Redes Industriais. Centro de Formação Profissional Orlando Chiarini - CFP / OC Pouso Alegre MG Inst.: Anderson
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- Ronaldo Stachinski Carvalho
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1 Redes Industriais Centro de Formação Profissional Orlando Chiarini - CFP / OC Pouso Alegre MG Inst.: Anderson
2 Capítulo 4 Rede PROFIBUS
3 Capítulo 4 Introdução A comunicação expande-se rapidamente no sentido horizontal, nos níveis inferiores (field level), assim como no sentido vertical integrando todos os níveis hierárquicos de um sistema. De acordo com as características da aplicação a ser atingida, uma combinação gradual de diferentes sistemas de comunicação, tais como: Ethernet, PROFIBUS e AS-Interface, oferece as condições ideais de redes abertas em processos industriais.
4 Capítulo 4 Características
5 Capítulo 4 Introdução Desde janeiro de 2000, o PROFIBUS foi estabelecido com a IEC 61158, ao lado de mais sete outros fieldbuses. Alguns números: Mais de produtos disponíveis. Mais de instalações - PROFIBUS. Mais de 1000 plantas com PROFIBUS-PA. Mais de 35 milhões de nós instalados. Mais de 3 Milhões de nós PROFINET instalados. Mais de 880 mil nós PROFIBUS-PA. Mais de 2000 Fornecedores. Brasil: um dos maiores parques instalados!! Um extensivo catálogo de produtos pode ser obtido no site Para referência e suporte na América Latina acesse
6 Capítulo 4 Introdução São 24 organizações regionais e 35 Centros de Copetência em PROFIBUS (PCCs), localizados estrategicamente em diversos países oferecendo suporte. No Brasil na Escola de Engenharia de São Carlos USP existe o único PCC da América Latina. O PROFIBUS é um padrão de rede de campo aberto e independente de fornecedores, onde a interface entre eles permite uma ampla aplicação em processos, manufatura e automação predial.
7 Capítulo 4 Introdução No nível de atuadores/sensores o AS-Interface é o sistema de comunicação de dados ideal, pois os sinais binários de dados são transmitidos via um barramento extremamente simples e de baixo custo, juntamente com a alimentação dos elementos de campo. Os dados são transmitidos ciclicamente, de uma maneira extremamente eficiente e rápida. No nível de campo, a periferia distribuída, tais como: módulos de E/S, transdutores, acionamentos (drives), válvulas, trabalham em sistemas de automação, via um eficiente sistema de comunicação em tempo real, o PROFIBUS DP ou PA. A transmissão de dados é feita ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e diagnósticos são transmitidos somente quando necessário, de maneira acíclica.
8 Capítulo 4 Introdução No nível de célula, os controladores programáveis, como os CLPs e os PCs, comunicam-se entre si, requerendo que grandes pacotes de dados sejam transferidos. Além disso, a integração eficiente aos sistemas de comunicação corporativos existentes, tais como: Intranet, Internet e Ethernet, são requisito absolutamente obrigatório. Essa necessidade é suprida pelos protocolos PROFIBUS FMS e PROFINet. O PROFIBUS atua como um elo de ligação central no fluxo de informações no processo de automação. Está dividido em três variantes principais: PROFIBUS-DP, PROFIBUS-FMS e PROFIBUS-PA
9 Capítulo 4 Versões Profibus PROFIBUS permite uma integração uniforme e completa entre todos os níveis da automação e as plantas das áreas de controle de processo. Isto significa que a integração de todas as áreas da planta pode ser realizada com um protocolo de comunicação que usa variações diferentes.
10 Capítulo 4 PROFIBUS-DP PROFIBUS-DP (Distributed Peripherals) É a solução de alta velocidade (high-speed) do PROFIBUS. Otimizado para comunicações entre os sistemas de automação e periféricos descentralizados, voltada para sistemas de controle de dispositivos de I/O distribuídos. 90% das aplicações envolvendo escravos Profibus utilizam-se do PROFIBUS DP Como meio físico utiliza a RS485 ou a fibra ótica em ambientes com susceptibilidade a ruídos ou que necessitem de cobertura a grandes distâncias.
11 Capítulo 4 Versões Profibus PROFIBUS-DP (Distributed Peripherals) Está disponível em três versões: DP-V0 (1993), DP-V1 (1997) e DP-V2 (2002).
12 Capítulo 4 PROFIBUS-DP O PROFIBUS-FMS (Fieldbus Message Specificaton) É a solução de padrão de comunicação universal que pode ser usada para resolver tarefas complexas de comunicação entre CLPs e DCSs e é geralmente utilizada em nível de controle. Recentemente, pelo fato de ter como função primária a comunicação mestre-mestre, vem sendo substituída por aplicações em Ethernet com o PROFINET.
13 Capítulo 4 PROFIBUS-PA PROFIBUS-PA (Process Automation) É a solução PROFIBUS que atende aos requisitos da automação de processos, onde se tem a conexão em processos com equipamentos de campo, tais como: transmissores de pressão, temperatura, conversores, posicionadores, etc. Esta rede permite alimentar os equipamentos de campo em áreas intrinsecamente seguras, bem como a manutenção e a conexão/desconexão de equipamentos até mesmo durante a operação, sem interferir em outras estações em áreas potencialmente explosivas.
14 Capítulo 4 Características básicas O Profibus é um sistema multimestre e permite a operação conjunta de diversos sistemas de automação, engenharia ou visualização, com seus respectivos dispositivos periféricos. O PROFIBUS diferencia seus dispositivos entre mestres e escravos. Dispositivos mestres determinam a comunicação de dados no barramento. Um mestre pode enviar mensagens, sempre que possuir o direito de acesso ao barramento (o token). Os mestres também são chamados de estações ativas no protocolo PROFIBUS. Os dispositivos escravos são dispositivos remotos (de periferia), tais como módulos de I/O, válvulas, acionamentos de velocidade variável e transdutores. Eles não têm direito de acesso ao barramento e só podem enviar mensagens ao mestre ou reconhecer mensagens recebidas quando solicitados. Os escravos também são chamados estações passivas.
15 Capítulo 4 Meio Físico RS-485: utilizado na versão DP para uso universal, em especial em sistemas de automação da manufatura. Manchester(IEC ): utilizado na versão PA para aplicações em sistemas de automação em controle de processo. Fibra óptica: utilizado na versão DP para aplicações em sistemas que demandam grande imunidade a interferências eletromagnéticas e grandes distâncias. O comprimento máximo do cabeamento depende da velocidade de transmissão:
16 Capítulo 4 Profibus DP O PROFIBUS-DP permite sistemas mono e multimestre, oferecendo um alto grau de flexibilidade na configuração do sistema. Até 125 dispositivos (mestres ou escravos) podem ser ligados a um barramento. Cada sistema de PROFIBUS-DP pode conter três tipos de dispositivos diferentes: Classe 1 DP MASTER: é um controlador central que troca informações com os slaves dentro de um ciclo de mensagem especificado. Classe 2 DP MASTER: são dispositivos de configurações. São utilizados durante o comissionamento para configuração do sistema DP e também para manutenção e diagnóstico de seus dispositivos. Trabalham com mensagens assíncronas. DP SLAVE: é um dispositivo periférico que coleta informações de saída e envia informações de entrada ao controlador. Um máximo de 244 bytes de entrada e 244 bytes de saída é permitido.
17 Capítulo 4 Profibus DP Ex: Profibus-DP a 12 Mbits/s requer 1ms para ler 512 bits de entrada e enviar 512 de saída distribuídos em 32 estações. Em uma velocidade de 1,5Mbits/s necessita de 6ms. É muito importante que o tempo de ciclo de leitura e escrita seja menor que o tempo de ciclo do controlador.
18 A Capítulo 4 Profibus DP - Topologias
19 A Capítulo 4 Profibus DP - Topologias
20 A Capítulo 4 Topologias de rede Máx. Capacitâcnia
21 Capítulo 4 Indicação dos Instrumentos e Interligações: A indicação das ligações dos equipamentos que compõe a rede Profibus é fundamental na representação da rede, pois facilita a localização dos equipamentos para uma futura manutenção, possibilitando a substituição do instrumento ou conexão danificados. Os módulos derivadores descritos na representação da rede devem ser ilustrados com todas as derivações e instrumentos, mesmo os que não estejam sendo utlizados. Recomenda-se que o cabo principal (tronco) seja corretamente identificado nas entradas e saídas dos módulos para facilitar sua localização.
22 A Capítulo 4 Dados do cabo
23 Capítulo 4 Exemplo Exemplo de uma instalação demonstrando a aplicação da rede Profibus para uma taxa de comunicação de 500 Kbits/s e de acordo com a tabela anterior, o limite do cabo é de 400m.:
24 Capítulo 4 Exemplo Comprimento máximo das Derivações para Cabo Profibus: Adotando como exemplo para o cálculo, a taxa de comunicação de 500Kbit/s, nesta taxa o cabo tem uma capacitância de 0,027nF/m a 25ºC (esta capacitância varia com a taxa e a temperatura). O comprimento máximo do cabo para a taxa adotada é de 400m por segmento ou 32 nós e no máximo 124 nós por rede. Se utilizar mais de 1 segmento, obrigatoriamente se deve utilizar o repetidor de rede profibus DP que também possui quantidade limitada em função da taxa. O que irá determinar a quantidade de caixas de derivações é a soma da capacitância do cabo, lembrando que cada derivação não pode ultrapassar 0,3m. Exemplo da figura anterior: Taxa= 500Kbits/s Cabo tronco= 350m Nº de derivações de 0,3m igual à 50 derivações, então temos no total de 15 metros nas derivações Comprimento total da Rede= 350m + 15m = 365m Calculo da capacitância nas derivações: 0,027nF/m x 15m = 0,405nF pela norma para uma taxa de 500Kbits/s a capacitância tem que ser menor ou igual a 0,6nF Neste caso a rede estaria dentro dos padrões.
25 Capítulo 4
26 Capítulo 4 A topologia branch line é permitida desde que se utilize de repetidores de rede.
27 Branch Capítulo 4 Topologias de rede
28 Estrela Capítulo 4
29 Anel Capítulo 4
30 Capítulo 4 Cabeamento Cabeamento
31 Capítulo 4 Cabo profibus DP Há no mercado conversores e protetores de fontes para converter o cabo de duas para quatro vias.
32 Capítulo 4 Cabo profibus DP
33 Capítulo 4 Instalação do profibus DP
34 Capítulo 4 Comparação de protocolos
35 Capítulo 4 A alimentação dos módulos de campo para a rede PROFIBUS-DP é de 24 Vdc, sendo admissível uma variação de 20% para mais ou para menos (Máx. de 28,8 Vdc e mín. de 19,2 Vdc).
36 Capítulo 4 Cálculo das correntes Verificar qual a corrente que cada trecho está submetido, para o cálculo da queda de tensão ao longo da linha admitindo, a título de exemplo, um consumo de 0,5 A por escravo.
37 Capítulo 4 Quedas de tensão Deve-se calcular a queda de tensão ao longo da linha provocada pela corrente de consumo sobre a resistência do cabo da rede. É admissível uma tensão mínima de 19,2 Vdc.
38 Capítulo 4 Exercícios Exercício: Considere a nova posição da fonte, recalcule a tensão em cada escravo e verifique se atende a mínima de 19,2 Vdc.
39 Capítulo 4 Para casos com mais de 32 estações, devem ser utilizados repetidores. Por norma, um máximo de 4 repetidores é permitido. Dependendo do fabricante e das características do repetidor, é permitido instalar até 9 repetidores em cascata. Porém pode haver problemas com o atrasos embutidos na rede.
40 Capítulo 4 Profibus DP Número máximo de repetidores conforme a taxa e comunicação Para taxas de 3000Kbps, 6000Kbps e Kbps não se aplicam os repetidores
41 Capítulo 4 Padrão RS485, topologia barramento. Permite a interligação de até 32 elementos (estações ativas, passivas ou repetidoras*) por segmento de rede. A distância máxima é de 1.2 Km utilizando interface RS-485. A rede pode ser estendida com o uso de repetidores e fibra ótica por vários Km. Não se pode utilizar mais de 31 elementos sem a colocação do repetidor, devido à limitação de 32 estações por segmento de rede. Com repetidor até 125 (repetidor conta como estação) 32 é limitação física (novos drivers permitem número maior) 127 é limitação lógica (endereços de 8 bits, 1 bit para indicar endereço de grupo ou broadcast) - 1 endereço usado para designar sem endereço
42 Capítulo 4 Profibus DP
43 Capítulo 4 O terminador é uma impedância que se acrescenta na rede Profibus com a função de casar a impedância da rede. Quanto maior for o comprimento da rede, maior pode ser a distorção dos sinais. O terminador elimina erros de comunicação por distorções de sinais. A impedância característica é o valor da carga, que colocada no final desta linha, não reflete nenhuma energia. Ou em outras palavras, é o valor da carga que proporciona um coeficiente de reflexão zero, ou ainda, uma relação de ondas estacionárias igual a um. No Profibus-DP, os terminadores são ativos, isto é, são alimentados.veja a figura 1.Os níveis de sinais devem estar entre 4.0 e 7.0V.
44 Capítulo 4 Terminadores Há a necessidade da terminação ativa no barramento no começo e fim de cada segmento.
45 Capítulo 4 Terminação ativa na posição incorreta (esquerda) mostra que tanto o nível quanto a forma de onda são degradados.
46 Capítulo 4 A falta de terminação (figura a esquerda) promove o não casamento de impedância e faz com que o cabo Profibus fique susceptível à reflexão de sinal, atuando como uma antena.
47 Capítulo 4 O uso dos terminadores de barramento, onde preferencialmente o mestre está localizado no início do barramento com um terminador ativo e o último escravo, o mais distante do mestre, também possui terminador ativo. Durante manutenção ou reposição deste último escravo, pode haver comunicação intermitente com os outros devices. Portanto, o último escravo deve permanecer alimentado o tempo todo.
48 Capítulo 4 Quando devido à arquitetura e/ou topologia tem-se algo como a figura abaixo, onde se tem o mestre no meio do barramento, deve-se colocar os terminadores no primeiro escravo (o mais a esquerda do mestre) e no último (o mais distante), mantendo-os sempre energizados. Aqui também, durante a manutenção ou reposição, pode haver comunicação intermitente com os outros devices.
49 Capítulo 4 Uso de fibra ótica A fibra ótica pode ser utilizada para aumentar a imunidade ao ruído ou para alcançar maiores distâncias, podendo ultrapassar os 100 km. Alguns fabricantes oferecem ainda redes redundantes com a troca automática de rota em caso de falha. Existem também acopladores entre rede de fibra ótica e RS485.
50 Capítulo 4 PROFIBUS PA O PROFIBUS-PA (Process Automation) é a solução PROFIBUS que atende aos requisitos da automação de processos, em substituição aos processo 4 a 20mA ou Hart, para automação de processos analógicos. Sua velocidade é fixa em 31,25Kbps, depende do Profibus-DP para entrar em operação. Cumpre com as exigências específicas da indústria de processos tais como a operação em áreas classificadas, transmissão de informação e alimentação no mesmo meio físico. Especificada pela norma IEC , utiliza a codificação Manchester, a tensão de alimentação pode variar de 9 a 32 Vdc.
51 Capítulo 4 PROFIBUS PA Para realizar a conversão DP para PA, existem dois equipamentos distintos no mercado: Coupler Link
52 Capítulo 4 PROFIBUS PA Distância máxima está limitada a 1900m O cabo possui duas vias internas com malha para proteção de ruídos e cor azul externa para identificação da rede. O número de estações (Coupler/Link e módulos de campo) que pode ser conectado a um segmento é limitado a 32. Permite ligar 32 dispositivos por segmento sem segurança intrínseca (IS) ou até 9 dispositivos com segurança intrínseca (Ex ia/ib).
53 Capítulo 4 COUPLER Coupler: é somente um acoplador de meio físico entre as redes DP e PA. Não influencia o endereçamento da rede. São dispositivos utilizados para traduzir as características físicas entre o PROFIBUS DP (RS485) e o PROFIBUS PA (H1:31,25kbits/s) São transparentes para os mestres (não possuem endereço no barramento Profibus DP) Atendem aplicações de segurança intrínseca (Ex) e (Non-Ex), definindo e limitando o número máximo de equipamentos em cada segmento PA. O número máximo de devices depende da somatória das correntes dos devices no segmento e distâncias envolvidas no cabeamento. São alimentados com 24 Vdc.
54 Capítulo 4 COUPLER
55 Capítulo 4 PROFIBUS PA/LINKS Link: é um gateway de rede, ou seja, converte a versão DP em PA. É um módulo de campo comum para a versão DP e um mestre para a versão PA. São dispositivos utilizados como escravos da rede PROFIBUS DP (RS485 até 12Mbits/s) e mestre da rede PROFIBUS PA (H1:31,25kbits/s). Permitem taxas de até 12Mbits/s no barramento Profibus DP. Possuem endereço físico no barramento Profibus DP. São alimentados com 24 Vdc.
56 Capítulo 4 PROFIBUS PA/LINKS
57 Capítulo 4 PROFIBUS PA / TERMINADOR Segue ainda o mesmo conceito em relação à DP quanto aos terminadores de rede (casadores de impedância) sendo necessários em cada segmento de rede PA (O terminador consiste em um circuito RC série, contendo um resistor de 100 Ω em série com um capacitor de 1μF. O sinal de comunicação é transmitido como corrente mas recebido como tensão. O terminador faz esta conversão. Um sinal de 750 a 1000 mv estará presente na rede de comunicação. Proteção contra reflexão do sinal de comunicação: deve ser colocado nas duas terminações do barramento, um no final e outro geralmente no coupler.
58 Capítulo 4 O consumo de corrente em regime permanente é de 10 ma. O nó que envia dados deve sobrepor uma modulação de +/- 9 ma à corrente básica.
59 Capítulo 4 FISCO Equipamentos elétricos para utilização em atmosferas explosivas devem atender algum método de proteção especificado por normas da Série IEC Dentre estes métodos se destaca a segurança intrínseca onde a energia do equipamento é limitada por uma barreira (fonte) fora da área perigosa.
60 Capítulo 4 FISCO Com a demanda por uma quantidade maior de equipamentos em um barramento fieldbus intrisecamente seguro, o PTB (Physikalisch Technische Bundesanstalt, instituto alemão de ciência e tecnologia) executou testes rigorosos e chegou a um modelo que atende às altas demandas de consumo, o FISCO, Fieldbus Intrinsically Safe Concept O que se ganhou com o FISCO: Este conceito está de acordo com os padrões internacionais de segurança intrínseca (EN50020 e IEC , Classe I, Divisão 1, de acordo com os padrões americanos), onde deve existir uma única fonte de alimentação ativa por sistema e todos os nós são passivos e possuem indutância e capacitância internas desprezíveis (Li < 10μH, Ci < 5nF). Além disso em termos de cabeamento, vários tipos são permitidos sendo que se tem comprimento máximo de 1000m, com terminação nas duas extremidades e, equipamentos de campo, assim como fonte de alimentação, devem estar de acordo com o FISCO.
61 Capítulo 4 FISCO O modelo FISCO tem as seguintes restrições: a)cada segmento deve possuir um único elemento ativo (fonte de alimentação) no barramento de campo, localizado na área não-classificada; b)os demais equipamentos na área classificada são passivos (escravos); c)cada equipamento de campo deve ter um consumo quiescente mínimo de pelo menos 10 ma; d)em áreas Ex ia e Ex ib o comprimento máximo do barramento deve ser 1000 m; e)derivações individuais devem ser limitadas a 30 m; f)deve-se utilizar 2 terminadores ativos no barramento principal, um no início e um no fim do barramento; g)deve-se utilizar elementos de campo e barreiras/fontes aprovadas pelo FISCO; h)os cabos (sem restrições para cabeamento até 1000 m) devem possuir os seguintes parâmetros:
62 Capítulo 4 FISCO R:15 a 150 Ω/km; L: 0,4 a 1 mh/km; C: 80 a 200 nf/km. Cabo tipo A: 0,8mm2 (AWG18) i) Deve-se verificar para cada elemento de campo: Limite de tensão: Vo < Vi, Limite de corente: Io < Ii, Limite de potência: Po < Pi. Note que não se requer o cálculo de C e L para o segmento. j) As terminações devem possuir os seguintes parâmentros: R = 90 a 100 Ω; C = 0 a 2,2 μf. k) A fonte de alimentação deve ter os seguintes requisitos: V0 = 17,5 V sob condições de falha especificadas na IEC ou menor que 14 V sob condições normais de operação. Para I0 até 380mA Sem especificação de Lo e Co no certificado e na etiqueta
63 Capítulo 4 A potência máxima de saída Po não deve exceder 5,32 W. A documentação do equipamento deve declarar explicitamente que a fonte de alimentação é adequada para utilização em um sistema FISCO em conformidade com esta Norma.
64 Capítulo 4 O conceito FISCO foi otimizado para que seja permitido um número maior de equipamentos de campo, de acordo com o comprimento do barramento, levando-se em conta a variação das características do cabo (R', L',C'), terminadores, atendendo categorias e grupos de gases com uma simples avaliação da instalação envolvendo segurança intrínseca. Com isto aumentou-se a capacidade de corrente por segmento e facilitou para os usuários a avaliação. Além disso, ao adquirirem produtos certificados não precisam se preocupar mais com cálculos, mesmo em substituição em operação.
65 Capítulo 4 O Profibus PA & FISCO Em termos de Profibus, o FISCO sempre foi parte integrante das definições do Profibus PA. O modelo assume que não é necessário cálculo extra se os quatro elementos básicos, equipamentos de campo, cabo, coupler DP/PA e terminadores estão definidos dentro dos limites de tensão, corrente, capacitância e indutância. Diferentes órgãos certificadores permitem a avaliação e certificação dos produtos, tais como o PTB, FM, UL, CEPEL. Este conceito agrega a condição de Plug&Play no Profibus PA em áreas potencialmente perigosas
66 Capítulo 4 Existem um conjunto de regras para aplicações em áreas perigosas usando-se métodos de segurança intrínseca. O método FISCO provê uma fácil implementação para aplicações intrinsecamente segura em fieldbus, dando flexibilidade, segurança operacional às aplicações e reduzindo custos de instalação uma vez que se pode manusear até 10 equipamentos em uma rede Exia. Mais potência significa mais devices. Equipamentos que atendem ao FISCO podem ser conectados diretamente em redes IS baseadas no modelo de entidades. A condição inversa precisa ser avaliada.
67 Capítulo 4 O modelo FISCO tem as seguintes restrições: -Cada segmento deve possuir um único elemento ativo (fonte de alimentação) no barramento de campo, localizado na área não-classificada; -Os demais equipamentos na área classificada são passivos (escravos); -Em áreas Ex ia e Ex ib o comprimento máximo do barramento deve ser 1000 m, para não considerar os parâmetros L e C dos cabos. -Derivações individuais devem ser limitadas a 30 m; -Deve-se utilizar 2 terminadores ativos no barramento principal, um no início e um no fim do barramento; -Deve-se utilizar transmissores e barreiras/fontes aprovadas pelo FISCO; -Exemplo de marcação de um Elemento de campo FISCO:
68 A Capítulo 4 Topologia do profibus PA
69 Capítulo 4 Topologia do profibus PA
70 Capítulo 4 Controle de acesso ao meio O PROFIBUS combina dois métodos determinísticos de acesso ao meio: as estações ativas que se encontram em um anel lógico, no qual o direito de acesso ao meio é repassado ciclicamente por passagem de token. as estações passivas comportam-se como escravas, isto é, só tem acesso ao meio por requisição da estação ativa detentora do token.
71 Capítulo 4 Controle de acesso ao meio Comunicação Mestre-escravo: somente um mestre é ativo no barramento durante a fase de operação da rede.
72 Capítulo 4 Controle de acesso ao meio Comunicação Multi-Mestre: vários mestres são ligados em um único barramento. A informação de entrada e saída dos escravos podem ser lidas por todos os mestres mas apenas um mestre poderá escrever em uma saída.
73 Capítulo 4 Controle de acesso ao meio A comunicação entre mestre e escravo quando o token está ativo para o mestre é feita conforme abaixo: Vale ressaltar que essa comunicação serve tanto para a versão DP quanto para a versão PA do PROFIBUS.
74 Capítulo 4 Controle de acesso ao meio Cada telegrama é formado por vários caracteres. Um caracter é composto de 11 bits, sendo 1 bit de início (start bit), 8 bits de informações, 1 bit de paridade e 1 bit de finalização (stop bit). SYN: sincronismo para início da comunicação; SD2: (Start Delimiter): delimitador de início de telegrama; LE e Ler (Lenght): delimita o tamanho da informação a ser trafegada no campo DU; DA (Destination Address): Endereço de destino do telegrama; SA (Source Address): endereço de origem do telegrama; FC (Frame Controle): controle de telegrama; DU (Dados): pode variar de 1 a 244 bytes por escravo na rede PROFIBUS; FCS (Frame Check Sequence): sequência de verificação de erros; ED (End Delimier): elimitador de fim de telegrama.
75 Capítulo 4 Arquivo GDS Cada tipo de equipamento possui o seu arquivo GSD (General Specification Default), que é um arquivo texto com especificações: Especificações gerais: informações sobre o fabricante, o dispositivo, revisão de hardware e sofware, taxas de transmissão e informações de temporização. Especificações relacionadas ao mestre: número máximo de escravos que podem ser conectados ou opções de upload e download. Especificações relacionadas ao escravo: número e tipos de canais de I/O, especificação de informações e textos de diagnósticos.
76 Capítulo 4 Endereçamento dos escravos O endereço pode ser configurado de duas maneiras, sendo via software (geralmente para mestres) ou via chave decimal rotativa (para escravos). É possível realizar o endereçamento dos equipamentos de um fabricante qualquer através de chaves rotativas decimais na faixa de 01 até 99.
77 Capítulo 4 Exemplo de aplicação
78 Capítulo 4 Exemplo de aplicação
79 Capítulo 4 Exemplo de aplicação
80 Eletricidade
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