FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO
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- Baltazar Campos Sanches
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1 Sist. Nac. de Informações Culturais SNIC FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO Depto.de Identificação e Documentação-DID Nome do Sítio: MORRO DA NORUEGA Outras designações ou siglas: Município: SEROPÉDICA Localidade: BAIRRO FONTE LIMPA Outras designações da localidade: CNSA : (campo reservado) UF RJ FAZENDA NORUEGA Descrição sumária: Histórico Situado a cerca de 100 metros do sítio Lago da Noruega, este sítio foi identificado na fase de monitoramento das obras da construção da estrada BR 493/RJ 109 pela equipe do IAB. Na descoberta foram encontrados fragmentos de louça, cerâmica e metal, tijolos e fragmentos de telha colonial. Posteriormente foi associado ao sítio Lagoa da Noruega e resgatado por se encontrar 30% em área de impacto direto no eixo da rodovia. Localização - Situa-se na margem direita da rodovia em direção a Japeri, no platô de uma elevação, onde ainda se podem ver os vestígios de uma construção. Caracterização - Na sua base existia uma pequena lagoa, agora ressecada e uma fonte d água que mereceu no passado uma pequena obra de contenção. Durante os trabalhos no sítio Lagoa da Noruega esta fonte foi limpa e parcialmente recuperada pelos arqueólogos. O conjunto dessas duas evidências (Sítio e fonte) possui área total de m², Este sítio encontra-se totalmente perturbado pelo uso de arados que preparam a terra para o plantio da pastagem que se estende do alto da elevação aos terrenos cercados da Fazenda em direção ao interior. Abordagem Extensiva - A pesquisa se iniciou com o levantamento da potencialidade do mesmo através de caminhamento sobre toda a sua extensão aparente em um pequeno platô distando cerca de 50 metros da estrada, e no entorno do mesmo. Material arqueológico em superfície, muito fragmentado devido à interferência humana e, depois, em subsuperfície apresentando melhor conservação. Complementando a abordagem ampla, foram realizadas sondagens na área de ocorrência geral que se estendeu por m². A área de maior concentração de material foi então delimitada e alem dos vestígios históricos coletados nas sondagens foram também coletados em superfície fragmentos de material histórico mais recente, tais como louça, vidro, plástico e ferro na área do platô e na área de entorno do mesmo. Setorização - Realizada de acordo com sistema alfanumérico, com o marco zero localizado na junção da cerca 1, de proteção da estrada com a fazenda e a cerca 2 que divide a pastagem no sentido estrada/fazenda. Linha numerada paralela à cerca 1, no sentido Nordeste/Sudoeste e a linha alfabetada no sentido da cerca 2 que divide a pastagem no sentido Noroeste/Sudeste. Setores delimitados com 25 m², ou seja, o espaço entre cada um dos marcos de referência da rede de setorização ficou distante cinco metros um do outro. Abordagem Intensiva - A escavação foi realizada na área do platô do sítio e em seu entorno, onde foram diagnosticados maiores concentrações de vestígios arqueológicos superficiais e subsuperficiais, realizada em níveis artificiais com espessura de 10 cm, nos diferentes setores e trincheiras (30 x 0,50 m); além de sondagens pontuais (exemplificando: 2x2; 3x1; 3x2; 4x4 metros). Foi também estabelecido um longo corte estratigráfico com dimensão de 30 x 1,30 metros, priorizando o entendimento do sítio. Escavações Setoriais - Foi abordado e devidamente escavado até profundidades variadas o total de 28 cortes estratigráficos em média com 4m² cada um, inseridos nos setores de 25 m². As linhas alfabetadas serviram de guia para o desenvolvimento das escavações setoriais, sendo que a principais foram: Linha N, com sete setores abordados; Linha P, com seis, Linha O, com quatro e Linha T, com três. Nas Linhas K e Q foram escavados dois setores e nas Linhas H, L, M e S, um setor em cada. Solo predominantemente areno-argiloso, homogêneo, seco, de coloração castanha escura, compactação média. Perturbado devido à presença de raízes e radículas. Comum a ocorrência de terra preta, húmica no primeiro nível e avermelhada nos mais profundos. Vestígios arqueológicos no nível de 0-10 cm representado por cerâmica, louça, vidro e metal. Uma perna de boneca de louça também foi coletada próximo à superfície, assim como um peso de metal. Na profundidade de cm o material rareia, mas se diversifica um pouco. Coletados fragmentos de cerâmica (incluindo cachimbos), louça, metal (inclusive uma pataca), stoneware e mais raramente ósseo (incluindo um botão). No nível cm mais fragmentos de louça, vidro, metal, stoneware e ósseo. Exclusivamente na Linha K foi encontrado material arqueológico também no nível cm, representado por fragmentos de cerâmica, louça,
2 material ósseo, vidro e metal. A escavação atingiu até 80 cm de profundidade em alguns setores. Foi também localizada parte de um piso de lajotas de barro cozido, o melhor conservado em todo o programa em subsuperfície, assim como concentrações de tijolos e raras evidências de paredes divisórias. Foram estabelecidas duas trincheiras medindo 30 e 35 metros de extensão por meio metro de largura, uma na Linha 22 (cortando 6 setores) e outra na Linha R (atingindo sete setores) atingindo os níveis com material. Coletados fragmentos de cerâmica, louça, vidro e metal. Conclusão Trata-se de um sítio histórico colonial com fragmentos de cerâmica, louça, tijolos, metal e lajotas em superfície e subsuperficie. No momento da pesquisa a maior parte da área do sítio já se encontrava bastante antropizada, não restando área virgem com terra que pudesse identificar o material no seu local de origem dentro do contexto do sítio. Mesmo assim, no entanto, houve a possibilidade de identificar o local com maior ocorrência de material, onde foram desenvolvidos os trabalhos. As características do material coletado indicam tratar-se de uma ocupação colonial que se estendeu, pelo menos, aos séculos XIX e XX. Segundo depoimento do proprietário atual da Fazenda Noruega, Sr. Roberto Goulart, suas terras foram adquiridas por um seu antepassado, que reuniu duas propriedades coloniais, possivelmente desmembradas da antiga Fazenda de Santa Cruz. Uma delas denominada Fazenda São Sebastião. Teria sido este proprietário anterior que denominou sua Fazenda com o nome daquele país escandinavo e foi ele também que nas décadas iniciais do século XX destruiu a antiga sede da fazenda no local onde se erigia, no alto da elevação onde jaz o sítio agora escavado. Assim, sem dúvida, o sítio arqueológico corresponde ao local onde se elevava a sede antiga de uma das duas fazendas reunidas pelo seu parente. Sítios relacionados: Sítio Lagoa da Noruega, Fazenda Seropédica III Proximidade física. Sítios Lagoa da Noruega, da Pedra, Anabal, Rafael Bispo, Roberto Goulart, São Sebastião II e III Filiação Cultural. Nome do proprietário do terreno: Sr. Roberto Goulart Cunha Endereço: Rua da Assembléia de Deus, 100 Bairro Fonte Limpa Cidade: Seropédica UF RJ CEP: Fone/Fax Ocupante atual: 70% ainda é área de pastagem da Fazenda Noruega de propriedade do Sr. Roberto Goulart Acesso ao sítio: Seguir pela BR 495 (antiga Rio/São Paulo) até a Rua Washington Luiz centro de Seropédica seguir até o Bairro Fonte Limpa eixo da Rodovia 493 (Arco Metropolitano do Rio de Janeiro) em direção à cidade de Itaguaí até a estaca 2750 e 2770 margem direita da estrada. Medidas do sítio: Comprimento: 200m Largura: 100m Altura máxima: 15m (a partir do nível do solo) Área: m2 Medição: Estima Passo Mapa Instrumento Nome e sigla do documento cartográfico: Imagem de Satélite Google 2007 Ano de edição: Órgão: Escala: 2007 IBGE DSG OUTRO
3 Delimitação da área/coordenadas UTM: dados atualizados na escavação Zona: 23 K E: N: GPS Em mapa DATUM: WGS 84 Margem de erro 7 m Perímetro: Zona: Zona: Zona: Zona: 23 K 23 K 23 K 23 K E: E: E: E: N: N: N: N: Unidade geomorfológica: (vide tabela) Compartimento topográfico: (vide tabela) Serra Altitude: (com relação ao nivel do mar) 40 m Outras referência de localização: Agua mais próxima: Nascente no local Meia encosta Distância: Rio: 800 m Valão dos Bois Bacia: Guandu/Baia de Sepetiba Atualmente está na margem direita da BR493 - Arco Metropolitano Vegetação atual: Floresta ombrófita Campinarana Savana-estépica (caatinga Capoeira Floresta estacional Savana (cerrado) Estepe Outra: Pastagem Uso atual do terreno: Atividade urbana Estrutura da fazenda Plantio Via pública Pasto Área não utilizada Outro: Criação de gado Propriedade da terra: Área pública Área privada Área militar Área indígena Outra: Proteção legal Unidade de conservação ambiental Categoria: Municipal Estadual Federal Patrimônio da humanidade/unesco Exposição: Contexto de deposição: Unicomponencial Multicomponencial Pré-colonial De contato Histórico Céu aberto Gruta Abrigo sob rocha Submerso Outra: Em superfície Em profundidade Tipo de sítio: Forma: (vide tabela) Histórico Retangular Estratigrafia: (indicar o número, espessura e profundidade das camadas arqueológicas) Tipo de solo Areno argiloso compacto.vide resumo Estruturas Área de refugo Vestígios de mineração Buracos de estacas De Lascamento Fossas Alinhamento de pedras De Combustão (fogueira, forno, fogão) Manchas pretas Muros de Pedra Funerárias Canais tipo trincheira, valetas Palafitas Vestígios de edificação Círculo de pedra Paliçadas Concentrações cerâmicas Quantidades Outras: Artefatos: Lítico lascado Lítico político Cerâmico Sobre concha Sobre material orgânico Outros vestígios líticos: Material histórico:
4 Sim Louça, vidro, metal, fragmentos de telha e tijolo maciço colonial. Outros vestígios orgânicos: Outros vestígios inorgânicos: Resíduos domiciliares (lixo) Acervo: Instituições: (em que se encontra o material coletado) INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA (IAB) Arte rupestre: Pintura Gravura Ausente Artefatos líticos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Números de catálogo: Complementos: Outras atribuições: Artefatos cerâmicos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Arte rupestre - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Datações absolutas: Datações relativas: Grau de integridade: Fatores de destruição: mais de 75% entre 25 e 75% Sim menos de 25% Erosão eólica Erosão pluvial Construção de estradas Vandalismo Erosão Fluvial Atividades agrícolas Construções de moradias Outros fatores naturais: Outros fatores antrópicos: Construção de estradas e atividades pecuaristas Possibilidades de destruição: Ser vendido para especulaçao imobiliária Medidas para preservação: Resgate da cultura material
5 Relevância do sítio: Alta Média Baixa Atividades desenvolvidas no local: Registro Coleta de Superfície Responsável pelo registro: Sondagem ou Corte estratigráfico Escavação de grande superfície Levantamento de gráficos rupestres Encontrado durante atividades de Monitoramento Arqueológico nas proximidades da obra Por: José de Jesus Neto Técnico em Arqueologia do IAB Registros no Iphan - - Ondemar Ferreira Dias Junior e Josefa Jandira Neto Ferreira Dias Cidade: Estrada do Sarapuí, 3199 Vila Santa Tereza Belford Roxo CEP: Fone/Fax: Jandira@arqueologia-iab,com,br Nome do projeto: UF RJ Projeto de Monitoramento, Salvamento Arqueológico e Valorização do Patrimônio Cultural nas Obras da Estrada RJ 493/ RJ-109 Trecho C do Arco Metropolitano. Nome da instituição: INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA (IAB) Endereço: Estrada da Cruz Vermelha, 45 Vila Santa Tereza Belford Roxo RJ Cidade: Belford Roxo UF RJ CEP iab@arqueologia-iab.com.br Fone/Fax: (21) Documentação produzida: (quantidade) Mapa com sítio plotado: Planta baixa dos locais afetados: Perfil topográfico: Foto preto e branco: Cópia total de arte rupestre: Caderneta de campo: Croqui: Planta baixa de estrutura: Foto aérea: Reprografia de imagem: Cópia parcial de arte rupestre: Video/filme: Planta baixa do sítio: Perfil estratigráfico: Foto colorida: Imagem de satélite: Ilustração de imagem: Outra: Bibliografia: Quantidade de imagens anexadas à Ficha de registro para inclusão no Banco de imagens: 10 fotos Vide Relatório Final no IPHAN Observações: 1. Todos os processos, de atividades de Educação Patrimonial e Estudos de Patrimônio Cultural Imaterial, desenvolvidos ao longo de cinco anos se encontram no Relatório Final. Atenção! Esta Ficha de Registro foi refeita ao final da pesquisa e deverá substituir a anterior no CNSA. Belford Roxo, Data: 01/10/ 2014 Assinatura:
6 Mapas, plantas e fotos, abaixo: Mapas Plantas
7 Fotos Panorâmica Sítio Morro da Noruega Setorização Sítio Morro da Noruega Setorização Sítio Morro da Noruega
8 Setorização Sítio Morro da Noruega Escavação Sítio Morro da Noruega Escavação Sítio Morro da Noruega Escavação Sítio Morro da Noruega
9 Escavação Sítio Morro da Noruega Escavação Sítio Morro da Noruega Material Arqueológico Morro da Noruega
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