PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2009

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1 PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2009 I. ENQUADRAMENTO LEGAL Competência e Prazos Nos termos da Constituição da República, compete ao Tribunal Administrativo emitir o Relatório e o Parecer sobre a Conta Geral do Estado (alínea a) do n.º 2 do artigo 230). A Conta deve ser apresentada pelo Governo à Assembleia da República e ao Tribunal Administrativo, até 31 de Maio do ano seguinte àquele a que a mesma respeite, segundo dispõe o n.º 1 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado. O Relatório e o Parecer do Tribunal Administrativo sobre a Conta Geral do Estado devem ser enviados à Assembleia da República até ao dia 30 de Novembro do ano seguinte àquele a que a Conta Geral do Estado respeite, segundo dispõe o número 2 do mesmo artigo. É na observância dos comandos normativos acima citados e do estabelecido no n.º 3 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que o Tribunal Administrativo, reunido em Plenário, emite o presente Parecer sobre a Conta Geral do Estado relativa ao exercício económico de Âmbito do Parecer De acordo com o estabelecido no n.º 2 do artigo 10 do Regimento aprovado pela Lei n.º 16/97, de 10 de Julho, o Tribunal Administrativo, em sede do Parecer, aprecia, designadamente: a) a actividade financeira do Estado, no ano a que a Conta se reporta, nos domínios patrimonial e das receitas e despesas; b) o cumprimento da Lei do Orçamento e legislação complementar; c) o inventário do património do Estado; d) as subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio concedidos, directa ou indirectamente. PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

2 No Parecer, o Tribunal pronuncia-se relativamente ao cumprimento dos princípios e regras específicas da elaboração da Conta Geral do Estado, estabelecidos no artigo 46 da Lei do SISTAFE, à conformação do seu conteúdo e estrutura ao preceituado nos artigos 47 e 48 da mesma lei e à observância das normas e procedimentos atinentes à execução do Orçamento do Estado e registo das suas operações. As regras atinentes à execução do Orçamento do Estado de 2009 estão estabelecidas na Lei n.º 1/2009, de 8 de Janeiro, que aprova o Orçamento do Estado de 2009, na Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o SISTAFE, na Lei n.º 13/97, de 10 de Julho, que estipula o Regime Jurídico da Fiscalização Prévia das Despesas Públicas, no Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro, no Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministro das Finanças, nas Instruções sobre a Execução do Orçamento do Estado, aprovadas pela DNCP, em 31 de Outubro de 2000, nas Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, de 30 de Dezembro de 1999 e na Circular n.º 2/GAB-MF/2009, de 17 de Fevereiro, do Ministro das Finanças, que define os procedimentos a serem observados na administração e execução do Orçamento do Estado para o exercício de 2009, nos termos do artigo 28 da lei que cria o SISTAFE. Importa referir que a 29 de Dezembro de 2009, entrou em vigor o Regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção deste Tribunal, aprovado pela Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, que revogou as Leis n.ºs 13/97, 14/97 e 16/97, todas de 10 de Julho. II. CONSIDERAÇÕES GERAIS Para efeitos de emissão do Relatório e do Parecer a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 230 da Constituição da República, o Tribunal Administrativo analisou a CGE referente ao exercício económico de 2009 e realizou auditorias a diversos órgãos e PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

3 instituições, aos níveis central, provincial e distrital, tendo em vista a certificação dos dados da Conta. Segundo o apurado nas auditorias realizadas, não há uma uniformidade nos procedimentos seguidos na tramitação, para a cobrança coerciva, das certidões de relaxe emitidas pelas Direcções de Áreas Fiscais. A Conta Geral do Estado (CGE) não apresenta a informação contabilística completa das instituições com autonomia administrativa e financeira. As receitas próprias e consignadas nem sempre ingressaram na Conta Única do Tesouro (CUT) e, algumas delas, nem sequer constam da CGE. Os dados da Conta Geral do Estado sobre a execução do orçamento de algumas entidades auditadas divergem dos registados na contabilidade das próprias instituições, como foi constatado nas auditorias. O sistema de arquivo, nas entidades, ainda é deficiente, o que não permite a localização, com eficiência, simplicidade e rapidez, dos documentos atinentes aos seus orçamentos e à execução das suas actividades, o que constitui uma violação do disposto no n.º 1 do artigo 90 das Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública, aprovadas pelo Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro, conjugado com o artigo 104, Capítulo XIII, Título I, do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministro das Finanças. Nalguns processos administrativos de execução das despesas analisados nas instituições auditadas, foram registados, nas Ordens de Pagamento, números de facturas não coincidentes com os indicados nos próprios documentos, o que consubstancia a introdução de informações falsas, nos processos de despesas. Segundo o disposto no artigo 45, conjugado com o n.º 1 do artigo 46, ambos da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado, a Conta Geral do Estado tem por objecto evidenciar a execução orçamental e financeira, bem como apresentar o resultado do exercício e a avaliação do desempenho dos órgãos do Estado PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

4 devendo, assim, ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira. Nos termos do disposto na alínea g) do n.º 2 do artigo 12 do Regimento relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo, a introdução, nos processos, de elementos com o intuito de induzir em erro o Tribunal, constitui uma infracção financeira típica. Foram efectuados pagamentos, por Operações de Tesouraria, através da epígrafe 6 a) C.T.R. Pagamentos e Adiantamentos Diversos a Regularizar que, por serem previsíveis e resultarem de obrigações conhecidas, decorrentes de contratos, deveriam ter sido realizados por conta do Orçamento. Não foram regularizados os adiantamentos de fundos por operações de tesouraria efectuados a favor da Direcção de Controlo de Cobrança, Reembolsos e Benefícios Fiscais, da Autoridade Tributária de Moçambique, para o reembolso do IVA aos sujeitos passivos. O Instituto de Gestão das Participações do Estado IGEPE ainda não concluíu o cadastro das participações do Estado no capital social de empresas cuja gestão lhe é conferida pelo Decreto n.º 46/2001, de 21 de Dezembro, que cria esta entidade. Segundo o relatório analítico do Governo (Anexo 7.1), a aplicação informática usada pela Direcção Nacional do Património do Estado não regista, ainda, a informação referente à gestão, como é o caso dos abates, reavaliações ou outras alterações, desvalorizações e obras ou reparações, que será incorporada com a implementação do Módulo de Gestão do Património, prevista para 2011, tal como foi informado pelo Governo, na sua resposta ao pedido de esclarecimentos sobre a Conta Geral relativa ao exercício económico de Nem sempre foram cumpridas as normas e procedimentos legais, na celebração de contratos de pessoal, de fornecimento de bens, de prestação de serviços, de empreitada de obras públicas e de arrendamento, estabelecidos na Lei n.º 13/97, de 10 de Julho, que aprova o Regime Jurídico da Fiscalização Prévia das Despesas Públicas, no Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

5 Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro, no artigo 6 da Lei n.º 6/2004, de 17 de Junho, sobre a obrigatoriedade da inclusão duma cláusula anti-corrupção em todos os contratos em que seja parte o Estado, e nas Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, aprovadas em 30 de Dezembro de 1999 e publicadas no B.R. n. 52, II Série, 4. Suplemento. III. CONSTATAÇÕES E RECOMENDAÇÕES Execução do Orçamento da Receita Constatações Da análise feita à execução do Orçamento da Receita apresentada na Conta Geral do Estado de 2009 e nas auditorias efectuadas, constatou-se que: a) persiste a falta de uniformidade dos procedimentos na tramitação, para a cobrança coerciva, dos documentos de cobrança emitidos relativamente às dívidas de impostos e multas resultantes das fiscalizações; b) à semelhança dos anos anteriores, não ficou patente em que conta são incorporadas as receitas liquidadas e não cobradas, como dispõe o artigo 33 da Lei do SISTAFE; c) à semelhança das contas gerais anteriores, não são apresentados, nesta, como receita de capital e nem constam do Mapa I da CGE, a débito, os reembolsos dos empréstimos concedidos, no exercício em apreço; d) continua a falta de uma rubrica específica para o registo das Receitas de Concessões; e) persiste a não especificação dos valores da rubrica Alienação de Bens, que deveria conter informação sobre todo o produto decorrente da alienação do património do Estado; PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

6 f) não é reflectida, na CGE, a totalidade das receitas próprias e consignadas arrecadadas pelas instituições públicas; g) os reembolsos do IVA continuam a ser pagos por Operações de Tesouraria, quando poderiam sê-lo directamente pelo Orçamento, uma vez que são previsíveis e poderiam, assim, ser estimados e inscritos no Orçamento; h) há inobservância dos requisitos para a contratação pública, principalmente no que diz respeito à regularidade fiscal Recomendações Como corolário das constatações acima apresentadas, o Tribunal Administrativo recomenda que: a) seja cumprido, integralmente, o disposto nos artigos 44.º e 51.º do Código das Execuções Fiscais, aprovado pelo Decreto n.º 38:088, de 12 de Dezembro de 1950, nas cobranças coercivas; b) seja observado, integralmente, o estabelecido nos artigos 33 e 47 da Lei que cria o SISTAFE, quanto à tramitação, para a cobrança coerciva, dos documentos de cobrança; c) se registem como Receita de Capital os reembolsos dos empréstimos concedidos e incluídos no Mapa I, à luz do disposto n.º 3 do artigo 67 do Regulamento do SISTAFE aprovado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto; d) se adopte um classificador económico da receita que permita o registo desta, de forma desagregada; e) se crie um mecanismo simplificado de pagamento e comunicação da informação relativa ao processo de alienação de bens, para que as diferentes fases do mesmo possam ocorrer em tempo útil; f) se obedeça ao preceituado na alínea a) do artigo 47 do SISTAFE, aprovado pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro; PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

7 g) se inscreva no Orçamento uma verba destinada aos reembolsos do IVA, de acordo com o estabelecido no artigo 18 do Regulamento da Cobrança, Pagamento e Reembolso do IVA, aprovado pelo Decreto n.º 77/98, de 29 de Dezembro, o qual dispõe que o Ministro do Plano e Finanças determinará, anualmente, a dotação necessária para o aprovisionamento das contas de depósito a sair do Orçamento do Estado sob proposta da Direcção Nacional de Impostos e Auditoria ; h) haja maior rigor no controlo da regularidade fiscal dos sujeitos passivos e na atribuição das certidões de quitação Execução do Orçamento da Despesa Constatações Compulsada a informação relativa à execução do Orçamento da Despesa apresentada na Conta Geral do Estado de 2009 e a obtida nas auditorias efectuadas, destacam-se os seguintes aspectos: a) registo, nas Ordens de Pagamento, de números de facturas não coincidentes com os dos próprios documentos; b) nem todos os projectos de investimento inscritos no Orçamento do Estado foram executados e, por outro lado, apurou-se a execução de actividades e projectos não orçamentados; c) falta de comprovativos das despesas realizadas e, nalguns casos, os apresentados não se encontravam devidamente organizados; d) de processos analisados, relativos a pessoal, fornecimento de bens, prestação de serviços, empreitada de obras públicas e consultorias, 648 não foram objecto de celebração de contratos, 625 não submetidos à fiscalização prévia do Tribunal Administrativo, 891 celebrados sem abertura de concurso e 550 executados pela modalidade de ajuste directo, quando os seus valores excediam os limites estabelecidos; PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

8 e) não inclusão, nos contratos, da cláusula anti-corrupção e falta da indicação das datas de início e termo; f) falta dos comprovativos da qualificação jurídica, económico-financeira e técnica dos fornecedores, nos processos dos contratos celebrados e da regularidade fiscal de alguns empreiteiros Recomendações Dadas as constatações supracitadas, recomenda-se que: a) sejam executadas, apenas, as despesas devidamente inscritas no Orçamento do Estado, em obediência ao disposto no n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro; b) as entidades observem na execução do Orçamento atinente, nomeadamente, o disposto na Lei n.º 13/97, de 10 de Julho, que estabelece o regime jurídico da fiscalização prévia das despesas públicas, no Regulamento sobre a Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro, na Lei n.º 6/2004, de 17 de Junho, que introduz mecanismos complementares de combate à corrupção, no Manual de Administração e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministro das Finanças, nas Instruções da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, publicadas no BR n.º 17, II Série, de 25 de Abril de 2001, e nas Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, aprovadas em 30 de Dezembro de 1999, publicadas no B.R. n. 52, I Série, 4. Suplemento; c) as instituições públicas cumpram, no pagamento das suas despesas, a modalidade de via directa, cuja obrigatoriedade é estabelecida, anualmente, por circular do Ministro das Finanças, relativamente à Execução do Orçamento do Estado; d) na movimentação dos fundos nas contas abertas pelas entidades, devem-se respeitar os pertinentes dispositivos preconizados nas Instruções Sobre a PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

9 Execução do Orçamento do Estado da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, de 31 de Outubro de 2000, publicadas no B.R. n. 17, II Série, de 25 de Abril de Operações de Tesouraria Constatações Da análise das Operações de Tesouraria, constatou-se o seguinte: a) continua-se a pagar, por Operações de Tesouraria, despesas que, por serem previsíveis, deveriam estar inscritas no Orçamento e serem realizadas por conta deste; b) não foi observado o princípio de economicidade, previsto na alínea c) do artigo 4 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, na aquisição do condomínio da SATTC, uma vez que foram suportadas despesas no valor de USD ,00 de diferenças cambiais, no pagamento efectuado pela aquisição do mesmo, devido ao longo período decorrido entre a data do desembolso realizado pela DNT e o pagamento feito pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação; c) não foram regularizados os adiantamentos de fundos efectuados à Direcção de Controlo de Cobrança, Reembolsos e Benefícios Fiscais, da Autoridade Tributária de Moçambique, contrariando-se o estabelecido no artigo 6 da Circular n.º 2/GAB-VMF/2009, de 2 de Outubro, do Vice-Ministro das Finanças; d) não está sendo cumprida a recomendação emanada na alínea d) do artigo 1 da Resolução n.º 42/2000, de 21 de Dezembro, da Assembleia da República, que aprova a CGE de 1998, segundo a qual o Governo deve garantir, por parte de todas as instituições do Estado, o cumprimento rigoroso dos princípios, normas e regras para a elaboração e execução do Orçamento do Estado Recomendações Face às constatações retro enunciadas, o Tribunal Administrativo recomenda que: PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

10 a) sejam inscritas, no Orçamento do Estado, as despesas previsíveis, evitando-se, assim, o uso das Operações de Tesouraria; b) se cumpra o princípio de economicidade, previsto na alínea c) do artigo 4 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o SISTAFE, na base do qual se deve fazer uma utilização racional dos recursos postos à disposição e uma melhor gestão de tesouraria; c) se regularizem, na totalidade e dentro do prazo legalmente fixado, os adiantamentos efectuados às instituições e organismos do Estado; d) se cumpram as resoluções da Assembleia da República que aprovam as Contas Gerais do Estado. 3.4 Movimento de Fundos das Contas Bancárias do Tesouro Constatações Da análise feita aos registos do movimento de fundos das contas bancárias do Tesouro, constatou-se que: a) os saldos de Adiantamento de Fundos (AFU s) não utilizados em 2009, de algumas entidades auditadas, não foram transferidos para a Conta Única do Tesouro, em violação do estabelecido no n.º 1 do artigo 7 da Circular n.º 2/GAB- VMF/2009, de 2 de Outubro, do Vice-Ministro das Finanças; b) o saldo de caixa apurado em 31/12/2009 apresenta um crescimento de 13,5%, comparativamente ao apurado em 31/12/2008; c) nem todas as receitas ingressaram na Conta Única do Tesouro e, algumas delas nem sequer são apresentadas na Conta Geral do Estado Recomendações Na sequência das constatações acima referidas recomenda-se que: PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

11 a) se cumpram as disposições relativas à execução do Orçamento contidas na Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, no Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos, na lei que aprova o Orçamento do Estado e outras normas; b) sejam criados mecanismos que permitam a utilização eficiente dos recursos financeiros disponíveis, de modo a evitarem-se saldos ociosos; c) se conceba um sistema integrado de controlo e gestão das receitas, de modo a garantir a sua passagem pela Conta Única do Tesouro e a sua apresentação completa na CGE. 3.5 Operações Relacionadas com o Património Financeiro do Estado e Financiamento do Défice Orçamental Constatações Da análise feita às informações sobre a execução orçamental das operações activas e passivas e financiamento do défice, constatou-se que: a) continua a verificar-se a falta de um classificador adaptado à desagregação das Operações Financeiras Activas e Passivas efectivamente utilizadas na CGE; b) o IGEPE não detém o controlo da totalidade das parcelas do Estado no capital social das empresas, porquanto, parte destas está sob gestão dos Ministérios sectoriais e de outros entes públicos, contrariando o estabelecido na alínea a) do n.º 2 do artigo 5 do seu Estatuto Orgânico, aprovado pelo Decreto n.º 46/2001, de 31 de Dezembro, e a recomendação feita pelo TA no Relatório e Parecer Sobre a Conta Geral do Estado de 2005; c) no Mapa de Evolução das Empresas com Participação do Estado de 2009, como no de 2008, fornecidos pelo IGEPE, não é feita a separação entre as empresas detidas pelo Estado e as controladas pelo IGEPE; PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

12 d) os dados referentes ao saneamento financeiro de empresas, suprimentos e aplicações financeiras, constantes do ponto Operações Financeiras Activas do Relatório do Governo sobre os Resultados da Execução Orçamental, em 2009, foram apresentados de forma não desagregada na CGE, inviabilizando, deste modo, uma análise comparativa; e) o Estado ainda não exerceu o direito de regresso que lhe cabe, sobre os outros sócios da SCANMO de Moçambique, Lda., nos mil Meticais, gastos em 2008, no pagamento de salários em atraso e idemnizações a 48 trabalhadores desta sociedade, relativos ao período de Novembro de 2004 a Novembro 2008; f) foram pagos 37 milhões de Meticais pelo IGEPE, a título de compensações, a ex-trabalhadores da MAGMA, cujos vínculos com a empresa não foram provados; g) à semelhança de 2008, a Conta Geral do Estado do ano em apreço apresenta, no anexo informativo 5, as empresas INVAGRO e UGC como beneficiárias de créditos concedidos por Acordos de Retrocessão, quando deveriam constar da parte referente aos Créditos de Tesouro; h) não foi transferida para o Estado, pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado, a receita referente à alienação de 20% do capital social da Companhia Industrial da Matola, no valor total de mil Meticais, paga no dia 23/07/09. Recomendações Face às constatações retro enunciadas, recomenda-se que: a) o Governo aprove um classificador com o maior nível possível de desagregações e que vigore para além de um ano; b) se cumpra o disposto no n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, segundo o qual a CGE deve ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira; PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

13 c) sejam tomadas providências para que se faça um levantamento exaustivo de todas as empresas participadas pelo Estado, incluindo as que estão sob controlo dos Ministérios sectoriais e outros entes públicos, em cumprimento do disposto no Estatuto Orgânico do IGEPE; d) os dados referentes ao saneamento financeiro de empresas, suprimentos e aplicações financeiras, sejam apresentados de forma desagregada na CGE; e) se inscreva, no Orçamento do Estado, tanto a receita como a despesa, pelos seus valores ilíquidos, de modo a que se cumpram os princípios da universalidade e da não compensação consagrados, respectivamente, nas alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 13 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro Património do Estado Constatações Da análise atinente ao Património do Estado, constatou-se que: a) existe divergência entre o valor ( ,29 Meticais) da amortização acumulada total do Património de 2008 constante do Anexo 7.2 da CGE de 2009, e o valor ( ,28 Meticais) apresentado no Anexo 7.3 da CGE de 2008; b) o Inventário da CGE de 2009 não integra, ainda, a totalidade do património dos distritos, autarquias locais e empresas públicas; c) continuam ainda sem incorporação os dados respeitantes a obras ou reparações, abates, desvalorizações, reavaliações e reintegrações, nas respectivas colunas do Mapa Consolidado do Inventário do Património do Estado; d) persistem diferenças entre os valores constantes dos mapas do inventário relativo às aquisições e os das despesas efectivamente realizadas pelos diferentes sectores na compra de bens inventariáveis; e) continua o preenchimento incorrecto das Fichas de Inventário e a classificação de bens sem se obedecer o Classificador Geral de Bens Patrimoniais, assim como a PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

14 falta de etiquetas nos bens, contratos de seguro e de regularização dos títulos de propriedade dos imóveis e veículos; f) ainda não foram incorporados ou registados como património do Estado, os imóveis pertencentes ao Fundo de Casas do Conselho de Ministros; g) existe divergência entre os dados respeitantes ao inventário das entidades auditadas e os constantes do Mapa Consolidado do Património do Estado (anexo 7.4 da CGE de 2009) Recomendações Na sequência das constatações acima referidas, recomenda-se que: a) seja apresentada, com exactidão, a informação da amortização acumulada total do Património, de modo a que os dados sejam coincidentes, cumprindo, assim, o disposto no n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro; b) seja concluída a incorporação do património das empresas públicas e autarquias locais, no Inventário, conforme preconiza o artigo 7 da Resolução n.º 9/2007, de 28 de Junho, da Assembleia da República, que aprova a CGE de 2005; c) se criem dispositivos relativos à captação de módulos para abates, reavaliações e reintegrações de bens inventariáveis que, embora tenham esvaído o seu período de vida útil, ainda são passíveis de uso; d) se estabeleçam rotinas e formas de análise e de registo dos valores realmente executados pelas diferentes entidades, na verba de Bens de Capital dos seus orçamentos; e) se exerça maior controlo e rigor no preenchimento das Fichas de Inventário; f) sejam inventariados todos imóveis e veículos do Estado, de modo a que os mesmos sejam registados como propriedade do Estado; g) se criem mecanismos de comunicação mais simples e exequíveis entre as entidades e a DNPE, de modo a facilitar o processo de registo imediato dos bens e PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

15 o respectivo envio a esta Direcção, para efeitos de consolidação da informação sobre a inventariação. PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

16 Maputo, Sala de Sessões do Tribunal Administrativo, aos 29 de Novembro de Machatine Paulo Marrengane Munguambe, Juiz Conselheiro Presidente Amílcar Mujovo Ubisse, Juiz Conselheiro (Relator) Januário Fernando Guibunda, Juiz Conselheiro José Estêvão Muchine, Juiz Conselheiro Filomena Cacilda Maximiano Chitsonzo, Juíza Conselheira José Luís Maria Pereira Cardoso, Juiz Conselheiro José Ibraimo Abudo, Juiz Conselheiro David Zefanias Sibambo, Juiz Conselheiro Aboobacar Zainadine Dauto Changa, Juiz Conselheiro PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

17 FUI PRESENTE Edmundo Carlos Alberto Vice-Procurador Geral da República PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE

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