Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria - Executiva
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- Fátima Bonilha Fernandes
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1 Ministério do Trabalho e Emprego Secretaria - Executiva
2 Esta explanação tem por finalidade informar a situação atual acerca da proposta do desenvolvimento de ações de Qualificação Social e Profissional a serem implementadas no âmbito do Plano Setorial de Qualificação - PlanSeQ Micro e Pequenas Empresas.
3 O Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio do Departamento de Qualificação da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego MTE/SPPE/DEQ, instituiu, no âmbito do Plano Nacional de Qualificação, os Planos Setoriais de Qualificação PlanSeQ s, atualmente regidos pela Resolução nº 575 do CODEFAT, de 28 de abril de 2005.
4 Os PlanSeQ s integram o Plano Nacional de Qualificação PNQ e, conforme Termo de Referência da Resolução supracitada, os Planos Setoriais de Qualificação - PlanSeQs são projetos e ações de QSP de caráter estruturante, setorial ou emergencial, que não possam, por volume ou temporalidade, ser atendidos por PlanTeQs. Por isso, trata-se de um instrumento complementar e/ou associado aos PlanTeQs, orientado ao atendimento transversal e concertado de demandas emergenciais, estruturantes ou setorializadas de qualificação, as quais são identificadas a partir de iniciativas governamentais ou sociais, cujo atendimento não tenha sido possível nos planejamento dos PlanTeQs.
5 Para um PlanSeQ ser implantado, é preciso que seja proposto ao, para fins de concertação e co-financiamento, por uma ou mais entidades demandantes. O conjunto de entidades que podem ser demandantes engloba órgãos da Administração Pública Federal, secretarias estaduais ou municipais de trabalho que tenham a responsabilidade em seu território pelas ações de qualificação social e profissional, centrais e confederações sindicais, sindicatos locais, federações e confederações patronais e entidades representativas de movimentos ou setores sociais organizados e, por fim, empresas públicas ou privadas.
6 Sempre que uma ou mais dessas entidades apresentam uma proposta factível de PlanSeQ, após análise de viabilidade orçamentáriofinanceira por parte do MTE, essa apresentação é seguida por debate participativo do projeto, por meio de uma ou mais audiências públicas convocadas pelo. Na audiência pública, os agentes públicos, privados e sociais envolvidos são organizados sob a forma de uma Comissão de Concertação, organizada de forma paritária e no mínimo tripartite.
7 Em 25 de julho de 2005, por meio do Ofício nº 763- DMPME/SDP, o Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas da Secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC encaminhou ao DEQ/SPPE o Projeto Microempresa Legal Capacitar para Formalizar. O objetivo da proposta apresentada é a capacitação dos empreendedores, no intuito de possibilitar aos mesmos os conhecimentos e condições técnicas necessárias para assim viabilizar a formalização de seus empreendimentos informais (Micro e Pequenas Empresas Informais). Cabe registrar que o DMPME/SDP/MDIC é integrante nato do Comitê Temático Formação e Capacitação Empreendedora do Fórum Permanente de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
8 A análise técnica do documento supracitado enviado pela demandante, realizado pela CGCOP/DEQ/SPPE, concluiu pela sua pertinência e considerou que se enquadrava nas diretrizes dos PlanSeQs e nos ditames da legislação vigente à época. Diante disso, foi convocada uma Audiência Pública regional envolvendo os estados da Bahia, Paraíba e Pernambuco, por meio do Ofício Circular nº. 097/, de , para discussão do tema com os agentes governamentais e sociais ligados ao setor.
9 Acrescente-se, ao exposto acima, que, Em 15 de julho de 2006, foi celebrado o Protocolo de Intenções do PlanSeQ Micro e Pequenas Empresas, entre a Secretaria de Desenvolvimento da Produção SDP/MDIC e a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego SPPE/MTE. Nele definidas as seguintes obrigações: para Secretaria do Desenvolvimento da Produção SDP/MDIC (i) colocar no escopo do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, a identificação de segmentos de microempresas e empreendedores informais visando a sensibilização e integração às ações deste Instrumento; para Secretaria de Políticas Públicas de Emprego SPPE/MTE (ii) contribuir para implementação das ações de qualificação social e profissional dos trabalhadores, no âmbito do PNQ/PlanSeQ, por meio do estabelecimento de convênio, ou outro instrumento legal pertinente, com entidades executoras.
10 Em 30 de maio de 2006, às 09h, no Auditório do Recife Praia Hotel, localizado na Avenida Boa Viagem, nº 09 Bairro Pina Recife PE, foi realizada a Audiência Pública de Concertação para discutir a proposta do Plano Setorial de Qualificação para Micro e Pequenas Empresas.
11 Após debates sobre o tema, constituiu-se a Comissão de Concertação (Regional PB/PE/BA) PlanSeQ.. Micro e Pequenas Empresas, com as seguintes representações: Departamento de Qualificação ; Departamento de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte DMPME/SDP/MDIC; Governo do Estado de Pernambuco; Governo do Estado da Paraíba; Governo do Estado da Bahia; Confederação Nacional das Entidades de Micro e Pequenas Empresas CONEMPEC; Federação das Micro e Pequenas Empresas da Paraíba FEMIPE-PB; Federação das Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco FEAMEPE; Federação das Micro e Pequenas Empresas da Bahia - FAPEME/ BA; Prefeitura Municipal de João Pessoa PB; Prefeitura Municipal do Recife PE.
12 Em 14 de junho de 2006, às 09h no Auditório da CONEMPEC, Avenida Norte, nº 1098, Bairro de Santo Amaro, Recife-PE, foi realizada a primeira reunião da Comissão de Concertação do PlanSeQ Micro e Pequenas Empresas para discussão do projeto, bem como os devidos encaminhamentos junto ao MTE. No entanto, participaram apenas as seguintes instituições: CONEMPEC, FEMIPE-PB, Prefeitura Municipal de João Pessoa - PB, e a Prefeitura Municipal de Recife/PE. Considerando que todas entidade citadas no item 10 fazem parte da Comissão de Concertação, registra-se que é fundamental e necessário que a grande maioria dessas entidades estejam presentes e envolvidas no processo de concertação e na elaboração do projeto.
13 Além disso, a convocação, por meio de ofício-circular, para as reuniões dessa Comissão ou mais audiências públicas, bem como a coordenação desses trabalhos, devem ser realizadas, necessariamente, pelo Departamento de Qualificação/SPPE/MTE.
14 Diante dos problemas acima e de outros avaliados na Nota Informativa nº 39/2008, o DEQ/MTE convocou, por meio do Ofício-Cicular nº 91, de 2 de maio de 2008, a segunda reunião da Comissão de Concertação para o dia 13 de maio de Nesta ocasião estiveram presentes: Departamento de Qualificação, Departamento de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte DMPME/SDP/MDIC, Governo do Estado da Paraíba, Governo do Estado da Bahia, Confederação Nacional das Entidades de Micro e Pequenas Empresas CONEMPEC, Federação das Micro e Pequenas Empresas da Bahia - FAPEME/ BA e Prefeitura Municipal do Recife PE. Dessa maneira, foi possível corrigir a falha apontada no item 14.3 da Nota Informativa nº 39/2008.
15 Os técnicos da CGUA/DEQ reiteraram os informes da Nota Informativa nº 39/2008 e apresentaram a necessidade de o PlanSeQ Micro e Pequenas Empresas adequar-se aos ditames da nova resolução do CODEFAT (nº 575/2008). Ressalte-se que, em função da mudança no marco legal, que proíbe a execução de PlanSeQ por membros da Comissão de Concertação, a CONEMPEC formalizou sua retirada da Comissão. Também ficou definido pela Comissão de Concertação que o DEQ enviaria, aos membros da Comissão, as mudanças necessárias no préprojeto apresentado ao MTE para que o projeto se adéqüe à nova resolução do CODEFAT.
16 Adequações Necessárias Em termos genéricos, o projeto anteriormente apresentado a esta coordenação deve ser adequado aos padrões apontados na Nota Informativa nº 39 e aos ditames da nova resolução do CODEFAT (nº 575/2008), especialmente no que concerne:
17 À Comissão não cabe indicar ou sugerir entidade para ser convenente/executora. Deve, em conformidade com Termo de Referência aprovado com a supracitada resolução (art. 23), simplesmente apresentar diagnóstico das instituições de qualificação existentes no território a ser atendido, com análise preliminar da sua qualificação técnica, o qual não vincula o processo de Chamada Pública posterior;
18 Além disso, o projeto, que deve ser aprovado pela Comissão de Concertação, deve apresentar necessariamente: Apresentação detalhada do empreendimento que origina a proposta de PlanSeQ, com ênfase na estimativa de geração de postos de trabalho e na demanda de pessoal qualificado; Diagnóstico de demandas econômicas (industriais, comerciais e de serviços) e sociais associadas ao empreendimento que origina a proposta de PlanSeQ, como instrumento de desenvolvimento local; Matriz de qualificação, detalhando quantitativo de vagas, ocupações demandadas, carga horária, estratégias de elevação de escolaridade, custos e metas de colocação de trabalhadore/as; Matriz de despesas de custeio, detalhando contrapartida real do/s demandante/s, dividida segundo o porte e a capacidade econômica dos agentes públicos, privados e sociais envolvidos, inclusive de investidores, que serão contabilizadas, no projeto, como uma única contrapartida; Cronograma de atividades, incluindo estratégias de divulgação, cadastramento de beneficiário/as e demais ações pertinentes ao planejamento, execução e acompanhamento do projeto; Fluxo de intermediação pré e pós-processo de qualificação, sendo que os planos de intermediação de mão-de-obra serão elaborados em conjunto com as agências locais do SINE e serão submetidos ao Departamento de Emprego e Salário da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego - DES/SPPE/MTE, para apreciação; Identificação de Comissão de Elaboração e Acompanhamento, responsável pela elaboração e acompanhamento do projeto e sistematização da experiência, caso aprovado; Pré-análise das propostas apresentadas pelas instituições de qualificação diagnosticadas; Ata da Comissão de Concertação aprovando a proposta de Plano.
19 Considerando os cursos constantes no primeiro préprojeto apresentado ao DEQ, é preciso observar que estão voltados mais para a qualificação de trabalhadores para as pequenas e micro empresas do que efetivamente para os micro e pequenos empreendedores. Sendo assim, torna-se forçoso, ou reconsiderar os cursos previstos para o PlanSeQ ou trazer as entidades representativas dos trabalhadores para o âmbito da comissão de Concertação, garantindo, assim, a efetividade social e a adequação legal do processo (negociação tripartite). Caso a Comissão decida pela segunda opção, recomenda-se a avaliar a possibilidade de realizar a qualificação profissional no âmbito de um PlanSeQ especializado no setor/atividade econômica.
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