Síntese figurada e esquematismo

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1 Síntese figurada e esquematismo Danillo Leite PPGLM/UFRJ Na Dedução Transcendental das Categorias, Kant pretende fornecer uma prova de que os nossos conceitos puros do entendimento (ou categorias), ainda que não possuam uma origem empírica, são capazes ainda assim de condicionar o nosso conhecimento empírico. No 24 da Dedução (B), Kant se empenha em mostrar mais propriamente de que maneira se dá a ligação entre as categorias e aos dados da nossa intuição espácio-temporal. Nesse contexto, ele introduz a síntese transcendental da imaginação como uma atividade mediadora capaz de superar a dicotomia existente entre o nosso entendimento puro e sensibilidade, atividade essa que é descrita como uma afecção do entendimento sobre a forma do nosso sentido interno, o tempo. A partir disso, a questão que gostaríamos de levantar e discutir é a seguinte: no argumento da Dedução, Kant fornece uma descrição genérica da referida síntese, não fornecendo nenhuma explicação mais detalhada de como ela poderia se especificar de acordo com cada uma das categorias. Neste trabalho, eu utilizo a caracterização dos esquemas transcendentais fornecida por Kant para mostrar que tais esquemas podem ser vistos como especificações da síntese figurativa descrita genericamente por Kant no 24 da Dedução, o que nos permitiria afirmar que o processo de esquematização das categorias já é esboçado por Kant na segunda parte da Dedução. Uma das dificuldades presentes na segunda parte da Dedução é gerada pela independência entre a faculdade sensível e a inteligível. Nenhuma dessas propriedades deve ser preferida em relação à outra, pois ambas são interdependentes na constituição do nosso conhecimento. Para que se mostre como as categorias se referem de fato ao que é dado em nossa intuição espácio-temporal, é preciso que se proceda no sentido de realizar uma unificação entre essas duas faculdades heterogêneas, entre o pensamento puro e a intuição dos objetos. Outro requisito igualmente necessário é que isso seja feito respeitando a independência (diversas vezes afirmada por Kant) entre as duas faculdades, sensibilidade e entendimento. 1

2 Essa mediação é cumprida pela síntese transcendental da imaginação, a qual é o resultado de um processo de auto-afecção no sujeito, onde o entendimento é capaz de determinar o sentido interno. Tal processo é descrito por Kant nos seguintes termos: enquanto espontaneidade o entendimento pode então determinar o sentido interno pelo múltiplo de representações dadas conforme a unidade sintética originária da apercepção do múltiplo da intuição sensível, considerando tal unidade a condição sob a qual têm necessariamente que estar todos os objetos da nossa (humana) intuição. (KANT, 1980, p. 92; AK. III, B150) O entendimento, na medida em que é uma faculdade ativa, é capaz de determinar o sentido interno (passivo) é precisamente neste ato determinante que consiste a síntese transcendental da imaginação. O resultado dessa primeira aplicação do entendimento à intuição pura sensível humana, é a unificação da diversidade temporal em um tempo único. As categorias do entendimento se aplicam em primeiro lugar ao tempo, unificando-o. Deve-se ressaltar aqui que a síntese necessária do entendimento não se exerce diretamente sobre os múltiplos dados empíricos, mas sim sobre a multiplicidade pura do tempo (CAIMI, 2007, pp ): os diversos elementos do tempo, sendo homogêneos entre si, não poderiam ser ligados por uma síntese associativa (tal como pode acorrer com conteúdos empíricos, unificados sem nenhuma regra); tratando-se de uma multiplicidade formal (e não empírica), ela não está submetida a uma síntese associativa, mas necessária e objetiva, fundada sobre a unidade do entendimento, o qual coloca em relação direta uma multiplicidade e um ato sintético. Na descrição que Kant fornece desse processo sintético, há dois aspectos que gostar. Em primeiro lugar, esta síntese, exercendo-se sobre um múltiplo da intuição sensível, é chamada também de figurada (synthesis speciosa), devendo, por isso, ser distinguida da síntese pura das categorias (synthesis intellectualis), a qual é discursiva e se concretiza na realização de juízos. Ambas são transcendentais e a priori, condicionando a possibilidade dos nossos conhecimentos. A diferença fundamental está no fato de esta última depender exclusivamente do entendimento; a synthesis speciosa, por sua vez, envolve tanto a sensibilidade quanto o entendimento. Em segundo lugar, esta síntese figurada é atribuída à capacidade produtiva da imaginação, na medida em que ela envolve também a espontaneidade do entendimento, devendo, por isso, ser distinguida de um mero produto da imaginação reprodutiva esta última, estando 2

3 subordinada a leis empíricas, em nada contribui para a explicação da possibilidade do nosso conhecimento. Segundo cremos, o ato descrito aqui sob o nome de síntese transcendental da imaginação é o mesmo ato a partir do qual são constituídos os esquemas do entendimento puro. Se, como Kant nos dá a entender, essa ação do entendimento sobre o tempo se dá de acordo com as categorias, então cada um dos esquemas transcendentais não seria senão um resultado específico dessa ação do entendimento. Isso deverá ficar mais claro a partir da caracterização dos esquemas transcendentais, da qual tratamos a seguir. No início da Analítica dos Princípios, Kant passa a expor as condições sensíveis unicamente sob as quais as categorias podem ser aplicadas aos dados sensíveis essas condições não são senão os esquemas transcendentais. Ainda que a caracterização que Kant faz desses esquemas não seja unívoca, o que nos importa aqui é ressaltar aquilo que pode caracterizá-los como representação capaz de estabelecer uma homogeneidade entre o pensamento puro e a sensibilidade. O esquema transcendental, enquanto representação mediadora produzida pela imaginação, é homogêneo à categoria e ao fenômeno. Kant nos diz que esta representação mediadora deve ser pura (sem nada de empírico) e não obstante de um lado intelectual, e de outro sensível (KANT, 1980, p. 104; AK. III, B177). Esse caráter ambivalente atribuído ao esquema, onde o ele é ao mesmo tempo sensível e inteligível, pode ser compreendido a partir da caracterização que Kant faz do esquema enquanto uma determinação transcendental do tempo: Uma determinação transcendental do tempo é homogênea à categoria (que constitui a unidade de tal determinação) na medida em que é universal e repousa numa regra a priori. Por outro lado a determinação do tempo é homogênea ao fenômeno, na medida em o tempo está contido em toda representação empírica do múltiplo (KANT, 1980, p. 104; AK. III, B ). A categoria do entendimento, enquanto regra universal a priori, garante a unidade dessa determinação temporal. Determinar o tempo transcendentalmente significa submeter a multiplicidade do sentido interno à regra pensada a priori na categoria. Essa determinação não é realizada pelo entendimento, mas sim pela imaginação, tratando-se, portanto, de uma síntese figurada, anterior à formação de juízos; o que temos como resultado dessa determinação é uma transposição sensível da 3

4 regra pensada na categoria, ou dito de outro modo, uma exibição não-discursiva da unidade que é pensada conceitualmente na categoria (ALLISON, 2004, p.215). O fato de essa determinação temporal ser realizada de acordo com a categoria garante ao esquema a sua afinidade como entendimento; o fato de ela ser realizada precisamente sobre a forma do sentido interno garante a sua afinidade com a totalidade dos fenômenos, uma vez que a apreensão destes, sejam eles internos ou externos, é sempre temporal. Já que a característica distintiva de toda determinação categorial é a sua função objetivante, poderíamos dizer aqui que determinar o tempo significa objetivá-lo (ALLISON, 2004, p.216), isto é, representar partes do tempo e relações temporais válidas intersubjetivamente. Da mesma forma como, no 24 da Dedução, Kant une o entendimento á sensibilidade através da síntese figurativa da imaginação, assim também, na doutrina do esquematismo transcendental, ele nos fornece uma explicação ulterior de como essa síntese se especifica de acordo com cada uma das categorias do entendimento. Cada um dos esquemas transcendentais seria o produto desse efeito do entendimento sobre a forma do sentido interno, onde a categoria passa a ser exibida sensivelmente na forma do tempo. Se, como pretendemos mostrar, a síntese da imaginação está dirigida para a produção de esquemas, então essa atividade mediadora da imaginação também poderá ser vista no momento final da Dedução, onde Kant tenta estabelecer a conexão das categorias com a nossa apreensão empírica. Tal como tentaremos mostrar adiante, a necessidade dos esquemas transcendentais também poderia ser entrevista no curso dessa argumentação final. Esse passo final é dado no 26 da Dedução, onde Kant afirma que: sem esta prestabilidade das categorias não se aclararia como tudo o que venha a ocorrer aos nossos sentidos tenha que estar sob as leis que se originam a priori unicamente no entendimento (KANT, 1980, p. 96; AK. III, B160). É notável nessa passagem como Kant afirma não pretender provar a validade das categorias apenas para os atos onde há um uso explícito do entendimento (uso lógico-judicativo); tampouco é afirmado um uso meramente possível delas, na medida em que elas se atualizem em atos judicativos. Ao contrário, ao afirmar a ação delas sobre tudo o que venha a ocorrer aos nossos sentidos, Kant nos leva a crer que simples a percepção de objetos depende, de certo modo (o qual será explicitado a seguir), das categorias. Tratando-se do conhecimento empírico da natureza, é necessário que os objetos subsumidos pelas categorias nos sejam dados de 4

5 fato numa intuição empírica, e não somente numa intuição pura esta última pode nos fornecer um conhecimento somente da forma dos fenômenos, permanecendo incerto se há coisas que possam ser intuídas dessa forma. Objetos no espaço e no tempo só podem originar conhecimentos se forem efetivamente percebidos enquanto tais. Ao cumprir tal tarefa, Kant introduz ainda um novo elemento em sua argumentação. Tal elemento é a síntese da apreensão, a qual é definida como a composição do múltiplo numa intuição empírica mediante a qual torna possível a percepção, isto é, a consciência empírica de tal intuição (como fenômeno) (KANT, 1980, p. 96; AK. III, B160). O cerne da argumentação consistirá em mostrar que essa síntese, pela qual os objetos são percebidos, está subordinada à síntese transcendental da imaginação, a qual, por sua vez, está condicionada pelas categorias do entendimento assim, a percepção dos objetos empíricos é ligada, indiretamente, (através da synthesis speciosa e dos esquemas transcendentais por elas produzidos) ao entendimento. Para ilustrar essa relação entre a síntese da apreensão e a figurativa, Kant nos fornece dois exemplos, o primeiro dos quais diz respeito à apreensão das partes de uma casa no espaço, onde é pressuposta a unidade das partes do espaço como um todo homogêneo; o segundo deles trata da percepção do congelamento da água, onde é pressuposta a unidade do tempo, isto é, da conexão, em um tempo único, de dois estados sucessivos, o líquido e o sólido. Kant afirma, no primeiro caso, que a categoria capaz de homogeneizar as partes do espaço é a de quantidade, e que a categoria responsável pela unidade do tempo é a de causalidade. O que deve ser mantido em mente aqui é o fato de que, muito embora estas categorias constituam a regra a partir da qual a síntese é realizada, essa síntese mesma é feita sobre a forma da intuição, ação essa que, como vimos, constitui a síntese transcendental da imaginação. Nesse sentido, Longuenesse, ao analisar estes dois exemplos, afirma que não se trata aí propriamente das categorias, mas sim dos esquemas de quantidade e causalidade (LONGUENESSE, 1998, p. 214), o que parece ter em vista a argumentação que será desenvolvida na seção do Esquematismo. Tal afirmação pode ser justificada pelo fato de não se tratar aí das categorias em seu uso lógico-discursivo. O próprio Kant é claro ao afirmar que essa unidade (a saber, a resultante da influência do entendimento sobre a sensibilidade) precede todo conceito, não obstante pressuponha uma síntese que não pertença aos sentidos (KANT, 1980, p. 96; AK. III, B161, grifo nosso). A síntese transcendental da imaginação independe da produção atual de qualquer juízo, sendo anterior à reflexão de qualquer 5

6 conceito e a fortiori à subsunção das intuições sob as categorias (LONGUENESSE, 1998, p. 216). A síntese transcendental da imaginação, sendo a priori, condiciona a possibilidade dos juízos empíricos, sendo por seu intermédio que os dados empíricos sobre os quais formulamos juízos são ulteriormente conceitualizados pelo entendimento, onde as categorias têm seu uso explícito através de juízos. Sem essa mediação proporcionada pela síntese imaginativa a subsunção dos dados empíricos sob as categorias talvez nunca viesse a ocorrer, dada a total heterogeneidade entre ambos. Na primeira parte da Dedução foi mostrada atuação das categorias nas sínteses discursivas, as quais se manifestam através de atos judicativos. Agora, evidencia-se como as categorias também possuem uma função diversa da que foi provada anteriormente, uma vez que elas estão presentes também na percepção dos dados empíricos. A respeito disso, Allison afirma que a atividade da imaginação (na medida em que a síntese transcendental da imaginação não é senão a ação que o entendimento exerce sobre a sensibilidade) poderia ser classificada como proto-conceitual (ALLISON, 2004, p. 188). Não se trata de dizer que há um uso explícito das categorias no momento de sua atuação sobre a sensibilidade, mas sim que neste momento elas possuem uma função diversa daquela existente nas sínteses discursivas, funcionando como regras de apreensão. Allison toma como ponto de partida a tese de que a imaginação é uma faculdade distinta da simples capacidade de formar imagens, por um lado, e da de formar juízos, por outro. O ponto central é que a imaginação teria a tarefa de unificar os dados sensíveis de um jeito que tornasse possível a subseqüente conceitualização destes (por parte do entendimento), sem ser ela mesma um modo de conceitualização (ALLISON, 2004, pp ). Conforme tentamos mostrar aqui, essa atividade da imaginação consistiria justamente na criação do esquema transcendental, nessa representação mediadora capaz de criar uma relação de afinidade entre sensibilidade e entendimento, atividade essa que, muito embora seja introduzida no final da Dedução, só será ulteriormente desenvolvida na seção sobre o esquematismo dos conceitos puros do entendimento. 6

7 Referências bibliográficas: ALLISON, H. (2004). Kant s Transcendental Idealism: an interpretation and defense (revised & enlarged edition). New Haven and London: Yale University Press. CAIMI, M. (2007). La Déduction Transcendentale dans la deuxième édition de la Critique de la Raison Pure. Paris: Publications de la Sorbone. KANT, I. (1980). Crítica da Razão Pura. Trad. por V. Rohden/ U. Moosburger (col. Os Pensadores) São Paulo: Abril Cultural. (1942). Gesammelte Schriften, ed. Königlich Preussischen Akademie der Wissenschaften, Berlin und Leipzig: de Gruyter. (1990). Kritik der Reinen Vernunft, Hamburg: Felix Meiner Verlag. LONGUENESSE, B. (1998). Kant and the Capacity to Judge. Princeton and Oxford: Princeton University Press. Resumo: Neste trabalho, eu utilizo a caracterização dos esquemas transcendentais fornecida por Kant para mostrar que tais esquemas podem ser vistos como especificações da síntese figurativa descrita genericamente por Kant no 24 da Dedução Transcendental das Categorias (B), o que nos permitiria afirmar que o processo de esquematização das categorias já é esboçado por Kant na segunda parte da Dedução. 7

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