PARTIDOS, IDEOLOGIA E COMPOSIÇÃO SOCIAL(*)

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1 Leôncio Martins Rodrigues UNICAMP DIREITA, CENTRO E ESQUERDA: PARTIDOS, IDEOLOGIA E COMPOSIÇÃO SOCIAL(*) Comunicação apresentada no Seminário Temático Partidos, Eleições e Representação Política do XXV Encontro Anual da ANPOCS Caxambu, MG, 16 a 20 de outubro de 2001 (*) - Para a realização desta pesquisa foi essencial, em todas etapas da pesquisa, a colaboração de João Carlos da Silva e Maria Liene de Melo. Sem sua participação, as falhas desse trabalho seriam maiores. Agradeço também a ajuda do Ministro Costa Porto, então presidente do STE, e do Dr. Ney Andrade Coelho, então secretário do TSE, que me possibilitaram o contacto com os TREs e a obtenção das declarações de bens. Para o trabalho de assessoria computacional, contei com a competência e dedicação de Fernão Dias de Lima. Obviamente, nenhuma das pessoas e instituições mencionadas tem qualquer responsabilidade por este texto que é de minha exclusiva autoria.

2 2 Resumo O tema principal desta comunicação é a relação entre a composição sócio-ocupacional dos partidos e suas orientações programáticas e ideológicas. Pretendese mostrar que existe uma relação congruente entre as posições políticas e ideológicas dos seis principais partidos considerados de direita, centro e esquerda e a composição social de sua representação parlamentar ( 1 ). O estudo dessa relação será operacionalizado por meio do exame da composição sócio-ocupacional das bancadas do PPB, PFL, PMDB, PSDB, PDT e PT na atual Câmara Federal ( ), tal como resultaram das eleições de 1998 e como constam do Repertório Biográfico dessa 51ª Legislatura. Posteriores mudanças de legendas e/ou outras alterações nas bancadas dos partidos não foram consideradas. A Secção I PESQUISA Para o estudo da relação entre os seis partidos e suas orientações ideológicas foi tomada como variável independente a composição sócio-econômica das respectivas bancadas, definida pelas ocupações/profissões dos seus integrantes. Não foram investigadas outras variáveis, como idade, região, gênero( 2 ) ou outras que, 1 Coloquei, intencionalmente, esses termos entre aspas para indicar sua imprecisão. Contudo, nas linhas seguintes, para não sujar o texto, as aspas serão suprimidas. 2 A clivagem de gênero, certamente, é das mais importantes mas não poderá ser investigada agora. Adianto, apenas, que para a atual legislatura federal, foram eleitas 29 deputadas (5,7% da CD). Como se sabe, a participação das mulheres vem aumentando em todos os segmentos do mercado de trabalho. Nas instituições políticas brasileiras, inclusive no Senado, mais fechado e conservador, a proporção de senadoras vem crescendo, embora ainda seja

3 3 eventualmente, possam singularizar as bancadas. Embora este texto esteja circunscrito ao estudo dos parlamentares de apenas seis legendas, ele fornece dados sobre os meios sociais de recrutamento da fração da classe política brasileira presente na atual Câmara Federal (CD). Subsidiariamente, os resultados da pesquisa podem acrescentar novos elementos para a avaliação da representatividade e consistência dos partidos brasileiros. A escolha dos partidos Dos 18 que obtiveram ao menos uma cadeira na CD nas eleições de outubro de 1998, foram selecionados seis partidos mediante a combinação de duas variáveis: i) um número relativamente elevado de cadeiras conquistadas na CD (ao menos, cerca de 5% do total) e um perfil programáticoideológico relativamente consistente e nítido( 3 ). Quadro I Cadeiras por partido Partido B % ancada 1) PFL ,5% 2) PSDB ,3% 3) PMDB ,2% 4) PPB ,7% 5) PT 59 11,5% 6) PDT 2 4, 5 9% Total: 4 84 pequena. Na CD, o grande salto veio depois das eleições de 1986, quando 166 mulheres se candidataram e 26 foram eleitas contra 58 e 8, respectivamente, em Mas, em comparação com outros setores de atividade, no campo da política, o crescimento da participação feminina tem sido mais lento. (Informações mais abrangentes encontram-se em Avelar (1996), de onde foram retirados esses últimos dados). 3 - Hesitei quanto à inclusão da bancada do PTB. Essa legenda obteve, em 1998, 31 cadeiras, seis a mais do que o PDT. Do ângulo do critério quantitativo, preenchia uma das condições. Mas seu perfil ideológico não pareceu tão nítido, especialmente em razão do bloco que estabeleceu, em 2000, com o PSDB e da elevada taxa de migração de parlamentares eleitos por sua sigla: na década dos noventa, 43,8% dos deputados do PTB mudaram de partido. Na legislatura de 1991/95, entre 45 deputados que passaram pela legenda do PTB, 22 abandonaram o partido (Melo, 2000: 224). Na atual legislatura, em 18/06/2001, o PTB estava com 26 deputados, tendo perdido, portanto, cinco cadeiras.

4 4 Outros partidos Fonte: CF 31,0% 8 2 % 16 Pelo critério adotado, temos três blocos ideológicos formados por três pares de partidos. Na direita, o PPB e o PFL; no centro, o PMDB e o PSDB e, na esquerda, o PDT e o PT. Essa classificação é majoritária entre os cientistas políticos brasileiros e estrangeiros e corresponde à que aparece nos meios de comunicação de massas. Não interessa aqui discutir o significado intrínseco e a correção científica dessa classificação. Para os fins desse trabalho, limito-me a acompanhar as avaliações expressas pela maior parte dos especialistas e meios de comunicação de massas e por parte do eleitorado( 4 ). Há, é certo, divergências laterais quanto a esse mapeamento ideológico. Para Maria D Alva Gil Kinzo, o PT seria o único realmente de esquerda, observação que parece correta à luz não apenas do programa como da composição social da bancada petista. Para a autora, o PDT e o PSDB seriam de centro-esquerda; o PMDB (junto com o PTB) ocuparia o centro do espectro; o PFL seria de centro-direita (junto com outros partidos que não estão abrangidos nesta pesquisa) (Kinzo, 1993: 79). Já Carlos Alberto Novaes classificou o PDT e o PSDB como centro-esquerda e o PMDB como centro-direita( 5 ). Outra conceituação que foge da habitual é a de Olavo Brasil de Lima Jr. que, em 1993, colocou o PMDB entre os partidos de direita, junto com o PDS, o PFL e o PTB. O PSDB foi incluído entre os partidos de esquerda, ao lado do 4 - Essa classificação, para citar alguns autores, encontra-se em: André Marenco dos Santos (Santos, 2001 e 2000); Barry Ames (Ames, 2001); Scott Mainwaring, Rachel Meneguello e Timothy Power (Mainwaring, Meneguello e Power, 2000); Amorin Neto (2000); Argelina Cheibub Figueiredo e Fernando Limongi (Figueiredo & Limongi, 1999); Carlos Ranulfo Melo (Melo, 1999); André Singer (Singer, 1999); Rogério Schmitt (Schmitt, 1998 e 1999); Rachel Meneguello (Meneguello, 1998); David Samuels (Samuels, 1997 e 1998); Malco Braga Camargos e Maria das Dores Cardoso (Camargos & Cardoso, 1997); Luiz Fernandes (Fernandes, 1995) e Bolívar Lamounier (Lamounier, 1989) (em ordem cronológica decrescente das publicações). 5 - A classificação do PDT como um partido de centro-esquerda talvez seja a mais apropriada, à luz, inclusive, de sua composição social -- tal como revelada na pesquisa -- e não apenas de sua orientação política (moderadamente nacionalista e estatizante), que levou esse partido, no Congresso, a votar de modo muito semelhante ao PT e ao PCdoB, entendidos indiscutivelmente como de esquerda.

5 5 PCB e do PDT (Lima Jr., 1993b: 61)( 6 ). Essas caracterizações foram feitas há certo tempo. Os partidos são percebidos de modo diferente à medida que o sistema partidário se institucionaliza e mudam suas orientações políticas e programas, especialmente quando confrontados com a realidade do governo ou com as possibilidades de alcançá-lo. Assim, é possível que alguns dos autores citados tenham hoje outra avaliação dos mesmos partidos. A hipótese inicial era de que haveria diferenças significativas na composição social das respectivas bancadas verificáveis empiricamente pelos segmentos sócioprofissionais que as compõem e que essas diferenças corresponderiam às posições políticas, programáticas e ideológicas convencionalmente tidas como de direita, centro e esquerda. A suposição, quase intuitiva e lógica, era de que, ceteris paribus, os parlamentares, segundo suas origens e status sócio-econômico, tenderiam a candidatar-se por partidos que mais se aproximassem de suas convicções ideológicas e que, idealmente, mais atendessem aos seus interesses pessoais, o que traz suposta idéia de que as idéias e convicções têm alguma relação com o modo como as pessoas ganham sua vida, prestígio, legitimidade e poder, quer dizer, com o modo como se localizam na sociedade e, conseqüentemente, com estratégias políticas de que dispõem ( 7 ). Não se esperava que os partidos possuíssem bancadas socialmente homogêneas e excludentemente diferenciadas uma das outras. De fato, como dados de outros estudos e levantamentos já haviam indicado, o recrutamento parlamentar de cada partido efetua-se em meios sociais e ocupacionais variados, o que não exclui sobre-representações de determinados grupos ocupacionais nas suas bancadas (Fleischer, 1981; Rodrigues, 1987; Braga, 1998; Marques & Fleischer, 1998; Santos, 2000 e Istoé/Senhor/Editora Três, 1991; Folha de S. Paulo, 1998 e 1994). A expectativa, assim, era de que seriam encontradas várias ocupações e profissões em 6 Citei alguns trabalhos mais recentes num rápido levantamento que provavelmente deixou de lado outros autores importantes. Se assim for, a eles, apresento antecipadamente desculpas. 7 - Obviamente, a afinidade ideológica e a identificação social não são as únicas variáveis levadas em conta nas escolhas das legendas. Um fator importante é o cálculo que cada candidato faz de suas chances de êxito eleitoral ao escolher um partido para se candidatar.

6 6 todas as bancadas mas com predominância de algumas em correlação com as orientações político-programáticas da respectiva legenda( 8 ). Desse prisma, esquematicamente, os partidos de direita deveriam ter (em termos relativos) maior proporção de empresários e pessoas de alta renda entre seus deputados enquanto, nos partidos de esquerda deveria haver maior proporção de deputados originários das classes médias e das classes trabalhadoras e populares. Já nos partidos de centro deveria haver, proporcionalmente, menos empresários e trabalhadores e mais parlamentares originários de outros estratos sociais intermediários. As categorias ocupacionais e profissionais Ao todo, a partir da listagem de todas as ocupações/profissões encontradas na 51ª Legislatura da CD, estabeleci as seguintes grandes categorias ou grupos ocupacionais e profissionais: Quadro II- Profissões/ocupações agregadas no total da CD Profissões /ocupações Total da CF 1- Empresários (todos os tipos) 43,5% 2- Profissões liberais e intelectuais 31,6% 3- Administração pública 20,0% 4- Professores 15,8% 5- Comunicadores 6,4% 6- Pastores e padres 3,5% 7- Empregados não manuais em serviços 2,7% 8- Trabalhadores industriais e lavradores 2,0% 9- Outras situações 1,2% Total 126,7% N=513 Obs. Soma das porcentagens superior a 100% porque 84 deputados estão em mais de uma das categorias acima. 8 - Aqui não é possível tratar dos programas dos partidos incluídos na pesquisa. Digamos apenas, com ululante simplismo, que as votações no Congresso e posições políticas indicam que os partidos considerados de esquerda tenderam sistematicamente a favorecer o intervencionismo estatal e posições nacionalistas; os considerados de direita, o mercado e a abertura da economia. As votações no Congresso das propostas de reforma da Constituição são provas eloqüentes do fato e me parece dispensável, aqui, prosseguir na discussão desse ponto.

7 7 O quadro acima, com as categorias agregadas, que não leva em conta suas divisões internas, destina-se a permitir uma apreensão rápida dos principais grupos. Percebe-se imediatamente que a fração da classe política brasileira representada nesta CD provém fundamentalmente de quatro segmentos sócio-ocupacionais: empresários (do setor urbano, principalmente), profissionais liberais (especialmente advogados, se a contagem se fizer a partir do diploma; médicos, se a contagem se fizer a partir do exercício da profissão), funcionários do Estado (dos governos federal e estaduais) e professores. É visível, vista a definição ampla de empresário, a predominância desse segmento no interior da CD. Contando todos os setores e ramos e ignorando a dimensão dos empreendimentos, 43% dos deputados tinham (ou têm) atividades de tipo empresarial, como proprietários, sócios ou administradores (Ver Anexo). Junto com os profissionais liberais e profissões intelectuais, perfazem 75% dos parlamentares, o que significa dizer que quase quatro quintos dos parlamentares são recrutados desses dois grandes grupos sócio-ocupacionais. No quadro seguinte, para se ter uma visão mais detalhada da composição da CD, as ocupações/profissões anteriores foram desagregadas, resultando em 18 subcategorias. Os deputados que foram (ou ainda são) empresários do setor urbano e os que foram profissionais liberais são ocupações/profissões mais numerosas. Juntas, as duas formam mais da metade da CD. A proporção de professores é também elevada em todos os partidos mas especialmente no PT. Tal como ocorre com os empresários, o espaço que essas duas categorias ocupam nas bancadas é um bom indicador da orientação programático-ideológica do partido, mais à direita ou mais à esquerda.

8 8 Quadro III Distribuição das categorias ocupacionais Categorias ocupacionais % 01. Empresários urbanos 28,5 02. Empresários rurais 10,1 03. Empresários mistos 4,9 04. Profissionais liberais tradicionais 27,1 05. Profissões intelectuais 4,5 06. Professores do ensino público superior 6,4 07. Outros professores( 9 ) 9,4 08. Altos funcionários do governo federal 4,9 09. Altos funcionários de governos estaduais 9,0 10. Altos funcionários de governos e câmaras municipais 1,8 11. Diretores de bancos estatais 2,5 12. Baixo e médio funcionalismo público 1,8 13. Comunicadores 6,4 14. Pastores e padres 3,5 15. Empregados não manuais em serviços 2,7 16. Trabalhadores industriais qualificados 1,4 17. Lavradores e trabalhadores rurais 0,6 18. Políticos 0,8 19. Sem informação 0,4 N = 513 Empregados não manuais de serviços, trabalhadores industriais e trabalhadores rurais são menos de 5%. (Não se trata de uma situação excepcional nos parlamentos das democracias desenvolvidas, embora a proporção de empresários, no caso brasileiro, pareça comparativamente elevada). Na secção seguinte, a distribuição sócio-ocupacional está cruzada com a bancada dos seis partidos. Na interpretação dos dados contidos na Tabela I (infra) cumpre levar em conta que, em razão da metodologia adotada, em virtude da impossibilidade de detectar a ocupação/profissão mais importante, foram registradas todas as últimas ocupações/profissões dos parlamentares antes da entrada para a classe política. Assim, como muitos parlamentares tiveram mais de uma profissão, a soma das porcentagens das profissões/ocupações é superior a 100%. (Informações sobre a Metodologia utilizada e detalhes das profissões/ocupações encontram-se no Anexo I). 9 - Do total de ex-professores, 71% eram do ensino superior: 41% do ensino público e 30% do privado. Entre os 80 professores, em 14 casos (2,7% do total de deputados) não foi possível identificar o vínculo empregatício e o nível do magistério.

9 9 As categorias que vimos anteriormente, referentes à totalidade da CD, repartem-se de modo significativamente diverso pelas legendas examinadas. Dispondo-se os partidos numa escala ideológica que vai da direita para a esquerda, ter-se-ia o seguinte alinhamento: PPB, PFL, PMDB, PSDB, PDT e PT. De modo quase linear, as ocupações convencionalmente mais propensas a orientações políticas mais à direita são fortemente representadas no PPB e PFL e decrescem progressivamente, ou mesmo desaparecem, na medida em que se vai para a esquerda. Igual observação, mas em sentido contrário, pode ser feita para os setores ocupacionais que se costumam associar a opções mais à esquerda. Esse tipo de desenvolvimento se repete com a variável dimensão do patrimônio cujo valor decresce à medida que se passa dos partidos de direita para os de esquerda. Essas correlações aparecem na secção seguinte que analisa a distribuição por partido das categorias indicadas no Quadro III. Secção II COMPOSIÇÃO SOCIAL E PARTIDO Os empresários No campo da direita, tanto no PPB como no PFL, os deputados que tinham (ou têm) ocupações de tipo empresarial (urbana e/ou rural) perfazem mais do que a maioria das demais ocupações de suas bancadas, com o PPB (68%) superando o PFL (61%). A categoria dos empresários é também alta no PMDB (47%); declina entre os parlamentares do PSDB (38%); cai para 20% no PDT e é praticamente inexistente no PT (3%). As diferenças entre os dois partidos de direita, nesse ponto, é muito pequena mas cresce ligeiramente quando se comparam os que, nos dois partidos, não tinham outra ocupação além da empresarial. No PPB, 50% dos membros eram só empresários, ao passo que, no PFL, a porcentagem declina ligeiramente para 44%

10 10 porque a proporção de membros da bancada do PFL que exerciam conjuntamente outra ocupação é mais elevada (24%) do que no PPB (14%). No caso do PFL, 8% eram empresários que tinham emprego na alta burocracia do Estado e 8% eram também profissionais liberais. No caso do PPB, os números são, respectivamente: 6% e 6%. (Esses últimos dados resultam de um levantamento específico e não se encontram nas tabelas). As bancadas do PPB, PFL e PMDB têm, cada uma, porcentagens de deputados que foram (ou são) empresários superiores às da CD nos três subsetores. Algumas diferenças importantes distinguem os dois partidos de centro dos de direita. Na bancada do PMDB, se tomarmos com base o número de parlamentares em cada ocupação/profissão, só 35% dos seus membros eram exclusivamente empresários. No PDSB, a proporção é ainda mais baixa e, de 22%. No PDT, dos cinco classificados como empresários, só um era também profissional liberal. (Esses dados também resultam de levantamento específico e não constam das tabelas). No exame desagregado dos tipos de atividades empresariais (urbana, rural e mista), o PPB continua majoritário nos três subsetores, o que faz com que esse partido possa ser entendido como o mais burguês das seis legendas estudadas, mesmo que o PFL, como se verá mais adiante, possua a maior proporção de parlamentares na faixa patrimonial mais alta. Entre os tucanos, a porcentagem de empresários rurais é de 8%, a mais baixa entre todas as legendas (excluindo-se PT). No PMDB, chega a 12%, subindo para 15% no PFL e para 17% no PPB. Neste último, a proporção de parlamentares que eram (ou são) empresários com empreendimentos mistos (urbanos e rurais) é de longe a mais elevada entre todos os partido: 12%, o dobro da do PFL (6%) e muito superior à dos demais (Tabela I, infra). No tocante aos empresários do setor urbano, o PMDB está perto do PSDB. No bloco dos partidos de esquerda, a diferença entre PDT e PT é acentuada porque 12% dos deputados pedetistas eram (ou são) empresários contra somente 3% entre os petistas.

11 11 Na comparação intrabancada, o setor empresarial rural tem representação menor em todas as legendas, mas o fato não altera a ordem de importância dos empresários rurais na comparação interbancada. Tendo em conta o espaço relativamente amplo de empresário no PMDB, a distribuição patrimonial de seus parlamentares e a associação entre essas variáveis e a ideologia, a definição desse partido como centro-direita não seria inteiramente equivocada, tal como a do PDT, como de centro-esquerda, como já observado. As profissões liberais Trata-se de uma categoria importante nas bancadas de todos os partidos (mínimo de 20%, no PPB e máximo de 60% no PDT). Tal como no caso dos professores, a proporção de deputados que tiveram profissões liberais ou intelectuais tende a aumentar conforme se vai da direita para esquerda, apesar da bancada do PT (31%), nesse caso, estar abaixo do PDT, dos dois partidos de centro e do total da CD (32%). Ainda assim, está acima dos dois partidos de direita: PPB (20%) e PFL (25%). Obviamente, a proporção das categorias profissionais nas legendas varia em decorrência da participação das outras. Se os empresários, por exemplo, são fortemente representados numa bancada, nela sobra menos espaço para outras categorias/ocupações. Nos dois partidos de direita, é isso que acontece. No caso do PT, os espaço dos profissionais liberais é diminuído em razão do número elevado de deputados petistas que eram professores, empregados de serviços, trabalhadores manuais e lavradores. Apesar disso, uma forte presença das profissões liberais e intelectuais na representação parlamentar tende a ser um indicador de disposições políticas e ideológicas partidárias mais a esquerda, embora seja um indicador menos forte do que o volume de deputados originários das classes assalariadas (exsindicalistas, na maioria dos casos). O número de parlamentares das profissões liberais tradicionais, como já vimos, é muito superior ao das demais profissões de nível superior que foram aqui designadas de profissões intelectuais ( 10 ). As bancadas do PPB e do PFl são as que 10 - Além dos médicos, advogados e engenheiros, foram incluídos entre as profissões liberais tradicionais, dois dentistas, dois contadores, um farmacêutico e um veterinário (1,2% do total

12 12 possuem as menores proporções de deputados dessa categoria, inferiores à encontrada no total de deputados. Esse dado indicaria uma tendência de crescimento linear, ainda que não muito forte, da proporção das profissões liberais à medida que se vai da direita para a esquerda senão acontecesse de a bancada do PT possuir uma proporção baixa desses profissionais, inferior às do PDT (52%) e do PSDB (31%). A tendência equivalente é observada, mas de modo um pouco mais acentuado, no caso das profissões intelectuais. Essa categoria é muito pouco expressiva na bancada do PPB e PFL e também do PMDB (em torno de 2%). Mas sobe para 9% no PSDB e para 8% no PDT. No PT é de 5,1%, inferior a dos dois partidos de centro mas superior à dos dois partidos de direita ( 11 ). Os professores Essa categoria ocupa um espaço importante nas bancadas de todos os seis partidos. Mas chamam a atenção as diferenças em cada bancada. Num movimento inverso ao da categoria dos empresários e no mesmo sentido do das profissões liberais e intelectuais (mais de modo mais acentuado), a porcentagem dos professores tende a crescer nas bancadas conforme se vai da direita para a esquerda do espectro ideológico. Pode-se, pois, prognosticar que, quanto maior a proporção de professores na organização partidária, mais à esquerda tenderá a situar-se o partido. Entre os membros da bancada do PT, antes da entrada na classe política, cerca de um terço era de professores; na do PDT, um quinto ( 12 ). de deputados). No caso das profissões intelectuais predominam os economistas (seis casos) e os sociólogos (cinco casos) Não parece ocasional o peso proporcionalmente mais elevado das profissões intelectuais nos partidos de esquerda. Mas, tomando como representativos das profissões intelectuais as Ciências Humanas e Jornalismo, na CD eleita em 1990, a soma das duas categorias correspondia a 19,2% dos deputados do PDT, a 18,9% da do PSDB e 20,2% da do PT. Em contrapartida, era de 8,5% no PFL abaixo da proporção do total da CD (11,3%). (O PPB não existia). Na CD eleita em 1994, eram de 12,2% no PDT; 16,2% no PSDB e 24,5% no PT. Considerando apenas os formados em Ciências Humanas, na legislatura eleita em 1990, 13,5% dos deputados do PSDB e 17,4% do PT eram formados em alguma disciplina das Humanas, de longe as porcentagens mais elevadas entre os partidos grandes e médios e mais do dobro da porcentagem média da CD (6,7%). Na legislatura eleita em 1994, a proporção para o PSDB declinou para 8,1%, mas ainda assim era superior às dos demais partidos relevantes. No PT, a proporção dos formados em Ciências Humanas subiu para 16,3%, quase duas vezes e meia a porcentagem do total da CD (6,6%). No PFL, a proporção era de 7,3% e 3,3% para as mesmas legislaturas. (Marques & Fleischer, 1999:106/7) 12 - Os professores, geralmente da elite acadêmica brasileira, sempre tiveram uma presença forte no PT, tanto na representação parlamentar como no aparelho partidário. Dos dezesseis deputados petistas eleitos em 1986 para a CD, cinco eram professores, a categoria mais

13 13 Somente nesses dois partidos, a porcentagem de professores é maior do que a existente no total da CD (16%). No PFL, 10% e no PPB, apenas 7% dos membros dessa bancada exerciam o magistério. Nos dois partidos de centro, a proporção de professores está em torno de 16%, isto é, numa posição intermediária entre os partidos de esquerda e de direita. A maior proporção de ex-docentes entre os parlamentares petistas provavelmente tem ligação com o ativismo sindical da categoria, em especial do setor público. Para suas principais lideranças, a instituição sindical serve, inicialmente, de via de acesso à atividade política não parlamentar e, posteriormente, serve de trampolim para a obtenção de algum cargo eletivo, acesso à classe política e conseqüentemente abandono da atividade sindical ( 13 ). Não se deve ver nessa observação nenhum juízo valorativo, contra ou a favor, da passagem do campo da representação profissional para o da representação política. Um argumento a favor (seguramente endossado pelos dirigentes sindicais que atravessaram a ponte que liga os dois campos) é de que a eleição de dirigentes sindicais aumenta a força dos trabalhadores nos órgãos legislativos, argumento que pode ser aceito. Um arrazoado na direção contrária enfatizaria que os sindicatos perdem suas lideranças com mais experiência. Outro argumento contrário é de que, ante as chances de passagem para o campo político, muitas decisões das lideranças sindicais podem estar basicamente (embora geralmente não de modo explícito) em função da preparação da sua futura entrada na classe política. Em outros termos: a atuação dos diretores de sindicatos (especialmente as que atraem mais a atenção dos meios de comunicação de massas) pode estar em função dos projetos individuais de ascensão dos que conseguiram ascender nas estruturas sindicais do que dos interesses da categoria profissional que representam. numerosa. A proporção dos eleitos reflete a de candidatos. Nessa eleição, cerca de 20 % dos candidatos do PT para a CD eram professores (os metalúrgicos eram 11%). (Rodrigues, 1997 e Rodrigues, 1990) O avanço do sindicalismo no setor público, principalmente entre funcionários da educação e da saúde, favoreceu, na bancada petista, o aumento do número de professores e médicos. Não se trata de um fenômeno restrito ao Brasil. Em parte, enquanto as taxas de sindicalização do setor de mercado decaíam, aumentavam as do setor público (Rodrigues, 1999).

14 14 A separação da categoria dos professores em professores do ensino público superior e em outros professores, embora não altere a tendência geral da concentração dos docentes nos partidos de esquerda, reforça, contudo, algumas diferenças interpartidárias. Está no PT a maior porcentagem de deputados que vieram da subcategoria do ensino público superior (10%) e, de longe, dos que vieram da subcategoria de outros professores (24%), mais do dobro da porcentagem existente no PDT e muitas vezes superior à encontrada no PPB (somente 2%). No total, um terço dos deputados petistas saiu do magistério. As ocupações governamentais Fortes diferenças existem no que tange ao peso das ocupações governamentais nas seis legendas. O PFL, o PMDB e o PSDB são os partidos que mais têm funcionários públicos: cerca de ¼ de seus parlamentares vieram desse setor (se excluindo os professores e incluindo os ex-diretores de bancos estatais). No PPB, a proporção de funcionários públicos é relativamente baixa (15%) e no PT, ainda mais (3,4%). Mas, se contássemos os professores do setor público superior entre os que tem emprego no Estado, a proporção de funcionários aumentaria no PT( 14 ). A dimensão do espaço do funcionalismo em cada legenda tende a declinar quase linearmente conforme se vai da direita para a esquerda, sendo o PPB a exceção. As ocupações governamentais, quando decompostas por níveis de governo, mostram algumas diferenças que distinguem os partidos dentro dos blocos ideológicos. A grande diferença em favor do PFL, que eleva o espaço dos funcionários em sua bancada, é a alta proporção (11%) de seus deputados que ocupavam altos postos da administração federal, mais do que o dobro da de parlamentares da mesma subcategoria na CD (4,9%). Desse segmento do alto funcionalismo federal, não há nenhum membro nas bancadas do PDT e do PT e somente 3,3% na do PPB. Mas o 14 - André Marenco dos Santos encontrou, para a CD eleita em 1994, 3,4% de funcionários públicos no PFL e observou um declínio persistente do segmento dos funcionários públicos entre os parlamentares (Santos, 1997: 93). Mas, como indica outro trabalho do mesmo autor, a proporção de funcionários públicos, que vinha declinando (20,3% em 1954 para 8,3% em 1990 e 9% em 1994) elevou-se significativamente nas eleições de 1998 (Santos, 2000). Para a CD da 51ª Legislatura, saída dessa última eleição, a porcentagem de funcionários apresentada por Marenco dos Santos está muito próxima da nossa, especialmente se não contarmos os diretores de bancos estatais entre os funcionários: 17,9% e 17,3%, respectivamente.

15 15 PFL tem também uma elevada parcela de deputados que possuíam altos postos na administração pública estadual (11%). Nesse plano, é superado somente pelo PMDB (16%). Na bancada do PT é muito baixa a proporção de funcionários, sendo que nenhum dos parlamentares petistas ocupava alto posto na burocracia federal. Desse ângulo específico, o PFL é o partido mais burocrático das seis legendas examinadas. Provavelmente, o número elevado de deputados do PFL que foram altos funcionários do governo federal e estaduais antes de se elegerem pela primeira vez e do PMDB, no que diz respeito aos governos estaduais explica-se pelo fato de esses partidos terem tido mais tempo de governo. De todo jeito, qualquer que seja a razão, o dado sugere estreita vinculação do PFL com a alta administração pública, devendo-se notar que somente 2% dos membros de sua bancada vieram do baixo funcionalismo. Os pastores e padres compreendem 10% dos deputados pepebistas, mas somente 2% dos do PFL. A proporção no PPB é elevada se lembramos que, com ocupações religiosas, estão apenas 3,5% do total dos parlamentares. Nos demais partidos examinados, a proporção de pastores e padres é pequena, com a exceção do PDT no qual encontramos 4,0% dessa categoria. As classes populares Na categoria dos empregados não manuais do setor de serviços (bancários e técnicos na maior parte) não se encontrou nenhum deputado do PSDB, do PMDB e do PDT. No PFL e no PPB, está abaixo de 2%. No PT, pula para 17%. Nesse partido, a porcentagem de trabalhadores manuais qualificados é de 9%; no PFL, de 1%. Nas bancadas dos outros partidos não há nenhum parlamentar originário da classe operária. Se a proporção de deputados que foram trabalhadores manuais e empregados de serviços é baixa na CD, a dos que eram lavradores e trabalhadores rurais é ainda bem menor: apenas 0,6%. Em números absolutos, são apenas três, dois dos quais (do PT) eram dirigentes sindicais antes de serem eleitos. Esses últimos segmentos que formam o que se poderia chamar de representação popular na CD, não chegam a 5% do total dos parlamentares. Sua distribuição por legenda, como vimos, é bastante desigual. No PSDB, PMDB e PDT inexistem deputados que tivessem sido empregados, operários ou lavradores (última

16 16 ocupação)( 15 ). Por sua vez, nos dois partidos de direita, a porcentagem de deputados de origem popular ou de classe média-baixa (a classificação é necessariamente genérica) é quase inexistente ao passo que chega a 31% na bancada petista, o que significa cerca de seis vezes a proporção de parlamentares dessa origem na CD (5%). Assim o que não deveria ser surpreendente o peso de deputados vindos de baixo aumenta à medida que se caminha da direita para a esquerda. Mas deve-se observar que, na bancada pedetista, não há nenhum deputado desse segmento sócioocupacional( 16 ). A categoria políticos profissionais designa quatro casos de deputados que nunca chegara realmente a exercer uma profissão. Já antes de terminar os estudos superiores, em razão principalmente de relações familiares, estavam ocupando um cargo público influente que, muito provavelmente, lhes socializou para o mundo da política e lhes abriu as portas para a carreira parlamentar. As profissões/ocupações mencionadas acima são, de longe, as mais comuns entre os parlamentares. Além de numerosas no mercado de trabalho (embora muito minoritárias face ao eleitorado), são também as que mais bem preparam para a política, traço que nos parece o mais importante. Dessas profissões/ocupações (mais especialmente advogados, professores, funcionários públicos e sindicalistas) saem a 15 - Stricto sensu, talvez fosse mais correto classificar a maioria desses casos como sindicalistas ou como diretores de sindicatos porque, antes de entrarem para a classe política, passaram um bom período na direção de entidades sindicais. Segundo cálculos do DIAP (Boletim, outubro de 1998), 39 sindicalistas foram eleitos para a CD, dos quais 34 pelo PT, três pelo PCdoB, um pelo PFL e um pelo PPB. Entre os petistas, a grande maioria poderia ser classificada genericamente como sendo de classe média. Entre esses sindicalistas, havia sete professores, cinco metalúrgicos e cinco bancários, as categorias mais numerosas. A lista do DIAP inclui entre os sindicalistas um deputado do PT gaúcho que, no Repertório Biográfico, se definiu como advogado e empresário. Contudo, pelos critérios que estabeleci, foi classificado como empresário (provavelmente seria um pequeno empresário). Sendo assim, a proporção de sindicalistas no PT diminui de 34 para 33 parlamentares O fato faz parecer mais correta a classificação do PDT como um partido de centroesquerda, tal como definiu Maria D Alva Gil Kinzo (1993), Novaes (1994) e o como define o DIAP.

17 17 quase totalidade da classe política, não apenas no Brasil mas na maioria das democracias( 17 ). Tabela I Ocupações/profissões por partido Ocupações PPB PFL PMDB PSDB PDT PT Total da CF Empresários urbanos Empresários rurais ,1 Empresários mistos ,9 Profissões 18,3 22,9 28,9 31, ,1 liberais tradicionais Profissões intelectuais ,5 Ensino público superior ,4 Outros professores ,4 Altos cargos do ,9 governo federal Altos cargos de ,0 governos estaduais Altos cargos de ,8 governos municipais Baixo e médio ,8 funcionalismo Diretores de ,5 bancos estatais Comunicadores ,4 Pastores e padres ,5 Empregados não 16.9 manuais em serviços ,7 Trabalhadores ,4 industriais qualificados Lavradores e 5.1 0,6 trabalhadores rurais Políticos ,8 Sem informação ,4 Soma das % 130, N = As profissões du verbe et de la plume, as talking professions ou as chattering classes, nas expressões francesa e inglesa.

18 18 Secção III Patrimônio e Partido As declarações de bens dos parlamentares reforçam os dados anteriores sobre a localização dos seis partidos no espaço sócio-econômico e ideológico. Como detalhado no Anexo, foram aproveitadas 401 declarações referentes aos deputados de 21 unidades da Federação. Faltaram, pois, as de seis Estados. Desse modo, os 401 casos não são estatisticamente representativos do conjunto da CD e devem ser tomados como indicação que somente sugerem tendências e situações com uma margem de erro difícil de estimar. Com essa ressalva, com as informações disponíveis, foi possível a construção das seguintes faixas patrimoniais valores em real declarados em 1998 e referentes ao exercício de 1997: Quadro IV Faixas de patrimônio na CD 1ª Baixo Menos de 200 mil 2ª Médio baixo 200 mil a menos de 500 mil 3ª Médio alto De 500 mil a 2 milhões 4ª Alto Mais de 2 milhões segundo O exame do quadro mostra que mais de 4/5 dos 401 deputados estão nas faixas de médio-alto patrimônio para baixo; 28% declararam bens na faixa inferior a 200 mil reais, valor que chamamos de baixo patrimônio. Na faixa com patrimônio superior a dois milhões de reais estão 16% dos parlamentares. Quadro V Distribuição dos valores por faixa Faixas patrimoniais n % Baixo patrimônio ,9 Médio-baixo ,5 patrimônio Médio-alto ,9 patrimônio Alto patrimônio 63 15,7 Total Fonte: Declarações de bens TREs

19 19 A correlação da distribuição patrimonial por bancada partidária revelou um padrão consistente com os achados sobre a distribuição das ocupações/profissões nas bancadas na CD e com a ideologia dos seis partidos. Conforme se passa da direita para a esquerda do espectro ideológico, a porcentagem de deputados nas faixas de valor patrimonial mais elevado tende a decrescer no interior das bancadas. Os partidos cuja proporção de membros de suas bancadas que foram (ou são) empresários têm relativamente mais deputados nas faixas de maior patrimônio, ou seja, o PFL e o PPB. Os partidos com menos empresários têm uma proporção mais baixa de parlamentares com patrimônio elevado (PMDB e PSDB, respectivamente), enquanto os partidos que têm pouquíssimos empresários entre seus deputados têm uma bancada parlamentar mais pobre (PDT e PT). O PDT, do prisma patrimonial, está mais próximo do PSDB e do PMDB do que do PT, o que, novamente, vai a favor da classificação do PDT como um partido de centro-esquerda. O PFL, em comparação com o PPB, tem maior proporção de deputados na faixa de patrimônio mais elevado (29% contra 22%). O PSDB e o PMDB, em comparação com os dois partidos mais à direita, têm proporcionalmente menos deputados nas faixas de patrimônio elevado mas proporcionalmente menos do que o PDT e o PT nas faixas de baixo patrimônio (Tabela II, infra). Na avaliação do patrimônio dos dois partidos do centro, os parlamentares do PMDB declararam bens de valor um pouco mais elevado do que os do PSDB, aliás, como seria de se esperar em razão do volume menor de empresários entre os tucanos. O PT não possui nenhum deputado nas faixas com elevado e médio-alto patrimônio enquanto o PDT possui 9% na de alto e 18% na de médio-alto. Mais indicativo, talvez, do patrimônio mais baixo dos deputados petistas em cotejo com os pedetistas, está na proporção dos parlamentares desses dois partidos na faixa patrimonial mais baixa: 80% dos deputados do PT contra 41% do PDT( 18 ) O fato de 80% dos membros da bancada do PT se localizarem na faixa de patrimônio mais baixo deve-se provavelmente ao elevado número de seus deputados que foram empregados não manuais em serviços, trabalhadores manuais qualificados e lavradores (31% da bancada), além de grande número de professores. Cumpre alertar para o fato de que, caso tivéssemos podido examinar a declaração de bens de todos os deputados eleitos, quer dizer,

20 20 Tabela II Distribuição Intrapartidária do Patrimônio Partido N Baixo patrimônio Médio-baixo patrimônio Médio-alto patrimônio Alto patrimônio PT 51 80,4 19,6 - - PDT 22 40,9 31,8 18,2 9,1 PSDB 84 20,2 30,9 35,7 13,1 PMDB 62 19,3 24,2 40,3 16,1 PFL 70 12,8 24,3 34,3 28,6 PPB 51 9,8 23,5 45,1 21,6 Outros partidos 61 31,1 31,1 23,0 14,8 Fonte: Declarações de renda - TREs Em todos os seis partidos houve parlamentares que declararam um patrimônio baixo. Nessa faixa, estão cerca de 30% dos parlamentares. Tomando como critério a proporção de deputados nas faixas de alto e de médio-alto patrimônio, as bancadas partidárias dessa 51ª Legislatura poderiam ser assim ordenadas em ordem decrescente de riqueza( 19 ): Apenas alto patrimônio Alto + médio-alto patrimônios 1º - PFL 28,6 1º - PPB 66,7 2º - PPB 21,6 2º - PFL 62,9 3º - PMDB 16,1 3º - PMDB 56,4 4º - PSDB 13,1 4º - PSDB 48,8 5º - PDT 9,1 5º - PDT 27,3 6º - PT 0,0 6º - PT 0,0 Nota-se, pois, a consistência entre os perfis ideológicos dos partidos, a distribuição sócio-ocupacional dos parlamentares e o valor dos bens: as bancadas incluindo os das unidades da Federação que não enviaram as declarações de bens, é possível que algum deputado petista talvez caísse em faixas de patrimônio mais alto. Mas trata-se apenas de uma hipótese A ordenação tem a ver com a porcentagem dos integrantes de cada bancada que estão em cada faixa de patrimônio e nada tem a ver com a média dos valores patrimoniais de cada bancada.

21 21 com maior proporção de membros nas faixas patrimoniais mais elevadas são as dos partidos definidos como de direita; as bancadas dos partidos que habitualmente são tidos como de centro estão num nível intermediário; as bancadas cujos membros estão concentrados nas faixas patrimoniais mais baixas são as dos partidos considerados de esquerda;. Os níveis de riqueza das bancadas baixam linearmente na medida em que se vai da direita para esquerda, sendo as mais ricas as que têm mais empresários. De modo geral, a diminuição da proporção de empresários em cada um dos seis partidos coincide com a diminuição da proporção de parlamentares com elevado patrimônio, inclusive, quando se sofistica a análise de modo a captar as diferenças entre PMDB e PSDB, de um lado, e PDT e PT, de outro. Secção IV INSTRUÇÃO, PROFISSÃO E PARTIDO A apreciação dos níveis de escolaridade dos parlamentares e de sua formação universitária traz outros elementos para a caracterização do perfil social das bancadas dos seis partidos. De modo geral, os níveis de escolaridade dos deputados podem ser tidos como elevados: 82% com algum diploma de curso superior ( 20 ) (Tabela III, infra). Tal como acontece com relação à renda, diferenças existem na comparação entre as legendas mas não são os partidos com bancadas mais ricas (os de direita) que possuem os índices mais elevados de escolaridade. Aqui, em razão principalmente da distribuição existente no PT, tem-se um quadro mais complexo. Os partidos mais à esquerda possuem relativamente mais parlamentares com mestrado e/ou doutorado completo do que os de direita. O PT é o partido com a maior porcentagem de deputados com pós-graduação (14%), bem mais do que o PFL e o PPB (apenas 5% e 7%, respectivamente) Porcentagem calculada excluindo os casos para os quais não houve informação (17 casos).

22 22 Depois da bancada petista, PDT e PSDB vêm em segundo e terceiro lugar como os partidos que possuem, relativamente, mais deputados com mestrado e/ou doutorado completo. Mas, ao mesmo tempo, é entre os petistas que se encontra a maior porcentagem de parlamentares que não terminaram o segundo grau (9%), bem mais do que nos outros partidos e do que a do total da CD (4%). O PT singulariza-se, portanto, por ter, num pólo, a maior proporção de deputados com mais baixa escolaridade e, noutro, a de mais alta. A discrepância na formação dos parlamentares petistas pode ser explicada pela forte presença, por um lado, de professores em sua bancada (mais estimulados profissionalmente a fazer uma pósgraduação) e, por outro lado, de trabalhadores manuais qualificados e de lavradores, por outro, de baixa escolaridade. O PPB, onde está a maior proporção de empresários e de deputados com patrimônio elevado, é o segundo partido, após o PT, em porcentagem de deputados que não têm curso superior. Não contando o PT, a bancada pepebista é de nível de escolaridade um pouco mais baixa do que a dos demais partidos. Entre os petistas, a situação é oposta à do PPB: alto capital cultural de boa parte de seus membros, que têm pós-graduação, numa bancada em que a escolaridade e o patrimônio são os mais baixos entre os seis partidos. Já no PPB, convivem uma proporção elevada de parlamentares de renda elevada e outra de escolaridade baixa na comparação com outras bancadas (PT excluído). Tabela III - Instrução por partido Instrução PPB PFL PMDB PSDB PDT PT CD 1º grau a 2º Grau incompleto 1,9 2,9 2,6 2,1 4,2 8,9 3,6 2º grau completo 11,1 5,8 6,3 5,2 4,2 3,6 6,5 Superior incompleto 3,7 5,8 7,5 8, ,3 7,7 Superior completo 75,9 80,6 73,6 73,2 79,2 78,9 73,3 Mestrado e doutorado completos 7,4 4,9 10,0 11,3 12,4 14,3 8,9 n* * Estão excluídos da base de cálculo os parlamentares sobre os quais não constavam informações sobre a escolaridade. As variações nos níveis de escolaridade das bancadas dos partidos relacionam-se com as atividades profissionais e ocupacionais que os parlamentares exerciam antes da entrada na vida política, atividades, que em muitos casos,

23 23 dependem do tipo de diploma (Direito, Medicina, Engenharia, na maioria dos casos). Ao que tudo indica, a pós-graduação deveria ter sido menos importante nas ocupações anteriores dos membros das bancadas do PPB e do PFL (onde a proporção de empresários e altos funcionários do governo federal é maior) do que nos partidos de esquerda e de centro que têm, proporcionalmente, mais exprofessores nas suas bancadas e que necessitam do diploma de pós-graduação para a ascensão na sua profissão. Chamam a atenção, ainda, as discrepâncias entre o PPB e o PT. A proporção de parlamentares do PPB que não têm curso superior (17%) é a segunda mais alta entre todas as bancadas, sendo superada pela do PT (27%). (Tabela III, supra). No entanto, quando se compara a proporção dos que iniciaram algum curso superior mas não o terminaram, há apenas 3% de casos entre os parlamentares do PPB ao passo que, entre os petistas, a proporção sobe para 14%. Uma hipótese, aqui, seria de que, nos grupos de renda mais elevada, os que entram para uma universidade, ou algum instituto de ensino superior, tendem a terminar os estudos enquanto, de outra parte, muitos dos que se dedicam (ou se dedicaram) a uma atividade de tipo empresarial não se interessaram pelo diploma de nível superior. Do lado petista, a explicação poderia estar na maior proporção de tentativas frustradas de obtenção de um diploma por pessoas de renda baixa. Provavelmente, a alta incidência, entre os petistas, de parlamentares que entraram mas não terminaram um curso universitário se explicaria em função do tipo de carreira política que distinguiria os políticos dos dois partidos: idade de início da atividade política; impossibilidade de arcar com os custos dos estudos; etc ( 21 ). Em todos os seis partidos, a porcentagem de formados em Direito é bastante superior à dos que possuem outros diplomas de nível universitário. Dois partidos desviam-se ligeiramente dessa norma: 1) o PDT, com um excesso de bacharéis de Direito (52%), cerca de 1/5 a mais do que os outros partidos; e 2) o PT, com um excesso de parlamentares com formação em alguma disciplina de Ciências Humanas (20%), mais do que o dobro da bancada do PPB (8%) e do PFL (6%), 21 Espero explorar essas hipóteses, referentes aos modos de entrada na vida política, em outra pesquisa. Aqui me limito a essas breves observações.

24 24 cerca do dobro da CD (11%), o que reforça a idéia de algum tipo de associação entre formação humanística e disposições políticas mais à esquerda em contraposição a alguma formação mais técnica, como Engenharia, que teria correlação mais forte com preferências políticas comparativamente mais à direita (Tabela IV, infra). A proporção de deputados formados em Engenharia no PPB e no PFL, é aproximadamente duas vezes as do PT, PDT e PMDB e superior à da CD. Tabela IV- Formação universitária por partido Diploma PPB PFL PMDB PSDB PDT PT CD Direito 31,7 35,2 31,3 30, ,3 31,0 Medicina 6,7 11,4 14,5 15, ,9 13,1 Engenharia 15,0 16,2 7,2 14, ,5 11,7 Humanas 8,3 5,7 9,6 13, ,3 10,5 Economia 18,3 20,0 19,3 10, ,2 14,8 Exatas 3,3 3,8 6,0 9,1 1,7 5,8 Outro curso 5,0 2,9 1,2 3, ,5 4,1 Incompleto 3,3 5,7 7,2 8,1-13,6 7.4 Não tem + sem informação 20,0 10,5 12,0 8, ,9 12,7 N = * A soma dos percentuais é superior a 100% porque há parlamentares que possuem mais de um curso superior. Secção V CONCLUSÃO Como vimos nas tabelas anteriores, em todas as bancadas há uma categoria sócio-ocupacional predominante mas nenhuma bancada está composta por parlamentares recrutados apenas dessa categoria. Pelo contrário. Os dados das tabelas e quadros anteriores mostraram que os partidos têm viveiros diferentes (mas preferenciais) de recrutamento nos interior dos quais, geralmente de modo informal, são preparados seus futuros quadros. O fato, convém insistir, não elimina a

25 25 existência de uma ordem de importância dos segmentos sociais, ordem definida pelo espaço que esses segmentos ocupam em cada legenda, sendo a inexistência de certas ocupações um dado significativo no perfil partidário. Vem daí combinações diferentes de categorias sócio-econômicas em cada partido. Em alguns, uma só categoria é amplamente hegemônica; em outros, existe uma divisão de espaço relativamente mais equilibrada, resultante da presença de outras categorias com as quais a categoria hegemônica pode conviver. A ampliação da gama de interesses sociais no interior dos partidos aumenta o arco de representatividade da organização partidária e suas chances de êxito eleitoral. Mas algumas combinações são incompatíveis em razão de interesses, valores e objetivos estruturalmente opostos. Segmentos importantes de empresários podem combinar sem problemas com profissionais liberais e membros da alta administração pública mas não com segmentos extraídos das classes assalariadas, especialmente do setor de mercado. Por outro lado, intelectuais, professores, profissionais liberais, por exemplo, podem combinar (e freqüentemente combinam ) com ex-lideranças sindicais originadas das classes trabalhadoras. Os resultados da pesquisa não mostraram bancadas partidárias que combinassem grupos importantes de empresários, professores e trabalhadores. É justamente a combinação singular dessas categorias que individualizam os partidos e os fazem diferentes entre si. Considerando o espaço desses segmentos no interior das bancadas, têm-se combinações que revelam a composição social dominante dentro da representação parlamentar e, com alta probabilidade, nos órgãos máximos dos partidos. O conceito de composição social dominante, semanticamente, está próximo do de coalizão dominante, de Ângelo Panebianco (Panebianco, 1988). Mas no autor italiano, a coalizão dominante refere-se à organização partidária. Designa os grupos que, pertencendo ou não ao partido, controlam suas zonas de incerteza mais vitais, como as finanças partidárias, o sistema de comunicação, as relações com o meio externo, etc. No caso desta pesquisa, uso o termo composição social dominante para definir a combinação de categorias sócio-econômicas majoritárias nas cúpulas partidárias (e por extensão, na representação parlamentar) que têm papel decisivo na determinação

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