HISTÓRIA MÓDULO 10 SEGUNDO REINADO ASPECTOS POLÍTICOS PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS

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1 SEGUNDO REINADO O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República. O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil. ASPECTOS POLÍTICOS PARTIDOS POLÍTICOS LIBERAIS X CONSERVADORES Os Liberais Moderados, principal grupo político do Período Regencial, deram origem a dois partidos: Liberais e Conservadores. Formados por grandes proprietários de terras, mas divergentes em vários pontos. Por isto, estes grupos lutavam pelos seus próprios interesses. Para atendê-los a contento e, ao mesmo tempo, permanecer no poder, D. Pedro II agia como uma espécie de intermediário, contornando suas rixas e disputas políticas, distribuía privilégios a ambos ministérios, por exemplo e controlava a situação mediante o uso do Poder Moderador. Em 1853 foi criado o gabinete de conciliação, reunindo representantes dos dois partidos. Mas, na disputa pelo poder, muitas manobras ilícitas foram feitas para garantir a vitória de um dos dois partidos. Liberais e conservadores acusavam-se mutuamente de praticar fraudes nas eleições, de subornar eleitores e de alterar os resultados das eleições muitas vezes a contagem dos votos era falsificada PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS Diferente de seu pai, que concentrava todos os poderes em suas mãos, D. Pedro II dividiu os poderes com o Parlamento, isto a Assembleia Geral. Mas este sistema de governo ficou conhecido como parlamentarismo às avessas, porque, ao contrário do parlamentarismo inglês em que o partido que detinha a maioria no Parlamento indicava o chefe do governo, no Brasil, era o imperador que indicava o presidente do Conselho de Ministros (primeiro ministro). Este, por sua vez, escolhia os outros ministros. Caso houvesse divergências, o imperador ou dissolvia a Câmara dos Deputados para nova eleição ou demitia o primeiro ministro. 1

2 A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848 A 1851) Ocorreu em Pernambuco, motivada por diversas causas como: Desentendimentos entre liberais radicais e grandes proprietários de terras. Insatisfação dos liberais com o governo dos conservadores. Domínio dos portugueses sobre o comércio, negando-se, inclusive, a dar emprego a brasileiros. Nomeação de um conservador para governar Pernambuco. No Recife o jornal Diário Novo, que pertencia a políticos que haviam rompido com o Partido Liberal pernambucano era favorável à revolta. Esses políticos, juntamente com profissionais liberais, ricos proprietários de terra, jornalistas, etc., fundaram o Partido Nacional de Pernambuco. Depois, o partido ficaria conhecido como Partido da Praia, pois o jornal funcionava na rua da Praia, daí o nome de praieiros. Pelo jornal, os praieiros denunciavam a corrupção do governo da província de Pernambuco. Divulgaram vários documentos, sendo o mais polêmico deles o Manifesto ao Mundo, cujas principais propostas principais eram: direito de voto universal; total liberdade de imprensa; nacionalização do comércio; garantia de trabalho para os brasileiros; reforma completa no Poder Judiciário. A Praieira foi o primeiro movimento no Brasil a apresentar uma pequena influência socialista. Afinal, nesse mesmo ano de 1848, a Europa conheceu um amplo movimento revolucionário, liberal, nacionalista e socialista. Para defender seus ideais, os praieiros, que contavam também com o apoio dos senhores de engenho e dos proprietários de terra, decidiram pegar em armas. A revolta começou em 7 de novembro de 1848, quando os praieiros partiram de Olinda em direção a Igaraçu, onde aconteceu o primeiro confronto com as tropas governistas. Para reprimir os revoltosos, representantes do governo nomearam Manuel Vieira Tosta presidente da província. Os praieiros pretendiam organizar batalhões de voluntários. Por isso, planejaram atacar o Recife para conseguir mais adesões. No dia 2 de fevereiro de 1849, cerca de homens invadiram a cidade: uma parte atacou pelo sul e a outra pelo norte. Mas, ao contrário do que os praieiros esperavam, os recifenses não aderiram ao movimento. Além disso, a reação das tropas do governo, com artilharia e cavalaria, foi muito intensa, obrigando-os a retroceder. Menos de um ano após terem iniciado o movimento, foram derrotados. Muitos praieiros, porém, fugiram para o interior da província e continuaram lutando. Essa luta de guerrilhas, comandada por Pedro Ivo Veloso, durou três anos. Em 1851, dois fatos contribuíram para o fim da Revolução Praieira: Pedro Ivo foi preso e enviado ao Rio de Janeiro; e o governo imperial concedeu anistia aos revoltosos. 2

3 A GUERRA DO PARAGUAI ( ) Para uma breve análise da chamada Guerra do Paraguai, vejamos: CAUSAS: O modelo de desenvolvimento paraguaio, que não possuía dívida externa e nem escravos e que estabeleceu um modelo industrial. Desde sua independência, em 1811, o Paraguai passou a se preocupar com o desenvolvimento do país. O expansionismo do ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que pretendia conquistar uma saída para o mar (Paraguai Maior), o que favoreceu a formação da inusitada Tríplice Aliança: Brasil, Argentina e Uruguai. Os interesses imperialistas da Inglaterra na região. CONSEQUÊNCIAS: Para o Paraguai: perda de cerca de 75% de sua população (600 mil mortos); sua economia foi arrasada e sua florescente indústria desapareceu; perda de parte de seu território par a Argentina e para o Brasil. Para o Brasil: perdeu de cerca de 40 mil pessoas; aumento da dívida com a Inglaterra, agravando a dependência econômica em relação à economia inglesa e gerando uma grave crise econômica que vai atingir a República; o exército se profissionalizou e se tornou abolicionista e republicano. ECONOMIA PROTECIONISMO ECONÔMICO Em 1844, foi decretada a Tarifa Alves Branco. O imposto sobre importação, que era de apenas 15%, elevou-se para 30%. Para produtos semelhantes aos fabricados no Brasil a tarifa chegava a 60%, forçando o consumidor brasileiro a procurar similares 3

4 nacionais. Todas essas mudanças na economia ampliaram o mercado interno do país, mas não beneficiaram igualmente todas as regiões do Brasil, ocorrendo, principalmente, na região sudeste. A segunda metade do século XIX foi marcada por uma incipiente modernização brasileira, graças basicamente à economia cafeeira, ao fim do tráfico negreiro e ao incentivo da indústria. Entre as principais transformações do período e seu impacto socioeconômico, podemos destacar a expansão cafeeira que transformou o café no principal produto da economia brasileira; o deslocamento do centro econômico do país do nordeste para o sudeste; a substituição da mão de obra escrava pela assalariada imigrante; a aplicação de recursos provenientes da exportação do café na industrialização do país e o surgimento de novos serviços públicos nas principais cidades. ECONOMIA CAFEEIRA O plantio sistemático da planta só se desenvolveu pelas regiões férteis do território fluminense, onde em 1760 eram cultivadas as primeiras remessas do produto. O terreno úmido e pantanoso da Baixada Fluminense era ricamente adaptado às exigências do novo gênero agrícola. Em breve espaço de tempo, o Rio de Janeiro galgou a posição de pioneiro do cultivo e na venda do café. No fim do século XVIII, as regiões da Tijuca, da Gávea e do Corcovado já estavam tomadas pelas plantações. Preservando as características de nossa economia colonial, as plantações cariocas se sustentavam no uso do latifúndio, da monocultura e da mão-de-obra escrava. Tais características fizeram com que o plantio de café no Rio fosse atingido por sérias dificuldades. Uma delas estava relacionada ao uso indiscriminado do solo, o que acabou empobrecendo o potencial produtivo da região. Além disso, a proibição do tráfico negreiro, em 1850, acionou um freio na produção em terras fluminenses. Porém, a ameaça de crise na ascendente produção cafeeira não se consolidou graças a uma nova frente de expansão de cultivo. A região do Oeste paulista, ao longo do tempo, conseguiu substituir os mercados dominados pelas primeiras lavouras e alcançar valores ainda mais expressivos. Isso aconteceu por conta da conquista dos mercados europeu e norte-americano. Paralelamente, a lógica produtiva implantada pelos cafeicultores paulistas também justificou o ritmo acelerado com que os pés de café dominaram nossa economia. Constituindo um perfil diferente dos antigos grandes proprietários de terra, os cafeicultores do Oeste Paulista sustentaram a produção com uma nova postura. As lavouras eram sistematicamente inspecionadas, as técnicas de plantio eram renovadas e o emprego de infraestrutura não foi poupado. Os recursos financeiros para tantos empreendimentos foram obtidos do acúmulo de capitais conquistado pela rápida aceitação do produto, o uso de capital financeiro e a dinamização da economia interna. Sobre esse último aspecto, podemos destacar como o fim do tráfico negreiro contribuiu para que os recursos antes investidos nessa atividade fossem canalizados para a indústria e o comércio. Além disso, esse mesmo fenômeno contribuiu para que a mão-de-obra assalariada fosse adotada em substituição a outrora força de trabalho obtida pela exploração dos escravos negros. Nesse sentido, essa nova experiência abriu portas para formação de novas classes sociais no Brasil. Em contrapartida, essa mesma diversificação econômica não deixou de fortalecer a classe proprietária de terras do país. Os grandes 4

5 fazendeiros, durante o Segundo Reinado e a República Velha, tinham grande força de atuação política. Tal experiência causou diversos conflitos que marcavam o interesse conservador dos fazendeiros e as demandas inéditas de grupos de trabalhadores assalariados e urbanos. Somente no final da década de 1920 que observamos a crise das elites agroexportadoras, inclusive a cafeeira, frente às mudanças experimentadas no Brasil Republicano. FIM DO TRÁFICO NEGREIRO BILL ABERDEEN Bill Aberdeen refere-se a uma lei aprovada pelo parlamento britânico em março de 1845 e que concedia ao Almirantado Inglês o direito de aprisionar navios negreiros (navios que transportavam escravos capturados no continente africano), que realizassem o transporte de cativos da África para as Américas (incluindo-se aí inclusive os casos de navios em águas territoriais brasileiras), e de julgar seus comandantes. Tal medida de cunho unilateral afetava claramente a soberania e independência do Brasil, sendo alvo de críticas até mesmo no seio da sociedade britânica, pelo fato de seu governo pretensamente querer tomar para si a tarefa de "guardião moral do mundo". O nome do ato (Bill = Lei em inglês) é uma referência a Lord Aberdeen, então Ministro das Relações Exteriores do governo do Reino Unido, e é o resultado da perda da paciência do governo britânico ante a inércia demonstrada pelo então Império do Brasil em realizar um combate efetivo à escravidão e seu consequente tráfico, práticas entranhadas na economia local. No mesmo ano de aprovação da lei, extinguia-se coincidentemente o último tratado comercial de uma série assinados com o Reino Unido. Os primeiros, datados de 1808, davam aos britânicos vantagem até mesmo sobre os produtos comercializados por portugueses, que na época eram os colonizadores do Brasil. Os brasileiros, que viam como uma espécie de liberdade o fim da série de tratados onerosos (assinados com os países europeus como uma forma de atrair sua boa vontade à questão da independência brasileira) logo perceberam a decretação do Bill Aberdeen como uma forma de represália. A medida causou evidente pânico entre os traficantes de escravos e proprietários de terras, tornando ainda o preço dos humanos cativos bastante alto, e paradoxalmente, aumentando o tráfico a curto prazo, pelo desejo evidente dos envolvidos no ramo de se aproveitar de tal prática comercial cuja extinção já era prevista. Na verdade, há anos os britânicos pressionavam o governo brasileiro a combater o tráfico, e em última instância, extinguir a prática da 5

6 escravidão. Como o trabalho escravo era um dos pilares da economia brasileira e os senhores deste importante negócio exerciam um apoio decisivo e imprescindível ao regime monárquico, as exigências estrangeiras eram impraticáveis. Assim, um período de conflito se seguiu, onde de fato, os britânicos confiscaram vários navios negreiros brasileiros, muitas vezes invadindo águas territoriais brasileiras e até mesmo trocando tiros com as autoridades locais, como foi o caso no porto de Paranaguá. As represálias britânicas prosseguiam com o tempo, e o recém aclamado Imperador Pedro II precisava de apoio contra a Revolução Farroupilha no sul do país. A solução para o problema chegaria na forma de uma Lei, conhecida como Lei Eusébio de Queirós, aprovada em setembro de 1850 e que tornava ilegal o tráfico de escravos ao país. O sistema escravocrata persistiria, ainda por mais 35 anos, relegando à reputação do Brasil no estrangeiro uma recorrente infâmia. LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS A Lei Eusébio de Queiróz foi uma modificação que ocorreu em 1850 na legislação escravista brasileira. A lei proibia o tráfico de escravos para o Brasil. É considerado um dos primeiros passos no caminho em direção à abolição da escravatura no Brasil. O nome da lei é uma referência ao seu autor, o senador e então ministro da Justiça do Brasil Eusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara. Esta lei, decretada em 4 de setembro de 1850, deve ser entendida também no contexto das exigências feitas pela Grã-Bretanha ao governo brasileiro no sentido de acabar com o tráfico de escravos. O governo da Grã- Bretanha cobrava do Brasil uma posição favorável à recém-criada legislação britânica, conhecida como Bill Aberdeen (de agosto de 1845), que proibia o comércio de escravos entre África e América. A lei concedia o direito à marinha britânica de aprender qualquer embarcação com escravos que tivesse como destino o Brasil. A Lei Eusébio de Queirós não surtiu efeitos imediatos. O tráfico ilegal ganhou vitalidade e num segundo momento o tráfico interno de escravos aumentou. Foi somente a partir da década de 1870, com ao aumento da fiscalização, que começou a faltar mão-de-obra escrava no Brasil. Neste momento, os grandes agricultores começaram a buscar trabalhadores assalariados, principalmente em países da Europa (Itália, Alemanha, por e exemplo) período em que aumentou muito a entrada de imigrantes deste continente no Brasil. CURIOSIDADE: A expressão popular, até hoje muito usada, lei para inglês ver surgiu com a Lei Eusébio de Queirós. Criada, provavelmente pelo povo, a expressão fazia referência à lei criada para atender as exigências dos ingleses, porém com pouco efeito prático em seus primeiros anos de aplicação. 6

7 POLÍTICA EXTERNA Importantes conflitos marcaram as relações internacionais do Brasil durante o Segundo Reinado. Entre eles, destacaram-se a Questão Christie, na qual Brasil e Inglaterra romperam relações diplomáticas entre 1863 e 1865 devido, principalmente, à política britânica em relação à escravidão no Brasil e a dois incidentes relacionados com bens e militares ingleses. A Questão Platina, gerada pela intervenção brasileira na região do rio da Prata, mais especificamente em assuntos internos argentinos e uruguaios, para garantir seus interesses. Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que terminou com a escravidão dos negros no Brasil. Sem a mão-de-obra escrava, a solução encontrada pelos bem sucedidos fazendeiros paulistas foi o estímulo à vinda de colonos estrangeiros, os quais introduziram o trabalho assalariado. O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão. DECLÍNIO DO SEGUNDO REINADO E O FIM DA ESCRAVIDÃO A República estava surgindo aos poucos, como consequência de profundas mudanças econômicas, políticas e sociais que estavam ocorrendo no País. A produção de café, em virtude do desgaste do solo, decaiu no Vale do Rio Paraíba e no Rio de Janeiro. Em contrapartida, o Oeste Paulista ampliou sua produção, favorecido pelas terras roxas, adequadas ao cultivo do café. Para os grandes proprietários de terras nordestinos a monarquia já não lhes favorecia; assim o sistema monárquico foi perdendo força perante as novas pretensões políticas e sociais emergentes. FIM DA ESCRAVIDÃO Antes tarde do que nunca! O Brasil um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão e isso aconteceu em 13 de maio de 1888 quando a Rainha Isabel assinou a famosa Lei Áurea. Mas, sejamos sinceros, a escravidão não acabou nem aqui nem no mundo. É fato que o trabalho escravo passou a ser ilegal naquele ano e que no artigo 149 do Código Penal Brasileiro reduzir alguém a condição análoga à de escravo... é considerado crime. Entretanto, não são raros os casos em que estas situações acontecem mesmo hoje em dia. Naquela época os argumentos anti-abolicionistas eram de que a economia da colônia não sobreviveria sem a mão-de-obra escrava para o trabalho braçal. Entretanto, países como a Inglaterra e os EUA que aboliram a escravidão e passaram a utilizar o trabalho assalariado já em 1833 e 1865, respectivamente, estavam provando exatamente o contrário. Além do quê, começaram a exercer enormes pressões sobre países do mundo todo para que também abolissem a escravidão. Em 1871 é aprovada a Lei do Ventre Livre segundo a qual todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data são livres, porém, (tinha que ter um porém ) ficam sob a tutela dos senhores até completar 21 anos. Em 1880 Joaquim Nabuco, deputado pernambucano, cria um projeto de lei que prevê a abolição da escravidão com indenização até 1890 e, no mesmo ano, funda o jornal O Abolicionista que é publicado pela primeira vez em Em 1884 a escravidão é abolida no Ceará, em Porto Alegre e no Amazonas. Em 1885 e criada a Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva- Cotegipe que concedia a liberdade aos escravos de mais de sessenta e 7

8 cinco anos de idade. Por fim, em 1888 foi assinada a tão esperada Lei Áurea, que pôs fim ao sofrimento de centenas de seres humanos e coroou de êxito a luta de diversos heróis como os que habitaram o Quilombo dos Palmares de 1630 a 1695, ou os escravos que se rebelaram na Bahia em 1809 e 1810, ou os cearenses do Quilombo de Catucá em 1817, seus conterrâneos em 1854, novamente os baianos em 1857 e as diversas associações, fundações e sociedades que visavam emancipar o maior número possível de escravos com recursos próprios. Porém, (e lá vem o porém de novo...) a escravidão ainda não acabou. No Brasil, desde a criação da Equipe Especial Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego em 1995 até julho de 2006, foram libertos 19,7 mil trabalhadores submetidos a condições análogas a de escravos. Em 2007 houve um recorde: foram resgatados trabalhadores. Mas, infelizmente, não é só no Brasil que isso ainda acontece. Em 2005 foi divulgado um relatório pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), Uma Aliança Global Contra o Trabalho Escravo, que revelava haver mais de 12 milhões de pessoas no mundo em condições de trabalho escravo e, cerca de 40% a 50% eram crianças. PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha ( ) foi a última a levantar-se contra a monarquia. Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança socioeconômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado. Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava. Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra. 8

9 O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei. No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional. A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República. O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada. 9

10 EXERCÍCIOS DE COMBATE 1. (FATEC) No século XIX, a Inglaterra pressionou diversos países para acabar com o protecionismo comercial e com a existência do trabalho compulsório. Esta situação culminou, em 1845, com o Bill Aberdeen. Neste contexto o Brasil sancionou, em 1850, a Lei Eusébio de Queirós tratando: a) da extinção do sistema de parceria na lavoura cafeeira; b) da manutenção dos arrendamentos de terras; c) da extinção do tráfico indígena entre o norte e o sul do país; d) da manutenção do sistema de colonato na lavoura canavieira; e) da extinção do tráfico negreiro. 2. A vida político-partidária do Segundo Reinado estava marcada pela disputa entre o Partido Conservador e o Partido Liberal. Os dois partidos se caracterizavam por, exceto: a) defender a monarquia e a preservação do status quo ; b) representar os interesses da mesma elite agrária; c) possuir profundas diferenças ideológicas e de natureza social; d) ter origem social semelhante; e) alternarem-se no poder, com predomínio dos conservadores. 3. (UCSAL) A Tarifa Alves Branco, de 1844, como ficou conhecido o decreto do Ministro da Fazenda, foi uma medida de caráter: a) reformista b) monopolista c) protecionista d) mercantilista e) cooperativista 4. A introdução da mão-de-obra do imigrante na economia brasileira contribuiu para a: a) desestruturação do sistema de parceria na empresa manufatureira; b) implantação do trabalho assalariado na agricultura alimentícia; c) expansão do regime de co-gestão nas indústrias alimentícias; d) criação de uma legislação trabalhista voltada para a proteção do trabalho; e) reordenação da estrutura da propriedade rural nas áreas de produção açucareira. 5. A Lei de Terras de 1850 garantia que no Brasil: a) os escravos, após sua libertação, conseguissem um lote de terras para o cultivo de subsistência; 10

11 b) os brancos pobres ficassem ligados como meeiros aos grandes proprietários de terras; c) todas as terras fossem consideradas devolutas e, portanto, colocadas à disposição do Estado; d) a posse de terra fosse conseguida mediante compra, excluindo as camadas populares e os imigrantes europeus da possibilidade de adquiri-la. e) n.d.a. 11

12 GABARITO 1. RESPOSTA: E 2. RESPOSTA: C 3. RESPOSTA: C 4. RESPOSTA: B 5. RESPOSTA: D 12

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