Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu. PRÉ Pré. Diagnóstico Social do Concelho de Viseu

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu. PRÉ Pré. Diagnóstico Social do Concelho de Viseu"

Transcrição

1 PRÉ Pré Diagnóstico Social do Concelho de Viseu

2 Ficha Técnica Núcleo Executivo Câmara Municipal de Viseu Centro Distrital de Viseu - ISS, I.P. Cáritas Diocesana de Viseu Delegação de Viseu - Cruz Vermelha Portuguesa União Distrital das IPSS Colaboração Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (REAPN) 2

3 3

4 SOLIDARIEDADE, RESPONSABILIDADE, PARCERIA Iniciámos em 2008 esta caminhada em parceria. Juntos estamos a criar condições para a construção de uma Comunidade cada vez mais justa. O nosso sonho é que todos, sem excepção, possam ter um nível vivencial minimamente digno. O caminho não é fácil. Nem curto. Mas é o melhor. Não há alternativa plausível ao trabalho em rede. É a metodologia natural para induzir a solidariedade e a responsabilidade sociais, que hãode estar na base da construção de um espaço humano dinâmico e integrador. Em ambiente de plena partilha de informação e reflexão o CLAS Viseu estamos a aprofundar o conhecimento da nossa realidade social. A atenção vai naturalmente para os arredores sociais. Incidirá outros sim e necessariamente nos mecanismos excludentes ínsitos ao funcionamento da sociedade. Cumpre-nos vencer a multi-lateralidade problemática e a complexidade causal envolvidas. E isso vai permitir conceber o arquétipo da estratégia de superação dos apoios paliativos, através de inflexões comunitárias substanciais. Reconhece-se a competência e esforço colocados no trabalho apresentado. É o primeiro passo, seguro e empenhado: uma aproximação que abre o horizonte e o âmbito da nossa compreensão das pessoas e das famílias, das instituições e da organização colectiva. Avançaremos imediatamente para um novo patamar, um auto-conhecimento ainda mais alargado e mais aprofundado. A partir daí serão traçadas as linhas mestras da nossa política social, inequivocamente apontada para a eliminação das externalidades humanas e factuais. As dificuldades a vencer não são sobretudo materiais. O problema é de cidadania, a solução é cultural. A defesa é das pessoas, o sentido é inclusivo. A meta é a sustentabilidade. Dentre os meios, múltiplos e poderosos, releva a educação como motor determinante e a economia como mecanismo socialmente subordinado à equidade. Sobre eles deve recair o melhor da nossa argúcia prospectiva, para os prover de capacidade de resposta aos continuados e sempre novos desafios. Impõe-se dar definitivamente voz e competências a todos, abrir vias sólidas de acesso às esferas de vivência da nossa comunidade. A visão sobre os problemas sociais deve ter um amplo horizonte. As soluções propostas só farão sentido num contexto de sustentabilidade. E não se trata apenas do conflito entre cultura e natureza no âmbito da economia. Aí teremos necessariamente de acertar o tempo dos homens pelo tempo da natureza. Mas há também que induzir uma igualdade equitativamente justa na utilização dos recursos. E porque as nossas decisões afectarão profundamente as próximas 4

5 décadas, cumpre-nos tudo fazer para viabilizar material e socialmente o futuro. Temos de dar oportunidade aos vindouros. A missão é difícil. Nós sabemos isso. Mas o trabalho até agora desenvolvido é um bom augúrio. O tempo vai certamente consolidar a capacidade colectiva e isso facilitará a tarefa de encontrar o melhor caminho para a nossa Comunidade. Juntos vamos conseguir! Hermínio Magalhães, Presidente do CLAS Dezembro de

6 ÍNDICE Pág. INTRODUÇÃO Caracterização Geral do Concelho de Viseu 13 Capítulo I Demografia e População 18 Capítulo II Educação / Formação e Qualificação Profissional 39 Capítulo III Emprego / Desemprego 65 Capítulo IV Equipamentos e Respostas Sociais 80 Capítulo V Grupos Em Situação de Vulnerabilidade 104 Capítulo VI Habitação / Condições de Habitabilidade 144 Capítulo VII Saúde 159 Capítulo VIII Criminalidade e Segurança 182 CONSIDERAÇÕES FINAIS Glossário 6

7 Índice de Gráficos Pág. Gráfico 1 Evolução da população residente no concelho de Viseu entre 2001 e Gráfico 2 População residente no concelho de Viseu por sexo 22 Gráficos 3, 4 e 5 População residente no concelho de Viseu em 1991, 2001 e 2007, por grupos etários 23 Gráfico 6 População por /nível de instrução no concelho de Viseu 24 Gráfico 7 Variação da população residente no concelho de Viseu entre 2001 e 2007 por escalão etário 25 Gráfico 8 Número de famílias residentes no concelho de Viseu, segundo a tipologia 29 Gráfico 9 Famílias clássicas segundo a sua dimensão (pessoas residentes) 31 Gráfico 10 Núcleos familiares residentes no concelho de Viseu 32 Gráfico 11 Nascimentos e óbitos por sexo 35 Gráfico 12 Nados vivos, óbitos e saldo fisiológico no concelho de Viseu, Gráfico 13 Casamentos dissolvidos e causa de dissolução, Gráfico 14 Índice de envelhecimento no concelho de Viseu entre Gráfico 15 Níveis de Instrução da população residente segundo o sexo 41 Gráfico 16 Evolução da taxa de analfabetismo, anos de 1991 e Gráfico 17 Número de estabelecimentos de ensino, por nível de ensino 44 Gráfico 18 Número de Jardins de Infância e escolas do 1ºCEB de Viseu, por Agrupamento de Escolas 44 Gráfico 29 Número de sala de aulas e de apoio 45 Gráfico 20 Número de refeitórios 46 Gráfico 21 Número de pavilhões gimnodesportivos 47 Gráfico 22 Número de auditórios e bibliotecas 47 Gráfico 23 Distribuição do número de alunos integrados na rede pública e na rede privada do Pré-Escolar 48 Gráfico 24 Alunos do ensino básico e secundário, ano lectivo 2008/ Gráfico 25 Distribuição dos alunos do ensino básico, por nível de ensino e agrupamento de escola 50 Gráfico 26 Distribuição de alunos do secundário, por escola 51 Gráfico 27 Distribuição do número de alunos com NEE, por agrupamentos de escola 51 Gráfico 28 Frequência de alunos em AEC 52 Gráfico 29 Número de alunos distribuídos pelo tipo de oferta educativa - CEF, PCA, PIEF 54 Gráfico 30 Número de docentes segundo a componente lectiva 55 Gráfico 31 Número de pessoal não docente 55 Gráfico 32 Número de alunos abrangidos pelo escalão A 56 Gráfico 33 Número de refeições fornecidas gratuitamente no âmbito do Programa de Refeições 1º CEB, por escalões (1º período 2008/2009) 57 Gráfico 34 Distribuição do número de alunos que beneficiam de subsídio de transporte escolar 57 Gráfico 35 Número e tipo de agressões registadas 58 Gráfico 36 Associações de Pais 59 Gráfico 37 Número de alunos matriculados no ensino superior (ano Lectivo ) 60 Gráfico 38 Cursos de especialização tecnológica, por estabelecimento de ensino 60 Gráfico 39 Número de alunos matriculados em pós-graduações, mestrados e doutoramentos, por estabelecimento de ensino 61 Gráfico 40 Número de alunos do ensino superior com apoio social 61 Gráfico 41 Número de alunos a frequentar cursos de formação/qualificação profissional 62 Gráfico 42 Variação do número de desempregados no ano de Gráfico 43 Taxa de desemprego de longa duração no concelho de Viseu entre Março de 2007, 2008 e 2009 (%) 71 Gráfico 44 População activa e empregada em Viseu em Gráfico 45 População activa por sexo e escalão etário em Gráfico 46 Trabalhadores por conta de outrem segundo o nível de habilitações em Gráfico 47 Remuneração média dos trabalhadores segundo o nível de habilitações em Viseu em Gráfico 48 Distribuição dos equipamentos sociais segundo a natureza jurídica da entidade proprietária 82 Gráfico 49 Proporção das respostas sociais por população-alvo, Gráfico 50 Proporção das respostas sociais na área de intervenção de crianças e jovens, sua capacidade e número de utentes acolhidos em equipamentos/serviços 87 Gráfico 51 Horário de funcionamento das creches, Gráfico 52 Distribuição das respostas sociais, capacidade e número de utentes dos serviços/equipamentos sociais na área de intervenção de idosos 89 Gráfico 53 Distribuição das respostas sociais, capacidade e número de utentes dos serviços/equipamentos sociais na área de intervenção de pessoas com deficiência 91 Gráfico 54 Distribuição dos processos, de acordo com a sua actividade processual no ano de Gráfico 55 Entidades que sinalizaram/participaram a situação 107 Gráfico 56 Caracterização das crianças e jovens acompanhadas em função do sexo e escalão etário 108 Gráfico 57 Caracterização das crianças segundo o tipo de ensino em que estão inseridas 108 Gráfico 58 Medidas de promoção/protecção aplicadas 110 Gráfico 59 Distribuição do nº de menores em acompanhamento EMAT, segundo a tipologia de resposta social 111 Gráfico 60 Evolução do nº total de cidadãos estrangeiros no concelho de Viseu entre 2006 e Gráfico 61 Atendimento do CLAII em 2008, segundo a região geográfica de origem dos Indivíduos 114 Gráfico 62 Atendimento do CLAII em 2008, segundo o Género dos Indivíduos 115 Gráfico 63 Distribuição do nº de atendimentos do CLAII segundo a tipologia do problema apresentado 115 Gráfico 64 Distribuição por região de origem dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do Concelho de Viseu (da Pré-Escola ao Secundário, Ano Lectivo 2008/09) 116 Gráfico 65 Distribuição dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do Concelho de Viseu, por sexo (do Pré-escolar ao Secun6ário, Ano Lectivo 2008/09) 116 Gráfico 66 Distribuição dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do Concelho de Viseu, por país de origem e nível escolar frequentado (Ano Lectivo 2008/09) 117 Gráfico 67 Número de famílias/indivíduos de etnia cigana por freguesia de residência 117 Gráfico 68 Distribuição do número de alunos de etnia cigana por Agrupamento e nível escolar (Ano Lectivo 2008/2009) 118 Gráfico 69 Distribuição do número de alunos de etnia cigana por Agrupamento e sexo (Ano Lectivo 2008/2009) 119 Gráfico 70 Número de pensionistas residentes no concelho de Viseu em 2008, por evento e sexo 120 Gráfico 71 Valor médio de pensões auferidas no ano de 2008 a residentes no concelho de Viseu, por evento e sexo 120 Gráfico 72 Distribuição do número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos no concelho de Viseu, por sexo e escalão etário 121 Gráfico 73 Número de agregados familiares com processamento RSI, por freguesia de residência 123 Gráfico 74 Distribuição do n.º de indivíduos em acompanhamento pela Equipa do Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social (19/05/2009) 125 Gráfico 75 Distribuição do n.º de sujeitos acompanhados pela Equipa do Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social, relacionados com problemática de 125 Gráfico 76 Distribuição do n.º de sujeitos acompanhados pela Equipa do Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social, relacionados com problemática de 126 Gráfico 77 População residente e população residente com deficiência 127 Gráfico 78 População residente com deficiência, segundo o grupo etário 128 7

8 Gráfico 79 População residente, segundo o tipo de deficiência 128 Gráfico 80 População residente, por grau de incapacidade atribuído 129 Gráfico 81 População residente, com 15 ou mais anos, por condição perante a actividade económica 129 Gráfico 82 População residente, com 15 ou mais anos, por principal meio de vida 130 Gráfico 83 População residente por acessibilidade ao edifício de residência, Gráfico 84 Distribuição do número de crianças em risco segundo o sexo 132 Gráfico 85 Distribuição do número de crianças e jovens segundo o nível de educação/ensino, sexo e idade 133 Gráfico 86 Distribuição do nº de crianças e jovens com deficiência em modalidades específicas de Educação (MEE), segundo o nível de educação, ensino e sexo 134 Gráfico 87 Distribuição do número de clientes que frequentam o CAO, por escalão etário e o sexo 137 Gráfico 88 Distribuição do nº de clientes que frequentam o CAO, por sexo e tipo de deficiência 137 Gráfico 89 Distribuição do nº de clientes na resposta social lar residencial, por faixa etária e sexo 138 Gráfico 90 Distribuição do nº de clientes que frequentam lar residencial, tipo de deficiência e sexo 139 Gráfico 91 Distribuição do nº de clientes que frequentam Lar de Apoio por idade e sexo 140 Gráfico 92 Distribuição do nº de crianças e jovens com deficiência integradas em famílias de acolhimento, por idade e sexo 142 Gráfico 93 Distribuição do nº de crianças e jovens com deficiência integradas em famílias de acolhimento, por idade e tipo de deficiência 143 Gráfico 94 Regime de ocupação dos alojamentos 148 Gráfico 95 Forma de ocupação dos alojamentos 148 Gráfico 96 Número de licenças de habitabilidade no concelho de Viseu 156 Gráfico 97 Número de alvarás de construção no concelho de Viseu 156 Gráfico 98 Número de médicos por 1000 habitantes 160 Gráfico 99 Número de enfermeiros por 1000 habitantes 161 Gráfico 100 Número de farmácias e postos farmacêuticos por 1000 habitantes 161 Gráfico 101 Número de hospitais segundo a sua tipologia 162 Gráfico 102 Recursos Humanos afectos ao Hospital S. Teotónio de Viseu 163 Gráfico 103 Distribuição do número de camas pelos serviços do Hospital S. Teotónio de Viseu 163 Gráfico 104 Utentes Inscritos nos Centros de Saúde e suas extensões 164 Gráfico 105 Recursos Humanos afectos ao ACES Dão-Lafões I 165 Gráfico 106 Consultas médicas no ACES Dão-Lafões I 166 Gráfico 107 Consultas de alcoologia no ACES Dão-Lafões I segundo o sexo dos utentes 167 Gráfico 108 Situações acompanhadas no âmbito da Acção Social / Rendimento Social de Inserção 168 Gráfico 109 Registos de consumo abusivo de álcool 168 Gráfico 110 Número de episódios de urgência médica motivados pelo consumo de álcool ( embriaguez aparente ) 169 Gráfico 111 Indivíduos sinalizados pelo CARDV 170 Gráfico 112 Internamentos na Unidade de Alcoologia de Coimbra 171 Gráfico 113 Número de consultas na Unidade de Alcoologia de Coimbra 171 Gráfico 114 Situações acompanhadas no âmbito da Acção Social / Rendimento Social de Inserção 172 Gráfico 115 Registos de consumo abusivo de droga 172 Gráfico 116 Número de episódios de Urgência Médica motivados pelo consumo de droga ( sobredosagem envenenamento ) 173 Gráfico 117 Consultas na Equipa de Tratamento e Reinserção 174 Gráfico 118 Substâncias consumidas como droga inicial 174 Gráfico 119 Tipos de drogas consumidas 175 Gráfico 120 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por estado civil 176 Gráfico 121 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por nível de escolaridade 177 Gráfico 122 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por escalão etário 177 Gráfico 123 Utentes por sexo 178 Gráfico 124 Utentes por diagnóstico e sexo 179 Gráfico 125 Utentes por idade e sexo 179 Gráfico 126 Utentes e retaguarda familiar 180 Gráfico 127 Utentes por actividade profissional 180 Gráfico 128 Visitas domiciliárias Número de visitas 181 Gráfico 129 Visitas domiciliárias Doentes visitados 181 Gráfico 130 Total de crimes denunciados às Forças de Segurança e sua distribuição pelos seus principais grupos 183 Gráfico 131 Taxa de criminalidade total e sua distribuição pelos principais grupos de crimes 184 Gráfico 132 Ofensas à integridade física e violência doméstica entre 2007 e 2008 no concelho de Viseu 184 Gráfico 133 Crimes contra a propriedade segundo a sua tipologia entre 2007 e 2008 no concelho de Viseu 185 Gráfico 134 Condução veículo com taxa álcool a 1,2 g/l 186 Gráfico 135 Tráfico de droga e condução sem habilitação legal entre 2007 e Gráfico 136 Acidentes rodoviários totais e sua distribuição face aos resultados 187 Gráfico 137 Causas dos acidentes rodoviários registados 188 Gráfico 138 Número total de vítimas e sua distribuição segundo a sua tipologia 189 Gráfico 139 Número de agentes de autoridade por cada 1000 habitantes 189 8

9 Índice de Tabelas Pág. Tabela 1 População residente por sexo/freguesia 21 Tabela 2 População residente no concelho de Viseu por nível de instrução 24 Tabela 3 Densidade populacional do concelho de Viseu por freguesia 26 Tabela 4 Número de imigrantes residentes no concelho de Viseu segundo a sua proveniência 28 Tabela 5 Número de famílias clássicas segundo a sua dimensão (número de pessoas) 30 Tabela 6 Taxa de natalidade, mortalidade e de mortalidade Infantil no quinquénio 2002/2006 no concelho de Viseu 32 Tabela 7 Nascimentos e óbitos por freguesia 34 Tabela 8 Taxa de nupcialidade e de divórcio a nível concelhio em Tabela 9 Índice de dependência total no concelho de Viseu 38 Tabela 10 População residente, por nível de instrução e freguesia de residência 42 Tabela 11 Caracterização geral da rede de equipamentos escolares 43 Tabela 12 Taxa de desemprego por local de residência 67 Tabela 13 Variação do número de desempregados do concelho de Viseu inscritos no Centro de Emprego de Viseu por género, tempo de inscrição e situação face ao 70 emprego entre Março de 2007, 2008 e 2009 Tabela 14 Desemprego por grupo etário entre Março de 2007, 2008 e Tabela 15 Desemprego por nível de escolaridade entre Março de 2007, 2008 e Tabela 16 Dados estatísticos sobre o microcrédito no concelho de Viseu desde Tabela 17 Taxa de emprego por local de residência em Tabela 18 População empregada por local de residência e sector de actividade 76 Tabela 19 Trabalhadores por conta de outrem por sexo e sector de actividade em Tabela 20 Indicadores das empresas em Viseu em Tabela 21 Número de empresas em Viseu segundo a CAE em Tabela 22 Empresas segundo escalão de pessoal ao serviço em Viseu em Tabela 23 Distribuição do número de respostas sociais pelas freguesias do concelho de Viseu 84 Tabela 24 Serviços e equipamentos existentes em Viseu, por área de intervenção, população-alvo e número existente no concelho 94 Tabela 25 Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe, Tabela 26 Evolução do nº de cidadãos estrangeiros registados na Delegação Regional de Viseu do SEF em 2006 e Tabela 27 Número de pessoas abrangidas pelo Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados 124 Tabela 28 Distribuição do nº de crianças e jovens com alterações das funções do corpo, segundo o nível de ensino e o sexo 133 Tabela 29 Distribuição do nº de alunos de EEE por sexo e tipo de deficiência 135 Tabela 30 Distribuição dos formandos por tipo de deficiência, sexo e idade 136 Tabela 31 Distribuição do nº de clientes que frequentam lar de apoio, por tipo de deficiência e sexo 140 Tabela 32 Distribuição das pessoas com deficiência, no domicilio, com resposta de (re)habilitação, por escalão etário, sexo e tipo de deficiência 141 Tabela 33 Número de alojamentos por freguesia 146 Tabela 34 Tipos de alojamento por freguesia 147 Tabela 35 Proporção de alojamentos sobrelotados por localização geográfica 149 Tabela 36 Proporção de alojamentos familiares sem pelo menos uma infra-estrutura básica por freguesia 151 Tabela 37 Proporção de alojamentos clássicos arrendados ou subarrendados por freguesia 152 Tabela 38 Proporção da população residente em alojamentos familiares não clássicos por freguesia 154 Tabela 39 Proporção de edifícios muito degradados por freguesia 155 Tabela 40 Número de fogos, famílias e tipo de vinculação em habitação social por freguesia 158 Tabela 41 Distribuição dos casos e mortes por HIV/Sida segundo a residência (01/01/ /12/2008) 178 Índice de Figuras e Listas Pág. Figura 1 Freguesias do concelho de Viseu 14 Figura 2 Densidade populacional do concelho de Viseu por freguesia 27 Figura 3 Distribuição espacial dos equipamentos sociais por freguesia 83 Figura 4 Distribuição espacial das respostas sociais por população-alvo 85 Figura 5 Distribuição espacial das respostas sociais para crianças e jovens, Figura 6 Distribuição espacial das respostas sociais para idosos, Figura 7 Distribuição espacial das respostas sociais para crianças, jovens e adultos com deficiência, Figura 8 Distribuição espacial das respostas sociais para a família e comunidade, Figura 9 Taxa de variação dos alojamentos entre o período de referência por freguesias 153 Lista 1 Oferta formativa dos cursos EFA 63 Lista 2 Oferta de cursos em Sistema de Formação Alternância-aprendizagem 64 Lista 3 Oferta de cursos de educação e formação para jovens 64 Lista 4 Aprovações de projectos de microcrédito em Viseu por ano e áreas de negócio 73 Lista 5 Principais problemáticas detectadas nos processos instaurados por escalão etário e frequência das mesmas 109 9

10 10

11 INTRODUÇÃO Tendo como objectivo a atenuação da pobreza e exclusão social e a promoção do desenvolvimento social, o Programa da Rede Social, emergente da Resolução de Conselho de Ministros nº 197/97, de 18 de Novembro, complementada pelo Decreto-Lei nº 115/06, de 14 de Julho, pretendia acabar com a lógica de trabalho parcelar e compartimentado, que vinha caracterizando a maior parte das intervenções na prevenção e combate à pobreza e exclusão social, e incentivar o desenvolvimento de uma dinâmica de entreajuda, colaboração e articulação entre as várias instituições públicas e privadas, localizadas nas diversas regiões do país e que actuam no domínio do social. Nesse contexto, surge a implementação do referido Programa no concelho de Viseu, com o qual se pretende mobilizar, fortalecer e capacitar as diversas entidades intervenientes, para desenvolver acções que visem a melhoria das condições de vida da população que reside na região, aproximando e integrando os vários protagonistas da sociedade, incentivando-os para participarem na elaboração e execução de projectos e acções sociais, que sejam inovadoras e sustentadas. Assim, constituiu-se em 12 de Junho de 2008, o Conselho Local de Acção Social de Viseu (CLASV), formado inicialmente por 89 entidades públicas e privadas (passando a sua constituição actual a 95), que em sessão plenária definiu o seu Núcleo Executivo, entidade operativa da Rede Social do concelho e representativa do CLASV, formado por 5 entidades (Câmara Municipal de Viseu, Centro Distrital de Viseu - ISS, IP, Caritas Diocesana de Viseu, Delegação de Viseu - Cruz Vermelha Portuguesa, União Distrital das IPSS) ao qual compete, de entre as várias atribuições regulamentares, a elaboração do Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu, documento que pretende ser a primeira identificação dos recursos humanos e materiais existentes, bem como aquilatar das necessidades, problemas e centros de interesse da população da região, permitindo assim uma melhor caracterização e conhecimento da realidade social do concelho, nas diferentes áreas temáticas a abordar: Demografia e População; Educação/Formação e Qualificação Profissional; Emprego/Desemprego; Equipamentos e Respostas Sociais; Grupos em Situação de Vulnerabilidade; Habitação/Condições de Habitabilidade; Saúde; Criminalidade e Segurança. A metodologia utilizada para a sua elaboração assentou numa recolha alargada da informação estatística disponível em documentos oficiais e/ou fornecida pelos parceiros sociais do CLASV relativamente aos serviços a que estão afectos, correspondente às várias áreas temáticas 11

12 indicadas, a qual, depois de previamente analisada e tratada, é agora disponibilizada, também numa abordagem estatística, que se pretende de fácil leitura e compreensão. Os principais resultados esperados deste trabalho, residem na expectativa de que o mesmo, por um lado, indique os diversos elementos sociais que caracterizam o nosso concelho e nos forneça, desde já, um conhecimento sólido da realidade sobre a qual queremos intervir, por outro e simultaneamente, que sirva de factor de sensibilização dos parceiros sociais do CLASV, para as principais problemáticas do concelho na matéria em causa, de forma a obtermos, em conjunto, respostas ajustadas e necessárias, tendo em vista o seu desenvolvimento social. Entenda-se que neste Pré - Diagnóstico se faz uma recolha já antes produzida, com base em dados estatísticos das entidades competentes para os obter, mas também de dados obtidos no contexto dos grupos de trabalho que entretanto se formaram e cujas entidades disponibilizaram dados internos que vieram a ser muito úteis para uma maior complexidade e pormenorização dos dados. Note-se que não estamos em presença de um conjunto de dados estanque, mas de um documento que irá ser trabalhado para uma posterior elaboração do diagnóstico social. Finalmente, agradece-se a colaboração daqueles que participaram na elaboração deste estudo, recordando contudo, que o processo de implementação do Programa da Rede Social ainda se encontra longe da sua concretização efectiva, pelo que se continua a solicitar, a todos os parceiros sociais, um esforço redobrado de participação e colaboração. Considera-se, no entanto, que esse esforço irá representar, certamente, uma mais-valia para o concelho de Viseu, daí resultando um desenvolvimento efectivo e um aumento qualitativo na intervenção social a nível de toda a sua região. 12

13 Caracterização Geral do Concelho de Viseu 13

14 Preâmbulo Concelho localizado na província da Beira Alta com sede na cidade de Viseu, capital do distrito com o mesmo nome e uma população residente de habitantes, segundo os últimos Censos realizados em Fica situado num extenso planalto, a uma altitude média de 494 m. O concelho possui uma área de aproximadamente 507,1 km 2 e engloba 34 freguesias: Abraveses, Barreiros, Boa Aldeia, Bodiosa, Calde, Campo, Cavernães, Cepões, Coração de Jesus (Viseu), Côta, Couto de Baixo, Couto de Cima, Faíl, Farminhão, Fragosela, Lordosa, Silgueiros, Mundão, Orgens, Povolide, Ranhados, Ribafeita, Rio de Loba, Santa Maria (Viseu), Santos Evos, São Cipriano, São João de Lourosa, São José (Viseu), São Pedro de France, São Salvador, Torredeita, Vil de Souto, Vila Chã de Sá e Repeses. Figura 1 Freguesias do concelho de Viseu Fonte: Câmara Municipal de Viseu 14

15 As freguesias do Concelho são divididas, segundo definição do Instituto Nacional de Estatística (INE), em Freguesias Urbanas, Periurbanas e Rurais. Freguesias urbanas são freguesias que contêm uma densidade populacional superior a 500 h/km² ou que integrem um lugar com população residente superior ou igual a habitantes (Coração de Jesus, Santa Maria e São José). Freguesias periurbanas são freguesias que possuem densidade populacional superior a 100 h/km² e inferior ou igual a 500 h/km², ou que integrem um lugar com população residente superior ou igual a habitantes e inferior a habitantes (Abraveses, Rio de Loba, Bodiosa, Campo, Fragosela, Silgueiros, Orgens, Ranhados, São João de Lourosa, São Salvador e Repeses). Freguesias rurais são freguesias que possuem densidade populacional inferior a 100 h/km2, ou que integrem um lugar com população residente inferior a habitantes (Barreiros, Boaldeia, Calde, Cavernães, Cepões, Côta, Couto de Baixo, Couto de Cima, Faíl, Farminhão, Lordosa, Mundão, Povolide, Ribafeita, Santos Evos, São Cipriano, São Pedro de France, Torredeita, Vil de Soito e Vila Chã de Sá). História Segundo os vestígios, a povoação da época neolítica, que deu origem a Viseu, nasceu no alto do monte, através de um núcleo castrejo ou posição fortificada, onde actualmente se situa a Sé Catedral. Foi durante a ocupação romana que Viseu se tornou cidade, capital de um vasto território e importante centro de comunicações. Desta altura restam, ainda hoje, o invulgar monumento romano, a Cava de Viriato, mas também vestígios de troços de muralhas. Assim, até ao século XII a população concentrou-se na parte mais baixa onde assentou uma muralha romana. A causa deste povoamento é provável que tivesse resultado das importantes vias que nesta zona se cruzavam. Esta posição geográfica face a outros pontos estratégicos fez de Viseu um dos locais mais cobiçados. No período da monarquia suévico-visigótica a cidade já tinha provavelmente alguma importância, daí tornar-se sede de bispado. Data de 569 (Sínodo de Braga), o primeiro documento assinado por um bispo de Viseu. Após a invasão árabe e com as lutas da reconquista foi alvo de sucessivos e constantes ataques, que provocaram a sua inevitável destruição económica e urbana. Teria sido conquistada pelo monarca asturiano Afonso 15

16 I, mas abandonada. No século IX, reconquistada de novo por Afonso III e no final do século X caiu de novo nas mãos dos muçulmanos por Almançor. Só em 1057 foi definitivamente reconquistada por Fernando Magno. Aqui viveu S. Teotónio entre 1112 e Nos princípios do século XII e com a fundação do Condado Portucalense, Viseu ficou pertença dos condes D. Henrique e D. Teresa. Foram eles que mandaram reerguer a Sé Catedral parcialmente destruída. Mais tarde e já viúva, D. Teresa concedeu-lhe carta de foral em 1123, diploma revelador de evidente desenvolvimento marcado pelas referências a mercadores e à fruição de certas imunidades. É a esse ano, em 1123, e a esse foral, que remonta a data da fundação do concelho de Viseu. Anos mais tarde, D. Sancho I confirma o foral aludindo a uma outra confirmação por parte de D. Afonso Henriques, outorgando novos benefícios aos moradores, mas também por se referir a certo núcleo citadino que denomina de cidade velha, distinguindoa claramente de uma ampliação urbanística. Entre os séculos XIV e XVI a parte alta da cidade torna-se o verdadeiro centro do desenvolvimento e tem grande importância a colónia judaica estabelecida na cidade. Em 1392 D. João I criou a primeira Feira Franca anual de Viseu, importante centro de poder económico e de encontros da região. Alguns anos mais tarde é, em Viseu, que D. João I faz duque e alcaide-mor da cidade o Infante D. Henrique. E é também D. João I que manda edificar novas muralhas que só abarcarão completamente a cidade no reinado de D. Afonso V. No século XVI foi fundada, na cidade, a Escola de Pintura de Grão Vasco (Vasco Fernandes), considerado na época, um dos pintores mais importantes de Portugal. Do século XVII até meados do século XIX, a cidade de Viseu sofreu uma grande expansão no que diz respeito à construção de obras arquitectónicas de grande valor patrimonial - foram "anos de ouro" para a região. Com a construção do edifício da câmara municipal no século XIX, no rossio, deu-se um novo centro à cidade, o qual anteriormente se encontrava na parte alta. Daí até aos nossos dias, a cidade tem crescido à volta desse centro, alargando-se exponencialmente pela sua periferia. 16

17 Património Considerada uma das mais equilibradas e preservadas cidades de Portugal, Viseu mantém, ainda hoje, um conjunto arquitectónico de inúmeros e singulares monumentos. O seu património monumental e artístico é riquíssimo, o que se encontra bem patente na zona histórica da cidade e em alguns monumentos disseminados pelo concelho. A começar pela Sé, um dos mais belos monumentos religiosos do País, apesar da mistura de vários estilos gótico, manuelino e barroco em resultado das várias obras de que foi objecto ao longo dos séculos. Admiráveis são também as igrejas de S. Francisco, Terceiros, Carmo, Misericórdia e Via-Sacra. O Museu de Grão Vasco, instalado no antigo Paço Episcopal e recheado de obras do artista que lhe deu o nome, é uma das principais galerias de pintura do País. A Cava de Viriato, tosca fortificação que faz parte da história da Lusitânia, a porta do Arco ou dos Cavaleiros, a porta de Soar ou Arco dos Melos, a Casa das Bocas, a Casa do Miradouro, a Casa dos Condes de Prime, a Casa e Quinta de S. Miguel e tantos outros edifícios da zona histórica são outros tantos testemunhos da antiguidade e importância da cidade, bem como do concelho. 17

18 Capítulo Demografia e População 18

19 Capítulo I Demografia e População A demografia é a ciência que estuda a dinâmica populacional humana. A forma mais antiga e também mais directa de conhecer o número de pessoas que, em dado momento, habitam um determinado território, consiste em realizar, literalmente, uma contagem, através duma inquirição exaustiva (habitualmente denominada recenseamento ou censo dos indivíduos), facto que ocorre oficialmente de dez em dez anos. Entendendo-se por população, segundo o INE, o conjunto de seres vivos da mesma espécie num certo espaço e em determinado tempo, é facilmente reconhecível que os vários aspectos demográficos sempre foram alvo de preocupações, principalmente, por parte dos responsáveis pelo poder, (político, económico, entre outros). Na medida em que a população vai sofrendo substanciais transformações de ordem quantitativa e qualitativa, as contradições socioeconómicas inter e intra sociedades tornam-se cada vez mais evidentes. A Europa sofre presentemente um conjunto de profundas alterações demográficas, merecedoras de um amplo debate em torno das consequências e dos desafios futuros que se colocam aos países, e até ao poder local, concretamente em matéria de novas políticas a adoptar. A maior longevidade, decorrente de progressos consideráveis na saúde e condições de vida, e a redução das taxas de natalidade e de fecundidade, contribuem, sob efeito conjugado, para a tendência de envelhecimento demográfico nas sociedades contemporâneas, fenómeno este com tendência a intensificar-se nas próximas décadas. É de salientar que esta conjuntura acarreta consequências sobretudo ao nível dos sistemas de segurança social, bem como ao nível do financiamento do sistema de saúde, já que as necessidades em cuidados médicos serão cada vez mais acentuadas. Por seu turno, a sociedade assiste actualmente a importantes transformações estruturais, as famílias evoluem e as transições entre as diferentes fases do ciclo da vida são cada vez mais complexas, exigindo aos órgãos do poder competentes uma maior atenção a toda esta dinâmica. Assim, a fim de proceder à caracterização demográfica do concelho de Viseu, nesta etapa de pré-diagnóstico, recorreu-se exclusivamente a informação disponibilizada pelo INE, concretamente foram consultados os resultados dos Censos de 1991, 2001 e o Anuário 19

20 Estatístico da Região Centro publicado em 2007, numa tentativa de analisar a evolução e caracterização actual da população residente no concelho de Viseu, apesar desta última publicação só conter dados globais. População residente Considera-se população residente as pessoas que, independentemente de no momento de observação (zero horas do dia de referência) estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí habitam parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres. Relativamente à população do concelho de Viseu, e de acordo com os Censos de 2001 do INE, regista-se um total de população residente no concelho de indivíduos (tabela 1). Em comparação com a região de Dão Lafões (NUT III), na qual se regista um total de indivíduos residentes, conclui-se que 32,7% da população desta reside no concelho de Viseu. Tem-se constatado, ao longo dos últimos 10 anos, um crescimento populacional, o que explica o aumento da área urbanizada, sendo este fenómeno comum a todo o território português. 20

21 Tabela 1 População residente por sexo/freguesia Freguesias População Residente (N) Período de referência dos dados: 2001 Masculino Feminino Total Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE (Censos, 2001) 21

22 Analisando a tabela 1, verificamos que as freguesias com maior número de população residente são as que se situam no perímetro urbano, ou relativamente perto dele, designadamente Coração de Jesus, Rio de Loba, Abraveses, Santa Maria de Viseu e São José. No que concerne às freguesias com menor número de população residente, observa-se que as mesmas se inserem no meio rural do concelho, nomeadamente Barreiros e Boa Aldeia, com 334 e 589 residentes respectivamente. É de destacar ainda o número elevado da população de Abraveses (8 046), freguesia periurbana que possui limites tanto em zonas estritamente rurais como bastante perto do centro urbano. Gráfico 1 Evolução da população residente no concelho de Viseu entre 2001 e 2007 Fonte: INE Conforme é possível constatar no gráfico 1, registou-se um crescimento populacional de 5,47%, entre 2001 e 2007 no concelho de Viseu. Gráfico 2 População residente no concelho de Viseu por sexo Fonte: INE (Censos, 2001) 22

23 O gráfico 2 mostra que a população feminina representa a maioria da população residente no concelho de Viseu, com 52%, enquanto que a população masculina representa 48% da população total. Viseu não contraria a regra geral do território nacional, na tendência para o número predominante de sujeitos do sexo feminino. Gráficos 3, 4 e 5 População residente no concelho de Viseu, por grupos etários >> 1991 >> 2001 >> 2007 Fonte: INE (XII e XIV Recenseamento Geral da População Censos 1991 e 2001; Anuário Estatístico 2007) A observação dos gráficos 3, 4 e 5 permite concluir que, no que respeita à estrutura etária da população, o concelho apresenta uma pirâmide etária alargada no grupo dos anos de idade, representando estes 52% da população à data dos últimos Censos. No que respeita ao grupo mais jovem (0-14 anos) a evolução foi negativa entre os Censos de 1991 e 2001, a par da tendência positiva de crescimento da população do grupo etário mais velho (65 e mais anos). Podemos verificar que a maioria da população residente no concelho de Viseu se situa no grupo etário dos anos, sendo que o envelhecimento da população no concelho tem vindo a acentuar-se, com a diminuição da população jovem e o aumento da população idosa. Serão mantidas, ou mesmo acentuar-se-ão, as diferenças entre géneros com níveis de envelhecimento mais significativos nas mulheres, tendo como consequência na população o reforço da sua importância relativa e a sua tendência de envelhecimento, acentuando-se a feminização. 23

24 A estrutura etária da população, tanto a nível concelhio como nacional, continuará a sofrer alterações nos próximos anos, sendo previsível que a população idosa ultrapasse, em número, a população jovem entre 2010 e Contudo, na presente data é possível afirmar que esta ainda ultrapassa em número a população idosa. Tabela 2 População residente no concelho de Viseu por nível de instrução Nível de Instrução N.º de Indivíduos Nenhum Nível de Instrução 1º.Ciclo do Ensino Básico População Residente por Nível de Instrução 2º.Ciclo do 3.ºCiclo do Ensino Ensino Ensino Secundário Básico Básico Ensino Médio Ensino Superior Analfabetos com 10 ou mais anos % 11% 26% 14% 14% 11% 1% 8% 15% Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) De acordo com a tabela, (54%) indivíduos residentes no concelho de Viseu possuem o grau de ensino básico, distribuídos pelo 1.º, 2.º e 3.ºciclos, sendo de salientar que o segundo nível de instrução representado por mais indivíduos é o ensino secundário com 11%. O ensino superior é representado por 8% da população. Contrastando com os dados anteriores, 15% da população é analfabeta e habitantes não possuem qualquer nível de instrução, o que a corresponde 11% da população total. Gráfico 6 População por nível de instrução no concelho de Viseu Fonte: INE (Censos, 2001) Outro dado importante a referir é a diminuição da taxa de analfabetismo, que à data dos Censos de 1991 apresentava valores na ordem dos 12,1%, enquanto que em 2001 se situava nos 9,1%. 1 Conforme os dados publicados pelo INE Censos

25 Gráfico 7 Variação da população residente no concelho de Viseu entre 2001 e 2007 por escalão etário Fonte: INE Entende-se por variação populacional a diferença entre os efectivos populacionais em dois momentos do tempo. O gráfico 7 mostra que a variação da população residente no concelho de Viseu entre 2001 e 2007 teve um saldo positivo de 5,47%, passando de para habitantes. Realce-se no entanto que a população acima dos 25 anos foi aquela que mais contribuiu para que se tenha assistido a uma variação positiva da população residente, com o escalão etário dos 25 aos 65 anos com 10,80% e o escalão dos 65 ou mais anos com 14,70%. A observação do gráfico 7 permite ainda concluir que existe uma evolução negativa significativa num dos escalões mais jovens, dos 15 aos 24 anos, e contrariamente, uma tendência positiva de crescimento da população nos grupos etários mais velhos. Este facto é corroborado pelo aumento do índice de envelhecimento, ao longo do período em análise. 25

26 Tabela 3 Densidade populacional do concelho de Viseu por freguesia Freguesias Densidade Populacional Área Total Período de referência dos dados: 2001 Habitantes/km 2 km 2 Abraveses ,95 Barreiros 55,6 5,19 Boa Aldeia 69,27 8,22 Bodiosa 122,46 25,6 Calde 46,98 38,36 Campo 268,33 15,48 Cavernães 111,91 14,13 Cepões 46,88 27,5 Coração de Jesus (Viseu) 3 734,2 2,27 Côta 30,83 40,5 Couto de Baixo 69,22 11,2 Couto de Cima 67,42 13,02 Faíl 115,15 6,92 Farminhão 71,71 10,72 Fragosela 201,83 10,82 Lordosa 84,44 23,26 Mundão 117,88 15,79 Orgens 388,9 10,53 Povolide 94,18 20,22 Ranhados 640,86 6,58 Repeses 575,25 5,02 Ribafeita 80,64 18,59 Rio de Loba 473,59 15,74 Santa Maria (Viseu) 2 032,81 3,57 Santos Evos 138,48 12,43 São Cipriano 106,04 12,57 São João de Lourosa 165,97 24,3 São José (Viseu) 1 384,3 3,95 São Pedro de France 77,38 18,64 São Salvador 477,55 5,07 Silgueiros 99,24 36,86 Torredeita 92,66 15,72 Vil de Souto 87,6 8,11 Vila Chã de Sá 201,07 8,37 Viseu (Concelho) 184,37 507,2 Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) 26

27 Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu Relativamente à densidade populacional, a tabela 3 indica que a freguesia com mais habitantes por km² é a de Coração de Jesus (Viseu) com 3 734,2. A freguesia com menor densidade é Côta com 30,83 habitantes por km², sendo também, a freguesia com maior área, com 40,5 km² e a freguesia com menor área é Coração de Jesus com apenas 2,27 km². No concelho de Viseu a densidade populacional é de 184,37 habitantes por km². Atentando na figura seguinte, é possível afirmar que quanto mais distante do centro urbano menor é a concentração de habitantes por km². Figura 2 Densidade populacional do concelho de Viseu por freguesia Fonte: Câmara Municipal de Viseu 27

28 Imigrantes residentes Tabela 4 Número de imigrantes residentes no concelho de Viseu, segundo a sua proveniência Proveniência Número de Imigrantes Período de referência dos dados: 2001 Total % Homens Mulheres Outro concelho ,7 Estrangeiro ,2 Total ,9 Fonte: INE (Censos, 2001) Segundo a tabela 4, o número de imigrantes residentes no concelho de Viseu é de 2 690, sendo que deste total são provenientes do estrangeiro e são oriundos de outro concelho. Constata-se ainda que os imigrantes residentes correspondem a 2,9% da população total. Apesar de fazermos referência a estes dados a realidade é actualmente muito diferente, conforme podemos constatar pela análise dos dados apresentados no Capitulo V «Grupos em Situação de Vulnerabilidade». Caracterização das Famílias no Concelho de Viseu O concelho de Viseu congrega um total de famílias clássicas residentes, as quais se distribuem em agregados com diversas dimensões. Ao dividir o número da população total residente no concelho pelo valor correspondente ao total de famílias, encontramos o valor do número médio de elementos por família de três pessoas. 28

29 Tipologia das famílias residentes Gráfico 8 Número de famílias residentes no concelho de Viseu segundo a tipologia Fonte: INE (Censos, 2001) De acordo com o gráfico 8, no concelho de Viseu, residem famílias, das quais são clássicas e 37 são institucionais. Famílias clássicas por freguesias segundo a sua dimensão Analisando a tabela 5, verifica-se que nas freguesias consideradas rurais, nomeadamente Silgueiros, Rio de Loba, Campo, Bodiosa e São João de Lourosa as famílias com 5 ou mais elementos são em número elevado tendo em consideração o número total da população residente nas mesmas. O maior número de famílias a residir no concelho têm 2 a 4 elementos. É de salientar o número significativo de famílias constituídas por um elemento, sendo que estas residem maioritariamente em freguesias urbanas. 29

30 Tabela 5 Número de famílias clássicas segundo a sua dimensão (número de pessoas) Freguesias 1 pessoa Período de referência dos dados: pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 ou mais pessoas Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa Silgueiros São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total % Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) 30

31 Gráfico 9 Famílias clássicas segundo a sua dimensão (pessoas residentes) Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) A partir do gráfico 9, é possível verificar uma incidência significativa de famílias cujo agregado compreende entre dois e quatro elementos, revelando que a maior percentagem (27%) pertence às famílias constituídas por dois elementos, seguida das famílias constituídas por três e quatro elementos que representam, respectivamente 25% e 22%, do total. Famílias monoparentais no concelho de Viseu Segundo os Censos 2001, existem famílias monoparentais, que correspondem a 9% do total das famílias residentes no concelho de Viseu. Núcleos familiares residentes no concelho de Viseu Existem famílias com um núcleo familiar, de entre as quais são constituídas pelo casal e pelos filhos. Podemos observar, ainda, que existem famílias com dois núcleos e 128 famílias com três ou mais núcleos. 31

32 Gráfico 10 Núcleos familiares residentes no concelho de Viseu Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) Outros Indicadores relativos à população do concelho de Viseu Neste ponto, entende-se que é pertinente dar a conhecer outros indicadores da população do concelho, nomeadamente relativos à taxa de natalidade, mortalidade, mortalidade infantil, nascimentos, óbitos, taxa de nupcialidade e taxa de divórcio, entre outros. Tabela 6 Taxas de natalidade, mortalidade e de mortalidade infantil no quinquénio 2002/2006 no concelho de Viseu Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Mortalidade Infantil no quinquénio 2002/ ,5 3,5 Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro, 2007 Segundo a tabela 6, a taxa de natalidade no concelho de Viseu excede a de mortalidade, no mesmo período, em 0,5, não incluindo a taxa de mortalidade infantil e apresentando os seguintes valores 10, para a taxa de natalidade e 9,5 para a taxa de mortalidade. A taxa de mortalidade infantil atinge o valor de 3,5. 32

33 Ao nível da estrutura etária verificaram-se algumas transformações na composição da população do concelho decorrentes sobretudo da quebra da natalidade, já que a taxa de natalidade, em 2001 era de 12,3, segundo os censos 2001, passando a ser de 10 no ano de Esta dinâmica traduz-se na diminuição da população em idade activa e no aumento do número de idosos. Número de nascimentos e de óbitos por freguesia Na tabela 7, verifica-se que o total de nascimentos ao nível concelhio é ligeiramente superior ao número de óbitos. Contudo, é significativo o número de freguesias em que os óbitos são superiores aos nascimentos. 33

34 Tabela 7 Nascimentos e óbitos por freguesia Freguesias Nascimentos Óbitos Período de referência dos dados: 2001 Masculino Feminino Masculino Feminino Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE (Estatísticas Demográficas, 2001) 34

35 Gráfico 11 Nascimentos e óbitos por sexo Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos de 2001; Estatísticas Demográficas) É ainda curioso destacar que relativamente aos sexos o número de nascimentos e óbitos é directamente inverso: nascem mais indivíduos do sexo feminino e morrem mais do sexo masculino Gráfico 12 Nados vivos, óbitos e saldo fisiológico no concelho de Viseu Fonte: INE (Censos 2001) 35

36 Através do gráfico 12 é possível constatar que, em 2007, o saldo fisiológico atingiu o seu valor mais baixo (55), contrastando com o valor consideravelmente mais alto que possuía em Nestes seis anos evidencia-se a regressão do crescimento natural, assistindo-se a uma gradual diminuição ( ), sem nunca atingir valores tão altos como os registados em Pode ser, igualmente, observado o registo de uma diminuição de nados vivos no período , sendo que este decréscimo se torna mais significativo em Ao invés, o número de óbitos sofreu um aumento, algo gradual, durante este mesmo período. Taxa de nupcialidade e de divórcio Tabela 8 Taxa de nupcialidade e de divórcio a nível concelhio Taxa de Nupcialidade Taxa de Divórcio Período de referência dos dados: ,6 2,2 Fonte: INE (Estatísticas Demográficas, 2006) Relativamente à taxa de nupcialidade e de divórcio, a tabela 8 é bastante explicita, salientandose o facto de que no mesmo período ocorreram mais do dobro de casamentos do que de divórcios. 36

37 Gráfico 13 Casamentos dissolvidos e causa de dissolução Fonte: INE (Estatísticas Demográficas, 2006) No que concerne à causa de dissolução dos casamentos, prevalece a dissolução por morte (407). Índice de envelhecimento Gráfico 14 Índice de envelhecimento no concelho de Viseu entre Fonte: INE (Estimativas Anuais da População Residente) O índice de envelhecimento demográfico, que mede a relação entre a população idosa e a população jovem (com menos de 15 anos), aumentou entre 1991 e 2008 de um total de 62 para 105 idosos por cada 100 jovens. O aumento da população mais idosa é, como observamos, um traço característico da evolução demográfica. 37

38 Índice de dependência de jovens e de idosos Os índices de dependência de idosos e de jovens referem-se à relação entre estas populações, respectivamente, e a população em idade activa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, isto no caso dos idosos, e no que se refere aos jovens, o quociente define-se entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos. Tabela 9 Índice de dependência total no concelho de Viseu Índice de Dependência Total Dependência de Idosos 22,20% Dependência de Jovens 24,80% Total 47,00% Fonte: INE (XIV Recenseamento Geral da População Censos 2001) No concelho de Viseu, o índice de dependência total é de 47%, sendo a dependência de idosos de 22,2% e a de jovens de 24,8% (Tabela 9). Tendo em consideração o facto de que o grupo com 65 ou mais anos tende a aumentar de peso, relativamente à população residente na faixa etária dos 15 aos 64 anos, apesar dos valores supramencionados, é notório que cada vez mais irá existir maior significância da dependência idosa, em relação à dependência jovem. Ambos os índices de dependência parecem acompanhar, e reflectem, as actuais tendências demográficas, o declínio da natalidade e a estagnação da mortalidade, com o consequente aumento do envelhecimento. 38

39 Capítulo Educação / Formação e Qualificação Profissional 39

40 Capítulo II Educação / Formação e Qualificação Profissional A democratização do ensino e do acesso à formação e qualificação profissional é uma forma evidente de evolução e de maior justiça social nas sociedades contemporâneas. A educação / formação e qualificação profissional ao englobarem os processos de ensino - aprendizagem, constituem um fenómeno transversal na nossa sociedade, sendo fundamentais enquanto propulsores dos processos de socialização e de endoculturação através da assimilação de conhecimentos, valores e experiências. Nas suas diferentes vertentes tornam-se sólidos pilares na construção de uma sociedade, dotando os seus intervenientes de um maior conhecimento e de mais competências pessoais, sociais e profissionais essenciais numa sociedade com uma dinâmica e uma estrutura bastante complexa e em constante mutação e com novos desafios para os seus actores sociais. Neste capítulo falamos da educação formal que ocorre nos espaços escolarizados desde a educação infantil às pós-graduações. A formação e a qualificação profissional por serem também importantes como factores de integração e de desenvolvimento sócio-profissional do indivíduo, serão abordadas neste capítulo através da análise de alguns indicadores relativos à sua dimensão concelhia. Neste capítulo, em termos metodológicos, não só se optou por uma abordagem baseada na recolha de informação de diferentes fontes locais e nacionais como também se privilegiou uma componente empírica, nomeadamente através de reuniões de trabalho e posterior troca de informação, onde se envolveram Técnicos dos Agrupamentos de Escolas, Câmara Municipal Gabinete de Educação, IEFP Centro de Formação Profissional e representante do Instituto Jean Piaget. Níveis de ensino e formação da população residente Os níveis de instrução da população residente no concelho de Viseu caracterizam-se sobretudo por um elevado número de indivíduos que não possuem mais do que o 1º Ciclo do Ensino Básico (gráfico 15). 40

41 Gráfico 15 Níveis de instrução da população residente segundo o sexo Fonte: INE (Censos, 2001) Outra regularidade observada no gráfico 15 radica numa certa paridade dos sexos em qualquer nível de ensino, à excepção dos itens em que mais mulheres não possuem qualquer certificado de escolaridade e em que mais mulheres adquirem escolaridade de nível superior. Gráfico 16 Evolução da taxa de analfabetismo Fonte: INE (Censos, 2001) Os dados apresentados no gráfico anterior referem-se aos censos de 1991 e 2001 e destes podemos retirar que, no primeiro, a taxa de analfabetismo no concelho apresentava-se inferior à Região Dão Lafões NUT III, contudo superior à do país. Em 2001, sofreu um decréscimo que a aproximou do país, continuando a registar valores inferiores ao da unidade territorial em análise. Com base no investimento que tem sido efectuado no âmbito de iniciativas que visam combater esta patologia social (nomeadamente através de Cursos de Alfabetização, Educação e Formação de Adultos, entre outros) podemos inferir que, a taxa de analfabetismo tenha 41

42 diminuído no concelho de Viseu. Contudo, voltamos a sublinhar que se trata de uma proposição assente em expectativas e não em dados cientificamente comprovados. Tabela 10 População residente, por nível de instrução e freguesia de residência Freguesias Sem nível de 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino secundário Ensino médio Ensino superior Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl Farminhão Fragosela Lordosa Silgueiros Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos S. Cipriano S. João de Lourosa S. José (Viseu) S. Pedro de France S. Salvador Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE (Censos, 2001) 42

43 Tabela 11 Caracterização geral da rede de equipamentos escolares Serviços e Equipamentos Pré-escolar 1º CEB 2º CEB 3º CEB Secundário PCA CEF PIEF Agrup. de Escolas de Abraveses Agrup. de Escolas de Grão Vasco Agrup. de Escolas de Marzovelos Agrup. de Escolas de Silgueiros Agrup. de Escolas de Vil de Soito Agrup. de Escolas do Infante D. Henrique Agrup. de Escolas do Mundão Agrup. de Escolas do Viso Agrup. de Escolas João de Deus Escola Secundária Alves Martins Escola Secundária de Viriato Escola Secundária Emídio Navarro Colégio Imaculada Conceição Colégio Via Sacra Escola Básica Integrada e Secundária Jean Piaget Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu 43

44 Rede de equipamentos escolares Rede Pública Gráfico 17 Número de estabelecimentos de ensino, por nível de ensino Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu Existem no concelho de Viseu 58 jardins-de-infância e 81 Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Estatal distribuídos pelos 8 agrupamentos de escolas (gráficos 17 e 18). Ao nível de Escolas do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico existem 8 (como sede de Agrupamentos) e de Escolas Secundárias existem 3 (gráfico 17). Gráfico 18 Número de jardins-de-infância e escolas do 1ºCEB de Viseu, por agrupamento de escolas Fonte: Equipa de Apoio às Escolas - Viseu 44

45 Rede particular e corporativa No âmbito da rede particular e corporativa existem, no concelho de Viseu, 4 estabelecimentos de ensino. São eles: Jardim-escola João de Deus (Pré-escolar e 1º CEB); Colégio da Imaculada Conceição (3º CEB); Colégio da Via Sacra (2º e 3º CEB); Escola Básica Integrada e Secundária Jean Piaget (1º, 2º e 3º CEB). Condições da rede de equipamentos escolares Salas e gabinetes Gráfico 19 Número de sala de aulas e de apoio Fonte: Agrupamentos de Escolas, Escolas Privadas, EAE 45

46 Nos agrupamentos de Escolas Agrupadas, Secundárias e Particulares, temos 645 salas de aula e 164 gabinetes de apoio (Rácio, 23 alunos /sala). Refeitório Nos Agrupamentos de Escolas Agrupadas, Secundárias e Particulares e após auscultar os respectivos Conselhos Executivos, verificou-se que todos os 31 refeitórios existentes no concelho de Viseu têm condições físicas e de higiene. Gráfico 20 Número de refeitórios Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Pavilhões Gimnodesportivos Nos Agrupamentos de Escolas Agrupadas, Secundárias e Particulares, existem 15 pavilhões gimnodesportivos que oferecem condições à prática de Educação Física. Contudo, sublinha-se que o pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária de Viriato não apresenta condições de segurança para a prática da referida disciplina (gráfico 21). 46

47 Gráfico 21 Número de pavilhões gimnodesportivos Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Centro de Recursos Gráfico 22 Número de auditórios e bibliotecas Fonte: Equipa de Apoio às Escolas 47

48 Nos Agrupamentos de Escolas Agrupadas, Secundárias e Particulares, existem 8 auditórios e 26 bibliotecas. Apesar de nem todas possuírem auditório, o mesmo não acontece no que toca a biblioteca. Pré-escolar Ao nível do Pré-Escolar as crianças encontram-se inseridas na Rede Pública e Privada. A rede de pré-escolar abrange crianças dos 3 aos 6 anos inseridos em diferentes Jardins-de-infância, sendo importantes no desenvolvimento psico-social das referidas crianças. Gráfico 23 Distribuição do número de alunos integrados na rede pública e na rede privada do Pré- Escolar Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu Conforme o gráfico, existem na rede Pública do Pré-Escolar crianças e, no que concerne às Entidades Particulares com ou sem fins lucrativos, estão inseridas crianças nas mesmas circunstâncias. Esta comparação de dados reflecte que existe uma procura enorme por parte dos pais a Entidades Particulares (com os respectivos custos associados), dado que a rede pública muitas vezes não satisfaz nem se concilia com a vida profissional dos pais. Ensino Básico e Secundário Os alunos estão distribuídos por Agrupamentos de Escolas, Escolas Não Agrupadas e Escolas Particulares do Concelho de Viseu. No 1º CEB frequentam alunos, no 2º CEB frequentam alunos, no 3º CEB frequentam alunos e no Ensino Secundário frequentam

49 alunos. Existem assim de todos os ciclos e Secundário um total de alunos no concelho de Viseu. Gráfico 24 Alunos do ensino básico e secundário, ano lectivo 2008/2009 Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Realça-se o universo de alunos que frequentam os Agrupamentos de Escolas, Escolas Não Agrupadas (Escolas Secundárias) e Escolas Particulares do concelho de Viseu relativamente ao ano lectivo de 2008/09. Refira-se que o maior número concentra-se no primeiro ciclo o que reflecte alguma sustentabilidade na pirâmide do crescimento demográfico. Existe uma perda substancial de crianças e jovens para o 2º Ciclo o que induz situações de abandono e períodos de baixa taxa de natalidade. Do 3º Ciclo para o Secundário existe uma perda de alunos o que também evidencia um abandono efectivo do sistema educativo por parte de muitos alunos. Ensino Básico Ao nível do ensino básico, que abarca o 1º, 2º e 3º Ciclo, os alunos estão distribuídos por oito Agrupamentos de Escola, como já tivemos oportunidade de verificar anteriormente. 49

50 O Agrupamento de Escolas de Grão Vasco é a que detém maior número total de alunos (1 759) em detrimento do Agrupamento de Escolas de Silgueiros (491). Como se pode verificar, o Agrupamento de Escolas de Marzovelos constitui uma excepção relativamente aos níveis de ensino desenvolvidos pelos restantes agrupamentos, uma vez que apenas abrange o 1º e o 2º CEB. Gráfico 25 Distribuição dos alunos do ensino básico, por nível de ensino e agrupamento de escola Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Ensino Secundário Os alunos do ensino secundário, 10º, 11º e 12º anos do ensino regular, estão distribuídos por três escolas Não Agrupadas do Concelho de Viseu, sendo que a Escola Secundária Alves Martins detém mais do dobro de alunos comparativamente com a Escola Secundária de Viriato (gráfico 26). 50

51 Gráfico 26 Distribuição de alunos do secundário, por escola Fonte: Equipa de Apoio às Escolas NEE Necessidades Educativas Especiais (NEE) Gráfico 27 Distribuição do número de alunos com NEE, por agrupamentos de escola Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Verifica-se a nível do pré-escolar 28 de crianças com NEE num universo de alunos e, ao nível do 1º Ciclo registam-se 194 alunos com as mesmas necessidades educativas num total global de alunos. 51

52 Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) são frequentadas por crianças que frequentam todos os anos do 1º ciclo. As actividades são o Inglês, a Expressão Musical e a Actividade Física. Gráfico 28 Frequência de alunos em AEC Fonte: Gabinete de Educação - CMV Dos alunos a frequentar as AEC, têm as actividades na própria escola e têm fora do seu espaço escolar, por um lado, por haver falta de espaço, dado que as escolas da área urbana do concelho praticam horário duplo, por outro, face à procura enorme no Perímetro Urbano, visto que muitas vezes o número de alunos não corresponde só à área geográfica dos próprios, mas também ao local de trabalho dos Encarregados de Educação. Do universo de alunos do 1º ciclo, correspondendo a alunos, 616 não frequentam as referidas actividades. Esta situação é motivada pela opção voluntária dos pais ou por outras variáveis que não conseguimos apurar. 52

53 Ofertas Educativas/Formativas Além do percurso educativo normal os agrupamentos de escolas e escolas secundárias oferecem a possibilidade dos Percursos Curriculares Alternativos (PCA) visando um processo de aprendizagem com outras componentes (lúdicas, informática e currículos não tão exigentes), visando a diminuição do abandono escolar de crianças e jovens que muitas vezes não têm suporte familiar e são provenientes de famílias socialmente mais desfavorecidas. Os Cursos de Educação e Formação (CEF) possibilitam aos alunos além da aprendizagem curricular, entrarem no sistema da formação através de vários cursos tais como a Informática, Cabeleireiro, Canalizador, Empregados Comerciais e Serralharia Civil, entre outros. A turma existente no ano lectivo 2008/09 do Plano Integrado de Educação e Formação (PIEF) visa recuperar jovens que já tinham abandonado o Sistema educativo e, através de turmas próprias, oferecer - lhes outras alternativas, tais como a conclusão do 9º ano com a vertente da formação. Os jovens situavam-se entre os 15 e os 20 anos, sendo maioritariamente jovens em situação de risco e alguns com comportamentos marginalizantes. Neste contexto e conforme se pode observar pela leitura do gráfico 29, no ano lectivo de 2008/2009, a maioria dos alunos (325) encontrava-se a frequentar CEF. Salienta-se também que 102 alunos eram acompanhados no âmbito de Planos Curriculares Alternativos e apenas 11 em PIEF. 53

54 Gráfico 29 Número de alunos distribuídos pelo tipo de oferta educativa CEF, PCA, PIEF Cursos Profissionais Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Nas Escolas Não Agrupadas Secundárias um total de 345 alunos frequentam cursos profissionais. A par dos cursos científico-humanísticos, existem cursos profissionais que permitem igualmente a obtenção do 12.º ano e o prosseguimento de estudos, garantindo uma qualificação profissional de nível III e a entrada mais rápida no mercado de trabalho. Estes cursos dão a equivalência ao 12 º ano podendo transitar para o Ensino Superior ou ficar com uma formação visando a inserção no mercado de trabalho. Os cursos englobam áreas como Técnicos de Informática (Gestão de Equipamentos Informáticos e Programação), Animadores Sócio-Culturais, Técnico de Contabilidade, Técnico de Electrotecnia, Técnico de Secretariado, Turismo Ambiental e Rural, Técnico de Análise Laboratorial, Técnico de Marketing e Serralharia Civil. Taxa de Abandono Escolar Neste capítulo não foi possível contabilizar a Taxa de abandono escolar registada no concelho. 54

55 Pessoal docente Gráfico 30 Número de docentes segundo a componente lectiva Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Os docentes sem componente lectiva da rede Pública que representam 4% (70 professores) num universo de 1 721, encontram-se inseridos em bibliotecas, Apoio Educativo e outros projectos da dinâmica da Escola. O rácio dos professores com a componente lectiva é de 1 professor para 9 alunos, embora aqui convenha referenciar que existem dimensões e características muito diferentes das turmas do Pré-Escolar, dos diferentes Ciclos e do Secundário. Pessoal não docente Gráfico 31 Número de pessoal não docente Fonte: Equipa de Apoio às Escolas 55

56 Do pessoal não docente verificamos que existem 22 técnicos superiores, sobretudo psicólogos que dá um rácio de 1 técnico para 330 alunos. Dos auxiliares (482) temos um rácio de 1 auxiliar para 28 alunos, não esquecendo as tarefas de limpeza e outros, associados a este perfil profissional. Apoios escolares Acção Social Escolar A acção social escolar visa abranger alunos que vão usufruir de apoios socioeconómicos, por estarem inseridos em agregados familiares com capitação mensal de rendimento igual ou inferior ao valor mensal da retribuição mínima mensal garantida à generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, em vigor no início do ano lectivo. Gráfico 32 Número de alunos abrangidos pelo escalão A Fonte: Gabinete de Educação CMV Conforme se observa no gráfico 32, está definida a distribuição de crianças e jovens que usufruem de Escalão A correspondendo ao maior apoio e abrangendo indivíduos provenientes de meios sócio-económicos mais desfavorecidos. Esta atribuição é feita consoante os rendimentos do Agregado Familiar. É de salientar que dos alunos dos diferentes níveis de ensino, são apoiados e estão inseridos no escalão A. É no âmbito do 3º ciclo que se verifica a maior percentagem de apoio a este nível, com 22,8 % dos alunos a serem apoiados no escalão A. 56

57 Em termos globais no universo de alunos de todos os níveis de ensino, 18,2% correspondem ao apoio no escalão A. Torna-se pertinente referir que esta percentagem vai ao encontro da taxa de pobreza em Portugal que se situa entre os 18 e os 20% da população a nível nacional. Aos alunos em escalão B corresponde, por sua vez, um apoio menos acentuado apesar deste apoio também ser calculado por referência a os rendimentos do agregado familiar. Pela análise do gráfico 32 verificamos que no universo de alunos de todos os níveis de Ensino, 11,6% correspondem ao Escalão B. Refeições Gráfico 33 Número de refeições fornecidas gratuitamente no âmbito do «Programa de Refeições 1º CEB», por escalões (1º período 2008/2009) Fonte: Gabinete de Educação CMV No 1º Período do ano lectivo de 2008/2009, conforme dados fornecidos pelo Gabinete de Educação da Câmara Municipal de Viseu, foram fornecidas gratuitamente refeições num total de Transportes escolares Gráfico 34 Distribuição do número de alunos que beneficiam de subsídio de transporte escolar Fonte: Gabinete de Educação CMV 57

58 Como se verifica no gráfico anterior, existem alunos nos diferentes ciclos que beneficiam de transportes escolares subsidiados. Agressões Gráfico 35 Número e tipo de agressões registadas Fonte: Equipa de Apoio às Escolas No ano lectivo 2008/09 registaram-se nos Agrupamentos de Escolas e Escolas Não Agrupadas, 28 agressões entre alunos, 4 entre alunos e professores e duas entre alunos e auxiliares. Foram participadas às forças de segurança 4 agressões. 58

59 Gráfico 36 Associações de Pais Fonte: Equipa de Apoio às Escolas No ano lectivo de 2008/09 os Agrupamentos de Escolas e secundárias tinham 44 Associações de Pais. A Associação de Pais pode-se confinar a uma escola do 1º Ciclo. Verificou-se pela análise da referida estrutura do Sistema Educativo que nem todas as escolas têm Associações de Pais sendo um handicap no sistema. Ensino Superior No concelho de Viseu existem várias Instituições de Ensino Superior, englobando o Ensino Universitário Privado e o Ensino Politécnico Público e abrangendo vários milhares de alunos e várias dezenas de cursos superiores. O Instituto Politécnico de Viseu, engloba várias escolas, a Escola Superior de Educação, a Escola Superior Agrária, a Escola Superior de Saúde e a Escola Superior de Tecnologia. Existem também o Instituto Piaget e a Universidade Católica, pertencendo ao ensino particular Universitário. 59

60 Gráfico 37 Número de alunos matriculados no ensino superior (ano lectivo ) Fonte: INE Cursos de Especialização Tecnológica Associados aos organismos de ensino superior, existem 136 cursos de especialização tecnológica repartidos por diferentes ensinos académicos. Gráfico 38 Cursos de especialização tecnológica, por estabelecimento de ensino Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu 60

61 Gráfico 39 Número de alunos matriculados em pós-graduações, mestrados e doutoramentos Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu Conforme o exposto no gráfico anterior, existem alunos matriculados em cursos de licenciatura, 350 alunos em mestrado, 170 em pós-graduações, 12 em doutoramentos e 12 em complementos de formação. Instalações Existe no concelho de Viseu, apenas uma residência universitária, que se encontra afecta ao Politécnico, o que dado o grande número de alunos que recebem bolsa de estudo (1 097 alunos) e o universo daqueles que são provenientes de fora do concelho e mesmo do distrito (alguns milhares) apenas uma torna-se efectivamente pouco. Apoios sociais Gráfico 40 Número de alunos do ensino superior com apoio social, por estabelecimento de ensino Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu 61

62 Conforme o gráfico 40, verifica-se que existem alunos com bolsa de estudo (embora aqui não tenha sido possível contabilizar todo o universo de alunos do ensino superior). Este dados reflectem um elevado número de alunos que beneficiam de bolsa e que estão dependentes de apoios para prosseguirem os seus estudos académicos. Formação/Qualificação Profissional Dadas as características da formação e da qualificação, e na sequência do que foi já anteriormente referido, as escolas agrupadas e principalmente secundárias oferecem cada vez mais ofertas educativas e Qualificações Profissionais. Iremos agora fazer uma abordagem das ofertas do IEFP e de Escolas Profissionais, salvaguardando aqui que também existem Empresas Particulares de Formação, das quais foi de um modo geral, difícil recolher elementos. Gráfico 41 Número de alunos a frequentar cursos de formação/qualificação profissional Fonte: Equipa de Apoio às Escolas Viseu Dos 954 formandos contabilizados (faltando algumas escolas profissionais particulares), 460 encontram-se em regime de aprendizagem e 494 em educação e formação No gráfico anterior é de realçar que no universo de Escolas Profissionais do concelho de Viseu em contexto de Aprendizagem, Educação e Formação frequentam 954. Estes dados não representam o universo total, dado que não foi possível apurar os Centros de Formação sem Acordo com o Ministério de Educação, mas que se candidatam a Fundos Comunitários (QREN- POPH) para a realização de cursos de formação. 62

63 Os cursos existentes repartem-se por diferentes níveis de formação e graus diferenciados de habilitações exigidas. Educação e Formação de Adultos (EFA) Os cursos EFA repartem-se por B1 (1º Ciclo), B2 (2ºCiclo), B3 (3ºCiclo), NS (12ºano) ficando com a equivalência referida entre parêntesis. Na lista que expomos de seguida, apresentamos a oferta formativa dos cursos EFA. Lista 1 Oferta formativa dos cursos EFA Existem também cursos em Sistema de Formação em Alternância-Aprendizagem. Estes cursos exigem o 9ºano, ficando com equivalência ao 12ºano. Os cursos têm uma duração de 3 anos. 63

64 Lista 2 Oferta de cursos em Sistema de Formação Alternância-Aprendizagem Educação e Formação de Jovens (EFJ) Para além dos cursos de educação e formação de adultos, existem também cursos para jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 23 anos. Lista 3 Oferta de cursos de educação e formação para jovens 64

65 Capítulo Emprego/ Desemprego 65

66 Capítulo III Emprego / Desemprego Considerámos fundamental especificar um capítulo nesta área uma vez que o emprego é um dos motores mais importantes para fazer arrancar o desenvolvimento num concelho. Pode-se mesmo dizer que o maior ou menor desenvolvimento de uma comunidade pode ser em grande parte medido pela sua capacidade de gerar emprego e pelos índices de empregabilidade nela existentes. Assim, subdividimos este capítulo em três partes concretas: uma que diz respeito à população desempregada e às respectivas medidas de apoio e protecção ao desemprego prestadas por diversas entidades; a população activa, em condições de trabalhar e/ ou empregada e, por último, o tecido empresarial que motiva a produção e a manutenção do emprego no concelho de Viseu. Desemprego População Desempregada O desemprego é considerado uma das novas formas de pobreza nas sociedades contemporâneas. Afecta indivíduos heterogéneos entre si, os dois sexos, as diferentes idades, todos os níveis de escolaridade e todos os extractos sociais. Em seguida vamos analisar como se reveste a estrutura do desemprego no concelho de Viseu e de que modo afecta as pessoas consideradas activas nele residentes. 66

67 Tabela 12 Taxa de desemprego por local de residência Local de Residência % Abraveses 7,8 Barreiros 12,6 Boa Aldeia 10,3 Bodiosa 7,6 Calde 10,4 Campo 8 Cavernães 6,3 Cepões 8,6 Coração de Jesus (Viseu) 6,1 Côta 7,5 Couto de Baixo 5,0 Couto de Cima 6,7 Faíl 4,3 Farminhão 3,7 Fragosela 7,1 Lordosa 7,3 Mundão 6,5 Orgens 6,4 Povolide 6,7 Ranhados 5,1 Repeses 6,4 Ribafeita 10,8 Rio de Loba 4,8 Santa Maria (Viseu) 6,4 Santos Evos 8,9 São Cipriano 6,2 São João de Lourosa 6,2 São José (Viseu) 7,3 São Pedro de France 5,6 São Salvador 6,8 Silgueiros 6,2 Torredeita 12,0 Vil de Souto 9,4 Vila Chã de Sá 8,4 Viseu (Concelho) 6,8 Fonte: INE (Censos, 2001) 67

68 A tabela 12 espelha a taxa de desemprego existente no concelho em 2001 com dados discriminados por freguesia. Segundo a mesma, as freguesias mais afectadas por este fenómeno eram, à data, Barreiros (12,6%), Torredeita (12%), Ribafeita (10,8%), Calde (10,4%) e Boa Aldeia (10,3%). Ao invés, Farminhão (3,7%), Faíl (4,3%), Rio de Loba (4,8%), Couto de Baixo (5%) e Ranhados (5,1%) eram os locais com melhores índices no que ao desemprego diz respeito. Pressupõe-se que é nas freguesias mais centrais no concelho que se gera maior quantidade de emprego, mas estes dados dizem respeito aos locais onde as pessoas residem, pelo que há, obviamente muitos casos (a maioria deles, provavelmente), em que os indivíduos trabalham em diferentes freguesias relativamente àquela onde habitam. Como tal, consideramos que o local onde se reside não é, por si só, um dado indicativo que explique totalmente a maior ou menor taxa de desemprego em cada freguesia, precisando de ser complementado com outros, como os níveis de escolaridade ou a idade da população residente, por exemplo. No entanto, entendemos que mesmo assim é importante apresentar estes dados como indicativos do desemprego no concelho. A taxa de desemprego no concelho de Viseu era, segundo o INE, de 6,8% em Viseu em Avançando um pouco no tempo, agora com dados concelhios, apresentamos no gráfico seguinte a variação do número de desempregados (considera-se aqui desempregados o número de pessoas residentes no concelho de Viseu inscritas no Centro de Emprego de Viseu como estando à procura de 1º emprego ou à procura de novo emprego), segundo dados do IEFP, nos diferentes meses de Como tal, o desemprego atingiu o pico em Fevereiro de 2008, com inscritos, tendo atingido o nível mais baixo no mês de Julho, com desempregados. Nota-se ainda que entre os meses de Janeiro e Dezembro houve uma variação positiva, isto é, uma redução do número de desempregados. Enquanto em Janeiro os dados apresentam um número de inscritos, o mesmo desce para em Dezembro, querendo isto dizer que houve uma redução de 261 inscrições de pessoas em situação de desemprego (gráfico 42). 68

69 Gráfico 42 Variação do número de desempregados no ano de 2008 Fonte: IEFP No ano de 2009 os dados antes apresentados (relativamente à redução do número de desempregados) invertem-se na medida em que no mês de Março existiam inscritos, mais 726 do que em Dezembro de Pode-se dizer também que em nenhum mês de 2008 o desemprego em Viseu chegou a esta proporção. A tabela 13 mostra o desemprego segundo o sexo, o tempo de inscrição no Centro de Emprego e a situação face ao emprego, tendo como referência o mês de Março dos anos 2007, 2008 e A opção por escolher o mês de Março deve-se ao facto de aquando da pesquisa ser este, relativamente a 2009, o mês com as estatísticas publicadas mais recentemente, sendo que considerámos importante compará-lo com o mesmo mês dos anos anteriores. Assim, analisando a variável sexo, verifica-se que, entre Março de 2007 e Março de 2009 houve um aumento do número de homens desempregados e uma redução pouco significativa do número de mulheres. Quanto ao tempo de inscrição, há sempre mais pessoas inscritas há menos de um ano comparativamente aos desempregados de longa duração (inscritos há mais de um ano). No entanto, a diferença é mais aguda se considerarmos o ano de Se compararmos os três anos em análise, nunca houve tantos desempregados inscritos, tendo no entanto o número de desempregados de longa duração diminuído. Por último, em relação à situação face ao emprego, verifica-se que nos três anos em análise há sempre mais pessoas à procura de novo emprego comparativamente com as pessoas à procura de primeiro emprego. Não deixa, no entanto, de ser curioso, que Março de 2009 apresenta os valores mais baixos no 69

70 que diz respeito às pessoas à procura de primeiro emprego e mais altos daquelas que estão à procura de novo emprego. Tabela 13 Variação do número de desempregados do concelho de Viseu inscritos no Centro de Emprego de Viseu por género, tempo de inscrição e situação face ao emprego Período de referência dos dados Masculino Sexo Feminino Tempo de inscrição <1 ano >1 ano Situação face ao emprego 1º emprego Novo emprego Total Março de Março de Março de Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais Quanto ao grupo etário, a faixa etária mais atingida pelo fenómeno do desemprego em Viseu está situada entre os 35 e os 54 anos em Março dos três anos apresentados, seguida pela faixa entre os 25 e os 34 anos. A faixa etária de pessoas desempregadas com 55 ou mais anos apresenta sempre números inferiores quando comparada com a faixa de indivíduos com menos de 25 anos. Apesar disso, verifica-se ser aquela a idade em que se torna mais difícil encontrar um emprego. O desemprego é maior em quase todas as faixas etárias no mês de Março de 2009, quando confrontado com os números apresentados relativamente a Março dos dois anos anteriores. A excepção está na faixa entre os 25 e os 34 anos. Tabela 14 Desemprego por grupo etário Período de referência dos dados Março de 2007 <25 anos anos anos 55 ou mais anos Total Março de Março de Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais 70

71 Quanto ao nível de escolaridade, podemos notar que o desemprego atinge acima de tudo as pessoas com o 1º ciclo de escolaridade concluído. Houve mais uma vez um aumento nos 3 anos comparados. A população com o 3º ciclo concluído é, a seguir àquela, a mais atingida pelo desemprego. As excepções à regra de aumento do desemprego entre os meses de Março de 2007 e Março de 2009 estão nas extremidades, isto é, nos indivíduos sem o 1º ciclo concluído e nos que concluíram o ensino superior. Tabela 15 Desemprego por nível de escolaridade Período de referência dos dados Março de 2007 <1º ciclo 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário Superior Total Março de Março de Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais Relativamente à taxa de desempregados de longa duração, verifica-se que em Março de 2009 existia uma percentagem de 27,9% de indivíduos residentes em Viseu inscritos no Centro de Emprego como desempregados há mais de um ano, sendo esta taxa menor do que em 2008 e Gráfico 43 Taxa de desemprego de longa duração no concelho de Viseu Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais 71

72 Apoios Concedidos à Obtenção de Emprego Sendo reconhecida a dificuldade de conseguir, por um lado, um emprego, que vá de encontro às pretensões de cada um e, por outro, um perfil adequado à função no caso de quem contrata, o Instituto de Emprego e Formação Profissional faculta determinados programas que visam apoiar financeiramente os desempregados e encontrar-lhes uma ocupação temporária - as principais medidas a este nível são os Programas Vida - Emprego, os estágios profissionais e os programas para a criação do próprio emprego. Existem também programas específicos de apoio a pessoas com deficiência ou a desempregados de longa duração, com benefícios para as empresas que optam por as contratar. Outra instituição que visa estimular o empreendedorismo e fomentar a criação do próprio emprego é a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), que trabalha com o Microcrédito, ou seja, empréstimos bancários de um montante reduzido para pessoas que normalmente não o consigam directamente com os bancos e que queiram ter um negócio próprio. Como podemos ver na tabela seguinte, de 2006 a 2009 houve ao todo 32 contactos de pessoas residentes no concelho de Viseu interessadas em concorrer a este programa, sendo de assinalar que as mulheres aparecem aqui em maior número, sendo no caso 21. No entanto, analisando as candidaturas que foram para análise dos agentes de Microcrédito, existe já uma equiparação dos sexos, com 5 projectos para cada um deles. Dos 6 projectos aprovados no concelho nos períodos referidos, 4 eram de indivíduos do sexo masculino, sendo que 5 desses mesmos projectos foram mesmo concretizados, uma vez mais com os homens a terem uma percentagem mais alta. Tabela 16 Dados estatísticos sobre o microcrédito no concelho de Viseu desde 2006 Nº contactos registados Nº candidaturas avaliadas Nº projectos aprovados Nº projectos concretizados 2 Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Fonte: ANDC Candidaturas avaliadas são aquelas em que o candidato passou o sistema de triagem inicial e o processo foi entregue ao Agente de Microcrédito 72

73 É de assinalar ainda que 2008 foi o ano com maior registo de projectos concretizados e também com uma maior cedência de capital. No que diz respeito às áreas de negócio, foram criados 2 bares e empresas nos ramos da jardinagem, da estética e da serralharia, com 1 empresa cada. Lista 4 Aprovações de projectos de microcrédito em Viseu por ano e áreas de negócio Fonte: ANDC 2008 Emprego População Activa e Empregada Face ao número total de habitantes do concelho de Viseu em 2001, a taxa de actividade era de 45,8% do total. Gráfico 44 População activa e empregada em Viseu Fonte: INE, Censos

74 Através do cruzamento das variáveis sexo e idade, podemos verificar que a maioria dos indivíduos que constituem a população activa de Viseu são homens. Esta predominância do sexo masculino é visível em todos os escalões etários. A idade mais representada é neste caso a que está no intervalo dos 25 aos 34 anos. Os valores mais baixos aparecem nos escalões etários superiores. Gráfico 45 População activa por sexo e escalão etário Fonte: INE, Censos 2001 A taxa de emprego permite definir a relação entre a população empregada e a população em idade activa. Analisando este indicador por freguesias, verificamos que aquelas onde a taxa de emprego era mais elevada em 2001 eram Rio de Loba, Ranhados, Abraveses e Coração de Jesus. Ao invés, Côta, Cepões e Barreiros tinham os índices mais baixos a este nível. Segundo dados do INE, Viseu tinha em 2001 uma taxa de emprego de 51,3%. 74

75 Tabela 17 Taxa de emprego por local de residência Local de Residência % Abraveses 57,4 Barreiros 35,8 Boa Aldeia 38,5 Bodiosa 42,3 Calde 38,3 Campo 51,1 Cavernães 46,5 Cepões 35,3 Coração de Jesus (Viseu) 57,1 Côta 30,4 Couto de Baixo 42 Couto de Cima 44,8 Faíl 45,5 Farminhão 47,8 Fragosela 53 Lordosa 40,5 Mundão 55,8 Orgens 52 Povolide 44,1 Ranhados 60,5 Repeses 57,6 Ribafeita 39,2 Rio de Loba 60,9 Santa Maria (Viseu) 52,7 Santos Evos 50,2 São Cipriano 49 São João de Lourosa 52,6 São José (Viseu) 52,8 São Pedro de France 40,2 São Salvador 54,6 Silgueiros 38,4 Torredeita 41,5 Vil de Souto 47,9 Vila Chã de Sá 56,2 Viseu (Concelho) 51,3 Fonte: INE, Censos

76 Quanto à população empregada por local de residência e sector de actividade, verifica-se que há um claro domínio do sector terciário em praticamente todas as freguesias do concelho. As excepções à regra são as freguesias de Barreiros, Cavernães, Cepões, Cota, Povolide e São Pedro de France. O sector primário é de todos os que está menos representado. Tabela 18 População empregada por local de residência e sector de actividade Sector de Actividade Económica Local de Residência Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Total Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE, Censos

77 Havia em 2006 um total de trabalhadores por conta de outrem. Segundo o nível de habilitações, a maioria tem o 3º ciclo do ensino básico concluído. O número mais baixo está nos indivíduos que possuem um doutoramento. Gráfico 46 Trabalhadores por conta de outrem segundo o nível de habilitações em 2006 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, 2007 Segundo o gráfico seguinte, os doutorados são precisamente os indivíduos a residir no concelho com maior remuneração média. É curioso verificar que existe uma correspondência directa entre o nível de habilitações e a remuneração média mensal. Gráfico 47 Remuneração média dos trabalhadores segundo o nível de habilitações em Viseu em 2006 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro,

78 Em termos de trabalho por conta de outrem, há, à semelhança dos dados anteriormente apresentados, um maior número de homens em O sector onde existe um maior número de empregados nesta condição é o terciário, sendo também aqui que acontece a única situação em que há um maior número de mulheres. O sector onde existe uma maior diferença entre o número de homens e mulheres é o secundário. Tabela 19 Trabalhadores por conta de outrem por sexo e sector de actividade em 2006 Sector Primário CAE: A-B Sector Secundário CAE: C-F Sector Terciário CAE: G-Q Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, 2007 Tecido Económico e Empresarial A existência de um maior ou menor número de empresas pode ser um factor preponderante para um maior índice de empregabilidade num território. A tabela a seguir dá-nos alguma informação relativamente ao tipo de tecido económico e empresarial do concelho de Viseu. Quanto à proporção das mesmas, a grande maioria são micro empresas, normalmente de cariz familiar. As grandes empresas (250 ou mais trabalhadores) não estão aqui assinaladas uma vez que existem apenas duas no concelho, não sendo um número estatisticamente significativo. Tabela 20 Indicadores das empresas em Viseu em 2006 Densidade de empresas Proporção de microempresas Proporção de pequenas e médias empresas Pessoal ao serviço por empresa N/Km 2 % N 19,3 95,9 4,1 2,9 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, 2007 Segundo a CAE, a maioria das empresas existentes em Viseu pertence à área do comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e de bens de uso pessoal doméstico, 78

79 estando ligadas, portanto, à área comercial. Note-se que apenas estavam disponíveis no INE dados relativos às áreas apresentadas, não havendo dados sobre a Agricultura, Actividades Financeiras e Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória. Tabela 21 Número de empresas em Viseu segundo a CAE 3 em 2006 B C D E F G H I K M N O N.º Total Pessoal ao serviço Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, 2007 Por último, e na sequência do que foi dito anteriormente, das empresas existentes no concelho, têm menos de 250 pessoas ao serviço. Dessas, (a maioria delas, portanto) são microempresas (normalmente de cariz familiar), havendo depois 361 pequenas empresas (que empregam menos de 50 pessoas) e 37 médias empresas (entre 50 e 249 trabalhadores ao serviço). A existência de empresas com um grande número de pessoas a trabalhar é quase nula, reduzindo-se o seu número a apenas 2. Tabela 22 Empresas segundo escalão de pessoal ao serviço em Viseu em 2006 Total ou mais Total Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, A Agricultura; B Pesca; C Indústria Extractiva; D Indústrias Transformadoras; E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água; F Construção; G Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis e de Bens de Uso Pessoal Doméstico; H Alojamento e Restauração (actividades similares); I Transportes, Armazenagem e Distribuição; J Actividades Financeiras; K Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas; L Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória; M Educação; N Saúde e Acção Social; O Outras Actividades de Serviços Colectivos Sociais e Pessoais. 79

80 Capítulo Equipamentos e Respostas Sociais 80

81 CAPÍTULO IV Equipamentos e Respostas Sociais A acção social tem como objectivos primordiais, a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidade sociais, bem como a inclusão e promoção comunitária das pessoas e o desenvolvimento das respectivas capacidades. Destina-se também a assegurar a protecção aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social. Neste sentido, a criação de condições que garantam as formas de resposta mais adequadas à população, tendo em vista o seu desenvolvimento integral e a sua inserção na comunidade reveste-se como uma das principais preocupações da Acção Social. Concorrem para os seus objectivos os contributos das iniciativas individuais, das instituições públicas e privadas, nomeadamente, instituições particulares de solidariedade social, num trabalho de parceria activa. Caracterização geral da rede de serviços e equipamentos sociais Entidades Proprietárias No contexto da rede de serviços e equipamentos sociais no concelho de Viseu, considera-se entidade proprietária, qualquer entidade, individual ou colectiva, a quem pertence (dono) um ou mais equipamentos (instalações) onde se desenvolvem respostas sociais. As entidades proprietárias ou gestoras foram classificadas segundo a natureza jurídica, no âmbito deste documento de trabalho, em entidades lucrativas e entidades não lucrativas. Estas últimas compreendem as Instituições Particulares de Solidariedade Social, habitualmente designadas por IPSS, outras entidades sem fins lucrativos e as Entidades Oficiais, que prosseguem fins de acção social. 81

82 Gráfico 48 Distribuição dos equipamentos sociais segundo a natureza jurídica da entidade proprietária, Fonte: Carta Social, 2009 No concelho, por referência ao período compreendido entre Fevereiro e Maio de 2009, foram identificadas 74 entidades proprietárias de equipamentos sociais, representando o sector não lucrativo 81% do universo, dos quais 56% é constituído por Associações de Solidariedade Social. Equipamentos sociais Por equipamento social entende-se toda a estrutura física onde se desenvolvem as diferentes respostas sociais ou estão instalados os serviços de enquadramento a determinadas respostas que se desenvolvem directamente junto dos utentes. Através do mapa da distribuição espacial dos equipamentos sociais, fica patente que, exceptuando as freguesias de Barreiros, Faíl, São Cipriano e Vil de Souto, todas as outras (30/34) estão cobertas por equipamentos. Refira-se que a maioria das freguesias (18/34) detém entre 1 e 4 equipamentos em funcionamento. 4 De acordo com os dados das últimas actualizações da Carta Social (período de Fevereiro e Maio de 2009) 82

83 Figura 3 Distribuição espacial dos equipamentos sociais por freguesia São João de Lourosa 15 ou mais equipamentos 10 a 14 equipamentos 5 a 9 equipamentos 1 a 4 equipamentos Fonte: Carta Social, 2009 Porém este padrão de distribuição apresenta-se de forma diferente em algumas freguesias, particularmente em Ranhados, Santa Maria de Viseu e Coração de Jesus, constituindo uma excepção ao equilíbrio verificado nos restantes. 83

84 Tabela 23 Distribuição do número de respostas sociais pelas freguesias do concelho de Viseu Freguesias Creche A.T.L. Pré-Escolar Centro Acolhimento Temporário Lar de Infância e Juventude Centro de Dia Lar de Idosos S.A.D. Intervenção Precoce Lar de Apoio C.A.O. Lar Residencial Atendimento/Acompanhamento e Animação Deficiência Apoio em Regime Ambulatório Atendimento/Acompanhamento Social Centro Comunitário Centro Alojamento Temporário Cantina/Refeitório Social Total Abraveses Barreiros 00 0 Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Côta Couto de Baixo Couto de Cima Faíl 0 0 Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santos Evos S. Cipriano 0 S. João de Lourosa S. Pedro de France S. Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto 0 0 Vila Chã de Sá Coração de Jesus Santa Maria S. José Total Fonte: Carta Social,

85 Respostas sociais A distribuição das respostas sociais não é uniforme por todo o território concelhio, acompanhando de uma maneira geral, a densidade demográfica. Figura 4 Distribuição espacial das respostas sociais por População-alvo Tal como se verificou com os equipamentos, a maior concentração de respostas verifica-se nas freguesias predominantemente urbanas (Coração de Jesus, Santa Maria e S. José) e periurbanas (S. Salvador e Repeses). Tal como se verificou com os equipamentos, a Legenda: maioroncentração de Infância e juventude respostas verifica-se nas Idosos zonas litoral norte e centro, Crianças, estendendo-se jovens e adultos até deficiência à Família península e comunidade de Setúbal. Fonte: Carta Social,

86 A maioria das respostas sociais existentes no concelho é dirigida a pessoas idosas (46%) bem como a crianças e jovens (44%), tendência que evidencia a preocupação com estas populações em termos de política social, reflectindo o investimento que tem sido realizado. Gráfico 49 Proporção das respostas sociais por População-alvo Fonte: Carta Social, 2009 Crianças e jovens De forma idêntica ao observado para o conjunto das respostas sociais, também se verifica um equilíbrio entre a densidade populacional e a distribuição geográfica das respostas dirigidas às crianças e jovens. É de salientar que as respostas sociais para esta população-alvo tendem a concentrar-se nas áreas urbanas, quer em locais próximos da residência, quer do local de trabalho dos pais. Contudo, não podemos descurar o facto de a maioria das freguesias (15) ainda não disponibilizar qualquer resposta direccionada a este público específico. Figura 5 Distribuição espacial das respostas sociais para crianças e jovens 15 ou mais respostas 10 a 14 respostas 5 a 9 respostas 1 a 4 respostas 86

87 Gráfico 50 Proporção das respostas sociais na área de intervenção de crianças e jovens, sua capacidade e número de utentes acolhidos em equipamentos/serviços Fonte: Carta Social, 2009 Relativamente ao tipo de equipamentos oferecidos à população em análise verifica-se, pela análise do gráfico 50, que as creches e os centros de actividades de tempos livres (A.T.L.) são os que parecem desenvolver-se em maior número (45% e 47%, respectivamente). À data das últimas actualizações dos dados nesta matéria efectuados no âmbito da Carta Social, não constatamos sobrelotação dos equipamentos. Não obstante as características específicas do Centro de Acolhimento Temporário (CAT), tornase pertinente evidenciar a diminuta margem entre a capacidade total e o número de crianças acolhidas neste equipamento. 87

88 Gráfico 51 Horário de funcionamento das creches Fonte: Carta Social, 2009 Verifica-se que a maioria das creches entra em funcionamento às 07h30 (31%) e 59% encerram entre as 19h e as 19h30. É de destacar, ainda, o facto de aproximadamente 10% destas respostas fecharem as suas portas entre as 20h00 e as 20h30, o que denota uma preocupação das instituições em oferecer horários mais ajustados às necessidades dos pais. Pessoas idosas Ainda que a maioria das freguesias do concelho de Viseu (82%) detenham respostas sociais para as pessoas idosas, a maior concentração observa-se nas áreas rurais onde o envelhecimento e o isolamento dos mais idosos estão patentes. Figura 6 Distribuição espacial das respostas sociais para idosos 5 ou mais respostas 3 a 4 respostas 1 a 2 respostas 88

89 Gráfico 52 Distribuição das respostas sociais, capacidade e número de utentes dos serviços/equipamentos sociais na área de intervenção de idosos. Fonte: Carta Social, 2009 Tal como se verifica no gráfico anterior, é o serviço de apoio domiciliário que apresenta a maior percentagem (46%), confirmando a concretização da política desenvolvida ao longo dos últimos anos ao eleger esta resposta como alternativa, retardando deste modo a institucionalização do idoso. Assim, verifica-se que a capacidade instalada apresenta o maior número de lugares (1025) comparativamente aos restantes equipamentos destinados a esta população-alvo. O centro de dia é a resposta mais desenvolvida a seguir ao serviço de apoio domiciliário apresentando um valor percentual de 31. O lar de idosos parece ser a resposta menos desenvolvida (23%) verificando-se um desequilíbrio entre a oferta e a procura deste equipamento o número de lugares disponíveis é de 869 e o número de utilizadores é de

90 Crianças, jovens e adultos com deficiência Da leitura do mapa relativo à distribuição espacial das respostas sociais destinadas a crianças, jovens e adultos com deficiência aferimos que apenas em 4 das 34 freguesias do concelho de Viseu existem equipamentos/serviços que desenvolvem a sua acção na área da deficiência. Figura 7 Distribuição espacial das respostas sociais para crianças, jovens e adultos com deficiência Legenda: C. A. O. Lar residencial Intervenção precoce Lar de apoio Centro atendimento/acompanhamento e animação Apoio em regime ambulatório Fonte: Carta Social, 2009 O gráfico revela que tanto o lar residencial como o Centro de Actividades Ocupacionais (C.A.O.) constituem as respostas sociais que mais se destacam quando se pretende analisar os serviços/equipamentos sociais, existentes no concelho de Viseu, destinados a este grupo da população. As restantes respostas apresentam uma representatividade pouco significativa em termos numéricos. Da análise dos gráficos de barras que apresentam a relação entre a capacidade máxima dos serviços/equipamentos e o número de utentes, é possível evidenciar novamente a relação não proporcional entre estas variáveis, sobretudo no que concerne ao C.A.O. (158 lugares para 162 utentes), o lar residencial (106 lugares para 108 utentes), o apoio em regime ambulatório (200 lugares para uma média de 282 utentes) e também a intervenção precoce (14 lugares para 14 crianças) 90

91 Gráfico 53 Distribuição das respostas sociais, capacidade e número de utentes dos serviços/equipamentos sociais na área de intervenção de pessoas com deficiência Família e Comunidade Fonte: Carta Social, 2009 Da distribuição das respostas sociais dirigidas a esta população-alvo, verifica-se que em 91% das freguesias de todo o concelho de Viseu não existe qualquer resposta social dirigida à Família e Comunidade. 91

92 Figura 8 Distribuição espacial das respostas sociais para a família e comunidade A fraca implantação das respostas dirigidas à família e comunidade comprova-se, no facto das 3 freguesias que têm em funcionamento respostas sociais para esta população-alvo, Coração de Jesus e S. Salvador apresentarem somente uma resposta e Santa Maria apresentar duas respostas. Note-se ainda que, em termos de cantina/refeitório social, para além da Cáritas Paroquial de Santa Maria também a Santa Casa de Misericórdia e a Câmara Municipal de Viseu desenvolvem esta resposta Legenda: Atendimento/Acompanhamento Social Centro Comunitário Cantina/Refeitório Social Centro de Alojamento Temporário Fonte: Carta Social, 2009 Sistema de gestão da qualidade das respostas sociais Norma NP EN ISO 9001:2000 Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade em que uma organização: 92

93 Necessita demonstrar a sua aptidão para, de forma consistente, proporcionar produtos e/ou serviços que vão ao encontro dos requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis; Visa aumentar a satisfação do cliente através da aplicação eficaz do cliente, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e para garantir a conformidade com os requisitos do cliente e regulamentos aplicáveis; A norma NP EN ISO 9001:2000 está baseada em oito princípios de gestão da qualidade: Focalização no Cliente Liderança Envolvimento das pessoas Abordagem por processos Abordagem à gestão através de um Sistema (SGQ) Melhoria contínua Abordagem à tomada de decisões baseada em factos Relações mutuamente benéficas com fornecedores Instituições do concelho de Viseu com Sistema de Gestão da Qualidade implementado Fonte: Carta Social, 2009 Estas duas Respostas Sociais reúnem um conjunto de boas práticas numa perspectiva de melhoria contínua dos procedimentos e que se consubstancia numa garantia da qualidade dos serviços prestados. Sendo um processo tutelado pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), a certificação é um acto voluntário que possibilita à Instituição demonstrar para o exterior, de um modo credível e independente a qualidade obtida internamente, através da implementação de um sistema de gestão da qualidade. 93

94 Tabela 24 Serviços e equipamentos existentes em Viseu, por área de intervenção, população-alvo e número existente no concelho Áreas de Intervenção Serviços e Equipamentos População-alvo N Creche De natureza sócio-educativa e vocacionada para o apoio à criança e à família, destina-se a acolher crianças até aos três anos de idade, durante o período diário. 29 INFÂNCIA E JUVENTUDE Pré-Escolar Actividades de Tempos Livres Acolhimento Familiar de Crianças e Jovens Centro de Acolhimento Temporário Resposta vocacionada para o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe actividades educativas e actividades de apoio à família. Proporciona actividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho, desenvolvendo-se através de diferentes modelos de intervenção, nomeadamente acompanhamento/inserção, prática de actividades específicas e multi-actividades, podendo desenvolver, complementarmente, actividades de apoio à família. Consiste na atribuição da confiança da criança ou do jovem a uma família ou a uma pessoa singular, habilitadas para o efeito, tecnicamente enquadradas, decorrente da aplicação da medida de promoção e protecção, visando a sua integração em meio familiar. Destina-se ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de duração inferior a seis meses, com base na aplicação de medida de promoção e protecção Lar de Infância e Juventude Destina-se ao acolhimento de crianças e jovens em situação de perigo, de duração superior a 6 meses, com base na aplicação de medida de promoção e protecção. 3 Centro de Dia Consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sócio-familiar. 21 IDOSOS Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Destina-se ao alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou de autonomia. Consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária

95 (Continuação tabela 24) Serviços e equipamentos existentes em Viseu, por área de intervenção, população-alvo e número existente no concelho Intervenção Precoce Promove o apoio integrado, centrado na criança e na família mediante acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente do âmbito da educação, da saúde e da acção social. 1 Lar de Apoio Destina-se a acolher crianças e jovens com necessidades educativas especiais que necessitem de frequentar estruturas de apoio específico situadas longe do local da sua residência habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem, temporariamente, de resposta substitutiva da família. 1 DEFICIÊNCIA Centro de Actividades Ocupacionais Atendimento/Acompanhamento e Animação de Pessoas com Deficiência Destina-se a desenvolver actividades para jovens e adultos com deficiência grave. Resposta social organizada em espaço polivalente, destinado a informar, orientar e apoiar as pessoas com deficiência, promovendo o desenvolvimento das competências necessárias à resolução dos seus próprios problemas, bem como actividades de animação sócio-cultural. 4 1 Lar Residencial Destina-se a alojar jovens e adultos com deficiência, que se encontrem impedidos temporária ou definitivamente de residir no seu meio familiar. 3 Apoio em Regime Ambulatório Destina-se ao apoio de pessoas com deficiência, a partir dos 7 anos, suas famílias e técnicos da comunidade, que desenvolve actividades de avaliação orientação e intervenção terapêutica e sócioeducativa promovidas por equipas transdisciplinares. 1 FAMÍLIA E COMUNIDADE Atendimento/Acompanhamento Social Centro Comunitário Centro de Alojamento Temporário Cantina/Refeitório Social Resposta social, desenvolvida através de um serviço de primeira linha, que visa apoiar as pessoas e as famílias na prevenção e/ou reparação de problemas geradores ou gerados por situações de exclusão social e, em certos casos, actuar em situações de emergência. Presta serviços e desenvolve actividades que, de uma forma articulada, tendem a constituir um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento local, colectivamente assumido. Visa o acolhimento, por um período de tempo limitado, de pessoas adultas em situação de carência, tendo em vista o encaminhamento para a resposta social mais adequada. Destina-se ao fornecimento de refeições, em especial a indivíduos economicamente desfavorecidos, podendo integrar outras actividades, nomeadamente de higiene pessoal e tratamento de roupas

96 Tabela 25 Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe Natureza Jurídica Instituições do Concelho Localização Serviços/Valências ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DA FREGUESIA DE ABRAVESES ABRAVESES A.T.L. nº1 A.T.L. nº2 Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIPAMENTO SOCIAL DO CENTRO SOCIAL DE BODIOSA BODIOSA Creche Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário Associação de Solidariedade Social ASSOCIAÇÃO SOCIAL CULTURAL DESPORTIVA E RECREATIVA DE CALDE CALDE Serviço de Apoio Domiciliário AMOS - ASSOCIAÇÃO DE MOSELOS CAMPO ASSOCIAÇÃO SOCIAL CULTURAL RECREATIVA E DESPORTIVA DE MOURE MADALENA CAMPO A.T.L. ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL "AS COSTUREIRINHAS" DE CAVERNÃES CAVERNÃES A.T.L. EQUIPAMENTO SOCIAL DAS OBRAS SOCIAIS DO PESSOAL DA CMV E SM DE VISEU CORAÇÃO DE JESUS A.T.L. Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Creche A.T.L. ASSOCIAÇÃO BALSA NOVA CRECHE DO CENTRO SOCIAL DA PAROQUIA DE S. SALVADOR EQUIPAMENTO SOCIAL DA OBRA DE SANTA ZITA CORAÇÃO DE JESUS S. SALVADOR CORAÇÃO DE JESUS Creche A.T.L. Creche Creche Pré-Escolar 96

97 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe EQUIP. SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO DE VISEU PORTADORES TRISSOMIA 21 CORAÇÃO DE JESUS Atendimento, Acompanhamento e Animação de Pessoas com Deficiência EQUIPAMENTO SOCIAL DA ACAPO CORAÇÃO DE JESUS Atendimento/Acompanhamento Social EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL "AS ABELHINHAS" EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL CULTURAL E RECREATIVA COUTOENSE EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE DE FARMINHÃO ASS. SOCIAL, CULTURAL E RECREATIVA OS AMIGOS DE FRAGOSELA UNIDADE INTERGERACIONAL DO NUCLISOL JEAN PIAGET EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL C. D. D. A. P. DE ORGENS EQUIPAMENTO SOCIAL DA CONFRARIA OU IRMANDADE DE SANTA EULÁLIA CÔTA COUTO DE CIMA FARMINHÃO FRAGOSELA LORDOSA ORGENS REPESES Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário Creche A.T.L. Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Creche Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário Creche A.T.L. Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário 97

98 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe EQUIP. SOC. DA APPACDM - DELEGAÇÃO DE VISEU REPESES Centro de Actividades Ocupacionais Lar Residencial EQUIPAMENTO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO SÓCIO-CULTURAL DESPORTIVA E RECREATIVA DE GUMIEI RIBAFEITA Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIPAMENTO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL C.D. R. LUSTOSA RIBAFEITA Serviço de Apoio Domiciliário EQ. SOC. ACREDITA - ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE TRAVASSÓS DE BAIXO RIO DE LOBA Creche ATL DO CCSD 500 SANTA MARIA (VISEU) A.T.L. CONFRARIA DE SANTO ANTÓNIO DE VISEU SANTA MARIA (VISEU) Lar de Infância e Juventude INTERNATO VISEENSE DE SANTA TERESINHA SANTA MARIA (VISEU) Lar de Infância e Juventude CÁRITAS PAROQUIAL DE SANTA MARIA EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL CULTURAL E RECREATIVA DOS AMIGOS DE SANTOS EVOS SANTA MARIA (VISEU) SANTOS ÊVOS Refeitório/Cantina Social Centro de Alojamento Temporário Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIP. SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO C. D. R. S. SOCIAL DE S. PEDRO DE FRANCE SÃO PEDRO DE FRANCE Serviço de Apoio Domiciliário 98

99 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL DE VISEU SÃO SALVADOR Intervenção Precoce Centro de Actividades Ocupacionais Lar Residencial Apoio em Regime Ambulatório EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA DE S. SALVADOR SÃO SALVADOR Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIP. SOC. ASSOCIAÇÃO SOCIAL DESPORTIVA CULTURAL E RECREATIVA DE SILGUEIROS SILGUEIROS A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário ATL E CENTRO DE DIA DA ASSOCIAÇÃO DE PASSOS DE SILGUEIROS SILGUEIROS A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIP. SOC. DA ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL DE VILA CHÃ DE SÁ VILA CHÃ DE SÁ Creche A.T.L. Serviço de Apoio Domiciliário Fundação de Solidariedade Social CENTRO SOCIAL JESUS MARIA JOSÉ EQUIP. SOC. DA FUNDAÇÃO DONA MARIANA SEIXAS CENTRO SOCIAL DONA MADALENA AZEREDO PERDIGÃO EQUIP. SOC. DA FUNDAÇÃO JOAQUIM DOS SANTOS RANHADOS RANHADOS SÃO JOSÉ (VISEU) TORREDEITA Creche A.T.L. Creche A.T.L. Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Creche A.T.L. Creche A.T.L. Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário 99

100 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA DE BOALDEIA BOA ALDEIA Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE CAMPO CAMPO A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA CORAÇÃO DE JESUS CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) A.T.L. Serviço de Apoio Domiciliário Centro Social Paroquial EQUIPAMENTO SOCIAL DA PAROQUIA DE MUNDÃO EQUIP. SOC. DO CENTRO PAROQUIAL DE POVOLIDE EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE RIO DE LOBA MUNDÃO POVOLIDE RIO DE LOBA Creche Serviço de Apoio Domiciliário Creche Centro de Dia Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Creche A.T.L. EQUIP. SOC. DO CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE SÃO JOSÉ SÃO JOSÉ (VISEU) Creche A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário EQUIPAMENTO SOCIAL DO CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA DE TORREDEITA TORREDEITA A.T.L. Institutos de Organizações Religiosas CENTRO DE DEFICIENTES DE SANTO ESTEVÃO EQUIPAMENTO SOCIAL DA CÁRITAS DIOCESANA DE VISEU SEDE ABRAVESES CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) Centro de Actividades Ocupacionais Lar Residencial Creche 100

101 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe CENTRO COMUNITÁRIO DO BAIRRO SOCIAL DE PARADINHA SÃO SALVADOR Centro Comunitário CENTRO SÓCIO-PASTORAL DA DIOCESE DE VISEU SANTA MARIA (VISEU) Lar de Idosos LAR RESIDÊNCIA RAINHAD. LEONOR RANHADOS Lar de Idosos Irmandade da Misericórdia/SCM EQUIP. SOC. DA MISERICÓRDIA DE VISEU SANTA MARIA (VISEU) Creche A.T.L. Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário LAR VISCONDESSA SÃO CAETANO SANTA MARIA (VISEU) Lar de Idosos CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA SANTA MARIA (VISEU) Creche CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO DA MISERICÓRDIA DE VISEU SANTA MARIA (VISEU) Centro de Acolhimento Temporário (C.A.T.) CENTRO DE DIA E JARDIM DE INFÂNCIA DA SAGRADA FAMÍLIA SÃO JOÃO DE LOUROSA Centro de Dia Casa do Povo CASA DO POVO DE ABRAVESES ABRAVESES Creche CASA DO POVO DE CEPÕES CEPÕES Serviço de Apoio Domiciliário 101

102 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe Instituto da Segurança Social LAR DE S. JOSÉ INTERNATO DOUTOR VITOR FONTES CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) REPESES Lar de Infância e Juventude Centro de Actividades Ocupacionais Lar de Apoio PALÁCIO DA BRINCADEIRA, LDA ABRAVESES Creche O CANTINHO DO BEBÉ CRECHE, LDA ABRAVESES Creche Entidade Lucrativa ACADEMIA DOS MORANGOS (VISEU) "LEARNING BABY" - CRECHE E JARDIM DE INFANCIA LEARNING - ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS VISPOLEGAR - CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) CORAÇÃO DE JESUS (VISEU) A.T.L. Creche A.T.L. Creche LAR QUINTA DA AVÓZINHA COUTO DE BAIXO Lar de Idosos CHIQUITITOS - JARDIM DE INFÂNCIA RANHADOS Creche 102

103 (Continuação tabela 25) Instituições existentes no concelho de Viseu, por natureza jurídica, freguesia e serviços/valências que dispõe RESIDÊNCIA-LAR VISO NORTE RANHADOS Lar de Idosos A ALCOFA - CRECHE E INFANTÁRIO RIO DE LOBA Creche RICARATINHOS - JARDIM DE INFÂNCIA E TEMPOS LIVRES SANTA MARIA (VISEU) Creche A.T.L. NATIVITAS - CRECHE E ATL, LDA. SÃO JOSÉ (VISEU) Creche A.T.L. ATL SIMBA SÃO JOSÉ (VISEU) A.T.L. LAR RESIDENCIAL SOL SÃO PEDRO DE FRANCE SÃO PEDRO DE FRANCE Lar de Idosos Fonte: Carta Social,

104 Capítulo Grupos em Situação de Vulnerabilidade 104

105 Capítulo 5 Grupos em Situação de Vulnerabilidade A análise multidimensional e o conhecimento da realidade que envolve os indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade social surge como fundamental para uma verdadeira caracterização do concelho, pois à semelhança dos outros territórios a nível nacional, existem no concelho de Viseu, grupos de cidadãos com semelhanças/características que convergem ao nível dos factores que impedem ou dificultam a sua participação social e o acesso a bens e serviços universais disponíveis para a população, sendo parte integrante destes grupos, nomeadamente as crianças e jovens em perigo, as pessoas com deficiência, os idosos, as minorias étnicas, os imigrantes, os ex-reclusos, as pessoas em situação de carência económica grave entre outros, e que neste capítulo procuraremos caracterizar. Crianças e Jovens em Perigo Constituindo as crianças e jovens um grupo de particular vulnerabilidade, com um grande potencial de reprodução e transmissão intergeracional, só conhecendo bem a sua realidade poderemos intervir para romper o ciclo reprodutor de pobreza e exclusões múltiplas que permeiam o quotidiano de muitas famílias. O conhecimento que actualmente existe sobre a realidade em que vivem muitas crianças e jovens do concelho é, em larga medida, baseado na recolha e tratamento da informação proveniente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e da Equipa Multidisciplinar de Assessoria aos Tribunais de Viseu. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viseu As Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), criadas e regidas pela Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro alterada pela Lei n.º 31/2003, regulamentada pelo Decreto-Lei n.º332- A/2000 de 30 Dezembro, são instituições oficiais não judiciárias com autonomia funcional, que visam promover os direitos da criança e do jovem, prevenindo ou pondo termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral, tendo competência territorial com base concelhia. 105

106 A intervenção das Comissões de Protecção deve obedecer ao princípio da subsidiariedade, isto é, deve ocorrer quando entidades existentes no concelho com competência em matéria de infância e juventude, não conseguem dar resposta às situações/problema existentes. A Lei de Protecção de Crianças e Jovens prevê no seu Artigo 35º as seguintes medidas de promoção e protecção aplicáveis pelas CPCJ: Apoio junto dos pais; Apoio junto de outro familiar; Confiança a pessoa idónea; Apoio para a autonomia de vida; Acolhimento familiar; Acolhimento em instituição. As medidas aplicadas pela comissão de protecção pressupõem a existência de consentimento dos pais, do representante legal ou da pessoa que tenha a guarda de facto da criança ou jovem e a não oposição da criança ou jovem com idade igual ou superior a 12 anos, devidamente integrados num acordo de promoção e protecção. No decorrer do ano transacto, 2008, o volume processual global da CPCJ de Viseu compreendeu um total de 362 processos, correspondente ao mesmo número de crianças/jovens. Deste universo de processos acompanhados, 32% (115) correspondem aos processos que transitam dos anos anteriores, 62% (225) correspondem aos processos instaurados no ano em avaliação e 6% (22) a processos reabertos. 106

107 Gráfico 54 Distribuição dos processos, de acordo com a sua actividade processual Fonte: CPCJ Viseu, Processos de 2008 Em termos de sinalização/participação das situações que colocaram em perigo as crianças e jovens, verifica-se uma predominância de encaminhamentos por parte das autoridades policiais (27%), dos estabelecimentos de ensino (18%) e de vizinhos e particulares (10%). Gráfico 55 Entidades que Sinalizaram/participaram a situação Fonte: CPCJ Viseu, Processos de

108 Relativamente à naturalidade das crianças e jovens caracterizados (362), 294 (81%) pertencem ao mesmo concelho da CPCJ, 44 (12%) a outros concelhos do país e 24 (7%) a outros países, não se registando qualquer situação dos PALOP. O gráfico 56 permite-nos verificar que, à excepção dos escalões etários dos 0 aos 2, dos 6 aos 10 e dos 18 aos 21 5, existe um maior número de crianças e jovens acompanhados do sexo masculino (53%) em detrimento do sexo feminino (47%). O escalão etário com maior incidência de intervenção da CPCJ verifica-se no intervalo dos 6 aos 10 anos (26%). Gráfico 56 Caracterização das crianças e jovens acompanhadas em função do sexo e escalão etário Fonte: CPCJ Viseu, Processos de 2008 Das 250 crianças/jovens a frequentar a escola, 219 (88%) estavam inseridas no ensino regular. Gráfico 57 Caracterização das crianças segundo o tipo de ensino em que estão inseridas Fonte: CPCJ Viseu, Processos de Os jovens com idades compreendidas entre os 18 e 21 anos correspondem em termos processuais, a casos que transitaram de anos anteriores. 108

109 A caracterização das problemáticas das crianças e jovens são determinantes para a intervenção da CPCJ, uma vez que é com base nestes dados que a sua modalidade alargada poderá delinear as estratégias e as acções com vista ao combate das situações de perigo mais prevalentes. As situações sinalizadas/participadas que motivam a intervenção das CPCJ foram agrupadas em categorias em função dos escalões etários das crianças e jovens. Assim, com base na lista 1, podemos referir que nos primeiros 5 anos de vida da criança a negligência surge como a principal problemática ao passo que dos 6 aos 14 anos os maus tratos psicológicos/emocionais parecem ser os mais representativos das situações que colocam as crianças em situação vulnerável. Não obstante este tipo de maus-tratos e a negligência estarem ainda associados ao escalão etário dos 15 ou mais anos, neste âmbito a exposição a modelos de comportamento desviante assume maior relevância. Lista 5 Principais problemáticas detectadas nos processos instaurados por escalão etário e frequência das mesmas Fonte: CPCJ Viseu, Processos de

110 No que concerne à intervenção desta Comissão, constata-se que, num universo processual de 173 menores acompanhados, a medida que reúne maior expressividade é claramente o apoio junto dos pais (73%). Esta medida consiste em manter a criança no seu meio, através do reforço das competências parentais. A esta medida segue-se o acolhimento institucional (14%) e o apoio junto de outro familiar (8%). Gráfico 58 Medidas de promoção/protecção aplicadas Fonte: CPCJ Viseu Equipa Multidisciplinar de Assessoria aos Tribunais (EMAT) No âmbito da Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro (alterada pela Lei n.º 31/2003) - Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, e de acordo com a sua regulamentação, pelo Decreto-Lei n.º 332-B/00 de 30 de Dezembro, foram constituídas as equipas multidisciplinares do sistema de Solidariedade e Segurança Social, posteriormente apelidadas como Equipa Multidisciplinares de Assessoria ao Tribunal de Família e Menores (EMAT) 6. A estas equipas compete o acompanhamento dos menores em perigo junto dos tribunais consistindo este apoio designadamente no seguinte: Apoio técnico às decisões dos Tribunais, no âmbito dos processos Judiciais de Promoção e Protecção, nomeadamente: na elaboração de informações ou relatórios sociais sobre a situação da criança ou do jovem, do seu agregado familiar ou das pessoas a quem esteja confiado; na intervenção em audiência judicial; na 6 Em 1999, é também aprovada a Lei da Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais (Lei n.º 3/99 de 13 de Janeiro), regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 186-A/99 de 31 de Maio e alterada pelo Decreto-Lei 178/00 de 9 de Agosto, que cria os Tribunais de Família e Menores. 110

111 participação nas diligências instrutórias, quando o juiz assim o determine. Acompanhamento da execução das medidas de promoção e protecção aplicadas; e Apoio aos menores que intervenham em processos judiciais de promoção e protecção. 7 Em Abril de 2009, a EMAT que integra a Unidade de Desenvolvimento Social do Centro Distrital de Viseu, encontrava-se a acompanhar um total de 286 menores em perigo junto do Tribunal de Viseu. Não obstante as medidas que privilegiam a manutenção da criança/jovem no seu meio natural de vida, das quais se destaca o apoio junto dos pais, assumirem um valor significativo na ordem dos 40 pontos percentuais, a realidade é que as medidas de promoção mais aplicadas pelo tribunal correspondem efectivamente a medidas de colocação institucional (47%), nomeadamente em Lares de Crianças e Jovens (LCJ) e em Centro de Acolhimento Temporário (CAT). Gráfico 59 Distribuição do nº de menores em acompanhamento EMAT, segundo a tipologia de resposta social Fonte: Centro Distrital de Viseu /Unidade de Desenvolvimento Social/ Núcleo Infância e Juventude em 20/04/ Decreto-Lei 332-B/2000 de 30 de Dezembro Regulamenta a Lei de Crianças e Jovens em Perigo 111

112 Apesar de legalmente ser atribuída clara preferência e prevalência às medidas a executar em meio natural de vida, a inexistência de respostas adequadas e concertadas que permitam um efectivo apoio junto dos pais, limita a sua aplicação levando a que, consequentemente, o Tribunal recorra a medidas de colocação, nomeadamente em instituição. A inexistência de retaguarda familiar estruturada e organizada que possa assumir a sua função educativa, constitui a principal razão que conduz aos dados que actualmente podemos constatar. Assim, o LCJ assume-se como uma resposta social que, como já verificamos no capítulo relativo aos «Equipamentos e Respostas Sociais», tem por finalidade o acolhimento de crianças / jovens, no sentido de lhes proporcionar estruturas de vida tão aproximadas quanto possível às das famílias, com vista ao seu desenvolvimento global, criando condições para a definição do projecto de vida de cada criança / jovem. O CAT, enquanto resposta social que tem por finalidade o acolhimento urgente e transitório de crianças e jovens em situação de urgência, decorrente de abandono, maus tratos, negligência ou outros factores, com vista ao seu adequado encaminhamento, no concelho de Viseu, enquadra no seu âmbito de acção 23 crianças. Imigrantes e minorias étnicas Imigrantes Em Dezembro de 2008, o número de cidadãos estrangeiros residentes no concelho de Viseu, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), situava-se nos 2 671, o que representa um decréscimo em relação aos anteirores cidadãos, em igual período temporal do ano de Gráfico 60 Evolução do número total de cidadãos estrangeiros no concelho de Viseu entre 2006 e 2008 Fonte: Delegação Regional de Viseu (do SEF) 112

113 Conforme se pode observar nos dados sistematizados na tabela 26, se no ano de 2006 a maioria dos estrangeiros residentes no concelho possuía autorização de residência ou se encontrava ao abrigo do Regime Extra-Comunitário (1 236), no ano de 2008 esta situação continua a verificarse, embora em menor número (920) como resultado do decréscimo verificado anteriormente. Tabela 26 Evolução do número de cidadãos estrangeiros registados na Delegação Regional de Viseu do SEF entre 2006 e Residentes Autorização de Residência, Regime Extra-Comunitário Cartão de Residência, Regime Comunitário Visto de Estudo Visto de Estada Temporária Prorrogações de Permanência Visto de Trabalho Visto de Curta Duração Acordo Luso-Brasileiro (ACBR) Outros Processos de Regularização Autorizações de Permanência Total Fonte: Delegação Regional de Viseu do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) No apoio a este grupo da população destaca-se a acção desenvolvida pelo Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) que no concelho, funciona desde Dezembro de 2003 num gabinete instalado na Cáritas Diocesana de Viseu. O CLAII consiste num espaço gratuito de acolhimento, informação e apoio descentralizado que visa ajudar a responder às questões, problemas que se colocam à população imigrante da zona, 113

114 nomeadamente relacionados com nacionalidade, legalização, reagrupamento familiar, acesso à educação e à saúde e retorno voluntário. A sua missão pretende ir além da informação e, a partir da interacção com estruturas locais, apoiar o processo multivectorial do acolhimento e integração de imigrantes a nível local. De acordo com os dados disponibilizados pelo CLAII de Viseu, no ano de 2008 foram realizados atendimentos e até Março do corrente ano (2009) procuraram este serviço 217 imigrantes. Da observação do gráfico 61, pode-se aferir que num universo de utilizadores do CLAII (2008): 559 (55%) eram de origem Latino Americana, nomeadamente do Brasil, 303 (30%) provinham do Leste Europeu (184 da Ucrânia, 42 da Bulgária, 30 da Moldávia, 27 da Bielorrússia, 6 da Croácia e 3 da Rússia e da Geórgia) 116 (11%) pertenciam ao continente Africano (33 de Angola, 27 de Marrocos, 16 de S. Tomé e Príncipe, da Guiné Bissau e de Cabo Verde, e 8 de Moçambique) e 24 (2%) tinham origem Chinesa. Gráfico 61 Atendimento do CLAII, segundo a região geográfica de origem dos Indivíduos Fonte: CLAII Viseu, 2008 Ainda neste âmbito, constata-se que dos indivíduos atendidos no CLAII, em 2008, 59% (601) eram do sexo masculino, conforme se poderá conferir através de uma breve leitura do gráfico. 114

115 Gráfico 62 Atendimento do CLAII, segundo o Género dos Indivíduos Fonte: CLAII Viseu, 2008 Uma das questões que efectivamente se coloca ao imigrante quando chega ao nosso país tem a ver com todo o processo que envolve a legalização. Segundo dados do CLAII Viseu, 62% (630) dos casos apresentados nos atendimentos estavam intrinsecamente relacionados com este processo. Gráfico 63 Distribuição do número de atendimentos do CLAII segundo a tipologia do problema apresentado Fonte: CLAII - Viseu No que à educação dos estrangeiros diz respeito, verifica-se que estes se encontram distribuídos pelas diversas escolas do concelho de Viseu, sendo que 38% destes, no ano lectivo 2008/09, eram originários de países da América Latina, mais concretamente do Brasil. 115

116 Gráfico 64 Distribuição por região de origem dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do concelho de Viseu (da pré-escola ao ensino secundário, Ano Lectivo 2008/2009) Fonte: Agrupamentos de Escolas do Concelho de Viseu Num universo de 164 alunos estrangeiros, podemos constatar que, em termos da variável sexo, não existem diferenças percentuais significativas entre rapazes (48%) e raparigas (52%). Gráfico 65 Distribuição dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do concelho de Viseu, por sexo (do pré-escolar ao ensino secundário, Ano Lectivo 2008/2009) Fonte: Agrupamentos de Escolas do Concelho de Viseu 116

117 Gráfico 66 Distribuição dos alunos estrangeiros nas diferentes escolas do concelho de Viseu, por país de origem e nível escolar frequentado (Ano Lectivo 2008/2009) Fonte: Agrupamento de Escolas de Viseu A grande percentagem de alunos estrangeiros, no ano lectivo de 2008/2009, encontrava-se a frequentar o 1º ciclo do ensino básico (40%) e secundário (27%). Minorias Étnicas No concelho de Viseu, as instituições públicas ou privadas (sem fins lucrativos) têm desenvolvido esforços no sentido de criar um conjunto de acções integradas e concertadas com vista à inserção social de diversos grupos-alvo que por determinados factores se encontram em situação de marginalizarão, exclusão social, como é o caso da população de etnia cigana fixada em algumas das freguesias do município (gráfico 67). Gráfico 67 Número de famílias/indivíduos de etnia cigana por freguesia de residência Fonte: Cáritas Diocesana de Viseu, Casa do Povo de Abraveses e ISS, I.P. C. Dist. Viseu 117

118 Assim, é de salientar o facto de 30% (205) das pessoas de etnia cigana residirem freguesia de São João de Lourosa, seguidos por uma comunidade contendo cerca de 28% (194) da população geral de etnia cigana em Paradinha. Gráfico 68 Distribuição do número de alunos de etnia cigana por Agrupamento e nível escolar (Ano Lectivo 2008/2009) Fonte: Agrupamento de Escolas de Viseu Num universo total de 145 alunos de etnia cigana, 89 pertencem ao Agrupamento de Escolas de Silgueiros, sendo que deste número, 16 estão inseridos em estabelecimento pré-escolar e 73 frequentam os 1º e 2º ciclos do ensino básico. Os restantes alunos, encontram-se distribuídos pelo Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique (42), Abraveses (10), Grão Vasco (7) e Marzovelos (4). 118

119 Gráfico 69 Distribuição do número de alunos de etnia cigana por Agrupamento e sexo (Ano Lectivo 2008/2009) Fonte: Agrupamento de Escolas de Viseu Relativamente ao sexo dos alunos que frequentam estabelecimentos de ensino dos referidos agrupamentos de escola, é possível verificar que os rapazes assumem uma representatividade maior que as raparigas (78/67). Pensionistas Os pensionistas são um grupo social bastante vulnerável aos impactos negativos da crise económica. Analisemos os números relativos às pensões atribuídas pelo Centro Nacional de Pensões (CNP), uma vez que estes correspondem a mais de um terço do total da população. O Concelho da Viseu apresenta um total de pensionistas, integrando os indivíduos a quem foram atribuídas pensões por invalidez, por velhice e de sobrevivência. 119

120 Gráfico 70 Número de pensionistas residentes no concelho de Viseu, por evento e sexo Fonte: Centro Nacional de Pensões (CNP), 2008 Da leitura dos gráficos 70 e 71, é possível verificar que a grande maioria das pensões atribuídas aos beneficiários do concelho são por velhice, o que na totalidade representa indivíduos a receber em média 4.278,01 /ano. Relativamente às pensões de sobrevivência, indivíduos viram-lhes atribuído este benefício com um valor médio anual 3.735,19, integrando este número eventualidades muito díspar, que vão desde pensões por falecimento de um dos progenitores na infância a pensões atribuídas por viuvez. Quanto aos beneficiários de pensões por invalidez, estes representam 9% do universo de pensionistas e auferiram no ano de 2008, em média, 3.558,86. Gráfico 71 Valor médio de pensões auferidas por residentes no concelho de Viseu, por evento e sexo Fonte: CNP, 2008 Idosos com baixos recursos A população idosa é o grupo populacional que vive em maior risco de pobreza. Apesar da melhoria sustentada assegurada pelo sistema de segurança social, em particular, do sistema de pensões, desde a segunda metade da década de 90, prevalecem situações de extrema vulnerabilidade de idosos que vivem de pensões com valores muito baixos. 120

121 A perda de autonomia, o isolamento social, as más condições habitacionais e o difícil acesso a serviços de saúde e/ou apoio social são também problemas que afectam este grupo populacional, reforçando as suas vulnerabilidades. Na tentativa de combater a pobreza e exclusão social dos mais idosos, foi aprovado em 29 de Dezembro de 2005 pelo Decreto-Lei nº 232/2005, uma prestação do subsistema de solidariedade destinada aos idosos com idade igual ou superior a 65 anos Complemento Solidário para Idosos. Grosso modo, trata-se de um complemento de um rendimento-base (pré)existente (pensão e/ou outros rendimentos), sendo portanto de natureza diferencial, isto é, a sua atribuição varia de acordo com os rendimentos dos agregados familiares. Os beneficiários do Complemento Solidário para Idosos beneficiam ainda de apoios adicionais, na protecção da saúde. Beneficiam de um programa de assistência em medicina dentária e de apoio específico para medicação, próteses dentárias, lentes e óculos. Gráfico 72 Distribuição do número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos no concelho de Viseu, por sexo e escalão etário Fonte: Dados cedidos pelo ISS, I.P. a Centro Distrital de Segurança social de Viseu a 20/05/2009 Tendo como referência os dados disponibilizados pelo Instituto da Segurança Social, podemos afirmar que idosos residentes no concelho de Viseu saíram do limiar de pobreza ao verem o seu rendimento mensal aumentar para um nível considerado admissível para levar uma 121

122 vida condigna com alguma qualidade de vida. Será de salientar o facto do número de idosos a beneficiar desta prestação pertencerem maioritariamente ao sexo feminino (68%). Famílias com baixos recursos A pobreza, entendida como um fenómeno resultante da escassez de recursos para fazer face às necessidades básicas e padrão de vida da sociedade actual, manifesta-se em Portugal como um fenómeno que tem origens no desenvolvimento do país e na adaptação ao rápido processo de modernização registado nas últimas décadas (PNAI ). Não obstante o crescimento económico ser um pilar indispensável no combate à pobreza e à exclusão social, ainda existem cidadãos que, por vários motivos que os incapacitam ou limitam para o trabalho, correm o risco de serem deixados para trás no decorrer deste processo de transformação económica em que vivemos. Esta situação aplica-se de igual modo aos que não atingem, mesmo através do trabalho, níveis de bem-estar admissíveis, e ainda àqueles que por não se encontrarem numa situação activa necessitam de apoio. Rendimento Social de Inserção Com o objectivo claro de intervir no combate à pobreza e à exclusão social surge no quadro das políticas de mínimos sociais o Rendimento Mínimo Garantido, agora Rendimento Social de Inserção, criado em 1996 e generalizado em Este objectivo é concretizado através de uma prestação pecuniária que permite a satisfação das necessidades mais prementes, mas também e sobretudo, através de um processo de inclusão social e profissional dos beneficiários. Tendo por base o artigo 1º da Lei 13/2003 de 21 de Maio, que revoga a Lei de 19-A/1996, de 29 de Junho, o Rendimento Social de Inserção, ( ) consiste numa prestação incluída no subsistema de solidariedade e num programa de inserção de modo a conferir às pessoas e aos agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária. Em Maio de 2009 registavam-se em Viseu agregados familiares que, distribuídos pelas 34 freguesias do concelho, beneficiavam desta prestação. 122

123 Esta realidade permite perceber a importância desta problemática. É obviamente uma questão estrutural no combate à exclusão social e que passa pelo envolvimento de diversos sistemas e agentes sociais. Gráfico 73 Número de agregados familiares com processamento Rendimento Social de Inserção, por freguesia de residência Fonte: ISS, Maio de 2009 Analisando o gráfico 73, é possível constatar que 31% dos beneficiários (438) desta medida de política social se concentra nas freguesias mais urbanas do Concelho Coração de Jesus (188), S. José (134) e Santa Maria de Viseu (116). A seguir a S. José, é a freguesia de S. Salvador que detém maior número de beneficiários (122), sendo que S. João de Lourosa concentra um número de agregados familiares equivalente ao de Santa Maria. 123

124 Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados Face à actual conjuntura sócio-económica, cabe salientar a importância do número significativo de pessoas abrangidas pelo Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC). Esta resposta social tem por finalidade contribuir para a resolução de situações de carência alimentar de pessoas e famílias desfavorecidas, promovendo a distribuição de géneros alimentícios, através de associações ou outras entidades sem fins lucrativos, nomeadamente a Cáritas Diocesana. Só no ano de 2008 este programa abrangeu cerca de famílias visienses. Tabela 27 Número de pessoas abrangidas pelo Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (até Março inc.) Número de Famílias Número de Indivíduos (dentro das famílias) Total Fonte: ISS, IP, C. Dist. Viseu Reclusos e ex-reclusos Apesar dos reclusos e ex-reclusos representarem um grupo pouco visível, a realidade é que o seu impacto em termos de combate à pobreza assume dimensões consideráveis. Por trás de cada recluso e ex-recluso há normalmente uma família em situação de extrema pobreza. Neste sentido, a promoção da reinserção social, familiar e profissional de reclusos em vias de libertação e de ex-reclusos reveste-se de especial significado quando se pretende intervir junto deste grupo específico. 124

125 De acordo com os dados disponibilizados pela Equipa do Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social, até Maio do presente ano, encontravam-se a ser acompanhados por esta mesma equipa 73 indivíduos, entre os quais 34 tinham a execução da sua pena suspensa. Gráfico 74 Distribuição do número de indivíduos em acompanhamento pela Equipa do Dão- Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social (19/05/2009) Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social Quanto aos principais crimes praticados em consequência de problemas de alcoolismo destacase o crime por violência doméstica. Gráfico 75 Distribuição do número de sujeitos acompanhados pela Equipa do Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social, relacionados com problemática de alcoolismo, enquanto praticantes de alguma tipologia de crime Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social 125

126 Comparativamente, no que se refere aos principais crimes praticados em consequência de problemas de toxicodependência, destaca-se o tráfico de estupefacientes. Gráfico 76 Distribuição do número de sujeitos acompanhados pela Equipa de Dão-Lafões da Direcção Geral de Reinserção Social, relacionados com problemática de toxicodependência, enquanto praticantes de alguma tipologia de crime Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social Pessoa com deficiência Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF) 8, a deficiência define-se como problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um desvio importante ou uma perda. A deficiência, ao longo dos tempos, em muitas culturas, foi considerada um castigo dos deuses, sendo por isso, um dos grupos mais discriminados da sociedade. Após a 2ª Guerra Mundial e com o aparecimento de um elevado número de pessoas com incapacidades resultantes da guerra, a sociedade ocidental começou a olhar, de modo diferente, esta problemática. Assistiu-se à alteração do conceito de deficiente para pessoa com deficiência, com o objectivo de reduzir a discriminação, uma vez que, o conceito define essencialmente pessoas (homem, 8 A CIF é, actualmente, o instrumento de referência para a percepção, interpretação e intervenção na área da deficiência humana. Esta classificação, comummente adoptada pelos diferentes sistemas de informação de saúde e pelos vários profissionais ligados à intervenção junto da pessoa com deficiência, apresenta uma base científica para a compreensão e estudo desta área. 126

127 mulher ou criança) que devido a uma doença, acidente ou anomalia congénita têm uma deficiência. No século XX, na Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948), a pessoa com deficiência é referida como grupo vulnerável assistindo-se, progressivamente, à defesa da participação em igualdade de oportunidades na sociedade. Na tentativa de elaborarmos uma caracterização o mais completa e transversal desta população e de alguns dos constrangimentos que norteiam o seu quotidiano, foram recolhidos dados relativos ao Censos de 2001 e ao quadro estatístico de três instituições do concelho que operam no âmbito da prestação de serviços à pessoa com deficiência - Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APVC), Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) e Centro de Deficientes de Santo Estêvão. Para além do contributo destas três organizações parceiras também a Equipa de Apoio às Escolas de Viseu (EAEV) facultou informação relativa à população sinalizada/apoiada até Dezembro de População residente com deficiência Gráfico 77 População residente e população residente com deficiência Fonte: INE, Censos 2001 De acordo com os dados de 2001, a população residente com deficiência representava na cidade de Viseu 5%. Em termos absolutos esse valor era próximo das pessoas. 127

128 Gráfico 78 População residente com deficiência, segundo o grupo etário Fonte: INE (Censos, 2001) Relativamente aos grupos etários, e dada a sua abrangência, o grupo dos anos era o que assumia maior representatividade de cidadãos com deficiência. Não podemos contudo, descurar a significativa incidência da deficiência no escalão dos indivíduos com mais idade (1 930). Gráfico 79 População residente, segundo o tipo de deficiência Fonte: INE (Censos, 2001) Não obstante a deficiência motora ser acompanhada muito de perto pela deficiência visual e por outras deficiências, é a primeira que assume maior preponderância (1554). 128

129 Gráfico 80 População residente, por grau de incapacidade atribuído Fonte: INE (Censos, 2001) Como se observa no gráfico, o grau de incapacidade igual ou superior a 60% representava pouco mais de ¼ da população residente com deficiência. Tendo em conta os motivos que facilitam a existência de alguns grupos particularmente vulneráveis a situações de pobreza e exclusão social que foram abordados anteriormente, a deficiência, ao contribuir para a perda de autonomia e isolamento social, assume-se como mais um factor que acaba por agravar essa vulnerabilidade. Tendo como referência os dados censitários, mais de 50% da população residente com deficiência não tem qualquer actividade económica. Gráfico 81 População residente, com 15 ou mais anos, por condição perante a actividade económica Fonte: INE (Censos, 2001) 129

130 Para confirmar o que acabamos de referir, o gráfico mostra que, efectivamente, 55% da população residente com deficiência tem como principal meio de vida, o rendimento fruto da pensão/reforma. O trabalho apenas constitui principal meio de vida para 23% desta população. Salienta-se ainda o papel que a retaguarda familiar assume enquanto suporte de apoio aos seus membros com deficiência. Gráfico 82 População residente, com 15 ou mais anos, por principal meio de vida Fonte: INE (Censos, 2001) No que respeita às acessibilidades que em 2001 estavam asseguradas na residência da população com deficiência, verifica-se que uma parte muito significativa residia em edifícios não acessíveis e sem elevador (2 793). 130

131 Gráfico 83 População residente por acessibilidade do edifício de residência Fonte: INE (Censos, 2001) Esta constatação que acabamos de efectuar, revela-se bastante pertinente na medida em que representa um constrangimento grave que é reforçado pelo conhecimento que já temos acerca do número significativo de indivíduos com deficiência motora. Reabilitação de crianças, jovens e adultos com deficiência Intervenção Precoce na Infância Como já tivemos oportunidade de verificar no capítulo relativo aos «Equipamentos e Respostas sociais», a intervenção precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família mediante acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social. Actualmente destina-se a famílias de crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 3 anos de idade, com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento. 131

132 Gráfico 84 Distribuição do número de crianças em risco segundo o sexo Fonte: Equipa de Apoio às Escolas de Viseu (ano lectivo 2008/2009) Após a análise do gráfico 84 concluímos que das 25 crianças com apoio de intervenção precoce na infância (entre os 0 e os 3 anos), a maioria apresenta risco estabelecido (16). O risco social não é visível como predominante nesta população, apesar de existir em algumas famílias, com crianças de risco estabelecido e biológico. Constatamos ainda uma maior evidência de crianças do sexo masculino. Educação Especial A educação especial visa a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para a adequada preparação para a vida profissional e para uma transição da escola para o emprego das crianças e dos jovens com necessidades educativas especiais. (Decreto-Lei nº 3/2008). 132

133 Gráfico 85 Distribuição do número de crianças e jovens segundo o nível de educação/ensino, sexo e idade Fonte: Equipa de Apoio às Escolas de Viseu (ano lectivo 2008/2009) De acordo com os indicadores, no concelho de Viseu, existem 560 crianças e jovens com necessidades educativas especiais. A maioria frequenta o 1º ciclo (253), predominando os alunos com idades compreendidas, entre 6 e 12 anos (190). No 3º ciclo o número de alunos também é significativo (113). No entanto no ensino secundário denota-se um decréscimo acentuado (57). Tabela 28 Distribuição do número de crianças e jovens com alterações das funções do corpo, segundo o nível de ensino e o sexo Alterações das funções do Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário corpo F M F M F M F M F M Total Visão Audição Linguagem Cognitivas Emocionais Neuromusculosqueléticas Voz e Fala Condições de Saúde física Autismo Multideficiência Total Fonte: Equipa de Apoio às Escolas de Viseu (ano lectivo 2008/2009) 133

134 Ao analisarmos a tabela anterior, podemos constatar que as alterações das funções cognitivas (299) e da linguagem (77) predominam, nas crianças e jovens a frequentarem estabelecimentos de ensino regular, sendo mais visíveis ao nível do 1º (139) e 3º ciclo (95). Em relação ao sexo, verificamos que os alunos do sexo masculino (299) se encontram em maioria em todos os graus de ensino. Gráfico 86 Distribuição do número de crianças e jovens com deficiência em Modalidades Específicas de Educação (MEE), segundo o nível de educação/ensino e sexo Fonte: Equipa de Apoio às Escolas de Viseu (ano lectivo 2008/2009) Legenda: UEE Unidade de Ensino Estruturado UAAS Unidade de Apoio a Alunos Surdos ERACBV Escola de Referência de Alunos Cegos e Baixa Visão Através da análise do gráfico anterior verificamos que num universo de 45 alunos a beneficiar de modalidades específicas de educação, a maioria está integrada em UEE (19) e em UAAS (16). Constatamos ainda que a maioria dos alunos, destas unidades, se encontra a frequentar o 1º ciclo (23) e o pré-escolar (11) e é do sexo masculino. 134

135 Escola de Ensino Especial A Escola de Ensino Especial (EEE) tem por missão a escolarização de crianças e jovens com necessidades educativas especiais que requeiram intervenções especializadas e diferenciadas que se traduzem em adequações significativas do seu processo de educação ou de ensino e aprendizagem, comprovadamente não passíveis de concretizar, com a correcta integração, noutro estabelecimento de educação ou de ensino ou para as quais se revele comprovadamente insuficiente esta integração. (Lei 21/2008 de 21 de Maio) Tabela 29 Distribuição do número de alunos de EEE por sexo e tipo de deficiência Faixa etária > =6 < 10 >=10 < 12 >=12 < 15 >=15 < 18 >=18 < 20 Sexo Tipo de deficiência Multideficiência Mental Total Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Total Fonte: APCV e APPACDM (Dezembro 2008) Após análise da tabela 29 verificamos que, num total de 38 alunos a frequentarem a EEE, predomina o sexo masculino (28). Em relação ao tipo de deficiência apenas a multideficiência (29) e a deficiência mental (9) são referenciadas. Formação Profissional A formação profissional visa dotar as pessoas com deficiência dos conhecimentos e capacidades necessários à obtenção de uma qualificação profissional que lhes permita alcançar e manter o 135

136 emprego e progredir profissionalmente no mercado normal de trabalho. Destina-se a pessoas com idade igual ou superior a 16 anos. Tabela 30 Distribuição dos formandos por tipo de deficiência, sexo e idade Faixa etária anos anos anos anos Tipo de Deficiência Sexo Musculoesquelética Funções Total Intelectual Psicológica Visual gerais Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Total Fonte: APCV e APPACDM (Dezembro 2008) Através da tabela 30 podemos verificar que 107 pessoas frequentam cursos de formação profissional, apresentando a maioria deficiência mental (88). Em relação à idade, a maioria dos formandos encontra-se na faixa etária entre os 16 e os 24 anos (94), a partir dos 25 anos denota-se uma redução acentuada. Relativamente ao sexo a diferença não é significativa. Centro de Actividades Ocupacionais O Centro de Actividades Ocupacionais (CAO), constitui-se como uma modalidade de apoio integrado no âmbito da acção social cujo objectivo é o de promover a valorização pessoal e a integração social da pessoa com deficiência de forma a permitir-lhes o desenvolvimento possível das suas capacidades, sem qualquer vinculação a exigências de rendimento profissional ou de enquadramento normativo de natureza jurídico-laboral. Estas actividades podem ser desenvolvidas em estruturas específicas (CAO) ou noutras estruturas existentes na comunidade ou no domicílio. (Decreto-Lei 15 de 1989 de 11 de Janeiro) 136

137 Gráfico 87 Distribuição dos clientes que frequentam o CAO, por escalão etário e sexo Fonte: Carta Social 2008 (APCV, APPACDM, CD Santo Estêvão) Ao analisarmos o gráfico 87 constatamos que das 120 pessoas que frequentam a resposta social CAO, 90 têm idades compreendidas entre os 25 e os 49 anos, sendo a maioria dos clientes do sexo masculino (77). Gráfico 88 Distribuição do número de clientes que frequentam o CAO, por sexo e tipo de deficiência Fonte: Carta Social 2008 (APCV, APPACDM, Santo Estêvão) 137

138 Relativamente ao tipo de deficiência dos clientes de CAO, verificamos uma maior evidência da deficiência mental (69), seguida da multideficiência (25) e paralisia cerebral (15). Lar Residencial O lar residencial consiste numa resposta social desenvolvida em equipamento, destinada a alojar jovens e adultos com deficiência, que se encontrem impedidos temporária ou definitivamente de residir no seu meio familiar, com idades iguais ou superiores a 16 anos. No entanto, pode admitir temporariamente pessoas com idades inferiores cuja situação sóciofamiliar o exija e se tenham esgotado todas as possibilidades de encaminhamento para outras respostas sociais mais adequadas. Gráfico 89 Distribuição do número de clientes na resposta social lar residencial, por faixa etária o sexo Fonte: Carta Social 2008 (APCV, APPACDM e CD Santo Estêvão) 138

139 Após análise do gráfico 89, verificamos que 74 clientes a beneficiar da resposta social de lar residencial, na sua maioria, têm idades compreendidas entre os 25 e os 59 anos (59). Relativamente ao sexo e apesar de não ser muito significativo, o feminino regista maior número (39). Gráfico 90 Distribuição do número de clientes que frequentam lar residencial, tipo de deficiência e sexo Fonte: Carta Social 2008 (APCV, APPACDM e Sto. Estêvão) Quanto ao tipo de deficiência dos clientes de lar residencial (74) constatamos que a que mais se evidencia é a multideficiência (35), seguida da deficiência mental (26) e da paralisia cerebral (11). Lar de Apoio O lar de apoio trata-se de uma resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a acolher crianças e jovens com necessidades educativas especiais que necessitem de frequentar estruturas de apoio específico situadas longe do local da sua residência habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem, temporariamente, de resposta substitutiva da família. 139

140 Gráfico 91 Distribuição do número de clientes que frequentam lar de apoio por idade e sexo Fonte: Carta Social 2008 (APPACDM) Após análise do gráfico 91 constatamos que apenas 11 clientes beneficiam da resposta social lar de apoio, sendo a maioria do sexo masculino (7) e, de idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos (11). Tabela 31 Distribuição do número de clientes que frequentam lar de apoio, por tipo de deficiência e sexo Tipo de Deficiência Sexo Total de clientes Masculino Feminino (N) Mental Fonte: Carta Social 2008 (APPACDM) Após análise da tabela 31 concluímos que os clientes a usufruírem da resposta social lar de apoio são pessoas com deficiência mental (11) e, na sua maioria, do sexo masculino (7). 140

141 Ambulatório/(Re)habilitação O Ambulatório é uma resposta social que desenvolve a sua actividade no âmbito da (re)habilitação e integração de pessoas com paralisia cerebral, doenças neurológicas e afins, problemas de desenvolvimento e/ou outras. A intervenção desenvolve-se em contexto institucional, domiciliário e comunitário, com respostas diversificadas e especializadas a nível Médico, Social, Psicológico e Terapêutico. Tabela 32 Distribuição das pessoas com deficiência, no domicilio, com resposta de (re)habilitação, por escalão etário, sexo e tipo de deficiência Tipo de Deficiência Faixa etária Sexo Total Motora Mental Auditiva Visual P.C. Outras 0-3 anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino anos Masculino Feminino Total Fonte: Carta Social 2008 (APCV) Ao analisarmos a tabela 32, podemos verificar que num total de 85 clientes da resposta social ambulatório/(re)habilitação, predomina a deficiência motora (47) e a paralisia cerebral (P.C.) (25). Quanto ao sexo evidencia-se o masculino (57). 141

142 É de salientar, que o maior número de clientes se encontra na faixa etária dos 6 aos 10 anos (24). Acolhimento familiar de crianças e jovens portadores de deficiência O acolhimento familiar é uma resposta social, que consiste em integrar temporária ou permanentemente em famílias consideradas idóneas, pessoas com deficiência, garantindo à pessoa um ambiente sócio-familiar e afectivo propício à satisfação das suas necessidades básicas e ao respeito da sua identidade, personalidade e privacidade, evitando ou retardando a sua institucionalização. Gráfico 92 Distribuição do número de crianças e jovens com deficiência integradas em famílias de acolhimento, por idade e sexo Fonte: ISS, IP Centro Distrital de Viseu Após a análise do gráfico podemos constatar que este tipo de resposta social ainda não está muito implementado no concelho, apenas 5 crianças, do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos estão inseridas em 3 famílias de acolhimento. 142

143 Gráfico 93 Distribuição do número de crianças e jovens com deficiência integradas em famílias de acolhimento, por idade e tipo de deficiência Fonte: ISS, IP Centro Distrital de Viseu Através da leitura do gráfico 93 concluímos que estão inseridas em famílias de acolhimento 1 crianças com deficiência mental (com 10 e 12 anos), 2 com multideficiência (com 11 e 12 anos) e 2 com deficiência auditiva (com 13 anos). 143

144 Capítulo Habitação / Condições de Habitabilidade 144

145 Capítulo VI Habitação / Condições de Habitabilidade A habitação é uma das expressões mais visíveis da condição social das populações. A melhoria das condições habitacionais é um passo essencial na luta contra a pobreza e exclusão social dos sectores mais carenciados da população. O reconhecimento do valor das acções de reabilitação humana surge nos apoios comunitários e programas integrados e articulados, com o objectivo duplo de assegurar os direitos humanos no domínio da habitação e reforçar a coesão social, assegurando a integração dos extractos mais desfavorecidos da população. Para a reinserção social das populações, que se mantêm em habitações degradadas, o realojamento afigura-se como um importante meio (mas não exclusivo) para melhorar a qualidade de vida das famílias. Habitação no Concelho de Viseu Alojamentos e Edifícios Os dados estatísticos a seguir apresentados foram recolhidos na publicação do INE (Censos 2001) e, ainda, junto da Câmara Municipal de Viseu e Empresa Municipal de Habitação Social Habisolvis e Juntas de Freguesia. Existem no concelho de Viseu um total de alojamentos. A tabela 33 mostra-nos o número de alojamentos existentes em cada freguesia. A freguesia de Coração de Jesus atinge um máximo de alojamentos, com clássicos e 14 não clássicos. Aproximam-se-lhes as freguesias de Santa Maria, Abraveses e Rio de Loba, apesar de apresentarem números bastante inferiores. Apenas quatro freguesias possuem, unicamente, alojamentos familiares clássicos, é o caso de Cepões, Côta e Couto de Baixo (todas elas rurais) e Repeses que se situa no perímetro urbano. Barreiros é a freguesia que possui menor número de alojamentos clássicos. 145

146 Tabela 33 Número de alojamentos por freguesia Local de Residência Clássicos Alojamentos (N) Outros Total Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Cota Couto de Baixo Couto de Cima Fail Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos

147 Tabela 34 Tipos de alojamento por freguesia Local de Residência Alojamentos (N) Familiares Colectivos Edifícios Abraveses Barreiros Boa Aldeia Bodiosa Calde Campo Cavernães Cepões Coração de Jesus (Viseu) Côta Couto de Baixo Couto de Cima Fail Farminhão Fragosela Lordosa Mundão Orgens Povolide Ranhados Repeses Ribafeita Rio de Loba Santa Maria (Viseu) Santos Evos São Cipriano São João de Lourosa São José (Viseu) São Pedro de France São Salvador Silgueiros Torredeita Vil de Souto Vila Chã de Sá Total Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 147

148 A partir da tabela 34 pode concluir-se que as freguesias com mais alojamentos familiares são Coração de Jesus, Santa Maria e Abraveses. Os alojamentos colectivos surgem apenas em freguesias urbanas ou periféricas, sendo de destacar a de Santa Maria com 19 e Coração de Jesus com 16. As freguesias de Rio de Loba, Abraveses, e Campo, possuem também um número significativo de edifícios. O gráfico 94, referente ao regime de ocupação dos alojamentos, indica-nos que 81% dos alojamentos são ocupados pelos proprietários e que 16% são arrendados ou subarrendados pelos proprietários, nomeadamente a estudantes e/ou famílias, que por vários motivos não possuem alojamento próprio. Gráfico 94 Regime de ocupação dos alojamentos Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) Da leitura do gráfico 95, ressalta que a grande maioria das famílias de Viseu tem o seu alojamento como residência habitual. Do total dos alojamentos, 21% são para uso sazonal, enquanto 10% dos alojamentos se encontram devolutos. Gráfico 95 Forma de ocupação dos alojamentos Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 148

149 Tabela 35 Proporção de alojamentos sobrelotados por localização geográfica Local de Residência Alojamentos sobrelotados (%) Abraveses 15,85 9,89 Barreiros 14,18 11,11 Boa Aldeia 17,04 10,14 Bodiosa 22,84 12,41 Calde 14,99 7,23 Campo 18,74 10,01 Cavernães 20,12 6,69 Cepões 11,84 10 Coração de Jesus (Viseu) 15,34 9,73 Côta ,68 Couto de Baixo 13,67 13,7 Couto de Cima 21,71 14,83 Fail 24,46 17,65 Farminhão 14,29 14,69 Fragosela 20,78 11,62 Lordosa 15,21 10,33 Mundão 20,09 10,62 Orgens 22,94 13,58 Povolide 24,66 14,16 Ranhados 20,76 7,49 Repeses 11,52 5,35 Ribafeita 14,35 11,45 Rio de Loba 16,12 8,26 Santa Maria (Viseu) 16,51 8,88 Santos Evos 26,13 13,07 São Cipriano 19,07 14,5 São João de Lourosa 21,64 12,73 São José (Viseu) 15,97 10,31 São Pedro de France 22,2 12,15 São Salvador 16,08 11,37 Silgueiros 18,52 9,67 Torredeita 14,07 11,16 Vil de Souto 16,59 11,21 Vila Chã de Sá 11,29 12,18 Viseu (Concelho) 17,58 10,25 Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 149

150 Analisando a tabela 35, verificamos a proporção de alojamentos sobrelotados em percentagem, em todas as freguesias do concelho de Viseu. Assim, pode-se concluir que tem havido um decréscimo significativo na percentagem dos edifícios sobrelotados das freguesias entre o período de referência dos dados 1991 a Apenas Vila Chã de Sá e Farminhão contrariam esta situação, tendo-se verificado um aumento. Como nos é dado a conhecer através da tabela 36, verificamos a proporção de alojamentos familiares sem pelo menos uma infra-estrutura básica (saneamento, água, electricidade e instalações sanitárias) em percentagem em todas as freguesias do concelho de Viseu. Podemos verificar que entre 1991 e 2001 houve uma melhoria nas condições de habitabilidade. No entanto, ainda há uma percentagem significativa de freguesias, sem pelo menos uma infraestrutura básica, salientando-se que na freguesia de Couto de Baixo existem ainda 32,96% de alojamentos nesta situação. Da tabela 37 pode constatar-se que tem havido um declínio acentuado na proporção de alojamentos clássicos arrendados, registando-se um decréscimo de 5,55% entre os períodos de referência. 150

151 Tabela 36 Proporção de alojamentos familiares sem pelo menos uma infra-estrutura básica por freguesia Local de Residência Alojamentos familiares sem pelo menos uma infra-estrutura básica (%) Abraveses 20,74 5,71 Barreiros 73,88 19,05 Boa Aldeia 47,53 22,12 Bodiosa 43,56 30,62 Calde 98,23 20,99 Campo 29,61 18,36 Cavernães 53,35 17,99 Cepões 57,92 27,08 Coração de Jesus (Viseu) 2,7 2,21 Côta 65,65 17,56 Couto de Baixo 59 32,96 Couto de Cima 58,36 24,14 Fail 48,49 9,66 Farminhão 35,71 13,47 Fragosela 41,34 11,77 Lordosa 51,39 11,8 Silgueiros 45,39 12,82 Mundão 23,9 4,69 Orgens 68,66 26,18 Povolide 18,41 5,46 Ranhados 40,97 15,34 Ribafeita 22,24 5,81 Repeses 10,93 3,98 Rio de Loba 9,16 3,87 Santa Maria (Viseu) 59,05 22,35 Santos Evos 49,22 20 São Cipriano 44,51 22,73 São João de Lourosa 16,18 5,99 São José (Viseu) 66,97 19,62 São Pedro de France 23,1 9,61 São Salvador 50,82 19,34 Torredeita 55,87 24,38 Vil de Souto 55,12 14,35 Vila Chã de Sá 40,23 13,1 Viseu (Concelho) 33,48 11,63 Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 151

152 Tabela 37 Proporção de alojamentos clássicos arrendados ou subarrendados por freguesia Local de Residência Alojamentos clássicos arrendados ou subarrendados (%) Abraveses 29,4 20,58 Barreiros 3,05 0 Boa Aldeia 0,9 0 Bodiosa 3,04 2,77 Calde 1,23 0,18 Campo 12,14 10,97 Cavernães 4,4 2,94 Cepões 0,87 0,83 Coração de Jesus (Viseu) 43,69 29,84 Côta 0 0 Couto de Baixo 7 0,74 Couto de Cima 4,71 2,43 Fail 8,15 8,86 Farminhão 11,29 4,15 Fragosela 19,61 9,57 Lordosa 0,36 0,99 Silgueiros 14,83 9,19 Mundão 18,27 10,53 Orgens 6,36 3,54 Povolide 23,09 18,08 Ranhados 0,23 2,25 Repeses 32,03 17,42 Ribafeita 22,89 16,34 Rio de Loba 51,64 39,45 Santa Maria (Viseu) 4,32 1,93 Santos Evos 7,85 4,34 São Cipriano 8 4,22 São João de Lourosa 52,07 41,51 São José (Viseu) 7,84 1,5 São Pedro de France 32,43 19,94 São Salvador 6,1 3,32 Torredeita 0,63 3,56 Vil de Souto 8,46 2,26 Vila Chã de Sá 3,85 13,33 Viseu (Concelho) 21,94 16,39 Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 152

153 Figura 9 Taxa de variação dos alojamentos entre o período de referência por freguesia Fonte: Câmara Municipal de Viseu A figura 9 mostra-nos a taxa de variação dos alojamentos entre o período de 1991 a 2001 por localização geográfica, verificando-se que a freguesia de Ranhados se destacou pelo acréscimo de 150,7% e que em S. Pedro de France houve um decréscimo de 19,8%. 153

154 Tabela 38 Proporção da população residente em alojamentos familiares não clássicos por freguesia Local de Residência População residente em alojamentos familiares não clássicos (%) 2001 Abraveses 0,8 Barreiros 0,5 Boa Aldeia 1,3 Bodiosa 0,8 Calde 0,8 Campo 0,7 Cavernães 6,7 Cepões 0 Coração de Jesus (Viseu) 0,3 Côta 0 Couto de Baixo 0 Couto de Cima 1 Fail 0,2 Farminhão 1,1 Fragosela 1,5 Lordosa 0,1 Mundão 0,2 Orgens 0,1 Povolide 0,9 Ranhados 0,2 Repeses 0 Ribafeita 0,1 Rio de Loba 0,4 Santa Maria (Viseu) 0,4 Santos Evos 1,9 São Cipriano 1,3 São João de Lourosa 6,4 São José (Viseu) 0,9 São Pedro de France 0,1 São Salvador 0,2 Silgueiros 1,1 Torredeita 0,9 Vil de Souto 0,8 Vila Chã de Sá 0,3 Viseu (Concelho) 0,8 Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 154

155 Na tabela 38, verifica-se que a freguesia de Cavernães tinha um elevado número de residentes em alojamentos familiares não clássicos com 6,7%, aproximando-se a freguesia de S. João Lourosa com 6,4%. A freguesia de Repeses, Couto de Baixo, Côta e Cepões não possuem alojamentos familiares não clássicos. Tabela 39 Proporção de edifícios muito degradados por freguesia Local de Residência Edifícios muito degradados (%) 2001 Abraveses 1,2 Barreiros 1,3 Boa Aldeia 0,2 Bodiosa 7,1 Calde 4 Campo 3,8 Cavernães 6,3 Cepões 0,1 Coração de Jesus (Viseu) 3,9 Cota 0,2 Couto de Baixo 2,2 Couto de Cima 8,9 Fail 3 Farminhão 1,7 Fragosela 0,9 Lordosa 2,5 Mundão 0 Orgens 0,5 Povolide 5,1 Ranhados 0,1 Repeses 0,3 Ribafeita 0,1 Rio de Loba 1,3 Santa Maria (Viseu) 3,3 Santos Evos 0,7 São Cipriano 0,1 São João de Lourosa 6,3 São José (Viseu) 3 São Pedro de France 0,1 São Salvador 2,5 Silgueiros 1 Torredeita 1,7 Vil de Souto 5,8 Vila Chã de Sá 0 Viseu (Concelho) 2,4 Fonte: INE (IV Recenseamento da população da Habitação - Censos 2001) 155

156 Da leitura da tabela 39, as freguesias de Bodiosa e Couto de Cima tinham uma proporção elevada de edifícios degradados. Gráfico 96 Número de licenças de habitabilidade no concelho de Viseu Fonte: Câmara Municipal de Viseu No período de 2006 e 2007 verificou-se um decréscimo de 5 licenças emitidas, sendo que de 2007 a 2008 verificou-se um acréscimo de 26 licenças emitidas. Do gráfico 97 pode concluir-se que entre 2006 e 2008 se verificou um decréscimo de 333 licenças nos alvarás de construção concedidas no concelho de Viseu 9. Gráfico 97 Número de alvarás de construção no Concelho de Viseu Fonte: Câmara Municipal de Viseu 9 Os números representados nos gráficos 96 e 97 dizem respeito a edifícios e moradias unifamiliares, sendo que os primeiros possuem vários fogos, mas apenas é emitida uma licença. 156

157 Habitação Social em Viseu No âmbito da política municipal de promoção da habitação e tendo em vista a concretização do objectivo social de erradicação das barracas no Município de Viseu, a Câmara Municipal de Viseu tem vindo a desenvolver esforços para que este objectivo se concretize. Através da análise da tabela 40, verifica-se que existem no concelho 472 fogos de habitação social, distribuídos por várias freguesias, sendo que a maioria são propriedade do Município, nomeadamente os bairros da Balsa, Calçada de Viriato, Fundação Salazar, Marzovelos, Municipal, Paradinha, 1.º de Maio e Quinta da Pomba. No que concerne ao tipo de vínculo, a maioria das famílias encontra-se em regime de renda apoiada. 157

158 Tabela 40 Número de fogos, famílias e tipo de vinculação em habitação social por freguesia Bairros de habitação social por freguesia Tipo de vínculo Total Freguesia Balsa Bairro Arrendamento (renda apoiada) Arrendamento Comodatos Devolutos Propriedade resolúvel Total Famílias Residentes Total Coração de Jesus Fragosela Ranhados Santa Maria 1.º de Maio Marzovelos Municipal Fragosela Quinta da Pomba Calçada Viriato Fundação Salazar São João de Lourosa S. Vicente Paulo São Salvador Paradinha Torredeita Fundação Joaquim dos Santos Fonte: Habisolvis Câmara Municipal de Viseu, Juntas de Freguesia 10 Fogos que não possuem condições de habitabilidade 158

159 Capítulo Saúde 159

160 Capítulo VII Saúde A Saúde é uma condição através da qual um indivíduo é capaz de realizar as suas aspirações e satisfazer as suas necessidades. É um conceito de vida que enfatiza recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas e um estado que se caracteriza pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais. É um direito de todos os cidadãos, direito este verificado não apenas no plano individual, pela liberdade de escolha, mas também no plano colectivo, através da igualdade de acesso. No sentido de atingir todos estes propósitos não podemos descurar a importância das respostas de saúde existentes no município e as que carecem de uma maior atenção. Elementos introdutórios sobre a saúde Como se pode observar no gráfico 98, o número de médicos por cada 1000 habitantes passou de 4,6 em 2006 para 4,4 em 2007, não se verificando uma alteração muito acentuada. Contudo, pode concluir-se que esta média se situa acima da nacional. Gráfico 98 Número de médicos por 1000 habitantes Fonte: INE Estatísticas da Saúde 160

161 Gráfico 99 Número de enfermeiros por 1000 habitantes Fonte: INE Estatísticas da Saúde No que respeita aos dados expostos no gráfico 99, o concelho de Viseu, com 9,1 enfermeiros por cada habitantes em 2007, encontra-se acima da média nacional, à semelhança do que foi apurado relativamente ao número de médicos. Gráfico 100 Número de farmácias e postos farmacêuticos por 1000 habitantes Fonte: INE, 2007 Estatísticas das Farmácias O número total de farmácias é de 3 038, sendo que 23 delas se encontram localizadas em Viseu. Podemos observar que o número de farmácias por habitantes, no concelho de Viseu, corresponde a uma média ligeiramente menor do que a média nacional. 161

162 Hospitais Os Hospitais situam-se na 2.ª linha de prestação de cuidados de saúde, estando particularmente vocacionados para a função curativa (internamento, cirurgia e tratamentos especializados) e para a realização de testes e exames específicos. Para além dos episódios de urgência, as situações encaminhadas para estas unidades de saúde são primordialmente veiculados pelo médico de família. O concelho de Viseu é servido por dois hospitais, um oficial e um privado. Gráfico 101 Número de hospitais segundo a sua tipologia Fonte: INE, 2007 Inquérito aos Hospitais No que respeita aos recursos humanos afectos ao hospital oficial de Viseu verificamos que os enfermeiros estão maioritariamente representados, com 648 pessoas, que corresponde a 39,5% do total de funcionários existentes no hospital. O número de enfermeiros é superior ao número de médicos (13,3%) e ao número de auxiliares (26,8%). 162

163 Gráfico 102 Recursos Humanos afectos ao Hospital S. Teotónio de Viseu Fonte: Hospital de S. Teotónio de Viseu, 2008 No gráfico seguinte constata-se que os serviços com maior número de camas são a Cirurgia, a Medicina e a Ortopedia, sendo que na totalidade existem 632 camas no Hospital de S. Teotónio de Viseu. Gráfico 103 Distribuição do número de camas pelos Serviços do Hospital S. Teotónio de Viseu Fonte: Hospital de S. Teotónio de Viseu,

164 Agrupamento dos Centros de Saúde Dão-Lafões I (ACES) Os Centros de Saúde são a unidade básica do Serviço Nacional de Saúde para atendimento e prestação de cuidados de saúde à população. Têm como objectivo primordial dar resposta às necessidades de Saúde da população abrangida, incluindo a promoção e a vigilância de Saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, através do planeamento e da prestação de cuidados ao indivíduo, à família e à comunidade, bem como o desenvolvimento de actividades específicas dirigidas às situações de maior risco ou vulnerabilidade de saúde. Gráfico 104 Utentes inscritos nos Centros de Saúde e suas extensões 11 Fonte: ACES Dão-Lafões I / Centro de Saúde Viseu 1 / Centro Saúde de Viseu 2 / Centro de Saúde Viseu 3 Programa SINUS, Abril/Maio de Em fase de implementação encontram-se mais duas Unidades de Saúde Familiar (USF). 164

165 Os dados apresentados nestes gráficos contabilizam os utentes inscritos, considerando os falecidos ou transferidos. É necessário relevar o facto de que o total de utentes inscritos ( ) representa um valor inflacionado, na medida em que muitas das vezes não é dada baixa dos utentes falecidos. Como se pode verificar, o Centro de Saúde 1 é o que tem maior número de utentes inscritos, sendo também o que tem maior número de equipamentos. Gráfico 105 Recursos Humanos afectos ao ACES Dão-Lafões I Fonte: Diário da República, I Série n.º de Março de 2009 (portaria n.º 274/2009) Nos Centros de Saúde que constituem o Agrupamento Dão-Lafões I trabalham médicos de família/clínica geral, médicos de saúde pública e enfermeiros, que prestam cuidados de saúde essenciais, preventivos ou curativos. Para além do pessoal administrativo trabalham ainda outros profissionais, nomeadamente assistentes sociais, nutricionistas e psicólogos. 165

166 Gráfico 106 Consultas médicas no ACES Dão-Lafões I Fonte: INE, 2007 Anuário Estatístico da Região Centro No que respeita às consultas médicas nos Centros de Saúde do Agrupamento Dão-Lafões I, conclui-se que em maior número surgem as consultas nos serviços de medicina geral e familiar/clínica geral, com um total de , seguindo-se a saúde infantil e juvenil/pediatria. O menor número de consultas foi efectuado na especialidade de pneumologia (331). 4 Toxicodependências Alcoolismo O alcoolismo é o conjunto de processos relacionados com o consumo excessivo e prolongado de álcool. É uma doença que pode prejudicar a pessoa que o consome e não só, pois muitas vezes pode originar comportamentos violentos, suscitados por frustrações e tensões, que com o consumo excessivo de álcool se acentuam. 166

167 Gráfico 107 Consultas de Alcoologia no ACES Dão-Lafões I 12 segundo o sexo dos utentes Fonte: ACES Dão-Lafões I Consultas de Alcoologia, 2008 Segundo dados apurados junto do ACES Dão-Lafões I, foram efectuadas, durante o ano de 2008, 313 consultas de alcoologia, sendo 57 utentes do sexo feminino e 256 do sexo masculino. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) Segundo dados apurados junto da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu (CPCJ), no ano de 2006 foram sinalizadas 2 crianças/jovens por consumo de álcool, ambas do sexo masculino. Em 2007, não houve casos sinalizados. Quanto ao número de situações acompanhadas por consumo de álcool por parte dos pais, verificaram-se 35 sinalizações, em 2006, e em sinalizações. 12 Os dados apresentados referem-se exclusivamente aos doentes acompanhados nas consultas de alcoologia, nos três Centros de Saúde do Concelho. Estes doentes podem, também, estar contabilizados nas estatísticas do Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito de Viseu (CARDV) e do Centro de Respostas Integradas (CRI). 167

168 Núcleo Local de Inserção (NLI) Gráfico 108 Situações acompanhadas no âmbito da Acção Social / Rendimento Social de Inserção Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Viseu O Centro Distrital de Segurança Social de Viseu acompanhou, como se constata no gráfico 108, 60 situações de Acção Social e 70 situações de Rendimento Social de Inserção nas quais pelo menos um dos elementos do agregado familiar tem problemas de álcool, em 2006 e Forças de Segurança Gráfico 109 Registos de Consumo Abusivo de Álcool Fonte: GNR e PSP de Viseu 168

169 Em relação ao número de ocorrências motivadas por consumo de álcool, estas referem-se a condutores intervenientes em acidentes com taxas de álcool igual ou superior a 1,20g/l responsáveis ou não pelo mesmo. Os registos de consumo abusivo de álcool, nos três períodos, foram na totalidade por condução sob o efeito de álcool. Quanto às características etárias dos indivíduos referenciados, no mesmo período de tempo, é de salientar que a totalidade possuía mais de 25 anos e eram do sexo masculino. Hospital de S. Teotónio de Viseu Os dados recolhidos junto do Hospital de S. Teotónio de Viseu referem-se ao concelho de Viseu, sendo este integrante da área de intervenção do Centro de Respostas Integradas de Viseu e respeitam ao ano de 2007 e 1.º trimestre de A base de recolha é feita através da Triagem de Manchester, sendo que as questões ligadas ao consumo de álcool enquadram-se nos episódios de embriaguez aparente. Gráfico 110 Número de episódios de Urgência Médica motivados pelo consumo de álcool ( embriaguez aparente ) Fonte: Hospital de S. Teotónio de Viseu 169

170 O gráfico apresenta dados referentes a episódios de urgência qualificados como embriaguez aparente. Como se pode verificar através da sua análise, Viseu apresenta um elevado número de casos num total de 85, desde 2007 até ao fim do 1.º trimestre de Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito de Viseu (CARDV) Os dados do CARDV referem-se a indivíduos sinalizados e encaminhados para primeira consulta na Unidade de Alcoologia ou Centro de Saúde de referência. Gráfico 111 Indivíduos sinalizados pelo CARDV Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu No ano de 2006, foram sinalizados e encaminhados para primeira consulta de alcoologia 119 indivíduos, dos quais 40 eram do sexo feminino. Em 2007, 118 indivíduos dos quais 42 do sexo feminino. No 1.º trimestre de 2008, 65 indivíduos, sendo que 50 eram do sexo masculino e 15 do sexo feminino. Quanto à faixa etária, verificou-se que a de maior prevalência, nos anos de 2006 e 2007, foi a dos 55 aos 64 anos. No 1.º trimestre de 2008, o grupo com maior representatividade foi o dos 45 aos 54 anos. 170

171 Unidade de Alcoologia de Coimbra Segundo os dados da Unidade de Alcoologia de Coimbra, fornecidos pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), os internamentos referentes a indivíduos oriundos do Concelho de Viseu foram 15, em 2006, dos quais 13 eram do sexo masculino e 2 do sexo feminino. Verificaram-se 13 internamentos, em 2007, sendo que 7 eram homens e 6 mulheres. No 1.º trimestre de 2008 registaram-se 6 internamentos, dos quais 4 homens e 2 mulheres. Gráfico 112 Internamentos na Unidade de Alcoologia de Coimbra Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu Tal como se pode verificar pela análise do gráfico, no que se refere às consultas de alcoologia, a Unidade de Alcoologia de Coimbra efectuou, em 2006, 484 consultas de indivíduos oriundos do concelho de Viseu, 450 em 2007 e 116 consultas no 1.º trimestre de Gráfico 113 Número de consultas na Unidade de Alcoologia de Coimbra Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu 171

172 Consumo de Substâncias Ilícitas Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) Relativamente a crianças/jovens sinalizados por consumo de drogas ilícitas, a CPCJ não verificou nenhuma situação em 2006 e apenas 1 em 2007, do sexo masculino. No que diz respeito a situações acompanhadas por consumo de drogas por parte dos pais, no ano de 2006 registou-se 1 caso. Em contrapartida, em 2007 foram acompanhadas 4 situações. Núcleo Local de Inserção (NLI) Gráfico 114 Situações acompanhadas no âmbito da Acção Social / Rendimento Social de Inserção Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Viseu Quanto às situações relacionadas com problemas de consumo de drogas, houve um total de 16 casos de Acção Social e 26 de Rendimento Social de Inserção, nos dois anos em análise. Forças de Segurança (PSP) Gráfico 115 Registos de Consumo Abusivo de Droga Fonte: PSP de Viseu 172

173 Como se pode observar na tabela, verificou-se uma diminuição no número de registos de consumo abusivo de droga, de 2006 para Não existem, contudo, dados suficientes para fazer uma avaliação destes registos referentes ao ano de Hospital de S. Teotónio de Viseu No que se refere às drogas, estas inserem-se nos episódios de sobredosagem envenenamento. Gráfico 116 Número de episódios de Urgência Médica motivados pelo consumo de droga ( sobredosagem-envenenamento ) Fonte: Hospital de S. Teotónio de Viseu O gráfico apresenta os dados referentes a episódios de urgência qualificados como sobredosagem envenenamento. Como se pode verificar através da sua análise, Viseu apresenta um total de 63 casos nos períodos considerados. Tratamento e Reinserção A Equipa de Tratamento e Reinserção de Viseu acompanhou, em 2006, 209 indivíduos. Em 2007 verificaram-se 215 acompanhamentos e no 1.º trimestre de 2008 foram assistidos 108 indivíduos. A maioria dos consumidores é do sexo masculino. Quanto ao nível de escolaridade, a grande maioria dos indivíduos possui o 3.º ciclo. 173

174 Gráfico 117 Consultas na Equipa de Tratamento e Reinserção Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu Relativamente às consultas na Equipa de Tratamento e Reinserção do Centro de Respostas Integradas de Viseu, através da análise do gráfico, concluímos que as faixas etárias com maior relevância no concelho de Viseu são as dos 30 aos 34 anos, seguida dos 25 aos 29 anos e a faixa do 40 aos 44 anos. Gráfico 118 Substâncias consumidas como droga inicial Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu 174

175 Relativamente à droga inicial, é de salientar a cannabis como substância de eleição, verificandose casos mais diminutos de heroína, cocaína e outras substâncias. Gráfico 119 Tipos de drogas consumidas Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu O tipo de drogas consumidas pelos utentes acompanhados pela Equipa de Tratamento e Reinserção do Concelho de Viseu no período em análise ( ), tal como se pode verificar no gráfico, é com maior expressão a heroína, seguida da cannabis, heroína e cocaína e outras substâncias. Programas em Curso No âmbito do Programa Operacional de Respostas Integradas, o IDT/Centro de Respostas Integradas implementou uma medida de intervenção que integra respostas transdisciplinares e que decorre dos resultados do diagnóstico de um território identificado como prioritário: freguesias urbanas (Santa Maria, São José e Coração de Jesus) e freguesias periurbanas (Abraveses, Fail, Orgens, Ranhados, S. Salvador e Vila Chã de Sá). No que respeita às freguesias urbanas foram identificadas problemáticas como a toxicodependência, alcoolismo, prostituição, delinquência juvenil, consumo de substâncias psicoactivas em idades precoces e pequena criminalidade associada ao consumo de álcool/substâncias psicoactivas em espaços recreativos. Os grupos-alvo identificados são toxicodependentes de substâncias ilícitas, indivíduos com processos de contra-ordenação e jovens consumidores de álcool, haxixe e drogas sintéticas. 175

176 As propostas de intervenção são a prevenção, através da implementação de programas de prevenção universal, selectiva e Indicada, a redução de riscos e minimização de danos, a reinserção social, a dissuasão e o tratamento. Relativamente às freguesias periurbanas identificaram-se diversos problemas, entre os quais a toxicodependência, alcoolismo, prostituição, pequeno tráfico, negligência parental, disfuncionalidades familiares, violência doméstica, desajustamento social, delinquência juvenil, consumo de substâncias psicoactivas em idades precoces, abandono, absentismo e insucesso escolar. Os grupos-alvo apontados são toxicodependentes de substâncias ilícitas, prostitutas e jovens em risco. As propostas de intervenção junto deste segmento diagnosticado são a prevenção, através da implementação de programas de prevenção universal, selectiva e indicada, e a reinserção social. De referir que, no concelho de Viseu, encontram-se 13 indivíduos inseridos no Programa Vida Emprego (PVE), sendo que o sexo masculino está representado em maior número. HIV/SIDA no Concelho de Viseu Foram rastreados ao HIV/Sida um total de 165 utentes no concelho de Viseu, sendo que 143 são do sexo masculino e 22 do sexo feminino, tendo-se verificado a existência de 2 casos de HIV/Sida, ambos em mulheres. Gráfico 120 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por estado civil Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu, 2008 Dos utentes rastreados, verificamos pela análise do gráfico que a maioria é solteira. 176

177 Gráfico 121 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por nível de escolaridade Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu, 2008 São os indivíduos com o 2.º e 3.º ciclos completos que estão representados em maior número, sendo que os níveis de escolaridade mais baixos e mais altos, respectivamente, apresentam valores sem expressão relevante. Gráfico 122 Utentes rastreados ao HIV/Sida, por escalão etário Fonte: IDT Centro de Respostas Integradas de Viseu, 2008 Quanto aos escalões etários, os grupos entre os 25 e os 39 anos são os mais representados, sendo que o maior número está entre os 30 e os 34 anos. 177

178 Tabela 41 Distribuição dos casos e mortes por HIV/Sida segundo a residência 13 (01/01/ /12/2008) Residência Portugal Viseu Casos Mortes Casos Mortes Sida Sida (VH2) Casos Sintomáticos Não-Sida Portadores Assintomáticos Fonte: Departamento de Doenças Infecciosas Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica (DDI URVE) Entre 1983 e 2008 verificaram-se, em Viseu, 175 casos de Sida, dos quais resultaram 78 mortes. Os casos de HIV/Sida em Viseu representam 1,2% dos casos notificados no país. No que respeita ao número de mortes, estas representam 1,1% do total nacional. Saúde Mental Os dados apresentados referem-se à distribuição dos utentes do Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de São Teotónio de Viseu, no que respeita ao serviço de apoio domiciliário. Gráfico 123 Utentes por sexo Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, Residência à data da notificação. 178

179 Através deste gráfico, podemos concluir que é o sexo masculino quem mais necessita do serviço de apoio domiciliário na área da saúde mental em Viseu. Gráfico 124 Utentes por diagnóstico e sexo Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, 2009 Dentro das várias doenças mentais, os doentes com esquizofrenia são os que mais recorrem ao serviço de apoio domiciliário, tanto no sexo masculino como no feminino, sendo os doentes de oligofrenia os que menos usufruem deste serviço. Gráfico 125 Utentes por idade e sexo Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu,

180 No que concerne às faixas etárias, os doentes do sexo masculino com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos são os que recebem mais apoio domiciliário. No sexo feminino, as idades recorrentes estão compreendidas entre os 50 e os 59 anos. Gráfico 126 Utentes e retaguarda familiar Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, 2009 Dos 639 utentes do serviço domiciliário, 472 têm retaguarda familiar, 86 estão institucionalizados e 81 vivem sozinhos. Gráfico 127 Utentes por actividade profissional Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, 2009 Relativamente às actividades profissionais, pode verificar-se que estes doentes se encontram maioritariamente inactivos e apenas 47 possuem uma laboração regular. 180

181 O gráfico 128 permite-nos observar que o número de visitas domiciliárias a utentes com problemas de Saúde Mental, foi bastante variável ao longo do ano, nos dois períodos em análise. Gráfico 128 Visitas domiciliárias Número de visitas Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, 2009 Através da análise do gráfico 129 observamos que, em 2006, houve um maior número de doentes visitados nos meses de Janeiro e Dezembro, enquanto que em 2007 foram visitados mais doentes em Março e Novembro. Gráfico 129 Visitas domiciliárias Doentes visitados Fonte: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio de Viseu, 2009 Procedendo à leitura de ambos os gráficos, podemos concluir que o número de visitas e de doentes visitados em 2006 e 2007 não coincide, excepto nos meses de Fevereiro e Abril. 181

182 Capítulo Criminalidade e Segurança 182

183 Capítulo VIII Criminalidade e Segurança O presente capítulo abrange essencialmente a criminalidade e a sinistralidade rodoviária registada no nosso concelho. Elegeram-se, para base do trabalho, os dados relativos aos anos de 2007 e 2008, estabelecendo-se, sempre que possível, as correspondentes comparações. Os dados expostos, sempre na forma de gráfico, para melhor percepção e compreensão, foram recolhidos junto das Forças de Segurança (PSP e GNR) sedeadas no concelho e também, sempre que necessário, com recurso à consulta das estatísticas, do Instituto Nacional de Estatística (INE). Criminalidade no concelho Entende-se como Crime, em termos analíticos, toda a acção ou omissão humana, típica, antijurídica, culpável e punível. Gráfico 130 Total de Crimes denunciados às Forças de Segurança e sua distribuição pelos seus principais grupos De registar um aumento do número total de crimes denunciados em 2008, mais 237 do que em 2007, sendo relevante o aumento do número de crimes contra ao património, mais 295 do que em

184 Gráfico 131 Taxa de criminalidade ( ) total e sua distribuição pelos principais grupos de crimes Considerou-se, para a elaboração deste gráfico a população residente no concelho em 2007, habitantes, conforme consta dos dados estatísticos do INE. A taxa registada confirma o aumento da criminalidade identificada no gráfico anterior, com principal incidência nos crimes contra o património. Crimes contra as Pessoas São todos aqueles cuja compreensão se estende a actos que põem em risco o bem-estar das pessoas, através de lesão corporal, de periclitação da vida e da saúde, de rixa, contra a honra e contra a liberdade individual. Realçam-se neste grupo os dois tipos de crimes que se expõem no gráfico que se segue. Gráfico 132 Ofensas à integridade física e violência doméstica Denota-se no período em análise alguma estabilidade nos números relativos aos crimes contra a integridade física. 184

185 Quanto aos crimes de violência doméstica verifica-se a existência de um pequeno decréscimo de situações denunciadas, menos 10 em Crimes contra o Património São todos aqueles que ponham em risco os bens e o poderio económico das pessoas, isto é, ponham em causa a universalidade de direitos que tenham expressão económica para as pessoas. É neste grupo que se regista, como já vimos, o maior aumento do número de crimes. Realçam-se neste âmbito, pelo tipo e quantidade, os enquadrados na categoria de crimes contra a propriedade, que se seguem. Gráfico 133 Crimes contra a propriedade segundo a sua tipologia Sobressai no conjunto o aumento do número de furtos em residências, os quais duplicaram de 2007 para Crimes contra a Vida em Sociedade São todos aqueles praticados contra a família, a segurança das comunicações e paz pública, bem como as falsificações. Realça-se neste grupo, o crime de condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro, o qual, apesar de não registar qualquer alteração nos quantitativos anuais em análise, ainda continua a contar com um número significativo de casos. 185

186 Gráfico 134 Condução veículo com taxa álcool a 1,2 g/l Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu Crimes contra o Estado São todos aqueles que ponham em risco a soberania nacional e o funcionamento das suas instituições e serviços especiais. Apesar do aumento do número de crimes registado neste grupo, nenhum deles merece especial destaque. Crimes previstos em legislação avulsa São todos aqueles previstos em legislação individual e específica. Salientam-se pela quantidade e tipo, os crimes que se seguem. Gráfico 135 Tráfico de droga e condução sem habilitação legal Relativamente ao crime por tráfico de droga, regista-se uma subida de mais 8 casos detectados em 2008 por referência ao ano de Verifica-se ainda um número significativo de crimes por condução sem habilitação legal, não obstante uma pequena redução de 2007 para

187 Sinistralidade rodoviária no concelho Os valores considerados e aqui representados referem-se, tal como se mencionou no início deste capítulo, aos anos de 2007 e 2008 e dizem apenas respeito aos acidentes rodoviários comunicados às Forças de Segurança (PSP e GNR), sedeadas no concelho de Viseu. Acidentes rodoviários Acidente rodoviário é toda a ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo menos um veículo, do conhecimento das entidades fiscalizadoras (PSP e GNR) e da qual resultem vítimas, pelo menos uma, e/ou danos materiais. Segue-se um registo gráfico do total dos acidentes rodoviários comunicados às Forças de Segurança e a sua distribuição face aos resultados ocorridos, isto é, com vítimas e/ou danos materiais, bem como outro, onde constam as causas que os originaram. Gráfico 136 Acidentes rodoviários totais e sua distribuição face aos resultados Constata-se a estabilização do número de acidentes, sendo contudo de assinalar em 2008, um aumento significativo na quantidade de acidentes que tiveram vítimas, mais 86 do que em

188 Gráfico 137 Causas dos acidentes rodoviários registados Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Viseu Estão incluídas nas outras causas, entre outras, a deficiência da via, a deficiência mecânica, a inversão de marcha, a mudança de direcção, a marcha atrás, a travessia repentina de peões e a travessia repentina de animais, as quais, pelos valores individuais apresentados e para não sobrecarregar o gráfico, se optou por agrupar neste item. Nas causas não determinadas, inserem-se todos aqueles acidentes em que não foi possível especificar as causas dos mesmos. As principais causas dos acidentes rodoviários são, como se verifica no gráfico, a velocidade excessiva e as infracções às regras de prioridade. Vítimas Vítima é, neste contexto, todo o ser humano que em consequência de acidente sofra danos corporais, em que: Morto ou vítima mortal é uma vítima de acidente cujo óbito ocorra no local do evento, ou no seu percurso até à unidade de saúde; Ferido grave é uma vítima de acidente, cujos danos corporais obriguem a um período de hospitalização superior a 24 horas; Ferido ligeiro é uma vítima de acidente que não seja considerado ferido grave. 188

189 Gráfico 138 Número total de vítimas e sua distribuição segundo a sua tipologia Da observação do gráfico constata-se que o número total de vítimas cresceu em 2008, registando-se um grande aumento no número de feridos ligeiros, mais 99. Salienta-se contudo, o decréscimo do número de mortos, menos 6. Agentes de autoridade O total de agentes de autoridade existentes no nosso concelho e considerados no gráfico que se segue, corresponde ao somatório dos efectivos das duas Forças de Segurança (PSP e GNR), aqui sedeadas. Gráfico 139 Número de agentes de autoridade por cada 1000 habitantes O número de agentes de autoridade no concelho por cada habitantes (4,1), encontra-se um pouco abaixo da média nacional que era, em finais de 2008, de cerca de 4,3 agentes por cada mil habitantes, de acordo com os dados estatísticos do INE, que estimavam a população residente em Portugal, de habitantes e o Relatório Anual de Segurança Interna, de 2008, que contabiliza como efectivo global das Forças de Segurança (PSP e GNR), um número superior a elementos. 189

SISTEMA DE INFORMAÇÃO REDE SOCIAL MIRANDELA SISTEMA DE INFORMAÇÃO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO REDE SOCIAL MIRANDELA SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 1 TERRITÓRIO Número de Freguesias Tipologia das Freguesias (urbano, rural, semi urbano) Área Total das Freguesias Cidades Estatísticas Total (2001, 2008, 2009) Freguesias Área Média

Leia mais

Sessão Aberta do CLAS Viseu. Viseu, 21 de Abril de 2010

Sessão Aberta do CLAS Viseu. Viseu, 21 de Abril de 2010 Sessão Aberta do CLAS Viseu Viseu, 21 de Abril de 2010 1 Refeitório Social Viseu, 21 de Abril de 2010 2 O Programa Municipal Viseu Solidário prevê o apoio extraordinário a pessoas e famílias carenciadas.

Leia mais

ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL

ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL Fevereiro 2013 Proposta de Revisão do PDM ÍNDICE I Proposta de Estrutura Ecológica Municipal I Proposta de Estrutura Ecológica Municipal Para a efetiva delimitação da estrutura

Leia mais

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Apresentação Comissão Social de Freguesia Prazeres www.observatorio-lisboa.eapn.pt observatoriopobreza@eapn.pt Agenda I. Objectivos OLCPL e Principais Actividades/Produtos

Leia mais

ANÁLISE DOS LIMIARES DE EXPANSÃO

ANÁLISE DOS LIMIARES DE EXPANSÃO ANÁLISE DOS LIMIARES DE EXPANSÃO Fevereiro de 2013 Proposta de Revisão do PDM Índice Memória descritiva Análise dos limiares de expansão Proposta de Revisão do PDM I Análise dos limiares de expansão (Perímetro

Leia mais

Indicadores Estatísticos no Distrito de Braga (atualização: agosto de 2018)

Indicadores Estatísticos no Distrito de Braga (atualização: agosto de 2018) Tabela 1 Indicadores Rendimentos e Condições de Vida RENDIMENTOS E CONDIÇÕES DE VIDA Ganho médio mensal Poder de compra IPC - Indicador per Capita INDICADORES PPC Percentagem de Poder de compra Subsídios

Leia mais

DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE MONTALEGRE

DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE MONTALEGRE DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE MONTALEGRE Dinâmicas Demográficas e Socio- Familiares A - Desertificação e envelhecimento da população Decréscimo populacional na ordem dos 17.5%; Jovens diminuíram para

Leia mais

CENSOS 2011 DADOS DEFINITIVOS

CENSOS 2011 DADOS DEFINITIVOS Município de CENSOS 2011 DADOS DEFINITIVOS (Concelho de ) Índice População Residente.. 3 Densidade Populacionais. 4 Variação da População..5 Jovens e Idosos...6 Índice de Envelhecimento...7 Desemprego..8

Leia mais

Apresentação do diagnóstico e plano de desenvolvimento social CLAS 15/01/2015

Apresentação do diagnóstico e plano de desenvolvimento social CLAS 15/01/2015 Apresentação do diagnóstico e plano de desenvolvimento social CLAS 15/01/2015 Taxa de Desemprego (INE) 2001 6,2% 2011 12,2% Nº de Desempregados (IEFP) Dez 2011 462 Dez 2012 549 Dez 2013 430 Nov 2014 425

Leia mais

Manteigas em Números. Designação do indicador Valor Unidade Ano Fonte. Território. População

Manteigas em Números. Designação do indicador Valor Unidade Ano Fonte. Território. População Designação do indicador Valor Unidade Ano Fonte Território Área total 122 km 2 2012 INE Anuário Estatístico da Região Centro - 2012 Perímetro 65 km2 2012 INE Anuário Estatístico da Região Centro - 2012

Leia mais

Indicadores para avaliação do PDM em vigor

Indicadores para avaliação do PDM em vigor para avaliação do PDM em vigor Primeiro Objectivo Desenvolver, Diversificar e Modernizar a base produtiva Segundo Objectivo Reforço das Acessibilidades Intra-concelhias e Promover o Desenvolvimento Equilibrado

Leia mais

SI2E. Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego CONTACTOS. (Portaria nº 105/2017, de 10 de março) DLBC RURAL 2014/2020

SI2E. Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego CONTACTOS. (Portaria nº 105/2017, de 10 de março) DLBC RURAL 2014/2020 DLBC RURAL 2014/2020 CONTACTOS Telef: 232.421.215 Fax: 232.426.682 Email: addlap@mail.telepac.pt Endereço: ADDLAP - Rua dos Loureiros, nº 16 r/c - 3500-148 VISEU Website: www.addlap.pt SI2E Território

Leia mais

SI2E. Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego. (Portaria nº 105/2017, de 10 de março) DLBC RURAL 2014/2020

SI2E. Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego. (Portaria nº 105/2017, de 10 de março) DLBC RURAL 2014/2020 Componente FEDER - Investimento DLBC RURAL 2014/2020 Limite dos Investimentos: Até 100 mil euros - Intervenções GAL; Superior a 100 mil e até 235 mil euros, nas Intervenções CIM/AM. Níveis de apoio -40%

Leia mais

Fevereiro Homens Mulheres Total. Número de beneficiários de subsídio de desemprego por sexo. Âmbito geográfico

Fevereiro Homens Mulheres Total. Número de beneficiários de subsídio de desemprego por sexo. Âmbito geográfico Fevereiro 2016 O presente documento pretende fazer de forma sintética uma análise das principais caraterísticas do Distrito de Viseu no que à área social diz respeito. Pretendemos que sirva como elemento

Leia mais

,8 15,1 INE, Censos /2009-7,4-8,7

,8 15,1 INE, Censos /2009-7,4-8,7 TERRITÓRIO E DEMOGRAFIA 1. Área, km² 8543 1106,8 INE, Censos 2011 2. Área por freguesia, km² STª Maria Salvador Brinches Vila Verde de Ficalho Vila Nova S. Bento Pias Vale de Vargo 154,9 287,8 93,4 103,8

Leia mais

Documento de Suporte ao PDS do Concelho de Arganil ( ) Indicadores. Conselho Local de Ação Social de Arganil

Documento de Suporte ao PDS do Concelho de Arganil ( ) Indicadores. Conselho Local de Ação Social de Arganil Documento de Suporte ao PDS do Concelho de Arganil (2015-2020) Indicadores Conselho Local de Ação Social de Arganil 2015 1 ÍNDICE TABELAS Tabela 1.1. Indicadores Território/Demografia.. 3 Tabela 1.2. Indicadores

Leia mais

Diagnóstico Social de Oeiras Anexos

Diagnóstico Social de Oeiras Anexos Diagnóstico Social de Oeiras 2013 Anexos Fevereiro de 2014 SAÚDE POPULAÇÃO Anexo 1 INDICADORES Densidade populacional (hab./km 2 ) 3766,6 População residente, segundo os grandes grupos etários e sexo (nº):

Leia mais

nº de beneficiários de subsidio de desemprego por sexo

nº de beneficiários de subsidio de desemprego por sexo O presente documento pretende fazer de forma sintética uma análise das principais caraterísticas do Distrito de Faro no que à área social diz respeito. Pretendemos que sirva como elemento de consulta base

Leia mais

Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre

Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre Estatísticas Demográficas 2017 15 de novembro de 2018 Número de casamentos aumenta e número de divórcios volta a diminuir; mortalidade infantil regista o valor mais baixo de sempre A situação demográfica

Leia mais

DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL

DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL DINÂMICAS DO ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO NO MUNICÍPIO DO FUNCHAL Abril de 2012 Índice Geral Índice Geral... 1 Índice de Figuras... 2 Nota Introdutória... 4 1. Indicadores e Taxas de Movimento da População...

Leia mais

AMADORA XXI POPULAÇÃO 2001

AMADORA XXI POPULAÇÃO 2001 AMADOR RA XXI POPULAÇÃO 2001 Nota Introdutória Amadora XXII disponibilizará informação de natureza muito diversa, baseada na recolha e estruturação de dados censitários, equipamentos, funções urbanas e

Leia mais

3,11% 3,03% 2,82% 2,76% 2,56% 1,92% 1,62% 1,52% 1,48% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00%

3,11% 3,03% 2,82% 2,76% 2,56% 1,92% 1,62% 1,52% 1,48% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% Problemáticas Especificas e Respostas Sociais Famílias e comunidade Rendimento Social de Inserção População Beneficiária de RSI (%) Barreiro Montijo Almada Setúbal Peninsula de Setúbal Portugal Continental

Leia mais

Número de nados vivos volta a diminuir em 2012

Número de nados vivos volta a diminuir em 2012 Estatísticas Demográficas 29 de outubro de 2013 Número de nados vivos volta a diminuir em O número de nados vivos desceu para 89 841 (96 856 em 2011) e o número de óbitos aumentou para 107 612 (102 848

Leia mais

(112,47) ^^encia a 413,36

(112,47) ^^encia a 413,36 (112,47) ^^encia a 413,36 Este documento pretende proceder a uma análise sintética das principais variáveis sociais, económicas e demográficas do Distrito de Évora salientando os aspetos que se afiguram

Leia mais

CAPÍTULO I - Demografia

CAPÍTULO I - Demografia 18 Diagnóstico Social do Município de Fornos de Algodres CAPÍTULO I - Demografia Conteúdo População Residente Distribuição Populacional Densidade Populacional Estrutura Populacional Distribuição da População

Leia mais

Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016

Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016 Estatísticas Demográficas 2016 31 de outubro de 2017 Número médio de filhos por mulher sobe para 1,36 em 2016 A situação demográfica em Portugal continua a caracterizar-se pelo decréscimo da população

Leia mais

Evolução da população

Evolução da população Site da CMLoures Link Município Estatísticas Censos de 2011 Resultados Provisórios I Censos de 2001 I Mapa Interativo Censos de 2011 Resultados Provisórios Demografia I Construção I Habitação Demografia

Leia mais

Censos 2001: Resultados Provisórios

Censos 2001: Resultados Provisórios Censos 2001: Resultados Provisórios As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EVIDENCIADAS PELOS RESULTADOS PROVISÓRIOS DOS CENSOS 2001 Na População A 12

Leia mais

OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS Rede Social OBSERVATÓRIO DA REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS MUNICÍPIO MAIOR 2012 Rede Social Observatório da Rede Social Município Maior O Município Maior visa promover a melhoria da qualidade de vida

Leia mais

ALMADA FICHA TÉCNICA. Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011

ALMADA FICHA TÉCNICA. Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011 DMPATO DPU Divisão de Estudos e Planeamento A ALMADA FICHA TÉCNICA Título Território e População Retrato de Almada segundo os Censos 2011 Serviço Divisão de Estudos e Planeamento Departamento de Planeamento

Leia mais

AS CIDADES EM NÚMEROS

AS CIDADES EM NÚMEROS CD-ROM As Cidades em Números 2000-2002 17 de Junho de 2004 AS CIDADES EM NÚMEROS Caracterizar e quantificar o conhecimento sobre as actuais 141 cidades portuguesas, espaços que, cada vez mais, concentram

Leia mais

Atlas das Cidades Portuguesas

Atlas das Cidades Portuguesas Informação à Comunicação Social 7 de Junho de 2002 Atlas das Cidades Portuguesas Pela primeira vez o INE edita um Atlas das Cidades de Portugal, publicação que reúne um conjunto de indicadores sobre as

Leia mais

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais.

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais. Índice. 1 Introdução 2 3 2-4 2.1. - A Metodologia. 4 3 - Áreas de Intervenção. 4 3.1 Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais. 4 3.2 - Educação e Formação. 10 3.3 - Habitação 14 3.4 - Transportes e Acessibilidades

Leia mais

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 4 de Março de 2004 Dia Internacional da Mulher DIA INTERNACIONAL DA MULHER O Instituto Nacional de Estatística não quis deixar de se associar à comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, apresentando

Leia mais

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde 4

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde 4 Índice. 1 Introdução 2 3 2 - Plano de Acção para 4 2.1. - A Metodologia. 4 3 - Áreas de Intervenção. 4 3.1 Saúde 4 3.2 Equipamentos e Respostas Sociais 8 3.3 Educação / Formação... 15 3.4 Emprego 21 3.5

Leia mais

SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE SINES DEMOGRAFIA E INDICADORES DEMOGRÁFICOS

SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE SINES DEMOGRAFIA E INDICADORES DEMOGRÁFICOS DEMOGRAFIA E INDICADORES DEMOGRÁFICOS 1 INDICADOR: População residente e taxa de variação, 1991 e 2001 População Variação 1991 2001 Portugal 9867147 10356117 5,0 Alentejo 782331 776585-0,7 Alentejo Litoral

Leia mais

Mapa 1. Freguesias de Poceirão e Marateca. Área 282,0 km 2 Fonte: DGT, CAOP População habitantes Fonte: INE, Censos 2011

Mapa 1. Freguesias de Poceirão e Marateca. Área 282,0 km 2 Fonte: DGT, CAOP População habitantes Fonte: INE, Censos 2011 Mapa 1. Freguesias de Poceirão e Marateca Área 282, km 2 Fonte: DGT, CAOP 213 População 8.482 habitantes 211 Fonte: CMP, DRHO-SIG População e Famílias Quadro 1. População residente 1991 21 211 Variação

Leia mais

Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE DENSIDADE POPULACIONAL FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7

Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE DENSIDADE POPULACIONAL FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7 0 Índice Geral 1. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE... 2 2. DENSIDADE POPULACIONAL... 5 3. FAMÍLIAS, ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS... 7 4. ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE... 9 5. NATURALIDADE DA POPULAÇÃO

Leia mais

Departamento de Administração e Desenvolvimento Organizacional Divisão de Recursos Humanos e Organização F r e g u e s i a d e Q u i n t a d o A n j o

Departamento de Administração e Desenvolvimento Organizacional Divisão de Recursos Humanos e Organização F r e g u e s i a d e Q u i n t a d o A n j o Mapa 1. Freguesia de Quinta do Anjo Área 51,1 km 2 Fonte: DGT, CAOP 213 População 11.865 habitantes 211 Fonte: CMP, DRHO-SIG População e Famílias Quadro 1. População residente 1991 21 211 Variação (%)

Leia mais

Diagnóstico Social do Concelho de Valongo Diagnóstico Social. Concelho de Valongo. ... Página 1 de 110

Diagnóstico Social do Concelho de Valongo Diagnóstico Social. Concelho de Valongo. ... Página 1 de 110 Diagnóstico Social Concelho de Valongo 2015... Página 1 de 110 Valongo, 2015 Página 2 de 110 FICHA TÉCNICA TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE VALONGO - 2015 EDIÇÃO Município de Valongo Conselho Local

Leia mais

PLANO DE AÇÃO

PLANO DE AÇÃO PLANO DE AÇÃO 2014-2015 REDE SOCIAL DO CONCELHO DE VIMIOSO Introdução O Plano de Ação 2014-2015 é um documento de planeamento onde se identificam os projetos e intervenções previstos para esse período,

Leia mais

A população: evolução e contrastes regionais. As estruturas e os comportamentos demográficos

A população: evolução e contrastes regionais. As estruturas e os comportamentos demográficos A população: evolução e contrastes regionais As estruturas e os comportamentos demográficos A evolução demográfica, em Portugal, sobretudo no que se refere ao crescimento natural, refletiu-se na sua estrutura

Leia mais

Modelo Conceptual-Operacional

Modelo Conceptual-Operacional Estimativas e Modelação Estatística Modelo Conceptual-Operacional Disseminação e Comunicação Cloud Trabalho em rede DATA VISUALIZATION INPUTS & PROCESS OUTPUTS OUTCOMES IMPACT Análise e Síntese Nacional

Leia mais

Evolução da população do Concelho de Cascais

Evolução da população do Concelho de Cascais Evolução da população do Concelho de Cascais 197-211 5, 4,5 4, 3,5 Homens 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, Idades 95 + 9-94 85-89 8-84 75-79 7-74 65-69 6-64 55-59 5-54 45-49 4-44 35-39 3-34 25-29 2-24 15-19 1-14 5-9

Leia mais

ÍNDICE. Índice de quadros...i Índice de gráficos...ii Índice de figuras... III

ÍNDICE. Índice de quadros...i Índice de gráficos...ii Índice de figuras... III ÍNDICE Pág. de quadros...i de gráficos...ii de figuras... III 1. Introdução...1 1.1. Preâmbulo...1 1.2. Conceito e finalidade...3 1.3. Conteúdo da Carta Educativa...6 1.4. Intervenientes e metodologia

Leia mais

Demografia e População

Demografia e População População Residente Total Anos de 2001 e 2011 População Residente Total Portugal 10 356 117 10 562 178 Continente 9 869 343 10 047 621 Norte 3 687 293 3 689 682 Entre Douro e Vouga 276 812 274 859 Santa

Leia mais

DRAFT DIAGNÓSTICO SOCIAL DE LOULÉ 2014

DRAFT DIAGNÓSTICO SOCIAL DE LOULÉ 2014 DRAFT DIAGNÓSTICO SOCIAL DE LOULÉ 2014 Plenário CLAS Loulé, 3/12/2014 Enquadramento O Diagnóstico Social deve ser um instrumento participado, que dá conta das principais dinâmicas sociais locais, através

Leia mais

uma montra de uma imobiliária em Buenos Aires servia de inspiração ao início de um projecto que dava corpo à futura Urbanização da Portela.

uma montra de uma imobiliária em Buenos Aires servia de inspiração ao início de um projecto que dava corpo à futura Urbanização da Portela. Portela uma montra de uma imobiliária em Buenos Aires servia de inspiração ao início de um projecto que dava corpo à futura Urbanização da Portela. Enquadramento no Concelho Figura 1 Freguesia da Portela

Leia mais

Localização (Sede) Rua Nossa Senhora do Calvário Campanhã. Porto. Contatos. Caraterização e localização

Localização (Sede) Rua Nossa Senhora do Calvário Campanhã. Porto. Contatos. Caraterização e localização Localização (Sede) Rua Nossa Senhora do Calvário 4300-357 Campanhã Porto Contatos 1 / 5 O Agrupamento de Escolas do Cerco está situado na zona oriental da Cidade do Porto, freguesia de Campanhã. A freguesia

Leia mais

6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO

6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO Diagnóstico Social do Concelho de Arcos de Valdevez 6. PERFIS E TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS DO CONCELHO Fotografia 6.1. Peneda Diagnóstico Social do Concelho de Arcos de Valdevez 97 A população do concelho

Leia mais

PRONÚNCIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL RELATIVA À APLICAÇÃO DA LEI Nº 22/2012, DE 30 DE MAIO, NO CONCELHO DE VISEU.

PRONÚNCIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL RELATIVA À APLICAÇÃO DA LEI Nº 22/2012, DE 30 DE MAIO, NO CONCELHO DE VISEU. PRONÚNCIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL RELATIVA À APLICAÇÃO DA LEI Nº 22/2012, DE 30 DE MAIO, NO CONCELHO DE VISEU. Ao abrigo da Lei nº22/2012, de 30 de maio, a Assembleia Municipal de Viseu reuniu-se no passado

Leia mais

RENDIMENTO. capita do Distrito, com 68,8%.

RENDIMENTO. capita do Distrito, com 68,8%. O presente documento visa apresentar, de uma forma sintética, alguns indicadores estatísticos relativos ao Rendimento, Mercado de Trabalho, Educação, Habitação, Demografia, Justiça e Segurança e Saúde,

Leia mais

Estatísticas Demográficas 2014

Estatísticas Demográficas 2014 Estatísticas Demográficas 214 3 de outubro de 215 Saldos natural e migratório negativos atenuam-se face ao ano anterior Em 214 verificou-se uma diminuição da população residente, mantendo a tendência observada

Leia mais

[DINÂMICAS REGIONAIS NA REGIÃO CENTRO]

[DINÂMICAS REGIONAIS NA REGIÃO CENTRO] DINÂMICAS REGIONAIS NA REGIÃO CENTRO A REGIÃO CENTRO NO CONTEXTO NACIONAL E REGIONAL A Região Centro, segundo a Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS), é uma das sete regiões

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA

CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA Ano letivo 2012 / 2013 Autores: Cristina Sampaio Olívia Pinto Paulo Duque Página1 INDICE CONTEÚDO 1. OBJETIVO... 4 2. METODOLOGIA... 4 3. Caraterização Geral... 5 3.1. ESTUDANTES

Leia mais

Ficha Técnica: Título: Carta Educativa do Município de Viseu.

Ficha Técnica: Título: Carta Educativa do Município de Viseu. Ficha Técnica: Título: Carta Educativa do Município de Viseu. Entidade Protocolada: Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), do Instituto Superior Politécnico de Viseu (ISPV). Equipa Técnica da ESEV/ISPV:

Leia mais

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE SÃO VICENTE E RESPECTIVAS FREGUESIAS. Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map.

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE SÃO VICENTE E RESPECTIVAS FREGUESIAS. Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map. 11. SÃO VICENTE MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE SÃO VICENTE E RESPECTIVAS FREGUESIAS Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map.html (adaptado) O concelho de São Vicente, criado em

Leia mais

Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo

Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo 27 de abril de 2017 Estatísticas Vitais 2016 Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo Em 2016, nasceram com vida (nados-vivos) 87 126 crianças, de mães residentes em Portugal. Este

Leia mais

2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais.

2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais. Índice. 1 Introdução 2 3 2-4 2.1. - A Metodologia. 4 3 - Áreas de Intervenção. 4 3.1 Saúde, Equipamentos e Respostas Sociais. 4 3.2 - Educação e Formação. 11 3.3 - Habitação 12 4 Siglas 13 2 1 - Introdução

Leia mais

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE TAROUCA PRÉ-DIAGNÓSTICO SOCIAL DE TAROUCA

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE TAROUCA PRÉ-DIAGNÓSTICO SOCIAL DE TAROUCA CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE TAROUCA PRÉ-DIAGNÓSTICO SOCIAL DE TAROUCA 2005 PRÉ-DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE TAROUCA CONSTITUIÇÃO DOS ÓRGÃOS DA REDE SOCIAL DO CONCELHO DE TAROUCA Conselho Local

Leia mais

Praça da República - Apartado 47, Setúbal

Praça da República - Apartado 47, Setúbal Ficha Técnica: Versão: Data: Autor: Responsável: Morada: Email: 1.0 12-03-2015 ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JL, CN) ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JR) Praça da

Leia mais

AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS

AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS Dia Mundial da Criança 1 de Junho 30 de Maio de 2005 AS CRIANÇAS EM PORTUGAL - ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS O conteúdo do presente Destaque está alterado na página 2, relativamente ao divulgado em 30-05-2005.

Leia mais

Diagnóstico Social do concelho de Mogadouro

Diagnóstico Social do concelho de Mogadouro Diagnóstico Social do concelho de Mogadouro Coordenação: Joana Silva, Vereadora da Ação Social e Educação Diagnóstico Social do concelho de Mogadouro, elaborado no âmbito do Programa Rede Social, para

Leia mais

Enquadramento Eixos Prioritários de Intervenção

Enquadramento Eixos Prioritários de Intervenção Enquadramento O Plano de Ação é um instrumento operativo, elaborado em cada ano, no qual se define e orienta o trabalho, estabelecendo e calendarizando as ações e atividades que irão ser desenvolvidas

Leia mais

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde 4

1 Introdução. 2 - Plano de Acção para A Metodologia Áreas de Intervenção Saúde 4 Índice. 1 Introdução 2 3 2-4 2.1. - A Metodologia. 4 3 - Áreas de Intervenção. 4 3.1 Saúde 4 3.2 Equipamentos e Respostas Sociais 8 3.3 Educação / Formação... 19 3.4 Emprego 23 3.5 - Habitação 26 4 Siglas

Leia mais

Programa Rede Social Nisa PLANO DE AÇÃO Câmara Municipal de Nisa. Praça do Município Nisa Telefone

Programa Rede Social Nisa PLANO DE AÇÃO Câmara Municipal de Nisa. Praça do Município Nisa Telefone PLANO DE AÇÃO 2019 NOTA PRÉVIA Decorrente do processo de atualização do diagnóstico social e do plano de desenvolvimento social, da Rede Social do Concelho de Nisa e numa perspetiva de continuidade em

Leia mais

População residente. Distribuição da população por freguesias

População residente. Distribuição da população por freguesias População e Território População residente Local de Residência População residente (211) 155 2185 17653 1227 Sarilhos Pequenos 115 9864 Total 6629 Distribuição da população por freguesias 15% Sarilhos

Leia mais

MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS REDE SOCIAL MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS Diagnóstico Social Freguesia: S. Roque CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA FREGUESIA INDICADORES FREGUESIA S. Roque Km2 6,8 Lugares 5 480 Vias de unicação EN 227,

Leia mais

Figura n.º1 Mapa do Distrito de Aveiro. Fonte:

Figura n.º1 Mapa do Distrito de Aveiro. Fonte: Figura n.º1 Mapa do Distrito de Aveiro Fonte: http://viajar.clix.pt/geo.php?d=10&1g=pt O concelho de Estarreja encontra-se situado na Região Centro do país, na Beira Litoral; constitui parte integrante

Leia mais

Plano de Desenvolvimento Social

Plano de Desenvolvimento Social Plano de Desenvolvimento Social 65 6. Planear para Intervir Objectivos e Estratégias Numa fase seguinte, após a consequente identificação das vulnerabilidades concelhias /eixos estratégicos de intervenção

Leia mais

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital da Guarda

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital da Guarda PLANEAMENTO ESTRATÉGICO SUPRACONCELHIO Plataforma Supraconcelhia * Beira Interior Norte (PSCBIN) Diagnóstico Social (DS) e Plano de Desenvolvimento Social (PDS) 11 / Dezembro / 2009 Instituto da Segurança

Leia mais

Carta Educativa da Lourinhã

Carta Educativa da Lourinhã Carta Educativa da Lourinhã FASE 1: RECOLHA DE DADOS, CARACTERIZAÇÃO E EVOLUÇÃO RECENTE DO SISTEMA EDUCATIVO NO CONCELHO FASE 2: PROJEÇÕES DEMOGRÁFICAS E CENÁRIOS PROSPETIVOS DA POPULAÇÃO ESCOLAR REUNIÃO

Leia mais

POPULAÇÃO. Resultados Provisórios dos Censos 2011 Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica GSIG Câmara Municipal de Oeiras

POPULAÇÃO. Resultados Provisórios dos Censos 2011 Gabinete de Sistemas de Informação Geográfica GSIG Câmara Municipal de Oeiras POPULAÇÃO XV Recenseamento Geral da População e V Recenseamento Geral da Habitação (Censos 2011) Resultados Provisórios Última atualização destes dados: 07 de dezembro de 2011 População residente (N.º)

Leia mais

Direção Regional de Estatística da Madeira

Direção Regional de Estatística da Madeira 03 de outubro de 2014 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013 A presente publicação compila os diferentes indicadores divulgados ao longo do ano relativos ao comportamento demográfico

Leia mais

3.13. Síntese do diagnóstico Educação pré-escolar

3.13. Síntese do diagnóstico Educação pré-escolar 3.13. Síntese do diagnóstico 3.13.1. Educação pré-escolar A capacidade instalada (oferta) na educação pré-escolar ao nível concelhio é composta por 36 estabelecimentos, 28 da rede pública, 3 da rede solidária

Leia mais

PROGRAMA DE INICIATIVA COMUNITÁRIA URBAN II LISBOA (VALE DE ALCÂNTARA) rodoviárias Avenida de Ceuta, Acessos à Ponte 25 de Abril,

PROGRAMA DE INICIATIVA COMUNITÁRIA URBAN II LISBOA (VALE DE ALCÂNTARA) rodoviárias Avenida de Ceuta, Acessos à Ponte 25 de Abril, 1. INTRODUÇÃO 1.1. OBJECTIVOS DO RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DE 2005 Nos termos do artigo 37º do Regulamento (CE) n.º 1260/99 do Conselho, de 21 de Junho, que estabelece as disposições gerais sobre os Fundos

Leia mais

Rede Social de Vila Nova de Famalicão 2013 Ano Europeu dos Cidadãos Famalicão promove Fóruns Comunitários nas Comissões Sociais Inter- Freguesias

Rede Social de Vila Nova de Famalicão 2013 Ano Europeu dos Cidadãos Famalicão promove Fóruns Comunitários nas Comissões Sociais Inter- Freguesias Rede Social de Valongo Pais, Mães & Companhia Rede Social de Aveiro Sessões de Sensibilização entre pares na área das demências Rede Social da Covilhã Efemérides e Atividades Atividades 2013 Ano Europeu

Leia mais

2 OBSERVATÓRIO REDE SOCIAL MATOSINHOS

2 OBSERVATÓRIO REDE SOCIAL MATOSINHOS 2 OBSERVATÓRIO REDE SOCIAL MATOSINHOS A eficácia da intervenção social só é possível na articulação de todos os agentes locais. O Observatório Social vai permitir multiplicar os resultados da intervenção,

Leia mais

Território e Demografia

Território e Demografia Indicadores Sociais Palmela NUT III Península de Setúbal Território e Demografia Concelho: Território Palmela Mapa do Concelho Superfície: 462,80 Km 2 Freguesias: 5 Distância Sede Concelho/Sede Distrito:

Leia mais

Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional)

Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional) COIMBRA BI Distrital 2018 2017 Mediana do Rendimento por adulto equivalente Linha de pobreza nacional POBREZA MONETÁRIA Taxa de risco de pobreza (calculada com linha de pobreza nacional) Linha de pobreza

Leia mais

10º ANIVERSÁRIO DO DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

10º ANIVERSÁRIO DO DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA 13 de Maio de 2004 Dia Internacional da Família 15 de Maio 10º ANIVERSÁRIO DO DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA O Instituto Nacional de Estatística associa-se a esta comemoração, apresentando uma breve caracterização

Leia mais

Rede Social. Quadro I - População residente activa e empregada segunda seguindo o sexo e o ramo de actividade taxas de actividades em 1991 e 2001.

Rede Social. Quadro I - População residente activa e empregada segunda seguindo o sexo e o ramo de actividade taxas de actividades em 1991 e 2001. Emprego e Formação Profissional Alguns dos dados constantes nesta área do Pré-diagnóstico foram fornecidos pelo Centro de Emprego de Pinhel e os restantes retirados do XVI Recenseamento geral da População

Leia mais

Gráfico 1 População residente no distrito de Castelo Branco. (Fonte: INE, e 2007)

Gráfico 1 População residente no distrito de Castelo Branco. (Fonte: INE, e 2007) O Centro Social Padre Tomás D Aquino Vaz de Azevedo (CSPTAVA) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve a sua actividade na área do apoio à Terceira Idade nas valências de Lar

Leia mais

Nota sobre as estatísticas apresentadas no Relatório

Nota sobre as estatísticas apresentadas no Relatório ANEXO ESTATISTICO NOTA SOBRE AS ESTATISTICAS APRESENTADAS NO RELATORIO Nota sobre as estatísticas apresentadas no Relatório Estrutura do Anexo Estatístico A estrutura do Anexo Estatístico no presente relatório,

Leia mais

EMPREGO E EMPREENDEDORISMO Carta Social de São Brás de Alportel

EMPREGO E EMPREENDEDORISMO Carta Social de São Brás de Alportel FÓRUM COMUNITÁRIO EMPREGO E EMPREENDEDORISMO Carta Social de São Brás de Alportel 2014-2020 22 de Janeiro de 2014 Salão Nobre da Câmara Municipal de São Brás de Alportel Tendência de crescimento da população

Leia mais

Plano de Ação 2019 Plano de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira

Plano de Ação 2019 Plano de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira Plano de Ação 2019 Plano de Desenvolvimento Social de Vila Franca de Xira Nota Introdutória A elaboração do Plano de Ação agora apresentado, tem por base uma metodologia de trabalho de envolvimento e participação

Leia mais

PLANO DE AÇÃO DOS NÚCLEOS LOCAIS DE INSERÇÃO 2014

PLANO DE AÇÃO DOS NÚCLEOS LOCAIS DE INSERÇÃO 2014 IDENTIFICAÇÃO DO Núcleo Local de Inserção: Santa Maria da Feira Distrito de: Aveiro Morada: R Dr Elísio de Castro, 35 Código Postal: 4520-213 Localidade: Santa Maria da Feira Concelho: Santa Maria da Feira

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO. GRÁFICO - Taxa de actividade segundo os Censos (%) nos Municípios - Ranking. Fontes/Entidades: INE, PORDATA

MERCADO DE TRABALHO. GRÁFICO - Taxa de actividade segundo os Censos (%) nos Municípios - Ranking. Fontes/Entidades: INE, PORDATA MERCADO DE TRABALHO O quadro sociodemográfico apresentado tem consequências directas no mercado de trabalho. Segundo os últimos Censos, os concelhos de Penamacor, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão surgiam

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 POBREZA MONETÁRIA. Taxa de risco de. pobreza linha de pobreza nacional

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 POBREZA MONETÁRIA. Taxa de risco de. pobreza linha de pobreza nacional REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA BI Distrital 2018 2017 Mediana do Rendimento por adulto equivalente Linha de pobreza nacional POBREZA MONETÁRIA Taxa de risco de pobreza calculada com linha de pobreza nacional

Leia mais

Carta Educativa Câmara Municipal de Fafe. Agradecimentos:

Carta Educativa Câmara Municipal de Fafe. Agradecimentos: Agradecimentos: A todos os membros do Conselho Municipal de Educação pelo contributo e capacidade de diálogo demonstradas, mas também pela frontalidade com que têm desempenhado as suas funções. À Direcção

Leia mais

Frielas. Enquadramento no Concelho

Frielas. Enquadramento no Concelho Frielas de villa romana que atestava a sua importância estratégica e a qualidade das terras, todos os recantos de Frielas confirmam a transmissão de uma extensa herança material e imaterial Enquadramento

Leia mais

IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017

IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017 IGUALDADE DE GÉNERO EM PORTUGAL INDICADORES-CHAVE 2017 A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), enquanto organismo responsável pela promoção da igualdade entre mulheres e homens, apresenta

Leia mais

Enquadramento da Freguesia

Enquadramento da Freguesia 2.3.1. Enquadramento da Freguesia A freguesia de Canelas, com uma área de 10,2 Km 2, é servida por uma rede viária de 32,87 km de extensão, cerca de 8,24% da totalidade do concelho, em que o seu estado

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO CLDS MARINHA SOCIAL

RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO CLDS MARINHA SOCIAL RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO CLDS MARINHA SOCIAL O presente relatório reflecte a actividade do CLDS Marinha Social, desde o inicio da sua actividade, em Julho de 2009 até Junho de 2010, analisando-se 2 momentos

Leia mais

DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018

DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018 DIAGNÓSTICO SOCIAL CASCAIS 2018 GUIA DE ACESSO RÁPIDO REDE SOCIAL DE CASCAIS 103 ORGANIZAÇÕES 4.658 PROFISSIONAIS E VOLUNTÁRIOS 60.681 MUNÍCIPES Quantos somos hoje em? Que desigualdades se observam? Como

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADES CLAS VISEU 2014

PLANO DE ATIVIDADES CLAS VISEU 2014 PLANO DE ATIVIDADES CLAS VISEU 2014 AÇÃO ATIVIDADES INTERVENIENTES Calendarização das Atividades J F M A M J J A S O N D 1) Realizar quatro reuniões plenárias durante o ano de 2014 1.1) Realização de uma

Leia mais

Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011

Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011 Destaque A questão sem-abrigo em Portugal Fonte: Censos 2011 No âmbito do regulamento europeu sobre os recenseamentos da população, mas também decorrente das necessidades nacionais de informação estatística

Leia mais

Plano de Acção do Pelouro dos Direitos Sociais - Execução da Missão 5.a criação do Atlas Social de Lisboa ;

Plano de Acção do Pelouro dos Direitos Sociais - Execução da Missão 5.a criação do Atlas Social de Lisboa ; O que é? Plano de Acção 2014-2017 do Pelouro dos Direitos Sociais - Execução da Missão 5.a.2.2. - criação do Atlas Social de Lisboa ; Retrato abrangente de caracterização e análise estatística sobre as

Leia mais

Praça da República - Apartado 47, Setúbal

Praça da República - Apartado 47, Setúbal Ficha Técnica: Versão: Data: Autor: Responsável: Morada: Email: 1.0 17-03-2017 ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JL, CN) ISS,IP - Centro Distrital de Setúbal - UAD-NAGPGI (JR) Praça da

Leia mais

CLDS-3G RLIS. Instituto da Segurança Social, I.P. 3 de julho de 2015 Faro

CLDS-3G RLIS. Instituto da Segurança Social, I.P. 3 de julho de 2015 Faro RLIS Instituto da Segurança Social, I.P. 3 de julho de 2015 Faro Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS-3G) Regulamento Específico no Domínio da Inclusão Social e Emprego Portaria n.º 97-A/2015,

Leia mais