O JOGO PEDAGÓGICO NO ENSINO DE BIOLOGIA: UMA ABORDAGEM EM SALA DE AULA

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1 O JOGO PEDAGÓGICO NO ENSINO DE BIOLOGIA: UMA ABORDAGEM EM SALA DE AULA Resumo Raissa Mirella Meneses Alves 1 - UEPB Maria Simone Medeiros de Araújo 2 - UEPB Mariana Silva Lustosa 3 - UEPB Claudia Niedes da Silva Sousa 4 - UEPB Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas Agência Financiadora: não contou com financiamento Este trabalho relata uma experiência desenvolvida em uma escola estadual da cidade de Campina Grande (PB), na qual se utilizou o jogo como elemento no ensino do tema Água. Considera-se que a utilização do jogo como um recurso pedagógico é de grande valia para o ensino da biologia, contribuindo substancialmente na aprendizagem do conteúdo. Além disso, o jogo pedagógico, se bem elaborado, favorece a formação de um sujeito autônomo, crítico e reflexivo. Com esta perspectiva, foi desenvolvido um jogo pedagógico a respeito do tema água, o qual foi aplicado com alunos do 1 ano do Ensino Médio. O jogo apresenta uma trilha, que foi elaborada no piso do laboratório de Ciências da escola, 26 cartas com perguntas e um dado. As perguntas são relacionadas ao conteúdo do ciclo da água, assim como a questões sobre sua utilização consciente. Durante a aplicação do jogo, se observou o envolvimento dos estudantes e a motivação deles em participar da aula. Algumas características como o receio de errar, a competitividade e a cooperação para a construção das respostas, também foram observados. Assim, considera-se que o jogo didático é uma alternativa viável no processo de ensino e de aprendizagem, destacando-se pelo seu caráter interativo, dinâmico e potencializador da aprendizagem, uma vez que estimula o aluno para a participação ativa, desenvolvendo o raciocínio e a capacidade de construção do seu conhecimento. O jogo na trilha da água demonstra estas características, uma vez que possibilitou a participação e a interação dos alunos e, certamente, a aprendizagem do conteúdo por meio da construção coletiva das respostas. 1 Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba. Mestranda no Programa de Pós- Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEPB. raissaalves75@gmail.com. 2 Graduada em Biologia pela Universidade Estadual da Paraíba, especialista em Botânica pela Universidade Federal da Paraíba. Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEPB. msimonebio@yahoo.com.br. 3 Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba. Mestranda no Programa de Pós- Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEPB. marisilvalustosa@gmail.com. 4 Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba. Mestranda no Programa de Pós- Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEPB. claudianiedes@hotmail.com. ISSN

2 12468 Palavras-chave: Jogo Pedagógico. Ensino de Biologia. Aprendizagem. Introdução Dentre os objetivos do ensino da disciplina de biologia está a formação de um sujeito que conheça os conceitos biológicos e seja capaz de aplicá-los ao seu cotidiano, além de conhecer a importância da ciência para a sociedade contemporânea (KRASILCHICK, 2004). Dependendo de como o ensino for conduzido, os alunos podem enxergar a biologia como sendo uma disciplina de cunho relevante e merecedora de atenção ou vê-la como um elemento insignificante que gerará apenas uma nota ao final do ano (KRASILCHIK, 2004). Entende-se que o primeiro caso é resultado de um processo dinâmico, no qual o aluno se torna sujeito fundamental na construção do conhecimento e o professor apresenta-se como mediador, utilizando diferentes estratégias ao ensinar o conteúdo, enquanto o segundo caso ocorre em meio a um processo desestimulante, no qual o professor expõe o conteúdo, geralmente, através de aulas expositivas de modo que o aluno figura como sujeito passivo. Diante disso, propomos a adoção de metodologias de ensino que possibilitem a atuação do aluno na discussão acerca dos conteúdos, na construção de hipóteses e na resolução de problemas. Este tipo de metodologia pode englobar aulas expositivas e dialogadas, aulas práticas, debates etc. Neste trabalho, destaca-se o jogo pedagógico como um destes recursos, tratando-o como um elemento de suma relevância quando utilizado de modo a possibilitar a participação ativa dos alunos e a reflexão a respeito dos conteúdos biológicos. A utilização de jogos pedagógicos como uma ferramenta lúdica, torna-se uma estratégia interessante para o ensino de biologia. Como propõe Campos et al. (2003) o jogo caracteriza-se como uma importante e viável alternativa para auxiliar em tais processos por favorecer a construção do conhecimento ao aluno. Com esta perspectiva em relação ao jogo, objetiva-se relatar uma experiência desenvolvida em uma escola estadual da cidade de Campina Grande (PB), na qual se utilizou o jogo como elemento no ensino do tema Água. O jogo pedagógico e o ensino de biologia O jogo pedagógico tem se destacado como um recurso que auxilia no processo de ensinar e aprender, tendo como resultado não apenas a aprendizagem de conteúdos, mas

3 12469 outras características como a interação, a criatividade, o respeito às regras etc. Assim, diversos autores, como Kishimoto (1994), Huizinga (2000), Pedroso (2009) e Campos et al. (2003), têm se dedicado a estudar o jogo em todas as suas peculiaridades, considerando-o como um elemento que contribui na formação do sujeito. Assim, apresentamos algumas contribuições para a discussão a respeito deste recurso, enfocando no ensino da biologia, uma vez que esta disciplina apresenta inúmeros termos e conceitos de difícil compreensão, os quais devem ser abordados utilizando distintas estratégias de ensino para promover a aprendizagem, deste modo, volta-se para o recurso do jogo como uma das possíveis estratégias que podem ser adotadas pelo professor. Parafraseando Rezende (2012) em muitas discussões a respeito do jogo, encontra-se este elemento como importante e necessário na infância, destacando a sua importância no desenvolvimento da criança, porém entende-se que o jogo contribui no desenvolvimento do sujeito em qualquer estágio da vida, pois jovem ou adulto o indivíduo não se torna menos lúdico, nem menos susceptível a mudanças, portanto, neste trabalho discute-se acerca de sua relevância em relação a adolescentes que cursam o ensino médio. Kishimoto (1994) considera o jogo como um elemento que favorece a aprendizagem à medida que o professor vai dando uma forma lúdica ao conteúdo, além disso, o jogo proporciona o desenvolvimento de habilidades, a interação com o conteúdo e entre os indivíduos, a diversão, o desenvolvimento da criatividade entre outros aspectos, assim, o professor não deve focar apenas em um dos resultados do jogo, isto é, a aprendizagem de conteúdos, mas atentar para o processo no qual ele se desenvolve. Corroborando com esta ideia há Contin e Ferreira (2007) que consideram o jogo, quando bem elaborado, um recurso que proporciona ao aluno a capacidade de interação com o conteúdo e o desenvolvimento de habilidades quanto à cognição (desenvolvimento da inteligência e da personalidade), a afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima), a socialização (simulação de vida em grupo), a motivação (envolvimento da ação, e mobilização da curiosidade) e a criatividade. Em relação à aprendizagem, percebe-se que o ensino da biologia muitas vezes ocorre de maneira abstrata por privilegiar as aulas expositivas, tornando o processo desestimulante e resultando em aprendizagem mecânica, assim a utilização de jogos pedagógicos como uma ferramenta lúdica torna-se uma alternativa acessível e interessante em sala de aula, uma vez que, de acordo com Campos et al. (2003, p. 59) [...] o jogo é uma importante estratégia para

4 12470 o ensino e a aprendizagem de conceitos abstratos e complexos, favorecendo a motivação interna, o raciocínio, a argumentação, a interação entre alunos e entre professores e alunos. No que se refere à interação no ensino de biologia Krasilchik (2004) afirma que ao observar aulas de biologia percebe-se que cerca de 85% do tempo é atribuído à fala do professor e os outros 15% são preenchidos, na maior parte das vezes, pelo silêncio ou pela exposição das dúvidas dos alunos em relação às atividades que devem executar. Neste cenário, verifica-se a inexistência de interação em sala de aula, tanto entre o professor e o aluno, quanto entre aluno-aluno. Para superar este obstáculo, de acordo com a referida autora, faz-se necessária a substituição de aulas estritamente expositivas por aulas que estimulem o diálogo e a discussão de ideias, intensificando a participação dos alunos. Esta interação entre os alunos, quando promovida pelo jogo, é importante não apenas para a motivação do trabalho em grupo, ou para prepará-los para uma futura vida profissional, mas o jogo promove a formação de grupos sociais, de modo que os indivíduos sublinhem suas diferenças em relação à sociedade (HUIZINGA, 2000). A participação dos alunos nas aulas de biologia pode ocorrer de maneira oral, escrita ou visual, assim, a aula expositiva pode ser substituída por diferentes estratégias, como o jogo, por exemplo, porém, essa substituição não significa a extinção desta estratégia de ensino, mas, ao utilizar a aula expositiva, o professor deve promover sua reconstrução em um modelo que permita a participação do aluno e a discussão entre eles, isto é, a aula expositiva e dialogada (KRASILCHIK, 2004). Em relação ao jogo Pedagógico, considera-se que: [...] as atividades lúdicas, como as brincadeiras, os brinquedos e os jogos, são reconhecidos pela sociedade como meio de fornecer ao indivíduo um ambiente agradável, motivador, prazeroso, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Outra importante vantagem, no uso de atividades lúdicas, é a tendência em motivar o aluno a participar espontaneamente na aula (PEDROSO, 2009, pp ). Além disso, Pedroso (2009) destaca a importância do jogo como um recurso que desenvolve a socialização, estimulando a cooperação e a construção do conhecimento, tornando-se um elemento relevante quando se visa à aprendizagem de conteúdos das diferentes áreas do conhecimento. Processo Metodológico

5 12471 Este trabalho apresenta um relato de intervenção didática com uma abordagem qualitativa dos resultados, visando descrever o processo observado durante a realização da atividade aqui relatada (BOGDAN; BIKLEN, 1994). A atividade foi executada em uma escola pública localizada em um bairro periférico da cidade de Campina Grande-PB com alunos do 1 ano do ensino médio. Foi desenvolvido um jogo pedagógico a respeito do tema água, o qual foi aplicado durante a semana na qual se comemora o Dia Nacional do Meio Ambiente, deste modo, o jogo apresentou questões relacionadas ao conteúdo do ciclo da água e outras acerca da sua utilização, escassez e uso consciente. O Jogo: na trilha da água O jogo desenvolvido constitui-se de uma trilha, que foi elaborada no piso do laboratório de Ciências da escola (Figura 1), 26 cartas de perguntas e um dado (Figura 2). Optou-se por desenvolver a trilha de modo que todos os estudantes pudessem participar ativamente de todos os procedimentos do jogo, assim, a trilha foi composta por 15 casas, em torno da bancada do laboratório, como ilustrado na figura 1. Figura 1: Trilha desenvolvida. Fonte: As autoras.

6 12472 Figura 2: Dado desenvolvido para o jogo de trilha. Fonte: As autoras Para a realização do jogo os estudantes foram distribuídos em 04 grupos, dois compostos por seis alunos e dois compostos por cinco alunos. Primeiramente, foi apresentado o jogo e estabelecidas as regras para os grupos, as quais se expressam da seguinte forma: cada grupo deveria jogar o dado para estabelecer a ordem das jogadas, o primeiro grupo a jogar seria o que tirasse o maior número, e assim sucessivamente; todos os estudantes poderiam participar respondendo às perguntas e caminhando ao longo da trilha; cada grupo, na sua vez de jogar, deveria retirar uma carta e a partir daí teria o tempo de um minuto para pensar conjuntamente na resposta, caso apresentassem a resposta correta jogavam o dado e avançavam o número de casas correspondente, caso a resposta estivesse incorreta permaneceriam no mesmo lugar; o grupo vencedor seria aquele que primeiro alcançasse a casa de chegada. Aplicação do jogo Logo no primeiro momento ficou notório o envolvimento dos alunos e a motivação em participar da atividade. Considera-se a motivação como um elemento de extrema relevância no processo de ensino e de aprendizagem, instigando o estudante a participar ativamente e espontaneamente no processo. Conforme Oliveira (2011) há três pontos que devem ser priorizados no desenvolvimento deste processo, a saber, o planejamento, a interligação entre os conteúdos e a motivação, a qual incentiva a participação do aluno. Além disso, em seu estudo a respeito do jogo como elemento para o ensino de geometria, o autor constatou a

7 12473 aceitação dos professores, reconhecendo o jogo como um recurso que possibilita a socialização e a motivação entre todos os envolvidos. No decorrer do jogo percebeu-se a interação entre os integrantes de cada grupo, tentando entrar em acordo em relação à resposta a ser apresentada, o que é fundamental no desenvolvimento de um ser social, visto que a interação e o respeito ao outro é de suma relevância, seja na escola, no trabalho ou em qualquer outro local. Além disso, o processo de aprendizagem não ocorre apenas individualmente, o trabalho em grupo é primordial neste processo. Nesta perspectiva, Pedroso (2009) afirma que uma das potencialidades atribuídas ao jogo didático é o auxílio no desenvolvimento da socialização, da cooperação e das relações afetivas. No jogo, além da cooperação, descrita acima, se desenvolveu a competição entre os grupos, o que ficou explícito no decorrer da partida. Por isso, considera-se que o jogo desenvolve no indivíduo habilidades que serão indispensáveis em sua atuação profissional, como, por exemplo, a atenção, o desenvolvimento de estratégias, a concentração, o respeito ao outro (MOREIRA et al., [2002?]). Outro aspecto observado foi à apreensão dos alunos em saber se a resposta dada a cada pergunta estava correta e o medo em relação ao erro, estas emoções se desenvolvem em meio às relações estabelecidas pelo jogo, as quais expõem as potencialidades e aptidões dos sujeitos, testando seus limites (MOREIRA et al., [2002?]). No que se refere ao receio de apresentar uma resposta incorreta, principalmente nas questões sobre o ciclo biogeoquímico da água, os estudantes se preocupavam em construir uma resposta igual ao conteúdo do livro didático. Aqui, ressaltam-se duas observações importantes para os professores no processo de ensino. A primeira refere-se ao receio que os alunos têm de participar das aulas, respondendo ao questionamento do professor, e relatando experiências de seu cotidiano que estejam relacionadas com o conteúdo, ou levantando questões relacionadas ao tema. Para Campos e Nigro (1999) o problema, muitas vezes, parte do próprio professor, tendo em vista que ao formular determinada questão ele já possui a resposta em mente e acaba por exigir, ainda que inconscientemente, que o aluno apresente aquela solução, o que reflete no medo que o aluno tem em cometer algum erro e, assim, prefere não participar da aula, figurando unicamente como ouvinte. No caso discutido neste relato, ficou notório este receio que os referidos autores nomeiam como Síndrome da resposta correta, pois os grupos, embora já tivessem

8 12474 conversado e elaborado a resposta a determinada questão, se detinham para socializá-la e, muitas vezes, o faziam apenas quando o tempo esgotava. A segunda observação é a relevância que se dá ao livro didático, como único recurso que apresenta as respostas para os questionamentos feitos na aula, exercícios ou provas, o que é reflexo de um ensino que apresenta o livro didático como única, ou principal, fonte de conhecimento. Para Campos e Nigro (1999) esta conduta é característica de professores que adotam o ensino por transmissão e recepção de informações, no qual o professor é o detentor do conhecimento, sendo incumbido de transmiti-lo aos alunos, e para cumprir com este objetivo, acaba por reproduzir aquilo que está no livro didático por meio de aulas expositivas. Considera-se que o livro didático é um importante recurso no processo de ensino e de aprendizagem, auxiliando os professores no planejamento e ministração de aulas e os alunos na construção do conhecimento, porém, o que se pretende é ressaltar a necessidade da adoção de outros recursos como fonte de conhecimento e para discussão dos conteúdos com os alunos. Nesse sentido, destaca-se o jogo como elemento que propicia esta interação e a socialização dos conteúdos, auxiliando no processo de construção do conhecimento dos alunos. Ao final da atividade, em função dos relatos dos estudantes, foi notória a satisfação em relação ao jogo, como um recurso que permite um ensino dinâmico e distinto das aulas convencionais, além disso, os alunos cobraram o desenvolvimento de outros jogos na disciplina de biologia. Um caso semelhante a este foi observado no estudo desenvolvido por Godoi et al. (2010), em que eles observaram o entusiasmo dos estudantes em relação ao jogo trunfo, desenvolvido por eles para o ensino de química. Os autores relatam que os estudantes pediram a realização de jogos em outras aulas e se interessaram por desenvolver as cartas, para que pudessem jogar em casa. Assim, como colocado por Campos et al. (2003, p.48): [...] o jogo ganha um espaço como a ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno, desenvolve níveis diferentes de experiência pessoal e social, ajuda a construir suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade, e simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem. Desta maneira, o jogo pedagógico figura como um importante recurso para o ensino de biologia, contribuindo na formação de um sujeito autônomo, crítico e social, que conhece os conteúdos científicos e é capaz de aplicá-los ao seu cotidiano.

9 12475 Considerações Finais A adoção de novas estratégias metodológicas em biologia é de fundamental importância, de modo a superar o ensino meramente expositivo. Ante o exposto, considera-se que o jogo didático é uma das estratégias viáveis que podem auxiliar para superar essa prática, destacando-se pelo seu caráter interativo, dinâmico e potencializador da aprendizagem, uma vez que estimula o aluno para a participação ativa no processo de ensino e aprendizagem, desenvolvendo o raciocínio e a capacidade de construção do seu conhecimento. O jogo Na trilha da água apresenta-se como potencializador das características supracitadas, pois permitiu a participação e a interação dos alunos durante o jogo, e certamente, a aprendizagem do conteúdo por meio da construção coletiva das respostas. Desta maneira, pode-se constatar o que é dito por Miranda (2001) ao afirmar que mediante a realização do jogo didático podemos atingir vários objetivos, relacionados à cognição, a afeição, a socialização, a motivação. Assim, considera-se que a realização de atividades diversificadas que motivam e despertam o interesse dos alunos pode ser uma grande aliada na nossa prática docente, permitindo o alcance dos objetivos pedagógicos, com vista ao melhor desempenho da aprendizagem escolar. Acreditamos que a experiência aqui relatada desperte os olhares de professores das diversas áreas de conhecimento, atentando-se para a importância do lúdico na formação do sujeito, em especial do jogo pedagógico. REFERÊNCIAS BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, CAMPOS, L.M.L.; BORTOLOTO, T. M.; FELÍCIO, A. K. C. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos do núcleo de ensino. Núcleos de Ensino da Unesp, São Paulo, Disponível em: < > Acesso em: 08 ago CAMPOS, M. C. C.; NIGRO, Rogério Gonçalves. Didática de Ciências: O ensinoaprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, CONTIN, R.C.; FERREIRA, W.A. Jogos: Instrumentos pedagógicos no Ensino da Matemática. Portal da educação, Mato Grosso, 20 ago Disponível em: < > Acesso em 08 ago

10 12476 GODOI, T. A. F.; OLIVEIRA, H. P. M.; CODOGNOTO, L. Tabela periódica - um super trunfo para alunos do ensino fundamental e médio. Química Nova na Escola, São Paulo, v.32, n. 1, p , fev HUIZINGA. J. Homo ludens. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, KISHIMOTO. T. M. O jogo e a educação infantil. Perspectiva. Florianópolis: UFSC/CED, NUP, n. 22, p , KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4.ed. São Paulo: Edusp, MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje, Brasília, v.28, n.14, p , MOREIRA, A.; BARBOSA, A.; ANDRADE, C. Estratégias de ensino/aprendizagem em biologia. Bahia: Faculdade de Tecnologia e Ciências, [2002?]. OLIVEIRA, L. H. S. Método tradicional e método lúdico: uma comparação no ensino de conceitos de geometria no 5 ano do ensino fundamental f. Dissertação de mestrado. Universidade do Estado Do Amazonas, Manaus, PEDROSO, C. V. Jogos didáticos no ensino de biologia: uma proposta metodológica baseada em módulo didático. In: Congresso Nacional de Educação- EDUCERE e III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia- PUCRS, 9. Curitiba, In: Anais do IX Congresso Nacional de Educação- EDUCERE e III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia- PUCRS. Curitiba, Disponível em: < Acesso em: Jun REZENDE. M. P. D. A elaboração de jogos de ecologia por estudantes do ensino médio: perspectivas para a avaliação da aprendizagem no ensino de biologia f. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.