ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DAS EMPRESAS VITIVINÍCOLAS DA SERRA GAÚCHA INVESTIDORAS EM VITIVINICULTURA NA METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGÓCIOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DAS EMPRESAS VITIVINÍCOLAS DA SERRA GAÚCHA INVESTIDORAS EM VITIVINICULTURA NA METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL FELIPE GUTHEIL FERREIRA Porto Alegre, 2005

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3 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGÓCIOS - CEPAN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DAS EMPRESAS VITIVINÍCOLAS DA SERRA GAÚCHA INVESTIDORAS EM VITIVINICULTURA NA METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL FELIPE GUTHEIL FERREIRA Orientador: Prof. Dr. Jaime Evaldo Fensterseifer Dissertação submetida ao Programa de Pós- Graduação em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Agronegócios. Porto Alegre 2005

4 2 AGRADECIMENTOS Ao chegar ao término deste trabalho gostaria de agradecer a todos que de uma forma ou outra contribuíram para o desenvolvimento deste estudo. Em primeiro, agradecer à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pelo ensino de qualidade e gratuito. Nessa Universidade, cursei também, a graduação em Agronomia, por isso, além de sentir muito orgulho desta casa, sinto-me, também, muito grato. Ao Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios, pela oportunidade e pelo aprendizado oferecido, nesse sentido, agradeço também aos professores e colegas pela convivência e experiências vividas. Ao Professor Doutor Jaime Evaldo Fensterseifer, meu orientador, pela sua disposição de ajudar e acreditar na realização e desfecho deste trabalho. Aos representantes do setor vitivinícola entrevistados neste estudo e suas instituições, pela ajuda na confecção do trabalho. Às empresas vitivinícolas pesquisadas neste estudo, pelas informações fornecidas e pela receptividade que tiveram para ajudar no desenvolvimento do trabalho. À CAPES, pela bolsa de incentivo à realização desta dissertação. Aos meus pais, pelo incentivo e apoio oferecidos durante o curso, sendo fundamental para o término deste mestrado.

5 3 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... 7 LISTA DE GRÁFICOS... 8 LISTA DE QUADROS... 9 LISTA DE TABELAS RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO QUESTÃO DA PESQUISA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos JUSTIFICATIVA CONJUNTURA DA VITIVINICULTURA VITIVINICULTURA MUNDIAL VITIVINICULTURA BRASILEIRA VITIVINICULTURA GAÚCHA Produção e Comercialização de Uvas e Vinhos Importações e Exportações de Vinhos A METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL E A EXPANSÃO DA VITIVINICULTURA CARACTERIZAÇÃO DA METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL Ocupação do Território... 40

6 A Recente Evolução Econômica da Metade Sul O INÍCIO DA ATIVIDADE VITIVINÍCOLA NA METADE SUL PRINCIPAIS MUNICÍPIOS INVESTIDORES EM VITIVINICULTURA NA METADE SUL Campanha Gaúcha Fronteira Oeste Serra do Sudeste CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS FAVORÁVEIS À VITICULTURA NA METADE SUL FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CONTEÚDO DA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Conceito de Estratégia Os Níveis Estratégicos da Empresa A Relação entre Estratégia de Produção e Planejamento Estratégico CONCEITO DE ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO A REDE DE VALOR DE OPERAÇÕES A FUNÇÃO PRODUÇÃO COMO FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA Critérios Competitivos Categorias de Decisão METODOLOGIA ESCOLHA DO MÉTODO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS CASOS OS INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS Entrevistas em Profundidade com Especialistas... 89

7 Entrevistas em Profundidade com Representantes das Unidades-Caso PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS ETAPAS DA PESQUISA RESULTADOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS EMPRESAS PESQUISADAS PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES E OBJETIVOS CRITÉRIOS COMPETITIVOS VALORIZADOS PELAS EMPRESAS Qualidade Desempenho na Entrega (Confiabilidade de Entrega) Custo Inovação de Produtos (Inovatividade) Flexibilidade CATEGORIAS DE DECISÃO Instalações para a Produção Capacidade de Produção Grau de Integração Vertical/Relação com Fornecedores Sistemas de Gestão (Planejamento e Controle da Produção/Controle e Garantia da Qualidade) Desenvolvimento de Novos Produtos/Tecnologias de Processo CONSIDERAÇÕES GERAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS LIMITAÇÕES DO ESTUDO CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8 6 ANEXOS ANEXO A ROTEIRO DE ENTREVISTAS COM ESPECIALISTAS ANEXO B QUESTIONÁRIO PARA AS EMPRESAS VINÍCOLAS

9 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Principais regiões vitícolas no mundo Figura 2 Principais regiões vitícolas do Estado Figura 3 Esquema da definição da função produção dentro de uma perspectiva ampla Figura 4 Formulação de estratégias para a tomada de decisão Figura 5 Roteiro de determinação de estratégias Figura 6 Roteiro de determinação de estratégias Figura 7 Estruturação da Rede de Valor de Operações Figura 8 Conteúdo da estratégia de produção Figura 9 Objetivos da manufatura classificados como ganhadores de pedido, qualificadores ou menos importantes Figura 10 Esquematização de um trade-off Figura 11 Exemplo de uma unordered meta-matrix utilizada no trabalho para análise dos dados das entrevistas Figura 12 Aspectos técnicos responsáveis pela escolha do local dos vinhedos na Metade Sul Figura 13 Esquema geral de um modelo de parceria entre empresa vinícola e viticultores Figura 14 Modelo de estratégia de produção desenvolido pelas empresas vitivinícolas pesquisadas

10 8 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Evolução das importações de mudas de videira anos 1989 a Gráfico 2 Demonstrativo da elaboração de vinhos e derivados de uvas de 1994 até 2004 (em mil litros)... Gráfico 3 Principais países exportadores de vinhos para o Brasil período 2001 a Gráfico 4 Comparativo entre o total das importações brasileiras de vinhos e a comercialização de vinhos finos brasileiros no mercado interno (mil litros)

11 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Hierarquia do planejamento operacional Quadro 2 Categorias de decisão consideradas nesse estudo Quadro 3 Perfil geral das empresas estudadas Quadro 4 Principais motivações e objetivos dos investimentos em vitivinicultura na Metade Sul... Quadro 5 Principais características das uvas e vinhos da Metade Sul segundo os entrevistados... Quadro 6 Principais diferenças entre os custos de produção de uvas da Metade Sul e da Serra Gaúcha... Quadro 7 Comparativo de algumas variedades não tradicionais (Vitis vinifera) introduzidas na Metade Sul com as variedades usualmente cultivadas na Serra Gaúcha... Quadro 8 Diferentes graus de integração vertical das empresas pesquisadas

12 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Consumo de vinhos (litros per capita) em países selecionados Tabela 2 Produção de uvas nos diferentes estados do Brasil (toneladas)... Tabela 3 Área plantada nos diferentes Estados do Brasil (hectares)... Tabela 4 Produção e comparativo de produção das uvas no Rio Grande do Sul (em mil quilos). Safras 2001, 2002, 2003, Tabela 5 Comercialização de vinhos no mercado interno das empresas gaúchas (mil litros) ano Tabela 6 Comercialização e comparativo de comercialização no mercado interno de vinhos e espumantes das empresas do Rio Grande do Sul (em litros)... Tabela 7 Principais exportações brasileiras de vinhos período de 2002 a 2004 (em litros)... Tabela 8 Principais áreas de vinhedos (Vitis vinifera) na Metade Sul do RS (ano de 2004) Tabela 9 Valores médios de insolação, precipitação, índice heliopluviométrico de maturação e umidade relativa média do ar no período de dezembro a fevereiro. Período de observações: 1967 a Tabela 10 Número de horas de frio abaixo de 7 o C, no período de maio a agosto Tabela 11 Amplitude diária de temperatura ( o C) em diferentes municípios. Período 1967 a Tabela 12 Hierarquia do planejamento operacional... Tabela 13 Unidades-caso a serem estudadas... Tabela 14 Critérios competitivos valorizados pelas empresas (1 mais valorizado; 5 menos valorizado)

13 11 RESUMO A produção de uvas e vinhos finos no Rio Grande do Sul está sofrendo significativas mudanças relativas ao modelo de produção. Antes concentrada basicamente na Serra do Nordeste (Serra Gaúcha), caracterizava-se pela produção em pequenas áreas com mão-deobra familiar. A pouca disponibilidade de áreas para a expansão dos vinhedos, bem como o alto valor das terras na região serrana, além de outras limitações quanto à produção de uvas finas fizeram com que alguns empresários do setor procurassem novas regiões para expandir suas atividades, dentre as quais destaca-se a Metade Sul do Rio Grande do Sul como a preferida dos empreendedores vitivinícolas. Este trabalho tem por objetivo identificar e descrever que estratégias de produção estão sendo desenvolvidas e realizadas pelas empresas investidoras em vitivinicultura na Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul, sediadas na Serra Gaúcha, para produzir uvas e vinhos finos de forma competitiva. O método utilizado foi o de estudo de casos múltiplos, com nove empresas vitivinícolas sediadas na Serra Gaúcha e com vinhedos na Metade Sul. Entre as principais motivações e objetivos dessas empresas destaca-se a oferta abundante de terras com preços acessíveis, além da possibilidade de utilização da mecanização e formação de vinhedos em áreas mais extensas e homogêneas quando comparadas com as da Serra Gaúcha. Destacam-se, também, as características edafoclimáticas encontradas na Metade Sul, com solos próprios ao cultivo das vinhas, bem como o clima quente, seco e de alta insolação, principalmente no período de amadurecimento das uvas. Tais características fazem com que os objetivos dos empresários vitivinícolas sejam atingidos, com a produção de uvas finas de alta qualidade para atender a demanda do mercado de forma competitiva. Para isso, as empresas estão formando vinhedos com modernos sistemas de produção, tanto próprios como em parcerias, além de manterem maior integração com seus fornecedores de uvas. Os recentes empreendimentos em vitivinicultura na Metade Sul irão proporcionar vantagens competitivas tanto para os empresários investidores como para os demais vitivinicultores da Serra Gaúcha, pois haverá aumento da qualidade dos vinhos em ambas as regiões, o que desenvolverá a imagem do país como um produtor de vinhos finos de qualidade. Palavras-chave: vitivinicultura; vinhos finos; Metade Sul; Serra Gaúcha; estratégias de produção.

14 12 ABSTRACT The production of grapes and fine wines in the state of Rio Grande do Sul is facing expressive changes concerning to the production pattern. At the beginning, with its concentration basically in the north east Mountain Region (Serra Gaúcha), the theme was distinguished by the production in small areas with familiar working men. The little availability of places for the vineyards expansion, as well as the high value of the lands in the mountain region, besides other limitations concerning the production of fine grapes made the mean in which some businessmen of this sector searching for new areas for expanding their activities, among which is detached the Half South of Rio Grande do Sul as the preferred one within the viniculture enterprising. This essay has as its aim the identification and also the description which are the output strategies that are being developed and executed by the enterprises that invests in the viniculture in the Half South of the state of Rio Grande do Sul with their head offices in the Serra Gaúcha (Gaúcha Mountain Region) for producing grapes and fine wines in a competitive way. The method used was the study of multiple cases with nine winegrower owners with their headquarters in the Gaúcha Mountain Region and with the vineyards in the Half South. Among the main motivations and objectives of these enterprises the peculiarity is the abundant offer of lands with accessible prices, as well as the possibility of using the mechanizing and formation of vineyards in larger and homogeneous areas when compared with the Gaúcha Mountain Region. We can also stress edaphic climax qualities found in the Half South, with suitable soil for the cultivation of the vine, as well as the hot weather, which is dry and shows high insolation; mainly in the maturation period of the grapes. Such characteristics make possible the achievement of the objectives of the viniculture businessmen with the production of fine grapes that shows high quality for attending the market request in a competitive form. Therefore, to achieve the purpose described above, the enterprises are forming vineyards with modern systems of output, not only by an alone performance but also through partnerships, and, in addition, they maintain major joining with their grape providers. The recent ventures in viniculture in the Half South will provide competitive advantages not only for the people that invest in the mean, but as well for the others winegrowers of the Gaúcha Mountain Region, for there will be an increment of the wine quality in both regions, and this data will develop the image of the country as a fine quality wine producer. Key words: viniculture; fine wines; half south; Gaúcha Mountain Region; strategies production

15 13 1 INTRODUÇÃO A Metade Sul do Rio Grande do Sul possui potencial para a produção de diversos produtos de qualidade no setor agropecuário. Além dos produtos tradicionais da região, como o arroz irrigado e a produção de gado de corte, a fruticultura apresenta-se como uma alternativa concreta capaz de gerar riqueza e desenvolvimento. Mais especificamente, destaca-se a vitivinicultura, capaz de integrar as atividades exercidas no campo, produção das uvas, e a indústria, vinificação. Além de ser uma região com potencial para a produção de uvas e vinhos finos de qualidade, devido às características de clima e solo, a região também possui enorme disponibilidade de terras para o cultivo dos vinhedos, com custos acessíveis quando comparados aos da Encosta Superior do Nordeste, conhecida como Serra Gaúcha. Diante dessa realidade, diversos investimentos estão sendo realizados na região para a instalação de novos vinhedos voltados à produção de uvas finas e, conseqüentemente, à instalação de vinícolas para vinificar as uvas produzidas. A recente expansão da viticultura da tradicional região produtora do Rio Grande do Sul, Serra Gaúcha, para a Metade Sul do Estado merece especial atenção, uma vez que as empresas vitivinícolas parecem investir em uma estratégia de produção voltada exclusivamente para a produção de uvas finas, em vinhedos com área maior quando comparados aos da Serra Gaúcha. As características dos empreendimentos realizados até o momento, somados às características da Metade Sul, que favorecem a produção de uvas finas, estão modificando o cenário vitivinícola gaúcho. Dentre as diversas vantagens que a expansão da vitivinicultura na Metade Sul pode oferecer, destacam-se os benefícios sócio-econômicos para a região e para o Estado. Isto se justifica, pois a Metade Sul do Rio Grande do Sul enfrenta problemas de desenvolvimento sócio-econômico, quando comparada às outras regiões do Estado. Para reduzir a disparidade econômica existente entre a Metade Sul e as demais regiões do Estado, a atividade vitivinícola surge como uma alternativa estratégica para o desenvolvimento da região. Estudar o potencial da região para a produção de uvas finas, as características e objetivos das empresas investidoras na região, bem como de que forma isto tudo irá influenciar as estratégias de produção das empresas faz-se necessário, pois, sem dúvida, tais

16 14 fatores irão refletir na competitividade da vitivinicultura, tanto no mercado interno como no externo. 1.1 QUESTÃO DA PESQUISA A produção vitivinícola gaúcha ainda está associada principalmente à Serra Gaúcha, maior região produtora de uvas e vinhos do Brasil. No entanto, atualmente essa região enfrenta algumas limitações, o que estimula o desenvolvimento da atividade em outras áreas do Estado, destacando-se a Metade Sul do Rio Grande do Sul, onde diversas empresas vitivinícolas estão realizando investimentos recentes. Dentre as principais limitações do setor vitivinícola localizado na Serra Gaúcha, destaca-se a falta de espaço físico para a implantação de novos vinhedos, visto que praticamente todas as áreas propícias à atividade agrícola já estão sendo utilizadas. Além disso, a tradição no cultivo de uvas e a produção de vinhos na Serra Gaúcha fizeram com que os valores das terras nessa região fossem os mais caros do Estado, inviabilizando, em muitos casos, a compra de novos lotes para a expansão da atividade. Outra limitação relativa à competitividade da vitivinicultura na Serra Gaúcha refere-se à alta concentração de pragas e doenças nos vinhedos. A antiga prática do cultivo de videiras na região, com a utilização de mudas sem o cuidado fitossanitário necessário para garantir vinhedos livres de patógenos e pragas, fez com que, atualmente, esse seja um dos maiores problemas encontrados na vitivinicultura da Serra Gaúcha. Além da redução da vida útil dos vinhedos, ocasionada por diversos tipos de viroses, fungos e pragas de solo, a qualidade da uva necessária à produção de vinhos de qualidade pode ser prejudicada. Destacam-se também as características climáticas da região da Serra Gaúcha, as quais, segundo o Zoneamento Agroclimático do Estado do Rio Grande do Sul (1994), são apenas tolerada ao cultivo de Vitis vinifera (videira européia), destinada à produção de vinhos finos. Essas limitações são provocadas pelo excesso de chuvas e a elevada umidade relativa do ar, que diminuem a qualidade da uva, além da possibilidade de ocorrência de geadas tardias, que afetam o período de floração das plantas. Como conseqüência das principais limitações descritas referentes à expansão e à reconversão de novos vinhedos, bem como às limitações que afetam a competitividade da vitivinicultura gaúcha, estão ocorrendo, por parte de empresários do setor e produtores rurais, elevados investimentos no cultivo de videiras européias em novas áreas do Estado. Entre

17 15 estas, destaca-se a região denominada de Metade Sul do Rio Grande do Sul, compreendida pelas microrregiões da Campanha Gaúcha, Fronteira Oeste e da Serra do Sudeste, como as mais representativas dos novos investimentos em vinhedos e vinícolas. Dentre as principais vantagens da vitivinicultura na Metade Sul do Estado, destaca-se a grande disponibilidade de áreas aptas para o cultivo da videira, com terras a preços acessíveis, e, também, o baixo potencial de inóculo das principais pragas e doenças que afetam o desenvolvimento das vinhas, proporcionando uvas de qualidade e vinhedos com maior vida útil. Outra característica favorável à expansão da vitivinicultura nessa região refere-se às características climáticas. Com um clima mais seco no período vegetativo e reprodutivo da videira, a incidência de doenças é reduzida e a qualidade da uva produzida torna-se melhor. Até o momento estima-se existirem aproximadamente ha cultivados com variedades viníferas na Metade Sul, o que corresponde a aproximadamente 21% da área cultivada com uvas viníferas no Estado. Para suprir a necessidade de vinificação de uvas na Metade Sul, existem algumas vinícolas instaladas na região, além de estarem previstos investimentos na construção de plantas de novas vinícolas. Essa realidade demonstra a atual tendência de expansão das novas áreas vitivinícolas do Estado para a Metade Sul do Rio Grande do Sul, alterando o tradicional cenário vitivinícola gaúcho. Diante do exposto, a questão de pesquisa aqui apresentada é: quais estratégias de produção estão sendo desenvolvidas e realizadas pelas empresas vitivinícolas investidoras na Metade Sul do Rio Grande do Sul, sediadas na Serra Gaúcha, para produzirem uvas e vinhos finos de forma competitiva? 1.2 OBJETIVOS Objetivo Geral Identificar e descrever que estratégias de produção estão sendo desenvolvidas e realizadas pelas empresas investidoras em vitivinicultura na Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul, sediadas na Serra Gaúcha, para produzirem uvas e vinhos finos de forma competitiva.

18 Objetivos Específicos Identificar as principais características, motivações e objetivos das empresas investidoras em vitivinicultura na Metade Sul do Rio Grande do Sul sediadas na Serra Gaúcha; Identificar e descrever os principais critérios competitivos e categorias de decisão das empresas vitivinícolas investidoras na Metade Sul sediadas na Serra Gaúcha; Descrever as estratégias de produção das empresas investidoras em vitivinicultura na Metade Sul, sediadas na Serra Gaúcha e identificar possíveis vantagens competitivas. 1.3 JUSTIFICATIVA A recente evolução da atividade vitivinícola na Metade Sul do Estado reflete a necessidade de estudos e pesquisas objetivando identificar as características da produção vitivinícola na região. Além disso, tais estudos permitirão fomentar o desenvolvimento dessa nova atividade na Metade Sul de forma organizada e competitiva. Até o momento estão sendo realizados estudos em relação aos aspectos técnicos da produção vitivinícola na Metade Sul, como a adaptação e o desenvolvimento das vinhas em relação ao solo e ao clima da região, a incidência de pragas e doenças e a qualidade das uvas e vinhos produzidos. No entanto, nenhuma pesquisa acadêmica, enfatizando a expansão da atividade da Serra Gaúcha para a região, bem como os objetivos e as estratégias de produção das empresas investidoras, foi realizada até o momento. Pelo fato de os investimentos vitivinícolas das empresas sediadas na Serra Gaúcha em direção ao sul do estado serem ainda recentes (iniciados há pouco mais de 7 anos), pouca atenção foi direcionada até então pelos centros de pesquisa locais nos quesitos gestão, competitividade e estratégia de negócios. No entanto, como esses empreendimentos envolvem elevados investimentos financeiros na implantação de novos vinhedos e novas vinícolas, bem como são investimentos de retorno de longo prazo, a pesquisa deve direcionar esforços para identificar o possível potencial vitivinícola da Metade Sul, tanto para as empresas investidoras, como para a economia local e regional. Nesse sentido, o estudo em questão tem como conseqüência direta identificar uma alternativa de desenvolvimento e aumento de competitividade para as empresas vitivinícolas da Serra Gaúcha, que necessitam aumentar sua escala produtiva através de empreendimentos em novas

19 17 áreas. Além disso, com os investimentos direcionados para a Metade Sul, possivelmente haverá a melhora do aspecto sócio-econômico do Sul do Estado. Pelo fato de a Metade Sul ser considerada uma região subdesenvolvida em comparação às outras regiões do Estado, o estudo a ser desenvolvido colabora como fonte de informação para diminuir a disparidade de desenvolvimento entre regiões de um mesmo país ou de um mesmo estado. Tal argumento justifica-se, pois o estado do Rio Grande do Sul é dividido em três regiões, denominadas de Norte, Nordeste e Metade Sul (Lubeck e Schneider, 2003). Dessas, a Metade Sul é a que apresenta os menores níveis de desenvolvimento sócioeconômico, com uma indústria pouco dinâmica e com o setor agropecuário pouco diversificado. Em contrapartida, a Região Nordeste do Estado possui altos índices de desenvolvimento, constituídos pela presença de um grande número de indústrias e uma produção agropecuária capaz de gerar riqueza para os demais segmentos econômicos. Em vista do exposto, a Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul, após sucessivos anos de retração econômica, crises nas suas principais atividades, pecuária de corte e cultivo de arroz irrigado, começa a voltar esforços para identificar novas alternativas de produção, capazes de proporcionar a retomada do crescimento e do desenvolvimento econômico. Dentre as alternativas surge a expansão da vitivinicultura na região, oriunda da tradicional região produtora de uvas, a Serra Gaúcha. A ampliação da vitivinicultura para a Metade Sul trará benefícios não apenas para os empresários que estão investindo no setor, mas também à cadeia produtiva como um todo e às demais regiões que produzem uvas e vinhos no Estado. O possível aumento da competitividade do setor vitivinícola, devido às características da região e das características dos empreendimentos realizados na Metade Sul até o momento, indicam benefícios sócioeconômicos também à população local. Conforme Pádua (2003) a atividade vitivinícola é capaz de gerar emprego, renda, divisas e aumento da qualidade de vida para os agentes envolvidos direta e indiretamente. Além disso, tudo indica que, com a implantação de novas áreas, objetivando a produção de uvas de qualidade, de forma organizada e competitiva, a tradicional e principal região produtora de uvas e vinhos do Estado, a Serra Gaúcha, irá intensificar ainda mais esforços em seus processos produtivos, melhorando, de forma geral, a competitividade do setor vitivinícola gaúcho e nacional. Estudos que visem identificar os objetivos e as características das empresas vitivinícolas investidoras na região, bem como suas estratégias de produção e a competitividade inerente ao setor, permitirão compreender o perfil da vitivinicultura na Metade Sul. Além disso, tais estudos permitirão identificar as possíveis vantagens

20 18 competitivas da Metade Sul, que irão influenciar na competitividade do setor vitivinícola como um todo. Por fim, esta dissertação poderá contribuir para estudos futuros que objetivem analisar a competitividade da vitivinicultura regional e nacional, tanto no mercado interno como no mercado externo.

21 19 2. CONJUNTURA DA VITIVINICULTURA Neste capítulo serão apresentadas informações sobre a atual conjuntura da vitivinicultura. Para isso serão apresentados alguns dados sobre a vitivinicultura mundial, sendo, em seguida, realizada uma descrição um pouco mais detalhada sobre a vitivinicultura nacional e gaúcha. 2.1 VITIVINICULTURA MUNDIAL O provável centro de origem paleontológico das videiras atuais é a Groelândia, onde se encontram os fósseis mais antigos encontrados (Giovannini, 1999). Segundo o autor, a videira dispersou-se em duas direções: para o lado américo-asiático e para o lado eurosiático. A presença da videira em diferentes regiões do globo terrestre proporcionou o desenvolvimento de diversas variedades e espécies, adaptadas às diversas situações de clima e solo, fazendo com que fosse cultivada em praticamente todas as regiões do mundo. A vitivinicultura é praticada há milhares de anos em dezenas de países. Segundo Lapolli et al. (1995), estudos indicam que a uva era cultivada no Egito e nas ilhas do Mar Egeu na Idade do Bronze, entre 1500 a 3000 a.c.; na Itália e em outras regiões européias seu cultivo era praticado desde a Idade do Ferro, entre 1000 a 1500 a.c. O comércio de vinho representou uma atividade de grande relevância econômica desde a Antiguidade. Por volta de 1500 a.c., os fenícios percorriam o Mediterrâneo transportando vinho na Grécia, na Itália e na Espanha (Lapolli et al., 1995). Estudos realizados pela Comissão da Comunidade Européia, de acordo com Lapolli et al. (1995) indicam que o viticultor-vinificador ficou afastado do comércio de vinho durante milhares de anos e somente por volta do século XVII foram registrados os primeiros sinais consistentes de organização comercial de viticultores e vinificadores, em geral em grandes propriedades pertencentes a nobres ou a instituições religiosas. No final do século XIX, foi verificado o aparecimento da adega cooperativa. Em tempos recentes, segundo o autor, cerca de um terço da produção mundial é comercializada através de adegas cooperativas. As condições climáticas ideais para o cultivo da videira encontram-se no clima temperado, entre os paralelos 30 o e 50 o norte e sul (Marc e Castilho, 2004). Entre estes

22 20 paralelos encontram-se as principais regiões produtoras de uvas e vinhos dos dois hemisférios: Europa, Ásia e América do Norte (hemisfério Norte) e América do Sul, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia (hemisfério Sul). Essas regiões oferecem o equilíbrio necessário entre chuva, temperatura e exposição ao sol. Quanto à escolha do local de produção das vinhas nos países vitícolas clássicos, as zonas de elevada altitude são excluídas, pois, em suas latitudes, as temperaturas tornam-se muito baixas e os ventos muito fortes. No entanto, os planaltos são regiões favoráveis para o cultivo da videira na Austrália e no Sul da Itália, onde no verão as temperaturas do dia são quentes e das noites amenas. As principais regiões vitícolas no mundo podem ser observadas na Figura o N 40 o N 30 o N 0 o 40 o S 30 o S Figura 1. Principais regiões vitícolas no mundo Fonte: elaborado pelo autor. Segundo Marc e Castilho (2004), existem pelo menos cinqüenta países produtores de vinhos, e quase todos exportam uma parte de sua produção. Fato interessante é que, dentre todos os produtos alimentícios que circulam pelo mundo, o vinho sempre contém no seu rótulo, além do país, a região de origem onde as uvas foram produzidas, e, em muitos casos, até mesmo o nome do vinhedo. A origem da atividade vitícola comercial surgiu na região do Mediterrâneo, responsável pela disseminação da atividade em todas as outras regiões vitícolas do mundo. Conforme Marc e Castilho (2004), os vastos vinhedos existentes hoje no Novo Mundo foram

23 21 plantados inicialmente por Europeus. Hoje a vitivinicultura mundial pode ser dividida em duas dimensões. A cultivada nos países do Velho Mundo, onde predomina a viticultura de caráter mais artesanal e a viticultura do Novo Mundo, caracterizada pela exploração em maior escala empresarial. De modo geral, poder-se-ia diferenciar estas duas regiões da seguinte forma: a primeira, caracterizada pelos vinhos que lembram, acima de tudo, o local onde suas uvas são produzidas, através de seu terroir; e, a segunda, caracterizada por vinhos com estilos definidos de acordo com a cepa (variedade) em que foi elaborado. Entre os principais países produtores de uvas e vinhos destacam-se Itália, França, Espanha e Alemanha. Embora a Itália possua a maior produção mundial de uvas e vinhos, é na Espanha onde existe a maior superfície de vinhedos, cerca de 1 milhão de hectares (Marc e Castilho, 2004). Além dos tradicionais países produtores de vinho, destacam-se alguns países emergentes com grande potencial de produção, como Estados Unidos, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Na América do Sul, os principais países produtores são Chile, Argentina, Brasil e Uruguai. Atualmente, o consumo de vinho no mercado mundial vem sofrendo algumas modificações. Nos países tradicionais, o consumo é declinante, a exemplo da França, onde em 1954 o consumo per capita chegou a 154 litros e hoje situa-se ao redor de 60 litros per capita (Marc e Castilho, 2004). Em alguns casos de novos produtores, como os EUA, já se considera o mercado estabilizado ou com pouco crescimento. Segundo Rabobank (1996), apud Miele (2000), países com baixíssimo consumo per capita tendem a crescer em importância nos próximos 10 anos. Na Tabela 1, observa-se a diferença no consumo per capita de vinho de alguns países; percebe-se que o brasileiro bebe muito pouco vinho, principalmente quando comparado com os países vizinhos, Argentina e Chile. Tabela 1. Consumo de vinhos (litros per capita) em países selecionados País Classificação França Tradicional Itália Tradicional Argentina Tradicional Austrália Saturado Chile Saturado África do Sul Estabilizado EUA Estabilizado Brasil 1,5 2,6 1,8 Em desenvolvimento China 0,3 ND ND Em desenvolvimento Fontes: Rabobank (1996) e Ivie (1997), apud Miele (2000). ND: não diponível.

24 22 Nos diversos países onde existe a atividade da viticultura, há uma grande diferenciação entre as formas de coordenação das instituições envolvidas, da estrutura agrária e da estrutura industrial. Nos países tradicionais, segundo Miele (2000), predominam pequenas propriedades rurais e baixa concentração da atividade vinícola, porém existe uma forte tradição de regulamentação da vitivinicultura por parte do estado. Isto pode ser exemplificado através da França, onde existe a legislação sobre as Denominações de Origem Controlada, e a figura dos acordos interprofessionales, através dos quais são estabelecidos limites para a produção de uvas e de vinhos, sendo fixados preços de referência. Em contraste aos países tradicionais, os novos países produtores, como EUA, Chile, Austrália e México, tanto a atividade vitícola como a industrial são marcadas pela concentração. Nesses países, predomina a coordenação via contratos formais, com duração de cinco a trinta anos entre fornecedores de uvas e indústrias. Outra forma de coordenação é através da integração vertical com fornecedores de uvas, representando cerca de metade das necessidades de matéria- prima em países como os EUA (Lovatel, 2002), ou através da pura transação de mercado. Seguindo a tendência do que acontece nos países considerados novos produtores de vinhos finos, ou países emergentes, o Brasil, embora ainda caracterizado pela produção de uvas em pequenas propriedades rurais, parece se direcionar para a produção em vinhedos de maior extensão, com as empresas vinícolas buscando novas regiões vitícolas capazes de favorecer essa expansão. O aumento da produção vitícola brasileira com a constância da qualidade faz-se necessário para que o país seja reconhecido no mercado internacional. Conforme Berberoglu (2004), uma das formas de obter respeito e credibilidade junto ao mercado externo é através da produção de vinhos com qualidade diferenciada, em volume e diversidade de produtos, suficiente para atender a demanda externa. Segundo o autor, há aproximadamente três décadas, poucos países associavam a Austrália à produção de vinhos. Atualmente esse país fornece vinhos para diferentes continentes, chegando a competir com os reconhecidos vinhos franceses. Segundo Berberoglu (2004), tal mérito foi obtido através de ações realizadas em conjunto com viticultores, vinicultores e investidores. Além das condições de solo e clima favoráveis à produção de uvas, o fornecimento de vinhos com preços acessíveis ao mercado consumidor, bem como às características destes em atrair o público jovem, somado ao intenso trabalho de marketing, foram fatores determinantes para o sucesso do vinho Australiano.

25 23 Atualmente, esse país produz em cerca de hectares de vinhedos, onde aproximadamente 1/3 do total da produção de vinhos é exportada. O trabalho desenvolvido na Austrália pode servir de exemplo à vitivinicultura brasileira. Recentemente, alguns problemas relacionados à conjuntura econômica têm prejudicado a competitividade da indústria nacional. Somado a isso, a estrutura do atual modelo vitivinícola brasileiro necessita ser reformulado para aumentar primeiramente sua competitividade no mercado interno, para, em seguida, ser competitiva também no mercado externo. Nesse sentido, parece que algumas iniciativas já estão sendo desenvolvidas pelos produtores locais. 2.2 VITIVINICULTURA BRASILEIRA Conforme Giovannini (1999), a videira foi introduzida no Brasil por Martim Afonso de Souza, em 1532, na Capitania de São Vicente. Posteriormente, em 1535 a videira foi plantada na Bahia e em Pernambuco, sendo que em 1551 Brás Cubas produziu o primeiro vinho em território brasileiro, no planalto de Piratininga (São Paulo). No entanto, somente no século passado, com a colonização italiana no Brasil, que a produção de uvas e de vinhos fora comercializada em maior escala. No Rio Grande do Sul, a videira foi introduzida pelo espanhol Roque Gonzáles, de Santa Cruz, em 1626, quando da fundação da redução de São Nicolau. Segundo Giovannini (1999), uma nova introdução foi realizada em 1742, por açorianos e madeirenses, quando estes começaram a colonizar as terras do interior. Em 1813, próximo a Rio Pardo, foi registrada a primeira produção de vinho no Estado, por Manoel Macedo de Brum. Em 1875, quando da chegada dos imigrantes italianos, começou a expansão da atividade vitivinícola no Rio Grande do Sul. A colonização desses imigrantes, principalmente na Serra Gaúcha, fez com que hoje essa região se tornasse a maior produtora de uvas e vinhos do país. O início do cultivo da vinha, basicamente com variedades americanas e híbridas, está passando por uma fase de transição, em que os atuais vitivinicultores estão investindo cada vez mais na melhoria da qualidade dos seus vinhos, seja na produção de vinhos comuns como na produção de vinhos finos. Outros estados do Brasil apresentam importância semelhante no cultivo da videira como pode ser visualizado nas Tabelas 2 e 3.

26 24 Tabela 2. Produção de uvas nos diferentes estados do Brasil (toneladas) Estado/Ano Pernambuco Bahia Minas Gerais São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Brasil Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apud Anuário Brasileiro da Uva e do Vinho Como pode ser observado na Tabela 2, o Estado do Rio Grande do Sul produz mais da metade da uva do país, cerca de 54%. Além disso, no último ano, houve um aumento de cerca de 30% na produção de uvas deste Estado. O Estado de São Paulo é o segundo maior produtor de uvas do país, tendo a maior parte de sua produção localizada nas regiões Leste e Noroeste, com uvas destinadas ao consumo in natura. Outro Estado com expressivo aumento na produção de uvas foi Pernambuco, sendo a maior parte de uvas finas de mesa (Vitis vinifera) destinada à exportação. A característica do clima da região possibilita até duas safras e meia de uvas por ano. Isto é obtido através do clima semi-árido, bem como de técnicas de manejo, como o controle da irrigação e das épocas de poda. Outra vocação dessa região parece ser a produção de castas finas para vinificação, pois atualmente já existem mais de 700 hectares plantados com Vitis vinifera e 13 empresas vinícolas instaladas ou em fase de instalação (Reetz, 2004). Observando a área plantada com videiras no país (Tabela 3), percebe-se mais uma vez a predominância do Rio Grande do Sul, com aproximadamente 57% da área total cultivada, seguido dos Estados de São Paulo e Pernambuco. Nos últimos dois anos, houve aumento de área cultivada na maioria dos Estados, menos São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Entre os anos de 2002 a 2004 a taxa de crescimento com videiras foi: Pernambuco 39,4%, Bahia 24,7%, Rio Grande do Sul 10% e Santa Catarina 7,3%, nos quais tem havido um aumento significativo, com áreas de Vitis vinifera para a elaboração de vinhos finos.

27 25 Tabela 3. Área plantada nos diferentes Estados do Brasil (hectares) Estado/Ano Pernambuco Bahia Minas Gerais São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Brasil Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apud Anuário Brasileiro da Uva e do Vinho No Estado do Paraná, conforme Corrêa (2005), a viticultura concentra-se no norte do Estado, sendo que praticamente a totalidade da produção é de uvas americanas e híbridas comercializadas no mercado interno. Destaca-se o município de Rolândia, maior produtor dessas uvas no Paraná. No entanto, recentes investimentos estão sendo realizados no município de Palmas para a produção de uvas e vinhos finos. Outras regiões do país, como o Estado de Minas Gerais, tradicional produtor de uvas americanas e híbridas e a região do Cerrado brasileiro, iniciam investimentos com uvas finas de mesa, embora ainda em áreas menores, sendo os maiores investimentos realizados para a produção de uvas americanas e híbridas destinadas à elaboração de sucos (Corrêa, 2005). Entre os Estados citados nas Tabelas 2 e 3, deve-se tecer maiores comentários ao Estado de Santa Catarina. Até o momento com tradição na produção de uvas comuns, está iniciando investimentos em castas finas para elaboração de vinhos finos. Mais precisamente no município de São Joaquim, vinhos de alta qualidade estão sendo produzidos. Segundo Tagliari (2003), a altitude da região somada aos fatores climáticos e de solo favorecem a produção de uvas e vinhos de qualidade superior. Tal realidade é comprovada pelos investimentos em ampliações e construções recentes de cantinas para elaborar as uvas da região. Outra característica que incentiva a produção local é o apoio de Instituições de Pesquisa, principalmente a Estação de Pesquisa Agropecuária Catarinense (EPAGRI), localizada no município de Videira, que vem realizando diversas pesquisas com variedades e técnicas de manejo que melhor se adaptem à região. Atualmente o município de São Joaquim possui aproximadamente 125 hectares, sendo outros 25 hectares cultivados em outro município da região (Corrêa, 2005).

28 26 Como se pode perceber, muitos dos principais Estados vitícolas do Brasil estão iniciando empreendimentos em castas para a elaboração de vinhos finos. Somente no Rio Grande do Sul, está havendo investimentos em diferentes regiões fora da Serra Gaúcha, fornecendo indicativos de que outros pólos vitícolas estão para surgir. No entanto, um problema grave para o desenvolvimento da viticultura no país é a falta de mudas de qualidade produzidas no mercado interno. A maioria dos empreendimentos desenvolvidos até hoje foram feitos com mudas importadas, principalmente de países como Itália e França. Observando o Gráfico 1, percebese a evolução das importações de mudas de videiras no período de 1989 até Nota-se que, a partir do ano de 1998 até o ano de 2002, houve um grande aumento no volume de importações de mudas. Isto reflete o período em que houve os maiores investimentos em aumento de área e reconversão de vinhedos de uvas comuns para castas finas. Reflete também, a falta de mudas produzidas no mercado interno. Embora exista tecnologia para a produção de mudas livres de doenças desde o final dos anos 80, a pouca oferta de mudas nacionais deve-se, principalmente, à dificuldade de se produzir mudas sadias com preços acessíveis aos produtores. Além disso, a contaminação causada por diferentes tipos de viroses nos vinhedos existentes nas regiões tradicionais, como a Serra Gaúcha, dificulta a multiplicação de materiais livres dessas doenças. Com isso, era muito difícil produzir mudas com a certeza de que elas teriam as condições fitossanitárias desejadas. Apenas recentemente, através de iniciativas em conjunto entre empresas vitivinícolas, instituições de pesquisa e viveiristas, a produção nacional de mudas de qualidade começou a se desenvolver, sendo criado, recentemente, a Associação Gaúcha de Produtores de Mudas de Videiras. Embora a produção de mudas ainda seja pequena, acreditase que em pouco tempo não haverá mais necessidade de importar mudas. A redução acentuada nas importações de mudas observada nos anos de 2003 e 2004 deve-se, principalmente, a dois fatores: o primeiro, e já descrito, referente ao início da produção local de mudas, somado à iniciativa de algumas empresas em produzir suas próprias mudas visando à redução de custos. O segundo, refere-se à redução da taxa de expansão da implantação de novos vinhedos nestes anos. Tal redução deve-se, principalmente, ao aumento dos estoques de vinhos nas cantinas.

29 27 Unidade Ano Quantidade Gráfico 1. Evolução das importações de mudas de videira anos 1989 a 2004 Fontes: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior / Secretaria de Comércio Exterior SECEX. Elaboração: Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Dentre as regiões descritas, o Rio Grande do Sul, além de possuir a maior produção de uvas tanto para o consumo in natura como para a elaboração de vinhos, apresenta recentes investimentos em novas áreas vitivinícolas. A grande extensão de terras com solo e clima favoráveis à produção vitícola de castas finas faz com que um novo modelo de produção vitivinícola surja no Estado. 2.3 VITIVINICULTURA GAÚCHA A produção vitícola gaúcha, até o momento, ainda é caracterizada por pequenas propriedades de difícil mecanização e mão-de-obra familiar. Segundo Miele (2000), são diversas as formas de integração entre produtores de uvas e indústria, não existindo um modelo rígido de relacionamento. Percebe-se, também, o apoio de instituições públicas e privadas, tanto na área de pesquisa e assistência técnica, como na área financeira, além de existirem entidades representativas do setor. Atualmente, algumas modificações significativas estão ocorrendo no cenário vitivinícola gaúcho, como o empreendimento em novas áreas com características distintas das demais regiões produtoras.

30 Produção e Comercialização de Uvas e Vinhos O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de uva para vinho no país, representando aproximadamente 95% da produção de uvas para elaboração de vinhos, sucos e derivados no Brasil (Protas, 2001). Segundo Mello (2003), no ano de 2002, a participação na produção de vinhos comuns foi de 66,51%, tendo os vinhos finos uma participação de 8,11% do volume total, e o restante sido destinado à produção de sucos de uva (20,27%) e 5,11% destinados a outros derivados. As principais regiões produtoras de uvas finas do Estado podem ser visualizadas na Figura 2. Embora a região da Serra Gaúcha seja a maior produtora de uvas e vinhos finos, percebe-se a enorme quantidade de municípios que estão desenvolvendo a atividade. Nota-se, também, a concentração de municípios vitícolas na Metade Sul do Estado, principalmente nas microrregiões da Serra do Sudeste, da Campanha Gaúcha e da Fronteira Oeste (representadas pelas cores laranja, verde e azul, respectivamente). Outras microrregiões merecem destaque, como a denominada de Campos de Cima da Serra, com altitudes entre a metros, representada pelos municípios de Vacaria e Bom Jesus. Nesses, inicia-se o cultivo de castas finas com bons resultados quanto à qualidade das uvas e dos vinhos. Outras regiões, como a do Planalto Médio, compreendida pelos municípios de Ametista e Planalto, além da Região Central do Estado, também iniciam os investimentos com castas finas. Na Planície Costeira Interna à Lagoa dos Patos novos vinhedos, exclusivamente com castas finas, começam a ser formados, compreendendo os municípios de Barra do Ribeiro e Tapes. Também na região metropolitana de Porto Alegre, em especial ao município de Viamão, existem alguns vinhedos antigos, embora em pequenas áreas.

31 Figura 2. Principais regiões vitícolas do Estado Fonte: elaborado pelo autor Serra Gaúcha 2.Campos de Cima da Serra 2.1 Vacaria 2.2 Bom Jesus 3.Planalto Médio 3.1 Ametista/Planalto Metade Sul 4. Serra do Sudeste 4.1 Encruzilhada do Sul 4.2 Pinheiro Machado 4.3 Caçapava do Sul 5. Campanha Gaúcha 5.1 Bagé/Candiota 5.2 Dom Pedrito 5.3 Santana do Livramento 5.4 Rosário do Sul 5.5 Lavras do Sul 6. Fronteira Oeste 6.1 Quarai 6.2 Uruguaiana 6.3 Barra do Quarai 6.4 Itaqui 7. Depressão Central 7.1 Santa Maria 8. Planície Costeira Externa 8.1 Viamão 9.Planície Costeira Interna 9.1 Barra do Ribeiro 9.2 Tapes Quanto aos tipos de uvas cultivados no Rio Grande do Sul, percebe-se, observando a Tabela 4, que a produção de uvas está concentrada em castas comuns, responsáveis pela elaboração de vinhos de mesa. Tal preferência pelo cultivo de vinhas americanas e híbridas deve-se à maior adaptação das plantas ao clima da região e à maior tolerância ao ataque de pragas e doenças. Além disso, a tentativa de introduzir castas viníferas durante o século XIX e início do século XX resultaram em iniciativas frustradas, pois o ataque de uma praga (pulgão conhecido como filoxera) praticamente inviabilizou o cultivo dessas plantas na época. Percebe-se também (Tabela 4) o aumento da produção de uvas viníferas, principalmente na safra Tal fato deve-se, principalmente, ao aumento da produção de uvas nas novas regiões vitícolas do Estado. Nesse sentido, a Metade Sul surge como a região de maior expressão na produção de uvas finas fora da Serra Gaúcha, pois, além de áreas significativas, boa parte dos vinhedos implantados na região atingiu a plena produção pelo fato de as plantas terem atingido a idade adulta. Mesmo com o significativo aumento de produção de uvas viníferas, na safra 2004, apenas 11% do total de produção de uvas do Rio Grande do Sul foram de variedades européias (Tabela 4).

32 30 Tabela 4. Produção e comparativo de produção das uvas no Rio Grande do Sul (em mil quilos). Safras 2001, 2002, 2003, 2004 Classe/Ano Tintas comuns Brancas comuns Rosadas comuns Tintas viníferas Brancas viníferas Total Fonte: Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Observando o Gráfico 2, percebe-se que, na última década, a produção de vinhos comuns tem aumentado a participação no mercado brasileiro, indicando a aceitação do produto pelo consumidor brasileiro. Possivelmente, o fator preço influencia a tomada de decisão, por serem produtos de menor valor no mercado. O mesmo não ocorre com a elaboração de vinhos finos, cuja produção, ao longo dos anos, permanece muito baixa quando comparada aos vinhos de mesa. Além disso, os preços cobrados pelas garrafas junto ao consumidor parecem ser um fator inibidor de consumo. Outro fator que contribui para inibir o aumento de produção e consumo de vinhos finos é a competição existente com outros derivados da uva, utilizados para a produção de vinhos especiais e demais bebidas alcoólicas à base de uvas. Isso ocorre pois são produtos associados ao vinho e na maioria das vezes possuem preços mais acessíveis quando comparados ao vinho fino.

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