BLAU NUNES: O NARRADOR DE JOÃO SIMÕES LOPES NETO

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1 BLAU NUNES: O NARRADOR DE JOÃO SIMÕES LOPES NETO R E S U M O Elisângela Aparecida Zaboroski de Paula * Nossa pesquisa tem o intuito de apresentar a figura do narrador e demonstrar igualmente sua importância na obra simoniana, com base no modelo de narrador exposto por Walter Benjamin ( ). Temos a intenção ainda de revelar as particularidades deste personagem utilizado por João Simões Lopes Neto ( ) para dar voz as suas histórias, uma vez que, sem ele as narrativas do escritor gaúcho não teriam o mesmo impacto quando o leitor se deparasse com os eventos contados sobre o pampa, assim pretendemos observar e ressaltar a importância de um narrador, principalmente quando o que está sendo abordado em uma história são lendas, mitos e contos. Blau Nunes é o narrador de Lopes Neto, mas, é mais do que isso, ele é seu amigo, é seu eterno reencontro com os tempos antigos que já não voltam mais. Para apresentarmos esse narrador, valer-nos-emos ainda da lenda simoniana d A salamanca do Jarau. Palavras-chave: Narrador. Walter Benjamin. João Simões Lopes Neto. Introdução O que apresentamos aqui são reflexões acerca de um arquétipo do narrador apresentado por Walter Benjamin, pois para ele o narrador está distante de nós, ele se apresenta de uma forma diversificada, e isso certamente nos atrai para ouvir uma narrativa de um tempo passado, uma vez que uma história contada por um narrador relata, na maioria das vezes histórias acontecidas há tempos atrás. A função do narrador é, além de contar o fato, ser também capaz de chamar a atenção de seu público alvo. Sem o narrador certamente as lendas, os contos, os causos, seriam menos atrativos, seriam deixados de lado. A literatura oral utiliza-se do narrador para difundir suas versões populares de histórias ilustres, e é graças a ele que elas sobrevivem. A figura do narrador na obra de Simões é fundamental, uma vez que ele vale-se da voz de seu personagem-narrador para relatar a vida e os hábitos da gente simples que habita a campanha. Para se ter uma ideia da importância de Blau na vida do literato pelotense basta prestarmos atenção na descrição que Simões faz de seu amigo, de seu companheiro de vida, de histórias, de solidão e de tristezas, porque Blau resgata na memória de Lopes Neto a felicidade de um tempo que não volta mais e isso o faz sentir * Graduada em Letras Português/ Inglês pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória FAFIUV Atualmente cursa mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Endereço eletrônico: elisdpaula@gmail.com 39

2 saudades. Simões diria que: Quando a gente é criança é melhor; a gente não sente saudades [...] (LOPES NETO apud MASSOT, 1974, p. 103), mas ele, o homem, o escritor, o gaúcho, sente saudades daquela época em que o pai montava a cavalo, em que ele corria pela estância, em que ele colhia os ovos de passarinhos e os guardava em sua escrivaninha, sempre na companhia de Simeão e de Romeu, seus amigos inseparáveis. Certamente por tantas lembranças Simões ve em Blau, seu narrador, aquele que relembra e resgata da memória do escritor gaúcho as histórias que há muito estavam guardadas, é exatamente por isso que Simões ao nos apresentar Blau tenha tanto cuidado, tenha tanto carinho. Fazia-me ele a impressão de um perene tarumã verdejante, rijo para o machado e para o raio, e abrigando dentro do tronco cernoso enxames de abelhas, nos galhos ninhos de pombas [...]. E, do trotar sobre tantíssimos rumos: das pousadas pelas estâncias; dos fogões a que se aqueceu; dos ranchos em que cantou, dos povoados que atravessou; das cousas que ele compreendia e das que eram-lhe vedadas ao singelo entendimento; do pêlo-apêlo com os homens, das erosões da morte e das eclosões da vida, entre o Blau moço, militar e o Blau velho, paisano -, ficou estendida uma longa estrada semeada de recordações casos, dizia -, que de vez em quando o vaqueano recontava, como quem estende ao sol, para arejar, roupas guardadas ao fundo de uma arca. Querido digno velho! Saudoso Blau! (LO- PES NETO, 2006, p ). Através deste fragmento da apresentação de Blau feita por Simões no início de seus Contos, percebemos que esse narrador é admirado pelo escritor gaúcho. Blau conta suas histórias, que são as histórias do povo do Rio Grande do Sul e através de seu jeito simples e pitoresco de contar os causos ele nos encanta e desperta em seus leitores, ou mesmo, ouvintes uma admiração e um respeito, pois ele tem a capacidade de nos transportar para os antigos tempos de suas narrativas. Com Blau adentramos no folclore pampeano sem sairmos de nossos lugares, desvendamos os mistérios dos tesouros, dos encantamentos, e conhecemos lugares jamais imaginados como a furna que existe em um dos cerros do Jarau. Nós nos tornamos também, enquanto seus ouvintes, personagens onde a ficção e a realidade se misturam. Através de seu jeito tapejara de ser, ele que tem em si a valentia do sangue indígena e que é um típico representante do povo gaúcho, sabe exatamente como contar as histórias de seu povo e as transformações pelas quais passaram, devido ao tempo, à guerra e ao destino. A narrativa benjaminiana Diz Benjamin que a verdadeira narrativa não é produto exclusivo da oralidade, da literatura oral, mas que ela é um híbrido entre oralidade e gestos, pois para ele a 40

3 utilização das mãos no momento de se contar uma história é muito importante, é peça fundamental para um maior entendimento do que está sendo relatado, do que está sendo narrado. Para ele o narrador pode ser definido como um artesão que faz com carinho, com cuidado seu delicado trabalho. Na verdadeira narração, a mão intervém decisivamente com seus gestos, aprendidos na experiência do trabalho, que sustentam cem maneiras o fluxo do que é dito (BENJAMIN, 1986, p. 221). O autor também coloca o narrador, o contador de histórias, em igualdade a figuras como os mestres e os sábios, pois, para ele, esse contador sabe dar conselhos, e não apenas um conselho para uma situação definida, mas, para inúmeras delas, nas quais, por sua sabedoria, consegue resolver a questão, o problema, valendo-se para isso apenas de sua memória, que segundo Benjamin, é muito rica, pois, para tentar resolver os problemas, as situações conflitantes esse narrador recorre a memória de fatos acontecidos no passado com ele e também com a comunidade em geral. Ou seja, ele vale-se de seu meio para poder resolver determinada situação, saindo-se dela sempre bem, porque suas lembranças nunca se perdem pelo tempo, assim é o narrador de Benjamin, é o homem que poderia deixar a luz tênue de sua narração consumir completamente a mecha de sua vida (BENJAMIN, 1986, p. 221). É evidente a associação da figura do narrador com a literatura oral popular, que advém, principalmente das histórias contadas pelas pessoas iletradas, as quais, por não terem a aptidão da escrita necessitavam de suas memórias para assim poder contar uma boa história, capaz de chamar a atenção de seus ouvintes, permitindo com isso que essa narrativa se perpetuasse ao decorrer dos tempos. Para Benjamin o primeiro narrador verdadeiro continua sendo aquele que conta, que interpreta os contos de fadas. Toda a história fantástica tem como principal atrativo o desconhecido, o mítico, o imaginário, tudo isso aguça a curiosidade das pessoas que ao ouvirem uma dessas narrativas imediatamente a assimilam, guardando-a na memória, e com o tempo passam elas a contar aquela mesma história do seu ponto de vista. O verdadeiro narrador precisa ter dentro de si o real interesse pela história que irá contar, para despertar em seus ouvintes um sentimento de alegria, de felicidade ao ouvir o que está sendo contado. O feitiço libertador do conto de fadas não põe em cena a natureza como uma entidade mítica, mas indica a sua cumplicidade com o homem liberado (BENJAMIN, 1986, p. 215). Ao narrarmos uma história utilizamos a mais épica de todas as faculdades, a memória, e isso nos traz de volta um passado ficcional que nos aproxima, muitas vezes, de um tempo irreal, antigo e nos distancia daquele universo em que realmente estamos inseridos. O narrador sempre está longe de nós porque sua memória recorre há um tempo distante que a memória do ouvinte não é capaz de acompanhar, evidentemente porque não conhece a narrativa contada pelo narrador. Por isso, podemos afirmar que o narrador sempre relata fatos de tempos antigos que não voltam mais, mesmo que este relato fale de coisas cotidianas, aquele fato narrado jamais acontecerá novamente naquele seu contexto antigo, simplesmente porque o tempo já passou e aquele ato narrado só pode ser real ou imaginário dentro daquele contexto de tempo passado. Para Benjamin os narradores gostam de descrever as pessoas e sempre, inten- 41

4 cionalmente, começam a contar suas histórias descrevendo algo ou alguém, principalmente, fazendo uma exposição acerca das circunstâncias em que os fatos foram-lhe contados. Muitas vezes, esse narrador atribui essa sua narrativa a alguma experiência ocorrida em sua vida. Mesmo que isso não seja completamente verdade, ele tem o dom de convencer as pessoas, e conta suas histórias de forma que ela se torne verossímil para quem a ouve. Esse é o verdadeiro narrador, aquele que é capaz de nos fazer acreditar mais absurdos e mais encantadores fatos. Afinal, quando alguém narra uma história, um fato, uma lenda ou mesmo um mito está mantendo-os vivos, perpetuando suas vidas, e, com isso, o folclore enriquece sua gama de causos, pois, contar histórias sempre foi a arte de contá-las de novo, e ela se perde quando as histórias não são mais conservadas (BENJAMIN, 1986, p. 205). Certamente por isso em uma narrativa o papel do ouvinte é fundamental, uma vez que, ao ouvir uma narração esse ouvinte passa a ser então ele um outro possível narrador e assim essa arte de contar histórias vai permanecendo viva ao longo dos tempos, apesar, de como nos afirma Benjamin, ser cada vez mais rara a existência de pessoas que realmente saibam narrar, saibam contar uma história capaz de tocar a alma de quem a escuta, pois, o fato contado só será gravado em nossa memória se ele, de alguma forma, despertar em nós, em nossos sentimentos algum interesse. Blau Nunes: o narrador Por que o narrador escolhido por Simões para contar suas histórias se chamou assim? Segundo as afirmações de Ivete Massot (1974), Blau seria um antigo boneco que Ivete teria ganhado de presente quando ainda era criança. A roupa deste boneco era azul, Blau em alemão, e assim ele foi chamado, o boneco Blau. Simões sempre viu o boneco pela casa e valeu-se dele para contar as suas histórias, a sua literatura. A personagem de simoniana nasceu inspirada num bonequinho alemão, que Ivete Massot ganhara dos tios, vindos da Alemanha. Simões teria apelidado o boneco de Blau, porque era vestido de azul. Mas a madrinha de Ivete completara-lhe a indumentária com barbicacho de gaúcho. Assim teria nascido Blau Nunes, trazendo também no nome a marca do local e do alienígena; do Nunes, tipicamente guasca, e do alemão que, a partir de 1824, começa a entrar no Rio Grande do Sul e cuja presença vai ser fundamental, na segunda metade do século XIX, para a virada econômica do Estado (CHIAPPINI, 1988, p. 327). Sabemos que o escritor sempre teve em sua memória, ou pelo menos tentou demonstrar isso em seus textos, a lembrança de sua vida feliz na Graça. Lembranças da sua infância feliz que ficou guardada dentro de seu coração e nas linhas do tempo. Essa felicidade que ficou perdida em um passado quase mítico é relembrada por Simões em sua literatura e revelada para nós através da fala de Blau. O narrador que desafia o tempo e nos traz de volta um passado guardado dentro da alma. Certamente 42

5 por isso nos emocionamos com suas histórias, porque elas fazem parte de um universo encantado, feliz, onde tudo era maravilhoso. Blau tem o poder de narrar as histórias daquele tempo onde a vida simples e o dia-a-dia eram tudo o que bastava para um homem ser verdadeiramente feliz. Para alguém que observe o Simões escritor e criador de Blau, poderá vê-los de uma forma diversificada, poderá pensar que ambos eram amigos, ou mesmo que poderiam pertencer à mesma família, não poderia Blau ser o reflexo da imagem do avô de Simões Lopes Neto, um homem sábio que transmitiu tudo o que sabia ao neto? Talvez essa analogia seja apenas uma coincidência, mas o fato é que, ao olharmos os dois de certa distância, vemos dois homens, sendo que o primeiro é bastante jovem e o segundo já com certa idade. Veremos que o jovem é Simões e que ele aprende com Blau, o homem velho, uma vez que o escritor gaúcho dá voz a Blau e então passa a ser ele quem tem todo esse conhecimento sobre o pampa e Simões apenas o escuta. Visualizando os Contos Gauchescos, o que vemos ao longe? Vemos dois homens cavalgando por uma região de planície ao sul das Américas. Um deles é um sujeito de bastante idade, mas altivo, rijo, e que segue em frente como se fosse um guia. O outro, um pouco atrás, é um homem de idade, algo indefinida, mas que não deve estar muito longe dos 25 ou 30 anos. Às vezes eles param à sombra de uma árvore e o velho se põe a falar. Abre os braços, gesticula, aponta em direção a determinados locais, às vezes ri, às vezes parece estar chorando, mas sempre volta a falar, a falar, e não para mais de falar. E o que fala parece ser de muito interesse, pelo menos para o jovem que o acompanha. Ele está sempre anotando coisas numa pequena caderneta, enquanto o velho vai falando, falando, falando. Se pudéssemos ouvir o que diz, a essa distância, ouviríamos o velho contar histórias. Algumas, em que ele próprio foi o protagonista, outras, que apenas testemunhou ou ouviu falar. E outras quem sabe? que simplesmente inventou. Seja como for, ele demonstra ter muito o que dizer, muito o que contar. Ele é, sem dúvida, um narrador (CRUZ, 2001, p ). Blau Nunes é o narrador de Simões Lopes Neto, pois sem ele o escritor gaúcho estaria perdido, não saberia como contar todas as histórias que o velho pampeano narrava. Por ser um homem de vida e hábitos simples, Blau sabia exatamente como deveria ser contada uma boa história, um bom causo. Seus relatos eram um amálgama entre realidade e ficção que estavam em sua memória, que estavam na memória do povo gaúcho. Blau representa o povo sul-rio-grandense como um todo, uma vez que, é através dele que a cultura, o folclore popular gaúcho é difundido, é divulgado. Blau ao narrar às histórias de Simões distancia-se de nós, como se ele estivesse preso em um passado distante. Sua lembrança nos traz de volta a saudade de um passado que já não volta mais. 43

6 Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele é algo distante, e que se distancia ainda mais. [...] Vistos de uma certa distância, os traços grandes e simples que caracterizam o narrador se destacam nele (BENJAMIN, 1986, p. 197). Blau Nunes é um homem que nos apresenta histórias de um tempo antigo, muito antigo, como nos diria João Simões Lopes Neto. Blau é dotado de uma memória de rara nitidez brilhando através de imaginosa e encantadora loquacidade servida e floreada pelo vivo e pitoresco dialeto gauchesco (LOPES NETO, 2006, p. 42), isso nos faz pensar que Blau Nunes, segundo os conceitos de Benjamin, é um verdadeiro narrador. Blau representa uma luz, advinda de sua fala, de sua narração, da sua maneira particular de contar as histórias da campanha sul-rio-grandense. Ele guarda em sua eficaz memória recordações de fatos há muito esquecidos, assim, como se fosse uma arca que abrimos para tocarmos em nossas lembranças do passado, assim é Blau, símbolo de uma antiga arca que ao abrir-se revela fatos incríveis, esquecidos pelo tempo, mas guardados pela memória do destino. É como se em Blau, esse sol da vida das histórias do passado se recolhesse, voltando a germinar numa noite de aparente esquecimento, para, periodicamente, rebrilhar e reviver nos seus causos (CHIAPPINI, 1988, p. 324). Blau Nunes poderia ser definido também como um típico gaúcho, uma vez que Simões utiliza-se de sua voz para narrar suas histórias, por ele ser um homem simples, do campo. Blau, o herói de Simões Lopes, é o gaúcho pobre, o tropeiro, o peão de estância, o agregado, o índio humilde (MEYER, 1979, p. 146). Esse é Blau Nunes, o narrador de João Simões Lopes Neto, o contador de casos, histórias, e essa é uma dessas histórias. A narração da lenda A salamanca do Jarau Ao iniciar a narrativa da lenda d A salamanca do Jarau, Blau Nunes, que é narrador e também um dos personagens principais dessa história fantástica, em um primeiro momento, nos é apresentado por Simões, mas logo Blau apresenta-se de forma bastante eloquente e então conta quem realmente é, explicitando ao seu leitorouvinte que ele representa a típica estirpe tapejara do índio pampeano, o gaúcho que habita os campos do Rio Grande do Sul. Esse narrador simoniano, no início da narrativa, é apresentado como um típico gaúcho que tem de seu apenas um facão, seu cavalo e as estradas reais e nele estão enraizadas as principais características do verdadeiro homem do extremo sul brasileiro, a coragem e a lealdade. Nesse sentido: Era um dia, um dia, um gaúcho pobre, Blau, de nome, guasca de bom porte, mas que só tinha de seu um cavalo gordo, o facão afiado e as estradas reais, estava conchavado de posteiro, ali na estrada do rincão; e nesse dia andava campeando um boi barroso (LOPES NETO, 2006, p. 195). 44

7 Blau, o narrador de Simões, depara-se com um vulto de face branca e tristonha, o santão que habitava o cerro do Jarau, por ser um verdadeiro gaúcho, não apenas foi ao seu encontro como, habilidade de um verdadeiro narrador, contou toda a história que havia ouvido de sua avó charrua, uma narradora nata, sobre as lendas acerca do cerro encantado, sobre as magias da moura encantada e transformada em carbúnculo e chamada de Teiniaguá. Diria Blau: A mãe da minha mãe dizia assim: - Na terra dos espanhóis, do outro lado do mar, havia uma cidade chamada Salamanca onde viveram os mouros, os mouros que eram mestres nas artes da magia; e era numa furna escura que eles guardavam o condão mágico, por causa da luz branca do sol, que diz que desmancha a força da bruxaria... O condão estava preso no regaço duma fada velha, que era uma princesa moça, encantada, e bonita, bonita como só ela!... [...] Assim bateram nas praias da gente pampeana os tais mouros e mais outros espanhóis renegados. E como eles eram, todos, de alma condenada, mal puseram pé em terra, logo na meia-noite da primeira sexta-feira foram visitados pelo mesmo Diabo deles, que neste lado do mundo era chamado Anhangá-pitã e mui respeitado. Então, mouros e renegados disseram ao que vinham; e Anhangá-pitã folgou muito; folgou, porque a gente nativa daquelas campanhas e a destas serras era gente sem cobiça de riquezas [...] e; pois, escutando o que eles ambicionavam para vencer a Cruz com a força do Crescente, o maldoso pegou o condão mágico [...] esfregou o no suor de seu corpo e virou-o em pedra transparente; e lançando o bafo queimante do seu peito sobre a fada moura [...]. E por cabeça encravou então no novo corpo da encantada a pedra, aquela, que era o condão, aquele. [...] Aqui está tudo o que eu sei, que a minha avó charrua contava à minha mãe; e que ela já ouviu, como cousa velha, contar por outros, que, esses, viram! [...] (LOPES NETO, 2006, p ). Aqui temos a narrativa aliada à literatura oral popular que está presente em todos os meios e em todas as culturas dos mais variados povos, pois, Blau admite que sua mãe ouvira essa história de sua avó que ouvira de quem realmente a tinha presenciado. Certamente Blau, herdou dessas narradoras o dom de contar histórias, de apresentar aos seus ouvintes, com muita criatividade e veracidade, fatos já conhecidos, mas que sob sua fala ganharam um cunho mais regionalista, mais cheio de vida, de emoção e certamente por isso mais interessante. Pois, segundo Benjamin, o papel do narrador é fundamental para que os ouvintes/ leitores apresentem interesse real pela narrativa, para que assim ela seja facilmente assimilada pela memória e possa continuar sendo difundida por um ouvinte que passa a ser também narrador, mas isso só ocorrerá de fato, se o primeiro narrador estiver realmente comprometido com o que narra, ou seja, isso só acontecerá se o contador da história for o que Benjamin chama de um narrador verdadeiro. 45

8 Podemos dizer que a avó charrua de Blau foi uma verdadeira narradora, capaz de despertar em seus descendentes o real interesse pelas histórias contadas ao redor das fogueiras, dos assados, do pampa durante as longas noites de inverno com o minuano soprando forte, ou mesmo nos verões à sombra dos umbuzais. Blau, através de sua narrativa é capaz de resgatar um tempo antigo, distante, ou ainda podemos dizer que ele é capaz de reviver alguns momentos, tempos passados. O tempo primeiro, da possível chegada da moura encantada, e do encantamento do sacristão em um dos cerros do Jarau, juntamente com o segundo tempo, a época em que sua avó difundiu este fato e ainda o seu tempo, que poderíamos chamar de um tempo terceiro, quando é ele quem narra, quem nos apresenta a história do sacristão encantado por amar a teiniaguá. Blau tem profundo interesse pela narração, é um narrador nato, assim como seus ancestrais, por isso, talvez suas histórias sejam ouvidas por todos, até por seu próprio criador, que preferiu a voz do povo simples, manifestada na figura do pampeano para narrar as suas Lendas e os seus Contos. Mas Blau também foi ouvinte, do sacristão encantado no cerro do Jarau, o qual narrou toda a sua saga, desde seu encontro com a Teiniaguá encantada até o seu encontro com Nunes, na entrada da furna encantada do cerro. O sacristão também é um narrador, pois ao contar sua história ele transmite para Blau a segunda parte da lenda ainda desconhecida pelo narrador simoniano. Poderíamos dizer que o sacristão tem uma função de narrador secundário sobre a lenda do cerro encantado, uma vez que ele, ao contar toda a sua história para Blau está permitindo que o verdadeiro narrador difunda através de sua oralidade um pouco do folclore gaúcho. Diria então, o segundo narrador, a Blau: No costado da cidade onde eu vivia havia uma lagoa, larga e funda, como uma ilha de palmital, no meio Havia uma lagoa... [...] Um dia, na hora do mormaço, todo o povo estava nas sombras, sesteando. [...] Foi nessa hora que eu saí da igreja, pela portinha da sacristia, levando no corpo a frescura da sombra benta. [...] Eu vi, vi o milagre de ferver toda uma lagoa..., ferver, sem fogo que se visse! [...] Era a Teiniaguá, de cabeça de pedra luzente. [...] Ali perto, entre os capins, vi uma guampa e foi o quanto agarrei dela e enchi-a na lagoa, ainda escaldando, e frenteei a Teiniaguá [...] e meti-a dentro da guampa. [...] Faz duzentos anos que aqui estou; aprendi sabedorias árabes e tendo tornado contentes alguns raros homens que bem sabem que a alma é um peso entre o mandar e o ser mandado...nunca mais dormi; nunca nem fome, nem sede, nem dor, nem riso... [...] O encantamento que me aprisiona consente que eu acompanhe os homens de alma forte e coração sereno que quiserem contratar a sorte nesta salamanca que eu tornei famosa, do Jarau (LOPES NETO, 2006, p , ). Temos então a junção entre narrador e ouvinte para compor a terceira parte da lenda, onde Blau torna-se novamente ouvinte e o Sacristão seu narrador. Blau ao 46

9 adentrar na furna ouve com muita atenção as informações narradas pelo vulto de face branca e tristonha, bem como é o mesmo Sacristão que nos apresenta a saga de Blau na furna. O Sacristão enquanto narrador diria para Blau Nunes, enquanto seu ouvinte: Muitos têm vindo... e têm saído peiorados, para lá longe irem morrer de medo aqui pegado, ou andarem pelos povoados assustando as gentes, loucos, ou pelos campos fazendo vida com os bichos brutos. [...] Poucos toparam a parada. [...] Mas todos os que vieram são altaneiros e vieram arrastados pela ânsia da cobiça ou dos vícios: tu foste o único que veio sem pensar e o único que me saudou como filho de Deus... Foste o primeiro, até agora; quando terceira saudação de cristão bafejar estas alturas, o encantamento cessará, porque eu estou arrependido... e como Pedro Apóstolo que três vezes negou Cristo foi perdoado, eu estou arrependido e serei perdoado. [...] Pois bem: alma forte e coração sereno!... Quem isso tem, entra na Salamanca, toca o condão mágico e escolhe o que quer [...] (LOPES NETO, 2006, p ). Apesar de Blau, na segunda e terceira parte ser também ouvinte, ressaltamos que ele é o verdadeiro narrador da lenda simoniana, uma vez que sem ele a lenda não seria difundida, se Blau apenas tivesse ouvido os relatos do Sacristão e não os tivesse narrado a história de nada valeira para enriquecer o folclore gaúcho, pois, sem Blau, a lenda não ganharia vida. Ele é o narrador, porque está contando fatos que, supostamente, ocorreram com ele, o Sacristão também pode ser considerado como um narrador, mas secundário, como já evidenciamos, pois se trata de uma entidade fantástica, mítica de um ser que está encantando e que ao final da lenda desaparece, portanto, se Blau não existisse a lenda não estaria perpetuada nas páginas simonianas, porque o Sacristão voltou para o seu tempo, para o seu mundo e Blau continua próximo de nós, mesmo quando aparenta certa distância, fato que ocorre quando está narrando uma história, Blau é nosso ponto de ligação entre os tempos antigos, míticos e a nossa realidade. Com isso adentramos na quarta e última parte da narrativa onde Blau volta a ser o narrador, bem como age ainda como personagem, uma vez que ele devolve ao Sacristão a onça mágica de ouro e desfaz o encantamento do cerro, libertando com isso as almas daqueles seres vindos do tempo antigo, de um passado que já não volta mais, de um lugar distante, ao qual Blau pertenceu enquanto narrador dessas histórias. Assim acabou a salamanca do Cerro do Jarau, que aí durou duzentos anos, que tantos se contam desde o tempo das Sete Missões, em que estas cousas principiaram (LOPES NETO, 2006, p. 227). Considerações finais Observamos que Blau, o narrador simoniano, é o responsável pela difusão de lendas como a A salamanca do Jarau, que faz parte do folclore e da cultura popular 47

10 do povo que habita a região do extremo sul brasileiro. Blau é o narrador de Simões, é seu cúmplice, seu aliado, seu interlocutor, é mais do que isso, é seu amigo, são suas lembranças de um tempo feliz, de uma existência em que o tempo já não pode mais retornar. Aqui apresentamos algumas reflexões acerca do narrador simoniano baseado no modelo descrito por Walter Benjamin. Podemos afirmar que Blau é um verdadeiro narrador porque ao falar transmite a informação com emoção, ao narrar lendas, mitos, contos, o gaúcho não conta simplesmente uma história, mas a transforma em algo atraente, faz com que aquela sua narrativa seja assimilada por seus ouvintes/ leitores, pois, para narrar um texto, uma história, causo ou fato não basta apenas conhecê-los, mas sim tê-los vividos intensamente não importando se foram vivenciados em um tempo antigo ou nas asas da imaginação. O que realmente importa é que quem narra uma lenda precisa acreditar verdadeiramente nela, precisa ter dentro de sua alma a certeza da existência mitológica da mesma, mesmo que isso não corresponda à realidade, mesmo que isso seja apenas ficção, porque o que mais nos atrai em uma narrativa como essa, não é sua veracidade, mas sim seu encantamento e isso as lendas possuem em demasia. ABSTRACT BLAU NUNES: JOÃO SIMÕES LOPES NETO S NARRATOR Our research aims to present the narrator figure and also demonstrate his importance in the simonian work, based on the narrator model exposed by Walter Benjamin ( ). We intend to reveal the particularities of this character used by João Simões Lopes Neto ( ) to give voice to his stories, since without him the narratives of the gaucho writer would not have the same impact when the reader came across with the events told about the pampas, so we intend to observe and highlight the importance of a narrator, mainly when what is being discussed in a story are legends, myths and tales. Blau Nunes is the narrator of Lopes Neto, but, he is more than that, he is his friend, his eternal remeet with the ancient times that no longer return. To present this narrator, we will use the simonian legend of A Salamanca do Jarau. Keywords: Narrator. Walter Benjamin. João Simões Lopes Neto. REFERÊNCIAS BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In:. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, v. 1. CHIAPPINI, L. No entretanto dos tempos: literatura e história em João Simões Lopes Neto. São Paulo: Martins Fontes,

11 CRUZ, C. Um olhar benjaminiano à obra de João Simões Lopes Neto. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS SIMONIANOS, 2., 2001, Pelotas. Anais... Pelotas: Ed. Universitária, LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Lendas do Sul. Edição crítica por Aldyr Garcia Schlee. Porto Alegre: Unisinos, MASSOT, I. S. L. B. Simões Lopes Neto na intimidade. Porto Alegre: Bels, MEYER, A. Prosa dos pagos. 3. ed. Rio de Janeiro: Presença,

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