Green Architecture. Antonio Castelnou

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1 Green Architecture Antonio Castelnou Castelnou

2 Introdução Desde o DESPERTAR ECOLÓGICO (tomada de consciência ambiental), ocorrido entre as décadas de 1960 e 1970, diversos arquitetos do mundo voltaram-se para a eco-arquitetura ou arquitetura ecológica, buscando reduzir os impactos sobre a natureza. Tal pensamento evoluiu nos anos 1980 e 1990, quando surgiu o termo SUSTENTABILIDADE, o qual busca, além da adaptação bioclimática das edificações para a redução do desperdício energético, a minimização dos problemas socioambientais em prol de um futuro comum.

3 Em 1972, DENNIS L. MEADOWS (1942-) membro do grupo internacional de pesquisa Clube di Roma (1968) lançou o estudo: The limits to growth (Os limites do crescimento), em que dizia ser impossível um crescimento ilimitado em um mundo finito como o planeta Terra. Insistia que se não houvesse um controle total sobre o desenvolvimento humano, haveria em 100 anos, a contar de 1970, um colapso geral. Dennis L. Meadows (1942-)

4 Arne Næss ( ) 1996 Ao mesmo tempo, nascia o movimento da DEEP ECOLOGY (Ecologia Profunda) termo criado pelo filósofo norueguês Arne Næss ( ), em 1972, com a intenção de ir além do simples nível factual da ecologia como ciência, para um nível mais profundo de consciência ecológica. Fritjof Capra (1939-)

5 Estocolmo (Suécia) De 05 a 16 de junho de 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Homem CNUMAH, em Estocolmo (Suécia), que traçou os direitos da família humana a um meio ambiente saudável e produtivo com a criação de um programa de ação mútua.

6 Naquela ocasião, criou-se o United Nations Environment Programme (UNEP) ou, como é conhecido no Brasil, o Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi (Quênia), que coordenaria ações de cooperação e participação de todos os governos em prol da preservação do planeta. Nairóbi (Quênia)

7 David Rea (1945-) Architect Studio (1985, West Country GB) Baseado em uma visão ecocentrista, decorrente da pressão do crescimento populacional sobre os recursos limitados, o ECOLOGISMO encontrou grande sustentação na Contra-Cultura dos anos 1960/70 e produziu vertentes pósmodernas na arquitetura como o Neovernaculismo (resgate de formas vernáculas) e o Regionalismo (inspiração na arquitetura regional). Akil Sami House (1979, Dhashur Egito) Hassan Fahty ( )

8 Basicamente, a intenção da então ECO-ARQUITETURA seria a de produzir edificações que se adaptem inteiramente ao meio ambiente, tirando proveito ao máximo das condições naturais e reduzindo ao mínimo o impacto ecológico. Centro de Proteção Ambiental da Usina Hidrelétrica de Balbina (1983/88, Manaus AM) Severiano Mario Porto (1930-) Pousada dos Guanavenas (1979/83, Ilha de Silves AM)

9 Jersey Devil Architecture (1972) Hill House (1977/79, La Honda CA) David F. Gibson (1931-) Wildwood School (1970/74, Aspen CO) Em meados dos anos 1970, muitos profissionais buscaram soluções ecológicas através de espaços semi-enterrados, nos quais se experimentava criar uma nova forma de desenvolvimento do ambiente construído, de menor impacto ambiental. Underhill (1974, Yorkshire GB) Arthur Quarmby (1943-)

10 Thomas Herzog (1941-) Regensburg House (1977/79, Alemanha) Nos anos 1980 surgiu o BIOCLIMATISMO que passou a defender uma arquitetura que se adequassem ao clima local e à iluminação e ventilação naturais, preocupada principalmente com a redução ou até eliminação do uso de energia elétrica em prol de novas e alternativas fontes energéticas (eólica e solar). Waldmohr House (192/84, Alemanha)

11 INFINISKI (James & Mau) Casa Manifesto (2009, Caracavi Chile) Em paralelo, a chamada ARQUITETURA ALTERNATIVA defendia o reaproveitamento de resíduos e/ou materiais de segunda mão, incorporando produtos industrializados e prolongando sua vida útil, o que requeria a pesquisa de locais para a compra de materiais, assim como seu reprocessamento. Advanced Green Builder Demonstration (1994/97, Austin TX) Plinny Fisk III (1944-)

12 Design Coalition Taylor House (1990/92, Shorewood Hills WI) Mobiliário de Polietileno reciclável de alta densidade Jane Atfield (1964-) Poltrona Astúrias (1989) Carlos Motta (1932-) Paper House (1995, Yamanashi, Japão) Shigeru Ban (1957-)

13 Denomina-se EARTHSHIP BIOTECTURE a prática ecológica baseada na reutilização de materiais de origem urbana (garrafas PET, latas, pneus, cones de papel, etc.), os quais são aplicados na construção sem ter havido seu reprocessamento. Trata-se da reapropriação criativa, a qual se tornou comum em áreas suburbanas ou em locais de despejo descontrolado de resíduos. Earthship Residence (2010, Porto Príncipe, Haiti) Michael Reynolds (1951-)

14 Michael Reynolds (1951-) Earthship Comunity (1980, Taos NM) Cap-Egmont House (Prince Edward Island, Canadá) Bear Can House (Houston TX) Recycled Glass Bottle Buddhist Monastery (Bangkok, Tailândia)

15 Movimento Ambientalista Em meados dos anos 1980, a visão ecocentrista dos neomalthusianos ou ecologistas radicais foi confrontada por cientistas (humanistas críticos), os quais passaram a defender que a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico não eram incompatíveis, mas sim mutuamente dependentes. Nascia assim o AMBIENTALISMO, que recusa a teoria dos limites físicos, dizendo que não era o crescimento que precisava ser limitado, mas sim a ideologia do passado (recursos infinitos), passando a defender o equidade social e uso de tecnologias limpas.

16 Gro Harlem Brundtland (1939-) Em 1983, foi criada junto à ONU a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que seria responsável pela realização de um diagnóstico do desenvolvimento até então, com seu prós e contras. A CMMAD, coordenada pela então Primeira-Ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland (1939-), elaborou vários estudos apresentados em forma de relatório cinco anos depois, o qual interligaria definitivamente meio ambiente e desenvolvimento.

17 O RELATÓRIO BRUNDTLAND (1987) posteriormente publicado com o título Our common future (Nosso futuro comum) apontou como pontos positivos do desenvolvimento: a crescente expectativa de vida da humanidade; a queda da mortalidade infantil; o maior grau de alfabetização dos povos; e as inovações técnicocientíficas, inclusive possibilitando o aumento e a melhoria da produção mundial de alimentos.

18 Contudo, além dos sucessos, indicava como pontos negativos do desenvolvimento mundial as graves falhas em relação às questões de: Crescimento da erosão e desertificação do solo; Desaparecimento e empobrecimento das florestas; Maior ameaça à camada de ozônio do planeta; Aumento da temperatura da Terra, devido ao Efeito-Estufa. Desmatamento e desertificação de solos férteis de todo o mundo

19 Pela primeira vez, passou-se a abordar a questão da SUSTENTABILIDADE, estabelecendo como meta mundial o desenvolvimento sustentável ou durável, o qual significaria suprir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das próximas gerações suprirem as de seu tempo.

20 The Green Book of the Urban Environment Comunicação da CMMAD ao Conselho e ao Parlamento da EU (1990) Em 1987, firmou-se o Protocolo de Montreal sobre a Camada de Ozônio (ONU) e, em junho de 1990, estabeleceu-se o Livro Verde sobre o Ambiente Urbano (União Européia), cujas diretivas passariam a influenciar a ação de vários arquitetos e urbanistas desde então. Montreal (Canadá)

21 Jean Nouvel (1945-) Institut du Monde Arabe (1981/87, Paris França) Isso fez nascer a corrente tardomoderna da ECO- TECH ARCHITECTURE, que propõe o emprego da alta tecnologia (arquitetura inteligente) para contornar os problemas ambientais, minimizando os impactos por meio de sistemas autogestores e computadorizados, sempre priorizando a eficiência. Fondation Cartier (1991/94, Paris França)

22 Brian MacKay-Lyons (1954-) New Scotia Coast House (1984/86, Canadá) Assim, para os ambientalistas, seria possível minimizar os impactos sobre a natureza, utilizando a TECNOLOGIA, através de estratégias de projeto e sistemas autogestores. Com enfoque tecnocentrista, acreditam que, para haver progresso, é necessário que algo seja perdido, sendo preciso, portanto, correr riscos. Ecohouse (1989/91, Breisach, Alem.) Thomas Spiegelhalter

23 A partir dos anos 1980, tanto os ecologistas como os ambientalistas passaram a enfatizar a sustentabilidade econômico-ecológica e considerarem a pobreza um incentivador de problemas ambientais, diferenciando-se apenas no que se refere a o quê e o quanto se deve conservar da NATUREZA, conduzindo a diferentes políticas de conservação. White Rock Operation Building (2001, EUA) Busby Architects Alliance

24 A principal diferença entre ambos está no fato dos ecologistas vetarem qualquer tipo de crescimento, enquanto os ambientalistas defenderem que este é necessário para superar a pobreza, principalmente nos países não-desenvolvidos. Enquanto o ECOLOGISMO defende a conservação do capital natural como condição da sobrevivência humana, limitando o crescimento dos países ricos (economia ecológica), o AMBIENTALISMO considera tais recursos escassos, mas, acredita que se manipulados com cuidado, permitiriam um desenvolvimento sustentável com melhor distribuição de renda (economia ambiental).

25 Em 1992, no Rio de Janeiro, ocorreu, com a participação de 175 países, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento CNUMAD, a RIO-92 ou ECO 92, que marcou a discussão ambiental por: Criticar o modelo vigente de desenvolvimento, apontando a inter-relação entre problemas sociais e ambientais; e Defender a necessidade de medidas tecnológicas e legais por meio da Agenda 21 Global. Rio de Janeiro (Brasil)

26 A aplicação da AGENDA 21 pressupõe um planejamento do futuro com ações de curto, médio e longo prazos, (re)introduzindo uma ideia esquecida de que se pode e se deve planejar, estabelecendo um elo de solidariedade entre nós e nossos descendentes, as futuras gerações: Pense globalmente, aja localmente NÍVEL SOCIAL NÍVEL ECONÕMICO nível de vida produção ecológica DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL consciência ambiental NÍVEL AMBIENTAL QUALIDADE DE VIDA SUSTENTÁVEL

27 Chicago IL (EUA) Em 21 de junho de 1993, em um congresso em Chicago, a União Internacional dos Arquitetos (UIA) em conjunto com o American Institute of Architects (AIA) estabeleceu a Declaração de Interdependência para um Futuro Sustentável, que coloca a SUSTENTABILIDADE como sendo o centro de responsabilidade profissional, convocando todos os profissionais para a prática de uma arquitetura sustentável.

28 Copenhague (Dinamarca) Viena (Áustria) Cairo (Egito) Após a ECO 92 conhecida como CÚPULA DA TERRA houve vários eventos internacionais que intensificaram o debate socioambiental, como: a Conferência de Direitos Humanos (Viena, 1993), a Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994) e a Conferência sobre Desenvolvimento Social (Copenhague, 1995).

29 Em 1996, 20 anos depois da primeira (Vancouver, 1976), aconteceu a 2ª Conferencia das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos HABITAT II (Istanbul, Turquia), na qual se defendeu a criação de CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS, reforçando a condição de que a questão ambiental permeia a questão urbana em todo o planeta. Istanbul (Turquia)

30 Essa conferência conhecida como a CÚPULA DAS CIDADES criou um Programa junto à AGENDA HABITAT, que enfatiza a questão urbana ambiental ao definir a sustentabilidade como princípio e os assentamentos humanos sustentáveis como objetivo mundial. Sua reedição ocorreu na Conferência do HABITAT III (Quito, 2016). Quito (Equador)

31 Green Architecture Nas últimas décadas, a arquitetura sustentável voltou-se para uma corrente que vem buscando conciliar a tradição e as possibilidades modernas, por meio da aplicação de tecnologias limpas, que visam eficiência energética, especificação de ecomateriais e proteção da natureza. Com objetivo de produzir edificações que se adaptam, ao mesmo tempo, às condições ecológicas e sociais de um determinado lugar, a GREEN ARCHITECTURE emprega tecnologias verdes e preocupa-se fundamentalmente com o impacto socioambiental.

32 California Academy of Sciences (2006/08, San Francisco CA) Para os defensores da GREEN ARCHITECTURE, não valeria a pena apostar em ecotecnologias de ponta, nãoacessíveis a países em desenvolvimento ou mesmo àquelas sociedades pósindustriais que se pretendem igualitárias e, portanto, sustentáveis, descartando assim a TECNOLATRIA. Jean-Marie Tjibaou Cultural Center (1992/98, Nouméa, Nova Caledônia) Renzo Piano (1937-)

33 Em 2000, houve a Conferência de La Haya sobre a Mudança Climática, quando o secretário da ONU, Kofi Annan (1938-), solicitou uma AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO (AEM), realizada desde então por especialistas. Kofi Annan (1938-) George W. Bush (1946-) Presidente dos EUA entre 2001 e 2009 Concluída somente em 2005, AEM constatou muitos avanços, mas também graves retrocessos, causados, por exemplo, pela não assinatura do Protocolo de Kyoto (1997) pelos EUA. La Haya (Holanda)

34 De lá para cá, muitas conferências ocorreram no mundo, como a Rio+10 (2002, Johannesburg, África do Sul) e a Rio+20 (2012, Rio de Janeiro), que procuraram fazer um balanço dos resultados obtidos tanto pela AGENDA 21 como pela AGENDA HABITAT. Desde 2014, a ONU passou a contar com a Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA), já ciente das mudanças climáticas irreversíveis da Terra.

35 Ballard Library (2002/05, Seattle WA EUA) Bohlin, Cywinski & Jackson Na arquitetura e construção civil, constatou-se nos anos 2000 que a SUSTENTABILIDADE implicaria em desenvolver métodos ambientalmente corretos de produção e consumo, os quais garantam a integridade dos ecossistemas, a qualidade de vida e a preservação cultural e ecológica, através de uma certificação ambiental.

36 Gypsy House (2005/06, Berkeley CA) A avaliação da sustentabilidade socioambiental de uma construção deve ser feita através da ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV) da edificação, a qual passou a ser aceita por toda a comunidade internacional como a única base legítima sobre a qual é possível comparar materiais, tecnologias, componentes e serviços utilizados e/ou prestados. Robert Trickey House (2006/07, Honolulu HW) CRAIG STEELY ARCHITECTS (1989-)

37 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV) Fatores sociais Administração Informação Análise dos recursos naturais Materiais recicláveis Projeto de arquitetura Materiais reciclados Regulação legal Construção Descarte Regulação legal Energias renováveis Domótica Uso Rehabilitação Administração (Gestão) Critérios energéticos e ambientais Minimização de resíduos Recuperação de recursos (energia solar. águas pluviais, coleta seletiva)

38 Desde 1990, os britânicos já usavam uma tabela de avaliação denominada Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), a qual estabelecia como elementos de análise construtiva os seguintes itens: 1. Gestão, saúde e bem-estar 2. Energia (consumo e emissões de CO 2 ) 3. Transporte (distâncias e emissões de CO 2 ) 4. Consumo de água 5. Impacto ambiental dos materiais de construção 6. Uso das superfícies (ajardinadas e impermeabilizadas) 7. Valorização ecológica do lugar 8. Contaminação do ar e água

39 Ian MacDonald (1953-) House in Mulmur Hills (1997, Ontario Canadá) Segundo a quantidade de pontos obtidas para cada item do BREEAM. o edifício recebia a qualificação de: suficientemente bom, muito bom ou excelente. House in Caledon (2000, Ontario Canadá) Por sua vez, em 1993, o Canadá criou o primeiro selo verde, do Conselho de Manejo Florestal Forest Stewardship Council (FSC) que passou a carimbar madeiras originárias de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente correta e socialmente justa.

40 Entre 1995 e 2000, a Holanda produziu vários manuais de construção sustentável, além da elaboração da TABELA DCBA, que hierarquizava diferentes níveis de intervenção, de acordo com 04 escalas de fatores e resultados: D = Projeto de edifício convencional C = Edifício convencional com correção de impacto B = Edifício de impacto muito reduzido A = Edifício autônomo de impacto mínimo Nos EUA, em 1996, o United States Green Building Council criou um sistema de certificação para edifícios sustentáveis denominado Leadership in Energy & Environmental Design (LEED), o qual passou a ser amplamente aplicado.

41 Rafael Viñoly (1944-) Carl Ichan Laboratory Genomics Institute (2000, Princeton University NJ) O LEED de uma obra arquitetônica refere-se a um índice na área de energia que é baseado em uma pontuação correspondente a um questionário e, conforme o número de respostas afirmativas, o projeto é considerado mais ou menos sustentável, classificando-se como prata, ouro ou platina. Kimmel Center for the Performing Arts (2004, Philadelphia PA)

42 Categoria Pontos Possíveis (% do total) Sustainable Sites 14 (20%) Water Efficiency 5 (7%) Energy/Atmosphere 17 (25%) Materials/ Resource 13 (19%) Indoor Evaluation Quality 15 (22%) Innovation 4 (6%) Accredited Professional 1 (1%) Total 69 (100%) Níveis de Classificação: Leed Certified De 26 a 32 pts. Silver De 33 a 38 pts. Gold De 39 a 51 pts. Platinum De 52 a 69 pts.

43 Carlo Baumschlager (1956-) & Dietmar Eberle (1952-) Bürogebäude (1990/91, Áustria) A ideia de que as construções respeitassem as condições socioambientais locais encontrou mais força ainda em um livro publicado pelo Conselho de Arquitetos da Europa (CAE), em 1999, o qual se intitulava: A Green Vitruvius: Principles and practices of sustainable architectural design.

44 Richard Rogers (1933-) Aeroporto de Barajas (2000/05, Madrid Esp.) Na Espanha, o Institut Ildefons Cerdá de Barcelona e o Instituto para la Diversificación y Ahorro de la Energía IDAE de Madrid apoiaram e lançaram o Guía de la edificación sostenible (1999), incorporando o BREEAM.

45 F. H. Jourda (1950-) & G. Perraudin (1950-) Palais de Justice (2000/04, Melun França) Mühlweg Housing (1997, Alemanha) Hermann Kaufmann (1955-) Na França, o índice da construção sustentável foi criado somente em 2002, sendo chamado de Haute Qualité Environnementale (HQE). Já a Alemanha implantou o Deutsche Gesellschaft für Nachhaltiges Bauen (DGNB) em Ambos países, porém, ofereciam premiações a edificações verdes antes disso.

46 O Japão entrou na era dos certificados para construções sustentáveis em 2002 com o Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency (CASBEE). Por sua vez, a Austrália implantou seu próprio sistema em 2004, criando o National Australian Building Environmental Rating System (NABERS). César Pelli (1926-) Nihonbashi Mitsui Tower (2002/05, Tokyo Japão) Bendigo Bank Headquarters (2008/09, Victoria Austrália) BVN Architecture & Gray Puksand

47 No Brasil, a adesão à certificação sustentável ainda é voluntária e, além da aplicação de vários selos internacionais como o FSC e o LEED, foram recentemente criados: Selo CASA AZUL (2010), da Caixa Econômica Federal, o qual possui 53 critérios de avaliação, que estão divididos em seis categorias; e Selo PROCEL (2014) para edificações, de acordo com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e voltado principalmente à eficiência energética das construções.

48 Construtora PRECON Villa Barcelona (2011/15, Betim MG) VITA Construtora Residencial Pérola da Pedra (2010/14, Palhoça, Joinville SC) Hoje, a grande discussão mundial gira em torno de como continuar produzindo ARQUITETURA de um modo ambientalmente sustentável e socialmente responsável, o que constitui o mais novo paradigma deste século.

49 Ecocentrismo (Décs. 1960/80) Natureza sobrepõe-se à Sociedade Ênfase nos aspectos ecológicos Tecnocentrismo (Décs. 1970/90) Sociedade sobrepõe-se à Natureza Ênfase nas questões tecnológicas Antropocentrismo (Décs. 1980/00) Equilíbrio entre Natureza e Sociedade Ênfase nos valores sociais O critério ético é definido a partir de valores naturais intrínsecos O critério ético é o domínio do meio ambiente natural por ecotecnologias O critério ético são as necessidades humanas determinantes da relação com o meio Ecologismo Neovernaculismo Sociedade Alternativa Arquitetura Ecológica Ambientalismo Controle e Gestão de recursos naturais Arquitetura Sustentável Socioambientalismo Atividade humana como parte da Natureza Green Architecture

50 Leitura Complementar APOSTILA Capítulo 28. BRUNDTLAND, G. H. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: CMMAD: Fundação Getúlio Vargas, CAPRA, F. A. Teia da vida. São Paulo: Cultrix, CORRADO, M. La casa ecológica: manual de arquitectura bioclimática. Barcelona: De Vecchi, FOLADORI, G. Limites do desenvolvimento sustentável. Campinas: Imprensa Oficial SP, GAUZIN-MÜLLER, D. Arquitectura ecológica. Barcelona: Gustavo Gili, YEANG, K. Projectar com la naturaleza. Barcelona: Gustavo Gili, WINES, J. Green architecture. Köln: Taschen, 2000.

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