Izabella Lorenzoni NASCIMENTO² Anielle Aparecida Fernandes de MORAIS³ Faculdade Objetivo, Rio Verde, GO

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1 O Discurso bíblico e o Discurso jornalístico: aproximação jornalística na carta do apóstolo Paulo 1 RESUMO Izabella Lorenzoni NASCIMENTO² Anielle Aparecida Fernandes de MORAIS³ Faculdade Objetivo, Rio Verde, GO Nesta pesquisa, empreende-se uma análise sobre o discurso bíblico-cristão do apóstolo Paulo e suas aproximações com o discurso jornalístico, com suas rotinas de produção, características e especificidades. O estudo se concentra em verificar a presença de características jornalísticas modernas em um texto bíblico cristão. Especificamente, o texto escolhido para análise é uma carta de Paulo presente no livro Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 1 a 13, da bíblia cristã católica. Os textos de Paulo foram escritos entre 80 e 90 d.c e podem ser considerados alguns dos mais importantes registros do testemunho e do trabalho missionário dos Apóstolos e da igreja cristã tradicional. PALAVRAS-CHAVE: Discurso; Cristianismo; Jornalismo. O objetivo deste artigo é analisar como o discurso jornalístico e religioso se relacionam em cartas escritas pelo apóstolo Paulo, retiradas da bíblia cristã católica. Neste sentido, analisa-se o texto bíblico a partir de teorias jornalísticas cunhadas por autores da área para verificar a provável proximidade entre o discurso jornalístico e o discurso cristão. Mais especificamente, há de se verificar a presença de lead 4 no texto cristão, analisando também a recorrência de unidades de registro 5 neste, e fazer uma comparação entre o modo de produção jornalístico e o modo de produção cristão. A relevância social do estudo justifica-se, pois neste artigo parte-se da hipótese de que a carta paulina apresentava, durante os primeiros anos da era Cristã, antecedentes do discurso jornalístico. 1 Trabalho apresentado no DT 1 Jornalismo do XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste, realizado de 12 a 14 de junho de Jornalista e autora do artigo derivado de um Trabalho de Conclusão de Curso, lorenzoniiza@gmail.com 3 Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Jornalismo da Faculdade Objetivo, anielle@faculdadeobjetivo.com.br 4 Lead é o primeiro parágrafo da notícia que responde a seis perguntas principais: o que; quem; quando; onde; como e por quê. 5 Para Bardin (2011), uma unidade de registro significa uma unidade a se codificar, podendo esta ser um tema, uma palavra ou uma frase ou até os personagens. Cada unidade de registro é estipulada a partir da escolha das regras de enumeração, as quais podem ser divididas em diversos tipos. Um deles é a presença ou ausência de elementos. A presença pode funcionar como indicador, significativa. Exemplo disso é a presença, por exemplo, de verbos dicendi no texto paulino, os quais podem indicar uma relação próxima ao discurso jornalístico.

2 Segundo a tradição cristã, ao todo, 13 cartas - Romanos, Primeira aos Coríntios, Segunda aos Coríntios, Gálatas, Filipenses, Filemon, Primeira aos Tessalonicenses, Segunda aos Tessalonicenses, Efésios, Colossenses, Tito, Primera de Timóteo e Segunda de Timóteo - são atribuídas ao apóstolo Paulo. O núcleo da mensagem de Paulo em todas as suas cartas é o Kerigma cristão, ou seja, o anúncio da morte e ressurreição de Jesus. As cartas foram escritas diretamente para os gregos, preocupando-se com as datas, a geografia, os governos e com a geração presente, tudo isso para que se tivesse uma aproximação com os leitores e uma maior veracidade na escrita. O livro contém a história de homens e mulheres, principalmente, dos atos dos apóstolos Pedro e Paulo, os quais levaram seus papéis a sério e começaram a espalhar os ensinamentos de Jesus por todo o mundo. Esta carta explica, na verdade, o evangelho em si. Ela traz aos gregos uma explicação sobre o que Jesus queria dizer sobre determinados assuntos. ANÁLISE DE CONTEÚDO O trabalho foi desenvolvido de acordo com a Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (2011), a qual depois de selecionado, o texto é submetido a uma análise, observandose os critérios de noticiabilidade, fontes, lides e demais características jornalísticas. A AC, então, pode ser dividida em três fases: pré-análise, exploração e interpretação. De maneira geral, a análise consiste em estipular um programa de ação, ou seja, organizar documentos de análise, formular as hipóteses e objetivos que baseiem a interpretação final. Escolhem-se os documentos (no caso, a carta que será analisada), formulam-se hipóteses e elaboram-se indicadores que norteiem a interpretação final. Esses indicadores podem ser os critérios de noticiabilidade, os verbos discendi, a presença de fontes ou até o papel comunicativo que Paulo faz diante de sua condição de evangelizador. O texto escolhido para análise é uma carta de Paulo presente no livro Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 1 a 13, da bíblia cristã católica. É importante explicar que o livro de Atos é de autoria do evangelista e médico Lucas, a quem ditava suas percepções e discursos. Lucas, então, foi o responsável por codificar, em escrita, as cartas de Paulo. A Igreja considera fieis e atribui ao apóstolo Paulo a mencionada carta. A correspondência era enviada de um lugar para o outro quando calhava de um viajante passar por ali. Nas cartas distribuídas, entre as primeiras Igrejas, eram levadas pelos numerosos missionários que se moviam de cidade em cidade. Isso ajudou a incentivar a comunidade entre os povos distantes (COLLINS; PRICE, 1994, p. 34).

3 A COMUNICAÇÃO INSERIDA EM UM NOVO CONTEXTO A comunicação, segundo Ciro Marcondes Filho (2000), é um processo muito mais amplo. A mensagem propriamente dita (o que a pessoa fala ou escreve), para ele, é apenas uma dimensão da comunicação, uma dimensão discreta que faz parte de um teatro muito maior, composto da mise-em-scène (expressão que a pessoa faz, da entonação), do contexto em que a fala é expressa. Ou seja, a comunicação não é apenas um texto, mas também todo o seu contexto (social, histórico, cultural) mais amplo. Por essa razão, não é analisado somente o texto e seu caráter lexical, mas tudo o que o envolva e o significa. Todos os textos, segundo Cotta (2005), sendo eles acadêmicos, literários, da linguagem oficial ou até da linguagem falada comum, seguem exatamente a estrutura proposta para comunicar ideias e conseguir adeptos, proposta por Aristóteles. Criou-se, em consequência, os fundamentos do texto jornalístico informativo. O jornalista terá apenas substituído o historiador-cronista na tarefa de elaborar a historiografia do quotidiano. O jornalista atual poderá, eventualmente, preocupar-se mais com a elaboração de uma crônica sobre a multifacetada vida quotidiana, enquanto o historiador atual poderá preocupar-se mais com a estruturação das fases da história e com o esclarecimento das grandes forças e conjunturas que determinaram as causas e consequências dos acontecimentos (SOUSA, 2008, p. 20). Os primeiros relatos de um exercício jornalístico aconteceram na Grécia, há cerca de 300 anos a.c., com caráter oral. Os sofistas eram conhecidos pela competência no discurso, e segundo historiadores americanos, no livro Os elementos do Jornalismo, de Kovach e Rosenstiel (2003), relatos orais podem ser considerados uma espécie de pré-jornalismo. É que, no mercado ateniense, eles se apoiavam em um jornalismo oral em que tudo era mostrado para o interesse público. Para se pensar no contexto da carta, os discípulos e, inclusive Paulo, usavam da voz para evangelizar e, posteriormente, escreverem sobre isso. De acordo com Sousa (2008), os escribas egípcios faziam registros de atos administrativos, conforme se pode observar nos achados arqueológicos. Posteriormente, na Mesopotâmia, a escrita substituiu a tradição oral no registro da memória dos povos, há cerca de 3500 anos a. C., transformando a Pré-História em História. Foi também o aparecimento da transmissão de dados por meios externos que veio a permitir o aparecimento do jornalismo moderno.

4 Portanto, mesmo relatando sobre fatos passados por causa da expansão do jornalismo, o qual passa a ser um negócio lucrável e a notícia acontece como mercadoria, pode-se observar o jornalismo como tendo raízes sociais mais instigantes em tempos mais antigos. Afinal, é necessário desconstruir (expressão usada por Jean-Luc Godard) o jornalismo produzido hoje, para analisar suas influências no processo de fazer informação de uma época em que o fazer jornalismo ainda não tinha nome. Segundo Sousa (2008), a informação discursiva já era notória em situações como a fundação das primeiras cidades (como Jericó, por conta da sedentarização); início das trocas regulares de bens dentro das cidades e entre as cidades (o que deu origem ao comércio); advento da escrita (devido, provavelmente, às necessidades comerciais de registo dos bens trocados e às necessidades sociais de administração das primeiras cidades); e o surgimento das primeiras grandes religiões (como o Judaísmo e, mais tarde, o Cristianismo, e aparecimento e desaparecimento de outras, como o Paganismo Greco-Romano, por exemplo). Também é preciso que eles façam os tais relatos e reportem informações a outros membros da comunidade que buscam a segurança e a estabilidade do conhecimento. A isso, sob certas circunstâncias ética e estéticas, posso denominar jornalismo (PENA, 2006, p. 23, grifo do autor). Mais tarde, a partir do século XIX, o jornalismo expandiu-se e ocupou lugar social, com o crescimento de metrópoles e da democracia. Desse modo, o jornalista passou a ser considerado defensor do povo e a denunciar mazelas e injustiças sociais. É assim que o jornalismo, segundo Sodré (1994), cresce e começa a atingir seu papel social e a ser reconhecido como Quarto Poder. CARTA DE PAULO: APROXIMAÇÃO JORNALÍSTICA Segundo a Comunidade Canção Nova (2016), as cartas paulinas são os primeiros textos da era cristã a serem veiculados para o conhecimento do povo; ou seja, elas foram o primeiro contato que as pessoas tiveram com textos que mais tarde comporiam o livro da bíblia. Isso mostra a importância social que essas cartas têm para a sociedade, inclusive para o campo profissional jornalístico, uma vez que elas foram o conjunto de primeiros textos escritos, os quais as pessoas tiveram contato. As cartas foram escritas diretamente para os gregos e segundo a tradição cristã a que este artigo volta-se, preocupavam-se em apresentar dados como datas, a geografia, os governos e as pessoas daquela época. Os assuntos se mostravam como de interesse para os

5 leitores daquele período. O livro contém a história de homens e mulheres, principalmente, dos apóstolos Pedro e Paulo, os quais começaram a disseminar ensinamentos sobre Jesus por todos os cantos do mundo. O PAPEL SOCIAL DE PAULO O significado da cultura de massa, segundo Jésus Martin-Barbero (2001), é pensado, geralmente, como uma perda da autenticidade ou degradação cultural, e não como uma mudança na função social da própria cultura. A massa, para o teórico, é o modo como as classes populares vivem novas condições de existência, tanto no que elas têm de opressão quanto no que as novas relações contêm de demanda e aspirações da democratização social. Isso quer dizer que, no contexto das cartas de Paulo, o apóstolo era capaz de mudar o pensamento tradicional da massa, a qual vivia em um discurso de ódio, em que somente os judeus seriam salvos. O apóstolo, então, levava conceitos e explicações racionais através de seus escritos. Segundo Cotta (2005), falando acerca do papel do comunicador, este tem por objetivo tornar comum uma informação para um público-alvo. O que o autor diz, de fato, assemelha-se com o resultado obtido da função do apóstolo Paulo, no que tange à questão de que como comunicador podendo ser considerado assim por reportar aos povos informações de interesse público e do público Paulo torna os ideais de Jesus conhecidos a todos. Paulo praticava a evangelização em suas publicações explicando que não eram só os judeus que seriam salvos para sempre. Ele foi contra os dispositivos de submissão da comunidade, que perdia sua cultura degradada e esclareceu fatos para a massa. Diante de tal desconstrução social, Paulo desmitificava a criação de classes superiores e afirmava que todos eram iguais perante Deus. Martin-Barbero (2003) também comenta sobre o pensamento de Habermas, o qual ratifica a dialética de uma estatização progressiva da sociedade, paralela às bases da publicidade burguesa: a separação entre Estado e sociedade. Paulo, no processo separatista de que Habermas mencionou, auxiliou o processo pensante da sociedade. Além disso, o apóstolo pode ser considerado auxiliador social, podendo, através de seus textos, fazer surgir então uma esfera social repolitizada. Levando-se em consideração o papel social realizado por Paulo, o próprio apóstolo tinha papel socializador e recondutor do pensamento social comum, que permitiu o

6 entendimento racional do ser humano enquanto ser vivo diante de Deus. Enquanto as cartas de Paulo tinham a função de evangelização, esclarecimento do papel social e religioso do povo e informações sobre a comunidade, os folhetins também tinham o mesmo formato popular de massa, ambos dirigindo-se às classes e sendo palco de conversação entre elas. A LINGUAGEM DA CARTA DE PAULO Para o estudo da linguagem presente no texto selecionado, foram estabelecidas como categorias de análise verbos, adjetivos e advérbios, os quais permitiram, a partir de sua maior ou menor recorrência, traçar um paralelo entre as características presentes no texto bíblico paulino e aquelas que identificam os textos jornalísticos que circulam atualmente em nossa sociedade. Inicialmente, então, procedeu-se à análise dos verbos, geralmente utilizados para descreverem estados ou ações. Os verbos são frequentemente usados em estruturas jornalísticas para relatarem um fato a partir da observação de testemunhas oculares. Dentre os 39 verbos contabilizados no texto paulino, destaca-se o verbo dizer, considerado um verbo dicendi, em duas recorrências. Em síntese, a função dos verbos dicendi é declarar a mensagem e ainda retratar o comportamento em determinada circunstância ou mesmo, o caráter das personagens. [...] diziam: Esses homens que estão falando não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: Que significam estas coisas? Outros, porém, escarnecendo, diziam: Estão todos embriagados de vinho doce (BÍBLIA, ATOS, 2: 7-11, grifos nossos). A presença do verbo evidencia, portanto, que Paulo conversou com pessoas, apurou fatos, retratando isso posteriormente em suas cartas. Dessa forma, os próprios verbos considerados como tais, agem como agentes comprovadores de falas de fontes e, consequentemente, do papel de Paulo enquanto entrevistador, preocupando-se em comprovar o que se escrevia. Já o advérbio é definido, basicamente, como uma palavra invariável, que apresenta um domínio bastante restrito: é um modificador de verbo, adjetivo e advérbio. Segundo Santos

7 (2009), eles dizem muito [...] das intencionalidades daquele que o redige e dos sentidos que quer ver implicados (SANTOS, 2009, p. 73). No jornalismo, quando bem utilizado, o advérbio pode auxiliar na construção da narrativa, facilitando o entendimento do leitor quanto ao texto. (PENA, 2006). Além dessa propriedade semântica, os advérbios são classificados em diferentes classes, dadas as circunstâncias ou ideias acessórias que expressam: modo, intensidade, dúvida, afirmação, negação, lugar, tempo, ordem, exclusão, inclusão, etc. Podem ser eles: também, quando, então, não, como, aqui, de repente, onde, etc. A seguir vemos os 9 advérbios encontrados na Carta de Paulo em análise: Esquema 2 Classificação de advérbios Advérbio Frase Classificação Quando Quando chegou o dia de Pentecostes... Advérbio de tempo Mesmo [...] os discípulos estavam todos reunidos no Advérbio de inclusão mesmo lugar. De repente De repente, veio do céu um barulho... Advérbio de tempo Onde [...] que encheu a casa onde eles se Advérbio de lugar encontravam. Então Então apareceram línguas... Advérbio de tempo Quando Quando ouviram o barulho, juntou-se a Advérbio de tempo multidão, e todos ficaram confusos... Não Esses homens que estão falando não são todos Advérbio de negação galileus? Também Nós, que somos partos, medos e elamitas, Advérbio de inclusão habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem. Aqui Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem. Advérbio de lugar Fonte: Elaborado pela autora. O advérbio quando, encontrado em duas situações na carta, faz menção ao momento do fato, ou seja, em que parte da história aconteceu a descida do Espírito Santo. O segundo advérbio, mesmo, faz ligação com o lugar, dando sentido de inclusão, o que sugere ao leitor uma identificação de onde os discípulos estavam, ou seja, no mesmo lugar. Ambos sugerem sentidos de tempo, em que momento isso aconteceu.

8 Para que o leitor se atenha à história de maneira completa, Paulo procura mostrar como aconteceu aquele fato: de repente, revelando mais uma informação do momento em que isso ocorreu, algo que não era esperado. Outro advérbio definidor de tempo é então, o qual procura dar continuidade ao texto, sem deixar dúvidas sobre cada momento do acontecimento. Onde, aqui e também são advérbios de lugar e trazem, em seu sentido, uma identificação dos locais de que Paulo estava falando. Outro elemento importante é o não inserido em uma das falas da testemunha. Ele utiliza a negação para confirmar a origem daquele povo, como se estivesse checando suas origens. Tais advérbios, em sua maioria de lugar, tempo e inclusão, não trazem, necessariamente, sentido opinativo ao texto ou comprometem a estrutura deste. Pelo contrário, como visto pela própria classificação, eles demonstram um caráter de segmento da história e apenas acrescentam informações. Apesar disso, o único advérbio que poderia interferir da imparcialidade do texto é o de negação. Ele aparece como uma forma opinativa, mas dentro da fala do personagem, ou seja, Paulo não interfere na construção do sentido da carta, apenas transcreve o que seu personagem falou, sendo uma responsabilidade do próprio personagem. É importante perceber, também, a ausência de advérbios de modo ou de dúvida, como por exemplo: infelizmente, felizmente, talvez, por ventura, provavelmente, possivelmente, etc. A recorrência desses advérbios demonstrariam a parcialidade de Paulo enquanto relator das histórias que se passavam. Eles são modalizadores, ou seja, remetem ao juízo de valor daqueles que os utilizam. Estes, possivelmente, trariam consigo um caráter opinativo e ideológico, comprometendo a narrativa de Paulo. Segundo Santos (2009), o emprego dos adjetivos apresenta-se tanto no sentido de complementar as informações quanto de apreciar valorativamente fatos e conhecimentos. A seguir os elementos classificados como adjetivos na carta: Adjetivos Forte Cheios Devotos Confusos Própria Frase De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos,

9 Cheios Galileus Própria Partos Medos Elamitas Habitantes Romanos Judeus Prosélitos Cretenses Árabes Maravilhas Própria Atônitos Embriagado s Doce pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. Cheios de espanto e admiração, diziam: Esses homens que estão falando não são todos galileus? Cheios de espanto e admiração, diziam: Esses homens que estão falando não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene... Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene... Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene... Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene... [...] também romanos que aqui residem. [...] judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! [...] judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! [...] judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! [...] judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! [...] todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! [...] todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua! Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: Que significam estas coisas? Outros, porém, escarnecendo, diziam: Estão todos embriagados de vinho doce. Outros, porém, escarnecendo, diziam: Estão todos embriagados de vinho doce. Fonte: Elaborado pela autora.

10 Os adjetivos apresentados, em sua maioria, evidenciam as características apresentadas pelos personagens, caracterizando lugares, e não sentimentos propriamente ditos. Apesar de serem considerados adjetivos, esses elementos fazem o papel de caracterizar lugares, e, não, sentimentos. Na verdade, não há uma quantidade considerável de adjetivos, os quais podem interferir na produção de Paulo como informação. Tais adjetivos, muitas vezes encontrados em falas de testemunhas, mostram características de lugares e pessoas, e, não, de sentimentos. Isso mostra, mais uma vez, a intenção de Paulo ao mostrar que, segundo a crença cristã, mesmo a pessoa sendo elamita, árabe, cretense ou de qualquer outra região, o Espírito Santo poderia agir naquela pessoa. Em suma, os adjetivos, nesse caso, têm papel essencial na compreensão dos leitores não só como meros espectadores, mas inclusos na história, e passam a não interferir na impessoalidade da carta, mas na compreensão de tal texto. O LEAD Segundo Pena (2006), as perguntas quem, o quê, como, onde, quando e por quê (não necessariamente nessa ordem e não obrigatoriamente nessa quantidade), compõem o lead de uma notícia, técnica pela qual a maioria dos textos jornalísticos é hoje redigida. No texto de Paulo, foi possível constatar aspectos desse lead, uma vez que as frases respondem às perguntas inicialmente apresentadas. Cotta (2005) diz que para o comunicador frisar o que é interessante, é preciso, primeiramente, conhecer sobre o contexto. Para ele, quanto mais o foco estiver contextualizado, maior a importância da informação transmitida. Observamos a seguinte construção textual na carta: O que? veio do céu um barulho que encheu a casa onde eles se encontravam. Quem? os discípulos. Como? como se fosse uma forte ventania. Quando? Quando chegou o dia de Pentecostes Onde? No mesmo lugar... casa onde eles se encontravam. Por quê? Sem resposta Dessa forma, o texto de Paulo se aproxima do lead, pois responde, então, a cinco perguntas, deixando sem resposta somente a última. Imprescindível à valorização da reportagem e útil à dinâmica da leitura contemporânea por ser uma síntese da notícia e da reportagem não

11 existe, no entanto, um modelo para a redação do texto do lide (FOLHA DE S. PAULO, 2011, p. 28). Na verdade, o Manual de Redação da Folha de São Paulo (2011) diz que não existe um modelo correto de lead, mas características que apontem para tal estrutura. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das análises proferidas, foi possível encontrar semelhanças reveladoras para o estudo abordado. Primeiramente, analisou-se o contexto de Paulo enquanto comunicador: um homem que tinha um papel social, escrevendo cartas para uma comunidade determinada e com um assunto também determinado. Suas atividades perante seu público, levando comunicação e informação através de suas cartas, dava-lhe um caráter de comunicador, mais ousadamente, o mesmo caráter social de um jornalista. Paulo, em sua atividade comunicativa, era atuante em seu território, garantia sempre novas informações aos povos gregos (evangelizações através dos acontecimentos da época). Em sua estrutura narrativa, identificou-se a presença de fontes (oficiais e testemunhas), de um lide que responde às principais perguntas, além de um público-alvo bem definido. Assim como qualquer notícia bem estruturada, a carta de Paulo realizou o mesmo caminho de uma notícia comum: emissor passa a mensagem, esta passa para o conhecimento do leitor. Vê-se, portanto, o trabalho de Paulo, não com as características de uma carta, mas sim como de uma narrativa noticiosa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, BÍBLIA. N T. Apocalipse. In: Bíblia. Português. Bíblia sagrada: contendo o antigo e novo testamento. Tradução de José Luiz Gonzaga do Prado. São Paulo: Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus, COLLINS M, PRICE M.A. História do Cristianismo: 200 anos de fé. São Paulo: Edições Loyola, COTTA, P. Jornalismo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Rubio, FILHO, M.C. Comunicação e Jornalismo: a saga dos cães perdidos. São Paulo: Hacker, FOLHA DE S. PAULO. Manual da Redação. 17ed. São Paulo: Publifolha, 2011.

12 Kovach, B.; Rosenstiel, T. Os elementos do jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o público exigir. 2 ed. Geração Editorial, MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, OS exemplos falam mais que as palavras Disponível em: < palavra-de- deus/ >. Acesso em 23/03/16. PENA, F. Teoria do Jornalismo. São Paulo: Contexto, SANTOS, J. Construção de opinião no texto informativo. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) - Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Porto Alegre, f. Disponível em: < Acesso em: 17 ago SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Mauad, SOUSA, J. P. (2008). Uma História Breve do Jornalismo no Ocidente. Biblioteca On-Line de Ciências da Comunicação. Disponível em: < Acesso em 23 mar TRAQUINA, N. Teorias do Jornalismo: porque as notícias são como são. 3ed. Florianópolis: Insular, 2005.

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