts of torture against women during the period of military dictatorship in Brazil. Hence the need to redress policies that consider gender as a way to consolidate the presence of women during and after the civil - military.

2 Keywords: Dictatorship. Torture. Woman. Repair 1 INTRODUÇÃO As políticas reparatórias precisam reconhecer as especificidades das violências sofridas por minorias sociais durante períodos de militarismo. Assim, o presente artigo tem o escopo discutir sobre as questões implícitas de gênero presentes nos processos de tortura contra mulheres, no período de ditadura civil-militar no Brasil. Compreender as violências sofridas por mulheres e destacar a participação feminina na resistência à ditadura civil-militar é o caminho a questionar a não consideração demarcadores de gênero e a inexistência de políticas públicas reparatórias a essas vítimas de tortura durante o período ditatorial. A problemática de pesquisa que orientou este trabalho foi: Que elementos podem ser considerados para a construção de políticas reparatórias no Brasil que considerem as questões de gênero presentes nas torturas contra mulheres? Assim, a análise acerca do modus como ocorriam as práticas de torturas sofridas por mulheres no período ditatorial e a real necessidade de serem propostas políticas públicas de reparação no Estado, são questões que guardam relação direta. O objetivo geral deste trabalho é: compreender quais elementos podem ser considerados para a construção de políticas reparatórias no Brasil, de modo a considerar as questões de gênero presentes nas torturas contra mulheres. Assim, o objetivo eleito pretende analisar questões de gênero presentes na violência civil-militar durante esse período e a necessidade de políticas de reparação no Estado, estando aliadas à ideia do nunca mais. Os objetivos específicos da pesquisa são: discutir sobre a repressão no período de ditadura militar brasileira em relação a mulher; estudar sobre os paradoxos da não reparação na justiça de transição brasileira, com base na Lei de Anistia; e, apresentar elementos que podem ser considerados para a construção de políticas reparatórias no Brasil, de modo a considerar as questões de gênero presentes nas torturas contra mulheres.

3 Assim, observar o desenvolvimento das práticas de torturas e as ações dela derivadas, especificamente em relação às torturas desenvolvidas contra mulheres que se posicionavam contra o regime ditatorial vigente, e apurar a existência de políticas públicas de reparação por parte do Estado brasileiro às vítimas do regime, significa discutir a formação democrática do País. Para atingir os objetivos almejados por esta pesquisa, fora utilizado os métodos histórico, por se tratar de eventos ocorridos em um determinado período vivido, também, por meio uma abordagem qualitativa, na intenção de contribuir ao entendimento de um período ainda obscuro na história do Brasil. Além disso, realizamos o estudo através de pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória. Utilizou-se ainda a técnica de análise de conteúdo para auxiliar nas investigações das questões formuladas, bem como na problemática desenvolvida (GIL, 2009). Justificamos esse trabalho na necessidade de se investigar o protagonismo e a participação política das mulheres durante a ditadura militar, assim como examinar a forma pela qual se relacionavam militância e condição feminina, assim como os modos de resistência à ditadura civil-militar, com vistas a compreender algumas questões de gênero presentes no período. Assim como, o interesse em pesquisar esse tema foi despertado pela necessidade em conhecer das restrições impostas pelo sistema patriarcal-militar às mulheres, a maneira pela qual aquelas eram invisibilizadas quanto suas participações no cenário político do país, e até mesmo a subalternização da condição feminina frente à masculina, através dos procedimentos de violência. Este trabalho objetiva, por fim, evidenciar a dívida existente em relação a memória e a verdade sobre a participação e resistência feminina nesse período, e, principalmente, quanto a falta de políticas reparatórias no Brasil. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 A ditadura civil militar brasileira, a subalternização e a tortura a mulher: questões de gênero? Inicialmente, ressalta-se que os fatos ocorridos durante a ditadura civil-militar brasileira ( ), ainda carecem de uma maior visibilidade no campo da discussão sobre direitos humanos, especialmente, quanto à participação de mulheres nesse período tão sombrio da história do país, conhecido como anos de chumbo.

4 De plano, cumpre destacar que o protagonismo feminino no período ditatorial, por muitos anos foi ocultado pela história, sendo assim, eis a necessidade de se discutir sobre a participação e protagonismo de mulheres durante o período ditatorial. Ora, em relação ao protagonismo feminino à resistência a ditadura, constata-se certo descaso, de maneira a subalternizar a participação, resistência e protagonismo feminino durante a ditadura civil-militar brasileira. Conforme as ideias de Perrot (2006): [...] A posição de subalternidade feminina nos processos de luta contra o regime de exceção resulta de um processo que mantém as mulheres como objetos do poder masculino. Nesses moldes, verificamos que a forma que as violências desenvolvidas contra mulheres à época tinham a intenção de subalternizar a figura feminina em relação a masculina. Isso se deu, principalmente, em razão do cenário e da forma que a mulher era vista no período. Desse modo, averiguamos o que constata Cardoso (2014, p. 01), no sentido de atestar que, durante o período da ditadura civil-militar brasileira, ocorreu um verdadeiro processo de despersonalização do gênero feminino, tendo em vista as mulheres militantes serem vistas como promiscuas, desviantes e transgressoras. E acrescenta: O período de repressão relegou as questões de gênero à marginalidade, à vadiagem, ao desviante. A mulher e, de modo mais forte, àquela tida enquanto fora dos padrões, promíscua, prostituta foi, foucautianamente, vigiada e punida (CARDOSO, 2014, p. 06). Ademais, em virtude do sistema social-político da época, ou seja, do patriarcalismo, a dominação masculina era tida como algo natural, então, as violências desenvolvidas contra mulheres estavam estritamente relacionadas à forma de dominação pelos homens, que, em sua grande maioria, aconteciam através de violência física, psicológica e, principalmente, sexual em relação as mulheres, aspecto de violência pelo e com base no sexo masculino. Desse modo, constatamos que as violências desenvolvidas contra mulheres tinham o objetivo de desumanizá-las enquanto pessoa, desrespeitando suas vontades e seus corpos, com o intuito de fazer com que as mesmas se sentissem marginalizadas, sem identidade, uma vez que perdiam o controle sobre seus sentidos e emoções. No mais, verificamos que diversas foram as maneiras pelas quais as mulheres tiveram seus direitos violados durante a ditadura, desde a negativa de as mesmas como cidadãs

5 portadoras de direitos e deveres, às barbaridades das torturas que lhe tiravam a dignidade. Quanto a discussão sobre gênero e tortura, apuramos a estreita relação entre violência e masculinidade nos processos de violência contra mulheres, tendo em vista as torturas tinham, em sua grande maioria, como objeto o corpo da mulher, o que as tornava um alvo fácil à violência sexual. É preciso compreender que o debate acerca das questões de gênero durante o período ditatorial é mais complexo do que parece. Reparamos que, dificilmente, esses debates estão relacionados às ideias e valores ligados às representações do feminino, isso porque essas representações são construídas com base no contexto sociocultural patriarcal, o qual invisibiliza a participação feminina nesse período. Pouco se discutiu até hoje sobre gênero, principalmente porque essas questões são vistas como marginais. Como ressaltam as ideias de Cardoso (2014, p. 06): [...] é preciso ser (re)conhecido que o período de repressão relegou as questões de gênero à marginalidade, à vadiagem, ao desviante. Ser mulher militante no Brasil, durante a ditadura, era, praticamente, ser coagida a viver na clandestinidade, haja vista que, ser mulher militante, buscar inserção no espaço político ou resistir ao sistema totalitário imposto, eram vistos como processos de masculinização, que deveriam ser combatidos, especialmente, a partir das torturas. Assim, verificamos que os processos de torturas guardam relação direta com as questões de gênero, tendo em vista o modo como a tortura era desenvolvida, de maneira a subalternizar a mulher frente a figura masculina. 2.2 Justiça de transição no Brasil: paradoxos entre a Lei da Anistia e as políticas reparatórias Primordialmente, cumpre destacar o conceito desenvolvido por Cuya (2011) acerca da Justiça de transição, apresentada pelo referido autor como um conjunto de medidas estatais de caráter jurídico e político que visam reestabelecer a confiança da sociedade através da implantação de mecanismos que assegurem a não repetição dos crimes cometidos. Esse ramo orienta-se por quatro dimensões fundamentais: busca pela verdade, aplicação da justiça, concessão de reparações e formas institucionais e legais. Como marco da Justiça transacional no Brasil temos a Lei de Anistia (Lei 6.683/79), que foi criada com o objetivo de promover uma conciliação entre a sociedade

6 civil e o Estado. Todavia, essa lei causa ainda hoje diversas controvérsias, posto que a tese defendida pelos militares que a referida lei fora objeto de consenso entre os opressores e oprimidos impera ainda hoje, o que representa um grande obstáculo para a completude do processo transacional brasileiro. Assim, como, a interpretação reiterada pelo Supremo Tribunal Federal à Lei de Anistia acaba por restringir o esclarecimento de questões ainda obscuras referentes às violações aos direitos humanos por parte de agentes estatais, bem como a investigação e responsabilização desses pelos crimes cometidos. Ora, essa interpretação que a lei anistiou opressores e oprimidos, mantém não só a impunidade como a política do esquecimento, ferindo assim, direitos e pilares importantes da justiça de transição, quais sejam, o direito à memória e a verdade e o direito à responsabilização. Isso porque, inicialmente, a Lei elimina qualquer possibilidade de investigação dos fatos ou a punição dos responsáveis, e não prevê a possibilidade de indenização ou compensação para as vítimas do regime. Diante disso, a Lei de Anistia acaba por perpetuar a impunidade e promover o esquecimento. Uma análise crítica a respeito da Lei de Anistia, a partir das ideias de Abrão (2009), demonstra que a Lei de Anistia foi objeto de negociação, uma espécie de transação política, entendendo que o perdão aos torturadores, foi um preço a se pagar pela aprovação da Lei. Objetivamente, em relação ao desenvolvimento de políticas reparatórias por parte do Estado Brasileiro, averiguamos que o Brasil tem tomando algumas medidas que apesar de consistentes, figuram como mínimas, como a Lei de anistia, a reparação na esfera civil, frente aos enormes danos causados pelas consequências do regime militar no País. Assim, a mera indenização pecuniária não tem o condão de reparar, efetivamente, os danos causados pelo regime às vítimas e suas famílias. Uma das mais importantes políticas de reparação desenvolvida pelo Estado Brasileiro, foi a criação da Lei de Reparação nº /2002, que surgiu para analisar os casos de ex-perseguidos políticos, a fim de conceder-lhes indenizações em função do afastamento forçado de suas atividades profissionais. Ademais, a fim de executar o que estabeleceu a referida Lei, foi criada a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, cujas funções principais eram o reconhecimento da anistia política e a promoção da reparação econômica.

7 Ora, restou verificado, assim, que as políticas de reparação desenvolvidas pelo Estado Brasileiro objetivam meramente uma reparação econômica, o que de certa forma representa uma saída mais fácil para o Estado que punir os militares que praticaram diversas violações a direitos fundamentais humanos. 2.3 A relevância da discussão acerca das questões de gênero durante o período ditatorial brasileiro: luta feminina e redemocratização do Brasil Como já abordado anteriormente na presente pesquisa, verificamos que os processos de torturas desenvolvidos contra mulheres durante o período ditatorial guardavam relação direta com as questões de gênero, isto, porque o modus como as mesmas eram desenvolvidas tinham o condão de subalternizar a figura feminina frente a masculina. Ora, pensar na descriminação de gênero como uma forma de assegurar ou negar direitos, partindo da premissa de utilizar p gênero de cada individuo como uma forma de lhe punir, é totalmente desumano, e foi essa justamente a função da tortura praticada contra mulheres durante o militarismo. Ainda hoje, verificamos uma incapacidade não só por parte do Estado, mas por seus governantes, por parte das políticas públicas adotadas, ouso dizer, por parte da própria sociedade, que dia a pós dia, deixa de reconhecer a igualdade de direitos, status e oportunidades entre homens e mulheres, consentindo e partilhando da ideia que o tratamento diferenciado, geralmente, em desfavor das mulheres é algo natural, visto o sistema sociocultural patriarcal que dita os valores a serem seguidos pela sociedade. A lei da anistia tida como o marco ao fim do militarismo, uma promessa de redemocratização do Brasil, falhou ao expandir a anistia a agentes públicos que deram causa a detenções ilegais e arbitrárias, tortura, execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres, evidenciando assim, sua incompatibilidade com o direito brasileiro e a ordem jurídica internacional, haja vista os crimes cometidos constituírem crimes contra a humanidade, imprescritíveis e não passíveis de anistia. Ante a omissão da lei da anistia para tratar das questões de gênero, o direito internacional dos direitos humanos, surgiu como uma forma de proteger o direito à vida, à integridade física e psicológica, à liberdade e à dignidade de todos seres humanos, o mesmo organismo proíbe qualquer tipo de discriminação ou restrição de direitos tomando o sexo por base, interditaram, ainda, todo tratamento desumano, cruel ou degradante estabelecido sobre discriminação de gênero.

8 Assim, objetiva-se com essa discussão evidenciar a omissão da lei de anistia ante a apuração e visibilidade ao sofrimento das mulheres diretamente envolvidas no conflito em busca da democracia, daquelas que participaram de movimentos de resistência e daquelas cujos familiares foram vítimas de perseguição política, foram mortos ou seguem desaparecidos, dessa forma, apesar da promessa de esquecimento proposta pela lei de anistia, é impossível ignorar o protagonismo das mulheres na busca pela verdade, pela apuração dos crimes do período e a responsabilização daqueles que foram sujeitos ativos de verdadeiras atrocidades. No mais, ressaltamos por fim, a necessidade do resgate da memória da luta feminina durante o período, posto que durante o período muitas foram as manifestações contra regime, das quais as mulheres também foram protagonistas como militantes da resistência e como organizadoras da sociedade civil para o retorno do país à democracia. A democracia usufruída pelo Brasil nos dias atuais deve-se à luta e a resistência de diversas mulheres que apesar das torturas as quais foram submetidas, a saber, tortura psicológica, socos, pontapés, calor, frio, asfixia, assim como eram também amordaçadas, dentre outras práticas degradantes, não desistiram de lutar por uma sociedade justa, livre e democrática. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final desse trabalho, e uma das questões mais importantes discutidas é como as políticas reparatórias carecem reconhecer das especificidades das violências sofridas por minorias sociais durante os períodos de militarismo, como forma, inclusive de realçar o protagonismo feminino no período, visto que ainda é hoje ocultado da história do país. Assim, para trazer à tona a ideia do nunca mais, é de suma importância resgatar a memória e a verdade dos fatos ocorridos durante esse período tão obscuro da história do país. Constatamos que, os processos de torturas desenvolvidos contra mulheres durante a ditadura guardavam relação direta com as questões implícitas de gênero, posto que investigar as violências sofridas por mulheres no período é destacar a sua participação, caminho esse de questionamento a não consideração dos demarcadores de gênero e a escassez de políticas públicas reparatórias as vítimas de tortura durante o período ditatorial.

9 Evidenciamos com o presente trabalho, que a omissão da Lei da Anistia ao tratar das questões de gênero, bem como em apurar e dar visibilidade ao sofrimento e luta de mulheres que diretamente envolvidas com o conflito em busca da retomada do Estado Democrático Brasileiro. No mais, a importância do presente trabalho deve-se a buscar por justiça em nome de mulheres que lutaram por dias melhores e mais justos para a sociedade, para que essa memória não caia no esquecimento e que essa história não se repita, justiça essa só alcançada através dos direitos à memória e verdade de diversas mulheres violentadas, torturadas, subalternizadas no período de militarismo, mas que ainda assim não se acovardaram e lutaram por uma sociedade justa, livre e democrática. Por fim, estamos cientes que este tema não se esgota com esse trabalho, apenas traz algumas considerações sobre um tema dentro do campo dos direitos humanos, mas a discussão é árdua e cada dia se descobre um novo fato ocorrido nesse período obscuro da historia do Brasil, assim, esperamos que esse trabalho sirva de incentivo para outras pessoas se aprofundarem no assunto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Glenda Gathe. As políticas de reparação segundo os olhares dos entrevistados. In: XI Congresso Regional Sudeste da história oral, dimensões do público: Comunidades de sentido e narrativas políticas. Rio de Janeiro, ARANTES, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha. Dor e desamparo filhos e pais, 40 anos depois. Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol. 20, n. 2, 2008, p CARDOSO, Fernando da Silva. Pra não dizer que não falei das flores A categoria gênero nos discursos de mulheres pernambucanas torturadas durante a ditadura militar no Brasil. In: Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero, VII Edição, Recife: Secretaria da Mulher do Governo de Pernambuco, 2014.

10 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. 12. reimpr. São Paulo: Atlas, PINTO, Simone Rodrigues. Justiça de Transição no Brasil: direito à memória e à verdade, à reparação e à justiça. Série Ceppac, n Brasília: CEPPAC/UnB, RODRIGUES, Danielle. Justiça de transição: a incompletude do processo transacional brasileiro e o papel do poder judiciário. 80 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, SANTOS, Martha Virgínia. Mães e mulheres: maternidade e violência de gênero no período ditatorial brasileiro. Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero - Ano VIII. 8. ed. Recife: Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco, SILVA, Cícera Quitéria da. Protagonismo e resistência feminina à ditadura civilmilitar: (re)construindo a trajetória política da mulher no Agreste de Pernambuco. Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero - Ano VIII. 8. ed. Recife: Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco, TORELLY, Marcelo Dalmas. Justiça de Transição e Estado Constitucional de Direito: perspectiva teórico comparativa e análise do caso brasileiro. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

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