Amor que alcança Rm 8:35 a 39

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Regina Viveiros Beretta
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1 1 Introdução: Amor que alcança Rm 8:35 a 39 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito:por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 8:35-39 Só existem duas propostas para essa vida: O vazio, ou a plenitude. Essa não é uma discussão nova. Desde os tempos dos grandes filósofos gregos essa discussão estava em pauta, com outra matriz. Os discípulos de Platão discutiam contra os discípulos de Aristóteles sobre o antes e o depois desta vida. Se a essência de nossa humanidade é inata ou adquirida. Depois, no contexto cristão, Agostinho e Tomás de Aquino tornaram- se continuadores respectivamente de Platão e Aristóteles. Ambos, defendendo a ideia da plenitude, em detrimento do vazio, mas com forte sotaque da filosofia grega. Esse debate continua em nossos dias, a partir dos filósofos existenacialistas desde os Séculos IXX e XX, com Kierkgaard

2 2 Esse debate ganhou a seguinte forma: Os existencialista cristãos dizem que: A essência vem antes da existência. Ou seja, chegamos a esse mundo com alguma bagagem. Os existencialistas ateus dizem que A existência vem antes da essência Ou seja, somos resultado da experiência. Chegamos a esse mundo como uma folha em branco. Para eles, primeiro você vive. E depois, essa experiência é que forma que somos. Realmente, há coisa em nós, que é resultado da experiência. Por exemplo: Se vou gostar de MPB ou de Forró, vem da experiência. Então, meus gostos são formados na experiência. Se eu terei um bom ou um mau caráter, vem da experiência. Vem de uma mistura grande de fatos, que vão desde as influências que sofri, até as experiências pessoais com essas influencias. Apesar de fazer todo sentido e, efetivamente ser verdade o fato de muitas coisas em nossas vidas serem resultado da experiência, nem

3 3 tudo é assim. Como cristãos, entendemos que fomos criados à imagem de Deus e assim, trazemos em nossa essência as marcas do Criador. Marcas essas que são muitas vezes modificadas pela experiência de viver em sociedade. No entanto, há um grave problema nessa questão do existencialismo ateu. Ele coloca o ser humano em um enorme vazio. Se nada existe antes de nós e nem depois, o ser humano é alguém sem origem nem destino. Ao contrário disso, o cristianismo compreende a existência como eterna e recheada de sentido. Esse é o ponto focal da mensagem de hoje: A plenitude X o Vazio. O Cristianismo compreende que há uma grande luta pela alma humana Amor e desamor. Essa é outra forma de compreender a plenitude e o vazio. O desamor esvazia e é responsável por todos os conflitos do homem. A estrutura de nossa sociedade moderna acabou viabilizando muito mais o sentimento de competição e hostilidade, do que a compaixão e o amor. As ruas são estreitas e abarrotadas de carros. Os transportes coletivos são insuficientes na hora do rush. Não há emprego suficiente para todas as pessoas no mundo, os bons salários são de uma minoria... O resultado da hostilidade é o isolamento pessoal. Um sem número de pessoas está cada vez mais temerosa de conviver. Assim o fenômeno do isolamento tornar- se cada vez mais comum e atrativo.

4 4 As mais diversas frustrações e doenças na alma são provocadas por esta sensação vazia de desamor. A igreja do Século XXI está vivendo uma crise de desamor porque está se esquecendo de sua missão neste mundo. A igreja precisa posicionar- se para amar a Deus acima e além de qualquer circunstância. O texto lido oferece algumas pistas para a restauração de nossa visão. Vamos ler esse texto de forma invertida. Em geral lemos do ponto de vista da companhia e da fidelidade de Deus a nós. Mas, entendo que o sentido original é o inverso. É uma espécie de declaração de companhia e fidelidade a Deus (v 35). Ele está dizendo: 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Por qual razão deveríamos abandonar a fé? Deveríamos abandonar a Cristo, quando sofremos? Ou quando ele não resolve nossas lutas? Nossas angústias deveriam ser desculpa para não o servirmos? As dificuldades que passamos seriam motivo para abandonarmos a Deus?

5 5 Nossas lutas não são sinal de que Deus nos abandonou (32) 32 Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Em outras palavras, precisamos ter nossa fé em Deus focada nas coisas eternas. Na existência como um todo, e não apenas nas circunstâncias. II. Os cristãos de nossos dias esqueceram- se da razão de sua fé. 1. A razão de nossa fé é que Deus salvou nossa vida do vazio e do inferno. Em Cristo temos noção de origem e destino. Não estamos no vazio. Paulo em 1 Coríntios 13:8-12 fala dessa vida além, em contraste com a vida terrena O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

6 6 2. A razão da nossa fé é que Deus revelou seu amor em Cristo e nos alcançou. 2ª Cor 8:9 9 Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 3. A razão de nossa fé é que Deus importou- se conosco Gal 3:13 13 Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro" Por essa razão, deveríamos nós mesmos nos importar com o destino eterno das pessoas. 4. A razão de nossa fé é o fato de Deus, em Cristo ter perdoado todos os nosso pecados Is 53:5 5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Por essa razão, deveríamos nos associar a Ele com o propósito de levar outras vidas a Deus Eis o padrão do amor e da graça. Deus já está satisfeito com sua vida.

7 7 3 - Por isso o versículo 33 é ainda mais contundente e nos revela que Deus nos aceita e nos ama, não pelo que fazemos, mas por sua decisão em amar e nos alcançar: 33 Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. III. A verdade é que não poderemos viver o amor de Deus, se não compreendermos o IDE de Jesus (Rm 8:36) 36 Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro"{8}. Quem está falando isso? Paulo, aquele que um dia foi o perseguidor da igreja. O amor de Deus alcança e revoluciona! Só quem entende o amor de Deus e o poder do seu alcance, é que pode amar de maneira radical para alcançar outras vidas e compromete- las com o amor e não com o desamor Cumpre a nós a missão de pregar o Evangelho Cumpre a nós a missão de conduzir pessoas a Deus Cumpre a nós a missão de ajudar as pessoas a encontrar seu destino eterno.

8 8 Essa é a grande questão da vida VI Conclusão: Deus nos chama a nos associarmos com Ele no alcance de vidas e na construção de Seu Reino. Este é o sentido mais pleno da obra missionária 1 Precisamos escolher sobre o que regerá nossa vida: o amor ou o desamor 2 - O amor de Deus é radical e vai às últimas conseqüências 3 Sou amado por Deus, não pelo que faço, mas porque Ele escolheu amar 4 - O amor é uma construção. É através do amor que Deus está mudando o mundo 5 - O amor sempre alcança o outro, no nível das limitações. 6 Deus nos convida para construir o bem, a que ele chama de Reino de Deus.

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