VOLUME III POPULAÇÃO E ATIVIDADES ECONÓMICAS

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1 VOLUME III POPULAÇÃO E ATIVIDADES ECONÓMICAS Alcácer do Sal, 18 de maio de 2017

2 FICHA TÉCNICA Coordenação Geral: Vítor Proença (Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal) Diretor Executivo: Ricardo Tomé (Geógrafo Físico, Msc.) Coordenador Técnico: Tiago Sousa (Geógrafo) Colaboradores Técnicos: Ana Rodrigues (Geógrafa) Alexandre Domingues (Geógrafo) Isabel Moraes Cardoso (Jurista) João Paulino (Arquiteto) Jorge Figueiredo (Arqueólogo) Mónica Sagreiro (Geógrafa) Vítor Oliveira (Geógrafo) 2

3 ESTRUTURA DO PLANO VOLUME I - Do âmbito e alcance do PDM às preocupações globais VOLUME II - Espaço Físico VOLUME III - População e atividades económicas VOLUME IV - Sistema urbano e linhas estruturantes. VOLUME V - Património VOLUME VI - Do estado de ordenamento do território e desenvolvimento a uma estratégia para o território VOLUME VII - Planeamento, ordenamento e desenvolvimento do território. Condicionantes VOLUME VIII - Planeamento, ordenamento e desenvolvimento do território. Ordenamento VOLUME IX - Regulamento VOLUME X - Avaliação Ambiental Estratégica VOLUME XI Anexos 3

4 ÍNDICE GERAL DO PLANO VOLUME I DO ÂMBITO E ALCANCE ÀS PREOCUPAÇÃO GLOBAIS PARTE I. O PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL. CONTEXTO, ÂMBITO E ALCANCE 10 I.1. Nota introdutória 11 I.2. Metodologia e a estrutura do PDM 26 I.3. Quadro estratégico, legal e processual 43 PARTE II. AO ENCONTRO DO CONCELHO DE ALCÁCER DO SAL. O TERRITÓRIO 65 II.1. Enquadramento geográfico. Da Europa a Alcácer do Sal 66 II.2. Uma visita à história do concelho 72 PARTE III. DAS PREOCUPAÇÕES GLOBAIS AO CONCELHO DE ALCÁCER DO SAL 77 III.1. Alterações climáticas 78 III.2. Fenómenos Perigosos. Da tomada de consciência à incorporação do risco na gestão do território 89 VOLUME II O ESPAÇO FÍSICO PARTE IV. O ESPAÇO FÍSICO 13 IV.1. Ambiente climático e território 14 IV.2. Geomorfologia 51 IV.3. Hidrogeologia 91 IV.4. Hidrografia e Hidrologia 114 IV.5. Solos. Tipos e capacidade de uso 162 IV.6. Ocupação e uso do solo 184 IV.7. Os valores naturais do concelho 201 VOLUME III A POPULAÇÃO E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS PARTE V. AS PESSOAS E A DINÂMICA SOCIOECONÓMICA 14 V.1. População: situação atual e dinâmicas 15 V.2. O contexto e as atividades económicas 73 VOLUME IV SISTEMA URBANO E LINHAS ESTRUTURANTES PARTE VI. SISTEMA URBANO E LINHAS ESTRUTURANTES 13 VI.1. Sistema urbano 14 VI.2. Equipamentos 49 VI.3. Infraestruturas 90 4

5 VI.4. Acessibilidades e mobilidade territorial 139 VI.5. O Ruído 192 VOLUME V PATRIMÓNIO. UM LEGADO A VALORIZAR PARTE VII. PATRIMÓNIO. UM LEGADO A VALORIZAR 8 VII.1. Conhecimento para valorizar o património 9 VOLUME VI DO ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO A UMA ESTRATÉGIA PARA O TERRITÓRIO PARTE VIII. DO ESTADO DO ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO A UMA ESTRATÉGIA PARA O TERRITÓRIO VIII.1. Os instrumentos de gestão territorial. Da caraterização à dinâmica VIII.2. A auscultação dos atores locais. Um contributo fundamental para o planeamento e desenvolvimento VIII.3. Da situação existente ao pano de fundo para a definição de uma estratégia para o desenvolvimento VOLUME VII PLANEAMENTO, ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO_ CONDICIONANTES PARTE IX PLANEAMENTO, ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO 9 IX.1. As condicionantes ao uso do solo 10 VOLUME PLANEAMENTO, ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO - ORDENAMENTO PARTE IX PLANEAMENTO, ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO 11 IX.2. Proposta de ordenamento 12 IX.3. O PDM de Alcácer do Sal de 2.ª geração. Compatibilidade e conformidade com 195 os IGT eficazes IX.4. Gestão e operacionalização do PDM de Alcácer do Sal. 238 VOLUME IX REGULAMENTO DO PDM DE ALCÁCER DO SAL PARTE X REGULAMENTO DO PDM DE ALCÁCER DO SAL - VOLUME X AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PARTE XI AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 10 XI.1. Fatores Críticos para a Decisão (FCD) 11 XI.2. Relatório Ambiental 102 5

6 ÍNDICE DO VOLUME III PARTE V. AS PESSOAS E A DINÂMICA SOCIOECONÓMICA V.1. População: situação atual e dinâmicas V.1.1. Evolução e distribuição da população V.1.2. Natalidade, Mortalidade e Crescimento Natural V.1.3. Saldo Migratório e Crescimento Efetivo V.1.4. Estruturas demográficas V.1.5. Movimentos e origens das populações V.1.6. Escolaridade e graus de Ensino V.1.7. Estrutura ativa da população e distribuição por sectores de atividade V.1.8. Projeções da população do concelho de Alcácer do Sal: período 2015 / V.2. O contexto e as atividades económicas V.2.1. Alguns indicadores de enquadramento da atividade económica V.2.2. População empregada por atividades económicas V.2.3. Estabelecimentos por atividades económicas V.2.4. Zonas de atividades económicas/ empresariais V.2.5. Volume de negócios por atividades económicas V.2.6. Valor acrescentado bruto (VAB) V.2.7. O turismo no contexto económico local V A oferta de alojamento turístico V Oferta de Alojamento Local V A procura Turística V.3. Bibliografia ÍNDICE DE FIGURAS Figura V.1.1. Densidade populacional (hab/km2), NUT3 portuguesas (2011) Figura V.1.2. População residente no concelho de Alcácer do Sal (1981 / 2011) Figura V.1.3. Variação percentual da população residente nos 5 concelhos do Alentejo Litoral (1981/2011)

7 Figura V.1.4. Evolução da população residente, Alcácer do Sal; Censos (1981/2011) e Estimativas (2011/2014) Figura V.1.5. População residente, por freguesias, concelho de Alcácer do Sal (1981/2011) Figura V.1.6. Freguesias do concelho de Alcácer do Sal, antes e pós a reorganização territorial de Figura V.1.7. Percentagem de população residente nas freguesias e nos lugares da sede de concelho, Alentejo Litoral (2011) Figura V.1.8. Distribuição da população por lugares (2011) Figura V.1.9. Nº de nascimentos, Alcácer do Sal (1996 / 2014) Figura V Nº de nascimentos, Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Nº de óbitos, Alcácer do Sal Figura V Nº de óbitos, Alentejo Litoral Figura V Crescimento Natural, Alcácer do Sal (1996 / 2014) Figura V Crescimento Natural, Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Taxa Bruta de Natalidade (0/00), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Taxa Bruta de Mortalidade (0/00), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Taxa de Crescimento Natural (0/0), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (2013) Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (1994/2013) Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (1994/2013) Figura V Saldo Migratório e Crescimento Natural, Alcácer do Sal (1996/2014) Figura V Saldo Migratório, concelhos do Alentejo Litoral (1996/2014) Figura V Taxa de Crescimento Efetivo (0/0), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996/2014) Figura V Pirâmides etárias da população do concelho de Alcácer do Sal, 2001 e Figura V Pirâmides etárias da população, concelho de Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011). 38 Figura V % de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V % de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) 38 Figura V Percentagens de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) (2011) Figura V Índices de Juventude e de Envelhecimento, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011)

8 Figura V Índices de Juventude e de Envelhecimento, Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V Índice de Juventude, concelho e freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V Índice de Envelhecimento, concelho e freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V Índice de renovação da população em idade ativa (N.º), concelhos do Alentejo Litoral (2013) Figura V Índice de renovação da população em idade ativa (N.º), Alcácer e Alentejo Litoral (2001/2013) Figura V População residente por nacionalidade (%), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Figura V População residente por nacionalidade (%), freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V População residente por nacionalidade (%), freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V Taxa de Analfabetismo, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1991/2001/2011) Figura V Taxa de Analfabetismo, freguesias de Alcácer do Sal (1991/2001/2011) Figura V Taxa de Analfabetismo, por sexos, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V População (%) com grau de ensino completo, Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População (%) com 3º Ciclo do EB completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População (%) com Ensino Secundário completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População (%) com Ensino Superior completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V Taxa de atividade (%) da população residente, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2001/2011) Figura V Taxa de atividade (%) da população residente, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População empregada (%), por sectores de atividade, Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População empregada (%) no Sector Primário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População empregada (%) no Sector Secundário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011)

9 Figura V População empregada (%) no Sector Terciário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V População residente nos cenários Baixo, Central e Alto (2021 e 2031), Alcácer do Sal 69 Figura V Percentagem de Jovens nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Figura V Percentagem de Ativos nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Figura V Percentagem de Idosos nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Figura V Índice de Envelhecimento, cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Figura V.2.1. Poder de Compra Concelhio (Base=100), Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000/2013) Figura V.2.2. Fator Dinamismo Relativo, Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000/2013) Figura V.2.3. Variação percentual (%) do ganho médio mensal, concelhos do Alentejo Litoral (2004/2013) Figura V.2.4. Ganho médio mensal ( ), por sectores de atividade, concelhos do Alentejo Litoral (2013) Figura V.2.5. Evolução (%) do ganho médio mensal, por sectores de atividade, concelhos do Alentejo Litoral (2002/2013) Figura V.2.6. Taxa de sobrevivência das empresas nascidas 2 anos antes, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Figura V.2.7. Volume de negócios por empresa, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Figura V.2.8. Indicador de concentração do volume de negócios das 4 maiores empresas, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Figura V.2.9. Número de estabelecimentos (atividades económicas), Alcácer do Sal (2008/2013) Figura V Distribuição de estabelecimentos (%), concelhos do Alentejo Litoral (2013) Figura V Estabelecimentos das atividades primárias (%), concelhos do Alentejo Litoral (2013).. 90 Figura V Estabelecimentos (%) nas divisões das atividades primárias, Alcácer do Sal (

10 Figura V Estabelecimentos (Nº) nas divisões das atividades primárias, Alcácer do Sal (2008/2013) Figura V Estabelecimentos das divisões das atividades primárias (%), Alentejo Litoral (2013) Figura V Estabelecimentos (%) do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, Alcácer do Sal (2013) Figura V Estabelecimentos (Nº) do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, Alcácer do Sal (2008/2013) Figura V Estabelecimentos (%) do Alojamento, restauração e similares, Alcácer do Sal ( Figura V Estabelecimentos (Nº) do Alojamento, restauração e similares, Alcácer do Sal (2008/2013) Figura V Estabelecimentos das divisões do Alojamento, restauração e similares (%), Alentejo Litoral (2013) Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (%), Alentejo Litoral (2013) Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (%), Alentejo Litoral (2008) Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (M ) e variação (%), Alentejo Litoral (2008/2013) Figura V Valor acrescentado bruto das empresas, Alentejo Litoral (2013) Figura V Valor acrescentado bruto das empresas, Alentejo Litoral (2008) Figura V Valor acrescentado bruto das empresas (M ) e variação (%), Alentejo Litoral (2008/2013) Figura V Empreendimentos Turísticos, Alentejo Litoral Figura V Empreendimentos turísticos: oferta de camas, Alentejo Litoral Figura V Empreendimentos turísticos por categoria, Alentejo Litoral Figura V Oferta de alojamento turístico (existente e perspetivada), concelho de Alcácer do Sal Figura V Estabelecimentos de Alojamento Local, NUTIII Figura V Proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros por concelho (%), Alentejo Litoral (2014)

11 ÍNDICE DE QUADROS Quadro V.1.1. População residente, superfície e densidade populacional dos concelhos do Alentejo Litoral (2011) Quadro V.1.2. Variação percentual da população, concelhos do Alentejo Litoral (Mar/2011-Dez/2014) Quadro V.1.3. Variação percentual da população residente, por freguesias, nos períodos 1991/1981, 2001/1991, 2011/2001 e 2011/ Quadro V.1.4. População por classe de dimensão dos lugares, 1991 a Quadro V.1.5. Taxa de Fecundidade (0/00) por grupos etários, concelho de Alcácer do Sal (2001 e 2011) Quadro V.1.6. Idade média (anos) da população residente, Alcácer do Sal e concelhos do Alentejo Litoral (1991, 2001 e 2011) Quadro V.1.7. Idade média (anos) da população residente, freguesias de Alcácer do Sal (1991, 2001 e 2011) Quadro V.1.8. População residente, segundo a situação relativamente a 31/12/2005, Alcácer do Sal e concelhos do Alentejo Litoral (2011) Quadro V.1.9. População residente, segundo a situação relativamente a 31/12/2005, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Quadro V População residente que mudou de residência (após 31/12/2005), segundo a proveniência, Alcácer do Sal e concelhos do Alentejo Litoral (2011) Quadro V População residente que mudou de residência (após 31/12/2005), segundo a proveniência, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Quadro V População residente com nacionalidade estrangeira, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Quadro V População residente com nacionalidade estrangeira, segundo a proveniência, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Quadro V Percentagem de população residente com nacionalidade estrangeira, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1991/2001/2011) Quadro V População (%) com grau de ensino completo, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) 54 Quadro V População (%) com grau de ensino completo, freguesias de Alcácer do Sal (2011)

12 Quadro V Taxas Brutas de pré-escolarização, escolarização no ensino secundário e no ensino básico; Taxa de retenção e desistência no ensino básico regular (2005 / 2006 a 2012/2013), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral Quadro V Taxa de atividade (%) da população residente, Alcácer do Sal, Alentejo Litoral e freguesias (2011) Quadro V População empregada (%), por sectores de atividade, Alcácer do Sal, Alentejo Litoral e freguesias (2011) Quadro V Cenários de projeção da população, segundo as hipóteses de evolução das componentes, NUT II Alentejo, 2012 (último ano observado) e 2060 (último ano de projeção) Quadro V População residente (Censos 2011), população residente estimada (2013) e população residente nos cenários Baixo, Central e Alto (2015, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Quadro V.2.1. Poder de Compra Concelhio (Base=100), Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000 / 2013) Quadro V.2.2. Fator Dinamismo Relativo (FDR), ordenação dos concelhos, País (2013) Quadro V.2.3. Ganho médio mensal ( ), concelhos do Alentejo Litoral (2004/2013) Quadro V.2.4. Ganho médio mensal ( ), por sectores, Continente, Alentejo e Alentejo Litoral (2004/2013) Quadro V.2.5. População empregada, segundo as atividades económicas, freguesias do concelho de Alcácer do Sal (2011) Quadro V.2.6. População empregada, segundo as atividades económicas, Alcácer do Sal (2001/2011) Quadro V.2.7. Estabelecimentos, por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Quadro V.2.8. Volume de negócios dos estabelecimentos ( ), por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Quadro V.2.9. Valor acrescentado bruto das empresas ( ), por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Quadro V Tipologia de Empreendimentos Turísticos (ET), concelho de Alcácer do Sal Quadro V Capacidade de alojamento (camas) por tipologia de ET classificados, concelho de Alcácer do Sal Quadro V Oferta de alojamento turístico perspetivado, concelho de Alcácer do Sal

13 Quadro V Tipologias e respetivas categorias da capacidade de alojamento perspetivada, com base nos PIP ou PPF, concelho de Alcácer do Sal Quadro V Estabelecimentos de Alojamento Local em Alcácer do Sal, por freguesia e tipologia111 Quadro V Taxa líquida de ocupação cama (%), proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros (milhares de ) e proporção de hóspedes estrangeiros (%), concelhos do Alentejo Litoral (2009/2014)

14 PARTE V. AS PESSOAS E A DINÂMICA SOCIOECONÓMICA 14

15 V.1. POPULAÇÃO: SITUAÇÃO ATUAL E DINÂMICAS 15

16 V.1.1. EVOLUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO Segundo os Censos de 2011, o concelho de Alcácer do Sal tinha, no momento censitário, residentes (vd. Quadro V.1.1). Entre os 5 concelhos da NUT3 onde está integrado (Alentejo Litoral), Alcácer do Sal é o concelho com menor número de residentes, apenas 13,3% da população do Alentejo Litoral. O território do concelho de Alcácer do Sal compreende uma vasta superfície de 1.499,9 km 2 e, em termos nacionais (308 municípios), a sua vastidão apenas é superada pela do concelho de Odemira (com 1.720,6 km 2 ), curiosamente da mesma NUT3. Quadro V.1.1. População residente, superfície e densidade populacional dos concelhos do Alentejo Litoral (2011) Pop. Residente (2011) Superfície Densidade Populacional Nº Posição no ranking da NUT3 Km 2 Posição no ranking da NUT3 Hab / Km 2 Posição no ranking da NUT3 Odemira º 1.720,6 1º 15,1 4º Alcácer do Sal º 1.499,9 2º 8,7 5º Grândola º 825,9 4º 18,0 3º Santiago do Cacém º 1.059,7 3º 28,1 2º Sines º 203,3 5º 70,0 1º Alentejo Litoral , , Fonte: INE, Censos (2011) A grande superfície do concelho de Alcácer do Sal, conjuntamente com o seu baixo efetivo populacional, contribuem determinantemente para o muito baixo valor da densidade populacional do concelho: apenas 8,7 hab/km 2. Este valor é o mais baixo dos 5 concelhos do Alentejo Litoral, e é o 7º mais baixo dos 308 concelhos do País 1. 1 Apenas os concelhos de Alcoutim (4,6 hab/km 2 ), Mértola (5,3), Idanha-a-Nova (6,4), Avis (7,4), Monforte (7,7) e Ourique (7,8) apresentam valores mais baixos que Alcácer do Sal para a densidade populacional. 16

17 Figura V.1.1. Densidade populacional (hab/km2), NUT3 portuguesas (2011) Fonte: INE, Censos (2011) A baixa densidade populacional é, aliás, uma das características desta sub-região, uma vez que o Alentejo Litoral é a 3ª NUT3 (das 30 do território continental e ilhas) com o mais baixo valor para a densidade populacional (18,4 hab/km 2 ) 1. Os baixos valores para a densidade populacional, resultado natural do baixo efetivo populacional, constituem uma nota claramente dissonante de todo o litoral continental nacional (vd. Figura V.1.1), vincadamente marcado por fortes concentrações de população, pela existência de numerosos e grandes centros urbanos, o que, efetivamente não sucede neste troço do litoral português, com características muito particulares. A população do concelho de Alcácer do Sal, nos últimos 30 anos entre os momentos censitários de 1981 e 2011 registou um crescimento negativo: de para residentes, o que corresponde a um decréscimo de 20,3% (vd. Figura V.1.2). Este decréscimo foi particularmente notório na década de 80 (-11,4%), menos pronunciado na década de 90 (apenas -1,6%) e de novo mais acentuado na primeira década do séc. XXI (-8,7%). 1 Apenas as NUT3 Baixo Alentejo (14,5 hab/km 2 ) e Alto Alentejo (18,2) apresentam valores mais baixos que o Alentejo Litoral para a densidade populacional. 17

18 Figura V.1.2. População residente no concelho de Alcácer do Sal (1981 / 2011) Fonte: INE, Censos (1981, 1991, 2001 e 2011) Neste período de tempo, e no universo dos concelhos do Alentejo Litoral, o concelho de Alcácer do Sal foi o concelho que maior decréscimo populacional registou (vd. Figura V.1.3). O Alentejo Litoral, no seu todo, perdeu 5,1% da população; os concelhos de Odemira e Grândola perderam igualmente população (11,5% e 7,6%, respetivamente); e apenas os concelhos de Sines e Santiago do Cacém apresentam crescimentos populacionais (17,9% e 1,9%, respetivamente). Na última década (2001/2011) apenas o concelho de Sines apresentou um aumento populacional (de 4,9%). Figura V.1.3. Variação percentual da população residente nos 5 concelhos do Alentejo Litoral (1981/2011) Fonte: INE, Censos (1981, 1991, 2001 e 2011) 18

19 No período pós-censitário (desde 2011), a informação estatística para os valores da população residente reporta-se a estimativas 1 que, assim, deverão ser observadas com alguma precaução e reserva. No entanto, não atribuindo naturalmente particular relevância aos valores absolutos em si, há contudo que atender às tendências demonstradas. Neste particular, há a destacar (vd. Figura V.1.4) uma evolução da população residente de sinal negativo desde o último momento censitário (2011), expresso nas estimativas apuradas para os finais (31 / Dezembro) dos anos de 2011 a De acordo com esta informação, a população residente em Alcácer terá sofrido uma redução de 5,24% em apenas 3 anos e 9 meses (de Março de 2011 a Dezembro de 2014), cerca de 684 habitantes. De acordo ainda com esta fonte de informação (vd. Quadro V.1.2), todo o Alentejo Litoral terá perdido população (-2,02%), destacando-se apenas o concelho de Grândola com um muito pequeno acréscimo (0,06%) e, ainda, o facto de o concelho de Alcácer do Sal ser, dos 5 que constituem a NUT3 Alentejo Litoral, o que mais população perde. Figura V.1.4. Evolução da população residente, Alcácer do Sal; Censos (1981/2011) e Estimativas (2011/2014) Quadro V.1.2. Variação percentual da população, concelhos do Alentejo Litoral (Mar/2011-Dez/2014) Censos 2011 / 31/12/2014 Alentejo Litoral -2,02 Odemira -2,44 Alcácer do Sal -5,24 Grândola 0,06 Santiago do Cacém -0,84 Sines -2,95 Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Estimativas e Projeções 1 Informação de carácter provisório até à realização de um novo recenseamento, integra e atualiza a série de estimativas pós censitárias. As estimativas são aferidas aos resultados definitivos dos Censos anteriores, incorporando a informação demográfica referente aos anos desde então decorridos, nomeadamente nados vivos e óbitos apurados com base na informação registada nas Conservatórias do Registo Civil. (INE) 19

20 Em termos da evolução da população residente, segundo as freguesias do concelho de Alcácer do Sal, verificou-se, nos últimos 30 anos, decréscimos em todas as freguesias do concelho (vd. Figura V.1.5). Em matéria de posicionamento das freguesias, relativamente ao efetivo populacional, há apenas a registar o facto de a freguesia mais populosa em 1981 Santa Maria do Castelo ser atualmente (em 2011) a segunda freguesia, uma vez que foi ultrapassada pela freguesia de Santiago. Figura V.1.5. População residente, por freguesias, concelho de Alcácer do Sal (1981/2011) Fonte: INE, Censos (1981, 1991, 2001 e 2011) Os decréscimos populacionais nos momentos intercensitários foram uma constante em todas as freguesias do concelho de Alcácer, com exceção apenas do período compreendido entre 1991 e 2001 nas freguesias de Santiago e Santa Maria do Castelo, que registaram, respetivamente, crescimentos de 6,5 e 0,1% (vd. Quadro V.1.3). O balanço final, quanto a crescimentos populacionais, por freguesias, foi ao longo dos últimos 30 anos particularmente negativo, sobretudo nas freguesias de Santa Susana que perdeu mais de metade (55,0%) da sua população) -, de Santa Maria do Castelo que perdeu 40,0% da população -, e das freguesias de Torrão (com uma perda de 33,6%) e de São Martinho (com uma perda de 33,4% da população). A freguesia que, ainda assim, melhor resistiu ao decréscimo populacional, foi a freguesia da Comporta, que perde (em 20 anos) 9,6% da sua população. 20

21 Quadro V.1.3. Variação percentual da população residente, por freguesias, nos períodos 1991/1981, 2001/1991, 2011/2001 e 2011/1981 Percentual (%) 1991/ / / /1981 Alcácer do Sal (Santiago) -15,4 6,5-4,5-13,9 Alcácer do Sal (Sta. Mª do Castelo) -36,8 0,1-5,2-40,0 Torrão -13,7-7,5-16,8-33,6 Comporta (1) -3,9-5,9-9,6 * São Martinho (2) -16,9-19,9-33,4 * Santa Susana -19,4-20,9-29,5-55,0 Fonte: INE, Censos (1981, 1991, 2001 e 2011) Nota: * - valor calculado com base no valor de (1) - Criada em 1989 (Lei nº 38/89, de 24 de Agosto); (2) - Criada em 1984 (Lei nº 31/12, de 31 de Dezembro) Com a reorganização territorial das freguesias (2012), o concelho de Alcácer do Sal perdeu duas das suas freguesias passando, assim, de 6 para 4: mantiveram-se inalteradas as freguesias da Comporta, de S. Martinho e do Torrão foi criada a União das Freguesias de Alcácer e Santa Susana (vd. Figura V.1.6). Figura V.1.6. Freguesias do concelho de Alcácer do Sal, antes e pós a reorganização territorial de 2012 Fonte: CAOP, 2012 e

22 Esta nova freguesia compreende os territórios das anteriores freguesias de Santiago, Santa Maria do Castelo e Santa Susana, e apresenta-se como a freguesia com a maior extensão territorial (61,1%, mais de 3/5 do território do município) e o maior efetivo populacional - segundo os dados de 2011 para o somatório dos parciais das 3 freguesias aglutinadas -, com 9033 residentes (69,2% da população do município). Estes dados apontam para uma evidente macrocefalia do concelho de Alcácer do Sal, entendida no sentido da enorme concentração de população na sede de concelho e, assim, do fraco peso da população no restante (e vastíssimo) território do município. Desta forma (vd. Figura V.1.7), e segunda esta perspetiva, verifica-se que 69,2% da população do concelho reside na freguesia onde se localiza a sede de concelho (a UF das freguesias de Alcácer e de Santa Susana). Dada a enorme extensão territorial desta nova unidade administrativa, o valor de 69,2% não assume particular relevância, mas se se atender que 47,2% da população residente do concelho está no lugar estatístico da sede de concelho, melhor se compreenderá o destacado carácter macrocéfalo do município. No contexto dos municípios do Alentejo Litoral, a questão da macrocefalia é também notória no concelho de Grândola e Sines. Porém, no concelho de Sines, e dada a relativa exiguidade do seu território (somente 13,5% do território de Alcácer do Sal), esta questão já não se coloca de forma tão pertinente. Nos concelhos de Santiago do Cacém e de Odemira, também caracterizados pela vastidão territorial, existe todavia uma rede relativamente estruturada de lugares, com efetivos populacionais significativos, o que atenua de forma bastante notória o peso dos valores para a população residente nos lugares das respetivas sedes de concelho: somente 19,9% em Santiago do Cacém; e apenas 8,0% em Odemira. 22

23 Figura V.1.7. Percentagem de população residente nas freguesias e nos lugares da sede de concelho, Alentejo Litoral (2011) Fonte: INE, Censos (1981, 1991, 2001 e 2011) A distribuição da população do concelho de Alcácer do Sal, segundo os lugares (vd. Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Quadro V.1.4), evidencia, no ano de 2011, uma forte concentração da população na sede de concelho: a vila de Alcácer do Sal, com residentes, concentra 47,2% da população concelhia; quando em 1991, com residentes, detinha somente 25,7% do total da população concelhia. Por outras palavras, em apenas 20 anos a vila de Alcácer do Sal que concentrava ¼ da população do concelho, passou a concentrar praticamente metade. Figura V.1.8. Distribuição da população por lugares (2011) Fonte: INE, BGRI

24 Por outro lado, verifica-se em 2011 um considerável número de pequenos lugares 62% dos lugares existentes que não vão além dos 99 habitantes e concentram somente 7,2% da população do concelho. Verifica-se assim um aumento do número de pequenos lugares (até 99 habitantes) que, detendo a mesma percentagem de população do concelho (em torno dos 7,0% em 1991 e em 2011) aumenta de 47 para 62% no universo dos lugares do concelho. Em suma, e no quadro dos últimos 20 anos, verifica-se que, para além da acentuada perda de população a que já foram feitas diversas referências, houve simultaneamente uma tendência de concentração da população (remanescente) na sede de concelho e um gradual esvaziamento dos lugares de dimensões inferiores. Este último facto é corroborado pela drástica perda de população a residir nos isolados/residuais, o que traduz igualmente, de uma forma acentuada, a diminuição da população afeta às atividades agrícolas. Classe Dimensão Lugar Quadro V.1.4. População por classe de dimensão dos lugares, 1991 a Lugares População Lugares População Lugares População N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % Residuais , , , , , , , , , , , , , , , , ,2 1 2, ,7 1 2, , ,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2, ,4 > , ,7 2 5, ,9 1 2, ,2 Total , , , , , ,0 Fonte: INE, BGRI (1991 / 2011) Estes aspetos do povoamento designadamente a concentração de população na sede de concelho e o esvaziamento dos pequenos lugares e dos dispersos deverão ser tomados em linha de conta sobretudo nos domínios das propostas relacionadas com a estruturação da rede urbana e dos lugares, nomeadamente nas questões relativas às acessibilidades, às redes de equipamentos coletivos e de prestação de serviços às populações. 24

25 Para além dos aspetos relacionados com a distribuição da população, importa igualmente entender a natureza das dinâmicas populacionais do concelho de Alcácer do Sal. Assim, será indispensável observar, mesmo que de uma forma abreviada, as duas grandes componentes que a influenciam: o Crescimento (Saldo) Natural e o Crescimento (Saldo) Migratório. V.1.2. NATALIDADE, MORTALIDADE E CRESCIMENTO NATURAL No período de 18 anos compreendido entre 1996 e 2014, o número de nascimentos registados no concelho de Alcácer do Sal (vd. Figura V.1.9) conheceu um decréscimo, particularmente notório desde o ano de 2004, pese embora o valor dissonante de Em 2014, o número de nascimentos (78) é inferior ao de 1996 (94). A evolução do número de nascimentos no Alentejo Litoral (vd. Figura V.1.10) conheceu um padrão relativamente semelhante: um crescimento ligeiro até ao ano de 2004 e, desde então, um decréscimo, embora com alguns anos em que os valores conheceram ligeiros aumentos. Também no Alentejo Litoral, o número de nascimentos em 2014 (643) é inferior ao de 1996 (743). Figura V.1.9. Nº de nascimentos, Alcácer do Sal (1996 / 2014) Figura V Nº de nascimentos, Alentejo Litoral (1996 / 2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Natalidade e Mortalidade 25

26 Durante o mesmo período de tempo, entre 1996 e 2014, o número de óbitos em Alcácer do Sal manteve-se relativamente estável entre os 150 e os 200 óbitos por ano, com exceção apenas do ano de 2012, que registou um valor atípico de 251 óbitos (vd. Figura V.1.11). No cômputo geral, e tomando apenas em consideração os anos extremos da série, verifica-se que os valores para a mortalidade estão praticamente inalterados (186 óbitos em 1996, e 181 em 2014). O padrão de comportamento dos valores para o número de óbitos no Alentejo Litoral (vd. Figura V.1.12) foi muito semelhante com valores relativamente próximos nos extremos da série (1.326 óbitos em 1996 e, em 2014, um total de óbitos, verificandose, tal como em Alcácer do Sal, que o valor em 2014 é inferior ao de Figura V Nº de óbitos, Alcácer do Sal Figura V Nº de óbitos, Alentejo Litoral Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Natalidade e Mortalidade Como resultado do comportamento dos valores para a natalidade e a mortalidade, em que os primeiros são persistentemente inferiores aos segundos tanto em Alcácer do Sal como no Alentejo Litoral, verifica-se que o Crescimento Natural 1, no período de 18 anos considerado, apresentou sempre valores negativos (vd. Figura V.1.13 e Figura V.1.14). Apesar de algumas irregularidades ao longo dos 18 anos, verifica-se uma evolução mais negativa deste indicador em Alcácer do Sal particularmente nos últimos anos (de 2009 a 2014) do que propriamente no Alentejo Litoral onde, embora com algumas oscilações, o valor de 1996 (- 583) é praticamente idêntico ao de 2014 (-543). 1 Ou Saldo natural; a diferença entre nascimentos e mortes. (Pordata) 26

27 Figura V Crescimento Natural, Alcácer do Sal (1996 / 2014) Figura V Crescimento Natural, Alentejo Litoral (1996 / 2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Natalidade e Mortalidade A relativização dos valores da natalidade e da mortalidade, por via das respetivas Taxa Bruta de natalidade (TBN) 1 e Taxa Bruta de mortalidade (TBM) 2, contribui para corroborar as referências feitas para os valores absolutos. Em Alcácer do Sal, os valores para a TBN conheceram algumas oscilações nos 18 anos considerados (vd. Figura V.1.15), mas poder-se-á considerar evidente que, sobretudo desde 2010, apresentam uma notória tendência de decréscimo; o mesmo se podendo afirmar para o Alentejo Litoral, embora os valores para os últimos anos sejam, ainda assim, ligeiramente superiores aos de Alcácer do Sal. Em 2014, a TBN de Alcácer do Sal cifrou-se em 6,3 0 / 00, ligeiramente menos do que os 6,7 0 / 00 do Alentejo Litoral; ambos inferiores ao já de si baixo valor do total nacional (7,9 0 / 00). 1 Número de nados-vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de nados-vivos por 1000 habitantes). (Metainformação INE) 2 Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de óbitos por 1000 habitantes). (Metainformação INE) 27

28 Figura V Taxa Bruta de Natalidade (0/00), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Figura V Taxa Bruta de Mortalidade (0/00), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Natalidade e Mortalidade Quanto aos valores para a TBM (vd. Figura V.1.16), verifica-se uma relativa estabilidade dos valores entre os anos de 1996 e 2011 tanto em Alcácer do Sal como no Alentejo Litoral, com valores que oscilam entre os 11,0 e os 15,0 0 / 00 (em Alcácer do Sal) e entre os 12,0 e os 14,0 0 / 00 (no Alentejo Litoral) para se assistir, particularmente em Alcácer do Sal, nos anos seguintes a 2011, ao agravamento dos valores, que chegaram (em 2012) quase aos 20,0 0 / 00. Num outro domínio dos aspetos da mortalidade, como reflexo sobretudo das mudanças qualitativas noutras dimensões, há a registar sensíveis melhorias na última década quer na Taxa de Mortalidade Infantil tanto em Alcácer do Sal como no Alentejo Litoral -, como também, de uma forma geral para todo o Alentejo Litoral, no que respeita a um ligeiro aumento da Esperança Média de Vida, de 77 para 79 anos. Quadro V.1.5. Esperança Média de Vida e Taxa de Mortalidade Infantil, Alentejo Litoral e Alcácer do Sal Esperança de vida à nascença Taxa de Mortalidade Infantil Alcácer do Sal ,6 2.2 Alentejo Litoral 77 anos 79 anos Fonte: CCDR Alentejo,

29 Em função do comportamento e da evolução dos valores para as taxas de natalidade e de mortalidade, é então natural e expectável, que os valores para a Taxa de Crescimento Natural (vd. Figura V.1.17), tanto em Alcácer do Sal como no Alentejo Litoral, sejam francamente, e sistematicamente nos 18 anos considerados, negativos. Enquanto no Alentejo Litoral os valores se situam persistentemente em torno dos - 0,5%, já em Alcácer do Sal as variações em torno deste valor são, até ao ano de 2011, uma constante para, depois de 2011, assumirem valores particularmente preocupantes, como os 1,32 % de Figura V Taxa de Crescimento Natural (0/0), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996 / 2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos / População / Natalidade e Mortalidade Uma análise mais fina da questão da natalidade em Alcácer do Sal pode ser efetuada pela observação do comportamento dos valores da Taxa de Fecundidade Geral 1 (TFG). No ano de 2013, e no contexto do Alentejo Litoral, o concelho de Alcácer do Sal apresentava o mais baixo valor para a TFG: apenas 29,7 0 / 00, valor inferior ao da NUT3 (34,3 0 / 00) e bastante inferior aos valores para os concelhos de Sines, Santiago e Grândola (vd. Figura V.1.18). É interessante verificar que, para o ano de 2013, os valores da TFG para o Alentejo Litoral e, 1 Número de nados-vivos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao efetivo médio de mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 49 anos) desse período (habitualmente expressa em número de nados-vivos por 1000 mulheres em idade fértil). (Metainformação INE). 29

30 concomitantemente, para os três concelhos referidos, é superior ao valor da TFG apurado para o total nacional: somente 33,9 0 / 00. Também em termos evolutivos, e tomando em consideração a evolução da TFG nos últimos 20 anos (entre 1994 e 2013), verifica-se que a situação entre os 5 concelhos do Alentejo Litoral é distinta (vd. Figura V.1.19). Enquanto dois dos concelhos Santiago do Cacém e Grândola vêm aumentar os valores da TFG (de forma significativa no caso de Santiago do Cacém), tanto a NUT3 como os restantes 3 concelhos registam decréscimos, particularmente mais acentuado precisamente em Alcácer do Sal: de 35,9 0 / 00 para 29,7 0 / 00. Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (2013) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Natalidade e Mortalidade Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (1994/2013) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Natalidade e Mortalidade 30

31 A evolução dos valores para a TFG em Alcácer do Sal, apesar do balanço negativo entre 1993 e 2013, não foi linear (vd. Figura V.1.20). Verificou-se mesmo, no decurso destes últimos 20 anos, momentos em que os valores foram particularmente positivos nomeadamente nos anos de 2004, 2005 e 2010, quando foram superiores aos valores dos restantes concelhos e mesmo do valor nacional -, embora desde 2011 as quedas sejam fortemente pronunciadas, acompanhas também pelos valores para o Alentejo Litoral no seu conjunto. Figura V Taxa de Fecundidade Geral (0/00), Alentejo Litoral e concelhos (1994/2013) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Natalidade e Mortalidade A observação da evolução dos valores para a TF por grupos etários à época dos Censos de 2001 e 2011 (vd. Quadro V.1.5) demonstra, de facto, que este indicador tinha uma evolução muito interessante, e mesmo positiva, no período considerado. Comparando os valores dos anos de 2001 e 2011, verifica-se ter havido um ligeiro crescimento da TFG, de 37,97 para 39,53 0 / 00. Teve lugar, como na generalidade do comportamento da natalidade na população portuguesa, uma diminuição das taxas de fecundidade nos grupos etários das mães mais jovens (entre os 15 e os 24 anos), e ocorreu em simultâneo um aumento das taxas de fecundidade em alguns dos grupos etários superiores (25-29 e anos). Porém, desde o ano de 2011 (como se pode verificar na Figura 20), a TF em Alcácer desce de forma bastante acentuada. Poder-se- 31

32 á ainda relevar um outro aspeto importante ocorrido neste período (2001/2011): o número de nascimentos em 2011 é menor do que em 2001, mas o seu decréscimo (-17,6%) é ainda assim menor que o decréscimo da população em idade fértil (-20,8%), Quadro V.1.5. Taxa de Fecundidade (0/00) por grupos etários, concelho de Alcácer do Sal (2001 e 2011) Idade das mães 2001 Idade das 2011 Nº Nasc. População T. Fecund. mães Nº Nasc. População T. Fecund , , , , , , , , , , , ,86 Total ,97 Total ,53 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Natalidade e Mortalidade; Censos (2001 e 2011) Em linha com todos os anteriores indicadores que abordam a questão da natalidade refirase, por último, a diminuição dos valores para o Índice Sintético de Fecundidade 1 (ISF). Entre os anos de 2003 e 2013, o ISF em Alcácer do Sal desce dos 1,26 para os 1,03, enquanto no Alentejo Litoral desceu dos 1,35 para os 1,20. Quadro V.1.6 Índice Sintético de Fecundidade (ISF), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2003 e 2013) Alcácer do Sal 1,26 1,03 Alentejo Litoral 1,35 1,20 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Natalidade e Mortalidade; Censos (2003 e 2013) V.1.3. SALDO MIGRATÓRIO E CRESCIMENTO EFETIVO 1 Índice Sintético de Fecundidade: número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de fecundidade observadas no momento. Valor resultante da soma das taxas de fecundidade por idades, ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num determinado período (habitualmente um ano civil). O número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo de substituição de gerações nos países mais desenvolvidos. (Metainformação INE) 32

33 Assim como as dinâmicas do crescimento natural natalidade e mortalidade, expressas na persistência dos valores negativos para o crescimento natural nos últimos 20 anos contribuíram para o decréscimo da população de Alcácer do Sal, também as dinâmicas do Saldo Migratório 1, sobretudo desde o ano de 2001 (vd. Figura V.1.21), contribuíram para o decréscimo global da população concelhia. Com efeito, desde essa data, e sem que tenha havido um único momento com valores positivos, as duas forças atuaram combinadas para o decréscimo da população do concelho. Registe-se como nota negativa, e relativamente ao Saldo Natural, que o último valor da série (-98 indivíduos, em 2014) é fortemente negativo e deprime ainda mais a tendência que vinha sendo traçada desde o ano de Figura V Saldo Migratório e Crescimento Natural, Alcácer do Sal (1996/2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Estimativas da População O comportamento do Saldo Migratório no mesmo período (vd. Figura V.1.22), e nos restantes concelhos do Alentejo Litoral foi, em termos de tendência, semelhante ao verificado em Alcácer do Sal, no sentido em que, a partir dos anos de 2000/2002, houve uma generalizada descida dos valores. Contudo, enquanto a descida em Alcácer do Sal passou para valores negativos logo em 2001 (para nunca mais voltar a valores positivos), nos restantes concelhos os valores positivos permaneceram ainda durante mais alguns anos: até 2004 (em Santiago do Cacém): até 2011 (em Sines); e até 2014 (em Grândola e Odemira). Em 2014, em função 1 Diferença entre o número de pessoas que imigram e o número de pessoas que emigram. (Pordata) 33

34 dos valores negativos em todos os 5 concelhos, o valor para o Alentejo Litoral assume pela primeira vez sinal negativo e cai estrepitosamente para registos muito negativos (-541 indivíduos). Figura V Saldo Migratório, concelhos do Alentejo Litoral (1996/2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Estimativas da População Com o comportamento observado para a Crescimento Natural e o Saldo Migratório nos últimos anos explica-se o decréscimo populacional de Alcácer do Sal, tal como foi reportado no início deste capítulo. O balanço das duas componentes referidas, expressas no Crescimento Efetivo 1 (vd. Figura V.1.23), assume valores negativos desde o início da série considerada entre 1996 e 2014, sendo no entanto pertinente destacar dois períodos relativamente distintos nos 18 anos considerados. Sendo que o Crescimento Efetivo é sempre de valor negativo, verifica-se que: Entre os anos de 1996 e 2000, os valores para o Saldo Migratório são positivos, mas anulados por um Crescimento Natural negativo de valor superior; Desde o ano de 2001, tanto os valores para o Saldo Migratório como para o Crescimento Natural são negativos, o que contribui para acelerar ainda mais o decréscimo do efetivo populacional. 1 Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período. (Pordata) 34

35 Comparativamente com a evolução do crescimento efetivo para o Alentejo Litoral verifica-se, tal como para outros dos indicadores já abordados, que o concelho de Alcácer inicia um processo recessivo mais cedo do que a generalidade da NUT3 onde está inserido. Apenas em 2003 o Alentejo Litoral começa a apresentar valores negativos para o crescimento efetivo, para não mais voltar a apresentar valores positivos e, em 2014, tal como em Alcácer do Sal, apresenta um valor particularmente negativo. Figura V Taxa de Crescimento Efetivo (0/0), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1996/2014) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Estimativas da População Para concluir esta brevíssima análise sobre a evolução dos quantitativos populacionais de Alcácer do Sal, e das componentes que sobre a população atuam, não se afiguram particularmente favoráveis as perspetivas de evolução da população para os próximos anos. Com os valores fortemente negativos para a Natalidade e para o Saldo Migratório, que alimentam as estimativas disponibilizadas no período pós-censos caracterizadas pelas perdas sucessivas de população, a continuação destas perdas nos próximos anos afigura-se fortemente plausível, como as projeções de longo prazo do INE (embora efetuadas apenas para a escala da região) apontam. 35

36 V.1.4. ESTRUTURAS DEMOGRÁFICAS A observação das pirâmides etárias da população de Alcácer do Sal, em 2001 e 2011 (vd. Figura V.1.24) evidencia alguns aspetos que valerá a pena destacar: 1. A população dos grupos etários mais jovens (dos 0 aos 9 anos), em ambos os sexos, tem maior representatividade em 2011 do que tinha em É um fenómeno particularmente interessante, que corrobora as referências aos maiores valores para a natalidade e para as taxas de fecundidade em 2011, comparativamente com os valores para o ano de A população dos grupos etários imediatamente seguintes (dos 10 aos 24 anos), em ambos os sexos, tem menor representatividade em 2011 do que tinha em A população dos grupos etários 30 a 39 anos tem maior representatividade em 2011 do que tinha em 2001, eventualmente ainda reflexo dos anos em que o Saldo Migratório foi favorável. 4. A população com idades compreendidas ente os 40 e os 49 anos tem, em 2011, menor representatividade do que tinha em Em todos os grupos etários superiores (com exceção do grupo anos) anos têm maior peso na estrutura etária em 2011 do que tinham em

37 Figura V Pirâmides etárias da população do concelho de Alcácer do Sal, 2001 e 2011 H M 0-4 anos 0,1 0,3 5-9 anos 0,2 0, anos -0,1-0, anos -1,1-1, anos -0,9-1, anos -0,3-0, anos 0,3 0, anos 0,4 0, anos -0,7-0, anos -0,7-0, anos 0,0 0, anos 1,1 0, anos 0,4 0, anos -0,5-0, anos 0,1 0, anos 0,2 1,1 80 e + anos 0,9 1,5 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos Ou seja, e contrariamente à evolução típica e normal em muitos concelhos, e mesmo do país no seu todo, não houve em Alcácer o normal estreitamento da base da pirâmide, embora tenha havido um alargamento do topo. Esta particularidade em Alcácer do Sal revela o satisfatório comportamento dos valores para a natalidade, pelo menos até 2011, não deixando todavia de indiciar um claro aumento do peso relativo dos grupos etários mais envelhecidos. A comparação da pirâmide etária da população de Alcácer do Sal com a do Alentejo Litoral 2011 (vd. Figura V.1.25), em 2011, não apresenta diferenças particularmente significativas nas respetivas estruturas demográficas, embora seja pertinente relevar o seguinte: 1. As bases das pirâmides são muito semelhantes, embora se observe um maior peso do grupo etário 5-9 anos em Alcácer do Sal; 2. Os grupos etários que compreendem a população entre os 20 e os 54 anos a quase totalidade do grande grupo dos adultos, têm maior representatividade no Alentejo Litoral. 37

38 3. Os grupos etários com mais de 55 anos, sobretudo nos idosos (65 e mais anos), têm maior peso na população do concelho de Alcácer do Sal, particularmente nos grupos do sexo feminino. Figura V Pirâmides etárias da população, concelho de Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos Os indícios que a análise das pirâmides etárias permite extrair sobre as questões relativas às transformações na base, no meio e no topo das mesmas, pode ser melhor aferido com o recurso às percentagens de Jovens, de Potencialmente Ativos e de Idosos, assim como aos Índices de Juventude e de Envelhecimento. Figura V % de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, Alcácer do Sal (2001/2011) Figura V % de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos 38

39 Quando comparadas com as de 2001, as percentagens de Jovens (0-14 anos), de Potencialmente Ativos (25-64 anos) e de Idosos (65 e + anos) de Alcácer do Sal em 2011 (vd. Figura V.1.26) não apresentam alterações substanciais: a percentagem de Potencialmente Ativos decresce 4 pontos percentuais (de 65,2 para 61,9%), precisamente os mesmos 4 pontos percentuais que acrescem à percentagem de Idosos. Por outro lado, e este é um aspeto particularmente positivo, a percentagem de Jovens mantém-se, embora baixa, inalterada (12,9%).Contudo, este valor deverá ter conhecido um decréscimo desde 2011, como as estimativas, os dados para a natalidade e saldo migratório deixam antever. Comparativamente com as percentagens no mesmo momento (em 2011), para o Alentejo Litoral (vd. Figura V.1.27), verifica-se que as diferenças são muito pouco significativas, sendo nuns casos desfavoráveis a Alcácer do Sal mas, numa outra situação, favorável. A percentagem de Potencialmente Ativos é (ligeiramente) menor em Alcácer, e a percentagem de Idosos é ligeiramente maior: qualquer uma destas situações coloca Alcácer do Sal numa posição, em termos demográficos, desvantajosa quando comparada com a situação no conjunto do Alentejo Litoral. Porém, e este facto merece destaque, a percentagem de Jovens em Alcácer do Sal é, ainda com pouca diferença, superior (em 0,2 pontos percentuais) à do Alentejo Litoral. Uma breve análise destas percentagens nas populações das freguesias de Alcácer do Sal evidencia (vd. Figura V.1.28), desde logo um profundo contraste. O peso da população jovem é mais evidente nas freguesias Santiago e Santa Maria, logo seguida pela freguesia da Comporta. As restantes três freguesias, mais interiores, apresentam percentagens de jovens, nomeadamente Santa Susana (5,7%), notoriamente mais baixas. Em relação às percentagens de idosos, e naturalmente, são as freguesias acima referidas com maiores percentagens de jovens que apresentam as menores percentagens de idosos. Neste particular, destaca-se 39

40 pela negativa, e de novo, a freguesia de Santa Susana com uma percentagem de idosos particularmente elevada (41,9%), muitíssimo superior à do concelho (25,1%). Figura V Percentagens de Jovens, Potencialmente Ativos e Idosos, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos Relativamente ainda às citadas percentagens, e quanto ao que aos valores dos potencialmente ativos diz respeito, destaque-se o facto de a maior percentagem caber à freguesia da Comporta (66,9%), e não às freguesias da sede de concelho como eventualmente seria mais expectável, o que demonstra uma interessante vitalidade, sobretudo de natureza económica e do tecido empresarial, desta freguesia. A análise dos valores e da evolução dos Índices Resumo os Índices de Juventude 1 e de Envelhecimento 2 corroboram a análise anterior e permitem extrair leituras adicionais a partir dos valores para os grandes grupos etários que, naturalmente, vão no mesmo sentido das leituras anteriores. 1 Relação entre a população jovem e a população idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 65 ou mais anos). (Metainformação INE) 2 Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas dos 0 aos 14 anos). (Metainformação INE) 40

41 Comparando Alcácer do Sal com o Alentejo Litoral, em 2011 (vd. Figura V.1.29), constata-se que, de facto, não existem substanciais diferenças quanto aos aspetos da juventude e do envelhecimento da população: Alcácer apresenta um Índice de Juventude de 51,4 (jovens por cada 100 idosos), enquanto o Alentejo Litoral apresenta 52,9; Alcácer apresenta um Índice de Envelhecimento de 194,7 (idosos por cada 100 jovens), enquanto o Alentejo Litoral apresenta um valor ligeiramente inferior (188,9). Figura V Índices de Juventude e de Envelhecimento, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral Figura V Índices de Juventude e de Envelhecimento, Alcácer do Sal (2001/2011) (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos Comparando os valores para Alcácer do Sal, em 2001 e em 2011 (vd. Figura V.1.30), verificase que, neste período intercensitário, não houve um agravamento tão acentuado assim: o Índice de Juventude baixou de 58,7 (em 2001) para 51,4 (em 2011); enquanto o Índice de Envelhecimento subiu de 170,3 (em 2001) para 194,7 (em 2011). Uma breve observação para os Índices de Juventude e de Envelhecimento nas freguesias do concelho de Alcácer do Sal, para o ano de 2011, ilustra de forma muito clara as profundas diferenças entre as freguesias. No que respeita ao Índice de Juventude (vd. Figura V.1.31), verifica-se uma contrastante diferença entre os valores para a freguesia da Comporta (67,3 jovens para cada 100 idosos) e os valores para a freguesia de Santa Susana (somente 13,5 jovens para cada 100 idosos); ou seja o Índice de Juventude nesta última freguesia é 5 vezes 41

42 inferior ao da freguesia da Comporta. Registe-se também que somente as duas freguesias com sede de concelho e a Comporta apresentam valores superiores ao do concelho. Figura V Índice de Juventude, concelho e freguesias de Alcácer do Sal (2011) Figura V Índice de Envelhecimento, concelho e freguesias de Alcácer do Sal (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos Quanto ao Índice de Envelhecimento, e naturalmente por oposição, as freguesias que apresentam os valores mais elevados Santa Susana, São Martinho e Torrão são precisamente as que apresentam os valores mais baixos para o Índice de Juventude. Também para o Índice de Envelhecimento, as diferenças entre freguesias são particularmente acentuadas, designadamente entre os extremos Santa Susana e Comporta, com o valor da primeira a superar em 5 vezes o valor da segunda. O Índice de renovação da população em idade ativa1 no concelho de Alcácer do Sal é, em 2013, o segundo mais baixo do Alentejo Litoral, superando muito ligeiramente o valor apurado para Santiago do Cacém (vd. Figura V.1.33). São, aliás, os únicos 2 concelhos com valores inferiores ao do Alentejo Litoral. O valor para este indicador revela de forma enfática a fraca capacidade de renovação da população ativa de Alcácer do Sal e, quando comparado 1 Relação entre a população que potencialmente está a entrar e a que está a sair do mercado de trabalho, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com anos). (Metainformação INE) 42

43 com o dos restantes concelhos do Alentejo Litoral, o posicionamento desfavorável de Alcácer do Sal. Figura V Índice de renovação da população em idade ativa (N.º), concelhos do Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Estimativas de População Figura V Índice de renovação da população em idade ativa (N.º), Alcácer e Alentejo Litoral (2001/2013) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Estimativas de População A evolução dos valores para este indicador no concelho de Alcácer do Sal e para o Alentejo Litoral, no período compreendido entre 2001 e 2013 (vd. Figura V.1.34),mostra uma diminuição mais acentuada em Alcácer do Sal (decréscimo de 38,1%) do que no Alentejo Litoral 43

44 (decréscimo de 31,0%). Com efeito, partindo em 2001 de valores praticamente semelhantes, em 2013 o valor para Alcácer do Sal é já notoriamente inferior ao do Alentejo Litoral: 65,7 e 73,8, respetivamente. Por último, e para concluir a breve análise sobre os aspetos da população do concelho quanto às abordagens de análise às estruturas etárias, refira-se um indicador que melhor poderá sintetizar o que até ao momento se adiantou. A Idade média da população residente 1 em Alcácer do Sal aumentou de 39,45 anos (em 1991) para 45,60 anos (em 2011). Tal significa uma subida, em 20 anos, de 6,2 anos, aumento superior ao de qualquer outro concelho do Alentejo Litoral (vd. Quadro V.1.6). Quadro V.1.6. Idade média (anos) da população residente, Alcácer do Sal e concelhos do Alentejo Litoral (1991, 2001 e 2011) Diferença (2011 / 1991) Sines 36,12 39,09 41,52 5,4 Alentejo Litoral 39,48 42,75 45,02 5,5 Santiago do Cacém 38,16 42,31 45,36 7,2 Grândola 41,31 44,25 45,56 4,3 Alcácer do Sal 39,45 43,01 45,60 6,2 Odemira 41,69 44,19 45,95 4,3 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Nas freguesias do concelho (vd. Quadro V.1.7), e para os mesmos 20 anos, verifica-se que, enquanto nas freguesias de Santiago e de Santa Maria do Castelo os aumentos da idade média da população residente são inferiores ao do concelho, já em Santa Susana e em São Martinho, particularmente nestas duas freguesias, a idade média sobe de forma particularmente notória: 12,1 e 9,8 anos, respetivamente. Destaque-se também, e este 1 Soma das idades da população residente/ População residente. (Metainformação INE) 44

45 aspeto é preocupante, em 1991 a diferença entre a freguesia mais nova e a mais idosa situava-se nos 7,75 anos, enquanto em 2011 tal amplitude aumentou para 12,80 anos. Quadro V.1.7. Idade média (anos) da população residente, freguesias de Alcácer do Sal (1991, 2001 e 2011) Diferença (2011 / 1991) Alcácer do Sal (Santiago) 40,28 43,64 45,34 5,1 Alcácer do Sal (Sta. Mª do Castelo) 37,93 40,47 43,76 5,8 Comporta 36,18 41,31 43,25 7,1 Torrão 40,48 44,43 47,91 7,4 São Martinho 41,52 48,1 51,37 9,8 Santa Susana 43,93 49,63 56,05 12,1 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População V.1.5. MOVIMENTOS E ORIGENS DAS POPULAÇÕES Previamente a uma brevíssima análise da estrutura da população residente em Alcácer do Sal quanto às nacionalidades, destaque-se o facto de, comparativamente com a população dos restantes municípios do Alentejo Litoral, a população de Alcácer do Sal ser a que menos mudou de residência nos 5 anos anteriores ao momento censitário de 2011 (desde 31/12/2005). Somente 18,0% da população havia mudado de residência nos últimos 5 anos (vd. Quadro V.1.8), valor significativamente mais baixo do observado para concelhos como Sines (27,6%) e Grândola (25,8%), o que revela de alguma forma uma menor mobilidade, e um maior envelhecimento, da população de Alcácer do Sal. Quadro V.1.8. População residente, segundo a situação relativamente a 31/12/2005, Alcácer do Sal e concelhos TOTAL (Nº) do Alentejo Litoral (2011) População ainda não nascida (em 31/12/2005) População que não mudou de residência População que mudou de residência Nº % Nº % Nº % Alentejo Litoral , , ,0 Odemira , , ,5 Alcácer do Sal , , ,0 Grândola , , ,8 Santiago do Cacém , , ,6 45

46 Sines , , ,6 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Nas freguesias de Alcácer (vd. Quadro V.1.9, Quadro V.1.10 e Quadro V.1.11), os menores valores para as mudanças de residência (nos 5 anos anteriores ao momento censitário de 2011) surgem, sem surpresa, nas freguesias de Santa Susana (12,2%) e em São Martinho (13,3%), naturalmente em função do maior envelhecimento das populações destas duas freguesias. Relativamente à população do concelho de Alcácer do Sal que, nos 5 anos anteriores ao Censo (2011), mudou de residência (vd. Quadro 9.a), releve-se o facto de mais de metade (50,5%) ter mudado dentro da mesma freguesia, valor que se situa entre os valores apurados para os restantes concelhos. O concelho de Alcácer do Sal apresenta, para a percentagem de população proveniente de outras freguesias do concelho, o valor mais elevado (19,9%) de todos os concelhos do Alentejo Litoral; e um valor baixo (8,0%), mas que ainda assim se situa entre os valores para os restantes concelhos no que respeita à percentagem de população proveniente do estrangeiro. Quadro V.1.9. População residente, segundo a situação relativamente a 31/12/2005, freguesias de Alcácer do TOTAL (Nº) Sal (2011) População ainda não nascida (em 31/12/2005) População que não mudou de residência População que mudou de residência Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal (SM Castelo) , , ,0 Santa Susana , , ,2 Alcácer do Sal (Santiago) , , ,1 Torrão , , ,6 São Martinho , , ,3 Comporta , , ,0 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Quadro V População residente que mudou de residência (após 31/12/2005), segundo a proveniência, Alcácer do Sal e concelhos do Alentejo Litoral (2011) População que mudou de residência Da mesma freguesia Do mesmo concelho Provenientes de outros concelhos Provenientes do Estrangeiro Nº % Nº % Nº % Nº % Alentejo Litoral , , , ,4 Odemira , , , ,4 46

47 Alcácer do Sal , , , ,0 Grândola , , , ,2 Santiago do Cacém , , , ,3 Sines , , , ,5 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Quadro V População residente que mudou de residência (após 31/12/2005), segundo a proveniência, População que mudou de residência freguesias de Alcácer do Sal (2011) Da mesma freguesia Do mesmo concelho Provenientes de outros concelhos Provenientes do Estrangeiro Nº % Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal (SM Castelo) , , , ,3 Santa Susana ,6 2 4, ,5 4 9,3 Alcácer do Sal (Santiago) , , ,8 39 4,4 Torrão ,4 17 4, ,8 28 7,4 São Martinho ,7 8 13, ,7 8 13,3 Comporta ,7 7 3, , ,9 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Em 2011, 97,0% da população residente de Alcácer do Sal tinha nacionalidade portuguesa. Dos concelhos do Alentejo Litoral (vd. Figura V.1.35), o concelho de Alcácer é o que maior percentagem de residentes com nacionalidade portuguesa, contrastando com a população do concelho de Odemira, onde 1 em cada 10 residentes não tem nacionalidade portuguesa. Naturalmente, é também em Alcácer do Sal onde se encontra a menor percentagem de residentes com nacionalidade estrangeira, somente 2,4% da população. A menor atratividade de Alcácer do Sal quanto a residentes de nacionalidade estrangeira é ainda demonstrada pelo facto de ser o município onde a percentagem de cidadãos com dupla nacionalidade é a mais baixa, somente 0,6% da população. 47

48 Figura V População residente por nacionalidade (%), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Quanto às freguesias do concelho, registe-se somente, no quadro generalizado dos baixos valores absolutos, que nenhuma das freguesias chega a ter uma centena de população residente com nacionalidade estrangeira: apenas Santa Susana e Comporta, com 96 e 94 residentes com nacionalidade estrangeira, respetivamente, se aproximam daquele valor (vd. Quadro V.1.12). Quadro V População residente com nacionalidade estrangeira, freguesias de Alcácer do Sal (2011) EU 27 (S/PT) Europa Outros países África América Ásia Total Alc. do Sal (Sta. Mª do Castelo) Santa Susana Alc. do Sal (Santiago) Torrão São Martinho Comporta Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Naturalmente, o peso percentual desta população em cada uma das 6 freguesias do concelho é bastante reduzido (vd. Figura V.1.36). A percentagem mais elevada cabe à freguesia da Comporta, onde 4,0% da população residente tem nacionalidade estrangeira, posicionandose no extremo oposto a freguesia de Santa Susana, onde apenas 1,7% da população tem nacionalidade estrangeira. 48

49 Figura V População residente por nacionalidade (%), freguesias de Alcácer do Sal (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Quanto às nacionalidades da população residente estrangeira, e observando a realidade de Alcácer do Sal no quadro do Alentejo Litoral, destaca-se, para além do reduzido valor em termos absolutos (inferior ao de qualquer outro concelho): o maior peso (44,2%) de população com nacionalidades da EU 27 (sem Portugal); seguida da população com nacionalidades da América (sobretudo Brasil), com 27,3%; e da maior percentagem (entre todos os concelhos) da população com nacionalidades de outros países europeus (sobretudo da Europa de Leste), com 18,8% (vd. Quadro V.1.13). Quadro V População residente com nacionalidade estrangeira, segundo a proveniência, Alcácer do Sal e Total EU (s/ PT) Europa Alentejo Litoral (2011) Outros África América Ásia Oceânia Nº Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Alentejo Litoral , , , , ,3 6 0,1 Odemira , ,4 39 1, , ,9 3 0,1 Alcácer do Sal , ,8 8 2, ,3 22 7,1 0 0,0 Grândola ,9 40 6, , ,0 19 2,8 0 0,0 Santiago do Cacém , , , ,2 44 4,4 2 0,2 Sines , , , ,6 54 6,6 1 0,1 49

50 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Figura V População residente por nacionalidade (%), freguesias de Alcácer do Sal (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Os pesos percentuais da população residente com nacionalidades estrangeiras, por freguesias, são particularmente diferenciados entre as mesmas, o que decorre naturalmente dos baixos valores para cada um dos grandes grupos de nacionalidades onde pequenas variações em termos absolutos têm enorme expressão em termos percentuais. Ainda assim, e não pretendendo aprofundar a análise, destaque-se (vd. Figura V.1.37): o elevado peso relativo dos cidadãos com nacionalidades da UE27 na Comporta (60,6% dos estrangeiros); o elevado peso relativo dos cidadãos de outros países europeus em Santa Mª do Castelo (66,7% dos estrangeiros); e o elevado peso percentual da população do continente americano (nacionalidade brasileira) nas freguesias de Torrão e São Martinho (53,8 e 49,0%, respetivamente). Por último, regista-se que a percentagem de residentes com nacionalidade estrangeira em Alcácer do Sal, apesar de baixa no contexto dos restantes concelhos, aumentou consideravelmente nos últimos 20 anos (vd. Quadro V.1.14) de 0,2% em 1991 para 2,4% em 2011, embora de forma bastante menos significativa do que nos restantes concelhos. 50

51 Quadro V Percentagem de população residente com nacionalidade estrangeira, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1991/2001/2011) Alentejo Litoral 0,7 2,1 5,2 Odemira 0,8 2,8 8,8 Alcácer do Sal 0,2 0,6 2,4 Grândola 0,7 1,6 4,5 Santiago do Cacém 0,7 1,7 3,4 Sines 1,3 4,0 5,8 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População V.1.6. ESCOLARIDADE E GRAUS DE ENSINO A Taxa de Analfabetismo 1 no concelho de Alcácer do Sal apresentava, em 2011, o valor de 13,2% (vd. Figura V.1.38). Comparativamente com a incidência do fenómeno nos restantes concelhos do Alentejo Litoral, verifica-se que o valor de Alcácer do Sal apenas é superado pelo valor apurado para o concelho de Odemira (15,7%), e é manifestamente superior aos valores de Sines (5,9%) e de Santiago do Cacém (9,6%). A posição relativa menos vantajosa de Alcácer do Sal é explicável sobretudo pelo facto de apresentar uma população mais envelhecida, precisamente a população onde o analfabetismo tem mais a incidência. 1 Taxa definida tendo como referência a idade a partir da qual um indivíduo que acompanhe o percurso normal do sistema de ensino deve saber ler e escrever. Considera-se que essa idade corresponde aos 10 anos, equivalente à conclusão do ensino básico primário. (Metainformação INE) 51

52 Figura V Taxa de Analfabetismo, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (1991/2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Relativamente aos progressos registados quanto à diminuição deste constrangimento, registe-se o facto de, em 20 anos, a taxa ter diminuído, no concelho de Alcácer do Sal, para quase metade (de 24,9% em 1991, para 13,2% em 2011). Foi uma evolução particularmente positiva, na linha, aliás, dos restantes concelhos, destacando-se Sines onde a descida do analfabetismo foi ainda mais pronunciada. A expressão do analfabetismo nas freguesias do concelho assume, naturalmente, valores muito diferenciados (vd. Figura V.1.39): as taxas são relativamente mais baixas sobretudo nas freguesias de Santiago (11,5%), da Comporta (7,5%) e de Sta. Maria do Castelo 7,9%), ao passo que nas restantes os valores são notoriamente mais elevados, o que decorre em primeiro lugar, e sobretudo, do maior envelhecimento das populações destas freguesias (Torrão, São Martinho e Santa Susana). Ainda, e de acordo com a informação prestada no mesmo quadro, há a destacar as notórias reduções da incidência das taxas de analfabetismo em todas as freguesias. 52

53 Figura V Taxa de Analfabetismo, freguesias de Alcácer do Sal (1991/2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Não obstante a diminuição generalizada do analfabetismo na população de Alcácer do Sal, há no entanto a destacar, pela negativa, a subsistência de notórias diferenças nos valores para as populações masculina e feminina (vd. Figura V.1.40). As diferenças entre sexos são, ainda, particularmente acentuadas os valores para as taxas na população feminina chegam a ser mais de duas vezes superiores às da população masculina -, sobretudo, não nas freguesias mais interiores e de maior ruralidade, mas precisamente nas freguesias Santiago, Sta. Maria do Castelo e Comporta com os maiores aglomerados e com menor peso de população idosa. É um aspeto particularmente intrigante, que deverá merecer uma mais aprofundada análise em termos da composição do tecido social e da força de trabalho nestas freguesias. Figura V Taxa de Analfabetismo, por sexos, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 53

54 A estrutura da população residente de Alcácer do Sal, segundo os graus de ensino completos, quando comparada, revela, em primeiro lugar, e consubstanciando a breve análise para o analfabetismo, que Alcácer do Sal apresenta, logo a seguir a Odemira, o valor mais elevado (25,6%) para a população sem qualquer (nenhum) grau de ensino (vd. Quadro V.1.15). Assim, e com alguma naturalidade, é a população de Alcácer do Sal que apresenta a maior percentagem (30,0%) de população que completou o 1º Ciclo do Ensino Básico e uma das maiores percentagens (13.2%) para a população com o 2º Ciclo do Ensino Básico completo. Tendo os valores mais elevados para as percentagens nestes 2 graus de ensino, verifica-se que nos graus de ensino do 3º Ciclo (inclusive) para diante, até ao ensino Superior, a população de Alcácer do Sal é a que apresenta as menores percentagens para todos aqueles graus de ensino (4): o 3º Ciclo do EB; Ensino Secundário; Ensino Pós-Secundário; e Ensino Superior. Quadro V População (%) com grau de ensino completo, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2011) Nenhum Básico 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Póssecundário Superior Alentejo Litoral 24,1 25,7 12,2 16,3 13,4 0,8 7,5 Odemira 28,3 25,3 11,6 16,0 11,9 0,6 6,2 Alcácer do Sal 25,6 30,0 13,2 14,2 10,6 0,5 5,9 Grândola 24,9 27,2 13,8 14,7 12,6 0,6 6,4 Santiago do Cacém 21,5 24,1 11,3 17,2 15,5 1,0 9,3 Sines 19,3 24,3 12,5 18,4 15,4 1,2 8,8 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Apesar de apresentar os valores menos satisfatórios quanto aos graus de escolarização da população (no quadro dos concelhos do Alentejo Litoral), houve ainda assim em Alcácer do Sal, nos anos decorridos entre 2001 e 2011, notórias melhorias (vd. Figura V.1.41). A par de uma diminuição do peso relativo da população sem qualquer grau de ensino de 34,8 para 26,6% -,e da população apenas com o 1º Ciclo do EB de 31,5 para 30,0% -, verificou-se um generalizado aumento dos pesos relativos da população com os restantes, mais avançados, graus de ensino. Destacam-se sobretudo os aumentos dos pesos percentuais da população com o Ensino Superior de 1,8 para 5,9% - e da população com o Ensino Secundário de 7,0 para 10,6%. 54

55 Figura V População (%) com grau de ensino completo, Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População A situação, quanto aos graus de escolaridade alcançados por freguesia (vd. Quadro V.1.16), revela, sem surpresa, uma maior incidência da inexistência de grau de ensino alcançado, ou de um baixo grau, nas freguesias mais idosas Santa Susana e São Martinho e, naturalmente, os maiores valores percentuais para os graus de ensino mais elevados nas populações das freguesias de Santiago e de Santa Maria do Castelo. Quadro V População (%) com grau de ensino completo, freguesias de Alcácer do Sal (2011) Nenhum Básico 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Póssecundário Superior Alc. do Sal (Sta. M. do Castelo) 23,7 28,5 15,0 15,1 11,0 0,5 6,2 Santa Susana 33,1 41,6 7,9 5,7 6,8 0,6 4,2 Alc. do Sal (Santiago) 25,0 28,1 12,3 14,4 11,5 0,6 8,0 Torrão 28,5 31,7 12,1 13,5 10,5 0,3 3,4 São Martinho 32,2 38,9 9,3 12,9 4,9 0,4 1,3 Comporta 24,2 32,3 15,0 14,7 9,9 0,2 3,7 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Não pretendendo analisar as percentagens da população em cada um dos diferentes graus de ensino, para cada uma das freguesias, deixam-se apenas umas breves referências para a evolução das percentagens no 3º Ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário e do Ensino Superior. Quanto ao 3º Ciclo do EB (vd. Figura V.1.42), registe-se o aumento das percentagens em todas as freguesias, com exceção de Santa Susana. 55

56 Figura V População (%) com 3º Ciclo do EB completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Relativamente às percentagens da população com o Ensino Secundário completo (vd. Figura V.1.43), registe-se o aumento das percentagens em todas as freguesias, sem exceção, e sobretudo o facto de em mais do que uma freguesia, a percentagem de 2011 ser superior em mais de duas vezes à percentagem de Figura V População (%) com Ensino Secundário completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Em relação às percentagens da população com o Ensino Superior completo (vd. Figura V.1.44), destaca-se o facto de ser este o grau de ensino com os aumentos mais significativos, em todas as freguesias, e sobretudo o facto de em mais do que uma freguesia, a percentagem de 2011 ser superior em três e mais vezes à percentagem de

57 Figura V População (%) com Ensino Superior completo, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Uma análise, já não aos graus de ensino alcançados pela população, mas à população estudantil do concelho de Alcácer do Sal, evidencia uma melhoria generalizada em todos os indicadores: Houve um aumento considerável na taxa de escolarização no ensino secundário, de 74,9 para 94,3% nos 8 anos lectivos, o que demonstra que, no último ano lectivo considerado há uma percentagem muito reduzida (5,7%) de indivíduos com a idade correspondente a este grau de ensino fora do sistema de ensino (deverão, no entanto estar a contribuir para o empolamento da taxa no ensino básico, o que é claramente preferível a estar fora do sistema); As taxas brutas de escolarização no pré-escolar e no básico estão sempre, ou quase sempre, acima dos 100%; Quanto à taxa de retenção e desistência no ensino básico regular, regista-se uma agradável regressão dos valores, com o valor no último ano considerado a ser inferior em 38,3% ao valor de há 8 anos. Comparativamente com a situação para o Alentejo Litoral, destaca-se o facto de, em termos das taxas brutas de escolarização, não existirem diferenças a assinalar, enquanto na taxa de 57

58 retenção e desistência, a evolução em Alcácer do Sal é particularmente mais notória do que para o Alentejo Litoral. Quadro V Taxas Brutas de pré-escolarização, escolarização no ensino secundário e no ensino básico; Taxa de retenção e desistência no ensino básico regular (2005 / 2006 a 2012/2013), Alcácer do Sal e Alentejo Litoral 2005/ / / / / / / / 13 Taxa Bruta de pré-escolarização (%) Alentejo Litoral 101,0 94,0 99,6 100,7 105,3 112,0 107,7 105,5 Alcácer do Sal 102,2 100,6 108,7 79,6 97,4 117,6 105,0 112,6 Taxa Bruta de escolarização no ensino básico (%) Alentejo Litoral 123,3 121,1 122,7 136,4 146,4 146,7 134,8 n.d. Alcácer do Sal 119,8 120,9 118,5 125,2 123,9 137,0 119,9 n.d. Taxa Bruta escolarização no ensino secundário (%) Alentejo Litoral 103,7 106,6 105,9 169,6 175,9 152,1 141,1 126,8 Alcácer do Sal 74,9 81,3 68,5 93,3 90,5 97,9 113,6 94,3 Taxa de retenção e desistência no ensino básico regular (%) Alentejo Litoral 13,5 13,0 10,8 10,1 9,8 9,7 11,4 13,0 Alcácer do Sal 17,5 13,8 11,0 8,0 11,0 9,6 12,8 10,8 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População V.1.7. ESTRUTURA ATIVA DA POPULAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO POR SECTORES DE ATIVIDADE A preceder uma breve análise da distribuição da população ativa pelos grandes sectores de atividade veja-se, em primeiro lugar, as diferentes expressões da Taxa de Atividade (TA) 1 nos concelhos do Alentejo Litoral, em Alcácer do Sal e nas suas freguesias. Em 2011, para o total do Alentejo Litoral (vd. Quadro V.1.18), a percentagem da TA era de 46,2%, Apenas os concelhos de Sines (50,9%) e Santiago do Cacém (47,8%) apresentavam valores superiores; enquanto Alcácer do Sal com 45,6% - tinha ainda atrás de si os concelhos de Odemira 1 Taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população. (Metainformação / INE) 58

59 (44,1%) e Grândola (42,5%).Registe-se igualmente que a TA feminina em Alcácer do Sal era, em 2011, também a terceira (40,4%) entre os 5 concelhos do Alentejo Litoral. Quadro V Taxa de atividade (%) da população residente, Alcácer do Sal, Alentejo Litoral e freguesias (2011) HM H M HM H M Sines 50,9 56,6 45,4 Comporta 50,5 54,5 46,3 Santiago do Cacém 47,8 53,0 42,7 Alc. do Sal (SM Castelo) 48,2 53,1 43,5 Alentejo Litoral 46,2 51,1 41,3 Alc. do Sal (Santiago) 45,7 51,2 40,7 Alcácer do Sal 45,6 51,2 40,4 Torrão 41,3 48,5 34,7 Odemira 44,1 49,4 38,7 São Martinho 40,4 48,0 32,6 Grândola 42,5 45,0 40,0 Santa Susana 32,6 38,3 26,6 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Para as freguesias do concelho de Alcácer do Sal, também em 2011 (vd. Quadro V.1.18), são observáveis diferenças muitíssimo acentuadas, que vão desde os 32,6% em Santa Susana aos 50,5% na freguesia da Comporta, diferenças que se explicam sobretudo pelas diferenças entre as freguesias quanto aos pesos relativos das populações jovem e idosa. As mesmas acentuadas diferenças são observadas quanto aos valores da TA feminina, quase vinte pontos percentuais superiores na Comporta (46,3%) comparativamente com Santa Susana (26,6%). Quanto à evolução da TA, e considerando somente os anos decorridos entre 2001 e 2011, há a registar o facto de a percentagem de Alcácer do Sal ter diminuído de 48,3 para 45,6% -, o que não sucedeu em nenhum dos restantes concelhos do Alentejo Litoral (vd. Figura V.1.45), e acentua de forma negativa o posicionamento de Alcácer do Sal no quadro da sub-região. 59

60 Figura V Taxa de atividade (%) da população residente, Alcácer do Sal e Alentejo Litoral (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Quanto à evolução da TA nas freguesias de Alcácer do Sal, entre 2001 e 2011 (vd. Figura V.1.46), há a destacar, pela negativa também, o facto de a descida dos valores ser comum a todas as freguesias, de forma mais acentuada particularmente em Santa Susana, onde a descida foi superior a 8 pontos percentuais (de 40,9 para 32,6%). Figura V Taxa de atividade (%) da população residente, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 60

61 Quanto à distribuição da população empregada pelos três clássicos sectores de atividade Primário 1, Secundário 2 e Terciário 3, verifica-se em Alcácer do Sal, tal como em todos os concelhos do Alentejo Litoral (vd. Quadro V.1.19), um peso claramente dominante da população empregada no Sector Terciário, com valores que oscilam entre os 58,3% (em Odemira) e os 71,6% (em Grândola). O valor para Alcácer do Sal (63,3%) é, juntamente com o de Santiago do Cacém, o segundo valor mais baixo dos 5 concelhos. Alcácer do Sal apresenta ainda a segunda maior percentagem de população empregada no Sector Primário (17,5%), valor apenas superado pelo valor de Odemira (22,5%), e claramente superior aos valores de concelhos como Sines e Santiago do Cacém. Quanto ao Sector Secundário, o concelho de Alcácer do Sal apresenta o segundo valor mais baixo (19,2%), apenas superior ao valor de Odemira (18,8%); sendo de destacar os elevados valores quer para Sines quer para Santiago do Cacém, superiores a 30%, explicados sobretudo pela forte concentração de unidades da indústria transformadora em Sines (que atrai população residente do vizinho concelho de Santiago do Cacém). Quadro V População empregada (%), por sectores de atividade, Alcácer do Sal, Alentejo Litoral e freguesias (2011) Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Odemira 22,9 18,8 58,3 Comporta 16,6 18,6 64,8 Alcácer do Sal 17,5 19,2 63,3 Alc. do Sal (SM Castelo) 43,8 12,4 43,8 Alentejo Litoral 11,7 24,8 63,5 Alc. do Sal (Santiago) 12,3 18,1 69,5 Grândola 8,2 20,3 71,6 Torrão 24,2 22,0 53,8 1 Secção A (CAE Rev.3) - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. 2 Secções: B - Indústrias extrativas); C - Indústrias transformadoras; D - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio; E - Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição; F Construção. 3 Secções: G - Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos; H - Transportes e armazenagem; I - Alojamento, restauração e similares; J - Atividades de informação e de comunicação; K - Atividades financeiras e de seguros; L - Atividades imobiliárias; M - Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; N - Atividades administrativas e dos serviços de apoio; O - Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória; P - Educação; Q - Atividades de saúde humana e apoio social; R - Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas; S - Outras atividades de serviços; T - Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para uso próprio; U - Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais. 61

62 Santiago do Cacém 6,3 30,4 63,3 São Martinho 30,2 25,2 44,7 Sines 3,6 31,4 65,0 Santa Susana 19,9 19,9 60,2 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População A distribuição da população empregada pelos sectores de atividade, nas freguesias de Alcácer do Sal (vd. Quadro V.1.19), revela diferenças particularmente notórias de freguesia para freguesia. Apesar de o sector empregador dominante ser o Sector Terciário em todas as freguesias, registem-se todavia duas particularidades: a primeira, pelo facto de em duas das freguesias (Santa Maria do Castelo e São Martinho), as percentagens de população empregada no Terciário serem inferiores a 50%, aspeto particularmente invulgar; uma segunda, o facto de em Santa Maria do Castelo a percentagem de população empregue no Sector Primário (43,8%) ser invulgarmente elevada e, inclusive, igual à percentagem para o Sector Terciário. Entre 2001 e 2011 houve, no concelho de Alcácer do Sal, alterações significativas na distribuição da população empregada pelos sectores de atividade (vd. Figura V.1.47). Os sectores primário e secundário registaram decréscimos na ordem dos 6%, enquanto o sector terciário registou um aumento: de 51,4 para 63,3%. Figura V População empregada (%), por sectores de atividade, Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 62

63 Em cada um dos sectores de atividades, e observando a evolução por freguesias entre os anos de 2001 e 2011, verifica-se fundamentalmente (vd. Figura V.1.48, Figura V.1.49 e Figura V.1.50) que: 1. Em todas as freguesias houve uma diminuição das percentagens de população empregada no Sector Primário, sendo no entanto de destacar que essas diminuições nas freguesias de Santa Susana e do Torrão tiveram uma expressão muito fraca; 2. Em todas as freguesias houve igualmente uma diminuição das percentagens de população empregada no Sector Secundário, pouco significativas porém nas freguesias de São Martinho e de Santa Susana; 3. Em todas as freguesias houve aumentos das percentagens da população no Sector Terciário, mais acentuados em freguesias como a Comporta e Torrão, muito menos evidente em Santa Susana. Figura V População empregada (%) no Sector Primário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 63

64 Figura V População empregada (%) no Sector Secundário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População Figura V População empregada (%) no Sector Terciário, freguesias de Alcácer do Sal (2001/2011) Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População V.1.8. PROJEÇÕES DA POPULAÇÃO DO CONCELHO DE ALCÁCER DO SAL: PERÍODO 2015 / 2030 O exercício de projeção da população residente para o concelho de Alcácer do Sal, no período compreendido entre os anos de 2015 e de 2030, teve como base os cenários das projeções 64

65 efetuadas pelo INE para o período 2012/2060 1, para a NUTS II (Alentejo) 2. Previamente à apresentação dos resultados obtidos para este exercício, considera-se essencial destacar e sublinhar o seguinte conjunto de aspetos. Em primeiro lugar, refira-se ter sido opção da equipa técnica limitar o exercício da projeção ao ano 2030, e não prolongar a extrapolação até ao ano de Os motivos para esta opção residem no facto de, para efeitos de revisão do Plano Diretor Municipal, não se revelar de particular importância a projeção para além de um limite temporal de 10/15 anos. Por outro lado, não sendo o âmbito destes trabalhos o contexto de longo prazo adotado pelo INE, foi tido em consideração o carácter precaucionário, assim como os respetivos pressupostos e condicionalismos, enunciados pelo INE na apresentação dos resultados obtidos e respetiva metodologia (INE, Projeções da População Residente , 28/03/2014) 3. Por outro lado, considerou-se não ser adequado efetuar o clássico exercício da projeção tendo por método o modelo cohort survival, pelas seguintes rezões. Este método é recorrentemente utilizado quando se dispõe, no ano de partida, da estrutura etária da população ano a ano ou, pelo menos, por grupos quinquenais. Uma vez que o último ano para o qual se dispõe desta informação é o ano de 2011 (ano de Censos), e estamos já no ano de 2015, não seria aconselhável projetar a população com base na construção de cenários com o comportamento das variáveis nos últimos 10 anos, uma vez que há 4 anos que não se dispõe dos quantitativos para a estrutura etária, essencial para o exercício. 1 INE, Projeções de População Residente , 28/03/2014; INE, Estatísticas Demográficas 2013; INE, Documento Metodológico, Versão 2.0, Outubro de As projeções são elaboradas para o território nacional e para cada uma das 7 NUTS II. 3 ( ) Os resultados obtidos são condicionados, por um lado, pela estrutura e composição da população no momento de partida (2012) e, por outro lado, pelos diferentes padrões de comportamento e fecundidade, da mortalidade e das migrações, estabelecidos em cada uma das hipóteses, que por sua vez se articulam em cenários de projeção, ao longo de todo o período de 2013 a 2060, não contemplando porém o impacto de outras circunstâncias exógenas. Aos resultados assim obtidos está associado um carácter condicional do tipo se então, pelo que estes não devem ser apropriados enquanto previsões. Deve ainda ter-se presente que, quanto maior for o período de projeção, maior será a incerteza associada pelo que a leitura de resultados a longo prazo dever ser revestida de acrescida prudência. 65

66 Restará ainda aduzir uma terceira consideração prévia, no sentido de introduzir uma adicional reserva em sede de confrontação dos valores apresentados neste exercício com os valores para a população que virão a ser apresentados na futura (2021) e subsequentes operações censitárias. O exercício de projeção efetuado pelo INE tem por base as Estimativas Provisórias Anuais de População Residente em Portugal em 31/12/2012. Logo, o exercício tem por base valores que são estimativas, e provisórias (posteriormente revistas). Por outro lado, tanto os valores para as posteriores estimativas da população residente em 31/12/2013 e em 31/12/2014 -, como os valores para o saldo migratório nesses dois anos (2013 e 2014) revelam, respetivamente, descidas no efetivo populacional e valores negativos para o saldo migratório, agravamentos que não terão sido, naturalmente, considerados no exercício de projeção. Ainda, e aguardando naturalmente a disponibilização dos valores para a população residente estimada em 2015, não há indícios de que a quebra da imigração tenha conhecido um abrandamento, assim como não há indícios de que o número de portugueses que têm emigrado nos últimos anos tenha também conhecido uma desaceleração. Assim, a imprevisibilidade, sobretudo dos movimentos migratórios, assume um papel particularmente relevante nestas duas primeiras décadas do século XXI, o que vem introduzir um fator de incerteza acrescida num exercício de natureza essencialmente especulativa. Assim, e tendo em consideração estes cruciais aspetos preliminares, apresentar-se-ão de seguida os passos seguidos no exercício de projeção e os respetivos resultados. Seguindo a metodologia do INE, foram considerados 3 cenários 1 : 1 O INE considera um 4º Cenário, o Cenário sem Migrações. Neste cenário, as hipóteses de evolução da fecundidade e da mortalidade são as adotadas no cenário central, e em que se admite a possibilidade, pouco provável, de inexistência de fluxos migratórios. Assim, dado a desvalorização que o próprio INE faz deste cenário, entendeu-se que, na região do Alentejo, onde o peso das migrações na população residente é significativo, optou-se por excluir este cenário. 66

67 Cenário Baixo: consideram-se as hipóteses pessimista para a fecundidade, central para a mortalidade e saldo migratório negativo. Cenário Central: consideram-se as hipóteses de evolução central da fecundidade, central da mortalidade e saldo migratório positivo. Cenário Alto: combinação das hipóteses de evolução otimista da fecundidade, otimista da mortalidade e saldo migratório positivo. As variáveis demográficas de base para as 3 dimensões consideradas Fecundidade, Mortalidade e Saldo Migratório foram, respetivamente: o Índice Sintético de Fecundidade 1 ; a Esperança Média de Vida à nascença (para cada um dos sexos) e o Saldo Migratório. A aplicação destes cenários para a população estimada de Alcácer do Sal em 2013 considerou os valores utilizados pelo exercício do INE para a NUTS II Alentejo (vd. Quadro V.1.20). Sobre a população estimada para Alcácer do Sal no ano da mais recente informação disponibilizada (2014) foram aplicados os valores médios anuais correspondentes à evolução desde o ano de partida (2012) até ao ano de chegada (2060). Quadro V Cenários de projeção da população, segundo as hipóteses de evolução das componentes, NUT II Alentejo, 2012 (último ano observado) e 2060 (último ano de projeção) Fonte: INE, Projeções de População Residente , 28/03/ Número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de fecundidade observadas no momento. Valor resultante da soma das taxas de fecundidade por idades, ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num determinado período (habitualmente um ano civil). (Metainformação INE) 67

68 Por indisponibilidades de informação, consideraram-se para Alcácer do Sal os valores do Índice Sintético de Fecundidade, do Saldo Migratório da Esperança Média de Vida para a região do Alentejo, sendo que para este último indicador se considerou a divisão por sexos da população estimada segundo a mais recente (2013) relação de masculinidade. Assim, com estes pressupostos e admitindo desde logo o erro - por não dispor de informação para o concelho de Alcácer do Sal em algumas das variáveis; e por efetuar uma extrapolação, se bem que pontualmente corrigida com valores para o concelho, a partir do cenário macro para a Região, obtiveram-se os seguintes resultados (vd. Quadro V.1.21 e Figura V.1.51). Quadro V População residente (Censos 2011), população residente estimada (2013) e população residente nos cenários Baixo, Central e Alto (2015, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Cenários Baixo População Residente Variação % / / / ,7-0,7-5,4 Central ,7 6,8 6,0 Alto ,0 7,8 7,8 Fonte: RTGeo, 2016 De acordo com o exercício, a população residente do concelho de Alcácer do Sal, em 2021, registará, relativamente a 2011, decréscimos no Cenário Baixo residentes (menos 4,7% do que em 2011) e no Cenário Central residentes (menos 0,7% do que em 2011; já no Cenário Alto, o crescimento será nulo residentes, mais um do que em 2011 (uma variação de 0,0%). A população residente do concelho de Alcácer do Sal, em 2031, registará, relativamente a 2011, um decréscimo somente no Cenário Baixo - com residentes (menos 5,4% do 68

69 que em 2011). Nos cenários Central e Alto poderão haver acréscimos populacionais: de 6,0% no Cenário Central ( residentes); e de 7,8% (no Cenário Alto ( residentes). Figura V População residente nos cenários Baixo, Central e Alto (2021 e 2031), Alcácer do Sal Fonte: RTGeo, 2016 Como se constata, e não perdendo nunca de vista que se trata de um exercício com uma componente especulativa muito significativa (como destaca o INE), os valores obtidos para Alcácer do Sal não são, de todo, negativos. Mesmo no Cenário Baixo, as perdas são inferiores às perdas ocorridas na primeira década do milénio. Já quanto aos cenários Central e Alto, uma primeira observação dos valores, e das próprias curvas de evolução, poderá criar a ideia de se estar perante cenários (demasiadamente) otimistas. Contudo, há que notar que, mesmo com os valores a sugerirem um crescimento da população, tanto num cenário como no outro, os valores para a população em 2031 seriam sempre, embora da mesma ordem de grandeza, ligeiramente inferiores aos valores apurados nos Censos de 2001 ( residentes). Naturalmente, a composição da população projetada nos diferentes cenários sofre alterações particularmente significativas. Mesmo nos cenários mais otimistas os Cenários Central e Alto, que apontam para um aumento da população residente, a composição da população segundo a estrutura etária conhecerá profundas transformações. 69

70 Desta forma (vd. Figura V.1.52), destaca-se sobretudo, em relação à percentagem de Jovens (12,7% em 2012), uma descida dos valores em todos os cenários. Uma descida particularmente acentuada no Cenário Baixo para os 11,0% -, e um pouco mais suavizada nos cenários Central e Alto, para os 11,9 e os 12,3%, respetivamente. Figura V Percentagem de Jovens nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Figura V Percentagem de Ativos nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Fonte: RTGeo, 2016 Quanto à evolução da percentagem de Ativos (vd. Figura V.1.53), destaca-se, também, uma descida em todos os cenários: mais acentuada, naturalmente, no Cenário Baixo (descida dos atuais 61,2 para os 55,6%); menos pronunciada nos cenários Central e Alto (para os 57,7 e 56,7%, respetivamente). 70

71 Figura V Percentagem de Idosos nos cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Fonte: RTGeo, 2016 Quanto à evolução da percentagem de Idosos (vd. Figura V.1.54), e sem surpresa, verificamse aumentos significativos em qualquer dos cenários considerados. Com as projeções para os grandes grupos etários é ainda possível extrapolar uma evolução para o Índice de Envelhecimento (vd. Figura V.1.55) que, naturalmente, se afigura expectável quando apresentadas as projetadas percentagens de jovens e de idosos. O Índice de Envelhecimento, cujo valor em 2012 se situava nos 206,9 idosos por 100 jovens, irá iniludivelmente aumentar, para valores situados entre os 251,7 (Cenário Alto) e os 303,3 (Cenário Baixo). Figura V Índice de Envelhecimento, cenários Baixo, Central e Alto (2012, 2021 e 2031), Alcácer do Sal Fonte: RTGeo,

72 72

73 V.2. O CONTEXTO E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS 73

74 V.2.1. ALGUNS INDICADORES DE ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE ECONÓMICA O concelho de Alcácer do Sal, em matéria de comportamento do Indicador per Capita (IpC) do Poder de Compra Concelhio 1 (vd. Quadro V.2.1 e Figura V.2.1), conheceu genericamente uma evolução bastante positiva entre os anos de 2000 e de Houve um crescimento particularmente notório entre os anos de 2000 e de 2009 com os valores a subirem de 58,58 para 83,30, para depois, nos dois últimos momentos de disponibilização do indicador (2011 e 2013), esse valor ter descido para 79,74 e 79,39, respetivamente. Quadro V.2.1. Poder de Compra Concelhio (Base=100), Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000 / 2013) Região Alentejo 70,33 77,01 76,77 85,56 87,33 88,39 87,99 89,43 Alentejo Litoral 69,21 76,67 77,89 85,70 90,53 95,30 92,86 91,53 Alcácer do Sal 58,58 58,78 64,31 77,67 80,96 83,30 79,74 79,39 Grândola 72,02 76,67 74,24 83,12 94,16 99,14 91,79 87,40 Odemira 53,17 58,26 65,20 65,35 68,92 73,31 71,81 76,06 Santiago do Cacém 76,90 86,69 87,72 94,82 94,55 100,23 96,47 94,94 Sines 88,73 108,14 97,88 114,53 127,61 132,62 136,96 128,03 Fonte: INE, Estudos sobre o Poder de Compra Concelhio Apesar de apresentar um comportamento globalmente positivo um aumento de 20,81 pontos, que aproxima inquestionavelmente o concelho da média nacional, o indicador contínua, como no ano 2000, a ser o segundo mais baixo dos 5 concelhos do Alentejo Litoral, apenas superior ao do concelho de Odemira. Com valores substancialmente mais elevados encontra-se o concelho de Sines (128,03 em 2013), o único destas unidades territoriais que supera tanto o valor nacional (100) como, naturalmente, os valores para o Alentejo Litoral (91,53 em 2013) e a Região Alentejo (89,43 na mesma data). 1 Poder de Compra Concelhio: pretende traduzir o poder de compra manifestado quotidianamente, em termos per capita, nos diferentes municípios e regiões, tendo por referência o valor nacional (100). (Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2013, INE 2015) 74

75 Figura V.2.1. Poder de Compra Concelhio (Base=100), Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000/2013) Fonte: INE, Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio Em termos de posicionamento no ranking nacional dos concelhos, e considerando a série temporal 2000/2013, Alcácer do Sal ascendeu da 145ª posição no ano 2000 (entre os 305 concelhos existentes à data) para a 135ª posição em 2013 (entre os atuais 308 concelhos). Uma evolução relativamente modesta mas, mesmo assim, a merecer referência. Um outro indicador interessante para contextualizar as atividades económicas e o ambiente empresarial do concelho, é o Fator Dinamismo Relativo 1. O comportamento deste indicador para Alcácer do Sal apresenta aspetos evolutivos que vale a pena referenciar. Em primeiro lugar, veja-se o seguinte conjunto de constatações (vd. Figura V.2.1) entre os anos de 2000 e 2009, o valor do FDR para o concelho de Alcácer do Sal é sempre ou ligeiramente superior ou ligeiramente inferior a 0,0; 2) desta forma, e no quadro dos concelhos do Alentejo Litoral, Alcácer do Sal mantém durante estes 9 anos uma posição 1 Factor Dinamismo Relativo (FDR): pretende refletir o poder de compra de manifestação irregular, geralmente sazonal, e que está relacionado com os fluxos populacionais induzidos pela atividade turística, traduzindo a dinâmica que persiste na informação de base para além da refletida no primeiro fator extraído da análise fatorial o poder de compra per capita manifestado quotidianamente nos territórios. (Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2013, INE 2015) 75

76 intermédia, regra geral, inferior ao valor do Alentejo Litoral, traduzindo uma fraca expressividade do fator sazonalidade nas atividades económicas. Figura V.2.2. Fator Dinamismo Relativo, Alcácer do Sal, Alentejo e concelhos do Alentejo Litoral (2000/2013) Fonte: INE, Estudos sobre o Poder de Compra Concelhio Contudo, desde o ano de 2009, e partindo de um valor negativo, o concelho de Alcácer do Sal apresenta nos dois momentos seguintes (2011 e 2013) valores para o FDR claramente superiores aos valores de toda a série anterior. No contexto dos municípios do Alentejo Litoral, Alcácer do Sal supera Odemira e a própria NUT3, e aproxima-se muito do concelho de Grândola que, como é conhecido, tem uma forte atividade económica relacionada com o turismo em todo o extenso litoral com polos de relevância como Troia e Melides. Por outro lado, a observando os valores do FDR apenas para o ano de 2013 (vd. Quadro V.2.2), verifica-se que o valor do concelho de Alcácer do Sal (0,957) é o 16º mais elevado dos 308 concelhos do território nacional. Dos 15 primeiros concelhos desta ordenação, apenas 3 não são concelhos algarvios, sendo de destacar o facto de Grândola ocupar o 8º lugar. Os outros dois concelhos são Óbidos e Nazaré, no litoral Oeste, com relevantes componentes turísticas para além das atividades tradicionais. 76

77 As diferenças no posicionamento nacional do FDR dos concelhos do Alentejo Litoral são claramente evidentes do 8º lugar de Grândola ao 302º lugar de Sines -, e evidenciam as enormes diferenças nestes concelhos quanto ao peso das atividades turísticas e, assim, dos efeitos da sazonalidade. Por um lado, poder-se-á considerar como positivo ver Alcácer do Sal com uma boa posição nesta ordenação, revelando de certa forma um impacto positivo do turismo nas atividades e no tecido económico do concelho. No entanto, uma outra leitura poderá deixar transparecer alguma debilidade do tecido económico do concelho, uma vez que poderá indiciar alguma dependência das atividades turísticas e, também, um fraco peso e pouca diversidade das atividades económicas para além do turismo. Quadro V.2.2. Fator Dinamismo Relativo (FDR), ordenação dos concelhos, País (2013) # Concelho Vila do Bispo 8,410 2 Albufeira 8,037 3 Loulé 5,658 4 Lagos 5,384 5 Lagoa 4,777 6 Aljezur 2,837 7 Tavira 2,809 8 Grândola 2,667 9 Portimão 2, Castro Marim 2, Vila Real de Santo António 2, Óbidos 2, Nazaré 1, Silves 1, Monchique 1, Alcácer do Sal 0, Odemira 0, Santiago do Cacém -0, Sines -0,715 Fonte: INE, Estudos sobre o Poder de Compra Concelhio O Ganho médio mensal 1 é também um indicador de contexto relevante quanto à natureza, estrutura e peso das diversas atividades económicas, traduzindo e explicando, naturalmente, o poder aquisitivo e as condições de vida das populações. Os valores para o Ganho médio mensal (vd. Quadro V.2.3), em Alcácer do Sal, aumentaram de 688,82 para 900,46, entre os 1 Quadros de Pessoal; os dados referem-se a trabalhadores por conta de outrem a tempo completo com remuneração completa. (INE) 77

78 anos de 2004 e de 2013, ao que corresponde um aumento de 30,7%. Este valor, em 2013, é claramente inferior ao valor do Alentejo Litoral (1.182,14 ) muito puxado para cima em função do valor de Sines (1.787,97 ) mas é, ainda assim, superior aos valores dos concelhos de Grândola (871,66 ) e de Odemira (860,85 ), mas inferior aos de Santiago do Cacém (936,99 ) e de Sines. Poder-se-á afirmar que os valores para os 4 concelhos (Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola e Odemira) são bastante aproximados - com apenas 76 a separá-los, claramente distantes do valor do concelho de Sines, que é praticamente o dobro de qualquer um dos restantes 4 concelhos. Há ainda um aspeto interessante a destacar: o ganho médio mensal em Alcácer do Sal, superior até ao ano de 2008 ao de Grândola, foi ultrapassado por este nos anos de 2009 a 2012, tendo recuperado a primazia sobre Grândola em Quadro V.2.3. Ganho médio mensal ( ), concelhos do Alentejo Litoral (2004/2013) Alentejo Litoral 816,43 896,07 937,57 971, , , , , , ,14 Alcácer do Sal 688,82 695,47 728,74 773,08 844,35 854,10 875,97 863,21 879,28 900,46 Grândola 664,35 678,36 701,38 787,86 830,72 864,63 912,39 904,63 933,51 871,66 Odemira 691,92 712,3 742,25 767,85 797,55 829,37 861,25 869,05 854,17 860,85 Santiago do Cacém 707,52 736,99 776,71 835,87 862,32 879,26 902,90 908,34 920,33 936,99 Sines 1 121, , , , , , , , , ,97 Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo Um balanço da evolução dos valores para o ganho médio mensal (vd. Figura V.2.3) nos concelhos do Alentejo Litoral, entre os anos de 2004 e 2013, evidencia uma preocupante clivagem, e o acentuar da mesma, entre Sines e os restantes quatro concelhos. Partindo de um valor em 2004 já claramente superior ao que qualquer outro concelho, o valor em Sines aumentou 59,4% nos nove anos desde então decorridos, enquanto os valores para os restantes concelhos, se bem que igualmente positivos, são claramente inferiores: todos na ordem dos 30/32%, e Odemira somente 24,4%. 78

79 Figura V.2.3. Variação percentual (%) do ganho médio mensal, concelhos do Alentejo Litoral (2004/2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo O ganho médio é claramente diferenciado em função do sector de atividade. Como primeira nota, realça-se o facto de, em qualquer um dos concelhos (com exceção de Odemira) onde o sector com as melhores remunerações é o sector primário, o sector secundário ser o sector onde são auferidos os maiores ganhos médios mensais (vd. Figura V.2.4). Este é um aspeto marcante e distintivo, não apenas destes concelhos (e, assim, do Alentejo Litoral), e de toda a região Alentejo, relativamente aos valores apurados para o Continente, onde o sector melhor remunerado é o sector terciário (vd. Quadro V.2.4). Por outro lado, e comparando o Alentejo Litoral com toda a região do Alentejo, é de referir, não apenas o maior volume médio das remunerações no Alentejo Litoral (1.182,14 contra 994,11 ), mas também a superação no Alentejo Litoral dos valores para todos os sectores, sendo que no sector secundário, o peso de Sines coloca a diferença em valores particularmente significativos. 79

80 Figura V.2.4. Ganho médio mensal ( ), por sectores de atividade, concelhos do Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo (2004/2013) Quadro V.2.4. Ganho médio mensal ( ), por sectores, Continente, Alentejo e Alentejo Litoral (2004/2013) Total Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Continente 1 093,82 789, , ,17 Alentejo 994,11 818, ,21 941,84 Alentejo Litoral 1 182,14 895, ,97 999,63 Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo Relativamente à situação do ganho médio mensal, e distribuição por sectores de atividade em 2002, há a destacar os seguintes aspetos. Pela negativa, o facto de a evolução do ganho médio mensal no sector primário em Alcácer do Sal (28,6%). Pela positiva: o facto de o aumento dos ganhos médios nos sectores secundário e terciário ter sido da ordem de grandeza dos verificados em Grândola e Santiago do Cacém, e claramente superior ao de Odemira. Também nesta evolução se destaca a diferença que o concelho de Sines marca para os demais, uma vez que o aumento dos ganhos médios, sobretudo nos sectores primário e secundário, são claramente superiores (inclusive aos verificados para todo o Continente no mesmo período de tempo: 40,1% no secundário; e 28,6% no terciário). 80

81 Figura V.2.5. Evolução (%) do ganho médio mensal, por sectores de atividade, concelhos do Alentejo Litoral (2002/2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo A Taxa de sobrevivência das empresas (constituídas nos 2 anos anteriores) em Alcácer do Sal, no período compreendido entre 2006 e 2013, baixou de forma significativa - dos 55,36% para os 43,87% -, embora tenha havido entre 2012 e 2013 uma ligeira recuperação (vd. Figura V.2.6). Esta descida foi, de forma geral, observada em todos os concelhos do Alentejo Litoral, sendo igualmente comum, com exceção do concelho de Santiago do Cacém, uma recuperação no último ano. Assinale-se também que, nos concelhos de Odemira e Sines, a recuperação vem já anos anteriores. Quanto a este indicador interessará acima de tudo reter o facto de, de uma forma geral, Alcácer do Sal apresentar os valores mais baixos, a par do concelho de Grândola, sendo desta forma os dois concelhos com pior desempenho nos 7 anos da série considerada. 81

82 Figura V.2.6. Taxa de sobrevivência das empresas nascidas 2 anos antes, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Fonte: INE, Empresas / Demografia das empresas O valor para o volume de negócios por empresa em Alcácer do Sal é, em 2013, 104,6 milhares de euros (vd. Figura V.2.7). Este é o mais baixo valor dos 5 concelhos do Alentejo Litoral onde, e uma vez mais, o valor para Sines se destaca claramente, enquanto os valores para os restantes 3 concelhos são, embora da mesma ordem de grandeza, ligeiramente superiores ao de Alcácer do Sal. De salientar que em Alcácer do Sal, como também em Grândola e em Santiago do Cacém, o volume de negócios por empresa foi, em 2009, superior ao de Na série temporal considerada (2006/2013) apenas Odemira aparenta apresentar um trajeto evolutivo normal e positivo, com crescimentos baixos mas sempre positivos; destacando-se de novo o caso de Sines com uma descida abrupta do volume de negócios por empresa entre 2006 e 2009, para uma rápida recuperação entre 2009 e , onde o tecido empresarial tem lógicas distintas e é caracterizado pela exposição à variabilidade de um vasto e complexo conjunto de fatores relacionados com o instável mercado internacional das energias e da transformação dos seus produtos. 82

83 Figura V.2.7. Volume de negócios por empresa, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo Um aspeto positivo do tecido empresarial de Alcácer do Sal é o facto de somente 24,79% do volume de negócios das empresas, em 2013, estar concentrado nas 4 maiores empresas do concelho (vd. Figura V.2.8). Nos restantes concelhos, apenas Odemira apresenta um valor mais baixo (20,48%), sendo também aqui clara a diferença para o concelho de Sines, que apresenta um valor significativamente mais elevado (65,23%) que qualquer um dos outros concelhos. A menor concentração do volume de negócios nas 4 maiores empresas do concelho pode ser interpretada como um fator positivo, uma vez se traduz numa menor dependência, e exposição, da atividade económica do concelho em relação a eventuais problemas conjunturais num ou noutro sector das atividades económicas ou, mais precisamente, numa ou noutra empresa com peso preponderante no tecido empresarial concelhio. 83

84 Figura V.2.8. Indicador de concentração do volume de negócios das 4 maiores empresas, concelhos do Alentejo Litoral (2006/2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo Vistos os dados gerais sobre os indicadores fundamentais das empresas com sede no concelho de Alcácer do Sal, importará de seguida focar a análise sobre um conjunto de indicadores síntese dos estabelecimentos, desagregados pelas atividades económicas. V.2.2. POPULAÇÃO EMPREGADA POR ATIVIDADES ECONÓMICAS No que respeita à distribuição da população empregada do concelho de Alcácer do Sal, e das suas freguesias, no ano de 2011, pelas atividades económicas (e não ao agrupamento das mesmas nos três grandes sectores, como foi sumariamente abordado no capítulo da População), há a destacar essencialmente os seguintes aspetos (vd. Quadro V.2.5): 1. A atividade que absorve mais população ativa continua, ainda, a ser a Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (928 indivíduos), quase o dobro do número de indivíduos na indústria transformadora (480) e com valores superiores ao de qualquer outra atividade no sector dos serviços, das quais se destacam o Comércio 84

85 por grosso e a Retalho (774 indivíduos) a Administração Pública e Defesa (577), o Alojamento e Restauração (456) e as atividades de Saúde Humana (374). 2. Em todas as freguesias do concelho de Alcácer do Sal, com exceção apenas da freguesia de Santiago onde os ativos na agricultura (236) são em menor número que os ativos no Comércio por grosso e a retalho (316), é a Agricultura que concentra maior número de indivíduos, sempre superior aos valores considerados para cada uma das restantes atividades económicas. Quadro V.2.5. População empregada, segundo as atividades económicas, freguesias do concelho de Alcácer do Sal (2011) Alcácer do Sal SM do Castelo Santa Susana Santiago Torrão São Martinho Comporta Nº % Nº Nº Nº Nº Nº Nº Totais , I Agricultura, produção animal, caça, , II Indústrias extrativas 10 0, Indústrias transformadoras 480 9, Eletricidade, gás, vapor, água quente 29 0, Captação, tratamento e distribuição de 38 0, Construção 457 8, Subtotal , Comércio por grosso e a retalho; , Transportes e armazenagem 153 2, Alojamento, restauração e similares 456 8, Atividades de informação e de 29 0, Atividades financeiras e de seguros 70 1, Atividades imobiliárias 20 0, Atividades de consultoria, científicas, 114 2, Atividades administrativas e dos serviços III 243 4, Administração Pública e Defesa; , Educação 350 6, Atividades de saúde humana e apoio 374 7, Atividades artísticas, de espetáculos, 41 0, Outras atividades de serviços 75 1, Atividades das famílias empregadoras de 73 1, Atividades dos organismos internacionais 0 0, Subtotal , Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 85

86 Relativamente à evolução da distribuição da população empregada, entre os anos de 2001 e de 2011, há a registar, para além da diminuição em termos globais de 915 ativos empregues (um decréscimo de 14,7%), essencialmente o seguinte (vd. Quadro V.2.6): 1. Uma diminuição particularmente sentida dos indivíduos empregues nas atividades primárias, cujo valor decresce de para 928, uma perda de 36,4%; 2. Uma diminuição de 449 indivíduos empregues na Construção, o que corresponde a um decréscimo de 49,6%; 3. Um aumento global dos ativos empregues nas atividades do sector terciário, mais 159 indivíduos, um acréscimo de 5,0%. Quadro V.2.6. População empregada, segundo as atividades económicas, Alcácer do Sal (2001/2011) Var / 2001 Nº % Nº % Nº % Totais , , ,7 I Agricultura, produção animal, caça, , , ,4 Indústrias extractivas 16 0, , ,5 Indústrias transformadoras 597 9, , ,6 Electricidade, gás, vapor, água quente 37 0, , ,6 II Captação, tratamento e distribuição de 0, ,7 Construção , , ,6 Subtotal , , ,8 Comércio por grosso e a retalho; , , ,0 Transportes e armazenagem 157 2, ,9-4 -2,5 Alojamento, restauração e similares 414 6, , ,1 Actividades de informação e de 29 0,5 Actividades financeiras e de seguros 59 0, , ,6 Actividades imobiliárias 123 1, , ,7 Actividades de consultoria, científicas, 114 2,2 Actividades administrativas e dos serviços 243 4,6 III Administração Pública e Defesa; , , ,2 Educação 337 5, ,6 13 3,9 Actividades de saúde humana e apoio 306 4, , ,2 Actividades artísticas, de espectáculos, 41 0,8 Outras actividades de serviços 100 1, , ,0 Actividades das famílias empregadoras de 135 2, , ,9 Actividades dos organismos internacionais 0 0,0 Subtotal , , ,0 Fonte: INE, Dados Estatísticos, População / Censos da População 86

87 Nas atividades do sector terciário, que globalmente conheceram um crescimento, haverá algumas situações que merecem referência, designadamente: 1. O aumento dos ativos empregues em atividades como as Atividades financeiras, a Educação e as Atividades de saúde humana e apoio ; 2. As descidas em todas as restantes atividades, sendo de realçar sobretudo a diminuição do emprego na Administração e, também, em atividades como o Comércio por grosso e a retalho ) e no Alojamento e Restauração. A descida dos ativos nestas duas últimas atividades, nomeadamente quando é conhecido que em alturas de crise são estes dois dos conjuntos de atividades com maior resiliência sobretudo por questões que se prendem com o autoemprego e o recurso à mão-deobra familiar não remunerada, poderá revelar-se preocupante, aspeto eventualmente compensado pela criação de emprego, embora não em volume suficiente, mas em sectores mais qualificados, nas atividades referidas no ponto anterior. V.2.3. ESTABELECIMENTOS POR ATIVIDADES ECONÓMICAS Em 2013, Alcácer do Sal tinha em atividade um total de estabelecimentos (vd. Figura V.2.9). Relativamente ao número de estabelecimentos em atividade em 2008, verificou-se uma perda de 248 estabelecimentos (uma redução de 12,9%), havendo no entanto a registar que, entre 2012 e 2013, já em pleno período recessivo houve, ainda assim, um ligeiro aumento do número de estabelecimentos (de para 1.669). 87

88 Figura V.2.9. Número de estabelecimentos (atividades económicas), Alcácer do Sal (2008/2013) Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais Região Alentejo No quadro do Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.10), o concelho de Alcácer do Sal tem uma quota relativamente equilibrada e proporcional dos estabelecimentos (da ordem de grandeza, por exemplo, da população residente). Os 14,5% dos estabelecimentos de Alcácer do Sal em que é precisamente o mesmo valor de , revelam que as dinâmicas de criação e de encerramento de estabelecimentos em Alcácer do Sal são semelhantes e concordantes com as dinâmicas dos restantes concelhos. Figura V Distribuição de estabelecimentos (%), concelhos do Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Empresas 88

89 Em 2013 (vd. Quadro V.2.7), os estabelecimentos do concelho de Alcácer do Sal estão classificados sobretudo nas atividades Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (642 estabelecimentos, 38,5% do total); no Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos (281 estabelecimentos, 16,8% do total); e no Alojamento e Restauração (147 estabelecimentos, 8,8% do total). Apenas estes 3 conjuntos de atividades compreendem quase 2/3 (64,1%) dos estabelecimentos do concelho. Quadro V.2.7. Estabelecimentos, por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Var / 2008 Nº % Nº % Nº % Totais , , ,9 I Agricultura, produção animal, caça, , , ,9 Indústrias extractivas 2 0,1 1 0, ,0 Indústrias transformadoras 94 4,9 75 4, ,2 Electricidade, gás, vapor, água quente 1 0,1 1 0,1 0 0,0 II Captação, tratamento e distribuição de 1 0,1 3 0, ,0 Construção 137 7,1 84 5, ,7 Subtotal , , ,2 Comércio por grosso e a retalho; , , ,5 Transportes e armazenagem 30 1,6 25 1, ,7 Alojamento, restauração e similares 167 8, , ,0 Actividades de informação e de 7 0,4 15 0, ,3 Actividades imobiliárias 21 1,1 15 0, ,6 Actividades de consultoria, científicas, 79 4,1 85 5,1 6 7,6 III Actividades administrativas e dos serviços 95 5, , ,6 Educação 44 2,3 23 1, ,7 Actividades de saúde humana e apoio 49 2,6 41 2, ,3 Actividades artísticas, de espectáculos, 20 1,0 22 1,3 2 10,0 Outras actividades de serviços 115 6, , ,4 Subtotal , , ,4 Fonte: INE, Empresas Relativamente à situação observada em 2008, verificaram-se, para além da clara diminuição do número de estabelecimentos (12,9%) a que foi já feita referência, perdas relevantes sobretudo nos estabelecimentos: 1. Da Construção, menos 53 estabelecimentos, uma redução de quase 39%; 2. Do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, menos 77 estabelecimentos, uma redução de 22%; 3. Da Educação, menos 21 estabelecimentos, uma redução de 48%; 89

90 4. E do Alojamento, restauração e similares, menos 20 estabelecimentos, uma redução de 12%. Há, pela positiva, a registar, se bem que modestos em termos absolutos, os aumentos ocorridos no número de estabelecimentos sobretudo em atividades terciárias como as Atividades de informação e de comunicação, Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares e Atividades de administração e dos serviços de apoio. É de salientar que, sobretudo nos 2 primeiros conjuntos de atividades, trata-se de atividades com elevados níveis de qualificação e de conhecimento. Dado o peso dos estabelecimentos classificados nas atividades primárias e o concelho de Alcácer do Sal destaca-se claramente dos restantes concelhos do Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.11), destaca-se uma breve referência à repartição dos estabelecimentos pelas divisões do conjunto das atividades primárias. Figura V Estabelecimentos das atividades primárias (%), concelhos do Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Empresas Assim (vd. Figura V.2.12), destaca-se uma clara predominância dos estabelecimentos da agricultura, produção animal, (com 58,1% do total de estabelecimentos), seguida pelos estabelecimentos da Silvicultura e exploração florestal (33,8% do total) e pelos estabelecimentos da Pesca e aquicultura (8,1% do total). 90

91 Refira-se que, no quadro do Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.14), o concelho de Alcácer do Sal detém quotas importantes tanto nos estabelecimentos da Agricultura como na Silvicultura 21,0 e 24,9%, respetivamente, mas é sobretudo nos estabelecimentos da Pesca que a parte do concelho é mais representativa: 27,7% dos estabelecimentos do Alentejo Litoral, Recorde-se que, não tendo frente de mar (o único entre os 5 concelhos), este valor assume-se como particularmente relevante e destaca sobretudo o papel das atividades relacionadas com a aquicultura Figura V Estabelecimentos (%) nas divisões das atividades primárias, Alcácer do Sal (2013 Figura V Estabelecimentos (Nº) nas divisões das atividades primárias, Alcácer do Sal (2008/2013) Fonte: INE, Empresas Ainda relativamente aos estabelecimentos das atividades primárias em Alcácer do Sal, e não obstante o seu papel preponderante no tecido económico concelhio, há a registar, relativamente à situação em 2008, uma diminuição do número de estabelecimentos em todas as divisões (vd. Figura V.2.13), menos sentida nos estabelecimentos agrícolas e florestais (3,6% e 8,1%, respetivamente), mas mais notória nas pescas e aquicultura (29,7%). 91

92 Figura V Estabelecimentos das divisões das atividades primárias (%), Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Empresas O segundo grupo de atividades com mais estabelecimentos em Alcácer do Sal o Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos com 281 estabelecimentos (16,8% do total), apresenta, com naturalidade, uma maior dominância dos estabelecimentos no comércio retalhista (vd. Figura V.2.15). Quase 63% dos estabelecimentos nesta atividade são do comércio retalhista, cabendo ao comércio grossista 26% dos estabelecimentos e 11,4% ao grupo da venda e reparação de veículos. Relativamente à situação em 2008 (vd. Figura V.2.16), registam-se decréscimos em todas as divisões dos estabelecimentos particularmente notória no comércio retalhista, menos 76 estabelecimentos (uma diminuição de 43,2% -, com exceção dos estabelecimentos do comércio por grosso, que conheceu um ligeiro aumento de 5 estabelecimentos. 92

93 Figura V Estabelecimentos (%) do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, Alcácer do Sal (2013) Figura V Estabelecimentos (Nº) do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, Alcácer do Sal (2008/2013) Fonte: INE, Empresas O Alojamento, restauração e similares, o terceiro grupo mais representativo no concelho de Alcácer do Sal com 147 estabelecimentos (8,8% do total) é, esmagadoramente, a restauração e similares (vd. Figura V.2.17), com quase 90% do total de estabelecimentos desta atividade. Relativamente a 2008, há uma diminuição dos estabelecimentos da restauração (menos 21), mas o alojamento conta, em 2013, com mais uma unidade (vd. Figura V.2.18). Figura V Estabelecimentos (%) do Alojamento, restauração e similares, Alcácer do Sal (2013 Figura V Estabelecimentos (Nº) do Alojamento, restauração e similares, Alcácer do Sal (2008/2013) Fonte: INE, Empresas 93

94 Quanto ao peso que os estabelecimentos destas atividades em Alcácer do Sal têm no contexto do Alentejo Litoral há a destacar, em primeiro lugar, a generalizada baixa representatividade (vd. Figura V.2.19). Se no caso da restauração e similares o fraco peso somente 13,1% dos estabelecimentos do Alentejo Litoral se poderá considerar normal, e proporcional, já no caso do alojamento, a expressão de Alcácer do Sal é particularmente baixa: somente 6,6% dos estabelecimentos. A razão fundamental será certamente o facto de Alcácer ser o único dos 5 concelhos que não tem frente marítima, aspeto sem dúvida penalizador num quadro em que o alojamento turístico tem andado sempre associado ao turismo balnear. Porém, com a diversificação dos produtos e da oferta turística que tem sido promovida mais acentuadamente na última década, e com a vastidão e riqueza do património natural e construído de Alcácer do Sal, ter-se-á necessariamente que apostar e estimular este sector. Dada a importância e o potencial ainda por explorar do turismo no território de Alcácer do Sal, esta atividade será objeto de uma análise mais detalhada mais adiante no presente relatório. Figura V Estabelecimentos das divisões do Alojamento, restauração e similares (%), Alentejo Litoral (2013) Fonte: INE, Empresas 94

95 V.2.4. ZONAS DE ATIVIDADES ECONÓMICAS/ EMPRESARIAIS O concelho de Alcácer do Sal dispõe de dois espaços para o acolhimento de actividades empresariais: a Zona de Indústria Ligeira (ZIL) de Alcácer do Sal e a Zona de Actividades Económicas (ZAE) do Torrão. A ZIL de Alcácer do Sal consiste num espaço localizado a norte de Alcácer, a nascente da EN5, que tem um total de 63 lotes e apresenta uma área útil de aproximadamente m 2, com uma dimensão média do lote na ordem dos m 2. Estão actualmente em laboração apenas 23 empresas, o que corresponde em termos genéricos a pouco mais de 1/3 da capacidade do loteamento. Existem 38 lotes comprometidos (não disponíveis no mercado), com situações muito diversas que traduzem naturalmente futuras entradas em funcionamento difíceis de prognosticar e, apenas, 2 lotes por comercializar. A ZAE do Torrão é um espaço consideravelmente, e naturalmente, mais pequeno. Dispõe de 20 lotes, com uma área útil total de m 2 e com uma dimensão média do lote na ordem dos m 2. Embora tenha apenas 7 estabelecimentos em atividade, os restantes 13 lotes estão comercializados, pelo que a oferta atual é nula. Ambos os espaços, embora sem estarem integralmente preenchidos com estabelecimentos em laboração, não dispõem praticamente de nenhuma oferta face a uma eventual procura. Neste sentido, e por forma a colmatar esta lacuna, será necessário prever e acautelar uma expansão dos espaços existentes ou consignar no plano a eventual necessidade de acautelar pelo menos um novo espaço para o acolhimento de atividades empresariais não enquadráveis em zonas residenciais ou com outros usos com os quais possam vir a revelar-se conflituantes. 95

96 Em função do atravessamento do concelho de importantes eixos rodoviários designadamente a A2 e o IC1 -, dois eixos que asseguram as ligações entre Sines e o Algarve (a Sul) e Setúbal e Lisboa (a Norte) e que proporcionam óbvias mais-valias, ter-se-á que ponderar criteriosamente a localização deste eventual novo espaço, por forma a que este sirva também, e beneficie, da proximidade a Alcácer do Sal. V.2.5. VOLUME DE NEGÓCIOS POR ATIVIDADES ECONÓMICAS Em 2013, o concelho de Alcácer do Sal era, dos 5 concelhos do Alentejo Litoral, o que apresentava o menor volume de negócios dos estabelecimentos: um total de 212,76 M, apenas 2,6% do volume de negócios dos estabelecimentos do Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.20 e Figura V.2.21). Com efeito, a quota de cada um dos concelhos, com exceção da do concelho de Sines é extremamente reduzida entre os 2,6% de Alcácer do Sal e os 5,4% de Santiago do Cacém -, uma vez que o peso do volume de negócios dos estabelecimentos de Sines é absolutamente esmagador: 84,6% do volume de negócios dos estabelecimentos do Alentejo Litoral. Comparativamente com a situação observada em 2008, releva-se como extremamente preocupante a descida, sobretudo em termos absolutos dos valores para o volume de negócios em todos os concelhos, com exceção de Sines. Desta forma, e com um enorme aumento do volume de negócios dos estabelecimentos de Sines nos 5 anos considerados, a posição dominante deste concelho acentuou-se de forma esmagadora: 49,7% do volume de negócios do Alentejo Litoral em 2008; 84,6% em

97 Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (%), Alentejo Litoral (2013) Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (%), Alentejo Litoral (2008) Fonte: INE, Empresas Figura V Volume de negócios dos estabelecimentos (M ) e variação (%), Alentejo Litoral (2008/2013) Var. % Alentejo Litoral 196,7 Alcácer do Sal -4,8 Grândola -13,8 Odemira -4,8 Santiago do Cacém -11,9 Sines 405,3 Fonte: INE, Empresas Este aspeto, a concentração da atividade económica em apenas um dos concelhos (Sines), não apenas porque o seu valor absoluto aumentou mas também porque em todos os restantes 4 houve decréscimos absolutos, revela-se particularmente preocupante nos planos do desenvolvimento regional e da coesão territorial. Esta profunda diferença e, sobretudo, a crescente clivagem, ilustra de forma clara a imagem a que recentemente um conhecido economista recorreu para caracterizar o território nacional, em termos de coesão territorial, como um arquipélago, do qual neste caso a ilha seria Sines. 97

98 O volume de negócios dos estabelecimentos de Alcácer do Sal, em 2013, é claramente dominado pelo Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos, com 35,4% do total (vd. Quadro V.2.8). Em segundo lugar surge o volume de negócios gerado pelos estabelecimentos das atividades primárias, com 26,3% do total; e em terceiro lugar as Indústrias transformadoras, com 23,4% do total. Releva-se ainda o fraco peso do volume de negócios gerado em todas as atividades do sector dos serviços, com exceção do comércio, que apenas contabiliza 8,0% do volume de negócios do concelho. Quadro V.2.8. Volume de negócios dos estabelecimentos ( ), por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Var / 2008 % % % Totais , ,0-4,8 Agricultura, produção animal, caça, , ,3 5,0 Indústrias extrativas Indústrias transformadoras , ,4 22,5 Eletricidade, gás, vapor, água quente Captação, tratamento e distribuição de Construção , ,9-53,2 Comércio por grosso e a retalho; , ,4-8,9 Transportes e armazenagem , ,5-72,9 Alojamento, restauração e similares , ,8-36,6 Atividades de informação e de , ,2 332,5 Atividades imobiliárias , ,3-72,6 Atividades de consultoria, científicas, , ,9-20,7 Atividades administrativas e dos serviços , ,4-63,2 Educação , ,1-51,2 Atividades de saúde humana e apoio , ,4-16,2 Atividades artísticas, de espetáculos, ,3 Outras atividades de serviços , ,1-14,9 Fonte: INE, Empresas 98

99 A evolução relativamente ao ano de 2008 foi, como já se referiu, francamente negativa. Apenas em três conjuntos de atividades (e de estabelecimentos) o volume de negócios registou crescimentos positivos: 1) o dos estabelecimentos das Indústrias transformadoras, com um aumento de 22,0%; 2) o dos estabelecimentos das atividades primárias, com um aumento de 5,0%); 3) e o das Atividades de informação e de comunicação, com um aumento de 332,5%. Os dois primeiros têm, de facto expressão em termos absolutos; quanto ao volume de negócios das atividades de informação, o seu crescimento percentual é enorme mas, em termos absolutos, representa muito pouco no total do concelho (somente 0,2%). V.2.6. VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB) Em 2013, também no que respeita ao Valor acrescentado bruto (VAB) das empresas, o concelho de Alcácer do Sal era, dos 5 concelhos do Alentejo Litoral, o que apresentava o menor valor (37,7 M ) e, naturalmente, o menor valor percentual (8,0%) no quadro do Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.23 e Figura V.2.24). Tal como no volume de negócios, os valores (absolutos e relativos) do VAB do concelho de Sines são claramente superiores. Em relação à situação em 2008 (vd. Figura V.2.24), verificou-se também uma concentração do VAB no concelho de Sines, embora não tão acentuada como no volume de negócios. Entre 2008 e 2013, apenas dois concelhos conheceram aumentos do VAB Sines e Odemira -, embora com valores muito modestos (2,1 e 0,5%, respetivamente), tendo os restantes 3, entre os quais Alcácer do Sal (com uma descida de 16,3%, conhecido decréscimos. 99

100 Figura V Valor acrescentado bruto das empresas, Alentejo Litoral (2013) Figura V Valor acrescentado bruto das empresas, Alentejo Litoral (2008) Fonte: INE, Empresas Figura V Valor acrescentado bruto das empresas (M ) e variação (%), Alentejo Litoral (2008/2013) Var. % Alentejo Litoral -6,0 Alcácer do Sal -16,3 Grândola -10,8 Odemira 0,5 Santiago do Cacém -19,8 Sines 2,1 Fonte: INE, Empresas O VAB das empresas de Alcácer do Sal, em 2013, é claramente dominado pelas atividades primárias que concentram 39,2% do VAB gerado no concelho, seguido pelas atividades do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos 17,9% do VAB concelhio, e pelo das Indústrias transformadoras com 12,4% do total. Relativamente à situação em 2008, para além do já referido decréscimo do VAB total (em 16,3%), há a destacar o facto de apenas terem ocorrido aumentos nos VAB das atividades primárias e de forma significativa (+16,9%) e nas atividades, com valores absolutos baixos, 100

101 como as Atividades de informação e de comunicação e Atividades artísticas e de espetáculos. Um outro aspeto, negativo, reside no facto de o total das atividades terciárias ter em 2013 um VAB inferior ao de 2008, assim como a sua quota no total: 41,3% em 2008 e 36,3% em Quadro V.2.9. Valor acrescentado bruto das empresas ( ), por atividade económica, Alcácer do Sal (2008/2013) Var / 2008 % % % Totais , ,0-16,3 Agricultura, produção animal, caça, , ,2 16,9 Indústrias extrativas Indústrias transformadoras , ,4-41,8 Eletricidade, gás, vapor, água quente 0 0,0 0 0,0 Captação, tratamento e distribuição de Construção , ,3-12,0 Comércio por grosso e a retalho; , ,9-10,3 Transportes e armazenagem , ,7-82,6 Alojamento, restauração e similares , ,7-17,5 Atividades de informação e de , ,6 430,4 Atividades imobiliárias , ,1-104,8 Atividades de consultoria, científicas, , ,5-45,5 Atividades administrativas e dos serviços , ,5-46,8 Educação , ,3-50,0 Atividades de saúde humana e apoio , ,1-15,9 Atividades artísticas, de espetáculos, ,4 154,3 Outras atividades de serviços , ,9-13,8 Fonte: INE, Empresas 101

102 V.2.7. O TURISMO NO CONTEXTO ECONÓMICO LOCAL Caraterizar o setor do turismo nesta fase de revisão do PDM é de extrema importância na medida em que permitirá identificar potencialidades e/ ou fragilidades do concelho no que ao turismo diz respeito, de modo a que o modelo de ordenamento proposto para o desenvolvimento deste território integre um modelo de ordenamento turístico sustentável. No presente capítulo abordar-se-á não só a oferta de alojamento turístico existente e perspetivada, como também a procura de alojamento turístico, sendo os aspetos relacionados com os recursos e os produtos turísticos tratados no capítulo VII. V A OFERTA DE ALOJAMENTO TURÍSTICO EXISTENTE A oferta de alojamento turístico no concelho de Alcácer do Sal é relativamente pequena, resumindo-se a apenas oito empreendimentos turísticos 1 que correspondem a 17,4% do total do Alentejo Litoral, situando-se na terceira posição ao nível da NUTIII, atrás de Grândola (17) e de Odemira (11). A oferta, apesar de reduzida, distribui-se ao longo do rio Sado, desde a Comporta, litoral, até à barragem de Vale do Gaio, desfrutando da beleza natural do principal curso de água do concelho (vd. Figura V.2.26 e Figura V.2.29). Por sua vez no que respeita à oferta de camas (vd. Figura V.2.27) o concelho de Alcácer do Sal apresenta um número considerável de 1001 camas, logo a seguir ao concelho de Grândola (3061 camas), concelho com maior oferta ao nível da NUT III; afirmando a sua localização estratégica e a sua capacidade turística em relação aos concelhos de Odemira, Santiago do Cacém e Sines. 1 Consideram-se empreendimentos turísticos os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento, mediante remuneração, dispondo, para o seu funcionamento, de um adequado conjunto de estruturas, equipamentos e serviços complementares (n.º1 do artigo 2.º do RJET). Contabilizam-se, aqui os empreendimentos turísticos das tipologias cuja classificação é da competência do Turismo de Portugal, I.P e que serão designados por empreendimentos turísticos (ET) classificados, de modo a simplificar a leitura. Excetuam-se os empreendimentos de Turismo no Espaço Rural, nas modalidades de casas de campo e agroturismo, Turismo de Habitação e Parque de Campismo e Caravanismo, objeto de licenciamento municipal. 102

103 Figura V Empreendimentos Turísticos, Alentejo Litoral Grândola 17 Odemira 11 Alcácer do Sal 8 Sines 5 Santiago do Cacém Fonte: Turismo de Portugal, 2017 (informação consultada no site do TP a 30/03/2017) Figura V Empreendimentos turísticos: oferta de camas, Alentejo Litoral Grândola 3061 Alcácer do Sal 1001 Odemira 538 Santiago do Cacém 452 Sines Fonte: Turismo de Portugal, 2017 (informação consultada no site do TP a 30/03/2017) No que se refere à categoria dos empreendimentos turístico do Alentejo Litoral, destaca-se a posição de Grândola em relação aos restantes concelhos, reunindo o maior número de ET classificados com 4*, seguido de Odemira com maior número de ET de 3* e de Alcácer do Sal com igual número de ET de 3* e 4 *. Os concelhos de Santiago do Cacém e de Sines são os que apresentam menos ET, sendo que Santigo do Cacém destaca-se em relação a Sines por apresentar um maior número de ET de 4* (vd. Figura V.2.28). 103

104 Figura V Empreendimentos turísticos por categoria, Alentejo Litoral ** *** **** n/d *** **** ***** n/d * ** *** **** n/d *** **** * ** *** **** Alcácer do Sal Grândola Odemira Santiago do Cacém Sines Fonte: Turismo de Portugal, 2017 (informação consultada no site do TP a 30/03/2017) Relativamente às tipologias da oferta de alojamento turístico classificado, o concelho de Alcácer do Sal apresenta três tipologias distintas nomeadamente aldeamentos turísticos (duas unidades); estabelecimentos hoteleiros (cinco) nas modalidades de hotel (três), hotelapartamento (um) e pousada (uma); e empreendimentos de turismo no espaço rural, na modalidade de hotel rural (um). De acordo com o Quadro V.2.10 verifica-se que as tipologias de ET encontram-se distribuídas pelas categorias de 2*, 3*, 4*. Quadro V Tipologia de Empreendimentos Turísticos (ET), concelho de Alcácer do Sal Tipologia de ET 2* 3* 4* N/d Total Aldeamento turístico 2 2 Estabelecimento hoteleiro Hotel Estabelecimento Hoteleiro - Pousada 1 1 Estabelecimento Hoteleiro Hotel-apartamento 1 1 Empreendimento de Turismo no Espaço Rural Hotel Rural 1 1 Total Fonte: Turismo de Portugal, 2016 (informação cedida pelo TP a ) 104

105 Por sua vez, em termos de capacidade de alojamento, Alcácer do Sal tem disponíveis cerca de 1001 camas, 18,8 % do total da NUT III, sendo que a Herdade da Comporta e a Herdade de Montalvo reúnem o maior número de camas, cerca de 75% do total dos ET classificados do concelho. (vd. Quadro V.2.11). Quadro V Capacidade de alojamento (camas) por tipologia de ET classificados, concelho de Alcácer do Sal Camas Tipologia de ET 2* 3* 4* N/d Total % Aldeamento turístico Estabelecimento Hoteleiro Hotel ,3 Estabelecimento Hoteleiro - Pousada ,9 Estabelecimento Hoteleiro Hotel-apartamento ,2 Empreendimento de Turismo no Espaço Rural Hotel Rural ,4 Total % Total 1,7 13,4 77,9 6, Fonte: Turismo de Portugal, 2016 (informação cedida pelo TP a ) Com efeito, os aldeamentos turísticos traduzem-se na tipologia de ET classificados mais representativa do concelho no que respeita à capacidade de alojamento, com 75% em contraste com os restantes 24,9% das restantes tipologias; por conseguinte a categoria de oferta que se destaca é a de 4* associada aos aldeamentos turísticos, seguida pela categoria de 3* com 13,4%, pela pousada histórica com 6,9% e por último pela categoria de 2* com 1,7% (vd. Figura V.2.29). 105

106 PERSPETIVADA A caraterização da oferta de alojamento turístico do concelho deverá considerar, não só o alojamento existente, como também o perspetivado (vd. Figura V.2.29), i.e., todos os projetos de empreendimentos turísticos com Pedido de Informação Prévia (PIP) e os projetos de empreendimentos turísticos (licenciamento ou comunicação prévia) aprovados, bem como os empreendimentos turísticos previstos em loteamento, PU, PP e projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN), conforme previsto pelo TP (2015). Considerando a informação disponibilizada pelo Turismo de Portugal, a oferta de alojamento turístico perspetivada compreende 14 empreendimentos turísticos, a que correspondem 9739 camas; dos quais 2 correspondem a pedidos de informação prévia (PIP), 11 a novos projetos e 1 projeto de licenciamento (alterações e reclassificação) (vd. Quadro V.2.12). Quadro V Oferta de alojamento turístico perspetivado, concelho de Alcácer do Sal Tipologia de ET Total % Camas % Aldeamento turístico 6 42,9 % ,2 % Hotel Rural (TER) 4 28,6 % 149 1,5 % Hotel apartamento 2 14,3 % 226 2,3 % Hotel 2 14,3 % % Total % % Fonte: Turismo de Portugal, I.P., No que respeita à categoria destacam-se as 4* com 10 ET perspetivados, seguida da categoria 3* com dois ET e por último as categoria 5* e 2* com apenas um ET perspetivado para cada uma das duas categorias (vd. Quadro V.2.13). 1 Informação cedida pelo Turismo de Portugal a 17/03/2017 no âmbito da concertação setorial efetuada ao abrigo da primeira comissão consultiva da revisão do PDM de Alcácer do Sal. 106

107 Quadro V Tipologias e respetivas categorias da capacidade de alojamento perspetivada, com base nos PIP 1 ou PPF 2, concelho de Alcácer do Sal. Tipologia ET Nr. ET Camas % Aldeamento turístico ,2% 3* ,2% 4* ,3% 5* ,7% Hotel Apartamento ,1% 3* ,3% 4* ,1% Hotel ,0% 2* ,5% 4* ,5% Hotel Rural (TER) ,5% 4* ,5% Total % Fonte: Turismo de Portugal, IP, A oferta perspetivada decorrente dos projetos de ET com parecer favorável corresponde, assim, na sua maioria a aldeamentos turísticos, com um volume de cerca de 94% do total do concelho, sendo a união de freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana a que apresenta maior número de pedidos de informação prévia e projetos de arquitetura com parecer favorável pelo Turismo de Portugal (vd. Figura V.2.29), compreendendo cerca de 10 ET, seguida da freguesias do Torrão com 2 ET perspetivados e pela Comporta também com 2 ET perspetivados. Todavia se se considerar o número de camas perspetivadas a freguesias do Torrão é a que apresenta 1 Pedido de informação prévia 2 Projeto com parecer favorável 3 Informação cedida pelo Turismo de Portugal a 17/03/2017 no âmbito da concertação setorial efetuada ao abrigo da primeira comissão consultiva da revisão do PDM de Alcácer do Sal. 107

108 um maior número com cerca de 5518 camas, seguida pela União de Freguesias com 3991 camas perspetivadas e pela freguesia da Comporta com apenas 230 camas. 108

109 Figura V Oferta de alojamento turístico (existente e perspetivada), concelho de Alcácer do Sal 109

110 A OFERTA DE ET NÃO CLASSIFICADOS PELO TURISMO DE PORTUGAL Relativamente à oferta de empreendimentos turísticos não classificados pelo TP 1, ou seja, ET cujo licenciamento é da competência da câmara municipal, o concelho de Alcácer do Sal apenas dispõe de um parque de campismo de 3* com capacidade aproximada para 150 pessoas, localizado a dois minutos do centro histórico da cidade, na união das freguesias de Alcácer do Sal e de Santa Susana. V OFERTA DE ALOJAMENTO LOCAL Além dos empreendimentos turísticos (ET) consideram-se, também, os estabelecimentos de alojamento local que se caraterizam pela prestação de serviços de alojamento temporário a turistas, mediante remuneração, e que reúnem os requisitos previstos no regime Jurídico da Exploração dos Estabelecimentos de Alojamento Local (RJAL) 2. Não constituindo uma tipologia de ET, de acordo com o estipulado na alínea b) do n.º 2 do artigo 2.º do RJET, carecem de uma abordagem separada deste tipo de oferta turística. Grosso modo, podem ser caraterizados por três modalidades de alojamento local, nomeadamente moradia, apartamento e estabelecimentos de hospedagem, e de acordo com a informação cedida pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal (a 21/03/2017) e com o Registo Nacional do Turismo Alojamento Local, do Turismo de Portugal, IP (em 23/03/2017), existem no concelho de Alcácer do Sal 46 estabelecimentos de AL, correspondendo a cerca de 6,14% do total do Alentejo Litoral (748) (vd. Figura V.2.30). 1 Os empreendimentos de Turismo no Espaço Rural, nas modalidades de Casas de Campo e Agroturismo, Turismo de Habitação e Parque de Campismo e Caravanismo. 2 Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril (n.º1 do artigo 2.º do RJAL) 110

111 Figura V Estabelecimentos de Alojamento Local, NUTIII Odemira 327 Grândola 253 Sines 64 Santiago do Cacém 58 Alcácer do Sal 46 Fonte: Turismo de Portugal, RNT, 2017 (informação consultada a 23/03/2017) Do conjunto dos alojamentos locais existentes em Alcácer do Sal, as moradias são a categoria com maior destaque, perfazendo cerca 76 % da oferta de estabelecimentos AL; por sua vez, no que respeita às freguesias, a Comporta é a que apresenta um maior número de alojamentos locais (50 %), seguida pela União de Freguesias de Alcácer e Santa Susana com 39,1% e pelo Torrão com 10,9% (vd. Quadro V.2.14). Quanto à capacidade de alojamento local, encontram-se registadas 313 camas para um total de 441 utentes. Quadro V Estabelecimentos de Alojamento Local em Alcácer do Sal, por freguesia e tipologia Freguesia Apartamento Est. de hospedagem Moradia Total % Comporta % U.F. Alcácer do Sal e St.ª Susana ,1% Torrão ,9% Total % Fonte: Turismo de Portugal, RNT, 2017 (informação consultada a 23/03/2017). 111

112 V A PROCURA TURÍSTICA Em relação à procura turística poder-se-á relevar um outro conjunto de indicadores, dos quais se destacam os seguintes aspetos. A taxa líquida de ocupação cama 1 conheceu entre 2009 e 2014 (vd. Quadro V.2.15), tal como todo o Alentejo Litoral, uma evolução negativa: -34,5% em Alcácer do Sal e -12,5% no Alentejo Litoral. Estes valores, se bem que negativos, não deverão ser interpretados de forma pessimista, uma vez que apenas significam que o número de dormidas cujo aumento foi significativo (39,9%) foi todavia inferior ao aumento da capacidade de alojamento (174,8%). Porém, se nos próximos anos o aumento do número de dormidas não se aproximar do aumento da capacidade instalada, poder-se-á olhar para a evolução das taxas de ocupação com alguma preocupação. Quadro V Taxa líquida de ocupação cama (%), proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros (milhares de ) e proporção de hóspedes estrangeiros (%), concelhos do Alentejo Litoral (2009/2014) Taxa líquida de ocupação cama (%) Proveitos totais ( ) dos estab. hoteleiros (x1.000) Proporção de hóspedes estrangeiros (%) Var.% 2014/ Var.% 2014/ Var.% 2014/09 Alentejo Litoral 26,3 23,0-12, ,0 15,9 23,5 47,8 Alcácer do Sal 27,8 18,2-34, ,5 13,8 26,8 94,2 Grândola 28,8 22,6-21, ,8 7,0 17,8 154,3 Odemira 24,8 23,2-6, ,0 21,1 30,2 43,1 Santiago do Cacém 21,0 22,9 9, ,6 12,3 18,7 52,0 Sines 28,9 29,5 2, ,0 28,2 30,7 8,9 Fonte: INE, Turismo 1 - Relação entre o número de dormidas e o número de camas existentes no período de referência, considerando como duas as camas de casal. (INE) 112

113 Os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros 1 conheceram também um acréscimo, se bem que bastante mais modesto do que o verificado nos restantes concelhos do Alentejo Litoral: somente 1,5% (vd. Quadro V.2.15), o que coloca Alcácer do Sal com a menor quota (8,4%) no Alentejo Litoral (vd. Figura V.2.31). Um outro indicador, este particularmente favorável a Alcácer do Sal, é a proporção de hóspedes estrangeiros. Entre 2009 e 2014 este valor passou de 13,8 para 26,8%, valor superior ao do Alentejo Litoral (23,5%) e muito próximo dos valores de Odemira e Sines. Figura V Proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros por concelho (%), Alentejo Litoral (2014) Fonte: INE, Turismo 1 - Compreende todos os proveitos resultantes da atividade do estabelecimento hoteleiro. Inclui os proveitos de aposento, os proveitos de restauração e outros proveitos decorrentes da própria atividade (ex.: aluguer de salas, lavandaria, tabacaria, telefone, etc..). (Metainformação INE) 113

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