SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ÁGUAS DE TRANSIÇÃO. Concluído (Anexo I da Decisão) ÍNDICE MULTIMÉTRICO EFAI (ESTUARINE FISH ASSESSMENT INDEX)
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- Lorenzo Cunha Estrela
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1 ELEMENTO PEIXES SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO CATEGORIA ESTADO ÁGUAS DE TRANSIÇÃO Concluído (Anexo I da Decisão) ÍNDICE MULTIMÉTRICO EFAI (ESTUARINE FISH ASSESSMENT INDEX) No âmbito do projecto EEMA, foi criado o índice multimétrico EFAI (Estuarine Fish Assessment Index) para avaliação da qualidade ecológica de águas de transição, com base nas associações de peixes (Cabral et al., 2012). PARÂMETROS/MÉTRICAS O EFAI é composto por 6 métricas, representativas das características estruturais e funcionais das comunidades piscícolas de zonas de transição e cumprem as definições normativas da DQA (Tabela 1). Tabela 1 Definições normativas da DQA para os peixes - águas de transição. Elemento biológico de qualidade COMPOSIÇÃO taxonómica ABUNDÂNCIA sensíveis indicadoras de poluição Peixes Riqueza específica Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro Percentagem de indivíduos residentes piscívoras (exclusivamente ou não) Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro residentes piscívoras (exclusivamente ou não) diádromas sensíveis a perturbações diádromas sensíveis a perturbações 1
2 As métricas selecionadas para integrarem o EFAI descrevem diferentes aspectos das comunidades de peixes, em particular a sua estrutura e função (estrutura trófica e padrão de utilização do habitat). Foram igualmente integradas métricas referentes a espécies-chave que são indicadoras de impactos antropogénicos. As classificações das espécies em grupos funcionais ecológicos e tróficos foram adaptadas de Franco et al. (2008) e são apresentadas no Anexo I. Breve descrição das métricas consideradas no EFAI: 1 Riqueza de espécie- número total de espécies de peixes. 2 Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro percentagem do número total de indivíduos de espécies de peixes marinhos que utilizam o estuário como área de viveiro (representados quase exclusivamente por juvenis). As espécies consideradas como utilizadoras do estuário como viveiro são apresentadas no Anexo I. 3 Percentagem de indivíduos de espécies residentes percentagem do número total de indivíduos de espécies que completam todo o seu ciclo de vida no ambiente estuarino (indicadas no Anexo I). 4 piscívoras esta métrica combina duas sub-métricas: uma relativa ao espécies que se alimenta de peixes, mas que podem não ser estritamente píscivoras (ver classificação no Anexo I); e outra referente à percentagem de indivíduos das espécies com estes hábitos tróficos. 5 diádromas esta métrica é referente ao espécies e de peixes migradores diádromos. Como a captura de exemplares destas espécies é relativamente ocasional, a sua avaliação é feita através do julgamento de peritos. 6 - sensíveis a distúrbios esta métrica avalia o espécies e de espécies de peixes que são habitualmente sensíveis a perturbações de origem humana, em particular a perda e/ou degradação do habitat. O grupo considerado foi o dos peixes pertencentes à família Syngnathidae. A captura de exemplares destas espécies é relativamente ocasional, ou limitada a áreas restritas, pelo que a sua avaliação foi igualmente efectuada através do julgamento de peritos. 2
3 CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA Os dados históricos disponíveis foram insuficientes para estabelecer condições de referência, pelo que os valores das métricas se basearam na apreciação de peritos. Foram definidas as características teóricas que as associações de peixes de águas de transição, no estado de qualidade ecológica excelente, deverão apresentar. Os restantes estados de qualidade ecológica foram estabelecidos como desvios dessas condições ideais. Como condições de referência para a avaliação da qualidade ecológica de um estuário, considerou-se um estuário hipotético que apresentasse as seguintes características: Riqueza específica: superior a 28 espécies; Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro: superior a 60%; Percentagem de indivíduos residentes entre 30% e 50% Percentagem de indivíduos piscívoros (exclusivamente ou não) entre 40% e 60% e Número de espécies piscívoras (exclusivamente ou não) superior a 5; ou Número de espécies piscívoras (exclusivamente ou não) superior a 12 e Percentagem de indivíduos piscívoros (exclusivamente ou não) não inferior a 20% ou não superior a 80%; diádromas: com possibilidade de completarem os seus ciclos de vida; sem redução na ; sem redução no espécies; sensíveis a perturbações: sem redução na ; sem redução no espécies. 3
4 RÁCIOS DE QUALIDADE ECOLÓGICA - EQR (ECOLOGIAL QUALITY RATIOS) No âmbito do desenvolvimento do EFAI foram definidos os EQR (Ecologial Quality Ratios) que estabelecem as fronteiras entre estados de qualidade ecológica, as quais são apresentadas na Tabela 2. As massas de água oligohalinas têm um sistema de fronteiras diferentes das restantes massas de água, e diferentes do estuário, quando este é avaliado como uma única massa de água (Tabela 2). O EQR é obtido dividindo o valor calculado do EFAI pata determinada massa de água/estuário, pelo valor máximo possível (30 ou 25, consoante a massa de água, ver Tabela 2). Tabela 2 - Fronteiras das classes de qualidade ecológica, e respectivos EQR (Ecological Quality Ratio) determinadas com base no EFAI: (A) aplicado a estuários, e/ou a massas de água mesohalinas e polihalinas; e/ou (B) aplicado a massas de água oligohalinas. EFAI EQR Qualidade Ecológica (A) Estuários como um todo, ou massas de água mesohalinas e polihalinas Má Medíocre Razoável Boa Excelente (B) massas de água oligohalinas Má Medíocre Razoável Boa Excelente 4
5 PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO No Tabela 3 é efectuada uma descrição das métricas que constituem o EFAI aplicado aos estuários. São ainda indicados os valores que podem ser atribuídos a cada métrica. Os valores das métricas diádromas e sensíveis a perturbações deverão ser atribuídos com recurso à apreciação de peritos. Tabela 3 - Métricas incluídas no EFAI e sistema de valoração, para avaliação da qualidade ecológica de águas de transição, com base nos peixes. Nº Métrica Nome da métrica Scores Riqueza específica a 28 > 28 2 Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro 20% 20% a 60% > 60% 3 4 Percentagem de indivíduos residentes piscívoras (exclusivamente ou não) 10% e > 90% 1 & 1 Sub-métrica 4.1 Percentagem de indivíduos 20% e > 80% Sub-métrica % - 30% e 50% - 90% 1 & 3; 1 & 5; 3 & 1; 3 & 3; 5 & 1 20% - 40% e 60% - 80% 30% - 50% 3 & 5; 5 & 3; 5 & 5 40% - 60% Número de espécies 5 6 a 12 > 12 5 diádromas 6 sensíveis a perturbações espécies / Impossibilidade de completar o ciclo de vida espécies Sem redução Sem redução Para a avaliação da qualidade ecológica das massas de água, o EFAI foi adaptado de acordo com diferentes classes de salinidade (oligohalina, mesohalina ou polihalina) e tendo em conta o menor arrastos considerados neste caso (por massa de água e não para todo o estuário). Os valores das métricas diádromas e sensíveis a perturbações deverão ser igualmente atribuídos com recurso à apreciação de peritos (Tabela 4). 5
6 Tabela 4. Aplicação do EFAI a massas de água oligohalinas, mesohalinas e polihalinas. Nº Métrica Nome da métrica Sub-métrica 4.1 Sub-métrica Riqueza específica Percentagem de indivíduos que utilizam o estuário como viveiro Percentagem de indivíduos residentes piscívoras (exclusivamente ou não) Percentagem de indivíduos Número de espécies diádromas sensíveis a perturbações Oligohalinas Mesohalinas Polihalinas a 8 > a 15 > a 20 > 20 20% 20% a 60% > 60% 20% 20% a 60% > 60% 20% 20% a 60% > 60% 10% e > 90% 1 & 1 20% e > 80% 10% - 30% e 50% - 90% 1 & 3; 1 & 5; 3 & 1; 3 & 3; 5 & 1 20% - 40% e 60% - 80% 30% - 50% 3 & 5; 5 & 3; 5 & 5 40% - 60% 10% e > 90% 1 & 1 20% e > 80% 10% - 30% e 50% - 90% 1 & 3; 1 & 5; 3 & 1; 3 & 3; 5 & 1 20% - 40% e 60% - 80% 30% - 50% 3 & 5; 5 & 3; 5 & 5 40% - 60% 10% e > 90% 1 & 1 20% e > 80% 10% - 30% e 50% - 90% 1 & 3; 1 & 5; 3 & 1; 3 & 3; 5 & 1 20% - 40% e 60% - 80% 1 2 > a 3 > a 5 > 5 espécies / Impossibilidade de completar o ciclo de vida Sem redução espécies / Impossibilidade de completar o ciclo de vida espécies Sem redução Sem redução espécies / Impossibilidade de completar o ciclo de vida espécies 30% - 50% 3 & 5; 5 & 3; 5 & 5 40% - 60% Sem redução Sem redução 6
7 O valor do EFAI é obtido pela soma dos valores de cada métrica. No caso da métrica 4, como é composta por duas sub-métricas, o valor a considerar é obtido da seguinte forma: 1 quando ambas as sub-métricas têm valor 1; 3 quando uma das sub-métricas tem valor 1 e a outra 3 ou 5; 5 quando uma das sub-métricas tem valor 5 e a outra tem pelo menos um valor de 3. Apresentam-se dois exemplos ilustrativos da forma de cálculo do EFAI. Exemplo 1: Cálculo do EFAI para um sistema estuarino (relativo à realização de 3 a 5 arrastos para cada massa de água; os dados são relativos ao conjunto dos 24 arrastos). Tendo em conta os dados das capturas para a totalidade dos arrastos efectuados num determinado sistema estuarino, obtiveram-se os seguintes resultados (Tabela 5). Tabela 5 -Número de indivíduos capturados por espécie, com indicação do grupo ecológico e trófico (ver Anexo I para os códigos dos grupos). Ecological guilds Trophic guilds Número de indivíduos Ameiurus melas FW Bmi, BMa 1 Anguilla anguilla C PL 5 Atherina presbyter MM Bmi, BMa,HP 4 Barbus bocagei FW PL, HZ 20 Barbus steindachneri FW Bmi, BMa 2 Dicentrarchus labrax MM HZ, HP 130 Diplodus bellottii MM Bmi, BMa 13 Diplodus vulgaris MM Bmi, BMa 8 Liza ramada C DV 14 Platichthys flesus MM Bmi, BMa, HP 4 Pomatoschistus microps ES Bmi 1258 Pomatoschistus minutus ES Bmi 68 Sardina pilchardus MS PL 10 Solea senegalensis MM Bmi, BMa 2 Solea solea MM Bmi, BMa 366 Sparus aurata MS OV 2 Total 1907 A partir destes resultados foram calculados os valores das várias métricas que integram o EFAI, com base nos limiares apresentados na Tabela 3, os quais são sumariados na Tabela 6. Os scores atribuídos às métricas diádromas e sensíveis foram baseados em julgamento de peritos. 7
8 Tabela 6 - Valores das métricas, dos respectivos scores atribuídos, do EFAI, do EQR e estado de qualidade ecológica para o Exemplo 1. Métricas Valores Scores Riqueza específica 16 1 % viveiro 23,63 3 % residentes 69,53 3 piscívoras 1 Nº esp. Pisicívoras 3 1 % piscívoros 7,23 1 diádromas 3 sensíveis 3 EFAI 14 EQR 0,47 Qualidade Ecológica Moderada Exemplo 2: Cálculo do EFAI para uma massa de água oligohalina (relativo à realização de 4 arrastos; os dados são relativos ao conjunto dos arrastos). Tendo em conta os dados das capturas para a totalidade dos arrastos efectuados numa determinada massa de água (oligohalina), obtiveram-se os seguintes resultados (Tabela 7): Tabela 7 - Número de indivíduos capturados por espécie, com indicação do grupo ecológico e trófico (ver Anexo I para os códigos dos grupos). Ecological guilds Trophic guilds Número de indivíduos Ameiurus melas FW Bmi, BMa 1 Barbus bocagei FW PL, HZ 14 Barbus steindachneri FW Bmi, BMa 1 Dicentrarchus labrax MM HZ, HP 5 Liza ramada C DV 8 Platichthys flesus MM Bmi, BMa, HP 2 Pomatoschistus microps ES Bmi 404 Solea solea MM Bmi, BMa 83 Total 518 8
9 A partir destes resultados foram calculados os valores das várias métricas que integram o EFAI, com base nos limiares apresentados na Tabela 4, os quais são sumariados na Tabela 8. O score atribuído à métrica diádromas foi baseado em julgamento de peritos. Tabela 8 - Valores das métricas, dos respectivos scores atribuídos, do EFAI, do EQR e estado de qualidade ecológica para o Exemplo 2. Métricas Valores Scores Riqueza específica 8 3 % viveiro 17,37 1 % residentes 77,99 3 piscívoras 3 Nº esp. Pisicívoras 2 3 % piscívoros 1,35 1 diádromas 3 3 EFAI 13 EQR 0,52 Qualidade Ecológica Moderada BIBLIOGRAFIA Hasle, G.R. (1978a). The inverted microscope method. In Sournia, A. (ed.), Phytoplankton Manual. Monographs on Oceanic Methodology. UNESCO, Paris, Vol. 6, pp Hasle, G.R. (1978b). Using the inverted microscope. In Sournia, A. (ed.), Phytoplankton Manual. Monographs on Oceanic Methodology. UNESCO, Paris, Vol. 6, pp Jeffrey, S.W. & Humphrey, G. F New spectrophotometric equations for determining chlorophylls a, b, c1, and c2 in higher plants, algae and Natural phytoplankton. Biochem. Physiol. Pflanzen, 167, p Lorenzen, C.J Determination of chlorophyll and phaeo-pigments: spectrophotometric equations. Limnol. Oceanogr. 12: Margalef, R. (1969). Counting. In: A Manual on methods for measuring primary production in aquatic environments including a chapter on bacteria, Vollenweider, R.A., Talling. J.F. & Westlake, D.F. (eds.), London, International Biological Programme: Oxford and Edinburg, Blackwell Scient. Publ. (IBP Handbook 12), p Moita M.T. & Vilarinho, M.G., Checklist of phytoplankton species off Portugal: 70 years of studies. Portugaliae Acta Biol., Sér. B, Sist. 18: Cabral, H.N., Fonseca, V.F., Gamito, R., Gonçalves, C.I., Costa, J.L., Erzini, K., Gonçalves, J., Martins, J., Leite, L., Andrade, J.P., Ramos, S., Bordalo, A., Amorim, E., Neto, J.M., Marques, J.C., Rebelo, J.E., Silva, C., Castro, N., Almeida, P.R., Domingos, I., Gordo, L.S., Costa, M.J., Ecological quality assessment of transitional waters based on fish assemblages in Portuguese estuaries: The Estuarine Fish Assessment Index (EFAI). Ecological Indicators 19, Franco, A., Elliott, M., Franzoil, P., Torricellil, P., Life strategies of fishes in European estuaries: the functional guild approach. Marine Ecology Progress Series 354,
10 Anexo I Classificação das espécies de peixes ocorrentes em estuários da costa portuguesa de acordo com grupos funcionais ecológicos e tróficos (adaptados de Franco et al., 2008) (ES - Estuarine residents; MM - Marine migrants; MS - Marine stragglers; A - Diadromous anadromous; C Diadromous/Catadromous; FW - Freshwater fish; PL Planktivores; Bmi Microbenthivores; BMa Macrobenthivores; DV Detritivores; P Piscivores; HZ - Hyperbenthivores/zooplanktivores; HP - Hyperbenthivores/Piscivores; HV Herbivores; OV Omnivores). /Taxa EG FG Alosa alosa A PL Alosa fallax A Bmi, BMa Ameiurus mellas FW Bmi, BMa Ammodytes tobianus MS PL Anguilla anguilla C PL Aphia minuta ES PL Apletodon dentatus MS Bmi, BMa Argyrosomus regius MS Bmi, BMa, HP Arnoglossus imperialis MS Bmi, BMa, HP Arnoglossus laterna MS Bmi, BMa, HP Arnoglossus thori MS Bmi, BMa, HP Atherina boyeri ES HZ Atherina presbyter MM PL, HP Atherina sp. MM Bmi, BMa, HP Balistes capriscus MS PL, HZ Barbus bocagei FW PL, HZ Barbus comiza FW PL, HZ Barbus sp. FW Bmi, BMa Barbus steindachneri FW Bmi, BMa Belone belone MS HP Boops boops MS HP Bothus podas MS HP Buglossidium luteum MS Bmi, BMa Callionymus lyra MS Bmi, BMa Callionymus maculatus MS Bmi, BMa Callionymus reticulatus MS Bmi, BMa Callionymus risso MS Bmi, BMa Centrolabrus exoletus MS Bmi, BMa Chelidonichthys lucernus MS Bmi, BMa, HP Chelidonichthys obscurus MS Bmi, BMa, HP Chelon labrosus MS DV Ciliata mustela MS Bmi, BMa, HP Citharus linguatula MS Bmi, BMa, HP Cobitis paludica FW Bmi Conger conger MS Bmi, BMa, HP Cyprinus carpio FW HZ 10
11 Anexo I (Continuação). EG FG Dentex dentex MS HP Dentex macrophthalmus MS HP Dicentrarchus labrax MM HZ, HP Dicentrarchus punctatus MM HZ, HP Dicologlossa cuneata MS Bmi, BMa Dicologlossa hexophathalma MS Bmi, BMa Diplecogaster bimaculata MS Bmi Diplodus annularis MM Bmi, BMa Diplodus bellottii MM Bmi, BMa Diplodus cervinus MS HV, Bmi Diplodus puntazzo MM Bmi, BMa Diplodus sargus MM OV Diplodus sp. MM Bmi, BMa Diplodus vulgaris MM Bmi, BMa Echiichthys vipera MS Bmi, BMa Engraulis encrasicolus MS PL Eutrigla gurnardus MS HP Gaidropsarus vulgaris MS HZ, HP Gobio gobio FW HZ Gobius auratus MS Bmi Gobius niger ES Bmi, HP Gobius paganellus ES Bmi Halobatrachus didactylus ES Bmi, HP Hippocampus hippocampus MS Bmi Hippocampus ramulosus ES Bmi Hippocampus sp. ES Bmi Labrus bergylta MS Bmi Lepidorhombus boscii MS Bmi Lepidorhombus whiffiagonis MS Bmi Lepidotrigla cavillone MS Bmi Lipophrys pholis MS Bmi, BMa Lithognathus mormyrus MS Bmi, BMa Liza aurata MS PL Liza ramada C DV Liza saliens C DV Liza sp. C HP Merluccius merluccius MS HP Microchirus azevia MS Bmi, BMa Microchirus boscanion MS Bmi, BMa Monochirus hispidus MS Bmi, BMa Mugil cephalus C DV Mullus barbatus MS Bmi, BMa Mullus surmuletus MS Bmi, BMa Mustelus mustelus MS Bmi, BMa Myliobatis aquila MS Bmi, BMa Nerophis ophidion ES Bmi,HZ Pagellus acarne MS Bmi, BMa Pagellus bogaraveo MS Bmi, BMa, HP Pagrus auriga MS Bmi, BMa, HP Pagrus pagrus MS Bmi, BMa, HP Parablennius gattorugine MS Bmi, BMa, HP 11
12 Anexo I (Continuação). EG FG Parablennius pilicornis MS HZ, HV Pegusa impar MS Bmi, BMa Pegusa lascaris MS Bmi, BMa Petromyzon marinus A Parasite Platichthys flesus MM Bmi, BMa, HP Pollachius pollachius MS HP Pomatoschistus knerii MS HZ Pomatoschistus microps ES Bmi Pomatoschistus minutus ES Bmi Pomatoschistus pictus MS Bmi Pomatoschistus sp. ES Bmi Psetta maxima MS HP Raja clavata MS Bmi, BMa Raja microocellata MS HP Raja montagui MS Bmi, BMa Raja undulata MS Bmi, BMa Salmo trutta A OV Sardina pilchardus MS PL Sarpa salpa MS PL Scomber scombrus MS PL, HP Scophthalmus rhombus MM HP Scorpaena notata MS BMa, HP Scorpaena porcus MS BMa, HP Serranus cabrilla MS BMa, HP Serranus hepatus MS BMa, HP Solea senegalensis MM Bmi, BMa Solea solea MM Bmi, BMa Solea sp. MM Bmi, BMa Sparidae n.i. MM Bmi, BMa, HP Sparus aurata MS OV Sphoeroides spengleri MS Bmi, BMa Spicara maena MS OV Spondyliosoma cantharus MM OV Sprattus sprattus MS PL Symphodus bailloni MS Bmi, BMa Symphodus cinereus MS Bmi, BMa Symphodus melops MS Bmi, BMa Symphodus roissali MS Bmi, BMa Symphodus sp. MS Bmi, BMa Synaptura lusitanica MS Bmi, BMa Syngnathus abaster ES Bmi Syngnathus acus ES Bmi, HP Syngnathus sp. ES Bmi, HP Syngnathus typhle ES Bmi, HP Taurulus bubalis MS HZ Torpedo torpedo MS Bmi, BMa Trachurus trachurus MS Bmi, BMa, HP Trigla lyra MS Bmi, BMa, HP Trisopterus luscus MM Bmi, BMa, HP 12
13 Anexo I (Continuação). EG FG Umbrina canariensis MS Bmi, BMa Zeugopterus regius MS Bmi, BMa Zeus faber MS Bmi, BMa, HP 13
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