LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO DETALHADO DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITARARÉ, SP ( 1 )

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1 LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO DETALHADO DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITARARÉ, SP ( 1 ) J. BERTOLDO DE OLIVEIRA, J. M. A. S. VALADARES e C. L. ROTTA ( 2 ), Seção de Pedologia, Instituto Agronômico SINOPSE O presente trabalho descreve o levantamento de solos ao nível de série, efetuado na Estação Experimental de Itararé, SP, que ocupa uma área de 495 ha. O relevo regional é representado por superfícies suavizadas esculpidas em material do Devoniano. O tipo climático é Cfa, segundo Koppen, e a vegetação primitiva, campos altimontanos. Foram observados 118 pontos em 50 dos quais foi coletado material para análise granulométrica e/ou química. Foram coletados, descritos e analisados 10 perfis e estabelecidas sete unidades de mapeamento pertencentes aos grandes grupos Inceptisol e Oxisol, e a um complexo indiscriminado. 1 INTRODUÇÃO O levantamento pedológico da Estação Experimenatl de Itararé teve como objetivo principal a identificação, caracterização, classificação e cartografia de seus solos. Com isso pretendeu-se oferecer informações mais detalhadas sobre os solos dessa área, possibilitando aprimorar os estudos das relações solo- -planta. ( 1 ) Recebido para publicação em 15 de fevereiro de ( a ) Com bolsas de suplementação do C.N.Pq. ( 3 ) Os autores agradecem aos Srs. Eng. Agr. J. V. Chiarini, Chefe da Seção de Fotointerpretação, Topógrafo Newton Fonseca e Desenhistas Raphael Pompeu de Camargo e Walter Brandini Filho, a colaboração prestada. (*) Ao Dr. F. Grohmann, os autores agradecem as determinações da composição granulométrica.

2 2 DESCRIÇÃO GERAL DA REGIÃO 2.1 AREA E LOCALIZAÇÃO A Estação Experimental tem área de 495,3 ha e situa-se no sudoeste do Estado de São Paulo, na Depressão Periférica, zona do Paranapanema (3), próximo à divisa com o Estado do Paraná e distanciada cerca de 30 km da cidade de Itararé, aproximadamente nas seguintes coordenadas geográficas: 24 16' S e 49 13' WG. 2.2 RELEVO O relevo é suave-ondulado apresentando colinas com topos ligeiramente abaulados e vertentes curtas com 5 a 15% de declividade. 2.3 GEOLOGIA A Estação Experimental de Itararé situa-se na pequena área de sedimentos da formação Furnas do Período Devoniano, que se estende da divisa do Estado do Paraná até parte do município de Itapeva (24). Os sedimentos da formação Furnas, porção inferior do Devoniano na Bacia do Paraná, consistem de arenitos de granulação média a grossa, havendo também intercalações conglomeráticas, siltosas e finos leitos de folhelho micáceo. 2.4 VEGETAÇÃO A Estação Experimental foi instalada em área ainda coberta inteiramente pela vegetação natural, representada por vegetação graminóide típica de campo altimontano. 2.5 CLIMA Devido a Estação Experimental ter sido instalada há menos de três anos, não dispõe ainda de registros climáticos relativos a um período suficientemente longo para ser utilizado sem reservas. Utilizaram-se, por isso, os registros de precipitação pluvial obtidos na cidade de Itararé, e os de temperatura estimados com base no trabalho de Pinto e colaboradores (26), tomando por variáveis para o cálculo das equações a altitude de m e a latitude de 24 00'. No quadro 1 são apresentados os valores médios de precipitação e de temperatura mensais. Esses dados permitem caracterizar o clima da Estação Experimental, segundo o sistema de Kõppen, como Cfa, ou seja, clima mesotérmico e úmido sem estiagem e com a temperatura média do mês mais quente inferior a 22 C. Observa-se, pelo quadro 1, que o mês mais frio é o de julho, com média mensal de 12,0 C, e o mais quente é fevereiro, com média mensal de 19,0 C. Sendo a diferença entre a média da temperatura de verão (18,7 C) e a de inverno (12,6 C) superior a 5 C, e a temperatura média anual do solo a 50 cm compreendida entre 15 e 22 C, pode-se enquadrar esse regime térmico para fins de classificação segundo o Soil Taxonomy (13) na classe "Thermic". O balanço hídrico na cidade de Itararé não registra período de dificiência hidrica; ao contrário, predominam os períodos de excedente hídrico, fato que pode ser extrapolado para a Estação Experimental e permite classificar o regime hídrico como "Udic" (13).

3 METODOLOGIA DE TRABALHO 3.1 MÉTODOS DE CAMPO E ESCRITÓRIO Para os trabalhos de campo utilizou-se como mapa-base uma ampliação de fotografia aérea, na escala aproximada de 1: A ausência de benfeitorias por ocasião da tomada da fotografia, aliada à suavidade do relevo e à cobertura graminóide de toda a área, tornou difícil a localização precisa, na fotografia, dos pontos observados no campo. Este fato exigiu a execução de levantamento topográfico (3), mediante o qual foi possível demarcar no mapa os pontos e perfis descritos. Os trabalhos de campo foram iniciados com a descrição de solos em pontos previamente selecionados nas áreas que apresentaram possibilidade de possuir solos distintos. Com base nessas observações iniciais elaborou-se uma chave para identificação das unidades, tomando como principais critérios diferenciais a natureza mineral ou orgânica, a cor, a textura, a profundidade do "solum", a espessura do horizonte A e a estrutura do solo até a base das trincheiras de 60 x 60 x 60 cm. Mediante a abertura sistemática de trincheiras e tradagens na base das mesmas fc ainda em barrancos de estradas, procedeu-se à observação e descrição de 118 pontos em 50 dos quais coletou-se material de várias camadas para efetuar as determinações de: ph em água, carbono, Ca 2 +, Mg 2 +, K+, H+, Al 3 + e composição granulométrica. Depois de separadas as unidades de solos, foram abertas dez trincheiras para exame, des'cricao e coleta de perfis representativos das unidades de mapeamento.

4 Quando necessário, coletou-se material até 300 cm de profundidade, fazendo uso do trado. Não foi descrito e nem coletado perfil em área de solos hidromórficos devido ao fato de o lençol freático apresentar-se muito elevado. As descrições dos perfis foram baseadas no "Manual para descrição do solo no campo" (10). 3.2 MÉTODOS DE LABORATÓRIO ANÁLISE FÍSICA Composição granulométrica: empregou-se o método da pipeta e dispersão com NaOH 0,1N segundo Grohmann & van Raij (16) O. Argila dispersa em água: 10 g TFSA mais 50 ml de água destilada e repouso durante 15 horas, seguindo-se, após completar 500 ml com água destilada, agitação mecânica durante 10 minutos. Dessa etapa em diante seguiu-se o método da pipeta. Umidade a 1/3 de atmosfera: método da centrífuga durante 30 minutos a 1440 rpm (23). Umidade a 15 atmosferas: método da membrana de pressão a 15 atmosferas (27) ANÁLISE QUÍMICA ph em água e em solução de cloreto de potássio IN: determinação potenciométrica após três horas de repouso; relação solo liquido de 1:2,5. Carbono orgânico (O: oxidação da matéria orgânica com solução IN de bicromato do potássio e H 2 S0 4 concentrado; titulação do excesso de bricromato com solução de sulfato ferroso amoniacal 0,5N usando a difenilamina como indicador, segundo Vettori (31). Bases trocáveis: extração por agitação com HN N. Dosagem do cálcio e do magnésio por espectrofotometria de absorção atômica utilizando La a 0,5% para eliminar a interferência do alumínio na determinação do cálcio. O potássio foi determinado por fotometria de chama. Acidez titulável (H+ + AP+): extração por agitação com acetato de cálcio IN a ph 7 e titulação com NaOH, 0,05N. Alumínio trocável (Al 3 +): extração por agitação com KC1 IN e titulação com NaOH 0.05N. Caracter álico (m): calculado pela razão A1 3 +/(A S).100. Retenção de cations (CR): calculado pela soma Al 3 + -(-Se expresso por 100 g de argila. Capacidade de troca de cations (CTC): calculada pela soma dos valores S, AP+ + H+. Nitrogênio: oxidação com H 2 SO, concentrado em presença de uma mistura de Se, Na 2 S0 4 e CuS0 4 ; destilação em presença de NaOH 10N e recepção do destilado em solução aquosa de H 3 B0 4 a 4% com indicador misto de verde-de-bromocresol e vermelho-de-metila em álcool etílico (31). Ferro livre, segundo Jackson (19). Si0 2, Al 2 O a, Fe 2 0 3, Ti0 2, P 2 O s Digestão com H 2 S0 4 1:1; separação do Si0 2 por filtração; solubilização do Si0 2 dos silicates com solução de NaCo 3 a 5% a quente, dosagem do Si0 2 com solução sulfomolíbdica em presença de solução de ácidos tartárico e ascórbico; em alíquota do filtrado do extrato sulfúrico determinou-se o Al 2 0 ;! com EDTA e ZnSO,,

5 usando a ditizona como indicador; o Fe 2 O s pela 1,10-fenantrolina em presença de ácido ascórbico e citrato de sódio; o Ti0 2 pelo KMn0 4 em presença de ácido sulfúrico; o P 2 O s colorimetricamente pelo molibdato de amônio em presença de subcarbonato de bismuto e utilizando o ácido ascórbico como redutor (31). Ki calculado pela relação molecular Si0 2 /Al Kr calculado pela relação molecular Si0 2 /Al f Fe 2 O a. Zinco, cobre, manganês e ferro solúvel Extraídos de 10 g de amostra do horizonte superficial (TFSA), por agitação com 20 ml de uma solução 0.005M DTPA, 0.01M CaCl 2 e 0,1M TEA, segundo Lindsay & Norvell (21) e determinados por espectrofotometria de absorção atômica ANALISE MINERALÓGICA Análise quantitativa da fração ^ Separação dos pesados, com bromofórmio. Identificação dos minerais, em microscópio polarizador. Contagem dos grãos. Análise qualitativa da fração argila. Difração de raios X em amostras ao natural e glicoladas à temperatura ambiente e submetidas a várias temperaturas. Análise quantitativa da fração argila. Determinação da caulinita e da gibbsita por análise termo-diferencial. A alofana foi determinada pelo método da dissolução seletiva, com NaOH 0,5N segundo Hasimoto e Jackson (17). O silício foi determinado pelo método do ácido molíbdico amarelo (19), e o alumínio pelo aluminon (18). O teor de mica foi calculado com base na porcentagem de K 2 0 total, considerando-se que as micas dioctaedrais apresentam 10% de K a O (19). A determinação da montmorilonita foi baseada na capacidade de troca, e a da vermiculita na fixação de potássio, segundo o método de Alexiades e Jackson (2, 3). 4 DESCRIÇÃO DOS SOLOS 4.1 GENERALIDADES Os solos da Estação Experimental foram cartografados ao nível de série, porém, devido à reduzida área ocupada mesmo pelas unidades mais extensas, e ao pequeno conhecimento acumulado em torno desses solos, eles foram denominados simplesmente de "unidades". A classificação dos solos em níveis categóricos superiores foi feita com base na classificação proposta pelo Soil Survey Staff em 1970 (13) tendo-se procurado fazer a correlação com a legenda empregada pela Equipe de Pedologia do Ministério da Agricultura (8), com a classificação francesa (15) e com a legenda da FAO/ UNESCO (14), as quais serão designadas respectivamente por SSS, MA, F, FAO. Não obstante reunir resultados químicos de amostras coletadas em 50 pontos além dos perfis, não foi utilizado nenhum critério baseado em características químicas para o estabelecimento de classes, mesmo ao nível de série, devido aos valores "serem muitos baixos, com variação muito pequena. Assim, foram consideradas para o estabelecimento das unidades de mapeamento principalmente as características morfológicas e físicas.

6 No quadro 2 são apresentados os valores da média e os máximos e mínimos das principais características químicas dos solos da Estação Experimental. Observa-se, pelo referido quadro, a pequena variação absoluta verificada para as diversas características apresentadas. Devido a este fato, achou-se mais interessante fazer considerações generalizadas, válidas para todas as unidades identificadas, do que para cada uma em particular. O ph apresenta-se baixo em todos os perfis, havendo um aumento gradual em profundidade quando então atinge valores ligeiramente superiores a 5,0. Os teores de carbono são relativamente elevados em superfície quando comparados com os solos bem drenados das regiões de menor altitude do Estado de São Paulo. Há um pequeno decréscimo gradual ao longo do perfil, especialmente na Unidade Urutu, na qual os valores de C permanecem superiores a 1% a mais de 100 cm de profundidade. O clima deve ser o principal responsável pelo acúmulo de matéria, orgânica. A baixa temperatura anual aliada a um regime hídrico úmido, oferece condições adequadas à baixa mineralização da matéria orgânica, refletida, além dos teores de C, nas cores escurecidas das camadas superiores do solo, na relação C/N bem maior que em outros solos do Estado e ainda, nas áreas aplainadas dos vales, pela ocorrência de turfa. O alumínio trocável, se bem que apresente valores que em todos os casos verificados o situam no nível tóxico, não atinge, contudo, cifras suficientemente elevadas para considerar esses solos como fortemente aluminizados (Al 3 + > 4 e. mg/100 g), característica, segundo Pedro (25), típica das zonas subtropicais relativamente frias (x <16 C) e de vegetação graminóide, que se desenvolve acima de m de altitude. A saturação em alumínio é elevada, atingindo valores superiores a 80% nas primeiras camadas, conferindo um pronunciado caracter álico a todos os perfis. Os valores de S, inferiores a 0,5 e.mg/100 g na camada superficial (à exceção dos perfis 1140 e 1142) e inferiores a 0,1 nas camadas inferiores, refletem a extrema penúria desses solos em elementos disponíveis para a nutrição vegetal. Os valores da capacidade de troca de cations são relativamente elevados nas primeiras camadas, devido naturalmente aos teores mais elevados de matéria orgânica, pois em profundidade diminuem bastante. A saturação em bases extremamente baixa, atingindo, com exceção do perfil 1142, já em superfície, valores inferiores a 5%, e decrescendo a 1% e menos nas camadas seguintes, é mais uma indicação do estádio avançado de dessaturação desses solos. O Fe 2 O s total bem como o Fe livre, aumentam em profundidade, indicando a ocorrência de sensível remanejamento interno desses componentes, ligado provavelmente ao processo de podzolização. Quanto aos micronutrientes determinados (quadro 3), o zinco, o cobre e o manganês apresentaram teores muito baixos, quando comparados aos obtidos em outros trabalhos (28, 29, 30) nos horizontes superficiais de perfis representativos de São Paulo e cujas médias foram, respectivamente, 0,85 ppm, 3,05 ppm e 23,5 ppm. No que concerne ao ferro, não há dados disponíveis que permitam o mesmo tipo de comparação. Os resultados das análises mineralógicas da fração argila, que constam do quadro 4, confirmam os difratogramas de raios X obtidos (figura 1), mostrando que ela é constituída essencialmente por caulinita e gibbsita, caracterizando o avançado grau de intemperismo desses solos.

7 m + I Í I I

8 Os resultados da análise mineralógica quantitativa da fração grosseira, j que constam do quadro 5, mostram que ela é essencialmente constituída de quartzo, participando este mineral com mais de 90% da composição desta fração. Este fato, aliado à ausência de minerais de argila possuidores de cations (Mg 2 +, K+) na estrutura de sua rede cristalina e passíveis de serem liberados pelo intemperísmo, mostra que esses solos são praticamente privados de reserva potencial de nutrientes. A identificação dos perfis com as classes mineralógicas preconizadas pelo Soil Survey Staff (1970) é apresentada no quadro 6, no qual se observa que os solos se distribuem por três classes: caulinítica, gibbsítica e silícica. Os solos que apresentaram a razão (Fe 2 O a livre -f gibbsita/argila) superior a 0,2 não puderam ser incluídos na classe oxídica devido a apresentarem teores de quartzo acima de 90% na fração grosseira, tendo sido enquadrados na classe silícica. Como esta razão está diretamente relacionada com a adsorção de fosfato pela fração coloidal do solo, acredita-se que o comportamento dessa classe deve ser semelhante ao da classe oxídica no que se refere à retenção desse íon. Os critérios de separação em classe mineralógica aplicados pelo Soil Survey Staff não nos parecem muito adequados, pois além de outros aspectos não pertinentes ao caso, separam solos que devem se comportar de maneira semelhante no que diz respeito à adsorção de fosfatos. As classes de textura foram determinadas utilizando-se a classificação textural preconizada por Medina (22), diferindo, portanto, daquela empregada pela classificação americana. Foram identificadas sete unidades de mapeamento cujas denominações, áreas e correlação com diversas classificações de solos são apresentadas no quadro 7.

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14 4.2 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES UNIDADE TATU Devido à pequena área ocupada por esta unidade, foi coletada, além do perfil, amostra em apenas um ponto, cujos resultados analíticos são apresentados no quadro 3. Ela ocorre em apenas uma gleba, com 1,0 ha, perfazendo apenas 0,2% da superfície total da Estação Experimental. Caracteriza-se por apresentar um epipedon úmbrico (A proeminente), bruno-escuro, muito argiloso, maciço, relativamente rico em matéria orgânica, assente sobre um horizonte câmbico pouco espesso, vermelho- -escuro, muito argiloso e com estrutura subangular moderada. Morfologicamente, portanto, há diferença acentuada de cor entre o epipedon e o horizonte câmbico, permitindo fácil separação no campo. São solos moderadamente profundos, formados a partir de argilitos. O "solum" apresenta espessura inferior a 100 cm. Os "peds" do horizonte (B 2 ) e do horizonte C do perfil apresentaram nas observações de campo superfícies brilhantes, fracas e poucas, as quais não parecem, contudo, tratar-se de cutans iluviais. Como não foram efetuadas lâminas delgadas para identificação micropedológica, não foi possível qualificar com maior precisão estas prováveis feições pedológicas e conseqüentemente o horizonte diagnóstico. A ausência de diferença textural, a espessura do horizonte (B 2 ) inferior a 30 cm, o teor de argila natural superior a 5%, a estrutura do (B 2 ), a marcada diferença morfológica entre os horizontes A e B foram as características utilizadas para enquadrar o horizonte diagnóstico tentativamente como câmbico, ao invés de argílico ou óxico. Apesar do elevado teor de argila (>85%) ao longo do perfil, o solo apresenta boa porosidade total, com valores superiores a 50%. A composição mineralógica da fração argila indica predominância absoluta da caulinita, que participa com mais de 75% do total (quadro 4). A relação (ferro livre + gibbsita)/argila, inferior a 0,2 (quadro 6), permite enquadrar esses solos, segundo a classificação americana (13), na classe mineralógica dos solos cauliníticos. A mineralogia da fração grosseira (0>2jx) (quadro 5) indica predominância absoluta de quartzo e, conseqüentemente, a virtual ausência de fonte potencial de nutrientes. Classificação: Typic Haplumbrept, muito argilosa térmica, caulinítica (SSS), Humic Cambisols (FAO), solos ferralíticos fortemente dessaturados em B, típicos, subgrupo húmico (F), Cambissolo argila de atividade baixa, álico, muito argiloso com A proeminente (M.A.). Correlacionam-se ainda com a Unidade Campos do Jordão estabelecida pela Comissão de Solos (5).

15 Descrição do perfil 1140 Situação e declive: topo de colina, declive inferior a 5%. Relevo: suave-ondulado 1140 a (0-15 cm); bruno-escura (7,5YR 3/2 úmida e 7,OYR 3/2 úmida Aj amassada), bruno-avermelhado-escura (5YR 3/2 seca), bruno- -escura (7.5YR 3/3 seca triturada); muito argilosa, maciça com poucos poros; friável, plástica e pegajosa; transição abrupta e plana b (15-27 cm); bruno-avermelhado-escura (5YR 3/3,5 úmida), \. t bruno-avermelhada (5YR 4/4 úmida amassada), bruno-avermelhada (5YR 4/4 seca), vermelho-amarelada (5YR 5/6 seca triturada); muito argilosa; maciça com poucos poros; friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana c (27-40 cm); vermelho-escura (3YR 3/6 úmida); bruno-averme- (B 2 ) lhado-escura (2,5YR 3/4 úmida amassada), vermelho-escura (2.5YR 3/6 seca), vermelho-amarelada (5YR 4/8 seca triturada); muito argilosa; subangular média moderada/fraca. Superficies brilhantes (argilans?); firme, muito plástico e muito pegajoso; transição ondulada e clara d (40-63 cm); vermelho-escura (10R 3/6 úmida e úmida amassada), BC vermelha (10R 4/6 seca), vermelha i2,5yr 4/6 seca triturada); blocos cúbicos duros com superfícies brilhantes em todos os sentidos e tanto no exterior como no interior (argilans?); firme, muito plástico e muito pegajoso; transição ondulada e difusa e (63-100cm); vermelho-escura (10R 3/6 úmida e úmida amas- C l sada), vermelha (10R 4/6 seca), vermelho-escura (10R 3/6 seca triturada); muito argilosa; idem com aparecimento de material arenoso claro 7.5YR 6/4; firme, plástica e pegajosa f ( cm); cor e textura semelhantes à do ponto anterior g ( cm); idem UNIDADE CARAGUATÁ Esta unidade ocupa a área de 100 ha, perfazendo 20,2% da área da Estação Experimental. Caracteriza-se por apresentar um epipedon úmbrico espesso muito escuro na camada superficial (relação valor-croma inferior a 3,5/2), areno-barrento-barrento, muito friável, assente sobre um horizonte óxico, bruno-escuro, areno-argiloso a areno-barrento, apédico e em geral muito friável. Os dois perfis estudados apresentam aumento de argila de A 12 para o A :j que é pequeno, porém, suficiente para satisfazer às condições de relação textural preconizada na definição de horizonte argílico (13). A uniformidade textural ao longo do perfil abaixo do epipedon, a ausência de estrutura, a ausência aparente de "cutans" e a friabilidade acen-

16 * Resultados referidos a loog de terra fina seca ao ar

17 tuada, características tão marcantes nos horizontes óxicos descritos no Brasil meridional, levou-nos a considerar esse horizonte, apesar da ligeira diferença textural verificada, como óxico ao invés de argílico. A mineralogia das frações finas e grosseiras está mais relacionada com a dos horizontes óxicos do que com a dos câmbicos. Entre os perfis descritos na Estação Experimental são os que apresentam menores valores de porosidade total (41-52%). São solos profundos, formados a partir de arenitos do Devoniano. Observa-se na análise granulométrica a predominância acentuada da fração areia grossa sobre as restantes, fato pouco comum nos solos do Estado de São Paulo. Assemelham-se neste aspecto a alguns latossolos vermelhos-amarelos fase arenosa descritos pela Comissão de Solos do Estado de São Paulo (5). Os valores de carbono, apesar de diminuírem gradualmente ao longo do perfil, não são suficientes para atingir 16 kg/m 3, ou 0,68% de C até 100 cm de profundidade, condições requeridas para enquadrar esses solos nas classes dos solos húmicos nas várias classificações empregadas neste trabalho. A retenção de cations em 100 g de argila apresenta valores superiores a 1,5 e.mg no perfil 1143 e inferior a esse valor no perfil 1148 a partir do B 2 2, permitindo classificá-los, pela classificação americana (13), ao nível de grande grupo em classes diferentes. Não obstante a mineralogia da fração argila acusar predominância de caulinita no perfil 1143 e de gibbsita no perfil 1148 (quadro 4), ambos os solos pertencem, segundo a classificação americana (13), à família dos solos silícicos. A mineralogia da fração grosseira acusa predominância absoluta de quartzo e, como conseqüência da ausência de minerais facilmente intemperizáveis, ausência de fonte potencial de nutrientes para as plantas. Classificação: Segundo a classificação americana de 1970 (13) o perfil 1143 corresponde à família Typic Umbriorthox, fino-barrenta, térmica, silícica, enquanto o perfil 1148 corresponde à família Typic Acrorthox, barrenta, térmica, silícica. Ambos perfis correspondem pelo sistema FAO à classe dos Humic Ferralsols; pela classificação francesa (15) correspondem ao grupo dos solos ferralíticos fortemente dessaturados no B, típicos, subgrupo húmico; pelo esquema da Equipe de Pedologia do Ministério da Agricultura aplicada no Estado do Paraná (7), devem corresponder à unidade Solos Brunos Subtropicais álicos com A proeminente. Descrição do perfil 1143 Situação e declive: topo de colina, declive inferior a 5%. Relevo: suave-ondulado

18 1143 a <a-24cm); bruno-acinzentado, muito escura (10YR 3/1.5 úmida A u e 10YR 3/2 úmida amassada), bruno-escura (7.5YR 4/2 seca), bruno-acinzentado-escura (10YR 4/2 seca triturada); areno- -barrento; granular pequena fraca e grãos soltos; poros muito pequenos poucos; muito friável, plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara b (24-42 cm); bruno-acinzentado muito escura (10YR 3/2 úmida); A u bruno-escura (7,5YR 3/2 úmida amassada); bruno-acinzentado- -escura (10YR 4/2 seca), bruno-acinzentada (10YR 5/2 seca triturada); areno-barrenta; granular pequena fraca; poros pequenos poucos; muito friável, plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara e plana c (42-62 cm); bruno-acinzentado-escura (10YR 3,5/3,5 úmida), A 3 bruno-escura (10YR 4/3 úmida amassada), bruna (10YR 5/3 seca e triturada); areno-barrenta; apédica; poros muito pequenos e pequenos abundantes; muito friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana d (62-90 cm); bruno-escura (8YR 4/4 úmida); bruno-amarelado- Bj -escura (10YR 4/6 úmida amassada); bruno-amarelada (10YR 5/4 seca), bruno-amarelado-clara (10YR 6/4 seca triturada); areno-argilosa; apédica; poros muito pequenos' e pequenos abundantes; friável, plástica pegajosa; transição gradual e plana. Il*a e ( cm); bruno-forte (7.5YR 5/5 úmida); bruno-amarelado- B a l -escura (10YR 4/8 úmida amassada); bruno-amarelado-clara (10YR 6/4 seca e 10YR 6/5 seca triturada); areno-argilosa; apédica; poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, plástica e pegajosa; transição gradual e plana f ( cm); vermelho-amarelada (5YR 4,5/7 úmida), bruno- B 22 -forte (7.5YR 5/6 úmida amassada); bruno-clara (7,5YR 5.5/4 seca e 7,5YR 6/5 seca triturada); areno-argilosa; apédica, poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, plástica e pegajosa. Observações: Após 160 cm há bolsões de areia branca, grosseira, entremeados com "linguas" de material suprajacente. Na camada e aparecem alguns seixos de laterita. PERFIL 1148 Situação e declive: topo de colina, declive inferior a bjr. Erosão: não aparente Uso atual: vegetação graminóide original Raízes: finas abundantes nas camadas a, b e c (0-30cm); cinza muito escura (6.5YR 3/1.5 úmida); bruno- A n -escura (7.5YR 3/2 úmida amassada, 7,5YR 4/4 seca e 10YR 4/3 seca triturada); areno-barrenta; grãos soltos e granular pequena fraca; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição clara e plana (30-46 cm); bruno-escura (6.5YR 3/2 úmida, 10YR 3/3 úmida A, a amassada, 7.5YR 4/4 seca e 10YR 4/3 seca triturada); areno- -barrenta; maciça porosa que se rompe em grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa.

19 QUADRO 9. Caracterização física e química do perfil de solo 1143, Unidade Caraguatá, da Estação Experimental de Itararé, SP

20 1148 (46-74cm); bruno-escura (6.5YR 4/4 úmida, 7.5YR 4/4 úmida A., amassada), bruno-forte (7,5YR 4/6 seca) bruno-amarelado- -escura (10YR 4,5/4 seca triturada); areno-barrenta; maciça porosa que se rompe em grãos simples e granular média fraca; muito friável, plástica e pegajosa; transição gradual e plana (74-105cm); bruno-avermelhada (5YR 4/4 úmida), bruno-forte Bi (7,5YR 4/5 úmida amassada, 7.5YR 4/6 seca e 7.5YR 4.5/6 seca triturada); areno-argilosa; subangular pequena e fraca e grãos simples; muito friável, plástica e pegajosa; transição difusa e plana ( cm); vermelho-amarelada (5YR 4/5 úmida), bruno- B a -avermelhada (5YR 4/4 úmida amassada), bruno-forte (7,5YR 4.5/6 seca e 7.5YR 5/6 seca triturada); areno-argilosa; apédica, muito friável, plástica e pegajosa; transição difusa e plana ( cm); vermelho-amarelada (4YR 4/6 úmida, 5YR 4/8 Bja úmida amassada, 5YR 5/8 seca e seca triturada); areno-barrenta: apédica, muito friável, plástica e pegajosa; transição difusa e plana ( cm); vermelha (2.5YR 4/6 úmida), vermelho-amarelada B 3 (5YR 4,5/8 úmida amassada, 5YR 4/8 seca e 5YR 5/8 seca triturada); areno-argilosa; apédica; muito friável, plástica e pegajosa ( cm); vermelha (2.5YR 4/6 úmida), areno-argilosa, tradagem plástica e pegajosa cm); vermelha, 2,5YR 4/7 úmida), barrenta, plástica tradagem e pegajosa. Observação: poros pequenos e muito pequenos abundantes ao longo do perfil UNIDADE CARAGUATÁ RASO Esta unidade ocupa a área de 11,4 ha, perfazendo 2,3% da área da Estação Experimental. Situa-se em posição de vertente, com cerca de 10% de declividade. Caracteriza-se por apresentar um epipedon úmbrico pouco estruturado assente sobre um horizonte óxico apédico pouco espesso e muito friável, que transiciona abruptamente para bancada laterítica. A textura é areno-barrenta ao longo do perfil. As considerações feitas com respeito ao carbono e mineralogia para a Unidade Caraguatá, são válidas também para esta unidade. Classificação: (Petroferric?) Umbriorthox barrenta, térmica, silícica (SSS); Humic Ferralsol (FAO); Ferralítico fortemente dessaturado em B, subgrupo húmico (F), solos brunos, subtropicais álicos, A proeminente (fase rasa?) (MA).

21 Resultados referidos a 100 g de terra fina seca ao ar

22 Descrição do perfil 1146 Situação e declive: terço inferior de encosta 10% de declive. Relevo: suave-ondulado 1146 (0-27 cm); bruno-acinzentada muito escura (9YR 3/2 úmida A a e 10YR 3/2 úmida amassada), bruno-escura (10YR 4/3 seca), bruno-amarelado-escura (10YR 4/4 seca triturada), areno-barrenta, granular média fraca e grãos soltos; muito friável, não plástico e não pegajoso (27-50cm); bruno-escura (7.5YR 4/4 úmida e 10YR 3/3 úmida A a2 amassada, 10YR 4/3 seca), bruno-amarelada-escura (10YR 4/4 seca triturada); areno-argilosa; apédica; muito friável, não plástica e não pegajosa (50-70 cm); bruno-amarelado-escura (10YR 4/4 úmida e úmida B 2 amassada), bruno-amarelada (10YR 4,5/3,5 seca e 10YR 5/4 seca triturada); areno-argilosa; apédica; não plástica e não pegajosa (70 -f cm); bancada de laterita UNIDADE CORUJA Esta unidade ocorre em 17,0% da área da Estação Experimental, totalizando 84,2 ha. Caracteriza-se por apresentar um epipedon úmbrico espesso com teores elevados de carbono (>4,5%) e cores com baixa relação valor/croma (2,5/1,5) nos 20 cm superficiais, assente sobre um horizonte aparentemente câmbico, vermelho, muito argiloso, com estrutura média moderada. Há, portanto, uma marcante diferença de cor entre essas duas camadas do solo. Da mesma forma que na Unidade Tatu, foram observadas superfícies brilhantes no exame macroscópico do perfil, as quais não foram consideradas como "cutans" iluviais. Como não foram feitas lâminas delgadas, não foi possível identificar mais precisamente este horizonte. A aparente ausência de "cutans" e a pequena diferença textural, incompatíveis com a definição de horizonte argílico, aliadas à estrutura do horizonte B e à acentuada diferença morfológica entre os horizontes A e B, incomum nos horizontes óxicos, foram os critérios utilizados para, em caracter tentativo e provisório, caracterizar este horizonte, como câmbico, apesar de a mineralogia da fração grosseira não acusar presença de minerais primários facilmente intemperizáveis. Diferencia-se da unidade Tatu por apresentar solos com maior espessura, tanto do epipedon como do horizonte câmbico e, conseqüentemente, do "solum", além de apresentarem menor porcentagem de argila e serem essencialmente gibbsíticos. Apesar de serem solos muito argilosos, apresentam boa porosidade total com valores superiores a 60%.

23 A composição mineralógica da fração argila indica predominância absoluta de gibbsita, chegando a participar, no perfil 1141, com mais de 80% do total, caracterizando esses solos como gibbsíticos ao nível de família. Assim como as outras unidades identificadas na Estação Experimental, a fração grosseira (0,05 0,1 JA) é constituída essencialmente por quartzo. Classificação: Cumulic Haplumbrept muito argilosa, térmica, gibbsítica (SSS), Humic Cambisols (FAO), solos ferralíticos fortemente dessaturados em B subgrupo húmico (F), Cambissolo argila de atividade baixa, álico com A proeminente, muito argiloso.

24 Esses solos assemelham-se em muitas características com os solos brunos ácidos, porém, a baixa CTC resultante de uma mineralogia constituída essencialmente de caulinita e gibbsita, a espessura acentuada do horizonte A e os baixos teores de limo, excluem esses solos daquela classe. A diferença contrastante entre o horizonte A, escuro e espesso, e o horizonte B, vermelho, confere à primeira vista a esses solos uma grande semelhança com os Rubrozem dos arredores de Curitiba, inicialmente descritos sumariamente por Bramão e Simonsen (4). Estes solos, segundo estudos recentes (11), apresentam elevada CTC, presença de minerais do grupo 2:1 por vezes acentuada, soma de bases e saturação em bases relativamente elevadas e com acentuado aumento em profundidade, alumínio trocável elevado ao longo do perfil diferindo acentuadamente do ponto de vista químico e mineralógico dos solos aqui descritos. Descrição do perfil 1142 Situação e declive: topo de colina, declive inferior a 5% Relevo: suave-ondulado 1142 a (0-20cm); bruna muito escura (10YR 2,5/1,5 úmida e 7.5YR A u 2,5/2 úmida amassada), bruno-acinzentada muito escura (10YR 3/2,5 seca), bruno-escura (7,5YR 3/2 seca triturada); argiloso; apédica; pouco porosa, porém, com baixa densidade; friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara e ondulada b (20-35cm); cinza muito escura (10YR 3/1,5 úmida), bruno- A 12 escura (7.5YR 3/2 úmida amassada, 7.5YR 3.5/4 seca e 7.5YR 4/4 seca triturada); argilosa; apédica; maciça pouco porosa, porém, com baixa densidade; friável, plástica e pegajosa; transição clara e ondulada c (35-65cm); bruno-escura (7,5YR 3/3,5 úmida, 7.5YR 3/4 úmida Ag amassada e 7,5YR 4/4 seca triturada) e vermelho-amarelada (5YR 3/6 seca); argilosa; subangular média fraca; friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana d (65-80 cm); vermelho-amarelada (5YR 4/5 úmida) bruno-aver- B x melhada (5YR 4/4 úmida amassada e seca), bruno-escura (7.5YR 4/6 seca triturada); argilosa; subangular média moderada; cerosidade? fraca e pouca; firme, muito plástica e muito pegajosa; transição clara e plana e ( cm); vermelho-escura (2,5YR 3/5,5 úmida 3,5YR 4/6 Bn úmida amassada), vermelho-amarelada (5YR 4/8 seca e 5/8 seca triturada); muito argilosa; subangular média moderada; cerosidade? moderada, pouca; firme, muito plástica e muito pegajosa; transição gradual e plana f ( cm); vermelha (1.5YR 4/6 úmida e 2.5YR 4/6 úmida BJJ, amassada e 3.5YR 4/8 seca); vermelho-amarelada (5YR 4/8 seca triturada); muito argilosa; subangular média moderada; firme, muito plástica e muito pegajosa g (140 + cm); bancada de laterita.

25 Resultados referidos a 100 g de terra fina seca ao ar

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27 1147 a (0-30 cm); cinza muito escura (8,5YR 3/1,5 úmida), preta A u (5YR 2,5/2 úmida amassada), bruno-avermelhada-escura (5YR 3/2 seca) e bruno-escura (10YR 3/3 úmida amassada); argilosa; apédica, pouco porosa que se rompe em granular média fraca, baixa densidade; friável/firme, plástica e pegajosa b (30-48 cm); bruno-escura (7.5YR 3/2 úmida, úmida amassada Au e 7.5YR 3/4 seca triturada), bruno-avermelhada-escura (5YR 3/2 seca); muito argilosa; granular média fraca; firme, plástica e pegajosa c (48-84 cm); bruno-avermelhada-escura (4YR 3/4 úmida, 5YR A/B 3/4 úmida amassada); bruno-avermelhada (5YR 4/4 seca), bruno-forte (7,5YR 4/6 seca triturada); muito argilosa; subangular média fraca; firme, plástica e pegajosa d ( cm); vermelho-escura (2.5YR 3/6 úmida); bruno-aver- Bi melhada (5YR 4/4 úmida amassada); vermelho-amarelada (5YR 4/6 seca) bruno-forte (7.5YR 5/6 seca triturada); muito argilosa, subangular fraca; cerosidade? fraca e pouca; firme, muito plástica e muito pegajosa e ( cm); vermelha (2.5YR 3/6 úmida, 4/6 úmida amassada B 2 2 e seca) e vermelho-amarelada (5YR 5/8 seca triturada); muito argilosa; subangular moderada/fraca; cerosidade? fraca e pouca; firme, muito plástica e muito pegajosa f ( cm); vermelha (1,5YR 4/6 úmida); muito argilosa, tradagem muito plástica e muito pegajosa. O perfil 1141, descrito a seguir, corresponde a uma variação da Unidade Coruja, devido ao elevado teor de carbono na camada superficial, caracterizando-a quase como turfosa. Este solo tem pequena expressão espacial na Estação Experimental, pois não foi observado nenhum outro ponto com esta característica. PERFIL a (0-27 cm); preta (N 2/0 molhada e úmida amassada e seca), cinza muito escura (10YR 3/1 seca triturada); apédica, pouco porosa com baixa densidade; firme, plástica e pegajosa b (27-50cm); preta (10YR 2,5/2 úmida, 10YR 3/1 úmida amassada, 10YR 3/1 úmida amassada, 10YR 2,5/5 seca e 10Y 3/2 seca triturada); argilosa; apédica, pouco porosa com baixa densidade; firme, plástica e pegajosa c (50-90 cm); bruno-escura (7.5YR. 3,5/2,5 úmida, 7.5YR 3/2 úmida amassada), bruno-amarelada-escura (10YR 4/4 seca e seca triturada); muito argilosa; subangular pequena fraca/moderada; firme, plástica e pegajosa d (90-110cm); vermelha (3YR 4/5 úmida); vermelho-amarelada (5YR 4/6 úmida amassada, e seca), bruno-forte (7.5YR 5/6 seca triturada); muito argilosa; subangular média moderada/fraca; firme, muito plástica e muito pegajosa e ( cm); vermelha (2,5YR 4/6 úmida e úmida amassada), vermelho-amarelada (5YR 4/8 seca e 5YR 5/6 seca triturada), muito argilosa; subangular média moderada/fraca; cerosidade? moderada, comum; firme muito plástica e muito pegajosa.

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29 4.2.5 UNIDADE URUTU Esta unidade abrange uma área de 83,2 ha, perfazendo 16,8% do total da Estação Experimental. Situa-se, da mesma forma que as unidades Coruja e Caraguatá, em superfície de cimeira de relevo suave-ondulado. Apresenta, da mesma maneira que as unidades Tatu e Coruja, um epipedon úmbrico escuro sobre um provável horizonte câmbico vermelho. O epipedon, contudo, é bem mais espesso, atingindo mais de 100 cm de espessura e o horizonte câmbico, não obstante cor e estrutura semelhante, é barrento ou argiloso com teor máximo de argila inferior a 45 %, ao invés de muito argiloso. A porosidade total é superior a 50% ao longo do perfil. A porcentagem de areia grossa é também bem maior nesta unidade do que nas outras duas, sendo superior a 40%. Esta unidade apresenta, entre 80 e 100 cm de espessura, uma camada ligeiramente mais escurecida que as superiores e inferiores, fato aliás, refletido no teor de carbono, que se apresenta mais elevado em dita camada. Como foi assinalado anteriormente, os teores de Fe aumentam em profundidade em todos os perfis analisados, fato que, aliado a esse aumento de carbono também em profundidade, parece traduzir os efeitos de um processo de podzolização mais acentuado nesta região do que em outras menos elevadas do Estado de São Paulo, exceção feita da orla litorânea onde a ocorrência de podzol hidromórfico atesta a ação marcante daquele processo. A ocorrência de processo de podzolização moderado (criptopodzólico) parece ser generalizada nas áreas elevadas do Brasil meridional, pois vários autores (5, 6, 25) assinalam nessas regiões a presença de solos que traduzem a ação deste processo. Esses solos apresentam entre todos os da Estação Experimental, o maior acúmulo de carbono por metro cúbico, atingindo valores próximos a 20 kg. A espessura do epipedon úmbrico e o fato de não haver um decréscimo gradual de carbono ao longo do perfil foram os critérios empregados para classificar esses solos, ao nível de subgrupo segundo a classificação americana de 1970, na classe "Pachic". Do ponto de vista da mineralogia os perfis 1144 e 1149, foram enquadrados na classe silícica devido os teores de gibbsita na TFSA serem inferiores a 50% (quadro 4) e terem mais do que 90% de quartzo na fração areia (quadros 5 e 6). Classificação: Pachic Haplumbrept barrenta, térmica, silícica Perfil 1144), Pachic Haplumbrept argilosa, térmica, silícica (perfil 1149), (SSS); Humic Cambisol (FAO), solos ferralíticos fortemente dessaturados em B

30 subgrupo húmico (F), Cambisol argila, de atividade baixa, álico com A proeminente, argiloso ( 5 ), (MA). Descrição do perfil 1144 Situação e declive: Relevo: suave-ondulado topo de colina, declive inferior a"5% a (10-35 cm); cinzento muito escura (9YR 3/1,5 úmida), bruno- A u -avermelhado-escura (5YR 3/2 úmida amassada), bruno-escura C7.5YR 3/2 seca e 7.5YR 3/4 seca triturada); areno-barrenta; maciça porosa que se desfaz em grãos simples e granular pequena fraca; muito friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara e plana b (35-53 cm); bruno-escura (7,5YR 3/2 úmida e úmida amassada, A YR seca e 10YR 4/3 seca triturada), barrenta; granular média fraca; poros muito pequenos e pequenos abundantes; muito friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana c (53-80 cm); bruno-escura (7,5YR 3/2 úmida, 7.5YR 3/4 úmida A 13 amassada e seca, 10YR 4/3 seca triturada); areno-argilosa; subangular média fraca quase maciça porosa, poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana d ( cm); cinza muito escura (7,5YR 3/1,5 úmida), bruno- A u -escura (7.5YR 3/4 úmida e seca, 10YR 4/3 seca triturada); areno-argilosa; subangular média fraca quase maciça porosa; poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, muito plástica e muito pegajosa; transição clara e plana e ( cm); bruno-avermelhado-escura (5YR 3/4 úmida), A 3 bruno-escura (7.5YR 3/4 úmida amassada e 7,5YR 4/4 seca), bruno-amarelado-escura (10YR 4/6 seca triturada), barrenta; subangular média fraca; poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, muito plástica e muito pegajosa; transição clara e plana f ( cm); bruno-avermelhada (5YR 4/4 úmida e úmida B 2 1 amassada), vermelho-amarelada (5YR 4/6 seca), bruno-forte (7,5YR 5/6 seca triturada), barrenta, subangular média fraca; cerosidade? fraca e pouca; poros muito pequenos e pequenos abundantes, firme, muito plástica e muito pegajosa; transição clara e plana g ( cm); vermelho-escura (2.5YR 3/6 úmida), vermelha B 22 (2.5YR 4/6 úmida amassada); vermelho-amarelada (5YR 4/8 seca e 5YR 5/8 seca triturada); barrenta; subangular média fraca, cerosidade? fraca e pouca; firme, muito plástica e muito pegajosa h ( cm); vermelha (1.5YR 4/6 úmida); barrenta. tradagem 1144 i (260 -}- cm); areia grossa. tradagem Observação: a partir de 150 cm ocorrem fragmentos esparsos de laterita. (5) Argila 35% no B

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32 Descrição do perfil 1149 Situação e declive: topo de colina, declive inferior a 5%. Relevo: suave-ondulado 1149 a (0-30 cm); bruna muito escura (7.5YR 2,5/2 úmida), cinza muito A n escura (10YR 3/1 úmida amassada), bruno-acinzentado-escura (10YR 3/2 seca e 10YR 3/3 seca triturada), areno-argilosa; granular pequena fraca e grãos simples, poros muito pequenos e pequenos abundantes; muito friável, plástica e não pegajosa; transição clara e plana b (30-57 cm); bruno-escura (7,5YR 3/2 e úmida e úmida amassada, Aj 7.5YR 3/4 seca e 10YR 4/3 seca triturada), barrenta; granular média fraca; poros muito pequenos e pequenos abundantes; muito friável, plástica e pegajosa, transição clara e plana c (57-88 cm); bruno-escura (7.5YR 3/2 úmida, 7.5YR 3/4 úmida A J 3 amassada e seca, 10YR 4/3 seca triturada); areno-argilosa; subangular média fraca quase maciça porosa, poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana d ( cm); cinza muito escura (7.5YR 3/1,5 úmida), bruno- A u -escura (7.5YR 3/4 úmida e seca, 10YR 4/3 seca triturada). areno-argilosa; subangular média fraca quase maciça porosa; poros muito pequenos e pequenos abundantes; friável, muito plástica e muito pegajosa; transição clara e plana e ( cm); bruno-avermelhada-escura (6YR 3/4 úmida); B 1 bruno-escura (7.5YR 3,5/4 úmida amassada e 7.5YR 4/4 seca), bruno-amarelado-escura (10YR 4/6 seca triturada); argilosa; subangular média fraca; cerosidade? fraca e pouca; poros muito pequenos e pequenos abundantes; firme, plástica e pegajosa; transição clara e plana f ( cm); vermelho-escura (3YR 3/5,5 úmida), vermelho- B 2 -amarelada (5YR 4/6 úmida amassada, 5YR 5/6 seca); bruno- -forte (7.5YR 5/6 seca triturada); argilosa; subangular média fraca/moderada; cerosidade? fraca e pouca; poros muito pequenos e pequenos abundantes; firme, plástica e pegajosa g ( cm); vermelho (2.5YR 4/6 úmida); argilosa; plástica e pegajosa h ( f cm); vermelha (1,5YR 4/8 úmida); argilosa; plástica e pegajosa UNIDADE LITOSSOLO SOBRE LATERITA Essa unidade ocorre em pequenas áreas em relevo suave-ondulado de superfície de cimeira e mais freqüentemente no terço superior das vertentes, em declives superiores a 8%. Ocupa no total uma área de 17,3 ha, que corresponde a 3,5% da Estação Experimental. Essa unidade caracteriza-se por apresentar um epipedon úmbrico pouco superior a 10 cm assente sobre bancada laterita. A bancada de laterita apresenta aspecto nodular no seu topo, passando a lamelar em profundidade.

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34 É comum a ocorrência de bolsões de areia, descontínuos, intercalados com as camadas de laterita (figura 2). Esses solos, além das condições químicas desfavoráveis, apresentam reduzida profundidade efetiva, limitando bastante a sua utilização. Classificação: Entic Lithic Haplumbrept areno-barrenta, térmica, caulinítica (SSS). Ranker (FAO), Ranker (F), Solo litóüco distrófico com A proeminente (MA). Descrição do perfil 1145 Situação e declive: terço superior de encosta declive 10%. Relevo: suave-ondulado 1145 a (0-12 cm); cinza muito escura (9YR 3/2 úmida e 10YR 3/2.5 Aj. seca); areno-argiloso; maciça porosa; ligeiramente pegajosa b (12-100); bancada laterítica com bolsões de areia grossa COMPLEXO INDISCRIMINADO DE SOLOS HIDROMÓRFICOS Cerca de 198 ha estão ocupados por solos hidromórficos, especialmente orgânicos, perfazendo 40,0% da área da Estação Experimental.

35 Devido às dificuldades de drenagem, esses solos não apresentam boas perspectivas de aproveitamento. Este aspecto, aliado à dificuldade de penetração nessas áreas, levou-nos a mapeá-las simplesmente como um complexo indiscriminado de solos.

36 5 _ CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS SOLOS BEM DRENADOS Uma série de considerações de ordem geral relacionadas com o binômio solo-planta podem ser tiradas a partir dos dados obtidos neste trabalho. Os solos da Estação Experimental apresentam-se na sua totalidade com elevada saturação em alumínio trocável. Evans e Kamprath (12) estabeleceram que saturação em alumínio superior a 60% restringe o desenvolvimento das plantas devido as manifestações dos efeitos tóxicos deste elemento. A aplicação de calcário é, portanto, imprescindível para diminuir a concentração de alumínio no solo. Convém levar em consideração que o caráter álico se manifesta também nas outras camadas além da superficial, podendo comprometer as raízes mais profundas, das plantas permanentes. A incorporação do calcário a profundidades maiores que as da aração comum mediante o emprego de máquinas pesadas, portanto, é recomendável. Segundo Kamprath (20), pode-se calcular a quantidade da CaCO^, em toneladas/ha, necessária para um determinado solo mineral, multiplicando-se o valor de alumínio trocável em e.mg/100g por coeficiente de 1,5 a 2,0. Devido aos teores relativamente elevados de carbono e à extrema penúria em cálcio e magnésio nesses solos, seria preferível aplicar calcário dolomítico e usar o coeficiente 2,0. Os dados relativos ao cálcio, magnésio e potássio mostram que esses elementos ocorrem em quantidades extremamente reduzidas. Esses solos têm, portanto, fertilidade natural muito baixa, carecendo de adubações maciças para haver produções satisfatórias. A mineralogia, por sua vez, mostra a inexistência de fontes potenciais de nutrientes e a presença de compostos com marcante capacidade de adsorção de fosfato como a gibbsita c óxidos de ferro, influenciando desfavoravelmente a nutrição fosfatada das plantas. O relevo é em sua maior parte suave-ondulado com declividades inferiores a 5%, permitindo portanto a mecanização em larga escala. Os tratos conservacionistas nessas áreas poderão ser simples, do tipo rotação de cultura, culturas em faixa e plantio em nível. Um adequado programa de adubação e calagem aliado ao de rotação de culturas deve ser estabelecido a fim de beneficiar as culturas mais exigentes com os níveis mais altos de adubos e as plantas menos exigentes com os efeitos residuais. Por informações fornecidas pela Seção de Raízes e Tubérculos, que está conduzindo cinco ensaios de adubação da batatinha, os resultados preliminares obtidos permitem concluir que o fósforo é o macroelemento que maior limitação impõe à cultura, seguindo-se o nitrogênio e, por último e em muito menor escala, o potássio. Em ensaio com doses crês-

37 centes de boro (de 5 a 30 kg/ha de bórax) com adubação básica de kg/ha (N, P 2 0 5, K 2 0), não foi observado efeito sensível na produção. O ensaio com micronutrientes, B, Zn, Cu, Mo, Fe e Mn em complementação a uma adubação básica de kg/ha de N, P 2 0 5, K 2 0, também não mostrou efeito algum. Nas áreas mais acidentadas há ocorrência de solos rasos e litossolos sobre laterita restringindo a profundidade efetiva do solo a menos de 60 cm e as opções de cultivos. Essas áreas são mais adequadas às pastagens e às culturas permanentes. Segundo o sistema de classificação para fins de fertilidade preconizado por Buol e colaboradores (9), as unidades Coruja e Urutu apresentam, a par do tipo argiloso (código C) representado por uma textura com mais de 35% de argila, os seguintes modificadores: a mais de 60% de complexo coloidal saturado com alumínio; i razão (Fe gibbsita)/argila <0,2; k K+ <0.2 e.mg/100 g TFSA; e (Soma de bases + alumínio) <4 e.mg/100 g TFSA. sendo, portanto, codificadas como: "C/aike". A unidade Tatu, por não apresentar o modificador i, fica codificada como: "C/ake". As unidades Caraguatá e Caraguatá raso, por apresentarem menos de 35% de argila, ficam codificadas como "L/aike". Observa-se, portanto, que, dentro do esquema de Buol, os solos bem drenados da Estação Experimental apresentam, na sua totalidade, fatores restritivos idênticos, não se justificando, do ponto de vista químico, manejos diferentes. DETAILED SOIL SURVEY OF THE AGRICULTURAL EXPERIMENT STATION AT ITARARÉ, SP SUMMARY In this paper a description of a detailed soil survey in the Agricultural Experiment Station at Itararé, SP is given. The soil survey of the 495 ha of the Experiment Station was done at the series level. Seven soil units were identified and the description and analysis of four Inceptisols, and two Oxisols are presented. A soil map at 1:10,000 scale is also presented.

38 LITERATURA CITADA 1. ALEXIADES, C. A. & JACKSON, M. L. Quantitative determination of vermiculite in soils. Proc. Soil Sci. Soc. Am. 29: , Quantitative clay mineralogical anlysis of soils and sediments. In. Proc. 14 th Nat. Conf. clays and clay minerals. New York, Pergamon Press 26:35-52, ALMEIDA. F. F. M. Fundamentos geológicos do relevo paulista. S. Paulo, Inst. Geogr. Geol., p. (Boletim, 41) 4. BRAMÃO, D. L. & SIMONSON, R. W. Rubrozem a proposed great soil group. Trans. Intern. Congr. Soil Sci. 6 th Congr. Paris., E: BRASIL. Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas. Comissão de solos. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado de São Paulo. Rio de Janeiro. Ministério da Agricultura, p. (Boletim, 12). 6. BRASIL. Ministério da Agricultura. Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio Grande do Sul. Primeira etapa: Planalto Riograndense: Pesq. agropec. bras. 2:71-209, DIVISÃO de Pesquisa Pedológica. Estudo expedito de solos no Estado do Paraná para fins de classificação e correlação. (Convênio MA/DPP-CERENA Convênio MA/CONTAP/USAID/ETA). Recife, p. (Bol. téc, 37) 8. LEVANTAMENTO exploratório. Reconhecimento de solos do Estado do Rio Grande do Norte. (Convênio de mapeamento de solos MA/DNPEA SUDENE/DRN Convênio MA/CONTAP/USAID/BRASIL). Recife, p. (Bol. Téc. 21) 9. BUOL, S. W.; SANCHEZ, P. A.; CATE JR., R. B. & GRANGER, M. A. Classiflcacion de suelos en base a su fertilidad. In Manejo de Suelos en la America Tropical. Editado por E. Bornemisza e A. Alvarado. Raleigh, N. C, EUA, 1975, 129-A CAMPINAS. Instituto Agronômico do Estado de São Paulo. Manual para descrição do solo no campo. Campinas, p. (Boletim, 118) 11. COSTA LIMA, V. Estudo pedológico de perfis de solos do grande grupo Rubrozem da Bacia de Curitiba, PR: Dissertação apresentada à E.S.A. Luiz de Queiroz para obtenção do título de Mestre. Piracicaba, lllfls. 12. EVANS, C. E. & KAMPRATH, E. J. Lime response as related to percent Al saturation solution Al and organic matter content. Proc. Soil Sci. Soc. Am. 34: , EUA. Departament of Agriculture. Soil taxonomy (Selected chapters from the unedited text). Washington, FAO UNESCO. Definitions of soil units for the soil map of the world. (World Soil Resource 33) Rome, p. (Reports,) 15. FRANÇA. Comission de Pedologie et de Cartographie des Sols. Classification de sols. Edition Versailles, s.d. 96p. 16. GROHMANN, F. & RAIJ, B. van. Influência dos métodos de agitação na dispersão da argila do solo. In: Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 15., Santa Maria, Anais, (a publicar) 17. HASHIMOTO I. & JACKSON, M. L. Rapid dissolution of allophane and kaolinite-halloysite after dehydration. Clay and clays Min., Proc. 7 th Nat. Conf. N. York. New York, Pergamon Press, 26:83-89, 1960.

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