(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário:

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1 (11) Número de Publicação: PT (51) Classificação Internacional: B65D 1/20 (2006) (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO (22) Data de pedido: (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: (73) Titular(es): VIEIRA ARAÚJO, S.A. RUA DE S. ROQUE, Nº SÃO JOÃO DA MADEIRA PT (72) Inventor(es): JOSÉ ANTÓNIO DE ARAÚJO PAIS VIEIRA PT (74) Mandatário: PAULO RUI DA SILVA PELAYO DE SOUSA HENRIQUES R DE SÁ DA BANDEIRA ESQ PORTO PT (54) Epígrafe: TAMPA PARA BARRIL (57) Resumo: A PRESENTE INVENÇÃO DIZ RESPEITO A UMA TAMPA (1) PRÓPRIA PARA SER ACOPLADA AO GARGALO (15) DE BARRIS QUE DISPÕEM DE UM REBORDO SALIENTE (16), GARGALO AO QUAL É APLICADO, NO TOPO, UMA VARETA COM VÁLVULA (18), BARRIS ESSES MUITO USADOS NO MERCADO PARA O TRANSPORTE E A DISPONIBILIZAÇÃO, SOBRETUDO EM BARES E RESTAURANTES, DE BEBIDAS À PRESSÃO, TAMPA QUE, DEPOIS DE DEVIDAMENTE COLOCADA NUM BARRIL E SEMPRE QUE SE CONSTATE QUE NÃO FOI DANIFICADA, FUNCIONA COMO UM SELO DE INVIOLABILIDADE DO CONTÉUDO DO BARRIL.

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3 - 1 - DESCRIÇÃO Tampa para barril DOMÍNIO TÉCNICO A presente invenção diz respeito a uma tampa própria para ser acoplada ao gargalo de barris que incorporam uma válvula, barris esses muito usados no mercado para o transporte e a disponibilização, sobretudo em bares e restaurantes, de bebidas à pressão, tampa que, depois de devidamente colocada num barril e sempre que se constate que não foi danificada, funciona como um selo de inviolabilidade do conteúdo do barril. Dada a sua concepção, o processo de selagem por colocação da tampa pode ser industrializado, tendo o invento particular importância para a indústria engarrafadora de bebidas em barris do tipo acima referido, designadamente a indústria cervejeira. ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR É sabido que os referidos barris têm um gargalo metálico que, na parte superior, dispõe de um rebordo saliente, normalmente circular, gargalo ao qual é aplicado, no topo, uma vareta com válvula. Essa vareta, por regra em forma de disco ou próxima desta apresenta um diâmetro exterior superior ao diâmetro exterior do rebordo.

4 - 2 - Acresce que o disco da vareta pode ter reentrâncias, ou seja, não é um disco completo porque apresenta um ou mais cortes habitualmente em forma de segmentos circulares ou próxima desta. Esta concepção da vareta do gargalo em forma de disco com cortes, conjugada com a circunstância de as tampas conhecidas no mercado serem de matéria plástica e de forma circular e estarem dotadas, interiormente, de pétalas espaçadas que se anicham por baixo do dito disco, possibilitam que a tampa seja rodada e que, simultaneamente, uma das pétalas seja forçada a passar por cima do disco. Com a continuidade do movimento de rotação da tampa e a sucessiva orientação forçada das pétalas, tudo se passa como se, no fundo, se tratasse do desaperto de uma rosca, podendo a tampa desta forma ser libertada do gargalo sem qualquer sinal de ter sido violada. Isto permite não só ter acesso à válvula do barril, e deste modo usar o seu conteúdo - normalmente cerveja ou vinho - sem que a tampa previamente extraída tenha sofrido qualquer dano, pois as pétalas gozam de uma certa elasticidade, como permite a sua recolocação no barril sem uma única evidência da violação do vasilhame. Ora, é precisamente este problema que o presente invento visa solucionar sem acréscimo de complexidade, o que permite o integral aproveitamento das linhas de montagem, ou de engarrafamento, existentes. Acresce que a tampa está concebida de modo a poder ser removida de forma fácil e sem que se fragmente, o que constitui uma outra vantagem, designadamente ambiental.

5 - 3 - As tampas conhecidas desintegram-se, dificultando assim a recolha dos bocados dispersos e a sua posterior reciclagem. Esta e outras características vantajosas do presente invento são descritas mais pormenorizadamente em seguida. DESCRIÇÃO DO INVENTO A tampa para barril inventada é monopeça e em matéria plástica ou em matéria equivalente, está dotada de uma cabeça e de um corpo e também de um bocal de abertura que permite o accionamento da patilha, e, consequentemente, o rasgamento da tampa pela patilha, estando ainda dotada de pétalas interiores. O bocal está concebido de modo a ser possível accionar manualmente a patilha com toda a simplicidade. A dita tampa, concebida para tamponar barris dotados de um gargalo com um rebordo saliente de forma, não obrigatoriamente, circular, dispondo, no topo, de uma vareta com válvula, caracteriza-se por, uma vez tamponado o barril, as suas pétalas ficarem imediatamente por baixo do rebordo do gargalo do barril. Pode, contudo, haver uma folga da ordem das décimas de milímetro, isto é, as pétalas não têm, obrigatoriamente, de encostar ao dito rebordo, têm sim de se posicionar por baixo deste. Mesmo que exista a dita folga, não será possível remover a tampa do barril sem o rasgamento da patilha ou a danificação das pétalas.

6 - 4 - Por outro lado, o accionamento da patilha provoca o rasgamento da tampa segundo duas linhas de fragilização da patilha, sendo que uma delas desenvolve-se de lés a lés, isto é, fragiliza o corpo da tampa em toda a sua altura, o que permite o seu total rasgamento, e a outra não. Acresce que a extremidade da patilha accionável manualmente, essencialmente por via do espaço livre deixado pelo bocal, é recuada em relação ao corpo da tampa. Esta posição recuada também facilita o accionamento da patilha na medida em que facilita a entrada de um dedo da mão. do corpo. A dita tampa pode dispor de um bordo na parte inferior Para além disso, a base de cada pétala, preferencialmente, está situada ao nível da cota inferior do corpo da tampa ou do bordo, se o corpo da tampa dispuser de um. Desta forma diminui-se ao máximo a altura da tampa sem comprometer o seu funcionamento que é o de, acima de tudo, garantir a selagem eficaz dos barris. Por outro lado, quanto menor a altura, menor é o gasto de matéria-prima. Está previsto que as pétalas se distribuam de modo regular ao longo de todo o perímetro interno do corpo da tampa, à excepção da zona do bocal que não tem pétala.

7 - 5 - Assim como está previsto que tenham, interiormente, uma nervura que lhes confere uma certa resistência não partem com esforços mínimos sem, contudo, dificultar a colocação da tampa num barril. A dita nervura desenvolve-se, preferencialmente, na diagonal desde a base da pétala até sensivelmente ao centro desta. Por outro lado, a cabeça da tampa está dotada de janelas que permitem verificar a integridade da base de cada pétala, depois da tampa colocada no barril, sempre que o disco da vareta apresente um diâmetro exterior superior ao diâmetro exterior do rebordo e o dito disco apresente zonas de corte em que o seu diâmetro exterior seja menor ou igual ao diâmetro exterior do rebordo. Basta que o disco da vareta tenha uma zona de corte daquele tipo para que seja possível verificar a integridade da base de todas as pétalas. De facto, rodando a tampa, poder-se-á ver, através das janelas que passarem sucessivamente por essa zona de corte, a base de todas as pétalas. Conforme foi dito, o accionamento da patilha provoca o rasgamento da tampa segundo duas linhas de fragilização daquela. Deste modo, o accionamento da patilha, do tipo abre- -fácil, faz com que a tampa se rasgue sem se fragmentar em bocados dispersos, libertando o gargalo do barril e permitindo o acesso à vareta e posteriormente a utilização do conteúdo.

8 - 6 - A tampa, embora rasgada, continua uma peça única o que favorece a recolha e armazenamento da mesma para reciclagem. A tampa inventada pode ser colocada nos barris recorrendo-se às linhas de produção já existentes, sendo certo que uma tampa como a acima descrita comprovadamente não violada, isto é, sem pétalas partidas e com o bocal intacto, constitui uma garantia da inviolabilidade do conteúdo do barril. O mesmo não se passa com as tampas conhecidas que podem ser removidas dos barris e recolocadas sem qualquer dano, circunstância que permitiu falsificações, abusos e queixas no circuito comercial. Estas práticas fraudulentas podem ter consequências para a saúde pública e constituem, sem dúvida, um gravíssimo prejuízo para a imagem de marca do produtor e fornecedores da bebida. DESRIÇÃO DAS FIGURAS Nas figuras anexas, apresentadas a título exemplificativo e não limitativo, pode observar-se: na figura 1, uma perspectiva de uma tampa conforme o invento, vendo-se a cabeça, o corpo, a patilha de abertura, bem como as suas duas linhas de fragilização, o bocal, as janelas e o bordo inferior do corpo; na figura 2, uma perspectivada da tampa representada na figura anterior mas com o bocal rodado para trás 180º, sendo visíveis as pétalas e as suas bases, bem como parte de

9 - 7 - algumas nervuras, e sendo também visível que o corpo está dotado de um bordo inferior e que uma das linhas de fragilização da patilha desenvolve-se a toda a altura do corpo incluindo, por isso, o bordo inferior deste; na figura 3, uma outra perspectiva da tampa, simulando material translúcido, sendo visível o desenvolvimento das nervuras das pétalas; na figura 4, a representação, em corte, de uma tampa conforme o invento acoplada a um barril que dispõe de um gargalo dotado de um rebordo e encimado por um disco, sendo visível, no que se refere à tampa, a cabeça, o corpo dotado de bordo inferior, as pétalas e suas bases e a folga entre o dito corpo da tampa e o referido rebordo do gargalo; na figura 5, a vista de cima de um barril ao qual se encontra acoplada uma tampa conforme o invento, sendo visíveis três zonas de corte no disco da vareta, deixando à vista através das janelas - a base das pétalas posicionadas por baixo dessas zonas. Em particular, as referidas figuras mostram: 1 tampa 2 cabeça 3 corpo 4 bocal 5 janela 6 patilha de abertura 8 bordo inferior do corpo 9 linha de fragilização da patilha de abertura 10 pétala 11 base da pétala

10 nervura da pétala 14 - barril 15 gargalo do barril 16 rebordo do gargalo 18 disco da vareta 20 zona de corte ou reentrância do disco da vareta 21 folga entre o corpo da tampa e o disco da vareta 25 - folga entre o corpo da tampa e o rebordo do gargalo Porto, 13 de Abril de 2011

11 1 REIVINDICAÇÕES 1ª. Tampa (1) monopeça, em plástico, ou material equivalente, para barril (14), possuindo este um gargalo (15) dotado de um rebordo saliente (16) dispondo, no topo, de uma vareta com válvula (18), tampa essa dotada de cabeça (2) e de corpo (3), dotada de um bocal de abertura (4) e também dotada de pétalas interiores (10), caracterizada por, uma vez tamponado o barril, as pétalas (10) da tampa (1) ficarem por baixo do rebordo do gargalo (16), de modo a que não seja possível remover a tampa sem o rasgamento da patilha (6) ou a danificação das pétalas (10). 2ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 1, caracterizada por estar dotada de uma patilha de abertura (6) delimitada por duas linhas de fragilização (9), sendo que uma delas desenvolve-se de lés a lés, isto é, fragiliza o corpo da tampa (3) em toda a sua altura e a outra não. 3ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 2, caracterizada por a extremidade da patilha (6), accionável manualmente, ser recuada em relação ao corpo da tampa (3). 4ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 1, caracterizada por o corpo da tampa (3) dispor de um bordo (8) na parte inferior. 5ª. - Tampa para barril de acordo com as reivindicações nºs. 1 ou 4, caracterizada por a base de cada pétala (11) estar à cota inferior do corpo da tampa (3), ou do bordo (8), se o corpo da tampa dispuser de um.

12 2 6ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 1, caracterizada por as pétalas (10) se distribuírem de forma regular ao longo de todo o perímetro interno do corpo da tampa (3), à excepção da zona do bocal (4) que não tem pétala. 7ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 1, caracterizada por as pétalas (10) disporem, interiormente, de uma nervura (12). 8ª. - Tampa para barril de acordo com a reivindicação nº. 1, caracterizada por a cabeça da tampa (2) estar dotada de janelas (5). Porto, 16 de Junho de 2011

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